sábado, 27 de janeiro de 2024

WRC 2024 - Rali de Monte Carlo (Dia 3)


O belga Thierry Neuville e o francês Sebastien Ogier lutam metro a metro, classificativa a classificativa, pela liderança do Rali de Monte Carlo. O belga tem uma vantagem de 3,3 sobre o francês, enquanto Elfyn Evans está mais distante, a 34,9 segundos. E os três estão muito, mas muito distantes de Ott Tanak, o quarto classificado, pois está a 1.46,9 do líder da corrida. 

Com seis especiais neste sábado, o dia ia ter duas passagens por Esparron/Oze, Les Nonières/Chichilianne e Pellafol/Agnières-en-Dévoluy. E este dia começou com Neuville ao ataque, ganhando na primeira passagem por Esparron/Oze, 9,6 segundos na frente de Elfyn Evans e 14,2 sobre Gregoire Munster. Com isto, o belga subiu para segundo, e aproximava-se do piloto galês da Toyota. "Estou bem acordado, foi bom, consegui uma corrida decente", disse o belga da Hyundai. 

Andreas Mikkelsen acabou por sair fora da estrada, perdendo tempo.   

Ogier reagiu na especial seguinte, ganhando-a, com 2,1 segundos de vantagem sobre Neuville. Contudo, Evans perdeu 9,5 segundos e com isso, o piloto da Hyundai conseguiu o comando do rali.  

No final, Neuville estava satisfeito: "Para nós foi perfeição", afirmou. Ogier alinhou no mesmo diapasão: "Fizemos uma boa etapa, temos de fazer melhor amanhã", comentou. No final da manhã, Neuwille voltou a ganhar, empatado com... Tanak, com Ogier a perder 2,6 segundos e Evans 4,2. Oliver Solberg furou duas vezes na especial e perdeu tempo. 

"Não há risco, mas às vezes não consigo entender bem as notas e hesito, então perco um pouco de tempo. É uma nova etapa, então isso explica em parte.", disse Neuville, o novo líder. 

A parte da tarde começou com Sebastien Ogier a atacar, ganhando na segunda passagem por Esparron/Oze, com Neuville a 5,5 segundos e Tanak a 13,9, empatados com Takamoto Katsuta. Evans perdia mais 16,9 segundos, era sexto na especial e atrasava-se na terceira posição. Gregoire Munster sofria uma saída de estrada e ficava pelo caminho no seu Ford. 

"Bom começo. Mas faltam mais duas [especiais]. Tivemos que correr algum risco nos pneus", disse o piloto francês.

E foi assim: Ogier atacou e ganhou na segunda passagem por Les Nonières/Chichilianne, ganhando três segundos sobre Neuville, 7,6 sobre Evans e 12,8 sobre Tanak. O francês passava à frente, 0,8 segundos mais rápido que o belga da Hyundai, mas no final do dia, na segunda passagem por Pellafol/Agnières-en-Dévoluy, Neuville atacou e ganhou 4,1 segundos sobre Ogier, com Tanak a ser terceiro, a 10,1.   

No final do dia, depois dos quatro primeiros classificados, Adrien Formaux é o quinto e o melhor dos Ford, a 2.54,0, seguido por Andreas Mikkelsen, a 4.21,2. Sétimo é Takamoto Katsuta, a 7.34,0, na frente do melhor dos Rally2, o carro de Nikolay Gryazin, a 8.55,7. Ele está separado por... 0,2 segundos do carro de Pepe Lopez, enquanto a fechar os pontos está o Citroen C3 Rally2 de Yohan Rossel, a 9.02,6. 

O rali de Monte Carlo termina no domingo com a realização das últimas três especiais. 

Youtube Formula 1 Vídeo: McLaren, 1971, BBC 1

Descobri isto por acaso, algures no Youtube: uma reportagem de 1971, da BBC1, sobre os bastidores da McLaren nas vésperas do GP da Grã-Bretanha, que naquele ano ia acontecer em Silverstone. Ao longo da reportagem, que acontece em Surbiton, nos arredores de Londres, a jornalista Annie Nightingale entrevista algumas das personagens importantes da equipa, e uma visita no interior da oficina. 

Aqui falam o então diretor técnico, Phil Kerr, o projetista Gordon Coppuck - que projetaria o M19 e o M23 - e o piloto Phil Gethin, que, ironicamente, estava a fazer a sua penúltima corrida pela equipa. Depois foi para a BRM, onde ganhou o GP de Itália, cerca de dois meses depois. 

O programa chama-se "Before the Event" (Antes do Acontecimento) e acabaria por ser transmitida em março de 1972. Nightingale acabaria por fazer nome na BBC como apresentadora... de rádio, que esteve em diversos programas durante 53 anos na cadeia pública britânica. 

Nightingale morreu no passado dia 11 de janeiro, aos 83 anos.   

Formula E: Nick Cassidy triunfou na segunda corrida da Arábia Saudita


O neozelandês Nick Cassidy triunfou na segunda corrida em Ad Diriyah, que aconteceu neste sábado. O piloto da Jaguar foi melhor que Robin Frijns, piloto da Envision Racing, e o piloto da Nissan, Oliver Rowland, que tinha feito a pole-position horas antes. Numa corrida marcada pela ausência de Sebastien Buemi, acidentado na qualificação, António Félix da Costa largou de último e não conseguiu melhor que o 14º posto final. 

Segunda corrida à noite, nos arredores da capital saudita, ela começou algo confusa, com Frijns a passar para a liderança do pelotão, seguido de Rowland e Cassidy, depois do mau arranque do britânico da Nissan. Atrás, Dan Ticktum tinha de trocar a sua frente, danificada nos toques da partida. 

A partir daqui foi um duelo a três, começando logo nas primeiras passagens pelo Attack Mode, primeiro Rowland, na volta 6, seguido por Frijns e Cassidy, o último dos da frente a ativar, na volta 6. O piloto da Nissan Formula E Team passou pela segunda e última ativação de Attack Mode logo de seguida ao primeiro, perdendo o terceiro posto para o DS de Stoffel Vandoorne. Frijns passou novamente pela zona de ativação na volta 8, mantendo o lugar. 

As coisas ansawam assim antes do final da primeira metade da corrida quando Pascal Wehrlein toca em Sérgio Sette Câmara na saída da curva 1, com o piloto brasileiro incapaz de evitar o toque entre ambos os carros. Se o alemão da Porsche seguiu em frente, aparetemente sem grandes estragos, já o brasileiro da ERT perdeu, pouco depois, algumas posições na classificação.

Na volta 23, Sam Bird tocou no muro e acabou por desistir por causa dos danos causados na suspensão, enquanto no duelo entre Wehrlein e Vergne, o melhor acabou por ser o piloto da Porsche, na luta pelo sétimo posto. Cinco voltas depois, nova desistência: Jehan Daruvala, piloto da Maserati, desistiu com problemas no monolugar.

Na parte final, Nick Cassidy não claudicou e manteve a liderança, apesar de Robin Frijns ter conseguido ganhar algum terreno e Oliver Rowland perdeu um pouco o contacto com os dois adversários à sua frente. Contudo, tinha ritmo para conseguir garantir o pódio e foi assim que aconteceu.

No campeonato, Cassidy lidera com 57 pontos, seguido por Wehrlein, com 38, e Vergne, com 33. A Formula E volta a correr a 16 de março, nas ruas de São Paulo. 

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

A(s) image(ns) do dia




A McLaren começara bem a temporada de 1974, com uma vitória, mas não tinha sido com a sua grande aquisição, o brasileiro Emerson Fittipaldi. Ao contrário, tinha sido o seu fiel companheiro, o neozelandês Dennis Hulme, o campeão de 1967, e basicamente a cola que manteve unida a equipa quando quase quatro anos antes, o seu fundador,. Bruce McLaren, sofreu um acidente fatal quanto testava em Goodwood um carro de Can-Am.

Quando a Formula 1 chegava a Interlagos, duas semanas depois de terem corrido em Buenos Aires, as expectativas eram altas: Emerson tinha ganho ali no ano anterior, com o Lotus, e esperavam que fizesse o mesmo, agora que o M23 começava a ser um carro mais fiável. E claro, aquela pista estava cheia de espectadores quando a 26 de janeiro, acontecia o GP do Brasil, segunda corrida do ano.

E estava calor. Muito calor. 

Para refrescar os ânimos, o corpo de Bombeiros mandava os seus carros para a reta da meta e refrescar os espectadores que estavam ali desde o inicio do dia, vendo se eles se acalmavam, evitando qualquer insolação pelo caminho. E claro, no meio disso tudo, viam os carros a serem preparados. Mas mesmo assim, com os bombeiros a espalhar água nas pessoas, os ânimos não se arrefeceram. Bem pelo contrário: as garrafas de cerveja vazias foram atiradas para o asfalto e os bombeiros tiveram de limpá-lo para evitar que esses cacos não furassem nenhum pneu.  

Emerson tivera problemas e atrasou-se em Buenos Aires, terminando fora dos pontos. Esperava que o seu carro estivesse melhor desta vez, e para mostrar ao que vinha, conseguiu a pole-position, batendo por pouco o argentino Carlos Reutemann e o Ferrari de um surpreendente Niki Lauda

O dia da corrida ainda tinha mais algumas confusões na manga. Primeiro, o motor do Iso-Marlboro de Arturo Merzário explodiu, tendo de correr com o carro de reserva, e quando todos ainda se ajustavam na grelha, a bandeira foi mostrada e muitos foram apanhados ainda parados na grelha! Reutemann aproveitou bem e ficou com o comando, com Ronnie Peterson, no seu Lotus, logo atrás. Contudo, o argentino começou a ter problemas com os pneus e atrasou-se. Emerson, que tinha sido superado por estes dois pilotos, começou a instalar-se atrás de Peterson e começou a segui-lo, esperando que ele cedesse. 

E foi o que aconteceu: na volta 16, o sueco da Lotus teve um furo lento - provavelmente, um dos cacos deixados na pista - e acabou nas boxes, perdendo uma volta. Fittipaldi tinha a corrida na mão, com o belga Jacky Ickx atrás, pressionado por Clay Regazzoni. Mas agora entrava outro fator que faria de Interlagos famoso no futuro: a chuva. Quando acontecia a volta 32, começou a cair uma bátega de água, típica do verão paulista, e a organização decidiu que o melhor era mostrar a bandeira vermelha. A oito voltas da meta, a corrida acabava ali, e o brasileiro ganhava em Interlagos pela segunda vez, a primeira pela McLaren. 

Ninguém sabia, mas era ali que começava a sua caminhada para o título. E claro, a primeira vitória pela sua nova equipa. Emerson iria conseguir mais dois pódios na sua carreira, incluindo uma com a sua amada Copersucar-Fittipaldi, mas não iria mais triunfar na sua terra natal com um carro de Formula 1.    

Formula E: Dennis foi o melhor em Ad Diyriah



O britânico Jake Dennis foi o melhor na primeira corrida da Formula E em Ad Diyriah, na Arábia Saudita, que aconteceu esta tarde. O piloto da Andretti superou Jean-Eric Vergne, no seu DS Penske, enquanto Mitch Evans ficou com o lugar mais baixo do pódio. Quanto a António Félix da Costa, o seu desempenho foi discreto e acabou na 16ª posição, fora dos pontos.

Na primeira de duas corridas noturnas nos arredores da capital saudita, Evans e Vergne partilhavam a grelha por causa do resultado na qualificação, com Sérgio Sette Câmara e Jake Dennis na segunda fila.

Quando os semáforos se desligaram, Vergne partiu bem e tentou deixar Evans para trás, mas Dennis e Sette Câmara ameaçaram ficar com os seus lugares. AS coisas ficaram assim até à quarta volta, quando Vergne foi o primeiro a ir ao Attack Mode, caindo para terceiro. Evans foi ao Attack Mode na volta seguinte e acabou por ser apertado contra o muro por Vergne, que passou para a frente do piloto da Jaguar. Dennis ganhou algum tempo a Vergne, mas preferiu ficar mais uma volta na liderança da corrida.

O francês não esperou muito e foi pela segunda vez ao Attack Mode na volta 7, caindo para o terceiro lugar. Dennis e Evans estavam na sua frente, e quem fez a melhor operação foi Dennis, que fez a segunda ativação, sem perder o lugar, uma jogada importante nesta fase da corrida. 

Na volta 12, Evans forçou a ultrapassagem ao piloto da DS para conseguir subir ao segundo lugar. Este aproximou-se de Dennis e começou o ataque ao campeão em título, enquanto Vergne ia ficando mais para trás, numa fase mais conservadora da sua estratégia de corrida. Na volta 14, o neozelandês tentou repetir a ultrapassagem que fez a Vergne, mas desta vez, não conseguiu. Para piorar as coisas, ia perdendo o lugar para Vergne, que com uma travagem muito tardia, quase o fazia perder o controlo do seu carro.

A meio da corrida, as coisas estabilizaram, com Dennis na frente, e os pilotos mantinham-se mais ou menos nas mesmas posições, sem grandes manobras, numa corrida algo morna. Atrás, a primeira desistência, quando Sacha Fenestraz parou o seu carro. 


A parte final foi de agitação. Primeiro, Nick Cassidy subiu a terceiro, mas quando passou ao Attack Mode, cedeu para Evans, num jogo de equipa da Jaguar. Dennis estava na frente, controlando um Vergne que por sua vez via aproximar os Jaguar, ameaçando o seu lugar. E a duas voltas do final, Evans atacou Vergne, que estava mais lento que a concorrência, e tentou tudo para passar o piloto da DS, mas voltou a exagerar e caiu para quinto, com Cassidy a aproveitar e a ganhar um lugar no pódio, seguido de Sam Bird. 

Wehrlein foi o oitavo, suficiente para ficar na frente com 32 pontos, contra os 30 de Cassidy e os 28 de Cassidy. A segunda corrida em Ad Diyriah acontecerá no sábado, à mesma hora.

WRC 2024 - Rali de Monte Carlo (Dia 2)


O galês Elfyn Evans continua a liderar o rali de Monte Carlos, mas agora tem 4,5 segundos de vantagem sobre Sebastien Ogier, enquanto Thierry Neuville é agora o terceiro, a 16,1 segundos, na frente de Ott Tanak, já a uns distantes 1.13,6, apenas dependendo dos maus ralis dos pilotos à sua frente para poder ter uma chance de vitória, quanto mais de pódio.

O segundo dia começava com um aviso logo na primeira especial do dia: gelo na estrada. Apesar disso, três dos principais pilotos acabaram por cair, entre eles Takamoto Katsuta, Ott Tanak e Gregoire Munster. O japonês perdeu cinco minutos e meio e ficou fora do "top ten", enquanto Tanak "apenas desperdiçou 41,6. Munster, por seu turno, demorou 1.01,6 minutos para os da frente. 


Foi um erro meu. Tão estúpido. É muito mau, na verdade. Vou tentar terminar os troços e vamos ver o que consigo fazer”, sentenciou Takamoto. Apesar dos erros, o problema era como iriam reagir quando chegassem à área assinalada. Se uns passaram sem problemas, outros... deu no que deu.

Neuville acabou por ser o triunfador, 5,3 segundos na frente de Evans e 6,6 de Ogier. "Foi realmente complicado. Quando você está no gelo, a aderência é zero. Eu tive um ritmo decente. Tentei fazer o máximo que pude. Vamos ver. Temos que trabalhar um pouco no carro para me dar mais confiança.", disse o belga, no final da especial.

Na quarta especial, primeira passagem por Champcella/Saint-Clément, Ogier passou ao ataque e acabou com vencedor, um segundo na frente de Evans e 1,8 sobre Tanak. "No final das contas, está mais sujo e com mais sujidade na estrada. Cometi um erro esta manhã, então fiz uma corrida constante para ficar limpo. Mas fiquei mais feliz com o carro.", disse o francês, no final da especial.

Mas Neuville perdeu 10 segundos e deixou escapar Evans. "Não aço ideia! Acabei de perder a traseira. Não há motivo. Não tenho ideia. Ele apenas girou para a esquerda muito lentamente; deve ter havido algum cascalho ou algo que não tinha nas minhas anotações. Foi uma grande surpresa para mim.", comentou. 


No final da manhã, na primeira passagem por La Bréole/Selonnet, Ogier voltou a triunfar, e nesta ocasião conseguiu recuperar 11,2 segundos a Evans e 11,8 sobre o Ford de Adrien Formaux. Suficiente para ficar com o segundo lugar a Neuville. "Parece que ainda estou vivo. Estava lutando até agora! Estou tendo uma semana difícil, mas tento o meu melhor.", disse o francês da Toyota.

A parte da tarde começou com Neuville ao ataque, mas ganhou apenas 1,6 segundos a Ogier e 2,6 a Evans. O belga continuou ao ataque na especial seguinte, vencendo-a, 3,5 segundos na frente de Ogier e 4,6 sobre Evans. E no final do dia, o francês partiu ao ataque, acabando por ganhar, e recuperar 2,9 segundos sobre Neuville e 4,1 sobre Evans. 

No final, apesar de se queixar das dificuldades inicias, Ogier estava satisfeito. "Complicado,[com] muita lama. Foi um início de corrida difícil, mas estou feliz por estar muito perto [da liderança] agora. Amanhã será divertido."  

Depois dos quatro primeiros, Adrien Formaux, o melhor dos Ford, é o quinto, a 1.38,0, na frente de Andreas Mikkelsen, a 2.58,9, no seu Hyundai. Gregoire Munster, noutro Ford, é o sétimo, a 3.27,1, na frente do russo Nikolay Gryazin, o melhor dos Rally2, no seu Citroen C3 Rally2, a 5.18,9. A fechar o "top ten" estão o espanhol Pepe Lopez, a 5.20,2 no seu Skoda Fabia Rally2, e o francês Yohan Rossel, em Citroen, a 5.25,1.

O rali de Monte Carlo prossegue amanhã, com a realização de mais seis especiais.   

Formula E: Vergne consegue a pole para a primeira corrida saudita


O francês Jean-Eric Vergne conseguiu a sua primeira pole da temporada a bordo do seu DS para a primeira corrida em Diyriah, na Arábia Saudita. Ele conseguiu bater o carro de Mitch Evans, na final, depois de ter conseguido superar o brasileiro Sério Sette Câmara na meia-final. Quanto a António Félix da Costa, ficou-se na fase de grupos, com apenas o 17º tempo. 

Com a qualificação dividida em dois grupos, no primeiro, que tinha pilotos como Jake Dennis, Mitch Evans, Pascal Wehrlein, Robin Frijns, Nick Cassidy, Oliver Rowland, entre outros. No final, Cassidy foi o melhor, seguido por Dennis, Wehrlein e Ewans. As duplas da ABT Cupra e da Mahindra, incluindo Lucas di Grassi, Frijns, Rowland e Hughes ficaram de fora da fase a eliminar.

No grupo 2, estavam Max Gunther, Norman Nato, Sergio Sette Câmara, António Félix da Costa, Stoffel Vandoorne, Sebastien Buemi, Jean-Eric Vergne, entre outros. De forma surpreendente, se Vergne passou com facilidade na primeira posição, o segundo tempo de Sergio Sette Câmara, na ERT era anormal. Gunther e Nato seguiram-os, o que não poderá dizer de Félix da Costa, que ficou a meio segundo do tempo de passagem para a fase seguinte, assim fazendo companhia a Buemi, por exemplo.

No quartos de final, Wehrlein, o vencedor no México, foi surpreendentemente eliminado por Jake Dennis, enquanto Sette Câmara continuou a surpreender tudo e todos, conseguindo bater Max Gunther. Por fim, no duelo entre franceses, Norman Nato contra Jean-Eric Vergne, o piloto da DS levou a melhor. 

Para as meias finais, o primeiro duelo era entre Jake Dennis e Mitch Evans, com o neozelandês a levar a melhor, por meros 33 centésimos de segundo, enquanto entre Vergne e Sette Câmara, o piloto da DS conseguiu ser o mais rápido. E a mesma coisa aconteceu na final, com o tempo de 1.12,062.

A corrida acontecerá pelas 17 horas de Lisboa.    

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

WRC 2024 - Rali de Monte Carlo (Dia 1)


Elfyn Evans é o primeiro líder do rali de Monte Carlo, cumpridas que estão as duas primeira especiais do dia, cumpridas na noite desta quinta-feira. O piloto da Toyota tem uma vantagem de 15,1 segundos sobre o Hyundai de Thierry Neuville e 21,6 sobre o Toyota de Sebastien Ogier

Com o rali a começar na região de Sisteron, mas sem neve e com pouco gelo, as estradas estavam cheias de entusiastas que seguiam o rali, ao ponto em que a segunda especial ter sido atrasada por causa do comportamento dos espectadores na beira da estrada. Em Thoard/Saint-Geniez, o rali começou com Evans a arrancar uma grande vitória, 5,2 segundos na frente de Ott Tanak. Thierry Neuville acabou com o terceiro melhor tempo, a 8,2, na frente de Sebastien Ogier, a 9,8 e de Adrien Formaux, a 16,2.

No final, os pilotos queixavam-se do asfalto estar muito aderente - Evans afirmou: "A aderência é muito grande, então eu não tinha certeza se tinha usado o suficiente. Está complicado."

Com a segunda especial, em Bayons/Bréziers, Evans voltou a ganhar, agora com 6,8 segundos sobre Thierry Neuville, 11,8 sobre Sebatien Ogier e 17,6 sobre Ott Tanak. “É realmente difícil avaliar a rapidez com que iremos. Vamos esperar e ver como os outros se saíram.”, disse Ogier, no final.

Depois dos três primeiros, Ott Tanak é o quarto, a 22,8 segundos, seguido de Adrien Formaux, o melhor dos Ford, a 39 segundos. Sexto é Takamoto Katsuta, a 46,3, muito na frente de Gregoire Munster, a 1.06,0, na frente de Andreas Mikkelsen, a 1.08,8. Pepe Lopez é o nono e o melhor dos Rally2, a 1.36,5 e a fechar o "top ten", o russo Nikolay Gryazin, a 1.50,7.

O rali de Monte Carlo prossegue na sexta-feira, com a realização de seis especiais.   

A imagem do dia


Alain Prost retirou-se, oficialmente, no final de 1993, depois de uma temporada pela Williams. A sua última corrida foi o GP da Austrália desse ano, onde acabou na segunda posição, atrás do vencedor, o brasileiro Ayrton Senna, no seu McLaren.

Contudo, nos dois anos seguintes, ele não deixou de andar num carro de Formula 1. E pedidos para deixar a retirada para trás e regressar ao volante de modo competitivo, existiram. E um dos que puxou muito para esse regresso foi... Ron Dennis.

No final de 1993, a McLaren, depois de flertar com a Lamborghini, decidiu que iria ficar com a Peugeot porque o negócio era semelhante com a Honda: o fornecimento de motores era de graça. A marca francesa, que tinha ganho tudo e todos num campeonato de Endurance que estava em vias de colapso, queria ir para um lugar mais competitivo. A Formula 1 era o lugar ideal, e Jean Todt, então o diretor da Peugeot Sport, até tentou vender a equipa de uma equipa completa, com chassis e motor, como fiera para os ralis, o Dakar e a Endurance. Isso falhou e Todt foi-se embora, substituído pelo ex-piloto Jean-Pierre Jabouille, o homem que em 1979, dera à Renault a sua primeira vitória de um carro com motor Turbo. 

Jabouille, que era licenciado em engenharia, esperava ter um motor potente e fiável, e ter alguém como Prost seria uma boa chance. Os seus conhecimentos técnicos seriam valiosos, mas Dennis queria algo mais: que desse com a palavra atrás e regressasse à competição. Então com 39 anos, ele acreditava que ainda seria útil. E claro, com o numero 1 no carro, melhor ainda. Logo depois do GP de Portugal, no Estoril, Dennis deu-lhe uma proposta para correr em ele em 1994. E ele disse que seria capa de topar... se o carro fosse bom. 

E tinha outra vantagem: a Peugeot queria um piloto francês no seu alinhamento. Alain Prost de regresso? Seria a bomba do ano! Mas Prost, mentalmente, não queria regressar, apesar do bom contrato. A ideia era de anunciar depois dos testes no Estoril, a meio de janeiro. Ele tinha três dias para experimentar o carro, um MP4/8 modificado, mas após dia e meio, disse que o carro não era bom e o contrato ficaria sem efeito. 

O que deixou com outro problema: o piloto. A Peugeot continuaria a querer um francês na mesma, e tinham incluindo Philippe Alliot, ex-Larrousse e ex-Ligier, como piloto de testes, mas aos 40 anos, não tinha a fama de bom piloto (tendência para acidentes), e Dennis queria alguém melhor e mais fiável. Pensou - e conseguiu - Martin Brundle, para descontentamento da marca francesa. E ao longo da temporada, o motor não cumpriu aquilo que julgavam que iriam conseguir ter: nenhuma vitória, pole ou volta mais rápida, apesar de oito pódios, com os melhores resultados a serem um segundo lugar com Brundle no Mónaco, e outro segundo, para Mika Hakkinen, na Bélgica. Curiosamente, depois de ter sido afastado por uma corrida na Hungria, dando o lugar para Alliot. Como Dennis esperava, a sua corrida em Budapeste foi discreta e ela acabou na volta 21, com um problema na bomba de água.

Aliás, as relações atingiram um ponto baixo quando na volta de aquecimento, o motor que estava dentro do carro de Brundle simplesmente... explodiu. Nem um metro andou!  

No total, apenas 42 pontos foram alcançados. E no ano a seguir, trocaram pela Mercedes, e conseguiram Nigel Mansell como piloto. Prost não regressou à competição, mas continuou a ajudar a McLaren como piloto de testes e conselheiro. Só saiu da órbita quando em 1996, comprou a Ligier e se tornou dono de equipa... com motores Peugeot.         

Formula E: Felix da Costa ruma à Arábia Saudita para levantar a moral


Sem poder pontuar na ronda anterior, na Cidade do México, numa corrida ganha pelo seu companheiro de equipa, Pascal Wehrlein, António Félix da Costa já está em Riade, pronto para um importante fim-de-semana na competição elétrica, onde quer vingar o mau resultado da corrida anterior e lutar pelos lugares de pódio.

Para o piloto português, correr numa pista onde já venceu no passado, ele sabe que tem no seu monolugar Porsche 99X Electric GEN 3 uma arma forte para ser competitivo. E a palavra de ordem será uma: atacar. 

"Sabemos que temos um bom carro e identificámos as falhas que nos afetaram no México, portanto estou motivado e confiante de que ou estar competitivo. Obviamente o nível da Fórmula E está muito elevado, com vários pilotos e equipas muito fortes, portanto temos de ser rápidos na qualificação, para desde logo garantir que estamos em boa posição para na corrida lutar por um pódio! Esta é a mentalidade, ataque e motivação!", afirmou.

O fim de semana saudita terá duas corridas, uma na... sexta-feira e outra no sábado. No primeiro dia, a partir das 12h10, hora de Lisboa, pode acompanhar a qualificação no canal Eleven 1, com a corrida a ter inicio às 17 horas, com transmissão em direto a partir das 16:30, tanto na Eleven 1 como no Eurosport 1. No Sábado, a dose repete-se, com nova qualificação, sempre às 12:10, desta vez na Eleven 3. A corrida começa às 17 horas, novamente transmitida em direto a partir das 16:30 quer na Eleven 3, quer na Eurosport 1.

Noticias: Ferrari renovou com Charles Leclerc


A Ferrari anunciou esta quinta-feira que renovou o contrato com Charles Leclerc por mais algumas temporadas. Embora não se saiba totalmente a sua duração, no passado mês de dezembro, o jornal "Gazzetta Dello Sport" noticiou que o novo contrato entre o piloto monegasco e a Ferrari deveria ter como duração o final da temporada de 2029, passando o piloto a auferir o dobro do salário, dos atuais 25 milhões de Euros anuais para os 50, o que faria dele um dos três pilotos mais bem pagos do paddock, atrás apenas de Max Verstappen (Red Bull) e Lewis Hamilton (Mercedes).

Frédéric Vasseur, chefe de equipa da Ferrari, salientou que a ligação entre Leclerc e Ferrari é muito mais forte que a de um piloto com uma equipa. 

“[Leclerc] faz parte da família Ferrari há oito anos, remontando a uma época anterior à primeira vez que ostentou o emblema com o ‘Cavallino Rampante’ no seu fato de corrida. Os seus valores e os da nossa equipa estão interligados e, por isso, era natural que estivéssemos de acordo em prolongar a nossa colaboração. Conhecemo-lo pelo seu desejo incessante de ir até ao limite e apreciamos as suas extraordinárias capacidades quando se trata de lutar e ultrapassar numa corrida”. começou por afirmar.

“[Todos estão] determinados em dar ao Charles um carro vencedor e sei que a sua determinação e empenho são elementos que podem fazer a diferença para nos ajudar a atingir os nossos objetivos”, concluiu.

Aos 26 anos de idade, Charles Leclerc é o segundo piloto com mais pole-positions ao serviço da Scuderia, igualado com Niki Lauda. Apenas Michael Schumacher está na frente, com 58. 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Formula 1: Segunda equipa da Red Bull tem novo nome


Foi esta tarde anunciado o nome da segunda equipa da Red Bull, que substituirá a Alpha Tauri, que por seu vez, substituiu a Toro Rosso. Se oficiosamente se chamam de Racing Bulls, oficialmente tem o nome de... Visa Cash App RB. O novo chassis e as novas cores serão apresentadas no dia 8 em Las Vegas, com a presença dos pilotos, o japonês Yuki Tsunoda e o australiano Daniel Ricciardo

É fantástico revelar a nova identidade e receber os novos parceiros, enquanto embarcamos na nova fase da história da equipe na Fórmula 1”, revelou o seu CEO, Peter Bayer.

Faenza [a sede da equipa] está a entrar numa nova era de corridas, mas mantendo-se honesta às próprias raízes, como casa de talentos. Agora, porém, com maior foco em competir pelos maiores prêmios da Formula 1. Temos uma visão ousada para a equipa, liderada por mim mesmo e pelo chefe de equipa Laurent Mekies, além de contar com parceiros concentrados no futuro, como a Visa e Cash App, junto connosco. É algo que anima muito”, adicionou.

É uma parceria inovadora e uma grande oportunidade de marca para a Visa: se envolver numa das comunidades desportivas que mais crescem no planeta”, começou por afirmar Frank Cooper, diretor de marketing da Visa. “Essa aliança ressoa de maneira forte, com a intenção da Visa de inspirar indivíduos a agirem, batalharem para dar pequenos passos e melhorarem a cada dia, durante cada corrida ou evento”, continuou.

A equipa Visa Cash App RB e a Cash App estão dedicadas a conectar pessoas e comunidades, e não há maior símbolo de unificação que o automobilismo. Com o crescimento contínuo da Formula 1 nos Estados Unidos, esse patrocínio nos permite a aprofundar nossa relação com os fãs da Formula 1 e aumentar o compromisso da Cash App em apoiar e fazer crescer a cultura de paixão pela Formula 1 nos Estados Unidos, enquanto oferecemos maior valor aos nossos clientes. Temos uma história de elevar talentos emergentes, e estamos ansiosos em patrocinar uma equipa conhecida por trazer e desenvolver talentos incríveis”, concluiu.

Este acordo, o primeiro grande patrocínio desportivo global da Visa em mais de 15 anos, estende-se a toda a equipa Visa Cash App RB, incluindo a parceria de título na entrada da equipa F1 Academy e na equipa Oracle Red Bull Racing. O logótipo da Visa estará presente de forma proeminente nos carros da Oracle Red Bull Racing e da Visa Cash App RB, bem como nas entradas da F1 Academy das respetivas equipas.

Rumor do Dia: Yamaha a caminho da Formula E?



A Yamaha é mais conhecida pelas suas motos do que pelos seus automóveis, apesar de uma participação na Formula 1 no final dos anos 80 até 1997, como fornecedora de motores a equipas como a Brabham, Tyrrell e Arrows. Desde então, e até agora, a Yamaha se concentrou principalmente em outras categorias do desporto motorizado, como motociclismo, competições de motos de água e outras atividades desportivas.

Contudo, isso pode mudar no futuro. Porque aparentemente, na Cidade do México, um grupo de emissários da marca japonesa esteve a assistir à primeira corrida da Formula E, para saber qual é a chance de entrar na competição elétrica. A ideia seria de assistir como são as coisas, e não seria uma visita única, porque poderão aproveitar a passagem da competição por Tóquio, no final de março, para saber mais sobre como funcionam as coisas, para assim poder saber se é wiáwel a sua entrada na competição. 

E quem seriam os seus parceiros? Lola e... Toyota. 

Segundo conta o site Electric Motor News, a Toyota, líder mundial no setor híbrido, tem um plano para apoiar a Yamaha no desenvolvimento do "powertrain", a fim de estar envolvida na Fórmula E de forma disfarçada. A Toyota e a Yamaha têm atualmente uma relação que abrange várias áreas, incluindo colaboração em setores automotivos e tecnológicos. A Lola, aparentemente, poderá fazer trabalhos discretos nos chassis, no sentido de o melhorar e manter. 

Resta saber se, caso decidam entrar, como o farão. Se arranjando uma equipa em dificuldades, ou pedir uma entrada direta, fazendo aumentar a grelha de partida da competição, que atualmente tem 22 carros. Construir chassis não é uma possibilidade, dado que esta é uma competição monomarca, com chassis a serem construídos pela Spark, as baterias pela Williams Adwanced Engeneering, com as marcas a desenvolverem os "powertains" de forma autónoma. 

A Formula E regressa à ação no fim de semana de 26 e 27 de janeiro, no circuito saudita de Ad Diyriah.  

WRC: Neuville quer ambos os títulos em 2024


Nas vésperas do Rali de Monte Carlo, Thierry Neuville entra na sua 11ª temporada ao serviço da Hyundai, ele que corre pela marca desde a sua chegada ao WRC. Só que com uma temporada onde Kalle Rovanpera estará em part-time, e a Toyota só deixa Elfyn Evans, e com o regresso de Ott Tanak e as mudanças feitas na equipa por parte de Cyril Abiteboul, o piloto belga de 35 anos sabe que terá uma temporada competitiva, onde as coisas serão complicadas para ele, na luta interna, e contra gente como a Toyota. 

Logo, apesar disto, ele está confiante que conseguirá ambos os títulos: os de pilotos e Construtores.   

Estou contente por poder continuar a minha jornada com a Hyundai na minha 11ª época com a equipa. Eles mostraram-me muita confiança e eu ajudei-os a desenvolver o carro nos últimos dois anos.", começou por afirmar no comunicado oficial de apresentação da equipa para 2024.

"Os nossos objectivos para 2024 são lutar pelos campeonatos de pilotos e de construtores, será naturalmente difícil e teremos de ter um bom desempenho em todos os ralis, mas faremos tudo o que pudermos para lutar pelos títulos. Temos uma equipa muito forte este ano, o que nos ajudará a lutar pelas vitórias e pelos pódios para termos uma época de sucesso. A reorganização da equipa também nos deve manter numa direção positiva. O primeiro passo para o conseguir é ter um bom desempenho em Monte Carlo.", continuou. 

"É um evento desafiante devido ao clima imprevisível e ao perfil variável da superfície, especialmente nas etapas noturnas. Já fomos competitivos lá no passado e sabemos o que é preciso para estar no pódio. Este ano vamos tentar obter o melhor resultado possível, que esperamos que seja na frente do pelotão”, concluiu Thierry Neuville.

O Rali de Monte Carlo começa amanhã e termina no domingo. 

Youtube Formula 1 Vídeo: As diferenças ente Hypercar e LMP1

Por estes dias descobri o canal de vídeo Formula Addict, que faz pequenos, mas excelentes vídeos sobre as diferenças de tempos entre chassis diferentes, ente equipas diferentes e entre... carros de categorias diferentes. E é isso que andarei a mostrar nestes próximos dias. 

Hoje, mostro a diferença entre dois Toyotas: o LMP1 de 2020 e o Hypercar de 2023. Creio que é bem interessante.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

A imagem do dia


Esta imagem é das vésperas do anuncio da corrida de Madrid no calendário da Formula 1. Encontrei na conta do Sérgio Milani, um dos narradores da WEC no Brasil - ao lado de Rodrigo Mattar e Felipe Meira - peguei nele e comentei o seguinte na ex-rede social do passarinho azul:

"Sabem qual será a grande ironia? A Formula 1 ir para as cidades, em circuitos semi-permanentes, e a Formula E ir para os circuitos permanentes. Não acreditam? Esperem mais uns anos e verão."

É evidente que a Formula 1 quer seguir uma pegada de neutralidade carbónica. Eles falam que até 90 por cento dos 110 mil espectadores que poderá acolher poderão ir até lá usando os transportes públicos - a rede de metro de Madrid tem mais de cem anos e é das melhores da Europa e do mundo - e o facto de a experiência de Las Wegas ter sido um êxito, irá puxar para que, no futuro, a Formula 1 tenha no calendário dois tipos de pistas: as que estão dentro de cidades, mas permanentes, como Imola ou Loasil, no Qatar, e pistas de rua, desde o Mónaco, Singapura, até Jeddah, na Arábia Saudita, ou as americanas, como Miami e claro, Vegas.

Ao ver o desenho, faz lembrar Adelaide, na Austrália, e claro, Miami. Mas a aposta da Liberty Media é muito recente, é uma tendência que tem poucos anos. Algumas das pistas estão agora a passar pelos síndromas do "segundo e terceiro anos", ou seja, passado o efeito novidade, onde os preços ficam estratosféricos e todos querem vir aqui, as bancadas ficam com menos de metade da capacidade e os preços tendem a cair bastante, para atrair gente. Foi o que aconteceu com Miami e a própria Las Vegas.

Em contraste, a Formula E, que tinha com objetivo correr nos centros das cidades, decide expandir e ir para as pistas permanentes. No ano passado, foi a Portland, nos Estados Unidos, e com a aposta nos recarregamentos, a acontecer em... Misano, em Itália - uma pista permanente - com eles a apostarem nisso para dar maior emoção às corridas, e com o Gen4 a aparecer, em principio, em 2026, não ficaria admirado se eles aproveitarem as pistas de Grau 1 da FIA para irem correr em fins de semana duplos. Algumas pistas, especialmente na Europa, poderão estar a espreitar essa competição para os acolher. 

Poderá ser esse um vislumbre do futuro? Depende da tecnologia. E ainda acho que a competição elétrica ainda é muito pequena e muito nova para competir com os mais velhos. 

O que dará esta aposta da Liberty Media? Há algo que fica evidente. A primeira, é que querem arrecadar já em 2024 até três mil milhões de dólares de receitas, quase o dobro dos 1,8 mil milhões que a Formula 1 arrecadava quando comprou e Bernie Ecclestone e a FOM, em 2017. E no caso da "capital do pecado": com controlo total de todos os aspetos da organização, desde a construção até à bilheteira, passando pelo Paddock Club, onde os bilhetes para os muito ricos custam um mínimo de 10 mil dólares - o equivalente de um Dacia básico ou um Mercedes em segunda mão - e ali, a Liberty poderá ganhar algumas dezenas de milhões de dólares. Se replicarem essa formula a outros lugares, esse objetivo poderá estar mais perto. 

E claro, falta o elefante na sala. E Barcelona? Tudo indica que poderá cair. Mas a Liberty poderá pensar seriamente na ideia de uma segunda corrida em Espanha, como aconteceu não há muito tempo, com Valência, também uma pista semi-permanente num lugar da cidade. O governo da Catalunha está disposta a ficar com a corrida, mesmo depois do contrato acabar, em 2025. Palco do GP de Espanha desde 1991, altura em que a pista de Montmeló foi construída, nos últimos anos tem windo a ser criticada por ser uma pista aborrecida, e para piorar as coisas, a sua localização, a mais de 35 quilómetros do centro da cidade, e os seus acessos insuficientes - uma auto-estrada e pouco mais - não tem vindo a ajudar a reunir e escoar os mais de 80 mil espectadores que vão assistir à corrida todos os anos, por alturas de maio. Ter uma pista no meio da capital espanhola poderá ser bom, mas numa nação federal como aquela, os catalães poderão ver isto como uma apropriação do "poder central" e uma "facada" nas autonomias.  

A combinação é interessante e poderá ser uma porta para um futuro a médio prazo. O problema é que quem sai a perder serão as pistas tradicionais, na Europa, e que se situam "no meio de nenhures". Ou seja, um Magny Cours, nos dias do futuro, não mais irá acontecer. Não se tiver uma auto-estrada, uma linha férrea de alta velocidade, um aeroporto internacional e todos os hotéis de cadeias internacionais a menos de um quilómetro da pista. Pode ser uma combinação para a Arábia Saudita e num dos seus projetos "faraónicos".      

Formula E: Apresentado o traçado de Xangai


A Formula E regressa à China depois de quatro anos de ausência, na pista de Xangai. E aproveitando a tendência, a competição correrá numa versão do circuito permanente, em vez de correr numa corrida de rua, acompanhando Misano nas estreias do calendário. E como o autódromo Hermanos Rodriguez, no México, e o Mónaco, a pista faz parte do campeonato do mundo de Formula 1. 

A versão para a competição elétrica terá cerca de 2900 metros, e a diferença é a partir da curva 9, seguindo-se uma chicane estreita antes dos carros virarem novamente à direita, rumo à reta da meta. É chamado de "Motorcycle West Long". 

Jeff Dodds, CEO da Fórmula E, afirmou: "É uma honra especial para a Fórmula E correr em Xangai pela primeira vez no próximo mês de maio. Estaremos comemorar o décimo aniversário como a primeira competição totalmente elétrica, continuando a ultrapassar limites e competir em Xangai, um novo local para nós na China, que é líder global no desenvolvimento e adoção de veículos elétricos." começou por afirmar.

Embora a corrida em Xangai seja altamente simbólica para a Fórmula E, também será um fim de semana de corrida incrível para os fãs. Há uma base de fãs apaixonados pelo automobilismo na cidade e mal podemos esperar para que eles experimentem um estilo completamente novo de automobilismo, a 320 km/h e mais de cem ultrapassagens na maioria das corridas.", concluiu.

Alex Hui, Diretor da Equipe ERT Fórmula E - o novo nome da NIO - acrescentou: “Como equipa chinesa que faz parte do Campeonato Mundial de Fórmula E da ABB FIA desde o início, estamos entusiasmados por competir naquelas que serão nossas corridas de regresso a casa. da equipe já está trabalhando duro para a nova temporada e sei que nossos pilotos, Dan Ticktum e Sergio Sette Camara estão empenhados em fazer o melhor pelos fãs locais. Eles já estão nos simuladores praticando o desafiador circuito de Xangai."

Em contraste, Sebastien Buemi, que já competiu nesse circuito na Endurance, Formula 1 e até na A1GP, afirmou que preferia ter competido em Sanya, onde a competição correu em 2019. Ele acredita que o "slipstreaming" será mais uma vez um tópico importante em Xangai, como é em Portland, por exemplo.

A corrida, uma jornada dupla, acontecerá no fim de semana de 25 e 26 de maio.   

WRC: Evans quer ganhar o título de 2024


A temporada de 2024 será bem diferente para o galês Elfyn Evans. Depois de um 2023 onde obteve três vitórias e um vice-campeonato, batido por Kalle Rovanpera, em 2024 ele foi promovido para "capitão de equipa" da Toyota, com as temporadas parciais do finlandês e de Sebastien Ogier, colocando-o debaixo dos holofotes e saber se a sua fama de bom piloto, muito fiável, que produz quase sempre nos seus limites, será o suficiente para bater a armada Hyundai e seja campeão do mundo, numa temporada que promete ser competitiva.

Nas vésperas do Rali de Monte Carlo, prova de abertura da temporada, Evans está motivado - e pressionado - para concretizar as expectativas que existem sobre ele. 

É sempre emocionante começar uma nova época, especialmente com o Rallye Monte-Carlo." começou por afirmar o piloto galês de 33 anos. 

Depois, continuou: 

"A época de 2023 foi uma boa progressão para nós que mostrou que estamos a ir na direção certa. É claro que queremos ainda mais em 2024, mas não vai ser fácil conseguir isso. Sabemos que a competição será dura como sempre, por isso, como equipa, estamos sempre a trabalhar para melhorar continuamente e estamos prontos para dar o nosso melhor nesta época. Com o Rally Monte-Carlo a deslocar-se novamente para norte este ano, é muito mais provável que as condições invernais façam parte do desafio. Tivemos algumas condições complicadas no nosso teste pré-evento, o que nos proporcionou alguns bons treinos, mas este rali tem tudo a ver com a adaptação a quaisquer condições que enfrentemos durante o fim de semana”, concluiu o piloto da Toyota.

O Rali de Monte Carlo começa no próximo dia 25. 

Noticias: Madrid recebe a Formula 1 em 2026


A Formula 1 anunciou esta terça-feira que irá para Madrid em 2026, numa pista semi-citadina, a ser construída no IFEMA, o parque de exposições da capital espanhola. Será o regresso da competição, depois de 45 anos de ausência, altura em que a competição foi pela última ocasião, neste caso em concreto, ao circuito de Jarama.  

Segundo apresentado na conferência de imprensa desta manhã, na capital espanhola, Stefano Domemicalli, o CEO da Formula 1, afirmou que o regresso da competição a Madrid abre um novo capitulo na competição:

Madrid é uma cidade incrível, com um património desportivo e cultural espantoso, e o anúncio de hoje inicia um novo e entusiasmante capítulo para a Formula 1 em Espanha”, afirmou Stefano Domenicali no anúncio de hoje. 

Depois, acrescentou: “Gostaria de agradecer à equipa da IFEMA Madrid, ao Governo Regional de Madrid e ao Presidente da Câmara da cidade por terem apresentado uma proposta fantástica. É um verdadeiro exemplo da visão da Fórmula 1 de criar um espetáculo desportivo e de entretenimento de vários dias que proporcione o máximo de benefício para os fãs e abrace a inovação e a sustentabilidade”.

Do lado da organização, o alcalde de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, afirmou o que a chegada da Formula 1 representa para a capital espanhola.

"É com grande satisfação que anunciamos que a Fórmula 1 chega à Comunidade de Madrid, a uma região e a uma capital que despertam abertura e confiança dentro e fora das nossas fronteiras. Somos o motor de Espanha. Este evento, que será seguido por 70 milhões de pessoas, resultará num aumento de mais de 4500 milhões de euros no PIB madrileno e criará mais de 8200 empregos. A Comunidade de Madrid é uma região com uma grande projeção internacional, aberta, plural e competitiva, e a Formula 1 contribuirá para consolidar ainda mais a marca Madrid entre as melhores do mundo", afirmou o autarca madrileno.

Com a mudança do GP de Espanha para Madrid, com um contrato de 10 anos - até 2035 - os promotores locais e a Formula 1 esperam poder receber mais de 110 mil pessoas por dia, acrescentando que existem planos para aumentar a capacidade do circuito para 140.000 por dia ainda nos primeiros cinco anos do contrato. Estando perto do aeroporto Adolfo Suarez - Barajas, a organização acredita que o traçado é bastante acessível, estimando que até 90 por cento dos espectadores possam viajar de transportes públicos ou a pé. Para além disso, a organização promete uma receita anual de 450 milhões de euros e um paddock coberto. 

Quanto a Barcelona, apesar deste anuncio poder indicar que é o fim do GP de Espanha por lá, ambas as partes estão em negociações para continuar a receber a Formula 1 depois de 2026. 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

WRC: Tanak espera ter um ano emocionante


Depois de ter saído "a mal" da Hyundai em 2022 e ter passado uma temporada na M-Sport, Ott Tanak, o campeão de ralis de 2019, regressa à equipa coreana com os olhos postos no título, agora que se sabe que Kalle Rovanpera estará apenas num programa parcial, partilhando o carro com Sebastien Ogier. Colocado a par com o galês Elfyn Evans e o belga Thierry Neuville, aliado com as mudanças que o diretor da marca, Cyril Abiteboul, fez dentro da equipa, tudo isso foi suficiente para o piloto estónio regressasse, e também para que ele esteja confiante para uma grande temporada e lutar pelo título.

Nas vésperas do rali de Monte Carlo, o piloto estónio afirmou as suas expectativas: 

Estou muito entusiasmado e motivado por estar de volta à Hyundai Motorsport. Vejo um grande entusiasmo na equipa e há claramente uma vontade coletiva de alcançar e produzir uma época forte. Vamos começar o ano com uma folha limpa e tudo está nas nossas próprias mãos para começar a construir uma época forte. É claro que o nosso objetivo é ganhar o título e a equipa também, por isso estamos no início de um ano emocionante.", começou por afimar.

"Por outro lado, começar a época em Monte-Carlo é sempre um desafio. Este ano o evento foi transferido para a região de Gap, por isso esperamos que as condições sejam mistas e complicadas, com a possibilidade de mais neve e gelo do que nas últimas épocas. Embora só tenhamos tido um dia de teste, tivemos sorte com as condições, pois pudemos rodar com pneus escorregadios, para além de termos experimentado estradas mais húmidas e geladas. No geral, a sensação no carro foi boa e encontrámos um bom ritmo”, concluiu.

O Rali de Monte Carlos acontecerá entre os dias 25 e 28 de janeiro, e começará na vila de Gap, nos Alpes franceses. 

domingo, 21 de janeiro de 2024

A imagem do dia



Nos anos 70, a Formula 1 ia para a América do Sul para fugir do inverno boreal. A temporada acabava no inicio do outono na América do Norte, regressavam à Europa para passar parte do inverno, e quando nevava bastante, metiam-se no avião, e iam apanhar sol na América do Sul. Nomeadamente a Argentina e o Brasil, que por essa altura do ano, boa parte das pessoas nesses países passavam férias na praia. 

E em 1979 não era exceção. Logo no inicio de janeiro, iam primeiro a Buenos Aires, e logo depois, São Paulo, num tour que só acabava em março quando iam à África do Sul, no circuito de Kyalami. E entre algumas transferências dignas desse nome - Jody Scheckter na Ferrari, John Watson na McLaren, Carlos Reutemann na Lotius, Patrick Depailler na Ligier, James Hunt na Wolf, entre outros - a ida de Nelson Piquet para a Brabham não era relevante porque ele já tinha corrido no terceiro carro da equipa na corrida anterior, em Montreal. 

E ele tinha o BT46 porque nessa mesma corrida, com o flat-12, porque Niki Lauda iria estrear o BT48, que tinha o novo Alfa Romeo de 12 cilindros, construído em tempo recorde, para tentar ficar na frente dos carros com motor Cosworth e efeito-solo.

Contudo, este viria a ser a última corrida de Piquet nesse carro. Aliás, a sua prova acabou ainda antes do final da primeira volta. Quando o pelotão passou pelo S del Siervo, pouco mais de um quilómetro da linha de partida, este se envolveu numa carambola, acabando com sete carros eliminados e o recomeço da corrida. O carro de Piquet foi o que ficou em pior estado, apesar de, por exemplo, o de Arturo Merzário tenha ficado com as asas arrancadas, ou o Ferrari de Scheckter ter ficado sem a parte traseira. É que o Brabham tinha batido em frente e esta ficou destruída, sem as rodas dianteiras. E ele ficara magoado dos tornozelos, porque era uma parte exposta em caso de acidente.

A partir do Brasil, ele iria usar o BT48. 

Quanto ao resto, foi sem história: um duelo entre os Ligiers, primeiro Patrick Depailler, depois Jacques Laffite, dando a segunda vitória da história à equipa francesa, parecendo que poderiam ser os com melhores chassis, ainda por cima, nesse ano tinham trocado os Matra de 12 cilindros pelos mais pragmáticos Cosworth de 8 cilindros. Afinal de contas, o patrão, Guy Ligier, correu por muitos anos pela Ford France... 

E há 45 anos, terminava a pequena passagem do piloto brasileiro por um dos chassis mais interessantes desenhados por Gordon Murray.       

Youtube Formula 1 Testing: Os testes de inverno do Estoril, janeiro de 1994

Há trinta anos, o Estoril era palco de uma sessão de testes de inverno por parte de boa parte das equipas de Formula 1, e de apresentações. A maior deles todas foi a chegada de Ayrton Senna à Williams, que depois de seis anos de McLaren, iria para uma  equipa nova. E claro, com cores novas, motores novos e companheiro de equipa novo. 

Grande parte deste vídeo são as apresentações e os vídeos do Williams FW15D, sem as eletrónicas dos anos anterores. E na parte final, apareceram imagens diferentes: a McLaren a estrear o seu motor Peugeot, com Alain Prost a testa o carro e uma conferência de imprensa com Ron Dennis ao lado de Jean-Pierre Jabouille, a falar sobre quem seria o piloto da marca naquela temporada, ao lado de Mika Hakkinen. Ron Dennis, aparentemente, queria o francês de volta... 

WRC: Ogier quer a 10ª vitória em Monte Carlo


Sebastien Ogier quer alcançar em 2024 a sua décima vitória em Monte Carlo. O piloto de 40 anos, que está desde 2019 a correr a tempo parcial, teve um 2023 muito bom, ganhando três ralis e acabando na quinta posição da geral, muito melhor que alguns pilotos que correram a tempo inteiro. E a uma semana de mais uma edição da corrida, que começa este ano em Gap, a sua terra natal, está ali pelo prazer de correr num carro competitivo, numa temporada onde dividirá o Toyota GR Yaris Rally1 com o campeão de 2022 e 2023, Kalle Rovanpera.  

Estou feliz por estar no início de mais uma época após todos estes anos e agarro esta oportunidade com ambas as mãos. Os últimos dois anos foram muito divertidos com a equipa e conseguimos garantir alguns bons resultados. Penso que queremos continuar assim durante o máximo de tempo possível e é esse o plano para 2024, a começar pelo Rallye Monte-Carlo, claro.", começou por falar. 

"Para mim, este é um evento obrigatório e há muitas esperanças para este primeiro rali. Penso que é o rali que temos de respeitar mais do que qualquer outro, uma vez que as condições podem ser muito difíceis, o que significa que nada está garantido. Os números nunca são a minha principal motivação, mas se conseguisse obter uma décima vitória neste evento seria algo muito especial”, concluiu Ogier.

O Rali de Monte Carlo acontece entre os dias 25 e 28 de janeiro. Quanto a Rovanpera, ele regressará ao volante a meio de fevereiro, na Suécia. 

Gumball à tuga


Todos conhecem a ideia do Gumball: uma corrida de loucos em "X" dias, correrem imensos quilómetros, com carros, pra muito potentes, ora clássicos... ou "chaços". Ora, parece que dois tugas, Tiago Lopes e Rui Costa, querem fazer a versão portuguesa com carros até mil euros, sejam clássicos... ou não. E a ideia é fazer a "Rota Norte", ou seja, 800 quilómetros em estradas com partida e chegada em em São Romão do Neiva, Viana do Castelo. Tudo acontecerá entre os dias 27 a 29 de março.

E qualquer um pode participar, pagando entre 70 e 450 euros.  

Inicialmente, a ideia surgiu de fazermos apenas os dois. Mas, depois, em conversa, pensamos em levar mais pessoal e assim conhecermos mais gente e vermos outros carros”, começou por dizer Tiago Lopes, numa entrevista ao jornal O Minho.

Durante três dias, vamos explorar a beleza da Rota do Norte, passando por pontos turísticos deslumbrantes que tornarão esta viagem inesquecível. Desde paisagens pitorescas até destinos empolgantes, cada paragem será uma celebração da nostalgia automotiva”, destacam os organizadores. “Este não é apenas um evento, mas um convívio emocionante para os amantes de carros velhos e vintage”, continuou.

As inscrições podem ser feitas através do e-mail gumballatuga@gmail.com ou das redes sociais do evento. E garantem que existirão prémios para os três primeiros classificados.