sábado, 11 de abril de 2020

Youtube Motorsport Video: 1989 Schleizer Dreieck


No penúltimo ano da existência da RDA, houve corridas no Schleizer Dreieck, uma pista que muitos consideravam como a Nurburgring do Leste. Com 6,2 quilómetros de extensão, há corridas desde 1923, ou seja há quase um século. Hoje em dia, ainda recebe corridas clássicas e modernas, mas a pista está reduzida a cerca de 400 metros.

Nesse ano de 1989, havia as provas da Formula Easter, mas também uma prova de turismos na memsa categoria. Na grande maioria, os carros apresentados são Ladas, contra dois Skodas checos. O video vale a pena ver, apesar os comentários serem em alemão.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Youtube Motoring Review: O Hyundai Kona Elétrico

Apesar da pandemia em que vivemos, ainda há tempo de fazer e ver outras coisas. O Robert Llewellyn, do canal do Youtube Fully Charged, fez uma "revisão" ao Hyundai Kona elétrico após 20 mil milhas - 32 mil quilómetros - de uso, e disse de sua justiça. A ideia é saber se este modelo consegue ser um bom rival para os Tesla e também se pode constituir uma boa alternativa a quem queira ter o seu primeiro carro elétrico, de uma maneira mais acessível, porque nem todos podem ter, por exemplo, um Tesla Modelo X ou um Jaguar e-Pace.

Enfim, algo que recomendo neste final de semana de Pascoa. 

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Youtube Motorsport Video: Formula Easter em Brno


Há uns dias coloquei aqui um video sobre as competições no outro lado da Cortina de Ferro, nos anos 80. E falei também que em alguns países, como a (então) Checoslováquia e a Hungria, que a partir de 1986 acolheu um Grande Prémio de Formula 1, também foi palco desta competição da Formula Easter, com motores de 1300cc vindos de Ladas e Skodas, entre outros, em chassis feitos na então União Soviética e com pilotos vindos da RDA, Checoslováquia, União Soviética, Polónia e outros países desse bloco.

Hoje coloco uma corrida de 1987 no circuito de Brno. A localidade tem uma longa tradição automobilística, como Most, e recebeu provas de motocliclismo e automobilismo, nomeadamente provas de Endurance. Tinha melhores condições de segurança, porque estavam a acolher provas da FIA, logo, até teria o seu interesse ver o tipo de provas neste tipo de circuitos.

Em suma, algo interessante para verem nesta Páscoa confinada.

Automobilismo e o coronavirus: As atualizações do dia 9

Na atualização do automobilismo e do motociclismo devido à pandemia do coronavirus, fala-se do calendário da competições como a Formula 1 e o MotoGP, à medida que os dias avançam e em alguns países da Europa, o pior poderá já ter passado, com previsões do levantamento de algumas restrições para breve. 

Ontem, Ross Brawn falou sobre o tipo de calendário que se poderá ter depois de passada a pandemia. Numa entrevista à Sky Sports, o diretor técnico da Formula 1 disse que a FOM tem vindo a estudar opções para começar definitivamente a temporada.

A nossa visão aponta para que, provavelmente, começar na Europa seja favorável e podendo até ser um evento sem público. Poderíamos ter um ambiente fechado, em que as equipas viajariam em charters, canalizá-las-íamos para o circuito, garantiríamos que toda gente seria testada, atestada e, dessa forma, não haveria risco para ninguém”, começou por dizer.

Temos uma corrida sem espectadores. Não é fantástico, mas é melhor que não ter qualquer corrida. Temos de nos lembrar que há milhões de pessoas que seguem o campeonato em casa”, continuou. 

Desconhece-se que corrida é que será usada como cobaia para essa experiência inicial, pois neste momento, o GP de França é o primeiro do calendário atual, apontado para o final de junho, com o GP da Áustria, no Red Bull Ring, a seguir, na primeira semana de julho. Contudo, com o estatuto de Campeonato do Mundo da FIA, a Fórmula 1 tem de respeitar certas condições para o manter, mas Ross Brawn não considera isso um problema, estando seguro de que até Outubro o campeonato terá o seu início. 

Oito corridas é o mínimo para podermos ter um campeonato do mundo, de acordo com os Estatutos da FIA. Podemos alcançar as oito corridas ao começar em Outubro. Portanto, se quisermos ter uma data limite, seria Outubro. Mas então, existe também a possibilidade de entrarmos no próximo ano. Isso está a ser explorado. Podemos ir até Janeiro para terminar a temporada? Há muitas complicações, como se pode imaginar”, apontou.

Se conseguirmos começar em Julho, poderemos ter uma temporada de dezanove corridas. Seria duro – três corridas, um fim-de-semana de folga; três corridas, um fim-de-semana de folga. Olhámos para toda a logística e pensamos que poderemos ter uma temporada de dezoito ou dezanove corridas, se arrancarmos no início de Julho. A escolha é entre estes dois números [entre oito e dezanove]”.

Brawn assume que, em alguns casos, os programas oficiais poderão ser reduzidos, especialmente para facilitar as viagens. Tal solução poderá ser a necessária devido a situação em que se vive. 

Poderemos ter algumas corridas de dois dias para alcançar as exigências logísticas. Por exemplo, a China parece que, provavelmente, terá apenas dois dias, se for avante, dado que será mais fácil desta forma chegar lá e sair para o evento seguinte”, concluiu.

Do lado da MotoGP, a Dorna, entidade organizadora da competição, afirmou que o cancelamento a temporada só aconteceria em último recurso. Com as corrida de Itália e Catalunha adiadas, agora é a prova da Alemanha, a 21 de Junho, que está marcado como a data de início provisória, embora seja provável que isso ainda mude. Agora, eles afirmam que a chance mais realista é uma competição com apenas dez provas, e por agora, o cancelamento completo está descartado.

No seu comunicado oficial, afirmou:
A pandemia do coronavírus já resultou em revisões ao calendário de 2020 para o Campeonato do Mundo de MotoGP, incluindo o adiamento ou reagendamento de uma série de eventos. Perante a incerteza contínua, a Dorna Sports gostaria de reafirmar que as corridas são a nossa principal prioridade em 2020…

Na Dorna, continuamos em discussão contínua com a FIM, IRTA, MSMA e Comissão de Grand Prix, à medida que acompanhamos de perto a situação, mantendo os canais de comunicação e apoio entre cada pilar do nosso desporto o mais abertos possível. O objetivo de todas as partes envolvidas é recomeçar a correr assim que for seguro fazê-lo.

O nosso foco número um sempre foi, e continuará a ser, tentar correr a temporada de 2020 com o maior número possível de Grandes Prémios, terminando no ano civil de 2020. No entanto, agiremos sempre em consonância com os pareceres de saúde e segurança dos governos e das autoridades sanitárias competentes.

Se a pandemia continuar a pôr as nossas vidas e desporto em suspenso por mais tempo do que qualquer um de nós pode antecipar e as restrições de viagem permanecerem em vigor, só como último recurso a Dorna Sports alguma vez consideraria discutir o cancelamento da temporada de 2020 com a FIM, IRTA e MSMA.

O nosso foco número um para as SBK é igualmente tentar correr a temporada de 2020 com o maior número de provas possível uma vez que é seguro fazê-lo.

Em suma, esta é uma situação completamente volátil, e só as próximas semanas é que definirão o rumo dos acontecimentos.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Automobilismo e o coronavirus: As novidades do dia 8

No meio de adiamentos, também há outras noticias relacionadas com automobilismo que merecem ser faladas por aqui. Já se sabe que o GP do Canadá foi adiado "sine die", colocando a Formula 1 em 2020 com cada vez mais dúvidas sobre a sua realização nos moldes em que foi idealizada em primeiro lugar. Logo, ou se começa a pensar na ideia de uma super-temporada, provavelmente a partir de agosto, por alturas do GP da Hungria, ou então, 2020 terá de ser descartado de vez. Isto, se a pandemia se prolongar no tempo.

Entretanto, os circuitos de Portimão e Estoril foram aprovados pela FIA e voltam a ser pistas de Grau 1, ou seja, prontos para receber a Formula 1 para testes e corridas, caso assim desejem. 

No lado dos Ralis, pensa-se na reformulação do calendário no período entre agosto e dezembro, já que se pensa na probabilidade de todos os ralis até lá serem adiados e começarem na Finlândia, no inicio desse mês (o rali Safari não foi adiado, mas é uma probabilidade). E para além disso, esses ralis serem encurtados, para poderem encaixar mais em pouco tempo.

A ideia é simples: se garantirem o maior número de eventos possivel, os patrocinadores pagarão. 

Thierry Neuville, piloto belga da Hyundai, revelou à revista alemã Motorsport Aktuell gostar da ideia de eventos com apenas 4 dias. "Com um programa diferente, incluindo uma Sexta-feira e um Sábado mais longos, poder-se-ía percorrer quase a mesma distância e desmontar tudo no Domingo para arrancar em viagem. Quem sabe se não poderemos trabalhar com formatos diferentes no futuro," revelou o belga da Hyundai.

Richard Millener, o director desportivo da M-Sport Ford foi mais longe. "Esta é a oportunidade perfeita para ter ralis consecutivos, vamos disputar ralis de dois dias e talvez, pensando de forma mais radical, porque não ter dois ralis no mesmo país?" questionou o britânico em declarações ao site Dirtfish.com

"Se a infraestrutura está lá montada, porque não pensar acerca disto?" concluiu Millener, em jeito de desafio.

terça-feira, 7 de abril de 2020

A imagem do dia

A 27 de abril de 1968, em Silverstone, no BRDC International Trophy, a prova organizada pelo clube de pilotos de automóveis britânicos, estes puderam se despedir de Jim Clark, morto duas semanas antes, em Hockenheim. Na primeira fila estavam os BRM de Mike Spence e Pedro Rodriguez, e os McLaren de Denny Hulme e Bruce McLaren. Curiosamente, os quatro pilotos da primeira fila tiveram o mesmo destino. Aliás, Spence seria o primeiro a morrer, dali a alguns dias, em Indianápolis, a 7 de maio, quando iria preencher o lugar de Clark para as 500 Milhas de Indianápolis. 

Na ponta da fotografia, podem ver um homem assopra as sua gaita de foles escocesa, num tributo ao filho da terra, provavelmente o melhor piloto daquela década, e um dos melhores de sempre do automobilismo, e do qual todos pensavam que a ele, nesta profissão perigosa, nada lhe aconteceria.

A corrida foi vencida por Hulme, na frente de McLaren e dos Ferrari de Chris Amon e do jovem belga Jacky Ickx. Aliás, o pódio foi totalmente neozelandês, algo inédito até então, embora fosse uma corrida não-oficial. Contudo, o objetivo de correr e competir estava colocado de lado, pelo menos por uns momentos, para homenagear um dos seus, faz agora 52 anos que morreu, numa prova de Formula 2 na fria Alemanha, num acidente que poucos queriam acreditar.

domingo, 5 de abril de 2020

A imagem do dia

Esta imagem é rara, mas a história ale a pena ser contada. Porque falamos do GP do Mónaco de 1969, onde estas enormes asas traseiras apenas apareceram nos treinos de quinta-feira, antes de serem abolidas pela então CSI, a antecessora da FIA.

A polémica tinha começado na corrida anterior, quando os Lotus de Graham Hill e Jochen Rindt se despistaram no mesmo sítio, com alguns metros e algumas voltas de diferença. O austríaco ficou ferido no nariz e disse o que pensava do carro a Colin Chapman, numa carta que acabou por parar à Autosport britânica, mostrando um clima de tensão com o patrão da Lotus que nunca amainou muito até à sua morte, nos treinos do GP de Itália de 1970, dali a um ano e meio.

Sem Rindt disponível para a corrida no Principado, Chapman recorreu a um bom piloto, que já tinha feito esse papel um ano antes. Para Richard Attwood, então com 29 anos, não é nada novo. No ano anterior, a BRM chamara-o para substituir Mike Spence, morto durante os treinos das 500 Milhas de Indianápolis. No Mónaco, o piloto até conseguiu um segundo lugar, o seu primeiro e único pódio na Formula 1. Ficou lá até ao final da temporada inteira, e os seis pontos, conseguiu o 13º lugar da classificação geral. 

Attwood adaptou-se facilmente ao modelo 49, mas foi apenas décimo numa grelha de 16 carros. As asas foram tiradas e não foram usadas na corrida, com a CSI a decidir que iria discutir num futuro próximo, pois a ideia inicial era de banimento puro e simples. Esta foi uma de atrito, com apenas sete carros a chegarem ao fim, numa prova onde Graham Hill triunfou pela quinta vez, segunda consecutiva, enquanto Attwood marcou a volta mais rápida e conseguiu um digno quarto posto, a 52,9 segundos do vencedor.

Richard Attwood fez mais uma prova na Formula 1 e depois concentrou-se na Endurance, onde ao lado de Hans Hermann, deu à Porsche a sua primeira vitória nas 24 Horas de Le Mans. Hoje, ele comemora o seu 80º aniversário. 

Youtube Motorsport Video: 1986 Schleizer Dreieck

Num dos meus grupos de automobilismo que sigo na rede social Facebook, andamos num jogo para puxar pelos nossos conhecimentos, ou pesquisar e descobrir coisas novas neste tempo de pandemia. E há uns dias, alguém colocou uma foto para tentar descobrir que proa se tratava. Reconheci alguns chassis e logo, logo, descobri o geral, mas não o particular. E com isso, voltou-se aos tempos em que a Europa estava dividida por uma Cortina de Ferro, e havia duas Alemanhas. Uma Ocidental, com BMW, Mercedes e Audi, e outra "Democrática", com Trabants e Wartburgs.

E nisto tudo, descobri uma competição que era o equivalente à Formula 3: o Formula Easter, e uma competição em particular, o "For Peace and Friendship Cup Series", que juntava pilotos de todos os países do Leste Europeu, como a RDA, Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária, Checoslováquia, e União Soviética. E os chassis eram feitos ou na RDA ou na URSS, especialmente o Estonia, e que boa parte dos pilotos o usavam.

E as pistas eram muitas, algumas delas construídas para receber as competições ocidentais, como Brno e Hungaroring, porque essa gente tinha o dinheiro "forte" (marcos alemães ocidentais, francos franceses, florins holandeses, libras britânicas...) e outras menos conhecidas, como Schleitz, na então RDA, que com cerca de oito quilómetros, fazia lembrar o antigo Spa-Francochamps.

Assim sendo, coloco aqui a corrida de 1986 da "For Peace and Friendship Cup Series", onde na categoria de monolugares estão alguns dos pilotos mais conhecidos do outro lado da Cortina de Ferro. Para verem como eram as coisas no outro lado, não há muito tempo.