sábado, 1 de junho de 2013

WRC 2013: Rali da Acropole (Dia 2)

O segundo dia do Rali da Acropole está a ser, como seria de esperar, complicado. Já houve uma mudança de liderança e as coisas estão a ser difíceis, com Jari-Matti Latvala a conseguir aguentar o carro no comando, depois de ter herdado do russo Evgueny Novikov.

As coisas começaram logo de manhã, quando o piloto russo da Ford bateu numa pedra, furou e danificou a suspensão do seu carro na segunda classificativa realizada. O russo caiu para o oitavo posto, e lutou para levar o carro até ao fim Chegou a estar no 11º posto, mas agora recuperou até ao nono posto. Latvala herdou o comando, com Sordo atrás, mas a uma distância cautelosa, quase calculista. Foi assim durante boa parte da manhã, com ambos os pilotos a conseguirem vitórias nas classificativas, mas as atenções tinham-se virado para a luta pelo terceiro posto, entre os Ford de Thierry Neuville e Nasser Al-Attiyah, e o Volkswagen de Anders Mikkelsen.

A tarde demonstrou o poder dos Ford, com Sordo a atrasar-se um pouco, devido ao facto de querer poupar o carro às duras classificativas gregas. Atrás, Neuville conseguiu afastar-se de Attiyah, que agora está a ser pressionado por Mikkelsen. Mais no final do dia, a chuva até fez a sua aparição. Pode ter assentado o pó, mas não deixa de ser complicado para os carros e pilotos.

No final do dia, Latvala tinha um avanço de um minuto e quatro segundos sobre Dani Sordo. Este têm mais de 41 segundos de vantagem sobre Thierry Neuville, enquanto que Nasser Al Attiyah tem uma desvantagem de três minutos e 46 segundos sobre o lider, mas continua a ter a pressão de Anders Mikkelsen.

Mads Ostberg esteve o dia inteiro a recuperar terreno, chegando agora ao sétimo posto, depois de ter passado o checo Martin Prokop. Mikko Hirvonen é o oitavo classificado, na frente de Novikov e do Volkswagen Polo R de Sebastien Ogier, que conseguiu passar o Citroen DS3 WRC2 de Robert Kubica, o 11º classificado.

Apesar de Latvala estar na frente, o piloto finlandês está bem consciente de que as coisas poderão mudar a qualquer momento. Quando chegou ao Parque da Assistência, no final deste dia, afirmou que “o ano passado, o Loeb também esteve na liderança até furar...”.

Amanhã acaba o Rali da Acrópole. 

WSR: Magnussen foi o melhor, Félix da Costa foi segundo

A primeira corrida do fim de semana da World Series by Renault, no circuito de Spa-Francochamps, serviu para afunilar os candidatos à vitória no campeonato, pois o vencedor foi o primeiro a repetir a estadia no lugar mais alto do pódio enquanto que António Félix da Costa, com os 18 pontos conquistados esta tarde, subiu um lugar na classificação geral e aproximou-se de Stoffel Vandoorne, que foi um pálido 13º classificado nesta corrida e agora tem apenas uma vantagem de três pontos sobre o piloto português. 

A corrida em si não teve muita história. Com Kevin Magnussen na pole-position, ao lado de António Félix da Costa, a corrida não foi mais do que uma luta entre os dois, sem hipóteses de ultrapassar. O dinamarquês arrancou bem, mas o português da Arden colou-se a ele. Contudo, nunca teve uma oportunidade flagrante para o ultrapassar a se apossar da liderança. O holandês Nigel Melker fechou o pódio, depois de aproveitar um período de Safety Car, causado pelo acidente de Nico Muller, para passar Arthur Pic e ficar com o degrau mais baixo do pódio. Marco Sorensen, outro dinamarquês, foi o quinto, na frente do russo Nicolai Martsenko.

"Na corrida de hoje terminei em segundo, que me dá bons pontos para o campeonato. Estávamos os três primeiros muito rápidos e qualquer um poderia ter vencido. Ataquei bastante no início e nessa altura utilizei grande parte do meu tempo de DRS, nas ultimas voltas senti que tinha andamento para passar para a frente, mas tinha o tempo do DRS esgotado.", começou por dizer o piloto português na sua página do Facebook.

"Temos um carro muito equilibrado, quer nas zonas rápidas como nas mais sinuosas, portanto amanhã vou dar tudo na qualificação. Acredito que poderei lutar pela vitória amanhã!", concluiu.

Na classificação, Kevin Magnussen tem agora cem pontos, seguido por Vandoorne, com 61 e Félix da Costa, com 59. A segunda corrida da World Series by Renault será realizada amanhã.

WRC 2013: Rali da Acropole (Dia 1)

A segunda classificativa do Rali da Acropole viu a liderança de Evgueny Novikov a ser ampliada para acima dos 30 segundos sobre Dani Sordo, e com pilotos como Mads Ostberg, Mikko Hirvonen e Sebastien Ogier à partida fora da vitória - o Rali da Acropole só têm 14 classificativas - isto poderá dar uma vantagem totalmente inalcançável para a concorrência, apesar do terceiro classificado, Jari-Matti Latvala, estar a 39 segundos de Novikov.

Na segunda classificativa, Novikov foi de novo o vencedor, com uma diferença de 2,8 segundos sobre Jari-Matti Latvala e de 7,9 segundos sobre Mikko Hirvonen. Já Dani Sordo conseguiu apenas o quarto melhor registo, a 9,7 segundos do piloto russo. Thierry Neuville foi o quinto, a 12,8 segundos, e é agora o quarto da geral, com 51,1 segundos de desvantagem sobre o seu companheiro da Ford.

Anders Mikkelsen é o quinto, no terceiro Volkswagen oficial, e luta contra o qatari Nasser al Attiyah por essa posição. O checo Martin Prokop é sétimo, no seu Ford Fiesta, na frente do árabe Khalid Al Qassimi, enquanto que Mads Ostberg já é nono classificado, conseguindo passar o melhor dos WRC2, o polaco Robert Kubica.

Amanhã prossegue o Rali da Acropole. 

sexta-feira, 31 de maio de 2013

WRC 2013 - Rali da Acropole (Etapa 1)

O Rali da Acropole tem fama de ser duro para com os carros e os pilotos, e parece que este sano, a dureza começou a fazer estragos... logo na primeira especial. E foi logo ao líder do campeonato, Sebastien Ogier. É que o piloto da Volkswagen teve um problema com a bomba de combustível no seu Polo R WRC e viu-se obrigado a abandonar a prova, prometendo regressar amanhã no modo "Rally 2".

Outro piloto que teve problemas logo na sua primeira especial foi Mikko Hirvonen, que teve problemas graves com a direção do seu Citroen DS3 WRC, perdendo mais de seis minutos para os da frente, caindo imenso na classificação geral. Arrastando-se ao longo da classificativa, chegou até a prejudicar o andamento do Ford do qatari Nasser Al-Attiyah, que teve de o colocar na berma para poder continuar.

Outro piloto que teve problemas logo na sua primeira especial foi o norueguês Mads Ostberg, que bateu numa pedra e perdeu uma roda, logo, muito tempo para os da frente.  E causa disto tudo, o russo Evgeny Novikov (Ford Fiesta RS WRC) tornou-se no primeiro líder do Rali da Grécia!

Ainda haverá mais algumas especiais para esta sexta-feira, mas pode-se dizer que o começo já foi demolidor para alguns pilotos...

Noticias: Pirelli tenta sanar a polémica com o teste da Mercedes

A história do teste secreto com a Mercedes - e denunciado no dia do GP do Mónaco, no passado domingo - fez correr muita tinta, como seria de esperar. Com Ferrari e Red Bull a queixarem-se e a ideia de um "Tyregate" a pairar no ar, a Pirelli fez uma conferência de imprensa esta sexta-feira em Milão para afirmar que se isenta de culpa no caso, afirmando que desconhecia que a marca iria usar um modelo W04 nos testes que fez após o GP de Espanha.

Ali, a marca italiana afirmou que a Mercedes não tirou qualquer proveito dos testes com os pneus, pois estes foram concebidos visando a próxima temporada e nunca existiu ao longo dos dias de teste qualquer tipo de troca de informação entre fornecedora e a marca de Estugarda. "Os testes foram realizados com um composto-base e que não esteve em uso neste ano, e com 12 estruturas diferentes, que jamais foram utilizadas em 2013, apenas uma delas com kevlar. A equipe não obteve qualquer vantagem no que diz respeito ao conhecimento do comportamento dos pneus em uso no atual campeonato”, começou por afirmar a marca, representada nessa conferência por Paul Hembery, Maurizio Boiocchi e Mario Isola.

No que diz respeito às regras que regem sua conduta, a empresa sempre respeitou os limites contratuais que ligam FIA, as equipas e os organizadores do campeonato, e sempre respeitou os princípios da lealdade desportiva. A Pirelli, no entanto, sente a necessidade de reafirmar a indiscutível necessidade para a realização de testes para o desenvolvimento dos pneus que sejam adequados a regras claras e compartilhados por todas as partes interessadas. A empresa confirma sua disponibilidade, conforme comunicado às marcas muitas vezes no passado, para organizar os testes para o desenvolvimento de pneus para 2014 com todas as equipas do campeonato”, continuou. 

A Pirelli, nos testes de desenvolvimento com as equipas, realizadas no inicio de 2013, não favoreceu qualquer escuderia e, como sempre, agiu profissionalmente, com transparência e  em absoluta boa fé. Os pneus usados não eram do campeonato atual, mas pertenciam a uma gama de produtos que ainda estão sendo desenvolvidos com vista a uma eventual renovação do contrato de fornecimento”, continuou a explicar a empresa nessa nota oficial. 

Além disso, nenhum dos testes foram realizados com o propósito de aumentar [a performance] de veículos específicos, mas apenas para testar soluções de pneus para campeonatos futuros. A utilização do carro pela Mercedes, em particular, foi resultado de uma comunicação direta entre a FIA e o próprio grupo. A Pirelli não pediu, de maneira alguma, que um carro de 2013 fosse utilizado”, concluiu.

No comunicado à imprensa, a marca esclareceu a razão pelo qual não pode fazer os testes com vista a 2014 com todas as equipas do campeonato ao mesmo tempo: “Os testes foram realizados em cumprimento do contrato entre a Pirelli e a FIA, que dá ao fornecedor a possibilidade de realização dos testes para o desenvolvimento dos pneus com cada marca, até um total de mil quilómetros, sem especificar o tipo de carro a ser usado, nem a sanção à presença simultânea de todas as equipas para a execução dos testes”.  

Noticias: Williams confirma motores Mercedes em 2014

A Williams confirmou na manhã desta quinta-feira aquilo que já se sabia desde o fim de semana passado: que irá ter motores Mercedes a partir da temporada de 2014, e por mais duas temporadas. Como parte do acordo, a marca vai receber também o sistema de recuperação de energia da marca alemã, apesar de eles mesmos irem continuar a desenvolver o seu próprio sistema KERS.

"Tenho o prazer de anunciar a nossa nova parceria com a Mercedes para a temporada 2014 de Formula 1 e mais além", afirmou Frank Williams, em nota à imprensa colocada no site oficial. "A Mercedes tem sido um dos fornecedores de motor de maior sucesso no desporto e acreditamos que eles terão um pacote bastante competitivo", completou. 

"Também gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer a Renault pelo seu trabalho sério e contínuo desde que renovou sua parceria em 2012. Nós apreciamos a forte relação que resultou em um grande sucesso ao longo dos anos, incluindo a vitória no ano passado no GP da Espanha", acrescentou o dirigente. 

Claire Williams, vice-diretora da escuderia de Grove e sua filha, acredita que o acordo com os alemães é crucial para o sucesso futuro da marca. "O anúncio desta parceria é uma grande notícia para a Williams. Assinar um acordo para o fornecimento de motores é um marco fundamental para implementação das nossas estratégias para o futuro a longo prazo", começou por dizer. "Temos também o prazer de concluir este acordo ainda no início da temporada e estamos ansiosos para trabalhar com a Mercedes no desenvolvimento do carro de 2014", concluiu.

De uma certa maneira, o anuncio do acordo com a Williams poderá ter sido uma forma de compensar a saída do parceiro na estrutura acionista, Christian "Toto" Wolff, agora um dos diretores da Mercedes. Resta saber se isto irá significar alguma mais-valia para a partir da temporada de 2014, mas certamente será, dada a experiência da marca.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

WSR: As ambições de António Félix da Costa para Spa-Francochamps

Uma semana depois do Mónaco, maquinas e pilotos da World Series by Renault irão correr neste fim de semana mais uma jornada dupla em Spa-Francochamps, numa temporada onde em cinco corridas, já tivemos cinco vencedores diferentes. Kevin Magnussen pode ser o líder, mas os seus adversários, com o belga Stoffel Vandoorne, o suiço Nico Muller ou o português António Félix da Costa, não estão muito longe do campeonato, logo, as coisas andam muito equilibradas.

Para o piloto português, o fim de semana monegasco poderá ter sido agridoce, pois não conseguiu mais do que o quinto lugar nessa corrida, mas o facto de ser quarto classificado na classificação e ainda faltar muito para o fim do campeonato, poderá dar-lhe mais esperanças de que as coisas poderão mudar, já que ele costuma a dar-se muito bem na pista belga, que não esconde que é um dos seus favoritos.

Spa Francorchamps é um dos meus circuitos preferidos e sempre me dei bem com esta pista. O campeonato está cada vez mais competitivo mas acredito que poderei regressar aos resultados que nos interessam para esta temporada, que passam por lutar pelas vitórias. Ao contrário do Mónaco, aqui em Spa existem pontos de ultrapassagem, por isso vamos ter duas corridas muito disputadas, com as estratégias de paragens nas boxes e a utilização do DRS a terem um papel importantíssimo”, analisou o piloto português.

A jornada dupla da WSR começa nesta sexta-feira com as duas sessões de treinos livres, seguida da primeira qualificação e corrida no sábado, e a segunda qualificação e respectiva corrida no domingo de manhã.

A história das irregularidades das contas da FPAK

Ao ler hoje na Autosport portuguesa a noticia sobre a história da auditoria às contas da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), fiquei espantado - para não dizer chocado - ao saber que a FPAK esteve prestes a perder o seu Estatuto de Útilidade Pública Desportiva por parte do Governo devido às suas irregularidades nas contas referentes a 2010 e 2011.

As pessoas podem ter questionado ao longo das semanas a razão pelo qual a Federação estar a demorar para marcar eleições após a morte súbita do seu presidente, Luiz Pinto de Freitas, no passado dia 9 de abril. A razão principal teve a ver com a auditoria que tinha sido pedida às contas da Federação no sentido de a apresentar numa Assembléia Geral, para depois se poder marcar eleições, que acontecerão, segundo diz o jornal, no inicio de julho. E ali, a auditoria descobriu indicios de irregularidades graves em termos de contas, do qual o principal - e quase unico - responsável é Luiz Pinto de Freitas.

Eis o que a matéria fala:

"Num documento a que o Autosport teve acesso, e que é assinado pelos membros da Mesa da Assembléia Geral - David Avelar (presidente, João Reis e José Machado - a demora deste procedimento foi justificada com a necessidade de ser apurada a real situação económica e financeira da FPAK (triénio 2010-2012) e para o qual foi pedida uma auditoria no final de 2012, que apenas nos últimos dias ficou pronta.

No comunicado pode ler-se que no relatório da dita auditoria 'são reportadas irregularidades que justificam e impôem a sua comunicação às autoridades competentes', mais precisamente a Procuradoria Geral da República e à Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude 'para os efeitos que tiverem por convenientes'.

Dado este passo, e agora que a FPAK está em posição de paresentar as contas relativas a 2012, para que estas sejam votadas, a Assembléia Geral fica agendada para a terceira semana de junho - semana de 17 a 23, segundos conseguimos apurar. pois junho começa num sábado - sendo intenção que o ato eleitoral se realize na primeira semana de julho."

MÁ GESTÃO?

O relatório final da auditoria realizada pela sociedade de Revisores Oficiais de Contas Floriano Tocha, Paulo Chaves & Associaco realça que, no período visado, houve irregularidades na gestão da Federação, nomeadamente por parte do seu falecido presidente, pois numa das alineas das conclusões revela que 'foram efetuados levantamentos e compras no biénio 2010 e 2011 pelo presidente da Federação, sr. Luiz Freitas, no montante de 131.500 euros (89.000 euros em 2010 e 42.500 euros em 2011) sem justificação, ou seja, sem a existência de faturas ou outros documentos que corespondam ao fluxo de saída de meios financeiros'.

Entre diversos outros comentários, o relatório vinca esta tendência ao afirmar que 'analisando os movimentos de regularização efetuados registados ao longo do ano, detetamos registos sem suporte documental adequado que os justifiquem, e documentos que não são suficientemente esclarecedores, desta forma , demonstra-se que esta conta regista a saída de fluxos financeiros ou a ausência dos mesmos, e que o saldo em causa em nosso entender também deverá ser caracterizado da mesma forma que o explicitado  nos parágrafos anteriores, ou seja, deve ser considerado a favor de Luiz Pinto de Freitas'.

Por outro lado, o relatório explicita que 'as transferências bancárias eram executadas também segundos instruções do mesmo (ndr: Luiz Pinto de Freitas). O documento salvaguarda ainda a posição ou gastos de outros dirigentes, pois a estes não eram atribuidos quaisquer cartões ou meios de pagamento, esclarecendo que 'os restantes membros da direção não tinham capacidade para movimentar as contas bancárias e nem sequer tinham conhecimento das mesmas'.

Os auditores criticam alguns costumes levados a cabo pela FPAK no seu regular exercicio, fazendo mesmo algumas recomendações para o futuro: 'O trabalho desenvolvido permitiu-nos identificar alguns procedimentos internos instituidos, aos quais recomendamos que sejam alterados, tendo em vista obter um controlo interno mais rigoroso nos fluxos financeiros'".

Em suma, esta auditoria demonstrou que dentro da FPAK, Luiz Pinto de Freitas tinham um acesso total às contas da Federação, podendo fazer o que quiser com eles, numa falta total de transparência, até para os restantes membros da sua direção. Desconhece-se o destino e que utilidade teve esse dinheiro levantado, e muito provavelmente existirão muitas perguntas sem resposta, dado que o autor deste desvio já não existir mais.

Contudo, o facto desta auditoria ter sido pedida pela direção interina da Federação, poderá significar que ela mesma não saber (ou ter conhecimento) o que poderia aparecer por ali, e provavelmente o resultado ter surpreendido e chocado alguma gente. E as consequências podrão ser graves, pois a noticia de que a FPAK esteve perto de ser gravemente punida com a perda do Estatuto de Útilidade Desportiva (e respectivos benficios fiscais, entre outros), do qual o jornal refere, só sublinham a gravidade da situação.

Veremos agora as cenas dos próximos capitulos, pois afinal de contas, temos dois candidados oficiais à eleição, bem como a Assembléia Geral e respectivas eleições. E provavelmente, muita gente zangada, com muitas questões na cabeça.  

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Mais detalhes sobre o acidente de Benguela

Com a passagem dos dias, são conhecidos mais pormenores sobre o acidente do passado domingo, em Benguela, onde duas crianças perderam a vida depois de terem sido atropeladas pelo Porsche 911 de Luís Almeida. Recorde-se que os populares estavam em zona proibida, pois era uma escapatória do qual o carro foi para lá depois de um despiste.

Sabe-se que depois disso, os populares tentaram linchar o piloto, atirando-lhe pedras contra o carro e causando-lhe fraturas no braço. Mas há um dado novo: a agência Angola Press conta que, depois de agredido, o piloto foi forçado a entrar dentro do carro e alguns populares regaram gasolina para cima do carro (com o piloto lá dentro) e preparavam para consumar o incêndio quando a policia intreviu, dispersando a multidão à bastonada.

Entretanto, hoje, a Federação Angolana de Desportos Motorizados (FADM) emitiu um comunicado onde manifestou "profundo desagrado" pela "reação de vandalismo por parte de certos indivíduos", confirma que os espectadores estavam em local proibido por motivos de segurança.

Ao não terem sido cumpridas as normas de segurança previamente definidas pela Comissão Organizadora, a viatura entrou na zona de escapatória onde não deveria ter nenhum espectador. Como consequência do não acatamento das normas de segurança, temos a lamentar a morte de duas pessoas e cerca de 17 feridos, alguns com ferimentos ligeiros que já tiveram alta e ferimentos do piloto”, lê-se no comunicado.

A FADM confirma que as duas vítimas mortais eram crianças e envia “sentidas condolências às famílias”, e promete ainda que “dentro do calendário nacional estabelecido nos circuitos urbanos, melhorar os níveis de segurança, comunicando que será extremamente rigorosa no cumprimento dessas normas que permitam, que estes verdadeiros ambientes de festa popular não se traduzam em tragédias.

Segundo a própria organização, a prova estava a ser seguida por duzentas mil pessoas. 

Austrália, Bahrein e o calendário para 2014

Apesar de ainda estarmos em maio, nos últimos dias têm aparecido fortes rumores - ou lobby - para que a prova de abertura da Formula 1 em 2014 seja no Bahrein. Há razões pelo qual isto poderá acontecer, sendo que dois deles têm a ver com a alteração dos regulamentos e o facto de haver excepcionalmente uma grande sessão de testes, que começarão logo em meados de janeiro.

E por causa do que aconteceu este ano com os pneus Pirelli, que não funcionaram bem nas condições invernais da Europa, as equipas querem agora que este ano, os testes sejam feitos em ambiente mais quente, e aí, Abu Dhabi e Bahrein perfilam-se como os destinos mais adequados para esse tipo de testes - bem como os testes para os motores - devido ao clima existente por alturas do inverno europeu, pois pretendem que o carro funcione bem no calor. E caso as equipas e Bernie Ecclestone decidam que o ideal seria arrancar na pequena ilha do Golfo Pérsico, onde desde 2011 se vive em agitação social, isso pouparia tempo e dinheiro nas deslocações para a Europa.

Contudo, existe também outra razão pelo qual essa hipótese poderá estar em cima da mesa. A ideia tem a ver com uma forma de pressão para que as autoridades australianas comecem já a negociar o prolongamento do contrato, que termina em 2016. As autoridades locais sentiram uma diminuição das receitas quando em 2007 e 2010 a Formula 1 decidiu começar a temporada no emirado do Bahrein, logo, Bernie Ecclestone e a FOM poderão usar isso como forma de pressão para conseguir uma extensão do contrato até 2020, com opção para 2025.

Em 2011, Ronald Walker, chefe da Austrailian Grand Prix Coproration e amigo pessoal de Ecclestone, afirmou o seguinte: “Termos sido recolocados como a corrida inaugural do campeonato é uma grande noticia para os australianos. Existe muito a ganhar em sermos a cidade anfitriã da prova inaugural do campeonato e este é um resultado esplêndido".

Em suma, as coisas poderão ter a ver com dinheiro. Em 2010, o herdeiro do trono barenita - e autêntico petrolhead - disse ter pago à volta de 60 milhões de dólares para que o seu país acolhesse a corrida inaugural do campeonato: 40 milhões pela corrida em si, mais vinte milhões pelo extra. Havia um contrato para isso nos anos seguintes, mas a agitação social no inicio de 2011 na ilha fez cancelar a corrida e a partir de 2012, esta passou a ser a quarta prova do calendário, uma semana depois do GP da China, e sob forte contestação quer dentro, quer fora do país.

Veremos o que vai ser decidido. Ainda falta muito para 2014 e o calendário poderá dar muitas voltas.

As polémicas do "Testgate" da Mercedes

Os dias que passam após a descoberta de que a Mercedes e a Pirelli fizeram um teste secreto em Barcelona, um teste que à luz dos regulamentos estava ilegal, continuam cheios sobre este caso. Depois da queixa da Red Bull e da Ferrari à FIA, uma delas, a Red Bull, acha que este teste secreto pode ser comparável ao "Spygate" de 2007. Pelo menos é o que diz Helmut Marko

Numa declaração  publicada no jornal suiço "Blick", afirmou: “Haverá uma audiência, e tudo se processará como no escândalo do ‘Spygate’ de 2007 com a McLaren. Um teste destes dá ainda maior vantagem do que o que sucedeu em 2007 com a passagem de informação, pois deu-se imediatamente a seguir a uma corrida no mesmo local, Barcelona, e é possível comparar facilmente, tirar daí as conclusões, e alterar o carro tendo em conta essas conclusões, pois até aqui os pneus tinham uma cinta interna de aço e agora volta a ser kevlar, o que tem influência direta no desgaste destes, pois ele deixam de sobreaquecer tanto e essa informação que a Mercedes conseguiu dá-lhes uma vantagem que para já ninguém pode quantificar", concluiu.

Por enquanto, a Ferrari não diz muito sobre este caso, mas a ser verdade, a hipótese da marca alemã ser fortemente multada (no caso da McLaren, a multa foi de cem milhões de euros), e até de ser desclassificada do Mundial de Construtores, pode ser bem real. Veremos como isto poderá se desenvolver e ser resolvido, mas pode-se dizer com segurança que tal coisa não acontecerá antes do GP do Canadá. 

A capa do Autosport desta semana

A capa do Autosport desta semana têm como destaques a Formula 1, IndyCar, Velocidade nacional e kartung. E como grande destaque, fala-se sobre o facto de "Tal Pai, Tal Filho", ou seja, Nico Rosberg, trinta anos depois, repetiu a proeza do seu pai Keke Rosberg, que também venceu esta corrida, mas em 1983.

Na parte de cima do jornal, em fundo negro, fala-se que uma "Auditoria confirma irregularidades na FPAK", numa altura em que ainda não foram marcadas eleições para substituir o seu presidente, morto há cerca de mês e meio.

Em baixo, comemora-se a vitória de Tony Kanaan ("Finalmente, Kannan!"), fala-se sobre o Circuito da Primavera, no Estoril ("Velocidade anima Estoril com programa de seis categorias") e sobre Karting ("Leiria recebe Campeonato de Portugal de Karting") 

Youtube Formula 1 Onboard: Michael Schumacher, Nurburgring Nordschleife, 2013


Há cerca de dez dias, vimos Michael Schumacher a andar no Nurburgring Nordschleife a bordo de um Formula 1, algo que não se via desde 2007. Isto aconteceu durante o fim de semana das 24 Horas de Nurburgring, provavelmente a prova mais famosa do mundo para carros de GT, e de onde o português Pedro Lamy é um dos pilotos que mais venceu, com cinco vitórias, ao lado dos alemães Timo Bernhard e Marcel Tiemann.

Na altura, nós vimos Schumacher a passear na pista, com um helicóptero a filmar tudo do ar. Mas desta vez, a câmara estava no carro do piloto alemão, sete vezes campeão do mundo, e ao longo destes dez minutos, vê-se ele a passear por aquele circuito, com mais de 23 quilómetros de extensão e para cima de 120 curvas.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Youtube Motorsport Record: Stefan Bellof, Nurburgring Nordschleife, 1983

Há precisamente 30 anos, Stefan Bellof começava a dar nas vistas para o mundo dos automóveis. No inicio de 1982, o piloto alemão, então com 25 anos, era um mero piloto de Formula 2, a bordo da equipa oficial da Mauer, quando ganhou as duas primeiras corridas daquela temporada. Isso foi mais do que suficiente para que a Porsche o contratasse para a sua equipa no Mundial de Sport-Protótipos no ano seguinte, ao lado de pilotos consagrados como Jacky Ickx, Derek Bell, Hans-Joachim Stuck e Jochen Mass.

A 28 de maio de 1983, acontecia os 1000 km de Nurburgring, prova que fazia parte do Mundial de Sport-Protótipos, mais concretamente os Grupo C. O carro do momento era o Porsche 956, que tinha sido exibido pela primeira vez um ano antes, nas 24 Horas de Le Mans. Graças a ele, Jacky Ickx venceu em La Sarthe pela quinta (e última) vez na sua carreira, e no ano seguinte, a máquina tornou-se melhor.

Nurburgring Nordschleife é um circuito dificil, o mais desafiador de todos. 23 quilómetros, acima de 120 curvas e quando chovia, era um inferno. O "Inferno Verde", como chamou Jackie Stewart, e muito poucos conseguiram sair de lá incólumes. E em 1983, a Formula 1 já tinha ido embora do Nordschleife, porque tinha sido demasiado perigoso para eles. Niki Lauda que o diga.

Mas nesse dia de 1983, Stefan Bellof pegou naquele carro e mostrou ao mundo quem era e o que poderia fazer naquele circuito. O resultado ainda existe: seis minutos, onze segundos e treze segundos. O recorde ainda existe e duvida-se se algum dia irá ser batido.

Foi o seu primeiro grande momento da sua carreira. Infelizmente, foi demasiado curta.

A entrevista de Domingos Piedade ao 16 Valvulas

Isto já tem uns dias, mas por causa da avalanche de noticias que aconteceu no fim de semana, só calhou colocar aqui. O Gonçalo Sousa Cabral, que faz trabalho meritório - e único - com o seu 16 Valvulas, calhou entrevistar o Domingos Piedade na passada quinta-feira. Tive uma conversa com ele e contou-me que a ideia era falar sobre Ayrton Senna no dia 1 de maio, mas ele não tinha disponibilidade para falar nesse dia. 

Assim, calhou falar agora, e a coisa alargou-se para outros assuntos como as eleições na Federação Portuguesa de Automobilismo e Katting - que ainda não tem data marcada e já há dois candidatos oficiais -  e sobre a possibilidade do Estado português vender o Autódromo do Estoril, ele que é o diretor do Autódromo.

Se quiserem ouvir, o link da entrevista está aqui. São cerca de 26 minutos, mas vale a pena.

Norte ou Sul? A indecisão continua

A discussão sobre onde vai passar o Rali de Portugal em 2014 está agora adormecida, depois da Região do Turismo do Algarve ter dito que tinha um contrato assinado com o Automóvel Clube de Portugal (ACP) até 2015, apesar do ACP e a FIA apoiarem a mudança do percurso do rali para sitios como Fafe e Arganil, onde a tradição e o carinho dos adeptos é bem maior do que no sul, apesar do percurso ser bem mais curto, compacto e do agrado das equipas.  

De facto, as coisas andam adormecidas, mas na passada quinta feira, pode ter sido deitada mais uma acha na fogueira. A câmara municipal de Vieira do Minho anunciou que tinha autorizado que o seu concelho possa receber pelo menos uma classificativa do Rali de Portugal, em 2014.

No seu site oficial, a autarquia afirma: "Esta decisão prende-se com o facto da Autarquia considerar o desporto automóvel um dos dinamizadores da economia vieirense, uma vez que vários setores (transportes, casa de turismo rural, restauração entre outros) tiram proveito das provas de rali que se vem realizando ao longo dos últimos anos em Vieira do Minho. 

A Autarquia entende que a possibilidade de em 2014 se assistir ao regresso do Rali de Portugal (prova do Campeonato do Mundo) a Vieira do Minho vai trazer uma enorme visibilidade ao concelho proporcionada pela presença dos melhores pilotos mundiais e de milhares de visitantes. Para além disso, a possibilidade de ter uma etapa que vai ser transmitida mundialmente através da televisão, vai oferecer ao concelho uma fantástica promoção. Desta forma a Câmara reuniu todas as condições para o regresso do Rali de Portugal ao Concelho de Vieira do Minho. 

Agora, resta apenas esperar pelo anuncio oficial do regresso do Rali de Portugal ao norte do país.", concluiu.

Apesar de ser uma possibilidade, o facto de uma autarquia do Norte - já agora, Vieira do Minho é na outra ponta do país - ter demonstrado a sua disponibilidade para acolher tal evento poderá significar que outras autarquias estejam a fazer a mesma coisa, ou já o fizeram, embora possam ter dito por outros canais de comunicação. E se dentro em breve, outras autarquias podem dizer que estáo disponiveis para que o ACP faça um percurso condigno para o Rali de Portugal, que traga de volta alguma da tradição perdida, resta saber se os compromissos serão honrados ou não. 

Youtube Motorsport Video: os ensaios de Sebastien Löeb no Mont Ventoux


Como é sabido, a Peugeot convidou Sebastien Löeb para que guiasse o modelo 208 Ti16 para a subida de Pikes Peak, no Colorado, no sentido de voltar a ganhar, 25 anos depois de Ari Vatanen ter feito isso com o modelo 405 Ti16. Os ensaios tem sido intensos, e há uns dias mostrei o carro e o piloto a testar no Mont Ventoux, nos Alpes franceses. Hoje é o video desse ensaio, mas feito pela Peugeot oficial e com o "must" de andar lado a lado com o carro que 25 anos antes, venceu a clássica americana.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Youtube Motorsport Onboard: Namibe 2013

Não queria acabar o dia sem colocar mais um video das corridas em Angola. Este tem algum tempo - foi gravado a 6 de abril e é um onboard do carro de Daniel Vidal - e foi gravado em Namibe, no sul do país, num circuito urbano. Aqui, pode-se ver de tudo: espectadores sentados nos muros, barreiras de pneus a servirem de chicane e claro, o carro passa sobre uma linha de caminho de ferro, e os sacos de areia em algumas curvas é o máximo que se pode dar em termos de segurança. Guard-rails é algo que não existe, por exemplo.

O esforço e abnegação dos comissários e da policia é de louvar, bem como o facto de haver ambulâncias e Pronto-Socorro presente. Mas olhando para este video e ver o que são as corridas em Angola é como recuar 40 anos no tempo. O entusiasmo é ótimo, mas a segurança está reduzida a zero. 

E num dia de azar...

Noticias: Kosciuszko troca Mini por Ford

Se não é a machadada final, não anda longe disso. O unico piloto que andava no WRC com um Mini JCW WRC, o polaco Michal  Kosciuszko, anunciou este fim de semana que iria trocar o Mini pertencente à Motorsport Itália por um Ford Fiesta WRC da M-Sport, preparado por Malcom Wilson. Por causa disso, Kosciuszko não vai participar no Rali da Acrópole, que vai acontecer no final deste mês.

"Sou um piloto habituado a altos padrões e consistência, que se esforça para alcançar os objectivos pretendidos, mas este início da temporada foi tecnicamente muito difícil, por isso agradeço ao meu parceiro estratégico, a LOTOS, que mostrou grande entendimento e por isso, juntos, decidimos mudar de carro e trabalhar com uma equipa tão reconhecida como a M-Sport. Esta é uma grande notícia para mim e eu não posso esperar pela primeira prova com o Fiesta" disse o polaco, em comunicado oficial.

Para Malcolm Wilson, patrão da M-Sport, esta é uma boa noticia, pois é mais um cliente para a sua fábrica, mais um carro para seguir: "Estamos muito contentes em acolher Michal na M-Sport pois sempre mostrou um grande desempenho ao volante do Ford Fiesta S2000 em 2010, garantindo um lugar no pódio na classificação do SWRC no Rali do México, e tendo em conta os progressos realizados no WRC, esperamos que ele possa lutar por bons resultados para ambos nesta temporada e no futuro", referiu.

Nas cinco provas onde Kosciuszko alinhou nesta temporada, o piloto conseguiu um décimo lugar no Rali de Monte Carlo, antes de terminar prematuramente os últimos três ralis devido a problemas mecânicos. 

WRC: Hyundai anuncia programa intenso de testes

A Hyundai não tem andado a dar muitas noticias ao longo das últimas semanas, mas hoje soube-se que a marca coreana começou a fazer os primeiros testes com o seu modelo i20, preparado nas oficinas da marca em Alzenau. Ao todo, o protótipo fez já cerca de 550 quilómetros de testes em estradas à volta fábrica, antes de começarem a fazer vários testes de desenvolvimento um pouco por toda a Europa.  

Michel Nandan, o cérebro do projeto, afirma que está tudo pronto para o arranque das sessões de testes, depois de vários meses a preparar o carro e a fazer as devidas modificações ao carro. "Na verdade, a vida anda agitada há alguns meses, enquanto nos preparávamos para o pontapé de saída do nosso programa de testes.", começou por dizer Nandan. 

"Depois de iniciar as operações a partir do zero na fábrica de Alzenau, no início de janeiro, temos vindo a desenvolver o carro e agora podemos passar da teoria á prática. O carro já foi para a estrada e eu tenho que admitir que foi um momento muito emocionante ver o mais recente i20 WRC em ação pela primeira vez. O carro que testamos foi originalmente concebido pelos nossos colegas na Coreia, no Centro de R&D de Namyang. Foi, em seguida, foi desenvolvido e preparado em Alzenau pela equipa, e o projecto cresce de dia para dia", continuou.

Sobre os testes, nada afirmou em concreto, nem quem serão os pilotos de testes que estarão envolvidos. "A aprendizagem dos primeiros testes é muito positiva e acho que estamos a começar a partir de uma boa base, o que é fundamental, considerando o calendário apertado que temos até o final do ano. Temos agora muitas informações úteis para digerir. Agora temos um cronograma de testes intensivos para o resto de 2013, o que vai nos levar a locais diferentes em toda a Europa, para avaliar o i20 WRC em diferentes condições e em diferentes terrenos que refletem a variedade de terrenos que iremos encontrar no Campeonato Mundial de Ralis no próximo ano." 

"Contudo, não estamos a divulgar os locais de testes específicos ou os nomes dos pilotos, mas vamos garantir que todos os aspectos de desempenho do carro são postos à prova e cuidadosamente avaliados, sem deixar nada ao acaso", concluiu Nandan.

Youtube Motorsport Onboard: Correr nas ruas de Benguela e um aviso com tempo

Depois dos trágicos eventos deste domingo nas ruas de Benguela - e não foi a primeira vez que tal coisa aconteceu nas ruas daquela cidade - lembrei-me de um video feito em 2011 pelo piloto local Daniel Vidal, que tinha metido uma câmara "onboard" do seu Radical laranja, onde se via uma corrida nas ruas daquela cidade, a segunda maior de Angola. Curiosamente, neste video, vê-se o Porsche numero 28 do Luis Almeida, o piloto envolvido no acidente deste domingo e que matou duas pessoas, ferindo outras 15. 

Sobre isso, escrevi há dois anos neste blog: "Já vos disse anteriormente que este pais tem dois autódromos, construídos no tempo colonial, e que nunca vieram grandes obras de remodelação. Logo, degradaram-se a tal ponto que as corridas em Benguela serem feitas agora nas ruas da cidade, e como tal, ao ver estas imagens, é como que recuar uns quarenta anos no tempo, pois não há rails de proteção, bancadas, nada... e com um asfalto ondulante, sujo, com carros que nas retas atingem facilmente os 200 km/hora. E mesmo assim, os pilotos correm e multidão aplaude.

Mas não foi uma prova isenta de acidentes. Na prova motociclistica, um dos concorrentes despistou-se e bateu contra um candeeiro, matando uma pessoa e ferindo outras nove. A prova não foi interrompida de imediato, acho até que foi até ao fim.

Apesar destes obstáculos, as corridas decorrem normalmente. É algo que assustaria qualquer corredor no resto do mundo, mas por lá, correr estes riscos parece que vale a pena. O entusiasmo está lá, só tenho é pena que não veja a recuperação dos dois autódromos, pois seria certamente uma mais valia para todos, corredores, espectadores e autoridades se investissem na recuperação desses traçados. E talvez Angola desse um salto de qualidade e mostre ao mundo os talentos escondidos."

Ainda quero acreditar que a mudança vai acontecer, e especialmente agora que existe uma Federação reconhecida internacionalmente, a Federação Angolana dos Desportos Motorizados (FADM). Agora o que falta é, por exemplo, as várias entidades se unam e ajudem a (re)construir os dois autódromos, feitos no tempo colonial, e dar ao país mais e melhores condições de segurança para todos. Pilotos e espectadores.  

Sobre o polémico teste secreto da Mercedes com os Pirelli

De facto, o "causo" do dia de ontem vai conhecer novos desenvolvimentos. Poucas horas depois do final da corrida do Mónaco, a FIA lançou um comunicado afirmando que sabia do teste secreto que a Pirelli fez em Barcelona, com a presença de um carro de 2013, mas que não soube totalmente sobre as circunstâncias que esta se deu: "Deveria ter sido oferecida a todas as equipas a oportunidade de testar e a FIA não recebeu a confirmação de que isso aconteceu", leu-se no comunicado que a entidade máxima do automobilismo lançou no domingo à noite.

Um porta-voz da Pirelli já revelou que a Ferrari e Red Bull foram convidadas, mas recusaram, provavelmente porque pensaram que o teste seria realizado com um monolugar de 2010, e Niki Lauda, atualmente um dos executivos da Mercedes, já veio dizer que o teste teve a presença de um delegado da FIA, para assegurar que os critérios eram cumpridos.

Dentro do nosso acordo com a FIA, existe uma disposição para convidar todas as equipas para rodar mil quilómetros de testes de pneus. Se isso for algo que sua equipa esteja interessada em dar prosseguimento, por favor, informe o seu interesse para uma eventual data para que o teste possa ser definido. Gostaríamos de oferecer a pista e o suporte de serviços”, explicou o responsável da Pirelli, Paul Hembery, numa carta dirigida à FIA, Bernie Ecclestone e a FOTA.

Contudo, a Autosport britânica fala hoje que a Mercedes tinha sido avisada pela FOTA em 2012 de que os testes privados tinham sido proibidos durante a temporada. Esse e-mail, mandado não só para todas as equipas e também para a Pirelli, fora feito como resposta a uma dúvida lançada pela marca sobre um possível levantamento, durante uma temporada, da proibição de testes, devido à tal clausula dos mil quilómetros de teste que a Pirelli fornece às equipas.

A Pirelli tem direito, nos termos do seu acordo com a FIA, de oferecer às equipas mil quilómetros de testes de pneus, de forma a que cada equipa seja tratada de maneira igual. Contudo, não há disposições dentro do regulamento desportivo para que tais testes aconteçam na temporada”, começa por afirmar o e-mail.

“[A FOTA] falou com Charlie [Whitting] para confirmar que o processo vá adiante, e há duas opções para isso: primeiro, todas as equipas tem de querer aceitar a oferta da Pirelli, e isso é comunicado à FIA, que vai alterar os regulamentos desportivos; segundo, o teste acontecerá fora da temporada (e, em seguida, o acordo dos testes começa a valer)”, concluiu.

E é com base nisso que Red Bull e Ferrari irão levar a queixa até à FIA, e esta poderá mandar o caso para o Tribunal de Apelo para ver se as regras foram cumpridas e quais seriam as sanções a aplicar. Contudo, qualquer sanção desportiva provavelmente não terá retroatividade, pelo menos em relação aos resultados do GP do Mónaco, onde a Mercedes venceu aqui pela primeira vez esta temporada, depois de quatro pole-positions consecutivas.

Noticias: Acidente numa corrida em Benguela mata dois espectadores

Houve corridas um pouco todo o lado no Mundo neste domingo, mas em Angola, as coisas acabaram mal. Em Benguela, no dia da corrida local, os 200 km de Benguela, numa prova de GT's e Sport-Protótipos, duas pessoas morreram e quinze ficaram feridas quando o Porsche conduzido pelo piloto local Luis Almeida perdeu o controle e entrou numa zona de escapatória cheia de espectadores, atropelando cerca de 50 espectadores. Resultado: dois mortos e 15 feridos, quatro deles ainda internados com ferimentos graves.

O pior foi o que aconteceu depois. Alguns populares quiseram vingar-se do carro e do piloto, tentando linchá-lo. O carro ficou destruído e o o piloto sofreu uma fratura num braço, resultado das pedras atiradas contra ele. Somente a intervenção da policia local evitou males maiores, pois alguns populares tinham a intenção de queimar a viatura.

A corrida de Benguela é feita numa pista de rua (há um circuito nos arredores, mas as condições de segurança também são baixas), onde apesar da boa vontade da organização e da colaboração das autoridades locais, as condições de segurança praticamente não existem. E o civismo das pessoas, estas, também são inexistentes.

WSR: Nico Muller foi o melhor, Félix da Costa foi quinto

Ao contrário das outras corridas, no Mónaco, só se corre uma ronda na Formula Renault 3.5. E na manhã de domingo, o melhor foi o suiço Nico Muller, que partindo da pole-position, conseguiu segurar a concorrência e ser o quinto vencedor diferente em cinco corridas. Muller terminou na frente do dinamarquês Marco Sorenson e do malaio Jazeman Jafaar.

A corrida não teve muitas ultrapassagens, apesar dos esforços nesse sentido. Exemplo disso foi a luta pelo quarto lugar, onde Kevin Magnussen conseguiu segurar António Félix da Costa ao longo das 32 voltas que constituiram esta corrida, e que lhe permitiram consolidar a liderança do campeonato.  O piloto português, apesar de ter conseguido ser superior a Carlos Sainz Jr., não conseguiu ir longe na sua recuperação.

Assim sendo, apesar de todo o esforço do jovem luso para conseguir superar e subir lugares, o quinto posto foi o resultado possível: “Acabei a corrida bem colado ao Magnussen e fico com a sensação que tínhamos andamento para discutir a vitória mas a qualificação não nos correu bem e este 5º lugar acaba por ser o resultado possível. Trazemos 10 pontos para o campeonato que podem ser fundamentais no final”, afirmou.

No campeonato, Kevin Magnussen é o lider, com 75 pontos, seguido pelo belga Stoffel Vandoorne, com 61, pelo suiço Nico Muller, com 45, e Félix da Costa, com 41.

A World Series by Renault prosseguirá a 1 e 2 de junho em Spa-Francochamps.  

Formula 1 em Cartoons: Mónaco (Pilotoons)

Eis o cartoon do Bruno Mantovani sobre o GP do Mónaco de Formula 1. Um verdadeiro mosaico sobre o que aconteceu na corrida, graças a coisas como o "atirador" Sergio Perez (que até irritou Kimi Raikkonen!) e claro, a vitória da "rainha do baile", Nico Rosberg.

domingo, 26 de maio de 2013

As 500 Milhas de Indianápolis, edição de 2013

As 500 Milhas de Indianápolis de 2013 chegavam com uma dúvida no ar: a ideia de que poderia chover no dia da corrida, depois de a meteorologia prever que o tempo iria estar encoberto e a possibilidade de chuva ser grande. Como as corridas americanas normalmente não ocorrem durante tempo chuvoso, e como esta era uma prova que iria acontece numa oval muito veloz, a ideia de esta prova se arrastar por horas e até por dias - como aconteceu em 1973 - era uma possibilidade bem real. Contudo, com o raiar do dia, as previsões foram corrigidas e o tempo, embora encoberto, estaria seco durante o tempo da corrida.

Assim sendo, vimos o regressado Jim Nabors a cantar como é bom estar no Indiana e a filha de Tony Hulman a dizer a famosa frase: "Ladies and Gentleman, Start Your Engines!" perante o delírio dos mais de 300 mil pessoas presentes na mítica oval americana.

A largada começou normalmente, com Ed Carpenter a conseguir anter a liderança, mas o primeiro acidente na corrida foi no inicio da quarta volta, quando J.R.Hildebrand bateu forte no muro, na Curva 4, após andar atrás de James Hintchcliffe e perder o controlo. As amarelas aconteceram durante quatro voltas pois o embate do piloto americano tinha sido bem forte. Quando a corrida recomeçou, Carpenter foi assediado por Tony Kanaan e por Marco Andretti, colocando os pilotos da Andretti Autosport nos primeiros postos. Kanaan levou a melhor, nas na volta 29, foi o primeiro dos da frente a ir para as boxes.

As coisas andavam calmamente até à volta 36, quando o colombiano Sebastian Saavedra tocou no muro na Curva 4. Apesar dos estragos terem sido menores, isso foi mais do que suficiente para que as bandeiras amarelas terem sido adicionadas. A corrida só voltou para a ter sinal verde na volta 44. Ali, Carpenter manteve-se na frente de Andretti, enquanto que Sato subia lugares, passando Carlos Muñoz na volta 49.

Andretti passou para a liderança na volta 52, mas na volta 55, as bandeiras amarelas são novamente mostradas por causa de um pião de Takuma Sato. O japonês, que seguia na oitava posição, não tocou em nada e pôde prosseguir, mas no fundo do pelotão. E foi nessa altura em que o pelotão foi para as boxes, fazendo a sua segunda paragem para reabastecimento e troca de pneus.

Com o recomeço da corrida, a luta foi entre Carpenter e Hunter-Reay, com Andretti e Kanaan a espreitar. A partir desta altura, não houve grande história até à volta 113, quando os pilotos começaram a fazer a terceira ronda de reabastecimentos e troca de pneus.

Com essa passagem, a corrida seguiu fluida, tão fluida que nem parecia ser uma tipica corrida das 500 Milhas, foi faltavam as batidas que muitas das vezes decidem estratégias e corridas. Com isso, os quatro primeiros alternavam no comando: Kanaan, Muñoz, Andretti e Hunter-Reay, com o pelotão a seguir atrás e James Hintchcliffe a ficar com o comando quando os quatro primeiros iam às boxes para trocar de pneus e reabastecer.

O momento decisivo foi a sete voltas do fim, quando Graham Rahal perdeu o controlo do seu carro na saída da Curva 2, batendo no muro interior, causando a entrada do Pace Car e juntando todos os carros. Nesta altura, era Ryan Hunter-Reay o líder, mas Tony Kanaan, o "rookie" Carlos Muñoz e Marco Andretti esperavam por uma boa oportunidade para conseguir a liderança. E isso aconteceu a cinco voltas do fim, quando Kanaan, por dentro, passa o americano, enquanto que, por fora, Muñoz saltava de quarto para segundo, numa excelente manobra. 

Parecia que o colombiano iria ser o principal rival de Kanaan, mas imediatamente a seguir, Dario Franchitti, o vencedor da corrida do ano passado, bate no muro da Curva 2 e a corrida acabava ali. E imediatamente, Tony Kanaan entrava na história. Depois de mais de uma década a tentar, ele era o quarto brasileiro a vencer as 500 Milhas de Indianápolis, depois de Emerson Fittipaldi (1989 e 1993), Gil de Ferran (2003) e Hélio Castro Neves (2001, 2002 e 2009). Muñoz impressionava, sendo segundo classificado, enquanto que Ryan Hunter-Reay era o terceiro, na frente de Marco Andretti.  

Noticias: Murray Walker sofre acidente na Alemanha

O jornalista britânico Maurice Hamilton deu a noticia esta tarde: o veterano - e lendário - comentador britânico Murray Walker foi esta tarde hospitalizado devido a uma queda num barco num cruzeiro pelo Rio Reno, na Alemanha. O lendário comentador da BBC, atualmente com 89 anos - vai fazer 90 em outubro - fraturou a pélvis e um dos joelhos e poderá ficar no hospital durante um mínimo de três semanas.

Walker, que comentou corridas desde a década de 60 até 2002, altura em que se retirou, fez uma dupla lendária com o ex-piloto James Hunt, entre 1981 e 1993, altura em que este morreu, vítima de ataque cardíaco.

Desejo ardentemente as rápidas melhoras a esta lenda das transmissões televisivas da Formula 1.


Youtube Formula 1 Video: a recuperação de Kimi Raikkonen

Mais Kimi Raikkonen neste GP do Mónaco. Depois do furo causado pelo toque com Sergio Perez, o finlandês da Lotus caiu para o final do pelotão, quando faltavam pouco menos de seis voltas para o final da corrida. Parecia que após 22 corridas, ele iria ficar fora dos pontos. Mas aqui, o piloto da Lotus decidiu colocar a faca nos dentes e ir atrás do melhor lugar possível, com pneus frescos. E o resultado foi chegar ao décimo posto na última volta, passando Nico Hulkenberg no inicio da última volta, numa pilotagem simplesmente fenomenal. Eis o video.

Entretanto, soube-se agora que o seu companheiro de equipa, Romain Grosjean, foi penalizado em dez lugares para a próxima prova, o GP do Canadá, devido ao acidente desnecessário com o Toro Rosso de Daniel Ricciardo no final da travagem para a Noveau Chicane. E claro, existirão sempre aqueles que acham que deveria ser retirada a licença desportiva ao piloto francês...

Youtube Formula 1 Onboard: A queixa de Raikkonen sobre Perez

As ultrapassagens de Sergio Perez a alguns membros do pelotão do Mónaco causaram mau agrado a alguns pilotos, mas foi Kimi Raikkonen a dizer - como sempre - o que ia na alma acerca do ousado piloto mexicano da McLaren. E claro, era fácil chama-lo de "idiota". Eis o que disse na comunicação por rádio ao seu engenheiro da Lotus.

E a ironia é que esta comunicação aconteceu antes do acidente que ambos causaram.

Formula 1 2013 - Ronda 6, Mónaco (Corrida)

Quando o dia despertou sobre o Mónaco, para mais uma corrida do campeonato, o paddock foi agitado com a noticia de que a Mercedes tinha sido requisitada pela Pirelli para uns testes secretos após o GP de Espanha, em Barcelona, para experimentar novos compósitos de pneus. A marca italiana afirma que poderia fazer isso, mas Red Bull e Ferrari decidiram entregar um protesto formal à FIA pelo facto de, alegadamente, eles terem usado um carro de 2013, o que é estritamente proibido pelos regulamentos. Se os regulamentos foram quebrados ou não, não se sabia, e parecia que as coisas poderiam lançar uma sombra sobre a marca alemã, que nas últimas quatro corridas, tinha feito a pole-position, mas que nem sempre conseguia levar os carros até ao fim devido ao prematuro desgaste dos pneus.

Debaixo de céu azul e tempo primaveril, máquinas e pilotos preparavam-se para fazer 78 voltas num dos circuitos mais tradicionais e improváveis do campeonato do mundo. A partida correu sem problemas, com Nico Rosberg a ficar na frente dos dois Red Bull. Com o passar das voltas, via-se que os receios de que o desgaste dos pneus da parte dos Mercedes não acabaram pr acontecer, com o piloto alemão a aguentar bem o pelotão e até a afastar-se um pouco de Sebastian Vettel, mesmo após a primeira passagem pelas boxes. 

Na volta 30, o Safety Car entrava na pista por causa de Felipe Massa. O piloto brasileiro tinha perdido o controlo do seu carro... na travagem para Ste. Devôte, da mesma forma que tinha acontecido no dia anterior, durante a última sessão de treinos livres. O piloto brasileiro fora depois levado para o hospital devido à violência do embate, mas algum tempo depois, ele teve alta.

Após a relargada, os pilotos andaram juntos, e foi a partir dali que Sergio Perez começou a dar nas vistas. Aproveitando a travagem para a Noveau Chicane, ele conseguia passar pilotos como o seu companheiro de equipa, Jenson Button, para tentar subir algumas posições naquele autêntico comboio que se tinha tornado aquele GP do Mónaco. Na volta 44, Perez tentou passar o Ferrari de Fernando Alonso, mas não conseguiu o fazer, indo até fora da pista para evitar o despiste.  

Alonso iria ceder a posição, mas logo a seguir, acontece o momento da corrida: na parte de trás do pelotão, Max Chilton tentou defender-se de Pastor Maldonado entre a zona do Noveau Chicane e a veloz curva Tabac, mas ambos tocam-se e o venezuelano da Williams bate fortemente nas barreiras de proteção. As barreiras foram para a pista e inevitavelmente, a corrida foi interrompida.

Durante mais de meia hora, os comissários monegascos repararam os estragos, e cerca das 15:35, hora local, os carros estavam prontos para continuar a corrida, atrás do Safety Car. Com este nas boxes, a corrida recomeçou com Rosberg na frente e Alonso a deixar passar Perez depois do incidente. Atrás, Hamilton tentava passar Webber, mas não conseguia. Na volta 53, Perez tentou fazer a sua ultrapassagem no mesmo local, mas ambos sairam para a chicane, sem perder lugares. Ao mesmo tempo, atrás, Sutil tentava passar Alonso.

Com o passar das voltas, todos os pilotos andavam juntos, e a pressionar uns com os outros, mas não conseguiam passar. A grande ultrapassagem da altura foi na volta 57, no gancho Loews, Sutil conseguiu passar Alonso, surpreendendo o piloto da Ferrari. E por causa disso, o engenheiro de Sergio Perez avisou o seu piloto para ter cuidado como ele deve abordar aquele gancho...

Algo que Romain Grosjean não teve na volta 62, quando tocou na traseira de Daniel Ricciardo na saida do túnel e ambos seguiram em frente na Nouveau Chicane. O francês prosseguiu às boxes, mas a equipa decidiu retirá-lo. Por causa disso, o Safety Car entrou na pista mais uma vez.

Na volta 67, a corrida recomeça, com as noticias de que Raikkonen tinha problemas com o seu motor e Hamilton com os seus pneus. Na volta 70, Kimi aperta Perez na travagem para a chicane, arrancando uma parte do nariz, e na volta seguinte, as consequências foram mais para o finlandês, com um furo no pneu traseiro esquerdo. Perez, apesar dos estragos, continuou.

Por causa disso, os quatro primeiros ficaram isolados do resto do pelotão. Mercedes contra Red Bull. E na volta 73, a suspensão de Perez cede, tendo de parar na curva Anthony Nogués (antes da meta). E com isso, Sutil era agora, quinto, pressionado por Button e um Alonso que não estava no seu melhor.

E no final, Nico Rosberg ia até ao fim, alargando a diferença para Vettel. Quando a bandeira de xadrez foi mostrada ao piloto da Mercedes, não só era a primeira vitória do ano para a Mercedes, como ele entrava na história como sendo o primeiro filho de um vencedor a vencer nesta corrida. E precisamente 30 anos (e duas semanas) depois de Keke Rosberg dar uma vitória à Williams. Atrás, veio Sebastian Vettel e Mark Webber, e bem atrás para ficar com o último ponto do campeonato, ficou... Kimi Raikkonen, que em poucas voltas veio do fundo do pelotão para conseguir o décimo posto, conseguindo até apanhar o Sauber de Nico Hulkenberg, que no inicio dessa volta tinha uma vantagem de... seis segundos!

E assim, após duas horas e (quase) meia de corrida, com a paragem e o Safety Car, acabava o GP do Mónaco. E com a sombra do famoso teste secreto por cima das cabeças da Formula 1, máquinas e pilotos iam atravessar o Atlântico para dali a duas semanas, no asfalto abrasivo de Montreal, ver se existia alguma razão para reclamarem.