sábado, 15 de fevereiro de 2020

Formula E: Evans foi o melhor no México, AFC segundo

Mitch Evans foi melhor que André Lotterer na partida do ePrix do México, no Autódromo Hermanos Rodriguez, e não olhou para trás até à bandeira de xadrez, dando a vitória à Jaguar. O neozelandês ficou na frente de António Félix da Costa, no seu DS Techeetah, e Sebastien Buemi, no seu Nissan. Jean Eric Vergne foi o quarto, na frente de Alexander Sims, que agora partilha o comando do campeonato com Evans, e o português não anda longe.

Depois de André Lotterer ter sido o poleman, a corrida teria de ser algo diferente para marcar presença. E foi o que aconteceu: na partida, Mitch Evans largou melhor e pressionou Lotterer para que este cometesse um erro e caísse para quarto. De Vries era segundo, antes de ser passado por Buemi, que mais tarde perderia mais dois lugares, passado por Lotterer e Bird. Nesta altura, Félix da Costa era nono. Contudo, na terceira volta, Nico Muller batia forte na Curva 1 e fazia com que o Safety Car entrasse na pista. Entretanto, no fundo do pelotão, os Mahindra cumpriam penalizações por infrações técnicas.

No regresso da corrida, Bird atacou Lotterer no Estádio para ser terceiro, que depois perdeu mais uma posição para De Vries. Pouco depois, Felipe Massa abandonava com um toque no muro. 

Evans afastava-se volta após volta, com Buemi a ser pressionado por Bird, Pouco depois, o alemão da Porsche tinha danos e perdia posições até ao fundo do pelotão. Ao mesmo tempo, Sam Bird foi para o Attack Mode e passou para segundo, indo atrás de Evans. Vergne e Félix da Costa eram sexto e sétimo, respectivamente. Pouco depois, o português passou o seu companheiro de equipa.

Pouco depois, começaram as segundas passagens pelo Attack Mode, e os Techeetahs aproveitaram para ir ao mesmo tempo. O português foi à busca do holandês da Mercedes, que era quinto, e quando se defendeu do piloto português, queimou a travagem e acabou na escapatória, levando consigo Robin Frijns, que foi prejudicado. 

Pouco depois, o piloto português estava colado na traseira do Nissan de Buemi. O suíço foi para o Attack Mode, tal como Vergne, mas o suíço não conseguiu afastá-lo dele. Contudo, a equipa dá-lhe ordens para que o francês o passasse, o que obedece. Com isso, Buemi ia-se embora. 

A dez minutos do fim, Ma Qinghua bateu no muro mas não incomodou a corrida, enquanto na DS Techeetah, os pilotos voltaram a trocar de posições, com o português a voltar a ficar em quarto. Mas ele apanhou, e depois passou, o suíço da Nissan, ficando com o terceiro posto. E pouco depois, Bird falha a travagem e o português era segundo!

No final, Evans estava na frente e a controlar as coisas, com Félix da Costa também a observar tudo. Foi assim que cruzaram a meta, mesmo no limite de energia dos bólidos. Para o neozelandês, era a sua segunda vitória na sua carreira, e a primeira nesta temporada, e para o português, o segundo pódio seguido. Sebastien Buemi ficava com o lugar mais baixo do pódio, na frente de Jean-Eric Vergne e de Alexander Sims, da BMW.

No campeonato, Mitch Evans está na frente com 47, pontos, seguido por Sims, com 46 pontos e António Félix da Costa em terceiro, com 39, um ponto na frente de Stoffel Vandoorne, com 38. A próxima corrida é dentro de duas semanas, em terras marroquinas.  

WRC 2020 - Rali da Suécia (Dia 2)

Elfyn Evans continua na frente do Rali da Suécia, decorridas as primeiras nove especiais da prova. O piloto galês da Toyota tem uma vantagem de 17,2 segundos sobre Ott Tanak, no seu Hyundai. Sebastien Ogier está na terceira posição, a 28,8, depois de passar o seu companheiro de equipa, Kalle Rovanpera.

Com 8,5 segundos a separarem Evans de Tanak, o segundo dia tinha quatro especiais, onde o estónio iria tentar apanhar o piloto da Toyota. Mas foi o galês a mostrar-se, na segunda passagem por Hof-Finnskog, ganhando por 3,2 segundos sobre Tanak, com Sebastien Ogier em terceiro a 3,5. Thierry Neuville era o quarto, a 5,8. O galês voltou a vencer na sétima especial e alargava a sua vantagem para 15,3, depois de ter ganho mais 3,6 segundos nesta vez.

Na segunda passagem por Nyckelvattnet, Evans voltava a ganhar, alargando mais 1,6 segundos para Tanak, terceiro e batido por Kalle Rovanpera. E só apenas no final do dia, na segunda passagem por Torsby Sprint, é que não venceu. Foi Thierry Neuville que levou a melhor, 0,3 segundos na frente de Sebastien Ogier e 0,4 sobre Esapekka Lappi. Tanak perdeu 1,1 segundos e Kalle Rovanpera 2,1, sendo oitavo e perdendo o terceiro lugar a favor de Ogier: 28,8 contra 29,3 do jovem finlandês.

Depois dos quatro primeiros, Esapekka Lappi não está longe, a 34,1 segundos no seu Ford, na frente de Thierry Neuville, sexto a 39,2. Craig Breen é sétimo, a 49,1, na frente de Teemu Suninen, a 1.14,8. E a fechar o "top ten" estão o Toyota de Katsuta Takamoto, a 1.37,4, e o Skoda de Jari Huttunen, a 3.39,1.

O rali da suécia acaba no domingo com as suas últimas classificativas.

Formula E: Porsche na pole-position no México

Na sua quarta corrida na sua história na Formula E, André Lotterer coloca um Porsche na pole-position. Na Cidade do México, o piloto alemão bateu o Jaguar de Mitch Evans, a 0.063 segundos, e o Mahindra de Pascal Wehrlein, a 278 centésimos. O português António Félix da Costa, no seu Techeetah, é o décimo, um lugar abaixo de Jean-Eric Vergne, o seu companheiro de equipa.

Numa qualificação onde a igualdade entre equipas está garantida, ou seja, todos tem uma chance, o fim de semana mexicano começou com a tareia que Daniel Abt levou no primeiro treino livre, que acabou no hospital e o impediu de participar nesta qualificação, tudo o resto teria chances para brilhar na altitude desta nova versão do Autódromo Hermanos Rodriguez.

No primeiro grupo estavam os líderes do campeonato: Stoffel Vandoorne, Alexander Sims, Sam Bird, Maximilian Günther, Lucas Di Grassi e Oliver Rowland. Bird e Vandrrone partiram ao ataque e o britânico foi o primeiro a marcar um tempo razoável, com 1.08,394, com o belga da Mercedes logo atrás, a 292 centésimos.

No segundo grupo - que tinha António Félix da Costa, Mitch Evans, André Lotterer, Edoardo Mortara, Nyck de Vries e Pascal Wehrlein - Lotterer primeiro levou a melhor, usando a mesma tática de Bird e Vandoorne, que dispensava a volta de aquecimento para partir ao ataque, mas depois o neozelandês da Jaguar marcou 1.08,174 para ser o melhor. Félix da Costa ficou atrás de Werhrlein e era o sexto, provisoriamente.

No Grupo 3, sem Abt, mas com Robin Frijns, James Calado, Jean-Éric Vergne, Felipe Massa e Jérôme D'Ambrosio, com estratégias mistas, o único a chegar à zona da SuperPole foi o holandês, sexto com 1.08,435. E no Grupo 4, com Brendon Hartley, Oliver Turvey, Sébastien Buemi, Nico Müller, Neel Jani e Ma Qing Hua, foi o suíço da Nissan que aproveitou melhor, ao conseguir o quinto melhor tempo provisório e ir à SuperPole, onde fez companhia a Lotterer, Evans, Wehrlein, Bird e Nick de Vries.

Ali, o primeiro a sair foi Sam Bird, mas a sua volta desiludiu, com 1.08,444. A seguir saiu Sebastien Buemi onde melhorou em cerca de 80 centésimos. Contudo, chegou a vez de Lotterer, que sem erros, fez 1.07,922, caindo pela primeira abaixo do 1.08 e instalando-se confortávelmente no primeiro posto. Nick de Vries tentou, mas não conseguiu, e Mich Evans, que ficou para o fim, conseguiu baixar do 1.08, mas insuficinte para desalojar o piloto alemão da Porsche.

A corrida acontecerá pelas 22 horas, horário de Lisboa. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Apresentações Formula 1 2020 - O Alpha Tauri AT01-Honda

Depois da Mercedes, a Alpha Tauri mostrou o seu carro para a temporada que aí vêm. Com Daniil Kvyat e Pierre Gasly como pilotos, a equipa, antiga Toro Rosso, batizou o seu chassis de AT01, com motor Honda. 

O objetivo? Andar no meio do pelotão como "o melhor dos outros". E Franz Tost, o seu diretor, afirma isso mesmo.  “Teremos a caixa de velocidades, suspensão traseira e dianteira, e ainda a parte hidráulica da Red Bull, pelo que estaremos em boa posição para lutar com a Renault, McLaren e Racing Point”, começou por afirmar.

"Estamos a olhar com um carro novo para uma nova temporada, e devo dizer que estamos muito otimistas para esta temporada. Porquê? Primeiro que tudo, o carro mostrou resultados muito bons no túnel de vento, em segundo [lugar] Honda, nossos amigos no Japão, Sakura, fizeram um grande progresso durante os meses de inverno, tanto do lado da performance quanto da fiabilidade. Terceiro, temos dois bons pilotos, eles mostraram isso no ano passado", continuou.

"Estamos muito otimistas. A equipe deve ter um bom desempenho, temos um parceiro fantástico com o Alpha Tauri e estou realmente convencido de que o Alpha Tauri terá uma temporada de sucesso", concluiu.

O carro estará presente na semana que vêm para os testes coletivos em Barcelona.

A imagem do dia




No dia em que Mercedes e Alpha Tauri (ex-Toro Rosso) apresentaram os seus carros, a Alfa Romeo andou em Fiorano para ver se tudo está bem no seu carro para 2020. Oficialmente, o carro só será apresentado no dia 19 de fevereiro em Barcelona, mas hoje, com o veterano Kimi Raikkonen ao volante, o carro andou com uma decoração escura com riscos vermelhos, provavelmente para comemorar o Dia de São Valentim.

Veremos como se comportará perante a concorrência a partir da semana que vêm, e a temporada que ainda vêm.

Apresentações Formula 1 2020 - O Mercedes W11

Chassis que ganha, pouco ou nada de mexe. Parece ser a formula que a Mercedes aposta com o seu W11, o carro da equipa que tem ganho todos os campeonatos desde 2014. Não existem grandes alterações em relação ao carro do ano passado, provavelmente com um bico mais fino e uns flancos mais acentuados, e dentro em breve fará um "shakedown" em Silverstone para ver se tudo está em ordem antes dos testes colectivos, que acontecerão na semana que vêm.

Quanto a expectativas, Hamilton afirmou que não se sente pressionado com a hipótese de alcançar o recorde de vitórias de Michael Schumacher

É uma grande experiência viver tudo isso na Mercedes. Estou aqui desde 1998 [quando entrou no programa de jovens da McLaren Mercedes, aos 13 anos] e fiz parte do crescimento da empresa. Primeiro na McLaren e, quando eles vieram para a Formula 1 como equipa, fiz essa mudança. Simplesmente é minha família", comentou. 

Não sinto pressão neste momento. Claro que você se concentra no que precisa fazer, mas também é sobre curtir. É uma honra poder viver isso. Centenas de pessoas estão trabalhando neste carro, e podemos testar a nós mesmos. O ambiente é realmente único nesta equipa”, analisou o hexacampeão.

Valtteri Bottas, espera mais competição do lado da concorrência mais direta do lado da Ferrari, e também seja mais competitivo dentro da sua própria equipa. “A luta entre nós será, obviamente, interessante para você e será difícil para nós. Quanto a Charles e Max, prefiro conversar na pista. Se você começar a conversar fora da pista, vejo isso apenas como uma fraqueza”, acrescentou.

CPR: Magalhães confirma programa nacional... e europeu

A Hyundai Portugal irá apoiar Bruno Magalhães em 2020 com um programa duplo: não só participará no campeonato de Portugal de Ralis (CPR), como também esta´ra no ERC, o campeonato europeu de ralis, começando no Rali Açores, no final de março. Com o seu navegador carlos Magalhães a seu lado, o piloto de Lisboa acredita que este ambicioso projeto será bem sucedido. Aliás, o presidente da Hyundai Portugal, Sérgio Ribeiro, disse logo ao que ia: o título europeu.

É para mim uma grande honra defender as cores da Hyundai em tão ambicioso projeto, o mais ambicioso da minha carreira” começou por dizer Bruno Magalhães. “Vai ser um ano muito exigente, para a equipa e para nós, mas temos que estar preparados. Temos um grande ambição, como disse este será o maior projeto minha carreira desportiva e da nossa parte vamos fazer o que estiver ao nosso alcance. Estou confiante, nos últimos Europeu de Ralis lutei pelo título até ao fim”.

O projeto irá implicar dois carros, um para cada campeonato, preparado pela Sports & You. “Um já cá está, o outro vem a caminho. É um i20 R5 renovado, mais competitivo, um motor mais evoluído, novas suspensões que dão mais estabilidade ao carro que tem também um novo mapa de diferencial traseiro e conta com a evolução da caixa de direção. Tudo isto reforça o nível competitivo do carro, e por isso estamos híper confiantes”, disse Sérgio Ribeiro.

Sabemos que temos uma concorrência fortíssima no ERC, por exemplo o Craig Breen também vai disputar a competição de Hyundai, mas vamos fazer o nosso trabalho. Já lá estivemos e lutámos até ao fim. Vamos tentar fazer o melhor e isso significa lutar pelos lugares da frente”, disse Bruno Magalhães, que aproveitou também para fazer a análise da concorrência no CPR: “Será um CPR mais forte, todos com carros de última geração. O nosso Hyundai deu um passo em frente e por isso acredito que estaremos bastante mais fortes que o ano passado. Acredito que temos armas para lutar com os melhores já em Fafe”, concluiu.

O CPR arranca no fim de semana de 29 de fevereiro com o Serras de Fafe.

WRC 2020 - Rali da Suécia (Dia 1)

O galês Elfyn Evans lidera o Rali da Suécia com uma vantagem de 8,5 segundos sobre Ott Tanak, realizadas estão as primeiras quatro das cinco especiais previstas. O piloto da Toyota parece controlar a concorrência, mas o terceiro classificado, Kalle Rovanpera, está a apenas 14,5 segundos da liderança. 

Com um rali sueco em dificuldades devido à falta de neve, que o fez ser redesenhado em boa parte do seu percurso, as hostilidades abriram com Evans a triunfar na primeira passagem por Hof-Finnskog, com uma vantagem de 1,1 segundos sobre Ott Tanak, com Kalle Rovanpera a dois segundos. Tanak atacou em Finnskogen, mas apenas conseguiu uma vantagem de 0,9 segundos, enquanto Rovanpera era terceiro, a 4,2. 

Na terceira especial, a passagem por Nyckelvattnet, Eans reagiu e triunfou na especial, conseguindo distanciar-se de Tanak em 8,5 segundos, mas este fora quarto, superado por Rovanpera (a 2,6), Ogier (a 8,2) e igualando Esapekka Lappi. Isso foi suficiente para que o jovem finlandês subisse para o segundo posto, a 7,9 segundos. Em contraste, Jari-Matti Latvala, que até então era nono, tinha problemas com o motor e abandonava a competição.

No final do dia, o Torsby Sprint deu a vitória a Tanak, suficiente para passar Rovanpera e ficar com o segundo posto, enquanto Evans apenas cedeu 0,2 ao estónio, mantendo a liderança.

Depois dos três primeiros, Sebastien Ogier é quarto, a 17,8 segundos, na frente de Esapekka Lappi, o melhor dos Ford, a 20,9. Thierry Neuville é sexto, a 23,6, na frente de Craig Breen, a 24,2 e de Teemu Suninen, a 31,1. A fechar o "top ten" estão o Toyota de Takuta Katsumoto e o melhor dos WRC2, o Skoda de Emil Lindholm

O Rali da Suécia prossegue amanhã com a realização de mais quatro especiais de classificação.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Apresentações Formula 1 2020 - O McLaren MCL35

O McLaren MCL35 foi hoje apresentado em Woking perante o mundo. Uma evolução do modelo anterior, é verdade, mas a ideia é de continuar com a caminhada positiva que tiveram em 2019, que resultou no seu primeiro pódio em seis anos. Encarada com otimismo, a nova temporada mostra o primeiro carro com trabalho direto de James Key, novo diretor técnico da equipa, e Andreas Seidl, o homem forte da equipa. Será a segunda época da dupla Carlos Sainz e Lando Norris, que mostrou talento, potencial e capacidade para voar alto. E claro, será a última temporada com o motor Renault, pois em 2021, eles voltarão a ter motor Mercedes, algo que não tem desde 2014.

"Hoje é um grande dia para todos nós. Segui de perto a construção do MCL35 neste inverno, e sei o tamanho do esforço e paixão que colocamos. Muitos podem considerar 2020 como apenas um buraco entre o velho e o novo regulamento, uma mera continuação de 2019 até chegar em 2021. No entanto, na McLaren, nós apertamos o [botão de] 'reset' depois da bandeira de xadrez em Abu Dhabi e trabalhamos muito duro para melhorar cada detalhe do nosso carro", começou por afirmar o piloto espanhol.

"O salto que demos no ano passado foi motivador, mas ao mesmo tempo, um aviso do quão apertada a luta continuará no meio do pelotão. Não podemos sentar em 2020 se quisermos nos aproximar do topo. A ambição é melhorar e dar mais um passo nesta temporada, e estou ansioso para os testes de Barcelona e continuar o momento positivo que começamos no ano passado", continuou.

Em relação à sua relação com Lando Norris, acentuou que a relação entre ambos foi benéfica para o desenvolvimento do carro e espera que isso colha frutos nesta temporada.

Conseguimos desenvolver um bom relacionamento um com o outro, mas também um bom relacionamento de trabalho com todos os membros da equipa. Esperamos conseguir ter um pacote melhor, um carro melhor. Acho que houve muito trabalho por trás deste carro e sinto que tudo está a ir no caminho certo. Estamos a crescer como uma equipa, temos muito impulso positivo e queremos levar isso adiante.”, afirmou Carlos Sainz Jr.

O britânico, mais irreverente, começou por dizer que “eu acabei desenhando todo o carro”, para depois dizer coisas mais sérias. “Esse carro usa a base do ano passado. Tudo o que falamos no ano passado, os comentários e discussões entre nós pilotos, foi colocado nisso. É muito mais meu carro, então sinto muito mais que é meu bebé", continuou.

Em relação à segunda temporada na Formula 1, afirma estar mais confiante. “Tem sido uma longa caminhada. Há treze ou quatorze anos que tenho tentado estar nesta posição, ou chegar à posição do [qual alcancei no] ano passado. Desde os seis ou sete anos de idade, isso tem sido incrível. Adorei cada minuto e não mudaria por nada. Tem sido difícil ao mesmo tempo, mas sim, desde que eu era tão jovem, era a única coisa que eu queria fazer.

Depois da apresentação, o carro ruma a Barcelona para os testes coletivos. 

Formula E: António Félix da Costa deseja novo pódio

António Félix da Costa quer continuar com os bons resultados na Formula E. Depois do segundo lugar em Santiago do Chile, agora pretende alcançar novo pódio numa prova onde se deu muito bem no ano passado, onde também concluiu no pódio na corrida mexicana, disputada no Autódromo Hermanos Rodriguez. Nesse campo, está confiante de que o carro fará bem o seu trabalho, apesar da altitude. 

"Depois do fim-de-semana de Santiago, reunimos com os engenheiros, como sempre fazemos, e analisámos as áreas que estivemos fortes mas também os pontos a melhorar. A palavra de ordem é trabalho e queremos manter-nos fortes em performance, mas sabemos que temos de melhorar na gestão de energia e sobretudo das temperaturas das baterias, algo que tem um papel fundamental na Fórmula E.", começou por dizer no seu site oficial. 

"O nível da Fórmula E está muito alto, com muitas equipas a evoluírem os seus carros e cada vez mais competitivas, mas encaro este fim-de-semana com otimismo, queremos trazer bons pontos para casa e se possível estar na luta pelos lugares do pódio", concluiu o piloto.

A Formula E volta a um circuito que sofrerá alterações para esta edição, depois de eliminadas as chicanes na Curva Peraltada. Quanto à prova em si, a qualificação acontecerá pelas 17:35, hora de Lisboa, com a corrida a suceder mais tarde, a partir das 22 horas de Lisboa, com 45 minutos de duração, mais uma volta.

WRC: Neuville critico do estado das estradas suecas

Nas vésperas de um rali da Suécia onde haverá pouca neve na zona de Karlstad, em contraste com a neve existente no lado norueguês da fronteira, o belga Thierry Neuville revelou-se pouco satisfeito com a falta de neve em alguns dos troços deste rali, que já viraram lama misturada com gelo. Na sua conta do Twitter, criticou as condições, embora ache que a organização vá levar o rali adiante.

"As condições são muito complicadas, há muita terra nos troços, mais do que esperávamos. O sol brilhou durante o dia e há muitas zonas com lama. Temos de adaptar as afinações do carro e os pneus.", disse num post da sua conta pessoal

Noutro post publicado ao final da tarde de quarta-feira, o piloto da Hyundai referia que aguardava "mais informação e uma decisão final, mas já que estamos todos cá e o rali provavelmente irá avançar."

Contudo, numa entrevista ao site alemão Rally-magazine.de, afirmou que não deveriam estar ali por causa da periculosidade dos troços: "Se conduzirmos 20km em terra, os pregos dos pneus desaparecerão, Se a seguir apanharmos uma zona de gelo, irá tornar-se muito perigoso. Em princípio necessitaremos de pneus novos antes de cada troço."

A prova começa esta sexta-feira, com a realização de onze especiais de classificação.

Noticias: Formula 1 garante GP do Vietname

Liberty Media, a cúpula da Formula 1, irá reunir-se para tentar encontrar datas alternativas para o GP chinês que anunciou esta quarta-feira que foi adiada para outra data devido à epidemia do coronavirus, que afeta a China e que já matou mais de 1100 pessoas. Ross Brawn, contudo, veio a público assegurar que o GP do Vietname, marcado para o dia 5 de abril em Hanói, prosseguirá como planeado.

"Estamos conversando com a FIA, conversamos com os promotores e temos algumas reuniões esta semana para ver se conseguimos encontrar uma solução", disse Brawn à Reuters à margem da cerimónia de indução do Hall of Fame do automobilismo canadiano. “Vamos tentar encaixar, mas será muito difícil", continuou.

Quanto ao Vietname, todo o feedback que recebemos é semelhante ao do Reino Unido, houve alguns casos, mas não um nível que nos preocuparia. O conselho que estamos recebendo é que ele pode ir adiante", concluiu.

Neste momento, o Vietname já detectou quinze casos afetados do coronavrus, dos quais seis acabaram por ser curados.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Apresentações Formula 1 2020 - O Renault R.S.20

Depois de Ferrari e Red Bull, foi a vez sa Renault apresentar o seu carro, o chassis R.S.20. Na realidade... não é uma apresentação própriamente dita. É o carro, mas não da forma como foram apresentadas as máquinas da concorrência. Na realidade, alguns detalhes foram revelados a público, mas não todos, pois decidiram que iriam mostrar os chassis e as suas cores na semana que vêm, nos testes em Barcelona.

Para Jérôme Stoll, o Presidente da Renault Sport Racing, os desejos para o futuro são os de ficar nos quatro primeiros do campeonato:

2020 é um ano de transição importante para a equipa. O nosso objetivo é recuperar o balanço positivo dos nossos três primeiros anos desde o regresso à Fórmula 1, enquanto nos preparamos para a próxima temporada, o que representará um novo ciclo para todas as equipas. Depois de concluir a nossa fase inicial de construção, estamos mais determinados do que nunca em estar prontos, atacar e tirar proveito das mudanças técnicas de 2021.”, começou por dizer.

2020 é também o último ano sob os regulamentos atuais que regem os direitos comerciais da Fórmula 1. Os novos acordos e regras, já em negociação avançada, devem representar uma nova oportunidade para a Renault Sport Racing e para a Renault participar de uma competição mais equilibrada e competitiva”.

Acredito que as equipas de Enstone e Viry irão mais uma vez voltar a disputar o quarto lugar no Campeonato de Construtores deste ano, além de garantir que a próxima era seja antecipada com sucesso tanto para a equipa quanto para a marca Renault. Este é um momento emocionante para fazer parte da Fórmula 1, e cabe a nós fazer o melhor possível.”, concluiu.

Para Daniel Ricciardo, além do novo carro, a chegada de Esteban Ocon irá ser positiva para a marca e para dentro da equipa:

Estou ansioso para trabalhar com Esteban – é sempre emocionante entrar numa temporada com um novo companheiro de equipa”, começou por dizer o piloto australiano de 30 anos. “É uma chance de trabalhar com um novo piloto e desenvolver essa química juntos e, finalmente, esforçarmo-nos para sermos o melhor que pudermos. Acho que Esteban trará uma dinâmica positiva; ele é jovem e com fome de sucesso. Ele perdeu uma temporada na Fórmula 1, então acho que ele estará motivado em trabalhar bem.

Quando estiver no carro nos testes de pré-temporada em Barcelona, imagino que as coisas vão correr bem. Eu já conheço o meu engenheiro, quais são os alvos, o que trabalhar e como são as características gerais do carro, o que significa que podemos começar a trabalhar bem. Tudo isso significa que eu posso fornecer um feedback mais imediato e, portanto, será mais fácil fazer essas comparações entre o R.S.19 e o R.S.20”, concluiu.

A imagem do dia

A correr, esqueço-me da efeméride, mas ainda vou a tempo. Há precisamente treze anos, este espaço começou a sua atividade. É verdade que esta é uma semana feliz, pois está cheia de trabalho. Estamos em plena semana de lançamentos, e houve dois nesta quarta-feira, bem como foi hoje que soubemos da noticia do adiamento (ou se calhar, algo mais...) da corrida chinesa por causa do surto de coronavirus. 

Em suma, é um dia cheio.

Mas lá arranjei um tempo para falar sobre o que este dia significa e o que mudou ao longo deste tempo. Isto começou por ser o refugio de alguém que tinha experiência jornalística, adorava automobilismo e não tinha trabalho. Fi-lo para preencher duas coisas: ganhar experiência e manter a minha cabeça ocupada com a minha paixão. Consegui esse objetivo. 

E mesmo agora, quase década e meia depois, olho para trás e vejo o que alcancei, com satisfação. Ainda há frustrações, projetos por concretizar, mas alcancei também outros que não esperava ter. Os elogios que já recebi de alguns lados pela minha escrita, pela variedade dos assuntos, lisojneiam-me, mas tenho de olhar para a frente, com muito trabalho pela frente por manter aquilo que faço, que é o ecletismo que gosto de mostrar - muitos não entendem isso, mas quando o lema é "automobilismo no seu todo", é precisamente não estar apenas ancorado na Formula 1 - ter mente aberta, ligar pontes entre duas eras, e tentar ter uma objetividade relativa - não é absoluta, porque tenho também artigos de opinião, onde digo o que penso, por vezes sem freios - isso tudo é um trabalho que não é nada fácil de manter. Porque tudo isto é a obra de uma pessoa. Eu.

Treze anos passaram depressa. Foi fantástico escrever sobre o automobilismo, e do qual não tenho intenção de abrandar tão cedo. Outras coisas surgirão pelo caminho, e espero concretizá-las. Podem ser que aconteçam mais rapidamente que esperava, espero que sim. Seria adorável.

Da minha parte, só posso continuar a trabalhar, tentar encontrar gemas, fazer coisas minhas, tudo isto pelo amor a algo com quatro rodas e um volante, olhar para o futuro com esperança e curiosidade e observar o passado com interesse, mas sem chorar pelo que ficou para trás. É esse o espírito.

Obrigado a todos. E continuamos a ver-nos amanhã, e mais adiante.

Acham que a corrida vai acontecer?

Na noite de terça-feira, um amigo meu colocou na sua conta do Twitter uma página do insuspeito jornal "The Times" de Londres com um "exclusivo" anunciando o cancelamento do GP da China. Poucas horas depois, as autoridades locais pediram à Formula 1 para que a prova, prevista para o dia 19 de abril, fosse adiada para uma data posterior, o que foi acedido.

Era algo do qual era expectável. A epidemia do coronavirus já matou mais de 1100 pessoas, com 45 mil casos confirmados, só no Império do Meio, e cidades como Wuhan e Xangai, são cidades-fantasma. As pessoas tem medo de sair de casa, o comércio e a industria está paralisada, e a economia poderá sofrer os efeitos deste abrandamento. Mas com isso a acontecer, surgiu um novo problema: onde colocar a nova data para o GP da China de 2020?

A Julianne Cerasoli fala esta tarde no seu blog sobre os problemas logísticos de colocar esta corrida num calendário reformulado. Se não há abril, as melhores chances são setembro e outubro, quando a Formula 1 está de volta à Àsia. A primeira chance seria entre os GP's de Singapura e da Rússia, no final de setembro. O problema seria que isso transformaria essas proas em "back to back", ou seja, corridas em fins de semana seguidos. Poderia ser o delírio para os fãs do sofá, mas para mecânicos, engenheiros, pilotos e jornalistas, seria um inferno: ficar até 40 dias fora de casa é algo do qual muitos torcem o nariz. E num país como a China, onde a burocracia para tirar um visto é grande - demoram cerca de dez dias para o fazer. E muitos, ou fazem antecipadamente - falei esta semana que o Toto Wolff estava a tratar do visto, dois meses antes de acontecer - ou então, evitam.

Outra chance - meio de outubro, entre as corridas da Rússia e do Japão - tem, para além dos problemas referidos acima, o fuso horário - poderá ser mais uma violência para todos os que acompanham as provas no paddock. Ir ver uma corrida por ano pode ser uma maravilha, mas o resto não vai lá uma vez por ano, faz 22 corridas. E imaginar situações onde as pessoas ficam fora de casa, sem ver as familias por 20, 25 ou mais dias, é violento. Eu entendo isso perfeitamente, ao contrário de muita gente. 

E fazer da corrida chinesa a última do ano, em dezembro, não seria mau de todo, se não fossem duas coisas: o quanto paga Abu Dhabi para ter esse privilégio, e as temperaturas da cidade nessa altura. Xangai é muito frio em dezembro, com algumas chances de neve. Logo, não seria muito viável. 

Em suma: vais tentar encaixar a corrida, mas ao fazê-lo, irás zangar alguém. Não vai ser fácil, com um calendário de 22 provas... num calendário de 16, até daria, mas não agora. Daí achar que, apesar de tudo, aposto mais no cancelamento. Porque apesar de tudo, ainda não saberemos a evolução de uma doença como o coronavirus, do qual ainda não se alcançou o pico - os médios e a Organização Mundial de Saúde falam que poderá ser no final do mês, mas não se sabe até que ponto a epidemia estará controlada no final do verão, por exemplo, onde acontecerão diversas manifestações desportivas como o Europeu de futebol e os Jogos Olimpicos, que este ano serão em Tóquio, não muito longe de Xangai...

Apresentações Formula 1 2020 - O Red Bull RB16 Honda

Depois de Ferrari e Haas, é a vez da Red Bull mostrar o seu carro. O RB16, que será guiado por Max Verstappen e Alex Albon, e com motor Honda, será o carro que baterá de frente com a Mercedes e a Ferrari para alcançar o topo do mundial de Formula 1. Ao contrário dos anos anteriores, onde colocou um camuflado para a temporada dos testes, este ano colocou nas suas cores habituais, e andou esta quarta-feira em Silerstone, para um "shakedown" antes dos testes em Barcelona.

A grande novidade é o seu nariz, um "bico-focinho", onde os elementos aerodinâmicos faem com que o ar passe por baixo, algo parecido com as soluções adotadas pela Mercedes em anos recentes. Os bargeboards, peças à frente das entradas laterais de ar, também ganharam novo design. Espera-se também que as novas evoluções do motor Honda os faça ficar mais perto da Ferrari e da Mercedes, para poderem lutar por ambos os títulos.

A temporada de 2020 também será a última onde a Aston Martin estará como patrocinadora da Red Bull antes de ir para a Racing Point.

Veremos como é que o carro se comportará nos primeiros testes coletivos, em Barcelona.

Noticias: GP da China adiado

É oficial: o GP da China foi adiado para... mais tarde. Não se sabe para quando, nas o coronavirus, que está a afetar boa parte do pais, fez com que a prova, prevista para o dia 19 de abril, não se realize nessa data. 

"Como resultado de preocupações contínuas com a saúde e com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar o coronavírus como uma emergência global, a FIA e a Fórmula 1 adotaram essas medidas para garantir a saúde e a segurança das equipas em viagem, participantes do campeonato e fãs, que continua sendo a principal preocupação ", disseram a FIA e a F1 no seu comunicado oficial.

"A FIA e a Fórmula 1 continuam trabalhando em estreita colaboração com as equipes, o promotor de corrida, a CAMF e as autoridades locais para monitorizar a situação à medida que ela se desenvolve", continua.

"Todas as partes levarão o tempo necessário para estudar a viabilidade de possíveis datas alternativas para o Grande Prêmio no final do ano, caso a situação melhore. O GP da China tem sido uma parte importante do calendário da Formula 1 com muitos fãs apaixonados. A comunidade espera competir por aí o mais rápido possível e deseja a todos do país o melhor durante esse período difícil", conclui o comunicado oficial.

Segundo se fala nos órgãos de comunicação social, um possível adiamento para novembro, antes ou depois do GP da Abu Dhabi é uma possibilidade real. Contudo, o jornal "The Times", de Londres, tinha adiantado na sua edição de hoje que a corrida poderá mesmo ser cancelada, caso a epidemia não seja devidamente controlada. O coronavirus, cujo centro é a cidade de Wuhan, já infectou cerca de 45200 pessoas e matou cerca de 1100, segundo números divulgados esta quarta-feira. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Apresentações Formula 1 2020 - O Ferrari SF1000

Em Reggio Emilia, no teatro municipal da cidade, palco onde foi mostrada pela primeira e a "tricolore" italiana, em 1797, a Ferrari apresentou o SF1000, o carro que assinala o milésimo GP da história da marca de Maranello. Com Mattia Binotto, Sebastian Vettel, Charles Leclerc, entre outros, o carro parece ser a evolução do carro anterior, o SF90. Mattia Binotto, diretor da equipa, explicou ao público presente e a todos os que assistiam pela transmissão ao vivo que todos os conceitos foram levados ao extremo. A unidade motriz, a caixa de velocidades e todos os componentes internos foram reajustados para tornar o carro mais estreito, e a Scuderia tentou afinar o conceito de 2019, no intuito de buscar mais apoio aerodinâmico e maior fiabilidade.

Certamente os regulamentos permaneceram estáveis, por isso é realmente difícil transformar completamente o carro”, começou por dizer Binotto. “O ponto de partida desse carro é o SF90, mas certamente fomos extremos em todos os conceitos, tanto quanto pudemos. Desenvolvemos o carro para procurar o máximo desempenho aerodinâmico, maximizar o nível de apoio aerodinâmico. Para isso o carro inteiro, o monocoque, o layout da unidade motriz, a caixa de velocidades foram colocados no chassis de forma a ter uma forma de corpo esbelta e estreita, eu acho que é realmente visível”, continuou.

Trabalhamos em todos os componentes, a suspensão foi projetada para ter maior flexibilidade na pista, para facilitar a afinação, tentando adaptar a afinação para o que melhor se adapte aos pilotos, seja qual for o circuito. Trabalhamos muito na unidade de potencia, em cada componente, para obter desempenho, mas também para lidar com as regulamentações técnicas, como o consumo de óleo reduzido em 50 por cento. Pode parecer muito semelhante ao ano passado, mas acredite: é completamente diferente e muitos conceitos são muito extremos nesse carro”, concluiu.

Sebastian Vettel aproveitou a apresentação para elogiar a evolução feita do ano passado para a nova temporada:

Quando olhamos para a traseira do carro, tudo está mais apertado”, começou por dizer o piloto alemão. “Encontramos algumas soluções inteligentes para conseguir isso. Mal posso esperar para o guiar, pois é mais emocionante do que olhar. Também é um pouco mais vermelho do que no ano passado, então acho que está ótimo.

Já Charles Leclerc vê o novo carro como sendo uma evolução do bólido do ano anterior e espera que este ano, possa melhorar os resultados. "O enfoque da temporada é um pouco diferente. Conheço a equipa e o carro também, já que, por mais que seja novo, é uma evolução do carro do ano passado. Eu me sinto mais preparado, conheço o pessoal. É um desafio grande e não vejo a hora de pilotar o carro", afirmou.

O carro começará a rolar nos testes coletivos de Barcelona, a partir do dia 19 de fevereiro.

Youtube Motosport Live: A apresentação da Ferrari de 2020

A Ferrari apresenta esta noite no teatro de Reggio Emilia o seu carro de 2020, que será guiado por Sebastien Vettel e Charles Leclerc. Podem ver ao vivo no canal da formula 1 do Youtube. Mais tarde, haverá um resumo do que foi esta apresentação. 

Noticias: Button elogia dupla da Ferrari


Campeão do mundo de 2009, o britânico Jenson Button elogia a atual dupla de pilotos da Ferrari, apesar de ter observado alguns precalços na temporada passada. Ele afirma que eles são uma excelente dupla, muito forte, e que terão um bom carro em 2020, cuja apresentação acontecerá esta terça-feira em Itália.

"Eles tiveram alguns incidentes em 2019, espero que este ano não seja o caso. Ambos são muito rápidos. Acho que no ano passado eles estavam a tentar encontrar a sua posição na equipa. O novo piloto, Charles Leclerc, conquistando mais poles do que qualquer um, e Sebastian Vettel, quatro vezes campeão mundial”, começou por dizer.

Dois pilotos muito talentosos e acho que depois do primeiro ano juntos, agora podem realmente trabalhar em equipa e concentrar-se em lutar contra a Mercedes, não apenas lutando entre si”.

Em relação à gestão de dois pilotos de topo numa equipa como a Ferari, Button comentou que não é algo fácil: “É difícil, mas precisa ser bem gerido e não acho que tenha sido em alguns pontos fortes da Ferrari no ano passado. Acho que Sebastian agora entende o quão rápido é seu companheiro de equipa e acho que eles terão um relacionamento muito melhor este ano. Eles obviamente querem ser os melhores, mas acho que o par é muito forte.

Em termos de afinação do carro, Sebastian é muito bom. Ele passa mais horas do que qualquer um com os engenheiros a tentar ajustar as coisas aqui e ali. Quando há um jovem na sua equipa – como vimos com Fernando Alonso e Lewis Hamilton na McLaren – isso afeta um pouco o piloto experiente. Mas uma vez que se supera isso, olhamos para o jovem como outro piloto é muito diferente e acho que eles vão funcionar bem juntos. Espero que sim, porque é importante para o campeonato”, concluiu.

WRC: Loeb pensa já na retirada

Sebastien Loeb está a caminho dos 46 anos e já pensa em abandonar completamente o automobilismo, depois de nove títulos mundiais e de agora, ser piloto da Hyundai a tempo parcial - vai fazer seis ralis em 2020, o primeiro já o fez em Monte Carlo. Numa entrevista ao site alemão Motorsport Aktuell, ao ser colocado com essa pergunta, respondeu que era uma boa questão.

"Tenho contrato por dois anos. Mas também é claro que não será fácil andar na frente. O WRC exige tudo de nós. Temos de estar em forma e ser extremamente detalhados a fazê-lo, a começar pelo estudo dos vídeos. Mais importante: Tens de estar sempre de prego a fundo a andar no limite.", começou por dizer.

Questionado sobre o seu programa parcial de competição, ele afirmou reconhecer as suas limitações. "Isto é um tema difícil. Por um lado beneficiamos de partir mais atrás em alguns ralis, mas por outro lado é uma desvantagem não estar a tempo inteiro sentado no carro. Há certos automatismos e reacções que se perdem," revelou.

E sobre até quando pretende guiar, afirmou que o seu limite são os 50 anos, a completar em 2024. "Eu adoro os ralis mais que tudo, mas com programas reduzidos. Os novos caros foram um chamariz. Estes novos World Rally Cars estão cinco níveis acima de tudo o resto, foi por isso que regressei. [Mas] há limites, deveria ir até aos 50. vamos deixar ver.", concluiu.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Noticias: Wolff espera ir à China

A saúde em primeiro lugar, mas esperamos ir à China, afirmou Toto Wolff, questionado sobre se haverá corrida em Xangai. Com crescentes dúvidas sobre a sua realização a 19 de abril, apesar de a organização ainda ter de pedir para a FIA para um eventual adiamento, Wolff diz que gostaria de ir a Xangai para o Grande Prémio. Na apresentação das novas cores, esta manhã, o diretor da Mercedes afirma que ficaria triste se não puderem ir à China devido à epidemia do coronavirus, que até agora, matou mais de 910 pessoas, com mais de 40200 casos registados um pouco por todo o mundo.

Não [ir] seria uma pena. Tivemos bancadas cheias no ano passado, estava esgotado”, disse Wolff aos repórteres em entrevista coletiva para anunciar a empresa petroquímica Ineos como principal patrocinadora dos atuais campeões.

A China começa a se tornar um mercado realmente importante em termos de seguidores de fãs, temos grandes atividades em Xangai durante a corrida e não ir lá obviamente não seria ótimo para os fãs e para nós mesmos. Mas a saúde vem em primeiro lugar, e espero que eles controlem isso. Essa é a maior prioridade.", continuou.

"Eu espero muito que possamos ir para a China. Então, por agora, tudo parece que estamos indo para a China.", concluiu.

A imagem do dia

A partir de hoje, "Grand Prix" não está mais sozinho. 54 anos depois, "Ford vs Ferrari" torna-se no segundo filme sobre automobilismo a ganhar um prémio da Academia. Foram dois prémios, ambos técnicos - Melhor Edição e Melhor Montagem Sonora - e são menos do que o filme de John Frankenheimer, pois "Grand Prix ganhou três, mas mesmo assim, é um marco. O primeiro, que um filme destes, bem montado, com um bom realizador, bons atores e uma boa história, é capaz de fazer excelentes coisas. E segundo, o filme, baseado numa história real, fez justiça a um grupo de pessoas quem juntas, conseguiram alcançar os seus objetivos. Mesmo sendo um filme americano, com uma marca americana, e querer vencer na corrida mais importante de Endurance do mundo.

Acho que, num tempo onde pela primeira vez na história, um filme estrangeiro venceu o prémio mais importante do cinema mundial, Hollywood se vire para o automobilismo e descubra por aqui o rico manancial de histórias que merecem ser contadas. O que não faltam são personagens e situações, ricos de carisma e um excelente principio para desenvolver "estórias". 

E também por causa desse filme que todos nós conhecemos e ficamos a torcer por Ken Miles, e sentiu a injustiça que lhe deram quando tiraram a vitória que merecia em 1966, especialmente quando se soube o que lhe tinha acontecido mês e meio depois. Semana passada, ao ver o James Pumpfrey, no seu "Donut" a verter lágrimas por um piloto morto há mais de meio século, pensei nessa injustiça. Claro, foi pena não ter isto Christian Bale na nomeação para o prémio de Melhor Ator, pois seria mínimo - mas também, o Joaquin Phoenix a mostrar que é o melhor Joker (Coringa) de sempre, acho que não teria chances...

Dito isto, estes prémios colocaram este filme num Olimpo automobilístico que já merecia ser alargado. Agora, que venham mais, pois o que não falta são pessoas e estórias para contar. 

Formula E: Pilotos acham que prova vai ser veloz

No fim de semana do ePrix da Cidade do México, e com alterações no traçado do Autódromo Hermanos Rodriguez, os pilotos acreditam que isso fará com que carros sejam bem velozes e se baterão recordes de volta. Pelo menos é isso que Jerome D'Ambrosio e Robin Frijns acreditam.

O holandês da Virgin acredita que os carros andarão a uma velocidade máxima de 240 km/hora em sítios como a curva Peraltada, que este ano vai ser feita a fundo, sem chicanes. "Eu acho extremamente importante e uma decisão sábia remover a chicane deste layout de circuito, pois vimos alguns incidentes ruins aqui no passado", disse o piloto holandês, em declarações ao e-racing365.com.

Isso também deve tornar as corridas muito mais emocionantes e acredito que poderia haver mais oportunidades de ultrapassagem desta vez. Do tempo passado no nosso simulador, os dados mostraram que poderíamos estar a chegar às nossas velocidades maximas na curva Peraltada, o que significa que estaremos realmente no limite.", continuou.

"Vai ser uma grande corrida e acho que poderia realmente aproveitar o fato de estar no grupo de qualificação posterior", concluiu.

Já o piloto belga da Mahindra alinha no mesmo diapasão, afirmando que a retirada das chicanes por parte da organização foi uma decisão correta. 

"Os carros estão a ficar mais velozes e todos concordamos que o estilo das chicanes da Fórmula E contribuiu para vários incidentes de bandeira vermelha na última temporada", disse d´Ambrosio.

"Ao remover a chicane no México, estamos aumentando [a velocidade] em linha reta e é uma ferramenta muito boa para promover ultrapassagens no campeonato. A temperatura da bateria não deverá ser um problema no México, mas será uma história diferente para os pneus, porque essa pista é bastante difícil para eles", concluiu.

A prova, quarta do campeonato, acontecerá este sábado, pelas 22 horas de Lisboa.

Sobre a eventual continuidade da Mercedes

Ainda faltam dois dias para se saber se a Mercedes continua para lá de 2020, mas a apresentação das suas novas cores, esta manhã, poderá indicar duas coisas: ou a continuidade da marca está assegurada para além dessa data, mas com menos dinheiro vindo da Alemanha, ou então que, mesmo com uma eventual retirada como construtora, Toto Wolff ficaria ali para manter a equipa como sua. 

Quem viu as "novas cores", na realidade foi a apresentação de dois novos patrocinadores: a marca de relógios IWC e o grupo petro-químico britânico Ineos. São dois patrocinadores que assinaram acordos de longa duração, e a estes já se tinha juntado a AMD, a fabricante de componentes elétrónicos que apoiou a Ferrari na temporada passada. Não se faz muita ideia qual é o impacto que estas marcas têm no orçamento da Mercedes, mas com um orçamento que suplanta os 400 milhões de euros para um retorno mediático de mais de 3,5 mil milhões de euros, esta injeção de dinheiro tem de ser grande para compensar eventuais cortes, que é o que provavelmente poderá acontecer na reunião desta quarta-feira.

E nessa reunião pode estar mais além de meros assuntos financeiros. A Mercedes também está na Formula E e poderá querer ter mais atenções nessa competição, com um orçamento bem menor, mas com maior margem de desenvolvimento de tecnologia para colocar nos seus carros de estrada, à medida que as marcas apostam na electricidade. Logo, dar prioridade a um futuro mais longínquo, sem largar a sua herança automobilística, pode ser uma escolha bem acertada.  

Resta saber se esses (eventuais) cortes irão afetar, por exemplo, a massa salarial dos seus pilotos. É que apesar de Lewis Hamilton ter negado que já tenha entrado em negociações com Toto Wolff em relação a uma alteração salarial, é óbvio que o britânico quer um salário ainda mais alto que têm agora, apesar de ser seis vezes campeão do mundo.

Resta saber também é se a marca fará um carro de 2021 capaz de continuar o seu domínio na Formula 1, já que normalmente, quando existe mudanças profundas nos regulamentos, há sempre alguém que sabe construir um chassis melhor do que os outros e fez com que alcançasse uma vantagem quase impossível de apanhar, como fez a Mercedes em 2014, do qual até então não teve rivais à altura.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Youtube Motorsport Movie: The Racers (1955)

Hoje é a noite dos Óscares. E como é sabido, pela primeira vez na sua história, um filme de automobilismo está entre os candidatos à vitória. Contudo, contra outros filmes como "Parasitas", "1917", "Era Uma Vez em Hollywood" e "Jojo Rabbit", entre outros, não vai ter grandes chances.

Mas antes de "Grand Prix", "Winning" e "Le Mans", antes de James Garner, Paul Newman ou Steve McQueen, houve "The Racers" e Kirk Douglas no papel de um piloto que arriscava demasiadamente o pescoço pela vitória. O filme, baseado na vida de Rudolf Caracciola, não foi muito bem recebido na altura, mas aqui pode ser visto na sua íntegra. Coloquei há uns dias o seu cartaz, num tributo a Douglas, que morreu no passado dia 5 de fevereiro, aos 103 anos.

Portanto, como a noite é longa, podem começar com este filme.

Youtube Rally Testing (II): Os testes da Ford para a Suécia

E como seria de esperar, não é só a Toyota que se prepara para a Suécia, mas também a M-Sport prepara os seus Ford para o próximo rali, com Esapekka Lappi ao volante.


Youtube Rally Testing: Os testes do Toyota Yaris WRC

Já falta menos de uma semana do Rali da Suécia, mas a Toyota resolveu apresentar o seu carro para 2021, num teste feito por Juho Hanninen na Fiulandia. Hanninen vai estar por duas vezes neste video, porque não só é piloto de testes da marca, como irá ajudar Jari-Matti Latvala no rali sueco, pois estará lá como... navegador. 

E para além disso, no video também há umas imagens da preparação de Takamoto Katsuka para a mesma prova, todos nos seus Toyotas.