sábado, 16 de julho de 2016

DTM: Wickens o melhor na primeira corrida de Zandvoort, Félix da Costa em sexto

O canadiano Robert Wickens foi o vencedor da primeira corrida do DTM no circuito holandês de Zandvoort, conseguindo bater o BMW de Marco Wittmann e o carro de Christian Vietoris. O português António Félix da Costa acabou na sexta posição, depois de partir do oitavo posto, conseguindo suster os ataques de Matthias Ekstrom.

A corrida começou com um incidente na largada, com Adrian Tambay e Maximilian Gotz a serem eliminados, obrigando à entrada do Safety Car. Os comissários de pista verificaram as imagens e concluiram que Martin Tomczyk foi o culpado do toque com Tambay e penalizaram-no com um "drive through".

A corrida foi retomada na quarta volta e partir dali, Wickens - que tinha sido o poleman - começou a afastar-se do pelotão para ficar com o primeiro posto no final da corrida, com uma vantagem de oito segundos sobre o alemão da BMW, apesar da sua oposição nas primeiras voltas. 

Quando a Augusto Farfus, um incidente na oitava volta fez terminar mais cedo a sua corrida.

No campeonato, Wittmann aumentou a sua liderança, já que o italiano Edoardo Mortara não pontuou. O alemão tem agora 93 pontos, contra os 73 de Mortara e Jaime Green, que foi quinto nesta corrida. Félix da Costa tem agora 16 pontos e subiu duas posições na geral, sendo agora o 17º

Amanhã há a segunda corrida do fim de semana em terras holandesas.

WRC: Sordo não vai participar na Finlândia

A Hyundai confirmou esta sexta-feira de que Dani Sordo não vai participar no Rali da Finlândia. O holandês Kevin Abbring será o seu substituto. A decisão foi comunicada pelo diretor desportivo da Hyundai, Michel Nandan, com o objetivo de preparar o piloto espanhol para o rali da Alemanha, prova do qual ele costuma ter bons resultados.

"Dani está a recuperar bem da sua lesão e está fazendo bons progressos", disse Nandan em declarações à Autosport britânica.

"No entanto, é importante que ele se recupere totalmente, e assim sendo tomamos mutuamente a decisão que ele esteja ausente neste Rali da Finlândia. Isso vai permitir que recupere totalmente para Rali da Alemanha, em meados de agosto.

"Kevin irá assumir o carro numero 20 para este evento e irá juntar-se aos nossos testes na próxima semana, ao lado de Thierry [Neuville] e Hayden [Paddon]", concluiu.

Para Abbring, vai ser a segunda vez que correrá em substituição de Sordo. A primeira vez aconteceu no ano passado, quando uma queda causou fraturas em quatro costelas, que o impedoiu de participar no Rali da Suécia. 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Noticias: Prost critica atual partida atrás do Safety Car

Alain Prost juntou-se ao coro de criticas acerca da atitude da FIA em fazer largar atrás do Safety Car no último Grande Prémio da Grã-Bretanha. Apesar de afirmar que tal atitude até pode ser justificada devido aos carros atuais, que são complicados de guiar à chuva, ele afirmou que colocar o veículo por algumas voltas foi um exagero.

"É verdade que é um pouco a Formula 1 actual, mas eu próprio me senti algo frustrado… Percebe-se que estes carros são demasiado complicados de pilotar à chuva e esse é um primeiro problema que é preciso perceber. Por outro lado, o ‘safety car’ esteve demasiadas voltas em pista [cinco]", disse Prost, em declarações captadas pelo site F1 Flash.

"Por um lado vemos que, naquelas condições, estes carros fazem muito ‘acquaplaning’. Por outro, estamos numa sociedade em que não podemos correr o mínimo de riscos… É uma pena e um pouco frustrante para os fãs", continuou.

O francês, tetracampeão do Mundo, lança até uma ideia para evitar situações semelhantes: "Devíamos talvez imaginar um novo regulamento para casos semelhantes. Talvez fazer uma ou duas voltas atrás do ‘safety car’ para a pista perder um pouco da água mas, depois, fazer uma partida normal, da grelha", concluiu.

Youtube Motorsport Ad: Instruções para a "Caterham Airways"


Uma demonstração de segurança para uma marca de automóveis fora do vulgar como a Caterham...

quinta-feira, 14 de julho de 2016

A imagem do dia

Jeff Krosnoff, durante o fim de semana da corrida de Toronto, prova a contar para o campeonato CART. Há precisamente vinte anos, durante a corrida canadiana, Krosnoff teve o seu acidente mortal, após uma colisão com o carro de Stefan Johansson que o fez bater contra o muro de proteção e um poste, matando também um comissário de pista, Gary Arvin de seu nome. Krosnoff tinha 31 anos.

Nascido a 24 de setembro de 1964, sempre quis ser piloto profissional, mesmo enquanto estudava Administração no UCLA californiano. Em 1989, ele foi para o Japão, para correr na Formula 3000, junto de uma legião estrangeira constituida por pilotos como Heinz-Harald Frentzen, Eddie Irvine, Mika Salo, e o austríaco Roland Ratzenberger. E para além disso, correu em pelo menos quatro edições das 24 Horas de Le Mans, tendo sido segundo classificado em 1994, ao lado de Eddie Irvine e Mauro Martini, num Toyota da equipa SARD.

Em 1996, Krosnoff foi para a CART, pela Arciero. A equipa tinha um Reynard com motor Toyota, mas o piloto lutava contra um carro pouco competitivo. E foi no fundo do pelotão que ele estava a três voltas do fim, quando tocou no carro de Johansson. Era a primeira morte na CART desde o filipino Jovy Marcello, nas 500 Milhas de Indianápolis de 1992.

A corrida foi imediatamente interrompida, e a vitória tinha sido atribuida ao mexicano Adrian Fernandez, que tinha ganho a sua primeira corrida na CART. Uma maneira triste de comemorar um evento destes.

Youtube Motorsport Challenge: Um desafio de gerações

Este video é bem interessante: Fernando Alonso convidou cinco pilotos para a sua pista pessoal para um desafio de kart para saber quem são os melhores. E são três gerações nela, com (até este momento) cinco títulos mundiais. 

Na geração mais velha, vimos David Coulthard e Mika Hakkinen, com Jenson Button na geração intermédia, e Stoffel Vandoorne na geração mais nova. 

Quem foi o melhor? Vamos ver o video para assistirmos aos resultados.

Cinco comemorações à grande... e à britânica

As comemorações dos britâncos em relação à vitória de Lewis Hamilton, no passado domingo, em Silverstone, com a multidão a levá-lo aos ombros, numa espécie de "crowdsurfing", mostram que de fleuma, os britânicos já têm muito pouco. Sempre celebraram "forte e feio" as vitórias dos seus, mostrando que são mesmo a nação com mais campeões do mundo na sua história: dez, desde 1958. E desses, oito são ingleses e dois escoceses (Jim Clark e Jackie Stewart)

Esta não é uma festa nova, como é óbvio, e faz lembrar outras comemorações no passado onde os britânicos expressaram toda a sua alegria pela vitória de um dos seus. Aqui ficam cinco exemplos memoráveis, onde curiosamente, quatro deles aconteceram... com o mesmo piloto. E a quinta acabou por não contar para as estatisticas.


1 - James Hunt, Brands Hatch, 1976


Os livros de história vão dizer que o vencedor desta corrida foi Niki Lauda, após a desclassificação do primeiro vencedor, James Hunt. Mas numa altura em que o GP britânico alternava entre Silverstone (nos anos ímpares) e Brands Hatch (nos anos pares), a ida da Formula 1 a aquele circuito no sul inglês calhava numa altura especial.

Num ano onde Niki Lauda dominava a seu bel-prazer, as vitórias de Hunt na corrida anterior, em França, e poucos dias depois, quando venceu o apelo que a McLaren tinha feito para contestar a desclassificação no GP de Espanha, atiçaram o interesse para que os britânicos fossem assistir e apoiar o seu conterrâneo. Especialmente, depois de se saber que a BBC boicotava as transmissões televisivas devido ao patrocinio "malandro" da Surtees...

Num verão especialmente quente - a Europa atravessava uma vaga de calor - Hunt era o menino querido dos ingleses, que o queriam ver vencer. Mas tudo isso esteve para não acontecer quando ele se viu envolvido na carambola na primeira curva, em Paddock Hill Bend, quando bateu no Ferrari de Clay Regazzoni, danificando o seu carro. Hunt recolheu o seu carro às boxes - sem dar uma volta completa ao circuito - e quando os comissários repararam nisso, excluiram-no. 

Quando os espectadores ouviram o aviso pelos altifalantes... odiaram. Primeiro com sonoros apupos, depois com gritos de "nós queremos o Hunt, nós queremos o Hunt!" e para piorar as coisas, algumas pessoas, mais exaltadas, começaram a atirar garrafas de vidro para o asfalto, colocando os carros em risco de furos a alta velocidade. Com isso em mente, os comissários decidiram reinstaurar o piloto britânico na corrida, e essa demora deu tempo aos mecânicos para reparar o McLaren danificado.

Na corrida própriamente dita, Hunt superou Lauda e venceu. No final, uma multidão em delírio celebrava o vencedor, que dizia que isto tudo lhe tinha dado "nove pontos, vinte mil dólares e muita felicidade". Só que a Ferrari apelou para a FIA e dois meses depois, deu razão à equipa de Maranello.


2 - Nigel Mansell, Brands Hatch, 1986


A primeira vitória de Nigel Mansell, "the British Lion" foi em Brands Hatch, mas no ano anterior, numa corrida que foi batizada de "Grande Prémio da Europa", uma maneira de preencher o lugar devido a uma corrida cancelada, e também de ter a Formula 1 naquele lugar nos anos ímpares. Mas no ano seguinte, a vitória de Mansell naquele mesmo local fora em circunstâncias diferentes.

Primeiro que tudo, foi a primeira aparição de Frank Williams após o seu acidente no inicio do ano, que o atirou para uma cadeira de rodas. A sua aparição, depois de ter estado em risco de vida, foi devidamente aplaudida pela multidão presente. Mansell tinha sido superado nos treinos por Nelson Piquet, seu companheiro de equipa, mas ele achava que seria mais veloz na corrida. 

Só que, tal como dez anos antes, houve confusão na partida: uma carambola na traseira do pelotão na Paddock Hill Bend colocou meia dúzia de carros fora de prova, o mais grave deles todos tinha sido o Ligier de Jacques Laffite, que igualava Graham Hill como o piloto com mais corridas na Formula 1, com 176 Grandes Prémios. O veterano piloto, então com 42 anos, tinha fraturado ambos os tornozelos e não voltaria mais à categoria máxima do automobilismo.

Na segunda partida, Mansell conseguiu superar Piquet e fez uma corrida de sonho até alcançar a meta no primeiro lugar, para delírio dos britânicos, que se viam orfãos de um piloto capaz de vencer títulos, desde Hunt. Nas traseiras de um Range Rover da organização, e a caminho do pódio, Mansell sentia o carinho dos adeptos pela segunda vez em poucos meses. Ele ainda teria mais disto nos anos seguintes...


3 - Nigel Mansell (II), Silverstone, 1987


O ataque ao título no ano anterior tinha acabado com estrondo na reta Brabham, em Adelaide, vendo o campeonato cair ao colo de Alain Prost, no seu McLaren. E Mansell continuava com fome de vitórias, tanta fome que os seus excessos o fizeram ser apelidado de "Brutânico". Em 1987, a Formula 1 ia para Silvestone, para cumprir a rotatividade, mas isso seria a última vez que iria acontecer, pois a partir do ano seguinte, a corrida britânica ficaria em Silverstone.

A rivalidade entre Mansell e Piquet estava no auge, e o brasileiro, numa equipa em que todos trabalhavam para o britânico, tinha de ser mais esperto. Era mais regular, mas o líder era Mansell, à custa das suas três vitórias até então (Piquet não tinha ganho nenhuma).

Numa Silverstone a abarrotar pelas costuras, uma das pistas mais velozes do campeonato vira Mansell ser o "poleman" numa das médias mais velozes de sempre. Mas Piquet, esperto, partiu para a liderança, mantendo-se numa estratégia de não parar para trocar de pneus. Mansell ia seguir a mesma coisa, mas um furo lento a meio da corrida o fez ir às boxes, perdendo tempo e a liderança para o brasileiro. Furioso, o "brutânico" encolheu a distância enquanto via as voltas diminuirem até à bandeira de xadrez, pensando que não tinha tempo.

Mas tinha: a três voltas do fim, Mansell colou-se à traseira de Piquet, e no final da Hangar Straight, enganou o brasileiro quando este tentou bolqueá-lo, indo para o outro lado. A manobra levou os britânicos ao delírio, passando a ser o seu novo herói nacional e comemorando devidamente, invadindo a pista.


4 - Nigel Mansell (III), Silverstone, 1991


Depois da Williams (um acidente em Suzuka o impediu de alcançar o título), Mansell foi para a Ferrari por duas temporadas. A derradeira escolha do "Commendatore" antes da sua morte, em agosto de 1988, ele não deixou de ser quem era, com vitórias épicas (Brasil 1989) e falhanços imcompreensiveis (Japão 1990). E os italianos ficaram rendidos, chamando-o de "Il Leone".

Em 1991, Mansell regressara à Williams, a pedido de Frank Williams, que o tentara dissuadir de abandonar a Formula 1, após o anuncio feito por ele mesmo no GP britânico, onde desistiu depois de uma corrida brilhante, lutando pela vitória com os McLaren e o seu companheiro de equipa, Alain Prost. Frank tinha prometido a Nigel que iria ter um carro decente, e cumpriu, com o FW14. 

Mas a temporada para a Williams tinha começado de forma complicada quando Ayrton Senna venceu os quatro primeiros grandes prémios, e Mansell teve mais um dos seus momentos embaraçosos quando deixou escapar a vitória do GP do Canadá... a meio da última volta, a favor do seu rival Nelson Piquet. Quando finalmente a Williams ganhou, no México, foi com... Ricciardo Patrese, seu companheiro de equipa.

Mansell venceu em Magny Cours, palco do GP de França, o que lhe deu esperança de fazer um bom resultado em paragens britânicas, uma semana mais tarde. E assim foi: Mansell dominou completamente a corrida, com a pole-position e a liderança do principio até ao fim. E para melhorar as coisas, viu o seu arqui-rival Senna desistir na última volta, perdendo uma certa ida ao pódio, no segundo lugar.

Mansell, magnânimo, quando viu o brasileiro na berma, deu-lhe boleia até às boxes no flanco do seu carro, enquanto que a multidão mais uma vez invadia a pista, num dos momentos inesquéciveis da Formula 1. 


5 - Nigel Mansell (IV), Silverstone, 1992


Com 39 anos em 1992, Mansell teve finalmente o título que desejava. Num ano dominante, numa máquina dominante desenhada por Adrian Newey - o FW14B - Mansell vencera quase todas as corridas nessa temporada. Nada mau para quem dois anos antes tinha anunciado a sua retirada frustrado por não alcançar o seu sonho.

E o GP britânico não seria diferente. Como no ano anterior, Mansell dominou nos treinos e na corrida, de fio a pavio. E depois de cotara a meta, teve um banho de multidão como nunca tinha acontecido no circuito, fazendo com que o seu regresso ao pódio se complicasse e acabasse - tal com em 1986 e 87 - a ser rebocado pela organização, que o colocou no local o mais rapidamente possivel. E poucas semanas depois, na Hungria, tornou-se no campeão mais antecipado até então, em termos de calendário, quando faltavam cinco corridas para o final dessa temporada. 

GP Memória - Grã-Bretanha 1996

Duas semanas depois de Damon Hill ter vencido em Magny-Cours, numa das corridas mais aborrecidas da história da Formula 1 - e com a Renault a ficar com as quatro primeiras posições - máquinas e pilotos atravessavam o canal e chegavam a Silverstone, palco do GP da Grã-Bretanha, numa altura em que os britânjcos estavam em delirio ao ver um dos seus a liderar o campeonato. Com Hill a comandar, e com a concorrência relativamente fraca, tudo indicava que ele poderia ser o claro favorito à vitória, e provavelmente poderiam ver um dominante triunfo para as cores britânicas.

No paddock, a história dos Forti parecia que não tinha fim: a Shannon parecia não estar a cumprir os seus objetivos e arrastava-se no final do pelotão. Luca Badoer e Andrea Montermini somente conseguiram tempos oito segundos mais lentos que a concorrência e ficaram de fora.    

No final da qualificação, não havia surpresas: os Williams levaram a melhor, com Hill a ser mais veloz do que Jacques Villeneuve. Michael Schumacher foi o terceiro, no seu Ferrari, seguido por Mika Hakkinen, no McLaren-Mercedes, enquanto que na terceira fila estava o Benetton de Jean Alesi e o Jordan de Rubens Barrichello. Gerhard Berger foi o sétimo, no segundo Benetton, seguido pelo segundo Jordan de Martin Brundle, enquanto que a fechar o "top ten" estavam o McLaren-Mercedes de David Coulthard e o segundo Ferrari de Eddie Irvine.

Ricardo Rosset falhou um controlo de peso e acabou por ver os seus tempos riscados, partindo do último lugar.

Debaixo de sol e calor, e num autódromo cheio para apoiar Damon Hill, Mas na partida, ele arrancou mal e fui superado por Villeneuve, que ficou com a liderança. Schumacher seguia-o, mas desistiu na terceira volta devido a um problema hidraulico. Duas voltas depois, Eddie Irvine também retiraria, este com um problema no seu diferencial. Tal como em França, os maiores rivais da Williams ficavam de fora logo nas primeiras voltas.

Na frente, Villeneuve abria enormemente para Alesi e Hakkinen, com Hill em quarto, com um carro um pouco mais pesado para poder aproveitar melhor a oportunidade de passar de dois para um reabastecimento, se fosse preciso. Mas mesmo mais potente do que o McLaren do finlandês, tinha dificuldade em o ultrapassar. Contudo, na volta 23, uma das rodas do seu Williams bloqueou na Copse e despistouse para a gravilha, causando o seu abandono.

Sem Hill, Villeneuve dominava, com Hakkinen e lutar com Alesi pelo segundo posto. Mas o francês começou a ter problemas de travões e foi apanhado por Berger, que o passou facilmente. O austriaco decidiu parar por uma vez e foi assim que conseguiu passar Hakkinen para ficar com o segundo posto, já que Alesi acabaria por desistir na volta 44.

No final, Villeneuve foi o grande vencedor, conseguindo a sua segunda vitória na temporada, seguido por Berger e Hakkinen, que conseguia o seu primeiro pódio do ano para a McLaren. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Jordan de Rubens Barrichello, o segundo McLaren de David Coulthard e o segundo Jordan de Martin Brundle.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Formula 1 em Cartoons - Grã-Bretanha (Cire Box)



A aventura do GP britânico, visto pelo "Cire Box". E colocar Lewis Hamilton de "Surfista Prateado" até que é genial...

terça-feira, 12 de julho de 2016

Formula 1: Red Bull pretende vetar o "halo"

O primeiro dia de testes em Silverstone viu Pierre Gasly a andar dentro do Red Bull com o "halo", o sistema que a FIA quer colocar nos carros de formula 1 a partir de 2017. Contudo, os responsáveis da Red Bull, que tinham apresentado a solução alternativa do "aeroscreen" em duas das corridas desta temporada, consideram que a solução que a FIA adoptou não é a adequada e prometem que irão vetar essa escolha.

É uma solução deselegante para o problema com que estamos a lidar”, começou por dizer Christian Horner, o diretor desportivo da equipa. “Preferia que se demorasse mais tempo a investigar a matéria de forma a chegar a um sistema como deve ser do que apressar algo que poderá ter outras consequências. Não sou um grande fã do halo nem das limitações que ele tem neste moemnto. Certamente não votaria a favor dele neste momento”, concluiu.

E isso é verdade: apesar dos testes, o sistema ainda tem de ser votado pelas equipas para ser adotado pela FIA. E as decisões das equipas, reunidas no Grupo de Estratégia, tem de ser unânimes para que isso possa acontecer. E a possibilidade de veto da Red Bull irá perigar isso.

Contudo, a Autosport portuguesa fala que em caso de um bloqueio, a FIA pode reverter isso mesmo contra a vontade das equipas, alegando imperativos de segurança. Veremos no que isto vai dar, pois temos um problema interessante entre mãos, ainda por cima, uma solução do qual a grande maioria não aprova.

Formula 1 em Cartoons: Grã-Bretanha (Riko)

O Frederico Ricciardi retratou muito bem a (má) partida atrás do Safety Car porque o asfalto de Silverstone ainda estava demasiado molhado para poderem andar à vontade. E claro, meteu Niki Lauda e Max Verstappen no barulho...

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O lamento de um campeão


Quando escrevia esta tarde o meu post sobre o atual medo da FIA à chuva - apesar de isso ser justificado em parte por causa dos carros atuaisa serem intrinsecamente eletrónicos, em contraste com os carros altamente mecânicos dos anos 70 e 80 - não sabia que quase ao mesmo tempo circvulava uma carta que precisamente falava sobre esta queixa.

Consegui traduzir o seu conteúdo, e o interlocutor queixava-se ao seu amigo de como as coisas estavam agora, em relação ao que era dantes. Aqui vai:


Caro Paul-Henri

"O que mais se pode dizer senão, 'Oh não...'
Pensava que as corridas na chuva ajudavam a separar os homens dos meninos... não mais.

A pista estava tão seca que quando o safety car deixou a pista, todos os pilotos fizeram a devida paragem nas boxes para se livrar dos pneus de chuva!
Pelo que eu vi, há apenas dois pilotos [de verdade] em todo esse grupo de pretendentes... Hamilton e Verstappen.

Acho que vou ocupar o tempo assistindo badminton... há sempre a chance de que eles possam ser atingido por... o que diabos aquela coisa no qual eles batem se chama! É aí onde mora o verdadeiro drama e perigo!"

O "Paul-Henri" da mensagem é o fotógrafo Paul-Henri Cahier, e a pessoa que o enviou foi um amigo dele, o britânico Vic Elford. Para quem não sabe, Elford, atualmente com 81 anos, é uma personagem única no automobilismo: campeão europeu de ralis em 1967 a bordo de um Porsche, venceu o Rali de Monte Carlo no ano seguinte, correu em treze Grandes Prémios de Formula 1, em oito edições das 24 Horas de Le Mans, venceu a Targa Florio de 1967, as 24 Horas de Daytona em 1968, as 12 Horas de Sebring em 1971, e por três vezes os 1000 km de Nurburgring (1968,69 e 71)

Claro, podem ler isto no seu original no Facebook do fotógrafo. Muitos podem considerar isto como o lamento de dois velhos, mas falamos de pessoas que arriscavam a vida para serem os melhores, aceitavam as condições e muitas vezes rezavam para que a corrida acabasse e poderem comemorar, não uma vitória, mas a sobrevivência de um enorme obstáculo. E ao ver coisas destas, não poderemos ficar admirados sobre a razão porque as pessoas estão a deixar de ver corridas, especialmente a Formula 1.

Creio que bom senso nestas coisas deveria haver, mas como disse antes: esperar que a pista seque para poder andar a toda a velocidade, e ter pneus de chuva "só para o boneco", é gozar com todos os que gostam de automobilismo. E nós, que somos os seus defensores, ou que defendemos a causa automobilistica, atitudes destas só nos fazem pensar que somos uma espécie de "Don Quijotes", abraçando uma espécie de causa perdida...

WRC: Dani Sordo pode falhar o Rali da Finlândia

Dani Sordo está em risco. Dois dias depois de ter sofrido um acidente, quando tocou numa pedra a ter capotado durante uma série de testes para o Rali da Finlândia, o piloto espanhol está em casa a recuperar, pois tem uma fratura numa vértebra. A pouco mais de duas semanas do inicio do rali, isso poderá colocá-lo em risco, pois esse é uma prova conhecida pelos seus saltos.

O piloto de 33 anos, e que está na Hyundai desde 2014, tem vindo a fazer uma temporada algo modesta, estando na quinta posição do mundial, com 68 pontos e não terminou o rali da Polónia devido a problemas no seu i20. Caso ele não possa participar, é altamente provável que seja substituido pelo holandês Kevin Abbring.

A Formula 1 ganhou medo à chuva

Nos anos 80, quando comecei a ver Grandes Prémios de Formula 1, havia invariavelmente corridas debaixo de chuva. Essas provas aconteciam na mesma, sem Safety Cars e com as bandeiras amarelas a assinalar os perigos, caso existissem. Os pilotos iam para a pista, um pouco à sorte, esperando ter habilidade para andar naquelas condições, caso a chuva parasse e a pista começasse a secar. Por vezes, quando as condições agravavam-se, o diretor de prova lá mostrava a bandeira vermelha e parava a corrida, por vezes definitivamente. Até aqui, tudo bem.

Em contraste, nos Estados Unidos, as corridas param sempre que há um pongo de chuva a molhar a pista. Até têm carros com aspiradores desenhados especificamente para acelerar a seca do asfalto, para que a corrida possa acontecer. Não há - dizendo melhor, não querem ter - pneus de chuva, e só voltam a correr quando a pista estiver 98 por cento seca. Isso pode ser válido para as ovais, mas isso chega a esse pontos em circuitos de rua ou convencionais.

As corridas debaixo de chuva são as ideais para vermos a habilidade de certos pilotos. Ayrton Senna, Stefan Bellof, Michael Schumacher, Rubens Barrichello foram pilotos que mostraram toda a sua habilidade no molhado. A primeira vitória de Sebastian Vettel entrou na história por ser no molhado, num Toro Rosso e à chuva. A melhor vitória de sempre de Michael Schumacher foi à chuva, em Barcelona. E nem falamos dos feitos de Senna com o asfalto molhado, começando com o GP do Mónaco de 1984, passando pelo GP de Portugal de 1985 e assim por adiante. E duas das três vitórias de um piloto modesto como o belga Thierry Boutsen foram à chuva.

Em suma, aceitamos as corridas à chuva, desde que haja uma certa segurança. Até gozamos com os americanos quando eles adiam corridas por causa dela. 

Contudo, nos últimos tempos, temos assistido a algo invulgar. Vimos isto no Mónaco e assistimos de novo ontem em Silverstone: as corridas com pista molhada começam agora atrás do Safety Car. Poderia entender isso num circuito como o de Fuji, que em outubro está sempre a chover, mas quer num, quer noutro, a chuva tinha parado e o asfalto estava a secar. Bastava meia dúzia de voltas com os pneus molhados, os pilotos serem mais cuidadosos e não aconteceriam muitas coisas. Mas colocaram o carro guiado por Bernd Mylander na frente do pelotão, a velocidades perigosamente baixas para carros de Formula 1 e estão a dar um péssimo espectáculo para os puristas.

Em suma: a Formula 1 ganhou medo da chuva.

Mas então, porque chegamos a esse ponto? Eu creio que deve ter a ver com os eventos de Suzuka, a 5 de outubro de 2014, há pouco mais de ano e meio. A Formula 1 passou por uma tempestade - pior, estava na trajetória de um tufão! - e apesar dos apelos constantes a um adiamento, a corrida prosseguiu debaixo de imansa chuva. As coisas acabaram na volta 41 com o acidente mortal de Jules Bianchi.

E desde então, passou do "oitenta para o oito". Dizendo melhor, um "quase oito", pois ainda não decidiu adiar corridas para outro dia só porque a pista está molhada. Mas está a usar e abusar do Safety Car, enquanto não tem uma pista mais para o seco. Esse medo, por causa dos eventos de Suzuka, ainda domina as mentes das altas esferas, que colocaram a sua obsessão pela segurança na ordem do dia. É por isso que temos agora os testes com o "halo" (ou a havaiana, como já chamam) em detrimento do "aeroscreen", por exemplo. 

Mas essa obsessão com a segurança não deveria ser feita em detrimento do espectáculo, daquilo que fez a Formula 1 ser aquilo que é. Muitas das suas grandes páginas foram feitas debaixo de chuva, os adeptos tem uma expectativa diferente quando o termpo se degrada e os céus se desabam. Os fabricantes de pneus fazem compósitos especificos para esse tipo de tempo. Se nós sabemos disso tudo, então porquê essa atitude? Para ter uma coisa destas, então estão a dizer, por outros meios, que foram os culpados da morte de Jules Bianchi, que não estão a fazer o seu "business as usual". 

Eu não desejo que as coisas fiquem como estão, como se fosse uma lei eterna do qual não se pode mudar, sob qualquer circunstância. Mas creio que riscar - ou diminuir bastante - o fator tempo é danificar a reputação da Formula 1, e fazer com que os adeptos se afastem cada vez mais dela.

domingo, 10 de julho de 2016

A(s) image(ns) do dia



Lewis Hamilton a comemorar esta tarde a vitória, a terceira consecutiva em Silverstone. Comemorando primeiro com os membros da Mercedes, e depois com os seus entusiastas, nos limites da pista.

Depois de sete corridas sem vencer, o piloto inglês conseguiu quatro vitórias em cinco corridas e conseguiu arpoximar-se perigosamente da liderança do campeonato, aproveitando alguns dos deslizes do seu companheiro de equipa, especialmente em Zeltweg.

O resultado final é aquele que conhecemos: a meio da temporada, Nico Rosberg continua a liderar, com 168 pontos, mas já está em perda, pois tem Hamilton a apenas... um ponto, e com ele, claro, na mó de cima. Ainda faltam onze corridas para o final do ano, mas há uma coincidência: sempre que ele venceu em Silverstone, acabou como campeão do mundo.

E claro, pergunta-se: será que Rosberg tem estofo de campeão? Mas também faço outra pergunta: E Hamilton? Já está realmente concentrado em vencer o campeonato do mundo? Parece que sim, mas as luzes da ribalta, os Biebers, os Kanyes, não o vão encadear, desconcentrando-o? 

TCR Portugal: Francisco Mora vence as corridas de Portimão

Francisco Mora venceu as quatro corridas que aconteceram este domingo no Autódromo de Portimão, a terceira jornada dupla do Campeonato Nacional de Velocidade, a ser feito de acordo com as regras do TCR. Depois de ter tido problemas na jornada de Vila Real, Mora conseguiu o pleno em relação a este fim de semana no sul do país, a bordo do Seat Leon da Veloso Motorsport.

Na primeira corrida, Mora conseguiu liderar do princípio ao fim, mas nunca conseguiu afastar-se muito do seu principal perseguidor, o Honda Civic de José Rodrigues, outro que corre sozinho, como Mora. Rafael Lobato, noutro Seat, foi sempre perseguido por Manuel Gião na luta pelo terceiro lugar, até que o piloto da Volkswagen abandonou na penúltima volta devido a problemas de caixa. E esses problems foram tão graves que o impediram de alinhar na segunda corrida.

Francisco Carvalho foi o quarto, seguido por António Cabral, enquanto que Rui Dinis foi o melhor na classe TCC.

Sem Gião a alinhar na segunda corrida, esta foi marcada pelo duelo Seat-Honda. José Rodrigues andou na frente por muito tempo, perseguido por Mora, que o conseguiu passar na parte final da corrida, quando este ficou sem gasolina, caindo para o quarto posto. Francisco Carvalho herdou o segundo posto, a bordo do seu Seat, com César Machado a ficar no lugar mais baixo do pódio.

Na parte da tarde, Mora voltou a vencer, com uma vantagem de três segundos sobre o Honda de José Rodrigues. A corrida foi fácil para ele, afastando-se de Rodrigues com calma. Nuno Batista ficou com o bronze, na frente de Francisco Abreu, que foi obrigado a arrancar do último posto com o seu Volkswagen.

Na segunda corrida, Mora teve mais trabalho, por causa da pressão de Manuel Gião. O piloto da Volskwagen pressionou o piloto da Seat para que ele cometesse um erro, mas no final, Mora resistiu e fez o pleno. Rafael Lobato foi o terceiro, a 13 segundos do vencedor, conseguindo superar Francisco Carvalho na última volta.

No final desta jornada, Mora conseguiu cem pontos e aproximou-se do topo, que é liderado por Nuno Batista e Francisco Carvalho, com 177 pontos. Mora fica com 169 e é o segundo, com Rafael Lobato e César Machado com 163 pontos, e José Rodrigues, com 161.

O campeonato continua a 6 de novembro no circuito de Jerez. 

Formula 1 2016 - Ronda 10, Grã-Bretanha (Corrida)


Neste regresso à Europa, nesta passagem pelos circuitos clássicos, ver Silverstone agora parece ter sido uma cedência à modernidade, com todas as mudanças que já existiram desde o tempo em que era uma mera base aérea onde os Hurricanes e os Spitfires aterravam na II Guerra Mundial, há mais de 75 anos. Desde 1948 que há sempre corridas neste local, e nem sempre foi para receber o Grande Prémio da Grã-Bretanha. Por vezes, quando esta ia para Brands Hatch, acolhia o International Trophy, onde chegou a acontecer corridas debaixo de chuva e até... de neve.

Mas não estamos em abril, mas em julho. E quem observa o boletim meteorológico, vai pensar que as ilhas Britânicas vivem num eterno inverno, com aquele permanente céu cinzento. Mas hoje previa-se que não haveria chuva, o que seria bom para muita gente.

E o que poderiamos esperar disto tudo? Talvez mais do mesmo... se a corrida anterior não tivesse sido o GP da Austria. Que como sabem, passou para a história por causa do final onde Nico Rosberg e Lewis Hamilton colidiram um com o outro, com Rosberg a ser o maior prejudicado. Depois de mais uma série de puxões de orelhas e ameaças de ordens de equipa, ambos os pilotos portaram-se bem e fizeram o que tinham de fazer: monopolizar a primeira fila da grelha a favor da Mercedes. E claro, temia-se que iria ser uma corrida bem aborrecida.

Mas se não chovia na hora da corrida, tinha chovido na hora anterior, ficando a pista estava molhada o suficiente para que existisse poças de águas em algumas zonas. E nestes tempos, a FIA decidiu que os carros iriam largar atrás do Safety Car, ficando assim nas seis voltas seguintes. E enquanto Hamilton quase batia no Mercedes guiado por Bernd Mylander, a pista começava a secar um pouco mais, para que a corrida pudesse arrancar e continuar com bandeira verde.

Nas voltas seguintes, Hamilton começou a afastar-se um pouco de Rosberg, que por sua vez, era pressionado por Max Verstappen. O jovem piloto holandês prosperava no piso molhado e atacava o alemão, mas foi apenas na volta 14 que o holandês o passou, na entrada da Hangar Straight.

Poir esta altura, a pista estava seca da Copse até à meta, enquanto que nas três curvas após esse local, havia muitas poças de água e a pista secava mais lentamente, apesar da aparição do sol. Mas foi por essa altura (volta 15-17) que apareceam os primeiros pilotos que iriam arriscar para meter slicks. Primeiro, os pilotos da Ferrari - Vettel chegou a despistar-se - mas o pelotão, lentamente, metia esses pneus brancos, significando médios.

Verstappen estava com o segundo posto, tentando apanhar Hamilton, mas parecia ser complicado. Apesar de já haver uma trajetória de pista seca, fora dela era uma armadilha certa. Mas o alemão não desistiu, e depois de uma tentativa na volta 32, na Stowe, o holandês da Red Bull aguentava os ataques. Apenas na volta 38, o alemão conseguiu o segundo posto, de novo na Stowe.

E depois disto, a grande luta foi entre Sergio Perez e Kimi Raikkonen, pelo quinto posto - que acabou com o finlandês a ultrapassar o mexicano da Force India - pois na frente, tudo estava decidido. Hamilton decidira ficar até ao fim com o mesmo jogo de pneus, enquando que Nico Rosberg parecia que não iria apanhar o piloto britânico, numa espécie de dobradinha mais pacifica. Max Verstappen era terceiro e não parecia que iria apanhar os Mercedes.

Mas os carros estavam nos seus limites em termos de pneus e outras coisas, e a cinco voltas do fim, Nico Rosberg tinha problemas na sua caixa de velocidades, tinha ficado sem a sétima marcha e Verstappen começou a apanhar o alemão para ver se recuperava o segundo posto. Na volta 49, o holandês estava já a 1,2 segundos do piloto da Mercedes, mas o alemão aguentou tudo.

Na frente Hamilton vencia de novo, e ainda por cima, no seu Grande Prémio caseiro, e claro, fazia com que se aproximava da liderança de Nico Rosberg. Mais uma - eventual - dobradinha, com Max Versatappen a ficar com o lugar mais baixo do pódio, na frente de Daniel Ricciardo. E o lugar de Rosberg estava sob investigação por causa dos contactos com a rádio...

Em suma, foi uma corrida interessante quanto baste, e agora que alançamos a metade da corrida, as coisas parecem estar bem equilibradas. Veremos o que a segunda metade reservará, mas Lewis Hamilton está na mó de cima, e atacando o quarto título mundial.