sábado, 14 de agosto de 2021

WRC 2021 - Rali de Ypres (Dia 2)


Thierry Neuville continua a liderar o Rali de Ypres, realizadas as oito especiais deste sábado. O piloto belga da Hyundai tem agora uma vantagem de 10,1 segundos sobre Craig Breen. Elfyn Evns é o terceiro no final deste dia, com uma desvantagem 42,4 segundos sobre o piloto da Hyundai, e com uma ligeira vantagem sobre Kalle Rovanpera (45,7 segundos) e Sebastien Ogier (46,7).

Com oito especiais a serem realizadas neste sábado, o dia começou com Craig Breen a partir ao ataque, ganhando a especial, 1,6 segundos na frente de Evans e 2,8 sobre Neuville, fazendo reduzir a diferença para 4,8, e com Evans a ganhar dois lugares com o furo de Ott Tanak, o despiste de Pierre Loubet e os problemas sofridos por Jari Huttunen. Breen continuou a vencer na especial seguinte, 1,3 segundos na frente de Neuvile e aproximava-se da liderança.

A classificativa fica marcada pelo acidente de Katsuta Takamoto, que acabou por abandonar a prova. 

No início da etapa, havia uma curva de alta velocidade e alguns solavancos. Sabíamos que seria uma curva complicada, mas ao mesmo tempo você pode ir bem em alta velocidade porque o ângulo não é tão estreito. Estava a fundo, e quando eu aterrei, não consegui virar por causa de um toque que senti na direção. Eu fui para longe e havia uma grande vala. Neste rally não há chance de cometer esse tipo de erro.", contou depois do piloto japonês.

Evans triunfou na primeira passagem por Tatou, com Neuville e reagir a ganhar 0,8 segundos para Breen, e no final da manhã, Neuville triunfava na primeira passagem por  Mesen - Middelhoek, mais 2,5 segundos sobre Breen. “Feliz, mas a tarde vai ser tão difícil, senão ainda mais difícil com todo o cascalho. Estamos seguindo nosso plano. Me senti um pouco mais confortável porque a aderência estava mais constante.  Vamos fazer algumas modificações à tarde e continuar.", disse o belga.

A tarde começou com a segunda passagem por Hollenbek, onde Ogier conseguiu ser o melhor, com Breen a perder 1,9 segundos, mas a ganhar 1,8 a Neuville, reduzindo a diferença a cinco segundos exatos. Neuville reagiu, vencendo na segunda passagem por Dikkebus, 1,4 sobre Ogier e 1,6 sobre Breen. Depois, na segunda passagem por Watou, foi Ogier o melhor, com Neuville 2,2 segundos atrás e o irlandês da Hyundai a perder mais 2,8. Para o final do dia, Neuville conseguiu ser o melhor, alargando a vantagem para dois digitos.

Sou feliz por terminar o dia. Sabíamos que seria desafiador e há mais um por vir amanhã em uma área diferente. O carro está funcionando bem e estou feliz com o desempenho até agora. Claro, é sempre bom quando você vai a todo vapor, mas precisamos administrar isso e precisamos ser inteligentes.", confessou Neuville.

Foi um bom dia. Um pouco triste para o final do rally, mas amanhã é um novo dia. Muitos quilômetros e algumas novas etapas, mas estou super feliz com meu desempenho. outro grande passo. ", respondeu Craig Breen.

Depois dos cinco primeiros, Ott Tanak é o sexto, mas muitos longe, porque tem uma desvantagem de três minutos, 55,2 segundos da liderança. Sebastien Bedoret, no seu Skoda Fabia Rally2 evo, é o sétimo, a 10.39,9, na frente de Yohan Rossel, no Citroen C3 Rally2, a 10.40,8, e a fechar o "top ten" ficaram os carros de Pieter Cracco, no Skoda Fabia Evo2, a 11.03,2, e de Vincent Verschuren, a 11.34,8.

O rali de Ypres acaba amanhã, depois de realizarem as quatro classificativas finais. 

Formula E: Di Grassi vence a primeira corrida de Berlim


O brasileiro Lucas di Grassi foi o melhor na primeira corrida em Berlim, batendo Edoardo Mortara (Venturi) e Mitch Evans (Jaguar) na prova. Já Jean-Eric Vergne e António Félix da Costa, os pilotos da DS Techeetah que monopolizaram a primeira fila da grelha de partida, foram respectivamente sesto e sétimo classificados, mas não comprometeram as suas chances ao título. Aliás, ainda há treze potenciais candidatos ao título, e o piloto português é sétimo... nove pontos atrás do primeiro.

Com os DS Techeetah na primeira fila, a corrida até começou normal para os seus pilotos, com Vergne na frente, seguido por Felix da Costa e Di Grassi, que começava a pressionar o piloto português para o segundo posto. O português reagiu fazendo voltas mais rápidas, para o tentar alcançar, enquanto Andre Lotterer era o primeiro a ir ao Attack Mode. Pouco depois, os homens da Nissan, Oliver Rowland e Sebastien Buemi, foram ao Attack Mode, e Pascal Wehrlein tentou aproveitar. Contudo, o piloto da Porsche foi encurralado e acabou por sofrer um furo, que o arrastou até às boxes. 

Mas ao mesmo tempo, Sam Bird fica parado na pista em posição perigosa e o Safety Car não teve outra chance senão entrar para retirar o seu carro. O Mini do Bruno Correia ainda circulou por alguns minutos até que a prova voltou à ação, com todos juntos e Mortara a pressionar Di Grassi para ficar com o terceiro lugar. 

Na frente, Vergne facilitou e deixou que Félix da costa passasse, ficando com a liderança, enquanto ele caia alguns lugares, sendo passado por Di Grassi e Mortara, que era pressionado por René Rast, que de 14º, ja era quarto. Algum tempo depois, Félix da Costa foi para o Attack Mode, perdendo lugares para os Audi, baralhando as coisas. No final, Mortara liderava a corrida, com a luta  pelo terceiro lugar estava ao rubro com Mitch Evans a passar Nato e a subir ao terceiro lugar, com Dennis em quinto, Vergne em sexto e Félix da Costa em sétimo.

Nas últimas voltas, Jake Dennis atacou Norman Nato para ver se conseguia o quarto posto, mas Vergne meteu-se na luta e tentou passar Dennis, sem sucesso. Na frente, Di Grassi segurava Mortara numa luta que se foi tornando cada vez mais intensa, e foi assim até à meta, com nova vitória do piloto brasileiro, que o colocou como mais um dos candidatos ao título.

Na classificação geral, De Vries - que não pontuou - continua na frente, com 95 pontos, contra os 92 de Edoardo Mortara, e os 91 de Jake Dennis. António Félix da Costa é sétimo, com 86 pontos. 

A Formula E encerra a temporada amanhã em Berlim, numa prova que vai ser corrida contra o sentido dos ponteiros do relógio.

Formula E: DS Techeetah dominam na qualificação alemã


Jean-Eric Vergne foi o poleman na primeira corrida de Berlim, dando à DS Techeetah a primeira fila da grelha, pois António Félix da Costa largará a seu lado na prova que acontecerá no aeroporto de Tempelhof. Aparentemente, nesta ronda final de um campeonato tremendamente equilibrado, parece que os carros franco-chineses poderão ter a vantagem que pretendem para voltar a vencer o campeonato, numa corrida que acontecerá no inicio deste sábado.

Numa qualificação onde normalmente, os carros do Grupo 1 são os mais prejudicados na saída para a pista, desta vez não foi assim. Num grupo que tinha  Nyck de Vries, Robin Frijns, Sam Bird, Jake Dennis, António Félix da Costa e Alex Lynn, o português conseguiu se destacar frente aos rivais, com um tempo de 1.06,486, 0,3 segundos mais veloz que Jake Dennis. De Vries e Lynn ficaram logo atrás.

No Grupo 2, com Nick Cassidy, Mitch Evans, Edoardo Mortara, René Rast, Pascal Wehrlein e Jean-Éric Vergne, o francês fez 1.06,239, seguido por Mortara e Evans. Mas havia mais expectativas para o Grupo 3, que tinha Stoffel Vandoorne, Lucas Di Grassi, Maximilian Günther, Oliver Rowland, André Lotterer e Alexander Sims. Ali, com a pista em melhores condições, esperava-se que eles fizessem melhores tempos, mas apenas Lucas di Grassi, com 1.06,555, marcou um tempo entre os primeiros. Max Gunther veio a seguir, mas ficou logo de fora da SuperPole, com o oitavo melhor tempo.

Por fim, o Grupo 4, com Sébastien Buemi, Norman Nato, Sérgio Sette Câmara, Oliver Turvey, Tom Blomqvist e Joel Eriksson, Nato foi o melhor, conseguindo um tempo nos seis melhores, um milésimo de segundo na frente de Mortara. Buemi foi o terceiro melhor, conseguindo 1.06,509 e também a passagem para a SuperPole.

No final, os seis escolhidos foram Vergne, Nato, Mortara, Da Costa, Buemi e Di Grassi.

Na rodagem final da qualificação, os DS Techeetah mostraram quem mandava ali, com Félix da Costa a fazer 1.06,300, sem que os outros pudessem bater. Sebastien Buemi até roçou o muro, na sua tentativa de fazer a sua melhor volta. Mas o melhor foi deixado para o final, quando Jean-Eric Vergne tirou do português o primeiro lugar, ficando com os três pontos da pole-position, e o tempo de 1.06,227, 73 centésimos mais veloz que o seu companheiro de equipa.

No final, o francês estava feliz, mas confessava não ter grandes explicações pela primeira fila só deles.

Nós já sabíamos que seria importante vir aqui e já fazer a pole para conseguir esses pontos, além de ficar na melhor posição possível para vencer. Precisamos fazer nosso trabalho e conseguir o maior número possível de pontos. Não dá para entender ainda como estamos tão rápidos aqui, mas não tanto noutros lugares. Mesmo assim, eu aceito [a pole]”, comentou.

A corrida acontecerá pelas 14 horas de Lisboa, na Eurosport 2. 

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

WRC 2021 - Rali de Ypres (Dia 1)


Thierry Neuville lidera o Rali de Ypres, realizadas que estão sete das oito especiais desta sexta-feira, já que a última especial do dia foi cancelado por motivos de segurança. O piloto da Hyundai tem uma vantagem de 7,6 segundos sobre o irlandês Craig Breen e 31,2 segundos sobre Ott Tanak, numa tripla totalmente da Hyundai, que conseguiu superar o melhor dosToyota, o de Kalle Rovanpera, quarto a 32,6 segundos.

Com os Hyundai a querer fazer algo depois do que aconteceu nos últimos ralis, com os Toyotas de Sebastien Ogier e Kalle Rovenpera a levarem a melhor, especialmente este último no rali da Estónia, os carros coreando partiram ao ataque, começando com o rapaz da casa, Thierry Neuville. Mas foi Tanak a começar bem, vencendo a primeira especial, a primeira passagem por Reninge - Vleteren, com um avanço de 2,3 segundos sobre Neuville. Craig Breen foi o terceiro, a 2,5 segundos.

Breen passou ao ataque na segunda especial, a primeira passagem por Westouter - Boeschepe, e triunfou, apenas 0,9 segundos superior a Neuville, mas sete segundos melhor que o terceiro classificado, o Toyota de Elfyn Evans. Com isto, o irlandês ia para a frente, mas apenas 0,7 segundos mais veloz que Neuville. A terceira especial, a primeira passagem poe Kemmelberg, ficou marcado pelo acidente de Adrien Formaux, da Ford, que destruiu o seu Fiesta e o obrigou a abandonar. Também na especial, Sebastien Ogier sofria um furo e perdia 12,2 segundos, caindo um pouco mais na classificação geral.

Por fim, no final da manhã, na primeira passagem por Zonnebeke, Neuville ganhou a especial, 1,3 segundos na frente de Ott Tanak, e ia para a frente do rali, 0,4 segundos na frente de Craig Breen.  

"Classificativa  muito boa para nós. Tudo está sob controle. Poderíamos ir mais rápido, mas não há necessidade ainda - eu só quero mantê-lo suave e limpo e aproveitar.", disse Neuville, 

Breen, em contraste, não estava muito satisfeito com o que se passou.

"Essa foi a pior fase da especial para mim. Peguei algumas referências idiotas do R5 e você precisa estar muito mais confiante com o aerodinâmico em alguns lugares. Foi uma boa primeira passagem."

A segunda passagem pelas classificativas da manhã começa com Neuville a levar a melhor sobre Breen em Reninge - Vleteren 2, e quatro segundos exatos sobre Tanak e Kalle Rovanpera. Neuville voltou a triunfar em Westouter - Boeschepe 2, 1,5 segundos na frente de Craig Breen e 2,6 sobreSebastien Ogier, com o belga a aumentar a sua vantagem, acabando no final do dia com os 7,6 que foram anteriormente referidos, numa especial - a segunda passagem por Kemmelberg - marcada pela paragem forçada de Teemu Suninen, por causa de um sobreaquecimento no motor, depois de sofrer um furo.

Depois dos quatro primeiros, Rovanpera tem Evans (a 33,4) e Ogier (a 39,4) muito perto uns dos outros, na luta pelo melhor dos Toyota. Katsuta Takamoto é o sétimo, a 1.24,5, muito longe de Pierre Loubet, oitavo a 2.50.0, no quarto carro a Hyundai. Yohan Rossel é o nono, a 5.28,2 e o melhor dos WRC2, na frente de Oliver Solberg, no Hyundai i20 R5, a 5.44,9.

O rali de Ypres prossegue amanhã, com a realização de mais oito especiais.

Youtube Formula 1 Video: Os melhores dos anos 90, por Josh Revell

O nosso amigo kiwi de vez em quando se lembra de pegar naqueles vídeos sobre os melhores pilotos por década que muitos dos seus fãs se lembram, para poderem discutir, e se calhar, demolir as escolhas do autor do vídeo e fazer as suas. Sabem, cada cabeça, sua sentença... 

Agora chegamos aos anos 90, e com gente como Mika Hakkinen, Damon Hill, Michael Schumacher e David Coulthard, de certeza que ele terá as suas preferências e vamos lá ver o video sossegadamente para saber se concordam ou não. Depois, claro, é a rebaldaria...  

Só espero que não tenhamos de esperar muito para ver os melhores do ano 2000.

Youtube Formula E Video: Tempelhof, explicado por Félix da Costa

Uma explicação rápida e simples do que vai ser o circuito de Tempelhof para os carros da Formula E, feita pelo António Félix da Costa. A grande diferença é o sentido da pista: no sábado vai ser num sentido, no domingo será noutro. 

Youtube Formula 1 Video: One Hit Wonders, os que venceram apenas uma vez

Agosto é mês de férias, e o pessoal da Formula 1 aproveita o embalo do que aconteceu na Hungria com Esteban Ocon para fazer aquilo que eles chamam de "one hit wonders": pilotos que só venceram por uma vez na sua carreira. Alguns porque não tiveram tempo para mais, outros porque o seu talento era inferior ao seu companheiro de equipa, como aconteceu ao Jarno Trulli

Eis dez pilotos que fizeram história por uma vez. E francamente, não acredito que Ocon seja um "one hit wonder", ele é muito mais que isso. 

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

A(s) image(ns) do dia




Esta quem me alertou foi o André Duek, que vivendo em Miami, mandou esta imagem do Instagram oficial do Miami Grand Prix, onde se mostra isto aqui: as imagens do reasfaltamento da área à volta do Hard Rock Stadium para receber, algures em 2022, o GP de Miami, a segunda prova da Formula 1 em território americano. Fui à procura do endereço deles no Twitter e foi daí que consegui tirar as imagens que vêm abrilhantando este post. 

Parecendo que não, automobilismo tem tradição na Florida, e Miami em particular. Nos anos 80, a IMSA e a CART andaram às voltas em circuitos desenhados nas ruas da cidade e ficou tão embutido na paisagem que chegou a fazer parte do Miami Vice, a série que mais representou aquele sol, aquela paisagem e aqueles montes de neve vindos das encostas colombianas, transportadas para a terra dos livres e a nação dos bravos, em aviões pequenos, voando bem abaixo do radar...

Mas regressando aos carros, pode-se dizer que Miami chegou a rivalizar fortemente com Daytona e Sebring, por causa das luzes da ribalta e não tanto pelas curvas da pista... contudo, depois do auge, veio a decadência, e os circuitos permanentes e mais tradicionais ficaram de pé. Claro, sempre houve os nostálgicos daquele tempo. E agora, uma geração depois, estão de volta, porque em 2022, haverá um circuito desenhado à volta do Hard Rock Stadium, uma arena desenhada para o futebol americano e terá carros à volta, do maior espetáculo do mundo.

É certo que, pelo aspeto, poderá rivalizar com Long Beach, no outro lado da costa, que já tem quase meio século de avanço e se tornou tão sólido como a tarte de maçã e a oval de Indianápolis. É um monumento nacional e todos que vencem por lá sabem que fazem parte da história do automobilismo. Mas também tem tudo para acabar como Las Vegas, porque é construído no parque de estacionamento de um campo de futebol. E isso, não acabou em bem. 

Mas é bom saber que em 2022, a Formula 1 irá duas vezes aos Estados Unidos. Resta saber se é para ficar, com todos os exemplo apontado anteriormente. 

Noticias: Aston Martin desiste do recurso de Budapeste


Semana e meia depois da desclassificação de Sebastian Vettel devido aos problemas da retirada de combustível do seu carro, após o segundo lugar alcançado em Budapeste, a Aston Martin decidiu abandonar o recurso que tinha lançado contra a FIA pela sua decisão. A equipa de Silverstone afirmava que os restantes 700 mililitros poderiam ser retirados de outras partes do carro, para além daqueles que foram retirados para análise e eram inferiores à obrigada pelos regulamentos.

Contudo, na segunda-feira, o seu requerimento foi deferido, tendo sido ainda lhe negado a possibilidade de apelar. Depois disso, era inevitável que a  Aston Martin se conformasse com o que aconteceu, e foi o sucedido nesta quinta-feira, quando lançou um comunicado a revelar que não iria prosseguir com processo. 

Considerando a nossa posição e notando que o veredicto dos comissários da FIA assumia haver evidência claras de uma falha no sistema de alimentação, decidimos ainda assim desistir do nosso apelo tendo por base que acreditamos que ao fazê-lo o benefícios suplantam os de uma audiência”, podia-se ler.

Assim sendo, fica homologada a desclassificação de Vettel, com Lewis Hamilton a subir para segundo e Carlos Sainz a terceiro. Max Verstappen sobe a nono, mas acaba por perder mais dois pontos para o inglês na luta pelo Campeonato de Pilotos, num campeonato que prossegue no final do mês com o GP da Bélgica, em Spa-Francochamps.

Noticias: Felix da Costa não correrá na Rahal em 2022


A ideia de António Félix da Costa poder correr na IndyCar em 2022 é altamente improvável, O próprio piloto afirmou esta quinta-feira à motorsport.com que tem 90 por cento de certeza que não correrá na IndyCar em 2022. Do lado da equipa, Bobby Rahal mostra alguma amargura por não ter convencido o português a alinhar na sua equipa, e de uma certa maneira, foi por isso que convenceu o dinamarquês Christian Lundgaard a juntar-se na equipa. 

Não correrei com a IndyCar no próximo ano, ou pelo menos se ainda houver algo em jogo, tenho 90 por cento de certeza que não correrei com a IndyCar no próximo ano.", começou por dizer o piloto português, que neste final de semana, lutará pelo título na formula E em Berlim.

Definitivamente não [correrei] com a equipa de Bobby, à qual tenho que agradecer muito por ter me dado o teste e então eles realmente buscaram a oportunidade de estar em um carro em tempo integral no próximo ano. Mas infelizmente as coisas não deram certo entre nós, principalmente por causa do tempo, para ser honesto. Eles queriam uma resposta em um momento em que eu não poderia dar e, infelizmente, eles tiveram que se mover em uma direção diferente. É algo que, pelo menos com o Bobby, não vai acontecer no próximo ano.

Rahal disse ao Motorsport.com que continuaria interessado em contratar o piloto português num futuro proximo.

"Obviamente, ele é muito bom, não é? Mas acho que ele tem oportunidades na Europa, e não necessariamente na Fórmula E, que são interessantes para ele. E eu acho que se você faz uma série em particular por um tempo, você está sempre procurando por algo diferente, e talvez algo que também seja melhor do que o que você já fez.", começou por dizer.

Acho que IndyCar é definitivamente interessante para ele, mas é uma das poucas séries que o interessam, e ele tem oportunidades porque seu histórico fala por si. Ele é um piloto muito procurado por várias equipes em várias séries e por um bom motivo. Então, sim, estou desapontado por não termos conseguido colocar algo junto com ele. Ele fez um bom teste para nós na Barber, ele é um jovem muito pessoal - ele basicamente verifica todas as caixas do que um dono de equipe está procurando em um piloto, certo? Mas nunca se sabe: talvez um dia possamos fazer um acordo.", concluiu.

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Formula E: Felix da Costa motivado para Berlim


Na semana de encerramento da Formula E, em Tempelhof, o antigo aeroporto de Berlim, António Félix da Costa quer contar com o apoio nacional na sua tentativa de renovar o título na competição eletrica. O piloto da DS Techeetah tem uma desvantagem de quinze pontos sobre Nyck de Vries, mas acredita que, apesar das dificuldades, as coisas poderão correr bem para ele.

Estou motivado como nunca, muito bem preparado física e mentalmente e com a lição bem estudada. Sei que não será fácil, o nível dos pilotos que estão na luta é altíssimo, e na Fórmula E existem muitos fatores que podem influenciar o resultado, mas estou confiante que temos boas chances de lutar!”, começou por dizer, na antevisão da prova.

Em relação ao ano passado em Tempelhof, o piloto da DS Techeetah acredita que isso não deverá repetir-se este ano:

Penso que em termos técnicos, nesta altura todas as equipas deram um grande salto em relação ao ano passado e estão todas muito mais fortes. Já não temos a pequena vantagem que tínhamos no ano passado. De qualquer forma, mentalmente estarei ainda melhor e quero utilizar isso a meu favor, tal como fiz o ano passado, procurar entrar na máxima força para desmoralizar os meus adversários. Repito, não será fácil, mas essa é parte da estratégia.

Falando sobre a temporada atual, Félix da Costa afirma que este tem sido uma das mais duras e intensas para o piloto português:

Considero a época mais desgastante que tive na Fórmula E. Lutamos muito, fiz grandes corridas desde o fundo da grelha até aos pontos, tive também alguns azares, mas acho que todo o esforço e dedicação fez-me chegar à última corrida na luta do título. Dou o exemplo: quando as coisas correm menos bem na qualificação, eu luto na corrida com todas as minhas forças, o Jean-Éric Vergne baixa os braços e raramente recupera. Não quero comparar e muito menos sobressair, apenas constatar, porque é verdade, que lutamos todas as corridas e merecemos estar na luta por este título.”, concluiu.

As corridas em Berlim acontecerão durante o fim de semana e terão transmissão na Eurosport 2.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

A imagem do dia


Esta imagem é engraçada: Ayrton Senna a dar uma volta no circuito do Hungaroring, em 1986, a bordo de um Lada. Mais do que os acontecimentos da corrida, nomeadamente a ultrapassagem de Nelson Piquet ao próprio Senna, que deu a vitória ao piloto da Williams, esta imagem mostra o mundo que existia na altura, e de como uma pessoa queria correr naquilo que se chamava, então, da Cortina de Ferro. 

A Formula 1 sempre foi um desporto altamente tecnológico, do qual se gastaria dinheiro como se fosse a nova corrida às armas, e foi essencialmente, um desporto capitaliasta. Mas Bernie Ecclestone tinha o sonho de ver aqueles carros num circuito à volta da Praça Vermelha, onde passeavam os tanques e os misseis no 7 de novembro. Tentou algumas vezes, em 1980 e 81, junto do Politburo do PCUS (Partido Comunista da União Soviética), mas os "velhos caquéticos" estavam mais preocupados com outras coisas do que acolher uma data de carros velozes. 

Mas Bernie não desistiu. O governo húngaro era o mais progressista dos que estavam do outro lado da Cortina de Ferro, numa espécie de comunismo "goulash", onde certos elementos capitalistas eram permitidos. E ter um Grande Prémio até seria um grande atrativo para quem o organizaria. E foi.

A 10 de agosto de 1986, trezentas mil pessoas estavam nos arredores de Budapeste para ver o primeiro Grande Premio, vindos de muitos lados como a Polónia, Checoslováquia, Jugoslávia, Roménia ou a Alemanha Oriental, e alguns até vinham da Áustria ou Itália para ver a corrida num circuito que foi construído em menos e um ano. E apesar de ser sinuoso e lento - esteve sempre na corda bamba nos primeiros anos - a sua importância era demasiadamente grande para ser cortado. E foi por isso que se pode ver este tipo de imagens. Ainda antes da Cortina de Ferro passar à história.

Youtube Video Explanation: As baterias de metal liquido

O processo de construção de baterias para armazenar energia para fazer andar tudo o que tenha quatro rodas e um volante, para além de fornecer luz e calor para as nossas casas, é um processo contínuo. É certo que as baterias de lítio são as usadas correntemente, e tem os seus limites - têm tendência para pegar fogo, por exemplo - mas estão a acontecer coisas para melhorar e alargar essa tecnologia, como as baterias de estado sólido, uma aposta que muitos fabricantes de automóveis estão a fazer para aumentar a sua durabilidade e autonomia.

Contudo, há também as baterias de metal líquido. Essencialmente, funcionariam da mesma forma como o processo de separar o alumínio de outros metais e demais impurezas, e de uma certa maneira, tem o potencial de guardar energia de maneira mais eficaz e sem os defeitos do aquecimento que tem as baterias atuais. 

E sobre essa tecnologia, o Joe Scott fez dela o tema do seu mais recente video, que podem ver aqui.  

Noticias: Alpine vai rodar um Formula 1 em Le Mans


A Alpine ainda está fresca da sua vitória no Hungaroring, mas decidiu que também iria fazer uma demonstração do seu envolvimento na Endurance. Não só com o seu carro de LMP1, como também... com um Formula 1. Um carro de 2019 estará presente para dar uma volta no circuito de onze quilómetros como demonstração, desconhecendo-se quem o irá pilotar, embora Esteban Ocon e Fernando Alonso estarão presentes em La Sarthe para assistir à prova.

Esta benesse do ACO à Alpine poderá significar que a marca francesa avançará com a construção de um Hypercar para 2023, mantendo-se no próximo ano no WEC com o seu atual carro, um Rebellion R13 Gibson rebatizado de A480.

As 24 Horas de Le Mans acontecerão no fim de semana de 21 e 22 de agosto, dois meses e meio depois da data prevista.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

A imagem do dia


Vamos ser honestos: não vou negar que esperei 27 anos por ver estas imagens, uma delas coloco aqui. As outras podem ver através deste link, porque não dá para copiar as fotos - o que explica a raridade destas imagens...

Como é sabido, na semana anterior ao GP de Espanha de 1994, a Lotus testava o seu modelo 107 com os novos regulamentos que tinham sido elaborados à pressa após os acidentes de Imola e Mónaco. O teste decorria em Silverstone e Pedro Lamy guiava o carro quando, ao pé da curva Abbey, a asa traseira soltou-se e o carro perdeu controle, desfazendo-se e o chassis acabou num túnel de acesso a duas partes do circuito. O carro literalmente, voou, e se fosse durante o final de semana do Grande Prémio, teria certamente sido um acidente bem grave, provavelmente com espectadores atingidos e mortos pelos destroços do Lotus.

Segundo conta a descrição, o carro foi arrancado em todos os pedaços, sendo o maior a parte do chassis e do motor, parcialmente separado. O sistema de combustível foi perfurado com o embate e o carro pegou fogo com o piloto dentro, do qual os socorros foram velozes.

O resultado é conhecido: Lamy fraturou ambos os joelhos e o fémur direito, e demorou mais de um ano até voltar a sentar-se num carro de Formula 1. Ele fê-lo no GP da Hungria de 1995, pela Minardi, já que a Lotus tinha acabado no inicio do ano. E lembro-vos que três semanas antes, em Imola, ele também sofreu um acidente bem forte na partida para o GP de San Marino, quando atingiu na traseira do Benetton do J. J. Letho, sem ferimentos para ambos os pilotos.

Já agora, o chassis foi reconstruído e há uns tempos soube que estava na garagem de um adepto britânico, em estado de circulação numa pista.  

Apesar de ser uma imagem, é marcante, porque trata-se de um acidente importante de um mês maldito para o automobilismo.

Formula E: Circuito de Berlim vai ser corrida de modo reverso


A pista de Tempelhof, em Berlim, vai ser corrido nos dois sentidos durante a jornada dupla final da Formula E, que acontecerá no final desta semana. O anuncio foi feito esta segunda-feira pela organização. Para além disso, os espectadores irão retomar às bancadas de modo parcial - serão vendidos dez mil e quatrocentos bilhetes.

Com 58 pontos em jogo, a jornada de Berlim vai ser mesmo decisiva, porque existem nada mais, nada menos, que dezoito pilotos com hipóteses de título, numa tabela liderada pelo neerlandês Nyck de Vries, da Mercedes, seis pontos na frente do segundo classificado, o seu compatriota Robin Frijns, este a correr na Envision Virgin.

A história de uma piloto que nunca ouviremos falar


Encontrar assuntos para falar nestas bandas não é fácil, mês após mês. Confesso que muitas das vezes, para escrever por aqui, é quase à última da hora, o último dos dias, quase um "deadline" típico do melhor do jornalismo, ou se quiserem, o que a pressão sabe trazer ao de cima o melhor - ou o pior - das pessoas. 

Mas às vezes, o acaso nos faz colidir com histórias fascinantes, obscuras até. E a de hoje calhou ler um artigo da Motorsport Magazine, escrito por Mark Hughes. A partir dali, deu para explorar mais e descobrir a história de uma prodigio que, bastou apenas 15 meses para mostrar o seu melhor, e pensar no que poderia ter sido, se um acidente bizarro não acabasse prematuramente com a sua vida. Então, hoje falo de Lorraine Peck. Uma menina que poderia ter sido, não a primeira, mas provavelmente a melhor piloto de Formula 1 de todos os tempos. E tinha tudo para lá chegar, não só no talento, mas também no financiamento.

Nascida em agosto de 1958, Lorraine Peck tinha mostrado talento aos 14 anos no karting, que nesses inicios da década de 70 começava a ser já a modalidade de eleição para aqueles que pretenciam iniciar uma carreira no automobilismo. O pai de Peck, que trabalhava na área da imobiliária, tinha olhado para ela com a ideia do seu talento a andar nessas velozes máquinas e começou a bancar uma carreira, logo em 1973. E rapidamente se notou pela sua velocidade e capacidade de adaptação. Em 1974, o seu talento não passava despercebido, ao ponto de ter sido selecionada para a equipa britânica de kart que nesse ano, foi a Rye House, e disputar o mundial contra a toda-poderosa Itália, por exemplo. (...)

Os anos 80 foram uma altura em que algumas mulheres brilharam no automobilismo, e um desses exemplos foi Michele Mouton, a francesa que foi vice-campeã do mundo em 1982, a bordo de um dos poderosos Audi Quattro de Grupo B, contra gente como Walter Rohrl, Ari Vatanen, Stig Blomqvist, Henri Toivonen ou Juha Kankkunen. Mas poderia ter aparecido outra mulher no panorama e provavelmente ter feito tão bons resultados... mas na pista. Isto, se o destino não tivesse interferido. 

Ainda hoje se fala nos circulos do karting britânico sobre Lorraine Peck, que em 1975 se tornara na segunda melhor piloto britânica e tinha sido vice-campeã do mundo na sua classe, na frente de gente como Elio de Angelis, por exemplo. E tinha um Formula Atlantic à espera depois de participar numa final do campeonato do mundo na Alemanha, se não tivesse sofrido um acidente fatal a 10 de julho de 1975. 

E é sobre a história obscura de uma rapariga que poderia ter conseguido alguma coisa - ou não - que escrevo este mês no site nobres do Grid

domingo, 8 de agosto de 2021

Noticias: Domenicalli achou a experiência da corrida Sprint positiva


A Sprint Race é um conceito novo e a FOM está a analisar para saber o que mais poderá fazer para melhorar o seu produto. Stefano Domenicalli, o seu presidente, revelou que está a ser realizada uma análise aprofundada à experiência que se iniciou em Silverstone, no fim de semana do GP da Grã-Bretanha, para perceber se esta é uma solução para o futuro, apesar de estar ainda previstos mais dois eventos com este formato. 

A ideia era encontrar algo diferente para garantir que haveria algo novo para oferecer os ‘stakeholders’ da Fórmula 1. Dissemos que queríamos três testes. Um foi em Silverstone. Outro será em Monza e a restante no final da temporada no Brasil. No final deste teste vamos ter um plano para perceber qual será o próximo passo”, começou por dizer Domenicalli.

Segundo o italiano, a experiência foi um sucesso a todos os níveis.

A resposta foi muito positiva tantos dos pilotos como das equipas, e os media foram muito positivos. E também foi muito positivo para o promotor, se pensarmos que todos os dias tínhamos algo de novo para dizer. Os adeptos foram para a pista na sexta-feira, antecipando a primeira qualificação”, concluiu.

IndyCar: McLaren adquire a maioria da Schmidt Peterson


A McLaren anunciou esta domingo que detêm agora 75 por cento da Arrow Schmidt Petersen, a equipa da IndyCar no qual estabeleceu uma parceria em 2019. Não se conhece o valor dessa transação, que deixou contente o seu CEO, o americano Zak Brown.

O anúncio de hoje é um forte sinal de nosso compromisso de longo prazo com a IndyCar como uma série de corrida e uma plataforma de marketing para a McLaren Racing e nossos parceiros”, começou por dizer Brown.

A McLaren Racing acredita que a IndyCar continuará a construir a nossa marca na América do Norte, atenderá aos nossos fãs americanos [que estão] em expansão e a base de parceiros em nosso portfólio de corridas e gerará valor de longo prazo”, acrescentou.

O anuncio foi feito na véspera da corrida da IndyCar em Nashville. 

A equipa conta este ano com o mexicano Patricio O'Ward e o sueco Felix Rosenqvist, e afirma querer manter os dois carros em 2022, a não ser que consigam alguma das estrelas do campeonato, pois assim poderiam alargar a equipa para três carros de modo permanente, mais um ou dois carros para as 500 Milhas de Indianápolis, como fizeram este ano para acolher Juan Pablo Montoya

Nesta temporada, O'Ward é o atual segundo classificado, depois de ter vencido duas provas, uma em Texas e outra em Detroit.