sábado, 23 de agosto de 2008

Alvaro Parente - o Blog

Ao mesmo tempo que decorre a GP2, e aconteceu o azar do Alvaro Parente em Valencia, descobri também que há um grupo de fãs do piloto português que decidiu construir um blog, à semaelhança que existe um blog de apoio ao Bruno Senna.


Mas este é mais profissional, e apoiado pelo próprio piloto. Feito por Hugo Ribeiro e João Pinho, a ideia é a mesma: divulgar os feitos do piloto e o seu palmarés, bem como as reacções do próprio às corridas. Apesar de estar no seu inicio, espero que tenham muita sorte e sucesso, que merecem!


Para visitá-lo, o endreço é este: http://www.alvaroparentegp2.wordpress.com/

GP2 - Valencia (Corrida 1)

Uma corrida agitada, três entradas do Safety-Car, e no final, três pilotos a perderem pontos garantidamente... por falta de gasolina! Giorgio Pantano, Bruno Senna e Alvaro Parente desistiram com pontos garantidos nas últimas duas voltas, devido a falta de gasolina nos seus Dallaras. Nos dias de hoje, é algo inconcebível, especialmente para Pantano, que tinha a vitória garantida...


Parente tinha feito uma grande corrida, de trás para a frente. Partindo da 13ª posição, foi cedo para a box, pois não conseguia passar o seu companheiro, o espanhol Andy Souceck. Isso compensou, pois começou a ultrapassar pilotos atrás de pilotos, e chegou aos pontos depois de ultrapassar Sebastien Buemi e Jerome D'Ambrosio. Quando Andreas Zuber saiu de pista, causando a intrevenção do Safety Car, Parente era sexto.


E tudo indicava que seria assim, até a duas voltas do fim, quando o carro ficou inexplicavelmente parado na pista, devido ao problema acima referido. Uma questão de sorte e de azar, pois caso não fosse afectado, o quarto lugar era certamente garantido. E em relação ao Pantano, então... é cruel demais.


No final, como há azarados, também há sortudos. E o maior deles todos foi o russo Vitaly Petrov, que venceu a prova, seguido pelo venezuelano Pastor Maldonado, que chegou ao segundo posto depois de uma manobra arriscada a Romain Grosjean, que resultou no toque entre ambos. Atrás deles ficou Lucas di Grassi, que conseguiu ultrapassar Jerome D'Ambrosio, também na última volta.


No campeonato, Pantano continua na frente, com 68 pontos, seguido por Bruno Senna,com 58, e por Lucas di Grassi, com 39. Alvaro Parente é oitavo na classificação geral, mantendo os mesmos 26 pontos. A segunda corrida é amanhã de manhã.

Formula 1 - Ronda 12, Valencia (Qualificação)

Foi uma qualificação equilibrada, e o melhor foi... Felipe Massa. Com alguns inesperados contendores à "pole-position" (os Toro Rosso de Sebastien Vettel e Sebastien Bourdais, por exemplo) o piloto da Ferrari deu o seu melhor e conseguiu a 13ª pole-position da sua carreira, num circuito de Valência com nuvens no horizonte.


O brasileiro da Ferrari fez a 13ª pole-position da sua carreira, obtendo 1.38,989s, sendo melhor do que a McLaren de Lewis Hamilton, e de Robert Kubica, da BMW. Ao lado de Kubica ficou o segundo Ferrari de Kimi Raikonnen, que cponseguiu o tempo de 1.39,488s, a quase meio segundo do seu companheiro de equipa.

Na quinta posição ficou o recente vencedor do GP hungaro, o finlandês Heiki Kovalainen, com o tempo de 1.39,937s, a quase um segundo de Massa. A grande surpresa nesta sessão foram os Toro Rosso de Sebastian Vettel e de Sebastien Bourdais, que pela primeira vez este ano entraram na fase final da qualificação. Vettel chegou até a liderar a segunda qualificação, mas no final não conseguiu mais do que o sexto tempo (1.40,142s), mesmo assim a melhor qualificação do ano. Bourdais parte da décima posição, também o melhor do ano. Após Vettel, ficaram o Toyota de Jarno Trulli, o BMW de Nick Heidfeld e o Williams de Nico Rosberg, antes do segundo Toro Rosso de Bourdais.

Decepção foram os Renault em Valência. Ambos ficaram pelo caminho na segunda qualificação, com Alonso, no 12º lugar, a ser melhor do que Nelson Piquet Jr, que parte da 15ª posição. A Red Bull também não esteve bem, com Mark Webber na 14ª posição e David Coulthard na 17º, onde nem passou da primeira fase.

A Honda foi, a par com a Force India, a unica equipa que não conseguiu levar os seus dois pilotos para a segunda fase, com Jenson Button na 16ª posição da grelha, e Rubens Barrichello na 19ª, um resultado decepcionante para a estreia do circuito novo de Valência. A partir da uma da tarde, hora local, na mesma hora do que a cerimónia de encerramento dos Jogos Olimpicos de Pequim, começa o GP da Europa, onde a Formula 1 regressa ao activo, depois de três semanas de ausência.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Confesso que esta não sabia...

Ainda os Jogos Olimpicos de Pequim: quando fui ver há bocado o perfil da Maureen Maggi na Wikipédia, descobri que ela tinha sido casada com o António Pizzonia, o "Jungle Boy" (por ter nascido em Manaus, no Amazonas), e tiveram um filho juntos, a Sofia. O Luiz Fernando Ramos, vulgo o Ico, que está em Valência, a acompanhar o GP da Europa, tem um artigo onde o Felipe Massa fala sobre o salto dela, e das impressões que ficou acerca do circuito.

No final, parece que este ouro tem um pouco de gasolina e de pneu... e a filha, bom, quando crescer, quer correr como o pai ou saltar como a mãe?

Extra-Campeonato: O dia seguinte

Independentemente da nacionalidade, independentemente de gostar ou não do Desporto, independentemente de achar que os Jogos Olimpicos são ou não um grande negócio, é sempre com um sorriso nos lábios, e um certo orgulho ver alguém que se superou, para no final receber uma medalha e ouvir o hino do seu país. 12 anos depois, o meu país voltou a ouvi-lo, e foi bom. Aliás, é como diz hoje o jornal "Record" na sua capa: "Salvou a Pátria". Para mim soa a boca foleira, mas pronto...



E já agora, quero dar os parabéns aos meus amigos brazucas. Quando vi a Maureen Maggi a ganhar a final do salto em comprimento, fiquei com a sensação de que o Destino encarregou de dizer que a vencedora daquele concurso teria de falar português. Como não foi a Naide Gomes, foi ela... parabéns pessoal! Gostaria que isso apagasse os vossos desgostos do futebol, porque uma medalha é sempre uma medalha.

Inicio da A1GP foi adiado

Como era de esperar, a A1GP já não se vai iniciar daqui a um mês, a 21 de Setembro, no circuito de Mugello, mas sim a 5 de Outubro, no circuito holandês de Zandvoort. Os atrasos na distribuição dos carros às equipas presentes, e os problemas nos componentes no carro-teste, levaram a que fosse alterado o calendário, no sentido de terem prontos os carros a tempo e horas.


O responsável máximo da competição, Pete da Silva, referiu que "era um calendário optimista, mas havia a convicção de que seria possível cumpri-lo". Explicando ainda que este adiamento se deveu a "circunstâncias fora do controlo", o luso-sul-africano continua a manter-se confiante de que este campeonato será um sucesso.


Agora temos que concentrar-nos no futuro à nossa frente e não no que ficou para trás. Ainda temos grandes desenvolvimentos e novidades por revelar. Em breve estaremos em condições de anunciar o nosso calendário completo para a época de 2008/09, assim como algumas outras novidades que irão engrandecer o pacote global que pretendemos apresentar aos nossos fãs na quarta temporada”, concluiu.


O calendário de 2008/09 da A1GP, terá onze provas, espalhadas pelos cinco continentes, e visitará a 12 de Abril o novo Autódromo do Algarve.

GP2 - Valência (Qualificação)

Para além da Formula 1, a GP2, categoria de acesso ao escalão máximo, teve a sua qualificação hoje, e também estreou o novo circuito de Valência. Aqui, o mais rápido na qualificação foi o italiano Giorgio Pantano, que fez melhor do que o venezuelano Pastor Maldonado o russo Vitaly Petrov e o francês Romain Grosjean, numa qualificação bem disputada ao milésimo.

Quem perdeu terreno nestes treinos foi Bruno Senna, que não foi além do oitavo posto. Mas pior ficou Alvaro Parente, que largará do 13º posto, depois de estar no segundo posto da tabela de tempos no inicio da qualificação. Um pião e uma travagem falhada estragaram duas das suas tentativas com o segundo e decisivo jogo de pneus, que o fizeram descer para o meio do pelotão. Dois lugares mais abaixo, ficou o seu companheiro Andy Soucek.

A primeira corrida do fim de semana valenciano é amanhã, a partir das 15 horas locais (14 em Lisboa)

Formula 1 - Ronda 12, Valencia (Treinos)

Três semanas depois, a Formula 1 voltou à acção, no novo circuito urbano de Valência, dando à Espanha, pela primeira vez na história, a hipótese de organizar duas provas no seu solo num ano. Estes treinos mostraram um equilibrio entre os pilotos da frente, com algumas surpresas pelo meio.


De manhã, o Toro Rosso de Sebastien Vettel foi o mais rápido, surpreendendo tudo e todos, ao fazer o tempo de 1.40,496 ssegundos, superiorizando-se a Felipe Massa. O inglês Lewis Hamilton, da McLaren, actual líder do campeonato, ficou em terceiro, logo à frente de outra surpresa: o francês Sebastien Bourdais, companheiro de Vettel na STR.

O finlandês Heikki Kovalainen foi o quinto e o polaco Robert Kubica o sexto. Kimi Raikkonen, da Ferrari, decepcionou e marcou somente o sétimo tempo dos treinos, a quase um segundo de Vettel (1.41,317 segundos) .

À tarde, Kimi Raikonnen reagiu aos maus tempos da manhã, e colocou a Ferrari no topo da folha de tempos, ao marcar um tempo de 1.39,477 segundos, cerca de um segundo abaixo da melhor marca da primeira sessão. O espanhol Fernando Alonso, da Renault, foi o segundo a apenas dois centésimos de Raikkonen, com Jenson Button, no seu Honda, a ser um surpreendente terceiro mais rápido, curiosamente num dia em que se acentuaram os rumores da sua saída da equipa, a favor de Fernando Alonso... Felipe Massa foi quarto e Lewis Hamilton o quinto.

Amanhã é o dia de qualificação, o momento em que certas coisas que se viram aqui são mera publicidade ou a mais pura realidade...

Uma descrição de Valência, para começar...

Bom, os Jogos Olimpicos estão a acabar, e a Formula 1 está a preparar-se para voltar à activa, depois de três semanas de férias. E volta logo num circuito novo: Valência.

Confesso que de inicio, achei a ideia de um GP urbano, numa cidade que tem um excelente circuito (Ricardo Tormo, na zona de Cheste), um pouco descabida. Afinal, o Mónaco tem um GP porque não te espaço para mais, e não por capricho. Mas depois de ver as imagens do circuito, fiquei com outra opinião. Afinal, é um circuito bem desenhado, numa zona que foi totalmente reformada para receber a Taça América de 2007 (às custas de Cascais, diga-se)


A Priscilla Bar, do blog Guard Rail, colocou um post onde o Pedro de la Rosa, piloto de testes da McLaren, descreve o circuito de Valência, com as marchas a colocar, e a maneira como o piloto deve abordar cada curva. Achei a iniciativa muito interessante, e acho também que é algo que não deve ser desperdiçado.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Extra-Campeonato: Nelson Évora de ouro

Foi há poucos minutos, mas aconteceu: o saltador Nelson Évora deu a Portugal a sua primeira medalha de ouro olimpica em doze anos. O seu salto, de 17,67 metros, é a melhor marca do ano e foi o suficiente para bater, entre outros, o inglês Phillips Idlowu (2º), e o brasileiro Jadel Gregório (7º).




Parece esquizofrénico ganharmos uma medalha de ouro, numa altura que a nessa delegação é criticada pelas altas expectativas criadas, pelas frustrações conseguidas, e pelas "desculpas de mau pagador". Por causa disso, o presidente do Comité Olimpico Português, Comandante Vicente de Moura, anunciou que se vai embora no final do mandato, pois os objectivos não foram alcançados (quatro medalhas e 60 pontos). No final, saimos com duas e 26 pontos.


Aqui, a opinião pública, que se está a marimbar-se para os outros desportos durante três anos e onze meses, mandava bocas foleiras, tipícos de desportistas de sofá, provavelmente que nunca fizeram qualquer desporto na vida. De uma certa maneira, esta medalha de ouro vai apagar (infelizmente, de uma forma muito hipócrita) muitos desses "desportistas de sofá". Estavam à espera de quê, quando se dá 15 milhões de Euros, durante quatro anos, com atletas que recebem 1500 euros por mês de bolsa? No meu país, o orçamento de uma equipa de futebol, como o F.C. Porto, ronda os 70 milhões de euros por ano...


Enfim, neste país, como de costume, passamos do oito para o oitenta, voltamos ao oito, e agora estamos de novo no oitenta. Só desejo uma coisa, para o futuro: que em 2012, tenhamos o triplo de ajudas, dirigentes mais competentes (de perferência, ex-atletas) e outro tipo de discurso. E ao Nelson e à Vanessa, muitos parabéns, pois mereceram!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Colin Chapman, o piloto

Sim, leram-no bem. Colin Chapman, o homem que fundou a Lotus e tornou-se numa das personagens mais brilhantes da Formula 1, projectando carros icónicos como os Lotus 49, 72 e 79, entre outros, já foi piloto de Formula 1, pela Vanwall.


No inicio da sua carreira, mais concretamente em 1956, os seus dotes como engenheiro não passaram despercebidos à Vanwall, que o contratou para melhorar a aerodinâmica do seu carro. As coisas correram bem, e Tony Vanderwell, o proprietário da equipa, convidou-o para pilotar um dos seus carros no GP de França desse ano, em Reims.


Infelizmente, esse carro tinha problemas de travões, e durante os treinos, falhou a travagem na curva de Thilois, e bateu contra um pilar de cimento. Nunca mais voltou a correr, e concentrou-se em projectar carros, fundando a sua empresa, com os resultados que conhecemos...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Duval substitui Galli na Ford

Depois do acidente do italiano Giggi Galli no Rali da Alemanha, na passada sexta feira, que o obriga a para até ao final do ano, a Ford Stobart não demorou muito para escolher o seu sucessor na equipa. É o belga Francois Duval, que acabou o mesmo rali na terceira posição.

"Estamos muito satisfeitos por voltar a contar com Duval na Stobart. Ele fez um excelente rali na Alemanha e com a sua presença anteriormente confirmada para a Espanha e Córsega, acreditamos que esta prova seja uma boa oportunidade para ele ganhar mais confiança com o carro", admitiu o director geral da Ford, Malcolm Wilson.

Em comunicado oficial, a equipa secundária da Ford irá agora pedir à FIA que inclua o piloto belga na lista de elegíveis para os pontos da Stobart-Ford, em substituição de Galli.

Duval tem 27 anos, e começou a correr em 1999, quando ganhou o Ctiroen Saxo Challenge no seu país natal. Desde 2002 que participa no Mundial WRC, primeiro na Ford, depois na Citroen, onde foi companheiro de Sebastien Löeb. Foi na Citroen que ganhou o seu unico Rali da sua carreira, na Australia, em 2005, depois de ter sido largado durante dois ralies, Acrópole e Turquia, onde foi substituido por Carlos Sainz.

Desde 2006 que Duval corre esporadicamente no WRC, tendo conseguido o seu melhor resultado em 2007, na Alemanha, onde foi segundo classificado, com um velho Xsara WRC privado, mesmo atrás de Sebastien Löeb. Este ano, participara no Rali de Monte Carlo, ao volante de um Ford Focus da Stobart, onde fora quarto classificado.

As coisas andam difíceis...

Não, não falo dos atletas portugueses em Pequim, mas sim do A1GP. Faltam pouco mais de um mês para o inicio da temporada de 2008/09, e começam a surgir rumores de que a primeira prova do campeonato, marcada para o circuito italiano de Mugello no próximo dia 21 de Setembro, poderá ser adiada devido a problemas com o novo carro da categoria, concebida pela Ferrari.


Hoje deveria ter acontecido a primeira sessão de testes colectivos no circuito inglês de Silverstone, mas teve de ser cancelada devido a um acidente em testes, envolvendo um dos pilotos de testes, o austriaco Patrick Freisacher, que reviu tudo em relação à segurança do carro. ”Apesar de tudo o que foi dito, não foi o acidente do Patrick que nos levou a cancelar o teste. Nós compreendemos imediatamente qual tinha sido o problema: um apoio de suspensão que tinha mais de cinco mil quilómetros cedeu. Existem algumas dificuldades que nos levaram a tomar esta decisão, tendo sido uma delas alguns problemas com as peças suplentes”, referiu uma fonta da organização.


Para piorar as coisas, quando faltam quatro semanas para o inicio da nova temporada, apenas quinze equipas confirmaram a sua inscrição, entre os quais Portugal, e existem sérias dúvidas quanto à continuidade da equipa alemã, que caso se retire, reduziria a série a apenas quatorze países.


Desde hoje que os dois carros da organização iniciaram em Silverstone uma sessão de testes privada, prosseguindo nos dois próximos dias, enquanto que os primeiros ensaios com as equipas, também de três dias, deverão iniciar-se no próximo dia 9 de Setembro, duas semanas antes da ronda inaugural, em Mugello.

Mais um intervalo para publicidade

No post anterior, falei do primeiro pódio do José Carlos Pace. Ora, nem mais. Neste mais um intervalo para publicidade, coloco aqui um anuncio da cerveja Brahma, de 1975, colocada depois da sua primeira (e depois unica) vitória do piloto brasileiro, no circuito de Interlagos.


Basicamente, era uma forma de agradecimento da empresa, que queria demonstrar que tinha valido a pena apostar na carreira dele. E era um anuncio carregado de esperança, onde se pode ver pelo título: "1975, o Ano de Pace". Julgavam eles que o "Môco" iria ser o digno sucessor de Emerson Fittipaldi no título mundial, já que o carro que pilotava, o Brabham BT44B, era na altura um dos melhores do pelotão.


Infelizmente, apesar de ter sido o seu melhor anos de sempre, não deu para o título mundial. E infelizmente, também, não teve mais nenhuma chance como aquelas. Mais tarde, depois da sua morte, Bernie Ecclestone afirmou que se ele não tivesse morrido, não teria contratado Niki Lauda.


A foto do anuncio foi descaradamente tirado do Blog do Capelli. E já agora, para terminar, podem ver aqui outro anuncio que ele fez, em 1974, para a Ford.

GP Memória - Austria 1973

Quinze dias depois do GP da Alemanha, máquinas e pilotos preparavam-se para enfrentar-se uns contra os outros no rapidíssimo circuito de Osterreichring, no centro da Austria. Com o escocês Jackie Stewart a liderar o campeonato, os pilotos da Lotus em geral, e Emerson Fittipaldi em particular, tinham que reagir, sob pena de ver escapar definitivamente Stewart rumo ao seu terceiro título mundial...

Na Austria, o pelotão da Formula 1 conhece algumas alterações. Niki Lauda, o herói local, não podia alinhar, pois ainda recuperava do seu pulso fracturado na corrida anterior, no Nurburgring. A BRM não foi buscar qualquer substituto, e correu somente com Clay Regazzoni e Jean-Pierre Beltoise.

A Ferrari voltava a correr na Austria, mas sem Jacky Ickx ao volante. O piloto belga estava desiludido com a equipa em geral e com Enzo Ferrari em particular. Apesar de Il Commendatore o considerar como piloto, o piloto belga queria mudar de ares, pois estava na equipa há quatro temporadas... assim sendo, Arturo Merzário foi o unico representante da marca do Cavalino nas paragens alpinas.

A March e a Ensign voltavam a correr no pelotão, e a Tecno voltava a acção, com chassis novo e Chris Amon ao volante, mas a equipa estava em revolução permanente, e cedo verificou que o carro era um desastre, nem sequer chegou a alinhar. Amon achou que era demais e saiu da equipa. Entretanto, o lorde Alexander Hesketh, que tinha comprado um chassis March para meter James Hunt a correr, tinha contratado um jovem projectista chamado Harvey Postlethwaite, para que pudesse desenvolver aquele chassis.

Na qualifiação, um recuperado Fittipaldi dá sinal de si, ao conseguir a pole-position, batendo o seu companheiro Ronnie Peterson. Na segunda linha ficaram os McLaren de Dennis Hulme e Peter Revson, e na terceira fila aparecia o Brabham de Carlos Reutmann e o Ferrari de Arturo Merzário. Jackie Stewart era o sétimo, ao lado do Surtees do brasileiro José Carlos Pace. A fechar o "top ten", aparecia James Hunt e o segundo Tyrrell de Francois Cevért.

Na partida, Fittipaldi larga mal e é ultrapassado por Peterson e Hulme. Um pouco mais atrás, Peter Revson atrapalha-se com a embraeagem e fica parado na pista, fazencdo com que o March de Mike Beuttler chocasse com ele. No final da primeira volta, Peterson liderava, com Hulme e Fittipaldi a seguir, e depois o Ferrari de Merzário, o Tyrrell de Stewart e o Brabham de Reutmann. Pace era sétimo, seguido por Cevért.


Na volta 3, Hunt despista-se e acaba permaturamente a sua corrida, enquanto que Stewart desafiava o quarto lugar de Merzário, e consegue ultrapassá-lo na volta seguinte. Cevért, que entretanto tinha passado Reutmann e Pace, chega-se ao italiano da Ferrari, mas na volta seis, ambos os carros colidem e o francês desiste.


Mais à frente, as coisas continuam como estavam na partida da corrida, mas pouco tempo depois, Hulme vai para às boxes com um furo lento, perdendo várias posições (iria acabar em oitavo), e ambos os Lotus ficam na frente, com Stewart em terceiro. Reutmann passa Merzário, na luta pelo quarto lugar. Algumas voltas depois, Peterson deixa ultrapassar Fittipaldi para a liderança, e ele lá fica, a caminho de uma vitória e de relançar a luta pelo campeonato.


Assim pensavam todos... até à volta 49, cinco para o final da corrida, quando o piloto brasileiro sofre um furo no sistema de combustivel, e ele teve que abandonar definitivamente a corrida. Assim, Ronnie Peterson herdava o comando e caminhava alegremente para o seu terceiro triunfo da sua carreira, com Stewart logo atrás, mais preocupado em conseguir pontos. No terceiro posto, e depois de conseguir ultrapassar Reutmann, o brasileiro José Carlos Pace estava a caminho do seu primeiro pódio da carreira, e a segunda da marca.


Quando foi mostrada a bandeira de xadez a Peterson, no final da volta 54, sabia-se que os 24 pontos de diferença de Stewart para Fittipaldi significavam que o piloto escocês tinha nove dedos e meio agarrados ao troféu de campeão, pois aquela diferença era quase impossivel de suplantar... depois de Stewart e Pace, ficaram o Brabham de Reutmann e os BRM de Beltoise e Regazzoni, que conseguiram ultrapassar o Ferrari de Merzário, o sétimo na corrida.


Fontes:

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Armando Parente, o outro português de Nurburgring

Enquanto Pedro Lamy brilhava por mérito próprio em Nurburgring, outro português dava nas vistas na mesma pista alemã. Armando Parente (não, não é parente do Alvaro Parente) conseguiu um segundo lugar na ronda da Formula ADAC Masters que teve lugar na mesma pista, como evento de suporte à Le Mans Series.

E a Formula ADAC Mastes não é uma prova qualquer: esta competição serviu de trampolim para as carreiras de pilotos como Nico Rosberg, Sebastien Vettel, Timo Glock, Adrian Sutil ou Christian Klien. E com 19 anos, tem toda a carreira pela frente.


Mas nem tudo correu bem neste fim de semana. Na primeira corrida, um pião no inicio da segunda volta fez atrasar-se e acabou apenas na 14ª posição final. Contudo, na segunda corrida, que partia da sexta posição, começou a ultrapassar alguns dos seus adversários, e chegou até ao segundo lugar, fazendo a volta mais rápida da corrida. Mas pouco antes do fim, uma bandeira amarela impediu de alcançar o lugar mais alto do pódio.


Ainda assim, para Armando Parente, este foi um bom resultado: “O carro estava muito competitivo e integrei, desde o início, um grupo que lutava pelo terceiro lugar. Depois de ascender ao segundo lugar, vi que tinha andamento para atacar o primeiro lugar. O problema é que, devido a um acidente com outro piloto, as bandeiras amarelas foram uma constante na zona mais favorável às ultrapassagens e como sabia que estava na frente dos mais directos adversários no campeonato, optei por não arriscar uma ultrapassagem.”


Quanto ao facto de ter ascendido à liderança logo no seu primeiro ano em monolugares, é algo que de certa maneira o surpreende: “Apesar de ter consciência que podia ser competitivo, honestamente não esperava chegar a meio da época na liderança. É óbvio que estou orgulhoso e satisfeito com este resultado, mas também estou convicto das dificuldades que me esperam, porque o campeonato é extraordinariamente competitivo”.


A próxima jornada dulpa da Formula ADAC Masters acontece no dia 7 de Setembro, na pista de Lauritzring.

Momento "Caras" do dia: o casamento de Tiago Monteiro

Pois é... sem competições por ali além, e com Jogos Olimpicos a invadirem as TV's todos os dias, acabo de saber que o Tiago Monteiro casou-se este fim de semana com a Diana Pereira, poucos meses depois de ter nascido a primeira filha de ambos.

Daquilo que se conta é que os noivos chegaram à Igreja de um modo original: o noivo Tiago, a bordo do seu carro de competição, e a noiva Diana a bordo de um Shelby GT 500. Fotos? Ora, os seguranças abriram os seus guarda-chuvas para impedir fotos indiscretas dos "paparrazis" das revistas cor de rosa...


Enfim, aqui Agosto é Verão, e é no Verão é que se casa. E desejo felicidades aos pombinhos, e que os filhos que aí vêm sejam pilotos como o pai, e belos como a mãe...

Historieta da Formula 1: A via sacra de Thierry Boutsen

Sabia que o piloto belga Thierry Boutsen teve que pagar 750 mil dólares para se estrear na Formula 1 ao volante de um Arrows, no GP da Belgica de 1983. Mas não sabia daquilo que teve de passar até chegar lá. O meu amigo Rianov Albinov explicou isso na semana passada, no seu blog.


Entre 1980 e 1983, o simpático piloto belga, agora com 51 anos, testou carros de quatro marcas diferentes, enquanto fazia as suas corridas nas categorias de acesso, nomeadamente na Formula 3 e Formula 2 europeias. Em 1981 e 82, torna-se vice-campeão de Formula 2, a segunda das quais a bordo da equipa Spirit, que tinha motores Honda e aspirações para se estrear na categoria principal.

Mas nessa altura, os contactos com a Formula 1 sucediam-se. Primeiro com a McLaren, depois com a Brabham, no final de 1981, depois com a March, ainda nesse ano, e em 1982, novo teste com a McLaren e com a March, mas em 1983, esta equipa decide não participar no campeonato. Virou-se para a Spirit, mas esta só entraria a meio do ano, e com o seu companheiro Stefan Johansson ao volante.

Com isso tudo, o belga foi à luta: arranjou 750 mil dólares de patrocinadores locais, apresentou-se à Arrows, e eles aceitaram. Estreou-se no GP da Belgica de 1983, e só saiu de lá dez anos depois, com três vitórias e uma excelente carreira que incluiram passagens pela Benetton, Williams, Ligier e Jordan. Hoje, depois de se retirar do automobilismo, gere uma empresa de aviação e toma conta de uma equipa de Formula Renault.

Extra Campeonato: Vanessa de prata

Amiguinhos: valeu a pena ter ficado acordado até às cinco da manhã, para ver a nossa primeira medalha nestes Jogos Olimpicos de Pequim. Não é de ouro, mas é de prata. E medalha é medalha!


Foi engraçado ver uma prova destas como o triatlo. Sabia que tinhamos uma excelente atleta, a Vanessa Fernandes, mas também sabia que havia excelentes rivais, como a australiana Emma Snowsil, que essa sim, estava obrigada a ganhar a medalha de ouro, porque a Australia, uma potência da modalidade, nunca tinha ganho uma medalha nesta modalidade, em Jogos Olimpicos. E depois de uma etapa de natção e de ciclismo muito táticas, Snowsil aproveitou a transição para a corrida para desferir um ataque decisivo, sabendo que a Vanessa era boa nesta parte. E conseguiu.


Parabéns Vanessa! Deste o teu melhor, e perdeste perante a tua rival. Mas tens pelo menos mais três Jogos Olimpicos à tua frente, e se fores como o teu pai, ainda te verei a competir aos 40 anos...

domingo, 17 de agosto de 2008

A capa do Autosport desta semana

No dia em que Pedro Lamy conquista uma importante vitória ao volante do seu Peugeot oficial, nos 1000 km de Nurburgring, é mais do que obvio que terisa de ser capa da edição desta semana do jornal Autosport. E o "Ouro para Lamy", não é inocente, pois na altura em que escrevo estas linhas, ainda não conquistamos qualquer medalha em Pequim...

Para além disso, fala-se da sétima vitória consecutiva de Sebastian Löeb no Rali da Alemanha, que o lançou para o comando do campeonato do Mundo de Ralies, e também de uma entrevista a Fernando Alonso, afirmando que "Posso ganhar sem ter o melhor carro". Só se for com muita sorte...

Le Mans Series - Nurburgring (Corrida)

Mais uma corrida, mais uma dobradinha da Peugeot. E aqui, quem ganhou desta vez foi o carro numero 8, de Pedro Lamy e Stephane Sarrazin, que levou a melhor sobre o outro Peugeot, de Marc Gené e Nicolas Minassian. Ambos deixaram os Audi a quase uma volta, e a lutar pelo terceiro lugar...

Foi uma corrida sem grande história. De inicio, o carro numero 7 esteve na frente, mas após duas horas de corrida, o carro de Lamy e Sarrazin levou a melhor, ganhando com um avanço de 16,1 segundos. O terceiro classificado foi o Audi R10 TDi numero 2, de Alexandre Premát e Mike Rockenfeller, a uma volta de distância. Depois do segundo Audi R10 TDi, de Rinaldo Capello e Alan McNish, veio o Lola Aston Martin de Jan Charouz e Stephan Mucke, no quinto posto, a seis voltas dos primeiros.

"Nurbrurgring sempre foi uma boa pista para mim, e agora tenho mais uma vitória no meu palmarés", afirmou Lamy em declarações captadas à Autosport inglesa.



Na categoria LMP2, o vencedor foi o Porsche RS Spyder dos holandeses Jos Verstappen e Michael Bleekmolen, que não deram hipóteses ao segundo Porsche, dos ingleses da Essex Team. O Lola da Quifel ASM Team, do português Miguel Pais do Amaral e Olivier Pla, dez uma corrida sem problemas eterminou na quinta posição da sua categoria, 12º na geral.

WRC - Rali da Alemanha (Final)

Era o inevitável: Pela setima vez consecutiva, Sebastien Löeb ganhou o Rali da Alemanha, prova em asfalto a contar para o Campeonato do Mundo WRC de Ralies.

Aliás, esta era uma vitória anunciada desde o primeiro dia da prova, tal foi o dominio dos Citroen no geral, de de Löeb em particular. E também se sabia que, caso saísse vencedor neste rali, ele seria o novo lider do Mundial, já que tinha um ponto de desvantagem em relação ao então lider, o Ford Focus WRC do finlandês Mirko Hirvonnen, que neste rali foi o quarto da geral.


O seu companheiro de equipa, Daniel Sordo, conseguiu o seu melhor resultado do ano, ao ser segundo classificado, a 47,7 segundos do seu companheiro de equipa. No lugar mais baixo do pódio ficou o belga Francois Duval, que conseguiu também o melhor resultado do ano para ele e para a Ford Stobart, batendo Hirvonnen. O norueguês Peter Solberg garantiu o quinto posto, mas ficou demonstrado que o novo Subaru Impreza ainda tem muito que evoluir até que se possa intrometer com os Ford e com os Citroën nos ralis de asfalto.

Quem fez um rali para esquecer foi, pela segunda vez consecutiva, o finlandês Jari-Mari Latvala. O seu estilo um pouco exagerado valeu-lhe um despiste, numa das classificativas de ontem, e no final, ficou no nono lugar da geral, a mais de seis minutos do vencedor. Definitivamente, precisa de mais uns puxões de orelhas e mais algum tempo de aprendizagem...