sábado, 17 de março de 2018

Formula E: Vergne vence em Punta del Este

Jean Eric Vergne venceu pela segunda vez na temporada, consolidando o comando no campeonato, aguentando os ataques de Lucas di Grassi ao longo da corrida. O duelo entre ambos teve algumas faíscas, mas o piloto francês da Techeeetah levou a melhor sobre o piloto brasileiro da Audi. San Bird acabou com o lugar mais baixo do pódio, enquanto que António Félix da Costa teve problemas ao longo do fim de semana, acabando à beira dos pontos, na 11ª posição.

As coisas começaram e se definir ainda antes da corrida, quando os comissários de pista decidiram penalizar Lucas di Grassi, que por causa de uma irregularidade anularam a volta que lhe deu a pole-position e dando esse lugar a Jean-Eric Vergne. E isso, de uma certa forma, definiu a corrida.

Na partida, Vergne conseguiu aguentar Di Grassi para ficar com a liderança, enquanto que atrás, Félix da Costa também tinha partido bem e passou D'Ambrosio para ser décimo. Os pilotos andaram mais ou menos assim até à quarta volta, quando o Safety Car teve de entrar na pista para tirar o carro de Nick Heidfeld, que tinha ficado parado na pista por causa de um problema na bateria.

A corrida retomou na volta seis, com Vergne a aguentar novos ataques de Di Grassi. O brasileiro tentou apanhar o francês, enquanto que na sétima volta, Bird tinha conseguido passar o Lotterer para o sétimo posto. A partir dali, o alemão da Techeetah perdeu lugares atrás de lugares, ficando fora dos pontos. Di Grassi tentou pressionar Vergne, enquanto que na volta 11, Buemi tinha problemas com a suspensão traseira esquerda, depois de um toque no muro, e perdia posições. Ao mesmo tempo, Félix da Costa perdia uma posição para o Mahindra de Rosenqvist. Depois, seria passado por Evans e começou a mostrar problemas, caindo fora dos pontos.

Buemi foi para as boxes no inicio da volta 12, trocando de carro, e provavelmente a sua corrida tinha acabado.

A troca de carro aconteceu na volta 19, numa altura em que os pilotos da Audi pressionavam os que iam na sua frente. Vergne saiu melhor do que Di Grassi, e tentou passar na volta a seguir, sem resultado... e com despiste. Abt era agora terceiro, depois de passar Lynn antes de chegar às boxes. Contudo, o inglês acabou por sair das boxes quase a colidir com o seu companheiro de equipa, e iria ser penalizado. 

Abt teve de parar nas boxes na volta 23 por causa de cintos mal apertados e "deitou fora a sua corrida". Félix da Costa foi beneficiado, voltando aos pontos, enquanto que Di Grassi voltava a atacar Vergne para ver se conseguia ficar com a liderança da corrida.

Evans era agora quinto, passando Rosenqvist, e na volta 30, o brasileiro tentou passar de novo, sem sucesso. Enquanto tudo isso acontecia, Sam Bird aproximava-se de ambos. Evans passava Lynn para ser quarto na volta 33 e agora, aproximava-se dos três primeiros.

Na volta 34, Di Grassi atacava Vergne, tocava e... resistia. E Bird agora estava na traseira de ambos, esperando "de cadeira" para ver no que ia dar. Mas teve de levantar o pé para ter energia no fim, e Vergne acabou a corrida com o brasileiro a "empurrar" na traseira do seu Techeetah.

No campeonato, Vergne ampliava a sua liderança para 30 pontos sobre Rosenqvist (109 contra 79) com Sam Bird a ser terceiro, com 76. Félix da Costa manteve os 16 pontos e cai para 14º no campeonato.

A próxima corrida será a 14 de abril, nas ruas de Roma, a primeira prova em solo europeu.

Formula E: Di Grassi faz a pole em Punta del Este

Depois de obter os primeiros pontos do ano, no México, Lucas di Grassi parece estar numa de recuperar o tempo perdido. E esta tarde, nas ruas de Punta del Este, conseguiu a sua primeira pole-position deste ano, a bordo do seu Audi-Abt, depois de ter resolvido os seus problemas com a sua unidade de energia, que a fizeram relegar dez lugares na grelha por duas corridas seguidas. O piloto brasileiro bateu Jean-Eric Vergne, da Techeetah, enquanto que António Félix da Costa vai partir da 13ª posição da grelha.

Di Grassi marcou logo o seu tempo no primeiro grupo, quando tinha a companhia de Maro Engel, Jérôme D'Ambrosio, Tom Blomqvist e Luca Filippi. o piloto marcou logo 1.14,032, ficando 0,6 segundos mais veloz do que Jerome D'Ambrosio, da Dragon, o segundo melhor do grupo. E ditou o ritmo para os grupos seguintes, a começar pelo Grupo 2, onde tinha osé María López, Nicolas Prost, André Lotterer, António Félix da Costa e Alex Lynn.

Aí, o único que se aproximou do tempo de Di Grassi foi Alex Lynn, que marcou 1.14,135 segundos, mas ficava dependente de outros para ver se conseguia entrar na SuperPole. Quanto a Nicolas Prost, a sua volta terminou no muro, acabando por ter de largar do fundo da grelha.

No Grupo 3, havia expectativa de Mitch Evans e Edoardo Mortara, que tinham andado bem nos treinos livres. E não desiludiram: Evans fez 1.14,0 enquanto que Turvey andou ali perto. Daniel Abi ficou relativamente perto deles, e aguardava pelo Grupo 4 para saber se poderia ir para a SuperPole ou não. Mas quem não ia iria ser Nick Heidfeld, que bateu forte na sua volta lançada e também acabaria no fundo da grelha com o seu Mahindra.

O grupo final, com Jean-Éric Vergne, Felix Rosenqvist, Sam Bird, Sébastien Buemi e Nelson Piquet Jr, começoiu com todos a rodarem mais lentos do que nos grupos anteriores. Todos menos... Vergne. O piloto da Techeetah conseguiu superar Di Grassi fazendo 1.13,672. E ainda houve mais um piloto que bateu a acabou por largar no fundo da grelha: Nelson Piquet Jr.

Com Vergne, Di Grassi, Evans, Lynn e Turvey na Superpole, as coisas começaram com o britânico da Nio a fazer um mau tempo e a ser investigado por ter passado por cima de um poste de amarração localizado fora dos limites da pista, Evans andou mais lento, mas fez tudo bem.

Depois veio Di Grsssi que voou e fez 1.13,948, ficando com a pole provisória e esperando para ver o que faria Vergne. Quando foi a vez dele, rejubilou: o francês não fez mais do que 1.14,189, afirmando que tinha cometido um erro durante a sua volta mais rápida. 

Com isto, o piloto da Audi parte como favorito na ronda uruguaia, mas quem tem a chance de marcar mais pontos para o campeonato é Vergne, que parte ao seu lado na corrida que irá acontecer pelas 19 horas de Lisboa.

sexta-feira, 16 de março de 2018

A imagem do dia

O Alpinche Reverter na garagem Aurora, no Porto, esta semana. O famoso carro construído e guiado por Estanislao Reverter está a ser recuperado pela fundação desde 2014 e está agora na sua fase final, com a instalação do motor Porsche de 2,7 litros. E onde melhor do que na mitica garagem Aurora, no Porto, fundada pelo ex-piloto de ralis Américo Nunes?

Falei sobre o Alpinche no inicio do mês no Nobres do Grid, e saber que o carro está nestas paragens para ter o coração que bateu entre 1972 e 75 e fez sonhar os fãs dos ralis na Galiza e em Espanha, +e quase um motivo de orgulho por ver juntos dos motivos e dois lugares queridos dos amantes da modalidade, cada um nos seus lados da península Ibérica.

Já agora, vi isto na página de Facebook da Fundação Estanislao Reverter.


Youtube Motorsport Video: "Hot Lap", de Antti Kalhola


O Antti Kalhola costuma lançar sempre um video por alturas do inicio do campeonato do mundo, isso eu já reparei dos anos anteriores, portanto, de uma certa maneira, havia algo no meu subconsciente que me dizia para esperar algo dele nesta altura. 

Não me desiludiu. E mesmo a escolha do "Dangerous" do David Guetta, apesar de não ser a minha escolha pessoal, até calha bem neste video. Começa com Ayrton Senna e acaba com Francois Cevért.

Bom fim de semana a todos!

Formula E: Félix da Costa quer continuar com o bom momento

Amanhã decorre mais uma etapa da Formula E, desta vez nas praias de Punta del Este, no Uruguai. De regresso ao calendário da competição elétrica, depois de um ano de ausência, esta ronda vai marcar o meio da temporada onde existe equilíbrio entre a Techeetah e a Mahindra, mas onde o vencedor da última ronda foi Daniel Abt, na primeira vitória da Audi nesta temporada.

Para António Félix da Costa, o piloto português espera que esta ronda seja a continuação do bom trabalho que teve no México, onde foi quarto na grelha e acabou num digno sétimo lugar, pontiando pela segunda vez consecutiva no campeonato. 

O piloto da BMW Andretti quer continuar a marcar pontos e lutar por um top 5, logo, desta forma, a palavra de ordem continua a ser "trabalho. Sabemos que estamos a evoluir mas também sabemos quais as nossas áreas menos positivas no carro e é ai que nos temos focado para procurar dar mais um passo competitivo este fim-de-semana aqui no Uruguai. Toda a equipa está motivada e com muita vontade de continuar o bom trabalho desenvolvido até agora. Queremos pontuar e se possível dentro do top 5", referiu o piloto de Cascais.

O traçado de Punta del Este, sexta prova do campeonato, está situado junto à praia Brava, na estância balneária uruguaia, e totaliza um total de 20 curvas, com 2,785 km de perímetro total. A corrida, com total de 37 voltas terá lugar da parte da tarde, a partir das 19:00 de Lisboa.

Youtube Formula 1 Movie: Rosso Ferrari


"Rosso Ferrari" é um filme italiano de 1984 onde se mostra o processo de fabrico dos bólidos de marca, bem como se fala sobre Enzo Ferrari e sobre como eles se tornaram numa referencia do automobilismo mundial. 

E o filme têm uma longa entrevista com o Commendatore, então com 86 anos, onde falava sobre a sua paixão pela velocidade e o que a musica dos seus V12 significavam, entre outras coisas.

É algo bem interessante: para começar, esta é a versão francesa, onde a conta com uma introdução de... Didier Pironi, que acaba por acelerar ao volante de um Testarossa. 

quinta-feira, 15 de março de 2018

Vende-se: Toleman T184 de Ayrton Senna

Depois de na segunda-feira ter-se falado por aqui de que um fato de competição de 1987 estava em leilão, soube-se hoje que também há mais elementos sobre o piloto brasileiro que vão a leilão. E não é um carro qualquer: é um Toleman TG184 usado por ele no famigerado GP do Mónaco de 1984, onde ele subiu ao pódio pela primeira vez na sua carreira.

O carro vai ser leiloado pela casa Bonhams a 11 de maio, no Mónaco, e vai ter também entre outros, o Tecno de Formula 3 no qual Ronnie Peterson venceu a edição de 1969 da corrida de suporte do GP monegasco.

Mark Osborne, o diretor de automobilismo da casa de leilões Bonhams, disse: "A luta Senna-Prost, no final da década de 1980 e início da década de 1990, foi uma das maiores rivalidades desportivas de todos os tempos, com dois grandes campeões que proporcionam fãs da Formula 1 com algumas dos mais fantásticas e espectaculares corridas já testemunhadas", começou por dizer.

"A faísca que acendeu esta feroz competição remonta há quase 35 anos, à edição de 1984 do Grande Prémio de Mónaco e a decisão politicamente carregada de mostrar a bandeira vermelha quando ficou claro que o jovem brasileiro estava prestes a escandalizar o 'establishment'!

"Estamos muito satisfeitos em apresentar o próprio carro - o 1984 Toleman-Hart TG184 - que desencadeou essa grande rivalidade, e que forneceu o capítulo de abertura para a notável história de Ayrton Senna no Grande Prémio do Mónaco", concluiu.

O carro já esteve à venda em 2015, e rendeu 1,5 milhões de euros ao vendedor, que agora espera trocar de dono por um valor bem superior. Contudo, não tem um preço de reserva, logo, é mesmo à melhor oferta, independentemente do valor acordado. 

E não é o único item à venda. Para além deste carro e do fato de competição já referido, um dos McLaren MP4/8 de 1993 - aquele que deu a última vitória ao piloto brasileiro - também estará à venda neste leilão da Bonhams.

WRC: M-Sport anuncia carro de ralis elétrico

Malcom Wilson anunciou esta quinta-feira que a M-Sport anda a desenvolver um protótipo elétrico para quando a FIA voltar a mexer nos regulamentos dos ralis. Numa entrevista à Autosport britânica, Wilson disse que está a usar a carroçaria de um Fiesta R5, e apesar de não fornecer muitos detalhes, afirmou que “este pode ser o projeto mais importante da M-Sport”.

"Estamos sempre procurando maneiras de nos desafiar. E este é o próximo passo na tecnologia no automobilismo", começou por comentar. "Eu não vou lhe dar nenhum detalhe técnico - não posso porque estamos trabalhando com outras empresas que compartilham esta visão e assinamos NDAs (acordos de não divulgação) - mas basta dizer que estamos nisto e se as coisas continuem a acontecer e podemos continuar e progredir, espero que possamos ter um carro a rodar este ano".

A ideia é de fazer um carro de ralis para provas nacionais, de um só dia, e claro, a ideia seria de fazer de forma a ser barato e sustentável. E também ficariam prontos para qualquer mudança por parte da FIA, caso decida criar uma categoria elétrica no WRC. 

"No momento, não se trata do Campeonato Mundial de Ralis. Tudo o que estou interessado em começar é produzir um carro que seja capaz de ganhar um evento de um dia a um preço competitivo. Definitivamente, há um mercado para um carro deste tipo, com tração nas quatro rodas e estou confiante de que a tecnologia já existe".

"Se você olhar para um carro elétrico moderno [de estrada], eles são capazes de correr por 300 ou 350 milhas [480 a 560 quilómetros] entre cargas. Um BTRDA [segunda classe de rali britânico] ou um evento nesse tipo de nível é de cerca de 35-40 milhas competitivas com uma pequena quantidade de quilometragem de estradas", concluiu.

CNR: Pedro Almeida vai de Fiesta R5

Quase em cima do Rali dos Açores - falta semana e meia para o seu inicio - houve alterações nos bólidos. Ricardo Moura decidiu trocar a sua montada, de um Fiesta R5, o mesmo que o fez ganhar o Rali Serras de Fafe, para um Skoda Fabia R5. Mas o seu carro não ficará sem dono por muito tempo: o piloto de Famalicão, Pedro Almeida, ficará com o carro de Moura, e vai participar no Rali dos Açores com a nova montada, abandonando o Skoda Fabia S2000 que andava a usar desde outubro.

Navegado por Nuno Almeida, Pedro Almeida revela com grande entusiasmo "que encaro mais este grande desafio, depois da estreia absoluta em pisos de terra no Rali de Fafe com o Skoda S2000. Vamos agora estrear o Ford Fiesta R5, um carro diferente do Skoda, com muitas mais potencialidades."

Como Almeida vai receber o carro quase em cima da hora, ele irá alinhar no Azores Airlines com o único objectivo de terminar a prova. 

"Tudo será novo, vamos começar do zero. Será a primeira vez que vou guiar um R5, num rali que desconheço totalmente, espero conseguir realizar quilómetros e evoluir progressivamente," concluiu o jovem de 20 anos, que vai usar o carro para o resto do campeonato.

quarta-feira, 14 de março de 2018

A foto do dia

Há 25 anos, começava aquela que seria uma das temporadas mais interessantes da história da Formula 1. E o interesse, se quiserem, tem a ver com as baixas expectativas que existia sobre quem iria ganhar o campeonato, e até que ponto a McLaren, que era a equipa dominante até 1991, poderia ser vulgarizada naquele ano... e acabou por não acontecer.

Em Kyalami, pensava-se que Alain Prost iria ganhar com folga a corrida e o campeonato, provavelmente escolhendo a corrida onde seria coroado como campeão. A realidade foi outra: o FW15C não era o grande carro que muitos pensavam que iria ser, e o McLaren MP4/8 acabou por ser melhor do que esperavam, graças a uma melhor eletrónica e os "skills" de Ayrton Senna, que conseguiu tirar o melhor de um carro que tinha motor Ford... de cliente, ou seja inferiores a aqueles que Michael Schumacher usava. E corria recebendo um milhão de dólares por prova, para saber se valia a pena...

A corrida foi um duelo a três, onde por mais de meia prova, houve incerteza no resultado, e onde Senna se defendeu muito bem dos ataques de Prost e Schumacher. Valeu a pena seguir, apesar de o piloto alemão ter ficado de fora da corrida depois de um toque do brasileiro, que parecia que tinha sido dado de forma algo maldosa.

Esta foi a corrida onde Damon Hill e Rubens Barrichello se estrearam, e onde a Formula 1 correu pela última vez em paragens africanas. E onde a Sauber se estreava na competição. Quem poderia acreditar que 25 anos foi tempo mais do que suficiente para a equipa se tornar na quarta mais antiga, apenas atrás de Ferrari, McLaren e Williams? E esse foi o cartão de visita para o que aí vinha...

WRC: Citroen quer contar com Loeb para mais ralis


Depois das prestações de Sebastien Loeb no Rali do México, onde terminou na quinta posição, apesar de um furo o ter tirado da liderança do rali, a marca francesa ficou impressionada com as prestações do veterano e deseja tê-lo por mais tempo na marca, ajudando a desenvolver a sua máquina.

Em declarações ao Autosport.com, Pierre Budar relembrou que o acordo com Loeb é para apenas três ralis, mas que depois da Córsega e Espanha "teremos oportunidade de conversar e ver o que será possível no futuro". A ideia é de ter não tanto para mais ralis nesta temporada, mas talvez para a próxima, colaborando também no desenvolvimento do C3 WRC.  

O Director Desportivo da Citroen Racing realçou não saber "se há algum chefe de equipa no parque de assistência que não deseje ter um piloto destes a tempo inteiro na sua estrutura, é o que acontece connosco."

Kris Meeke, piloto da marca, disse que ter Loeb na equipa foi uma mais-valia durante o rali do México, reconheceu que "se tivesse a chance de fazer uma temporada com ele, iria aprender muito." E o inglês concluiu com o seguinte desafio: "imaginam a nossa força se o pudéssemos ter toda esta temporada e Craig Breen num terceiro carro?"

Resta saber qual é a capacidade de Loeb de aceitar esse desafio. Aos 44 anos, prefere correr no WRX para mostrar que tem talento noutras modalidades, depois de nove títulos de campeão ao longo da década passada. Mas a marca do "double chevron" poderá querer dar-lhe um último desafio em mãos. 

terça-feira, 13 de março de 2018

Youtube Motorsport Teaser: O Brabham BT62

À medida que nos aproximamos do dia 2 de maio, parece que a Brabham anda a lançar uns "Easter Eggs", ou seja, está a lançar umas ideias sobre o que aí vêm. E pelos vistos, temos carro, o BT62. E neste video, ouviu-se um ruído de motor que... temos de ser honestos, pode não ser do carro.

A foto do dia

Há precisamente 35 anos a Formula 1 começava a sua temporada em Jacarépaguá. E essa era uma temporada decisiva, pois é a altura em que as equipas irão trocar os seus motores, dos Cosworth para os Turbo. Foi também uma altura em que os regulamentos mudaram fortemente, acabando com o efeito-solo e os carros passaram a ser mais de acordo com o que foram naquela década.

Para além disso, foi uma corrida onde se estreou aquele que é provavelmente num dos chassis mais interessantes desenhados por Gordon Murray: o BT52, com motor BMW Turbo. É sabido que a Brabham tinha desenhado um carro para 1983, o BT51, e estava mais do que pronto para essa temporada. Mas em dezembro, a FISA decide mudar tudo, abolindo o efeito-solo. Se algumas equipas decidem apenas colocar uma placa de titânio ou fibra de carbono no fundo dos seus carros, como solução provisória - podem ver que o Renault RE40 não é muito diferente do seu modelo anterior... - Murray decide que o carro tinha de ser bem diferente. E assim nasce o BT52, com os radiadores perto do motor e praticamente fica sem flancos.

Curiosamente, outras equipas fazem a mesma coisa. A Ligier, com o seu JS21, acabou por ser um desastre e não marcou qualquer ponto.

Mas a vitória de Nelson Piquet - praticamente uma vingança pela vitória que lhe tinha sido tirada no ano anterior porque o seu carro estava abaixo do peso mínimo - mostraria que o projeto e a aposta num carro tão radical como aquele tinha valido a pena. Contudo, faltava o resto do ano para alcançar o maior objetivo: ser campeão. 

Uma apreciação (de outros) sobre os testes de pré temporada (parte 2)

Na segunda parte das avaliações sobre as equipas de Formula 1 por parte do Will Buxton, fala-se aqui do resto do pelotão, onde de uma certa forma, refere-se acerca de alguma possivel surpresa e algumas desilusões que poderão existir ao longo da temporada. Baseado nos testes de Barcelona, parece que existirão marcas que poderão ter aproveitado a ocasião para dar um pulo de qualidade, e outras que poderão ser grandes candidatos ao fundo do pelotão, fazendo companhia à Sauber, por exemplo.

Haas: The surprise of testing. Rival drivers say it looks very, very good out on track and tyre corrected lap times put it less than half a second off the Ferrari mothership. If that plays out to be true, Haas could be in the hunt for P4 in championship and podiums.

Haas: A surpresa da sessão de testes. Pilotos rivais disseram que parece estar muito, mas muito bom na pista, e os tempos corrigidos os colocam a menos de meio segundo da Ferrari. Caso isso seja verdadeiro, a Haas poderá ser candidata ao quarto posto e mais alguns pódios.

Esta pode ser a verdadeira surpresa do campeonato. Romain Grosjean e Kevin Magnussen poderão ter pela frente uma excelente temporada para ambos, e isso seria o corolário de um crescimento sustentável desde que começaram, em 2016. Têm o mesmo motor que a casa-mãe e o chassis, basta fazer bem as coisas para poderem andar a par com os "big boys". Pódio (ou pódios) e uma chegada constante à Q3 poderá ser o que lhes reserva para 2018. E se a Haas poderá ser a surpresa, então, quem seria a desilusão?

Mas há mais. Toro Rosso, por exemplo.

Toro Rosso: Highest mileage in the disrupted first week. Just 4 PU used in testing and 3 of those in week 1. Honda is coming good as many predicted with STR a de facto factory team. Mix that to a James Key car, and they could be right in the mix at the top of the midfield fight.

Toro Rosso: A que andou mais ao longo da primeira semana. Apenas quatro UP [Unidades de Potência] usados nos testes, e tres desses na primeira semana. A Honda vem bem, com a STR como equipa de fábrica. Adiciona.se a isso o facto de ser um chassis de James Key, e poderão estar na luta pelo pelotão intermediário.

Que a Toro Rosso nem é uma má equipa, isso é verdade. Sendo "equipa B" da Red Bull, serve para experimentar pilotos novos e elementos novos, antes de se "promoverem" para a Red Bull. Como a troca de motores pela Honda foi um arranjo para evitar a saída da marca japonesa pela "porta do cavalo", tê-los por ali poderá servir para fazer as coisas sem pressas. E parece que este ano, a Honda acertou a mão, apesar de ser um ano de adaptação a uma nova equipa e a novo chassis. Brandan Hartley e Pierre Gasly vão aparecer constantemente nos pontos? Pode ser. E ainda poderá ter outro trunfo, agora que as equipas são obrigadas a usar apenas três motores por temporada... 

Force India (or whatever they’re going to be called): Car looked solid on track but unimpressive. Drivers didn’t seem overjoyed either. It’s basically a 2017 upgrade with both drivers saying they hoped a proper new car is online for Australia. Pips McLaren on reliability alone.

Force India (ou o que vão querer ser chamados): o carro parece ser sólido mas não impressiona. Os pilotos não parecem muito felizes. Basicamente é um "upgrade" de 2017, com os pilotos a dizerem que esperam um carro melhor na Austrália. Parece estar ao nível da McLaren em termos de fiabilidade.

A Force India conseguiu fazer muito com muito pouco. Tem um bom motor Mercedes, e o chassis conseguiu ser bom nas últimas duas temporadas. E o resultado é que a regularidade compensou: quarto lugar no Mundial de Construtores em 2016 e 2017. E verdade que Sérgio Perez e Esteban Ocon por vezes fizeram as faiscas voar em termos de relacionamento entre eles, mas no final contiveram-se e trabalharam para a equipa. Contudo, este ano as coisas poderão ser um pouco mais complicados para ambos, pois o chassis não impressiona, e este ano poderão ter a Haas e a Toro Rosso a morder-lhe os calcanhares. E não poderemos esquecer da Renault e McLaren. 

Logo... vai ser um lugar muito concorrido. E ter esse conjunto não é garantia de que haverá uma continuidade. 

Quanto a aquilo que o Will falou em cima, é por causa dos rumores de que poderá ser comprada pela Rich Energy, uma companhia de bebidas energéticas que foi fundada em 2015 e que pretende fazer negócio com Vijay Mallya por 200 milhões de libras, o que é uma soma impressionante, mas poderia ser uma forma de ele se aliviar dos problemas que têm na India - corre o risco de ser extraditado para lá devido à falência da Kingfisher Airlines, por exemplo. E o seu parceiro Subrat Roy Sahara também está preso, mas devido a uma fuga fiscal e dividas ao Estado indiano.

Williams: The car is reportedly an absolute dog to drive. It looks horrible on track, heavy, lazy and unresponsive. Can’t turn the tyres on. Drivers look brow beaten. It’s going to be a very hard season. Kubica, however, a breath of fresh air. Insight and experience could be key.

Williams: O carro parece ser horrível de guiar. Parece ser horrível na pista, pesado, lento e não responde na hora. Não consegue aquecer os pneus. Não consegue excitar os pilotos. Parece que vão a caminho de uma temporada muito dura. Kubica, contudo, é uma lufada de ar fresco. A sua experiência poderá ser a chave.

Não se pode chegar a conclusões por agora, mas parece que a diretoria da Williams poderá ter cometido alguns erros graves de julgamento. Não tanto na escolha de pilotos - Serguei Sirotkin poderá ser uma surpresa - mas porque Lance Stroll poderá não aguentar a pressão. É veloz mas parece não ser capaz de transmitir as suas impressões aos engenheiros. E a Williams cometeu um erro ao não colocar um veterano ao volante para fazer as coisas bem ao longo da temporada. E poderão penar, como penaram em 2011 e 2013, ambas temporadas onde tiveram um número baixo de pontos, maus chassis e pilotos horriveis como Pastor Maldonado, apenas porque lhes injetava 50 milhões de euros na equipa.

A Williams parece ter esse defeito. É antigo, vem dos tempos do titio Frank, e já mostrou que é um osso muito duro de roer. Mas 2018 vai ser o último ano da Martini, com 25 milhões injetados na equipa, e ter pilotos jovens pagantes pode ser o rumo certo para manter a equipa e pé, mas depois é prejudicado em termos de resultados. Kubica vai ter muitas horas como piloto de testes, é certo, mas o ideal para ele alinhar no maior número de treinos livres possível.  

Sauber: New engine made Marcus very happy. Wider power band and more play on the throttle. Brand new aero and suspension concepts taking time to understand however. As such, important to stay on track and Leclerc too many offs. Potential is there but big work to understand car.

Sauber: O novo motor fez um Marcus muito feliz. Mais poder debaixo do acelerador [é o trunfo]. Nova areodinâmica e suspensão vai levar tempo para [os pilotos] se adapratem. O importante é ficarem na pista e Leclerc saiu demasiadas vezes. O potencial está ali mas há muito trabalho pela frente.

Há expectativas pela Sauber, agora que terão motor da Ferrari de fábrica e patrocínio da Alfa Romeo. Poderá ser uma injeção importante na equipa - não necessáriamente em termos de dinheiro, pois a Ferrari tem uma parceria longa com a equipa fundada por Peter Sauber - mas não existem grandes expectativas em relação à sua posição no pelotão. Vai ser complicado pontuar e escapar ao fundo da grelha, e ainda por cima, há pilotos como Charles Leclerc, que vai ter de se adaptar a uma competição como é a Formula 1.

The end: Anyway, that’s my take on it. Ultimately we won’t know for sure until we get to Australia and even then the frequency of upgrades means that the competitive order is likely to fluctuate from weekend to weekend. Overall I’m really excited about the season. You should be too.

No final: De qualquer forma, é a minha visão das coisas. De uma certa maneira, não temos a certeza até chegarmos à Austrália, nem sabemos qual será a quantidade de melhoramentos necessários mara mantewr a competividade, que poderá ser de semana a semana. De um modo geral, estou excitado pela nova temporada, e você deveria estar também.

Sobre a temporada, ele acha que existem motivos de interesse. Quero acreditar nisso, quero acreditar que teremos uma luta a três até ao fim, mas tenho de pensar que a Mercedes tem o "upper hand", ou seja, é o favorito ao título. Como disse ontem, acredito mais num Hamilton penta do que no Vettel, porque o carro poderá não ser aquilo que se pensa, porque as coisas parecem flutuar de ano para ano.

Mas apenas em Melbourne é que veremos a relação de forças. E mais algumas corridas para ver qual será a tendência. E vamos a ver se haverá razões de interesse.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Youtube Rally Test: O teste de Bernardo Sousa para o Rally Azores

Bernardo Sousa está de volta os ralis, ao serviço da equipa Play / Autoaçoriana. Eles irão usar um Ciroen DS3 R5 preparado pela Sports & You, e que irá utilizar no Campeonato de Ralis dos Açores. Sousa substituirá Ruben Rodrigues a partir do rali açoriano, pois ambos irão participar na prova de abertura do campeonato europeu.

O teste aconteceu esta segunda-feira em Fafe e Sousa será navegado por Valter Cardoso.

Vende-se: fato de competição de Ayrton Senna

Tudo o que Ayrton Senna tocou é sagrado, é verdade. E trinta anos é já uma geração. Portanto, ver um fato de competição de 1987, do seu tempo com o Lotus-Honda, a ser leiloado é algo que deve ser visto. E ainda mais quando se tem um detalhe bem interessante: está autografado pelo próprio!

Não é um fato de competição qualquer, é o fato que usou no GP do Mónaco de 1987, palco da sua primeira de seis vitórias no Principado. Levado a leilão pela RM Sotheby's, o leilão vai acontecer a 12 de maio, e é provável que os preços subam muito. Um fato dele, de 1991, sem assinatura, valeu 55 mil dólares em leilão em 2014.

Adicionar legenda
Caso tenham dinheiro, venham aqui e tentem a vossa sorte para levar para casa um pedaço de História. Não fiquem admirados se isto for a leilão por cem mil euros.

A foto do dia

Este fim de semana foi o Rali do México, e ficou marcado pelo regresso de Sebastien Loeb ao WRC, a bordo de um Citroen C3 WRC. Chegou a disputar a liderança, mas furou e terminou no quinto lugar. Um feito, aos 44 anos de idade.

E esta foto é interessante. Tirado pelo Daniel Elena, tem Kris Meeke, Dani Sordo, Sebastien Ogier e o navegador de Meeke, creio que ainda seja o Andy Nagle. Todos em convivência, entre etapas.

Ou seja, apesar das rivalidades na estrada, todos se dão bem. E é isso que deveria ser em todos os desportos: fora da arena, todos se respeitam e dão-se bem.

Uma apreciação (de outros) sobre os testes de pré-temporada (parte 1)

Falta menos de duas semanas para o inicio do Mundial de Formula 1, e apesar do dia de neve que existiu na Catalunha, que forçou os pilotos e equipas a paragens forçadas, conseguiu-se fazer uma rodagem bem razoável dos chassis e dos motores para ver até que pontos eles estão em termos de "ranking" no campeonato. Houve equipas que conseguiram fazer mais de 110 voltas por dia, conseguiram-se ver os defeitos de alguns chassis e o que se poderia fazer para corrigi-los antes da primeira prova do ano, em Melbourne.

Confesso que não gosto de ver estes testes, e as conclusões nem sempre são aquelas que depois se vêm na pista. Já vi episódios no passado - e contados aqui ao longo da longa história deste blog - de que equipas decidiram falsificar os resultados para dar falsas esperanças aos fãs. O caso da Ferrari, em 1992, que fez um chassis horrível e falsificou os resultados nos testes é o mais inesquecível, para mim.

Mas houve quem fizesse as suas análises destes testes e disse as suas sentenças. E de uma certa forma, não anda muito longe da hierarquia de 2017. Não existirão rupturas - creio que nem existirão até ao final da década, quando voltarem a mexer nos regulamentos - mas poderão haver algumas surpresas agradáveis, especialmente o Toro Rosso-Honda, ou o chassis da Red Bull para este ano.

Na sexta-feira, o Will Buxton, analista inglês, fez um resumo interessante sobre todas as marcas e "sentenciou-as" desta forma. Eu coloco as respostas originais e as devidas traduções, e também coloco os meus pensamentos. Acho que vai ser o seu quê de divertido. E nesta primeira parte, vou colocar aqui as análises de Mercedes, Ferrari, Red Bull, Renault e McLaren.

Mercedes: Fast and bulletproof. Costa told me she isn’t a diva this year but might be a princess. Lewis said he doesn’t know her well enough to say. Bolted on track, reliable and we’ve not even seen it on hypers yet. Could be brutally quick and hard to beat.

"Mercedes: Veloz e à prova de bala. Costa [Aldo Costa] disse que não era uma diva, mas pode ser uma princesa. Lewis disse que não conhecia o suficiente para ter uma opinião. Veloz na pista, fiável e ainda não a vimos no seu limite. Pode ser veloz e dificil de bater"

Isso para mim poderá ser um alerta. Um de que este poderá ser um carro imbatível, se em Brackley puxarem-no até ao limite. Poderá ser o carro do penta para Lewis Hamilton, e poderá ser o dominador de anos como em 2015 e 2016, por exemplo. O risco de termos uma temporada modorrenta, com um chassis a vencer tudo, poderá fazer de todas estas expectativas serem como a neve na primavera: derrete-se com a realidade. E não sei se é isso que desejam os fãs: mais uma temporada onde os únicos que lutarão pelo título sejam Hamilton e Valtteri Bottas. Ou então, que o Lewis espere por Suzuka para ser campeão, como aconteceu ao Sebastien Vettel em 2012.

Red Bull: Probably the best launch car for them in at least the last three years. Looks amazing through fast change of direction and is really good on its nose. PU only potential hold back but that will affect most in quali. Racing from 2nd row it may have the legs to match Merc.

Red Bull: Provavelmente o melhor chassis que fizeram nos últimos três anos. Parece ter sido bem nascido e [mostrou ser] muito bom em pista. UP [Unidade de Potência] poderá ser o único problema mas não afeterá muito na qualificação. Se partir da segunda fila, poderá ter tudo para para andar ao nível da Mercedes.

Ouvi muito disso ao longo dos testes: que a Red Bull - e a Ferrari - poderiam ser mais duráveis nos "stints" longos, se acertarem nos pneus disponíveis. Um pouco como aconteceu com a Ferrari em 2017, especialmente no famoso GP da Austrália e de como Vettel bateu Hamilton nas trocas de pneus (e o famoso gesto do Toto Wolff nas boxes). Caso isso seja verdade, o potêncial de uma luta a seis pelo título existe, e se as coisas andarem nivelados a três, poderá ser uma oportuniade de ouro para Max Verstappen atacar um título mundial. Aos vinte anos de idade, já repararam nisso?

Veremos. Prefiro ver tudo isso a confirmar - ou não - na pista. 

Ferrari: Headline times are all well and good but neither Seb nor Kimi seemed overly effusive in their hope for the year. Longer wheelbase mixed with high take may cause aero headaches. Still question marks over race pace. Few think it on the same level as the Merc or Red Bull.

Ferrari: A tabela de tempos pode ter sido boa, mas na verdade, nem Seb [Vettel] nem Kimi [Raikkonen] se mostraram efusivos em relação à temporada que aí vêm. Uma distância entre eixos maior, misturado com uma alta entrada de ar pode causar dores de cabeça em termos aerodinâmicos. Há pontos de interrogação em relação ao ritmo de corrida. Poucos acreditam que esteja ao mesmo nível da Mercedes e da Red Bull. 

A Ferrari andou muito bem em 2017 a apenas os desastres de Singapura e Suzuka é que a balança desiquilibrou a favor da Mercedes. Vettel teria merecido o penta tanto quanto Hamiltom mereceu o tetra. Parte-se do principio de que o novo chassis poderia partir do que tinha feito a partir dali e resolvesse os problemas pendentes. Mas parece que o novo chassis pode nem ter resolvido esses problemas, como pode ter criado novos problemas. Não se pode dizer que "vão de cavalo para burro", mas numa luta a três, eles poderão ficar com a medalha de bronze. Mas como já disse, há muita coisa escondida, e a Scuderia passou o tempo todo a esconder-se à vista de toda a gente...

Renault: Looked really stable trackside and for the most part ran reliably throughout testing. Some big upgrades already in the mix (front wing trialled on final days). Big push from team this year. Have to make leaps forward in aero as PU still comparatively weak.

Renault: Parecia realmente estável na pista e andou eficazmente durante os restes. Existem algumas alterações a caminho (testaram uma asa nova nos últimos dias). Um grande salto esta temporada. Tem de dar alguns saltos em termos aerodinâmicos porque a UP ainda é relativamente fraca.

A Renault poderá ser a potencial quinta classificada no campeonato de construtores (sobre o potencial quarto classificado, deixo isso para amanhã), mas o salto para Nico Hulkenberg e Carlos Sainz Jr. para pódios e outras classificações meritórias vai ser mais em termos aerodinâmicos do que própriamente no motor. É nesse campo que a Red Bull aposta tudo, e é por isso que vencem, porque em termos de potência, são modestos, comparados com Ferrari e Mercedes. Caso tivessem um motor tão bom como as duas equipas que acabei de referir, certamente estariam na luta e provavelmente Daniel Riccardo e Max Verstappen seriam sérios candidatos ao título. Mas não são.

Contudo, mostraram que pretendem evoluir. E se forem bem sucedidos, poderão atacar o quarto lugar.

McLaren: Wretched testing. Whether small issues creating big delays of big issues hidden as small you can’t get back lost time. And when car was running, pitstops a shambles. Headline quick laps on hypers fooling nobody. Boullier was short and clipped in interviews. He’s worried.

McLaren: Uma sessão de testes muito má. Pequenos problemas causaram grandes atrasos e grandes problemas escondidos como pequenas questões. E quando o carro esteve a andar, as paragens de pneus foram uma comédia. Voltas velozes em hipermoles não conseguiram convencer ninguém. [Eric] Boullier deu respostas curtas nas entrevistas. Está muito preocupado.

Parece que a McLaren sai de pesadelo em pesadelo. Os tempos da Honda foram horríveis e pensava-se que na Renault, um motor mais fiável poderia ajudar a marca de Woking fazer um bom chassis para os colocar na frente, aliado à capacidade de pilotagem de Fernando Alonso. Contudo, e daquilo que se viu do MCL33, houve vários problemas no chassis que fizeram com que os testes não corressem de modo suave como queriam. E as constantes paragens não ajudaram nada em saber até que ponto eles estão em termos de concorrência, só adensou o mistério. 

Resta saber até que ponto eles aguentam outra má temporada. E onde ficarão em termos de construtores. A ideia é ficar no quarto ou quinto lugar, mas por aquilo que se viu, a possibilidade de serem sétimos é mais uma realidade do que uma fantasia. E pódios, só com algum "bodo aos pobres" nos da frente, ou um dia bem inspirado por parte de Fernando Alonso ou Stoffel Vandoorne.

Amanhã falo mais sobre as restantes equipas do pelotão. E quem é o potencial candidato ao quarto lugar dos Construtores, e algumas coisas mais.

domingo, 11 de março de 2018

WRC 2018 - Rali do México (Final)

No final, Sebastien Ogier aguentou as difíceis classificativas mexicanas e acabou por ser o vencedor do rali, batendo Dani Sordo e Kris Meeke e vencer pela segunda vez na temporada, reforçando a sua liderança no campeonato.

Com três especiais para terminar, o piloto francês da Ford limitou-se a gerir a vantagem até à Power Stage, enquanto que atrás, havia luta pelo segundo posto entre Kris Meeke e Dani Sordo. Contudo, em Alfaro, enquanto que Sodro foi terceiro, a 10,9 segundos de Jari-Matti Latvala, o vencedor, já Kris Meeke sofreu um capotamento e perdeu 47,7 segundos, cedendo o segundo lugar para o piloto da Hyundai.

"Eu apenas estava indo para os pedregulhos quando o carro deslizou. Um barranco profundo do lado de fora pegou uma roda e nos colocou do nosso lado", explicou.

Tanak ganhou na primeira passagem por Las Minas, 1,4 segundos à frente de Latvala, com Ogier a ser quarto, a 5,1 segundos, e Sordo a ser oitavo, a 12,3. E no final, foi de novo Tanak a vencer a Power Stage, a segunda passagem por Las Minas, conseguindo bater Ogier e Latvala, tando uns pontos de consolação à Toyota, num rali um pouco... esquecível para a marca japonesa. Sordo perdeu 18,8 segundos à custa de novo furo.

Assim sendo, Ogier acabou com uma vantagem de um minuto e 13 segundos sobre Dani Sordo, que consegue aqui o seu melhor resultado da temporada, enquanto que no lugar mais baixo do pódio ficou Kris Meeke, a um minuto e meio do francês da Ford. Andreas Mikkelsen foi o quarto, no segundo Hyundai, na frente de Sebastien Loeb, que levou dez pontos no seu regresso ao WRC, a dois minutos e 34 segundos, e muito à frente de Thierry Neuville, o sexto... a nove minutos e 13 segundos.

Pontus Tidemand foi o sétimo no seu Skoda, e o melhor dos WRC2, na frente de Jari-Matti Latvala o melhor dos Toyota apenas na... oitava posição, enquanto que a fechar o "top ten" ficaram o britânico Gus Greensmith e o chileno Pablo Heller, e ambos conseguiram aqui os seus primeiros pontos no WRC. 

O Mundial agora vai para a Europa, onde entre os dias 5 e 8 de abril, correrá nas sinuosas estradas da ilha da Córsega.

WRC 2018: Rali do México (Dia 2, segunda parte)

Se na primeira parte do dia, parecia que Sebastien Loeb poderia surpreender tudo e todos e conseguir uma liderança que poderia abalar o mundo dos ralis, a parte da tarde estragou-lhe os planos, quando dois furos o fizeram atirar para fora do pódio. Tudo começou na primeira especial da tarde, a 14ª do rali, onde perdeu dois minutos e 23 segundos e caiu para o quinto posto da geral. O grande beneficiado disto tudo foi Sebastien Ogier, que subiu ao primeiro lugar depois de ter vencido a especial, batendo Kris Meeke por 3,8 segundos.

"Foi uma pedra na estrada. Nada realmente ruim. Não pensei que tivesse um furo por isso, mas eu tive um", comentou Loeb.

Quem também teve um furo foi Dani Sordo, que perdeu 30 segundos e caiu para o terceiro posto. "Havia uma pequena pedra no início da especial. O pneu furou e depois delaminou-se perto do fim", comentou o piloto da Hyundai.

Ogier depois continuou ao ataque, vencendo na segunda passagem por Otates, com seis segundos de vantagem sobre Loeb, e na segunda passagem por El Brinco, dando 2,6 segundos a Kris Meeke. Com isso, a vantagem para o britânico alargava-se para 37,1 segundos, enquanto para Sordo, essa ficava-se agora pelos 44,5. "Foi um dia perfeito para ser honesto. Eu dei o máximo que pude e [isso] trabalhou a nosso favor. Nós temos um pouco de desgaste de pneus agora, então não dei o que eu queria", comentou, no final dessa especial.

No final, duas passagem por Leon deram a vitória quer a Sordo, quer a Meeke, mas não mudaram os resultados gerais. Com Ogier a liderar com 35,2 segundos de vantagem sobre Meeke, e 42,9 sobre Sordo, Andreas Mikkelsen é o quarto classificado no segundo Hyundai, na frente de Sebastien Loeb, a dois minutos e 18,4 segundos da liderança. 

Thierry Neuville está a quatro minutos e 44 segundos, num já distante sexto lugar, enquanto que Pontus Tidemand é o melhor dos WRC2, no sétimo posto, mas a quase dez minutos do primeiro. Gus Greensmith é o oitavo, a quinze minutos e meio, com Jari-Matti Latvala não muito longe, enquanto que a fechar o "top ten" está o chileno Pedro Heller, a 21 minutos e 37 segundos.

O rali do México termina este domingo, com a realização das últimas três especiais.