quarta-feira, 29 de maio de 2013

Mais detalhes sobre o acidente de Benguela

Com a passagem dos dias, são conhecidos mais pormenores sobre o acidente do passado domingo, em Benguela, onde duas crianças perderam a vida depois de terem sido atropeladas pelo Porsche 911 de Luís Almeida. Recorde-se que os populares estavam em zona proibida, pois era uma escapatória do qual o carro foi para lá depois de um despiste.

Sabe-se que depois disso, os populares tentaram linchar o piloto, atirando-lhe pedras contra o carro e causando-lhe fraturas no braço. Mas há um dado novo: a agência Angola Press conta que, depois de agredido, o piloto foi forçado a entrar dentro do carro e alguns populares regaram gasolina para cima do carro (com o piloto lá dentro) e preparavam para consumar o incêndio quando a policia intreviu, dispersando a multidão à bastonada.

Entretanto, hoje, a Federação Angolana de Desportos Motorizados (FADM) emitiu um comunicado onde manifestou "profundo desagrado" pela "reação de vandalismo por parte de certos indivíduos", confirma que os espectadores estavam em local proibido por motivos de segurança.

Ao não terem sido cumpridas as normas de segurança previamente definidas pela Comissão Organizadora, a viatura entrou na zona de escapatória onde não deveria ter nenhum espectador. Como consequência do não acatamento das normas de segurança, temos a lamentar a morte de duas pessoas e cerca de 17 feridos, alguns com ferimentos ligeiros que já tiveram alta e ferimentos do piloto”, lê-se no comunicado.

A FADM confirma que as duas vítimas mortais eram crianças e envia “sentidas condolências às famílias”, e promete ainda que “dentro do calendário nacional estabelecido nos circuitos urbanos, melhorar os níveis de segurança, comunicando que será extremamente rigorosa no cumprimento dessas normas que permitam, que estes verdadeiros ambientes de festa popular não se traduzam em tragédias.

Segundo a própria organização, a prova estava a ser seguida por duzentas mil pessoas. 

1 comentário:

cmendas disse...

Correcção ao nome do piloto, Luís Oliveira, Portugues radicado há muitos anos em Angola, dos pilotos mais antigos no activo. Não partiu braço nenhum e confirma-se a tentativa de colocação de gasolina para atear fogo ao carro. O piloto foi atinjido na cabeça, felizmente o capacete aguentou as pedradas e na cara onde a viseira partida com uma pedra lhe causou alguns ferimentos na cara e um grande ematoma numa das vistas.