sábado, 8 de junho de 2013

Formula 1 2013: Ronda 7, Canadá (Qualificação)

Montreal é sempre um lugar que está no coração dos adeptos. Desde o nome do circuito, que está sempre no coração dos adeptos de Formula 1, até às características do circuito, situado numa ilha artificial - construída para a Expo 67 - onde não há muito espaço e um erro poderá custar a corrida. Dada a imprevisibilidade do circuito, por vezes penso que o espírito de Gilles Villeneuve desce sempre a aquela parte de Montreal e do Canadá, pois na maioria das vezes, a corrida canadiana costuma ser a melhor do ano. Com ou sem pneus a esfarelar, com ou sem a chuva ou o frio a ajudar.  

E era isso que iria marcar o fim de semana: o tempo. Havia chuva prevista para todo o fim de semana, bem como as baixas temperaturas em Montreal, e isso poderia ajudar pilotos como Sebastien Vettel.  Nas horas anteriores à corrida tinha chovido, mas a pista estava a ficar decentemente seca para que os pilotos poderiam fazer em pneus secos. Mas, precisamente cinco minutos do inicio da qualificação, a chuva faz nova aparição e a pista volta a ficar molhada e parecia que ia complicar as coisas para os pilotos. Com o relógio a começar a contar, os primeiros carros foram à pista com pneus ainda para seco, para ver como eles aguentariam nestas condições. Kimi Raikkonen e Max Chilton mostraram que as coisas andavam muito complicadas. Logo, meteram os pneus intermédios.

Com os primeiros minutos e os pilotos a marcarem os seus primeiros tempos, a chuva tinha parado e a pista começava a mostrar sinais de secura, mas não o suficiente para colocar pneus para seco. Aliás, a coisa mais parecia manteiga derretida do que outra coisa. No final da Q1, para além dos Caterham e dos Marussia, o Lotus de Romain Grosjean - já penalizado pelos eventos no Mónaco - que conseguiu apenas o 19º tempo, e com isso, iria largar da última posição. Mas mais chocante ainda tinha sido o 17º tempo do Force India de Paul di Resta, que pela segunda vez consecutiva ficava de fora da Q2, depois do Mónaco.

Com o inicio da Q2, o tempo parecia piorar, com mais chuva e a pista a dificultar as coisas aos pilotos. Muitos não conseguiam travar a tempo na chicane final, lutando para se manterem na pista. E por causa disso, os pilotos conseguiam evitar os muros... excepto Felipe Massa, que a dois minutos do final da Q2, perde o controle do seu Ferrari na curva 3 e bateu forte na parede com o seu novo chassis. Resultado: bandeira vermelha.

Em pouco mais de três minutos, os pilotos mudaram de pneus e foram para a pista no sentido de tentarem a vaga para a Q3. Resultado: os dois Toro Rosso conseguiram um lugar, bem como o surpreendente "rookie" Valtteri Bottas, no seu Williams, numa parte onde o melhor tinha sido o Mercedes de Lewis Hamilton. Em contraste, os McLaren de Jenson Button (com um erro inexplicável para um piloto veterano como ele) e Sergio Perez estavam de fora, bem como o Williams de Pastor Maldonado, e claro, o Ferrari de Felipe Massa.

Por esta altura do inicio da Q3, a chuva tinha parado e a linha seca era cada vez mais visível. Sebastian Vettel conseguiu fazer um grande tempo, fazendo com que os outros trabalhassem para o apanhar. Mas a meio, caiu mais um pouco de chuva e a linha seca desapareceu. Era quase com que o piloto alemão tinha ficado com a pole-position, mas Lewis Hamilton não desistiu de tentar, e perto do fim, parecia que ia conseguir. Mas travou muito tarde na chicane final e foi pela escapatória.

Resultado final: Sebastian Vettel conseguia a sua terceira pole-position da temporada e a 40ª da sua carreira, na frente de Lewis Hamilton e de um surpreendente (apenas a sua sexta corrida da sua carreira) Williams de Valtteri Bottas. Nico Rosberg era o quarto, no segundo Mercedes, na frente de Mark Webber e de Jean-Eric Vergne era o sétimo, na frente de Fernando Alonso, Kimi Raikkonen e do segundo Toro Rosso Daniel Ricciardo.

Amanhã, dia de corrida, as expectativas estavam bem altas, e o tempo instável poderia ajudar na imprevisibilidade do resultado. Provavelmente, a qualificação foi uma mera amostra.

Youtube Rally Interview: A entrevista de Robert Kubica à BBC


No fim de semana do GP do Canadá, a BBC lembrou-se de Robert Kubica e foi a Atenas para o entevistar, pouco depois de ter vencido na categoria WRC2 no Rali da Acrópole e ter conseguido um digno 11º posto na geral com um Citroen DS3 WRC.

A reportagem lembra do que ele foi e aquilo que poderia ter sido se não fosse o seu acidente de fevereiro de 2011, onde no Rali Ronda di Andora, um guard-rail atravessou o seu Skoda Fabia S2000 e o feriu gravemente na sua mão, braço e perna direitos, correndo o risco de amputação na sua mão direita. Depois de dezenas de operações e mais de um ano de fisioterapia, Kubica volou à ação, nos ralis, e aos poucos demonstra que continua veloz, especialmente nos ralis de asfalto.

Resta saber se ele estará suficientemente apto para guiar um Formula 1. Ele afirma que o grande problema é o tamanho do cockpit, que o prejudica, e que caso algum dia os carros sejam 10 ou 15 centímetros mais largos, talvez regresse a um carro. Pode ser, mas até lá, a maior parte das pessoas já meteu na sua cabeça que ele não volta mais a um cockpit de Formula 1.

Aviso já: este video tem uns problemas no som. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Youtube Nordschleife Crash: Mais um perigo para o Inferno Verde

Sim, o automobilismo é perigoso. E Nurburgring Nordschleife, com os seus 23 quilómetros e mais de 120 curvas, é mesmo um "Inferno Verde", como certo dia chamou Jackie Stewart. O tempo pode ser instável naquelas paragens, com muita chuva e nevoeiro, mas existem outros perigos na floresta. Como os veados.

Neste caso em particular, este senhor, guiando um Renault Megane RS, teve o azar de ver um veado a saltar precisamente na sua frente, sem que ele tivesse tempo de reagir. Resultado final: a frente esquerda do seu carro ficou danificada e aparentemente, os passageiros levaram o animal atropelado para um belo churrasco. 

Vamos a ver se conseguiram tirar os pedaços de farol e de chassis que ficaram marcados no animal...

Noticias: Autoridades locais proibem corridas no centro de Bangkok

Problemas para um eventual circuito urbano em Bangkok. A Autosport britânica fala hoje no seu site que as autoridades locais aprovaram uma lei que proibe a realização de corridas no centro da cidade, alegando uma proteção aos monumentos históricos ali existentes, dois meses depois de ter sido aprovado um traçado de seis quilómetros no centro da cidade, com vista a um GP da Tailândia, a partir de 2015. 

"A lei está em vigor desde o passado dia 16 de maio, proibindo a realização de corridas dentro da cidade de Bangkok, devido a motivos de conservação, culturais e artisticos", afirmou Kriangphon Pattanarat, diretor geral do planeamento urbano na capital tailandesa.

A corrida, que teria o apoio de um dos sócios da Red Bull (bebida com origens tailandesas), seria a segunda a ser feita durante a noite - depois de Singapura - e iria ser feito na zona do estaleiro naval, com passagens pelo palacio real e pelo Monumento à Vitória, tudo isso no centro da cidade. Agora com a implementação da lei, provavelmente outro traçado terá de ser considerado em Bangkok, ou então a construção de uma pista permanente.

Rumor do dia: Michelin considera regresso?

Se na quarta-feira a Bridgestone afirmou que descartava o regresso à Formula 1 no curto e médio prazo, esta sexta-feira, o jornal espanhol "As" afirmou que a Michelin, que não está na Formula 1 desde o final de 2006, poderia considerar o regresso à categoria máxima do automobilismo, onde esteve entre 1977 e 1984, e de 2001 a 2006. Segundo o periódico, representantes da marca francesa estariam no paddock de Montreal no sentido de discutir o regresso à modalidade, numa altura em que a Pirelli estaria a negociar a renovação por um longo periodo, a partir de 2014, sempre na base do monopólio. 

A medida pode ser considerada por dois motivos: a primeira, como uma pressão para a marca italiana para que as exigências sejam do agrado da FIA e não da marca, e a segunda, uma maneira de Jean Todt, o seu presidente, ter uma marca francesa como fornecedora de pneus, para assim ter um aliado.

A Michelin está nesta altura presente no Mundial de Endurance, o WEC, bem como fornece a algumas equipas de Ralis no WRC. 

Youtube Mustang Hooning: As aparências iludem...

O tornado do passado dia 20 de maio, que atingiu a localidade de Moore, no Oklahoma, pode ter causado 23 mortos e mais de 370 feridos, para além de quase dois mil milhões de dólares em prejuizos em casas, carros e outros objetos do quotidiano. Mas no meio disto tudo, houve quem tenha visto os estragos e viu um lado positivo desta desgraça.

Uma pessoa pegou nos destroços de um Ford Mustaing (vermelho, ao que parece) e depois de algum esforço, conseguiu colocá-lo a funcionar. Pode não ter tejadilho, capô ou o tampo da bagageira, mas têm quatro rodas e um volante - e um motor a funcionar - mas o seu proprietário sabe divertir-se com ele...

quinta-feira, 6 de junho de 2013

WRC: Apesar de vitória, Kubica não é candidato ao título

A vitória de Robert Kubica na sua categoria, no Rali da Acropole, significa que a sua adaptação aos ralis - e mais particularmente aos troços de terra - está bem encaminhada. Depois de alguns despistes e acidentes, quer em asfalto - a das Canárias, em asfalto foi quase chocante - quer em terra, parece que por fim, as coisas estão a ir bem. E ainda por cima, num rali tão abrasivo como é o grego, até é uma vitória que deveria ser comemorada duplamente.

Contudo, quando perguntado se isso seria o prenuncio de um ataque ao título na categoria, ele foi categórico: "As chances são zero. Não estou concentrado nisso". E tem alguma razão, pois ele é atualmente o sexto classificado no Mundial, com 33 pontos, mas apenas disputou dois ralis.

O polaco justificou a sua declaração devido à sua inexperiência nos ralis de terra: “Não tinha experiência antes de Portugal. Não havia guiado na terra, e a maioria dos ralis é na terra. Não estou pensando no título, minha abordagem é em cada rali. Gosto de ser rápido e levar o carro ao limite, mas rali requer muita experiência, e eu ainda não a tenho. Tenho boas habilidades para levar o carro ao limite, mas isso é 10 ou 30%. O resto é a experiência das trilhas e suas condições, e estou descobrindo isso cada vez que faço um rali”, concluiu, em declarações captadas pelo site brasileiro Grande Prêmio.

Kubica - e o seu navegador Michal Baran - vão voltar a correr dentro de duas semanas na Sardenha, outro rali em terra.

Noticias: Testes poderão ser liberalizados em 2014

As equipas poderão ter acordado com o regresso dos testes a meio da temporada a partir de 2014. Segundo dizem hoje o jornal "Gazzetta dello Sport" e o site "Italiaracing", o acordo foi alcançado há cerca de semana e meia, no Mónaco, e consiste em que as equipas podem fazer um máximo de quatro testes durante a temporada, de dois dias cada uma, e sempre em circuitos europeus.

A medida poderá agradar a Pirelli e as equipas maiores, mas poderá resultar num acrescento de até dez milhões de dólares. Fonte não identificada no paddock afirmou à Italiaracing que a medida não agradou a todos: "Com 19 ou 20 corridas por ano e 12 dias de testes na pré-temporada, este acréscimo exigiria um custo de 5 a 10 milhões de euros a mais por equipa". Isto tudo numa altura em que algumas equipas poderão pagar mais de 15 milhões de euros, só nos novos motores de 1.6 litros. Algo que poderá prejudicar as mais pequenas, como a Marussia, por exemplo.

Noticias: FIA leva Mercedes e Pirelli a tribunal

A FIA decidiu hoje, depois de aturada deliberação, mandar o caso do teste secreto da Mercedes com a Pirelli para o Tribunal Internacional da FIA, por achar que esta violou a proibição de testes após o inicio da temporada, pois esta esteve a fazer com um chassis deste ano e com os pilotos titulares, Nico Rosberg e Lewis Hamilton. No meio disto tudo, decidiu absolver a Ferrari, que tinha feito um teste semelhante algum tempo antes, mas com chassis de 2011 e o seu piloto de testes, o espanhol Pedro de la Rosa.

No comunicado da FIA, lê-se que "à luz das respostas recebidas e da informação recolhida durante este inquérito, o presidente da FIA, na forma de acusação decidiu: encerrar o caso com a Scuderia Ferrari Team depois de considerar que a sua participação no teste de pneus organizado pela Pirelli em Barcelona a 23 e 24 de Abril utilizou um monolugar de 2011, o que não encerra qualquer contravenção aplicável às regras da FIA”. 

Depois, a decisão: "Levar o caso relativo ao teste do Team Mercedes AMG Petronas F1 com a Pirelli em Barcelona entre 15 e 17 de Maio 2013 perante o Tribunal Internacional da FIA porque nos resultados conclui-se que as condições do teste podem constituir uma quebra dos regulamentos da FIA. Portanto o Tribunal internacional da IFA é convocado para tomar uma decisão relativa ao exposto.”, concluiu.

Entretanto, Nico Rosberg reagiu à história do "teste secreto" - que já não é tão secreto assim - afirmando que pouco ou nada aprenderam com isso: "Eles não nos disseram muito. Eles apenas falaram que estamos fazendo isso, isso e aquilo, e os engenheiros é que estavam executando o programa. Assim, nós não aprendemos nada e não decidimos nada também", revelou.

Sobre se o assunto iria afetar o desempenho da marca durante o fim de semana canadiano, o piloto alemão disse que isso não iria colocar o trabalho em causa. "Não vai afetar em nada. A equipe está lidando bem com isso e estou totalmente focado no que estou fazendo, não teve nenhum impacto sobre mim", garantiu. "Não notei nada de diferente na nossa preparação. Sei que a equipa está colaborando com a FIA para que isso seja resolvido rapidamente", acrescentou. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Noticias: Bridgestone descarta regresso à Formula 1

A história do desgaste dos pneus da Pirelli vai continuar a dar com que falar, especialmente quando se ouve rumores de que a marca italiana poderia estar a considerar abandonar a competição em 2014, zangada com as reclamações e os critérios das equipas em relação ao desgaste deste tipo de pneus, escolhidos pela marca - já que está ali em regime de monopólio. Com esses rumores no ar, algumas marcas, como a Bridgestone, poderiam considerar um regresso. 

Mas a marca, que saiu em 2010, já afirmou que descarta o regresso. Falando à Autosport britânica, um porta voz da marca começou por declarar: “Não temos planos para voltar à Formula 1. Desde a nossa participação que a Bridgestone tem alcançado uma melhora significativa na percepção da marca na Europa e em outras áreas em todo o mundo”. 

Ao mesmo tempo, a Bridgestone foi bem-sucedida na aplicação das tecnologias de compostos, design e simulação de pneus da Formula 1 para o desenvolvimento de pneus de carros de rua. Podemos dizer que a participação da Bridgestone na Formula 1 por 14 anos foi muito significativa”, completou. 

Sob o atual ambiente de negócios, que está mudando continuamente, a Bridgestone está focada na necessidade de reorientar seus recursos para o desenvolvimento mais intensivo dessas tecnologias inovadoras e produtos estratégicos, e decidiu não voltar a entrar em um novo contrato de fornecimento de pneus após a expiração do contrato no fim da temporada de 2010”, concluiu.

Para além disso, outra marca, a coreana Hankook, também afirmou não estar interessada num eventual ingresso na categoria máxima do automobilismo.

A Bridgestone esteve na Formula 1 entre 1976 e 1977, com a equipa japonesa da Kojima, e de 1997 até 2010, umas vezes acompanhada da Goodyear (até 1998) outras pela Michelin (de 2001 a 2006).

Youtube Motorsport: Como se monta o carro para o Pikes Peak

Apareceu hoje mais um video da Peugeot, com o 208 Ti16 a ser preparado para o Pikes Peak, que vai acontecer no final deste mês, com Sebastien Löeb ao voltante. Em menos de um minuto, mostra-se como é montado o carro que vai subir para tentar bater o recorde existente e ser o carro mais veloz a chegar ao topo daquela mitica montanha existente no estado americano do Colorado. 

Youtube Rally Slowmotion: Rali da Acrópole, em câmara lenta


Já têm três dias, mas vale sempre a pena ver algum rali do WRC em câmara lenta. Mesmo um rali tão duro e exigente como o da Acrópole, onde os Volkswagen ganharam de novo, mas com Jari-Matti Latvala ao volante.

E no Nobres do Grid deste mês...

"(...) Mas por estes dias, este é um assunto que está a fascinar os adeptos, tanto ou bastante mais do que as eventuais trocas de pilotos que inevitavelmente acontecerão no final desta temporada, principalmente no campo da Red Bull, por exemplo.

As coisas começaram há cerca de dez dias, quando a Honda anunciou que em 2015, iria fornecer motores à McLaren, assinalando um regresso à competição, depois da sua saída intempestiva no final de em 2008. O acordo seria exclusivo, com a marca japonesa a fornecê-los… de graça. Isto por causa do facto de ser uma parceria. Era um acordo que se esperava desde o inicio do ano, altura em que os rumores começaram a circular.


E a partir daqui, surgiram outros rumores. Regresso de algumas marcas, como a Toyota ou a Ford, através da Cosworth, que continuam por confirmar ou serem desmentidos, e dentro dos fornecedores, se iria haver alguma troca de motor entre as três das quatro que estão neste momento presentes, isto é: Mercedes, Renault e Ferrari. (...)"

"(...) Mas estes regressos, assinaturas de contratos e demais compromissos vêm com um preço bem elevado. Para terem uma ideia, em média, as equipas pagam 7 milhões de euros por um dos atuais moores 2.4 litros. Só que a partir de 2014, devido aos custos associados ao seu desenvolvimento, a Renault vai pedir 25 milhões de euros por um contrato de fornecimento dos seus motores Turbo 1.6, do qual muito poucos podem pagar – em principio, serão Toro Rosso, Red Bull e Caterham, graças aos bolso mais fundos dos energéticos ou o acordo comercial entre as duas marcas.

A Mercedes pede à volta de 17 milhões de euros por época para que McLaren, Force India e eventualmente, Williams, fiquem com os seus motores. E a Ferrari é mais barata: 15 milhões para Sauber e Marussia. Resta a Lotus, que em principio, ficará com os Renault, mas poderá estar tentado para outros negócios, outros fornecedores de motores, ou até, atrair um construtor a partir de determinado ano. (...) 

Na próxima temporada, a Formula 1 terá um novo regulamento de motores, com os 1.6 Turbo, seis cilindros desenhados em V. Três marcas estão à partida em 2014, e haverá uma quarta marca em 2015, a Honda, que fará o seu regresso. Mas num mundo e num tempo fluidos, as coisas estão sempre a mudar e outras marcas poderão estar a pensar em fazer o seu ingresso ou regresso, como a BMW, Ford e quem sabe, Toyota. E é sobre isso e algo mais que podem ler na coluna deste mês que escrevo no site Nobres do Grid.

terça-feira, 4 de junho de 2013

A capa do Autosport desta semana

A capa do Autosport desta semana tem o Volkswagen Polo R de Jari-Matti Latvala em ação, ele que foi o grande vencedor do Rali da Grécia, aproveitando os problemas de Sebastien Ogier. Sob o título "Finalmente, Latvala", o jornal comemora a vitória do piloto finlandês.

Em cima, há uma declaração de Tiago Monteiro, pois isto é a semana anterior às corridas em Moscovo, e onde afirma que "Vamos continuar a trabalhar no duro!" em relação ao Honda Civic e em relação ao campeonato de WTCC.

Em baixo, alguns resultados desportivos do fim de semana que passou, desde o DTM, na Áustria ("Albuquerque em baixo de forma"), passando pelo Nacional de Montanha, na Covilhã ("Tiago Reis pela margem mínima"), pelo TT Serras do Norte ("Dominio total de Miguel Barbosa") e acabando com a WSR, em Spa-Francochamps ("Félix da Costa recupera terreno")  

A foto do dia

O acidente de Maria de Villota foi há quase um ano (vai fazê-lo no mês que vêm), mas ver as imagens do seu capacete, após este tempo todo, ainda impressionam. Falamos de um capacete de quatro mil euros, feito em fibra de carbono, desenhado para resistir a muitos obstáculos, mas não, naquele caso em particular, a uma porta de um camião.

O rasgão é explicável: foi o capacete que aguentou todo o impacto da batida, tendo ela perdido o seu olho direito e ficado com fraturas no crânio e no maxilar, do qual ela sofre - e provavelmente sofrerá durante muito tempo - de fortes dores de cabeça.

Após este tempo todo - e de ficarmos felizes por vê-la viva, apesar das sequelas permanentes - não deixo de ficar impressionado com aquele rasgão no capacete. Da mesmo forma que fiquei impressionado quando vi a ressonância magnética do crânio dela após o seu impacto, em julho do ano passado. Apesar de tudo, espero que isto não a impeça de voltar a conduzir, apesar de continuar achar que ela não é a melhor piloto do mundo. Mas gostaria de voltar a ver num carro, como fez Alex Zanardi depois de perder as pernas naquele horrível acidente de Lausitzring, em 2001. Porque o automobilismo precisa de mais exemplos de superação, só isso.

Youtube Karting Crash: mais um video do acidente de Carpina

Estão a aparecer mais videos do acidente de Carpina, onde um piloto que disputada uma prova de karting - aparentemente clandestina - acabou por morrer. Este video, que o Julio Cesar Kronbauer me mandou, mostra outra perspectiva do acidente, onde se vê que o piloto deverá ter quebrado o pescoço ou levado com um grave traumatismo na cabeça que o levou à morte. É que nos segundos ao acidente, ele reage, tentando levantar-se ou sair dali.

Também se mostra que os socorros foram rápidos e fizeram os devidos procedimentos para o imobilizar, logo haveria uma ambulância no local, apesar da "clandestinidade" do evento. Noutro video, que está colocado no site Grande Prêmio - curiosamente, o primeiro que vi - tem um momento em que se mostra o piloto sem um dos sapatos, revelando a violência do acidente. Já agora, sabe-se quem é a vitima: chama-se Fernando Lopes, tinha 32 anos e era de Recife. A corrida em que participava era a quarta de um campeonato chamado "Copa Interioriana de Kart".

E claro, com o tempo, aparecem as reações oficiais. A Federação Pernambucana de Automobilismo (FPA) já "lavou as mãos", afirmando que não foram eles que organizaram esta prova: A FPA diz que “tem hoje apenas dois campeonatos de kart reconhecidos e homologados, ambos disputados sob a supervisão desta FAU com a segurança e padrões de competição dentro das exigências de que este desporto necessita”, começa por dizer.

"A realização de provas de automobilismo em vias públicas, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro, só pode ser realizada com a devida autorização da entidade desportiva estadual, e essa autorização é inexistente,” conclui a nota, que claro, trata a corrida como um "evento clandestino".

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Youtube Racing Crash: Os perigos de andar no Nordschleife

O video tem apenas vinte segundos e vê-se que o tipo que o filmava teve sorte de estar no lugar certo, à hora certa. Mas isto só demonstra o perigo de andar no Nurburgring Nordschleife, o "Inferno Verde" que Jackie Stewart muitas vezes chamava e do qual sempre temia não voltar de lá vivo.

Ao contrário do video anterior, o piloto está vivo. Mas o acidente foi bem feio, mostrando que aquele circuito desafiador não perdoa os que cometem um excesso...

Youtube Karting Crash: O acidente fatal de Carpina, Pernambuco


Quem me mandou esta foi o Jaime Boueri. O acidente ocorreu ontem, na cidade de Campina, noi estado brasileiro de Permanbuco, e o piloto, de 32 anos, acabou por morrer, aparentemente depois de ter batido com a cabeça num poste. Já aviso os mais sensíveis: o video do impacto é bem forte.

Pelo que andam a dizer, a corrida era clandestina, logo, não era sancionada nem pela entidade nacional, nem pela entidade estadual. Entendia-se que era uma pista de rua, com segurança mínima, onde um azar - e certo, um azar - tem um potencial imensamente fatal do que aconteceria, por exemplo, numa pista de karting de verdade, numa prova sancionada localmente.

Mais do que apontar dedos a A, B ou C, acho que se deve pensar a razão pelo qual uma organização com esta decidiu fazer uma prova de karting naquelas condições, porque aquilo não é Angola, onde apesar das condições, as provas são organizadas pela Federação e tenta-se dar um ar de profissionalismo. É porque as inscrições são caras? É porque as pessoas não querem a demasiada burocracia existente naquele sitio? É porque aquilo rende dinheiro e este fica nas mãos de poucos, que não querem distribuir o bolo por mais gente? 

É que no final, acabou por morrer uma pessoa que terá familia, que eventualmente tinha um emprego, e que queria divertir-se naquela tarde de domingo. Aposto que até não tinha seguro para cobrir este tipo de riscos. Agora, como vai ser? 

Suspeito que a culpa, no final, irá falecer solteira.

Youtube Racing Crash: o acidente de Adrian Newey... na volta de aquecimento

Nem aos melhores conseguem escapar a um mau dia no escritório. Só que este piloto em questão é mais conhecido noutra área: Adrian Newey é o mais conhecido projetista da atualidade, mas também é um ávido piloto de automóveis. Já fez as 24 Horas de Le Mans em 2007, por exemplo, num Ferrari da AF Corse.

Só que este domingo, em Silverstone, no Super Trofeo, decidiu ir de Lamborghini e perdeu o controlo do seu carro... na volta de aquecimento, mais concretamente, na zona de Becketts. O carro ficou danificado e a não ser que tudo isyto tenha sido um bizarro teste aerodinâmico, provavelmente a sua presença na pista foi bastante encurtada...

Youtube IndyCar Crash: o "Big One" de Detroit

A IndyCar Series teve este fim de semana algo inédito - e vai acontecer em mais duas ocasiões - de ter um fim de semana duplo, com os pilotos a terem a oportunidade de conseguirem o dobro dos pontos. E em Detroit, Mike Conway e Simon Pagenaud foram os melhores em duas corridas onde acidentes onde curiosamente, ambos venceram pela primeira vez na IndyCar.

E acidentes não faltaram na pista de Belle Isle, tal como este, que aconteceu na segunda corrida, neste domingo. O acidente ocorreu na 28ª volta, e envolveu os carros de - entre outros - Justin Wilson, Will Power, Graham Rahal, E.J Viso, Ryan Briscoe e Ed Carpenter, entre outros. Era a sexta vez que a corrida seria interrompida devido a acidente, e esta foi a que deu mais nas vistas.

Interessante é ouvir a frase de um dos comentadores: "Não se vencem corridas nas relargadas, mas podes perde-las". É uma verdade bem absoluta.

domingo, 2 de junho de 2013

WSR: Vandoorne vence em casa, Félix da Costa é quarto (atualizado)

Asegunda corrida da World Series by Renault, em Spa-Francochamps, deu resultado para o piloto da casa, Stoffel Vandoorne, que foi o vencedor, batendo o britânico Will Stevens e o dinamarquês Kevin Magnussen, que o acompanharam no pódio. Já António Félix da Costa, depois de uma má qualificação, conseguiu ultrapassar dois pilotos e chegou ao quarto lugar final, conseguindo marcar mais doze pontos e consolidar o terceiro lugar na classificação geral.

Com Kevin Magnussen a sair da pole-position, e numa pista húmida, o piloto dinamarquês foi surpreendido na partida por Vandoorne e pelo suiço Nico Muller, ficando no terceiro posto. Félix da Costa perdeu um lugar no arranque para o holandês Nigel Melker, mas pouco depois, conseguiu superá-lo.

Numa corrida onde havia uma paragem obrigatória para troca de pneus, a estratégia era importante. Vandoorne aproveitou bem, mantendo-se na liderança, enquanto que Félix da Costa conseguiu superar Carlos Sainz Jr. e Nico Muller nas boxes. Mas melhor fez Will Stevens, que atrasou a troca o mais que pôde e no final, conseguiu pressionar Kevin Magnussen e o passar para o segundo posto. Atrás, Félix da Costa conseguiu aguentar as pressões de Muller e ficar com o quarto posto final, ao mesmo tempo que o malaio Jazmen Jaffar e Carlos Sainz Jr. se eliminavam mutuamente na última volta.

No final da corrida, o piloto português depois comentou na sua página do Facebook: “Fizemos uma boa corrida, com uma estratégia de paragem na box inteligente e recuperei duas posições a pilotos que lutam comigo em termos de campeonato. Estou contente com o fim de semana, mais do que os pontos e o campeonato, o importante é que sabemos que temos novamente um carro capaz de lutar pelos lugares da frente e pelas vitórias. Estamos no caminho certo, motivados e prontos para a Rússia, que fecha a 1ª metade da época”, concluiu.

No campeonato, Magnussen tem agora 115 pontos, seguido por Vandoorne, com 86 e Félix da Costa, com  71 pontos. A próxima ronda será em Moscovo, no fim de semana de 22 e 23 de junho.

WRC 2013: Rali da Acropole (Final)

Se não é Sebastien Ogier, é Jari-Matti Latvala. Mas no final, é a Volkswagen que mais uma vez, leva a melhor sobre a concorrência. Desta vez é na Grécia, e para o finlandês - que este ano faz dez anos sobre a sua estreia no Mundial, exatamente em terras gregas - esta é a primeira vitória ao serviço da equipa alemã, e isso o fez subir ao segundo lugar do Mundial.

O último dia do Rali viu Sebastien Ogier - que desistiu logo na primeira classificativa - a chegar aos pontos e melhor, ser o mais veloz na Power Stage, que o fez conseguir quatro pontos e diminuir os estragos. Evgueny Novikov e Anders Mikkelsen ficaram a seguir na Power Stage, conseguindo os pontos referentes.

No final, com Latvala a ser mais inteligente do que em ralis anteriores, conseguiu ficar na frente de Dani Sordo, que aos 30 anos, ampliou agora para 34 os pódios que têm, sem vencer qualquer rali, conseguindo chegar ao segundo lugar pela vigésima vez na sua carreira. Thierry Neuville foi o terceiro, repetindo o seu melhor resultado de sempre com o seu Ford Fiesta WRC, e conseguindo o seu segundo pódio na temporada - e na carreira.

Anders Mikkelsen conseguiu na Grécia o quarto lugar, o seu melhor lugar de sempre numa prova do WRC ao volante do Volkswagen Polo R, conseguindo bater Nasser Al Attiyah, com Mads Ostberg a chegar ao sexto posto final. Mikko Hirvonen levou o seu Citroen DS3 WRC ao sétimo lugar, na frente de Martin Prokop, do russo Evgueny Novikov e do carro de Sebastien Ogier.

Destaque-se no final a vitória de Robert Kubica no WRC2, a bordo do seu Citroen DS3. Apesar de este não ser a sua superficie de eleição e da sua mão direita (ainda) não estar na melhor das suas condições, o polaco tem vindo a adaptar-se de modo paulatino - e com alguns despistes pelo meio - mas os primeiros resultados de relevo estão a acontecer agora. E a vitória dele foi tão ou mais celebrada como a de Latvala ou de Ogier...

Agora segue-se uma paragem de três semanas até ao Rali da Sardenha, que vai acontecer de 21 a 23 de junho.