O acidente de Maria de Villota foi há quase um ano (vai fazê-lo no mês que vêm), mas ver as imagens do seu capacete, após este tempo todo, ainda impressionam. Falamos de um capacete de quatro mil euros, feito em fibra de carbono, desenhado para resistir a muitos obstáculos, mas não, naquele caso em particular, a uma porta de um camião.
O rasgão é explicável: foi o capacete que aguentou todo o impacto da batida, tendo ela perdido o seu olho direito e ficado com fraturas no crânio e no maxilar, do qual ela sofre - e provavelmente sofrerá durante muito tempo - de fortes dores de cabeça.
Após este tempo todo - e de ficarmos felizes por vê-la viva, apesar das sequelas permanentes - não deixo de ficar impressionado com aquele rasgão no capacete. Da mesmo forma que fiquei impressionado quando vi a ressonância magnética do crânio dela após o seu impacto, em julho do ano passado. Apesar de tudo, espero que isto não a impeça de voltar a conduzir, apesar de continuar achar que ela não é a melhor piloto do mundo. Mas gostaria de voltar a ver num carro, como fez Alex Zanardi depois de perder as pernas naquele horrível acidente de Lausitzring, em 2001. Porque o automobilismo precisa de mais exemplos de superação, só isso.
2 comentários:
Eu achei que ela ficou muito sexy de tapa olho... Besteira minha, mas achei.
Ela jamais poderá voltar a pilotar um carro de corridas, pelo fato de que, com apenas um olho, não há mais a sensação de profundidade. E a FIA também não pode, jamais, permitir uma coisa dessas. Se o fizer, serão ambos - FIA e Maria de Villota - irresponsáveis, pois trata-se de uma situação bem diferente da do Zanardi.
Enviar um comentário