sábado, 22 de janeiro de 2022

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Há precisamente 40 anos, a Formula 1 começava a sua temporada em terras sul-africanas, e pelo segundo ano seguido... começava com polémica. Porque pela primeira vez na sua história... havia uma greve de pilotos. E claro, as chances de perigar o campeonato eram grandes. 

Mas como as pessoas viam um grupo de pilotos juntos num quarto de hotel, com colchões, e jurando não sair ali enquanto o problema não fosse resolvido? E Jean-Marie Balestre a levar pedados de pão na cara, vindas das mulheres e namoradas dos pilotos?

Para explicar esta história, temos de falar de um regressado: Niki Lauda. Regressado à Formula 1 depois de três temporadas de ausência, agora na McLaren, soube que, para ter a sua Superlicença, Teria de cumprir alguns critérios que considerou como... "abusivas". Por exemplo, se o piloto fosse despedido da equipa antes do final da temporada, não poderia correr mais. E pior: os pilotos tinham de ficar pela mesma equipa por, pelo menos, três temporadas. Ora, para ele, estas clausulas eram abusivas e falou com o presidente do Grand Prix Drivers Association, Didier Pironi.

Para piorar as coisas, Balestre apareceu na quarta-feira antes do Grande Prémio e obrigou os pilotos a assinarem o acordo, sob pena de não poderem correr logo de imediato. E havia mais cláusulas abusivas: organizadores, equipas e autoridades ligadas ao automobilismo estariam livres de quaisquer responsabilidade em caso de acidentes. 

Irritados, Lauda juntou os pilotos e fretou um autocarro para os levar para o Sunnyside Hotel, e a greve começava. As tensões aumentavam com o passar das horas, especialmente quando na sexta-feira, ninguém - as excepções foram Teo Fabi, da Toleman - foi à pista correr. Estavam fechados num enorme salão, com colchões de casal, e os pilotos dormiriam juntos, como se fosse uma casamata. E as saídas estavam fechadas, para evitar deserções. Fora, os jornalistas estavam ocupados com tudo isto, com Didier Pironi a andar de um lado e do outro para comunicar as suas intenções, e os organizadores estavam zangados. Ainda por cima, um ano depois da "corrida-pirata", vitima da guerra FOCA-FISA, quando Ecclestone quis organizar um campeonato paralelo. E enquanto tudo isto acontecia, Balestre, que nunca foi flor que se cheire, sentia a hostilidade de todos, até das pessoas mais insuspeitas do pelotão... 

Com Elio de Angelis a praticar o piano, e Gilles Villeneuve a entreter os seus companheiros, nos bastidores, ambas as partes chegavam a acordo no inicio de sábado: a FISA deixava cair as suas clausulas abusivas, e pagariam uma multa, e poderiam correr. Satisfeitos, eles foram fazer uma sessão de qualificação e a corrida prosseguiu, com o triunfo de Alain Prost, depois deste perder uma volta por causa de um furo no seu Renault. 

Mas sobre isso, falaremos amanhã. Agora que sabemos da história deste campeonato, pode-se dizer que este foi o começo agitado de um campeonato bem mais agitado. 

WRC 2022 - Rali de Monte Carlo (Dia 3)


Sebastien Ogier superou Sebastien Loeb e distanciou-se a ponto de, agora, ter uma bantagem de 21,1 segundos, e a luta entre ambos á tal que o veterano da Ford é o único que está a menos de um minuto do líder da prova. E entre os concorrentes, houve desistências, como os de Ott Tanak e Elfyn Evans, ao ponto de agora, o terceiro classificado ser Craig Breen, a 1.26,0 de Ogier. 

Com cinco etapas neste sábado, e com Loeb na frente, num duelo a dois com Ogier, que recuperara o segundo lugar depois de passar Elfyn Evans, no final do primeiro dia, este sábado começou com os Toyota ao ataque, mas com Evans a triunfar na especial, 0.7 sobre Kalle Rovanpera e 3,9 sobre Sebastien Ogier. Loeb perdia 7,3 segundos e via os pilotos da Toyota aproximarem-se.

Foi a seguir, na primeira passagem por Saint-Jeannet/Malijai que Ogier fez o seu ataque decisivo, triunfando na especial e com 1,1 sobre Evans, mas sobretudo, ganhando 6,5 segundos sobre Loeb, suficiente para ficar com a liderança. Na especial, Gus Greensmith e Thierry Neuville perdiam tempo por causa de problemas mecânicos. "Estamos a lutar com alguns problemas e agora algo quebrou na especial. O carro está indo para um lado e acabou.", queixou-se o belga.

Mas pior ficaram Katsuta Takamoto, que sofreu bum pião e perdeu quase 30 segundos, e Oliver Solberg que se despistou e acabou o rali por ali. "Foi mau por toda a manhã, mas não precisávamos disso.", lamentou o sueco.


Na especial seguinte, que incluía o Sisteron, um os miticos de Monte Carlo, Loeb e Ogier entravam empatados e o piloto da Toyota levava a melhor, triunfando sobre Rovanpera (a 4,5 segundos) e Loeb (a 5,4). Elfyn Evans despistou-se e acabou prematuramente o seu dia na estrada, enquanto Ott Tanak sofreu um furo, e logo a seguir, um despiste, perdendo 50 segundos. Ficando uma posição perigosa, foi por causa disso que a especial foi interrompida e os tempos neutralizados após a passagem de Loeb.

"Nunca é fácil passar por esta especial.  É apenas sobreviver, mas estamos aqui. Infelizmente Elfyn está na valeta - é uma pena para a equipa", afirmou Ogier.

A seguir, na segunda passagem por Saint-Jeannet/Malijai, Kalle Rovanpera acabou por ganhar, e Löeb sair melhor que Ogier, mas a diferença foi apenas de 0,3 segundos. Tanak desiste, pois o carro ficou dão danificado que já não dava para continuar. E no final do dia, na segunda passagem por Saint-Geniez/Thoard, com nova vitória de Kalle Rovanpera, Ogoer foi segundo, a cinco segundos, e Loeb perde 21,1 segundos e acabou em quinto na especial. Katsuta Takamoto despistou-se e acabou ali o seu rali.

"Estava a planear ir com os pneus de neve porque era a opção mais segura, mas vi que o Séb estava a optar pelos slicks, por isso mudei rapidamente no último minuto antes da largada. Foi complicado conduzir em alguns lugares, mas divertido nas partes secas.", disse Ogier, no final da especial.

Depois dos três primeiros, Kalle Rovanpera é o quarto, a 2.03,8, na frente de Gus Greensmith, nuns já distantes 6.33,8. Thierry Neuville era o sexto, a 7.44,1, enquanto o sétimo é Andreas Mikkelsen, a 9.37,2 e o melhor dos Rally2. O checo Erik Cais, no seu Ford Fiesta Rally2, a 9.59,6, e a fechar o "top ten" estavam o luxemburguês Gregoire Munster, no seu Hyundai i20 Rally2, a 10.44,1, e o francês Yohan Rossel, no seu Citroen C3 Rally2, a 11.14,2.

O Rali de Monte Carlo termina amanhã, com a realização das restantes quatro especiais.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

A imagem do dia


No próximo dia 13 de junho, passarão 40 anos sobre o acidente mortal de Ricciardo Paletti. Piloto italiano, então com 23 anos, estava a começar a sua carreira na Formula 1 na Osella, depois de uma temporada interessante no ano anterior na Formula 2, pela Onyx, com dois pódios e uma volta mais rápida. 

A carreira de Paletti começara cedo, e era um rapaz eclético - não se deixem enganar pelos óculos! - pois tinha feito karaté, ski, antes de se assentar no automobilismo. E a grande ajuda para lá chegar... foi do pai. Arietto Paletti era um homem que tinha enriquecido com a imobiliária, e entre outras coisas, conseguiu a representação da Pioneer, uma firma de alta fidelidade, em Itália. E é com esse dinheiro que algumas equipas fazem com ele seja um elemento necessário. Principalmente o britânico Mike Earle, que quando em 1981 o acolheu na sua equipa de Formula 2, achou que seria o trampolim para a categoria principal. Depois dessa temporada, Earle queria que fizesse mais uma temporada para dar o salto em 1983, com ele, na Formula 1. E provavelmente, com motor Turbo. 

Contudo, a história foi diferente. Paletti encantou-se com a Osella, que tinha um lugar para ele, e Earle teve de esperar mais uns anos para la chegar - aconteceu em 1989, sete anos depois. Mas infelizmente, ele não assistiria a isso. 

Lá, tinha a veterania de Jean-Pierre Jarier, piloto que tinha estado em equipas como Shadow, Ligier, Lotus e Tyrrell, entre outros. E na Osella desde o ano anterior, ele tinha de ser o primeiro piloto. A Paletti, ficava os "restos", e os resultados mostravam isso: só participou na sua primeira corrida em Imola, a quarta do ano, por causa de um boicote. E a sua participação acabou na sétima volta devido a um problema na suspensão. 

Só voltou a qualificar-se em Detroit, e a sua corrida não aconteceu por causa de uma quebra de suspensão durante o "warm up". Há uma sequência de fotos desse acidente onde se vê a peça a quebar-se em plena pista e o carro a acabar nas barreiras, sem que Paletti saísse machucado da situação, até a cumprimentar um dos comissários de pista pelo socorro atendido. Tentou-se reparar o carro a tempo, mas quando estavam prestes a fazer isso, Jarier tinha batido no muro e sem carro de reserva - que tinha sido usado pelo francês e inutilizado quando ele acionou acidentalmente o extintor... - e o italiano iria ficar em terra, para mal dos seus pecados.

Mas o carro melhorava. No Canadá, qualificava-se pela segunda vez consecutiva, e ele pareia que iria ter aquilo que queria. Mas na partida, Didier Pironi ficou parado na pista, porque tinha deixado morrer o seu carro, e o italiano, que vinha do 23º posto da grelha, atingiu em cheio o Ferrari, porque havia confusão entre os pilotos do fundo. Preso no carro, com o volante a atingir em cheio no seu peito, os socorros foram velozes em tirá-lo dali. Mas com os depósitos cheios e os escapes quentes, um derrame fez pegar fogo o seu Osella. E tudo perante o olhar aterrorizado da sua mãe, que o tinha visitá-lo e vê-lo, porque dali a dois dias iriam a Nova Iorque celebrar o seu aniversário. 

Não iriam. Apesar dos esforços e de terem conseguido levar para o hospital de helicóptero, ele tinha morrido, vitima de uma hemorragia toráxica, a dois dias de fazer 24 anos.

Os italianos não o esqueceram. O circuito de Vairano tem o seu nome, por exemplo. E há um altar na Capela do Cruxifixo, na Igreja de Santa Maria al Carrobiolo, em Monza, dedicado a ele.

E volto a falar desta história porque soube que no final da semana passada, o seu pai Arietto, a pessoa que ajudou a financiar a sua carreira até à Formula 1, tinha morrido. A sua mãe, Margheritta, já tinha também morrido uns anos antes. Para os que crêm, parece que estão juntos outra vez.

WRC 2022 - Rali de Monte Carlo (Dia 2)


A caminho dos 48 anos, e num programa parcial, Sebastien Loeb lidera o rali de Monte Carlo com o seu novo Ford Puma, com uma vantagem de 9,9 segundos sobre Sebastien Ogier, menos nove anos que ele e também num programa parcial em 2022, no seu Toyota Yaris, e Elfyn Evans, o terceiro, a 22 segundos e longe do quarto, o Hyundai de Thierry Neuville, que está a 47,8 segundos dos líderes. Tudo isto num dia que foi marcado pelo susto causado pelo Ford de Adrien Formaux que se despistou e acabou no fundo de uma ravina, 20 metros mais abaixo.

Com seis classificativas pela frente nesta sexta-feira, o dia começou com Loeb ao ataque, triunfando na primeira passagem por Roure/Beuil, ganhando 1,2 segundos sobre Ogier, ao mesmo tempo que Adrian Formaux teve o seu grande acidente, no quilómetro 12,2 da especial, onde bateu forte na parede da montanha, aparentemente por ter pisado uma placa de gelo. Acabou com o seu carro mais de 20 metros da estrada, com o carro destruído, mas o "roll cage" intacto, logo, quer o piloto, quer o navegador, Alexandre Coria, saíram incólumes. 

Ogier também não se safou muito bem. Embateu numa barreira e perdeu tempo para Loeb, enquanto Thierry Neuville fez um pião e perdeu tempo, sendo apenas seixo na etapa, 12,8 segundos atrás do triunfador. E ele mostrava descontentamento, senão receio, da máquina que tinha entre mãos.

Não está a ser melhor do que ontem, para ser honesto, é um pesadelo. Nunca me assustei tanto enquanto pilotava. Ainda há muito trabalho a fazer”, referia. E era verdade: as coisas não estão fáceis com o novo Rally1 da marca, pois nenhum dos pilotos está a conseguir andar ao nível dos Toyota e Ford. A Hyundai paga o preço por ter começado a desenvolver mais tarde o seu Rally1, pelo menos, em relação à concorrência.


A seguir, na primeira passagem por Guillaumes/Péone/Valberg, Loeb continuava ao ataque e triunfava com uma vantagem de 0,8 segundos sobre Ott Tanak e sobretudo, 2,7 sobre Ogier, reduzindo a distância para 2,8 segundos. 

No final da especial, Loeb estava a gostar do andamento: "Estou a sentir bem com o carro. Tentei forçar muito nessas duas etapas, mas é bastante complicado. Em alguns lugares você tem muita aderência, mas em outros não tem nada. O carro está a sentir bem e vamos puxar.

Já Ogier se queixava do asfalto e da sua (falta de) aderência. "Está realmente muito escorregadio. Há muitos ganchos perto do final com tração muito baixa para pilotar. Prefiro jogar pelo seguro no momento com essas condições."


E se um joga no seguro e o outro anda ao ataque, então o resultado é inevitável: na quinta especial, a primeira passagem por Val-de-Chalvagne/Entrevaux, os 17,11 quilómetros foram suficientes para Loeb triunfar e passar para a frente do rali, ajudando também pelos 15,8 segundos que Ogier perdeu na especial. E pior: o segundo foi Elfyn Evans, a 2,3, e o francês da Toyota cai para terceiro na geral.

"Eu andei a esforçar-me muito [durante] a manhã toda e o carro está ótimo. Tenho uma sensação muito boa com este carro, então continuo a puxar por ele. Foi complicado com o gelo, mas minha equipa fez um trabalho muito bom, então tentei andar a fundo do começo [até] ao fim."

Com a chegada das classificativas da tarde, a segunda passagem pelas da manhã, Loeb voltou a ganhar, e desta vez foi com uma vantagem de 2,9 segundos sobre Ogier e 3,9 sobre Evans. Ogier disse que "deu o seu melhor, mas não estava fácil", enquanto Loeb afirmou que "foi uma etapa perfeita" e que "se sentia muito bem no carro". 

Gus Greensmith intrometeu-se na sétima especial, conseguindo a sua primeira vitória em especiais no Monte Carlo, com Loeb a perder 2,9 segundos, e Ogier apenas 1,4, suficiente para passar Evans e ficar com o segundo lugar, pois o piloto galês tinha perdido 3,6 segundos.


E Ogier acaba o dia a triunfar na oitava especial, a segunda passagem por Val-de-Chalvagne/Entrevaux, 1,5 segundos na frente de Ott Tanak e 4,5 sobre Loeb. Recuperou tempo, mas é o veterano francês que lidera a prova. 

Fiquei realmente surpreso quando estava a fazer o melhor tempo no shakedown na primeira passagem, porque geralmente no shakedown não sou bom, mas desde então tentamos puxar para sentir o carro. Mas estamos felizes por liderar após o primeiro dia.", disse Loeb, no final.

Depois dos quatro primeiros, Ott Tanak é o quinto, a 56,7 segundos, tendo passado na última especial o carro de Craig Breen, sexto a 59,2. Gus Greensmith é o sétimo, a 1.08,4, na frente de Katsuta Takamoto, a 1.35,9. Kalle Rovapera é o nono, a 2.12,8 e a fechar o "top ten" está o Hyundai de Oliver Solberg, a 2,22,9.

O rali de monte Carlo prossegue amanhã com a realização de mais cinco especiais. 

Youtube Rally Crash: O acidente de Adrien Formaux em Monte Carlo

O primeiro dia do Rali de Monte Carlo fica marcada pelo acidente feio de Adrien Formaux, a bordo do seu Ford Puma. Não é a primeira ocasião que um dos carros da marca americana acaba no fundo da ravina nas estradas alpinas, mas este acidente desta manhã acabou em bem graças ao "roll cage" que o carro tem para proteger o piloto e seu navegador. 

Eis este vídeo que apareceu nos minutos seguintes ao acidente. Espero que os pilotos tenham tempo para controlar estas novas máquinas do Rally1... 

Youtube Rally Video: Colin McRae, visto pelo Donut Media

Há umas semanas, eles fizeram um vídeo sobre Niki Lauda, que o pessoal gostou. E agora, como estamos nos dias do Rali de Monte Carlo, ele se lembraram de fazer a mesma coisa a outra lenda automobilística, desta vez, é o escocês Colin McRae, provavelmente dos pilotos mais espetaculares da história dos ralis, especialmente a bordo do Subaru Impreza da Prodrive, no qual foi campeão do mundo em 1995.

E claro, nesta quinta-feira, o James Pumpfrey fala de modo entusiástico sobre a sua vida e os seus feitos. 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

WRC 2022 - Rali de Monte Carlo (Dia 1)


Sebastien Ogier parte na frente no Rali de Monte Carlo, disputadas que estão as duas primeiras especiais, ambas noturnas. O piloto da Toyota tem um avanço de 6,7 segundos sobre Sebastien Loeb, no seu Ford. Elfyn Evans é o terceiro, a 11.2 segundos, no final deste primeiro dia.

Com passagens por Lucéram/Lantosque e La Bollène-Vésubie/Moulinet, os novos carros da Rally1 foram para a estra mostrar o seu potencial perante os espectadores. E Ogier partiu logo ao ataque, triunfando com uma vantagem de 5,4 segundos sobre Loeb, com Elfyn Evans a 9,3. E foram os únicos Toyota a darem-se bem, pois Katsuta Takamoto teve problemas com a sua caixa de velocidades, e Kalle Rovanpera fez um pião e perdeu tempo.

"É bastante complicado no começo, e tivemos um pião no início da etapa, então perdemos um pouco de tempo. De qualquer forma, na umidade, talvez tenha sido um pouco cuidadoso demais nas condições.", disse Rovanpera no final da especial.

Ogier voltou a triunfar na segunda especial, desta vez 1,3 segundos na frente e 1,9 sobre Elfyn Evans. Thierry Neuville foi o melhor dos Hyundais, sendo apenas... sexto, depois de ter sido sétimo na primeira especial. Mas pior foi Oliver Solberg, que fez um pião e perdeu tempo, enquanto Ott Tanak foi apenas oitavo.

No final destas duas especiais, depois dos três primeiros, o Ford de Adrien Formaux era quarto, a 17,9, depois de passar o seu companheiro, Gus Greensmith, que está a 21,1 segundos. Neuville é sexto, a 28,5, na frente de Craig Breen, a 29,2. Ott Tanak é o oitavo, a 41,1, Katsuta Takamoto é o nono, a 48,2 e a fechar o "top ten" está Oliver Solberg, a 58,8.

O rali de Monte Carlo prossegue amanhã com a realização de mais seis especiais.

Noticias: Austrália confiante na sua realização


Depois de um cancelamento em cima da hora em 2020, e também de não terem ido a Albert Park em 2021, apesar de um adiamento de março para novembro, a organização da corrida australiana acredita que este ano a corrida acontecerá. Andrew Westacott, patrão da Australian Grand Prix Corporation, confirmou que existe um compromisso por parte das autoridades locais e nacionais para receber a Formula 1 e que há luz verde para o evento.

Temos um compromisso do Governo de Victoria de que o evento vai em frente”, disse Westacott ao site australiano Speedcafe.com. “Temos um compromisso da Fórmula 1 de que eles vêm aqui para a terceira ronda. Estamos a vender bilhetes com muita procura, e estamos a 80 dias do evento. Então tudo está a acontecer, tudo está a preparar-se, e [eu] mal posso esperar para receber os melhores pilotos do mundo, em carros novos, numa nova pista”, continuou, referindo as obras de remodelação que a pista teve em 2021 para fazer algumas curvas mais rápidas que anteriormente.

Haverá a necessidade de todos estarem vigilantes do ponto de vista da segurança e de os participantes estarem cem por cento vacinados, mas estamos num parque enorme, é predominantemente ao ar livre, e temos fome de grandes eventos. Por isso, estamos a trabalhar com o governo para garantir que tudo o que fazemos nos permite ter o máximo de público”.

Quanto à possibilidade do evento acontecer à porta fechada, para já não está em cima da mesa. E se o pior acontecer, como um novo cancelamento à última hora, como foi em 2020, o reembolso está assegurado.

Não estou sequer a contemplar isso [evento sem espectadores]. Penso que a Austrália passou dessa situação, e penso que [o estado de] Victoria passou dessa situação. Olhando para as taxas atuais de casos e assim por diante, penso que já passamos a fase de fazer coisas à porta fechada. Isso nem sequer está no nosso radar, nem sequer foi discutido, enquanto que no ano passado, e no ano anterior, essa era frequentemente a norma. Isso nem sequer é uma consideração neste momento e penso que nunca o será.

Eles [púbico] têm sempre a salvaguarda de que, porque somos um acontecimento subscrito pelo governo, que, alguma coisa acontecer, eles recebem o seu dinheiro de volta”, concluiu.

O GP da Austrália acontecerá no fim de semana de 8 a 10 de abril e será a terceira prova do campeonato.

WRC: Loeb e Ogier querem correr em mais ralis em 2022


Os "Sebastiões" podem não correr mais todo o Mundial, mas pretendem fazer mais que Monte Carlo. Sebastien Loeb pediu à Ford para que consiga mais ralis, mas parece que para além deste, pouco mais poderá acontecer, enquanto na Toyota, Sebastien Ogier já disse que quer fazer o rali de Portugal, no carro que partilha com Esapekka Lappi

Nas vésperas do "shakedown", o piloto da Ford, nove vezes campeão do mundo, disse à Autosport britânica que queria correr em mais alguns ralis com o novo Ford Puma Rally1, mas sabe que este poderá ser apenas o seu único rali nesta temporada. 

Potencialmente, não faço ideia”, começou por dizer Loeb, questionado pela Autosport britânica se haveria mais ralis no seu programa de 2022. "Potencialmente, [Monte Carlo] é o único. Com certeza estávamos falando sobre mais ralis, mas era um pouco complicado juntar tudo ao mesmo tempo, então decidimos ir para Monte Carlo. O resto discutiremos mais tarde.", continuou.

Não sei o que vou fazer. Farei algumas [provas] da Extreme E e talvez faça alguns campeonatos mundiais de cross country, então não quero fazer 15 corridas, tenho que encontrar um compromisso. Não sei quantos ralis poderemos fazer ou não. Alguma preferência? Na verdade não, será mais uma questão de calendário do que preferência de ralis.”, concluiu.

Richard Milliner, diretor da M-Sport, disse que não há discussões nesse sentido, mas quer avaliar a performance de Loeb para saber se valerá a pena correr em mais rondas com o seu carro.

Adoraríamos vê-lo mais [dentro do] carro, mas como você disse, há muitas coisas [em jogo] para resolver isso. Mas trabalhamos muito duro para chegar à posição em que estamos agora, então não há absolutamente nenhuma razão para não continuarmos a fazer o mesmo e ver o que mais podemos gerir para esta temporada.

Já Sebastien Ogier afirmou que para além de Monte Carlo, quer fazer mais ralis. O seu carro será partilhado com Esapekka Lappi ao longo de 2022, e para além deste rali, outro que ele quererá fazer poderá ser o Rali de Portugal, num programa que ele pretende não passar de quatro a cinco provas, porque também está interessado nas 24 Horas de Le Mans. 

O Rali de Portugal sempre esteve na minha cabeça, como sabem tenho uma relação especial com a prova, posso confirmar que está na minha lista para esta época”, afirmou à Autosport portuguesa, nas vésperas da prova. 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

A imagem do dia


Na semana de novo campeonato de ralis, e com a introdução de novas regras, com os Rally1, os primeiros carros híbridos nesta competição, recuo 35 anos no tempo, para novo rali de Monte Carlo, e com novas regras a estrearem-se, no rescaldo de um ano difícil para a competição. 

Com a então FISA a banir os Grupo B e decidir-se pelos Grupo A, mais sólidos, mas menos rápidos, marcas como a Peugeot decidiram retirar-se, enquanto a Audi fez uma participação pouco mais que simbólica com o modelo 200. Assim, os únicos que participaram de corpo e alma eram a Lancia, que sob o comando de Cesare Fiorio, arriscavam a dominar a competição. Especialmente com um "dream team" composto por Markku Alen, Juha Kankkunen, Bruno Saby, Massimo Biason, e ainda um conjunto "B", o Jolly Club, que tinha, entre outros, Alessandro Fiorio, filho de Cesare e competente na competição. 

Os únicos que tinham lido os regulamentos e apostaram nele tinham sido os japoneses. Toyota, Mazda e Nissan iriam meter os seus carros, mas demorariam para chegar. E tinham recrutado gente como Timo Salonen (Mazda) a Lars-Erik Torph (Toyota). A Ford também estava, com o seu Sierra Cosworth, guiados por Stig Blomqist, um regressado Ari Vatanen e um jovem francês chamado Didier Auriol, enquanto a Renault decidiu-se pelos 11 Turbo, guiado por Jean Ragnotti, relegando o 5 Turbo para os Grupo N, a nova divisão secundária do WRC, para carros com duas rodas motrizes. E ainda tínhamos a Volkswagen, com o Golf GTi, numa das suas raras incursões oficiais - a outra só aconteceria 25 anos depois, com o Polo WRC. E eram guiados pelo sueco Kenneth Eriksson e pelo alemão Erwin Weber.

Apesar disto, toda a gente sabia que a Lancia daria "calendários sobre a concorrência." E deu. Essencialmente, foi uma batalha fratricida entre Kankkunen e Biasion, e acabou com o italiano a triunfar porque o outro desistiu. Mas não era isso que Cesare Fiorio queria. 

Eu queria que a vitória fosse decidida de uma forma desportiva, mas também não queria que arriscassem a cada classificativa. Deu tudo errado”, admitiu Cesare Fiorio no final desse rali.

A ideia de Fiorio era que, quem triunfasse em Turini, subiria ao lugar mais alto do pódio em Monte Carlo. Mas com ambos a disputarem a liderança classificativa atrás de classificativa, para delírio dos fãs, Fiorio via uma guerra indesejável para as suas cores. Saby começou na frente, mas aos poucos, era Biasion a ditar as regras nas classificativas geladas dos Alpes franceses, depois de um susto, quando bateu no carro de um espectador numa ligação entre etapas, logo no primeiro dia.

Contudo, no segundo dia, Saby desistia, com problemas na transmissão, e Kankkunen, que ficava com a liderança, tinha problemas na sua caixa de velocidades, e tinha a pressão do seu turbo reduzida para 200 cavalos, no sentido de evitar que esta quebrasse de novo. Claro, em equipa italiana, com um piloto italiano, as suspeitas caíram logo em cima... 

No último dia, com a neve a fundir-se nas estradas, a escolha de pneus era fundamental. "KKK" errou a principio, mas retificou depois, recuperando o tempo perdido, ganhando no Col della Madonna. Mas em Turini, Biasion conseguiu triunfar com 17 segundos de diferença para o finlandês, campeão do mundo de 1986. Kankkunen não gostou, e nem sequer foi ao pódio saudar o público pelo seu segundo posto, com Walter Rohrl a ficar com o lugar mais baixo do pódio, num Audi 200.

E foi assim, há 35 anos, que começava a era dos Grupo A, e o domínio dos Lancia nos ralis, que duraria até 1992.  

Youtube Motoring Vídeo: Hammond reencontra um trauma

Richard Hammond quase morreu em 2006. Para quem não sabe, conta-se a história: nesse ano, o apresentador do Top Gear decidiu experimentar o Vampire jet car, um dos carros mais rápidos no Reino Unido - na realidade, um dragster - e num teste para tentar alcançar os 500 km/hora, ele se despistou e bateu forte com a cabeça no solo, causando um forte traumatismo craniano. Ficou no hospital por algumas semanas, em estado preocupante, mas recuperou a tempo de apresentar o Top Gear na temporada seguinte, e manter unidos os Três Estarolas até aos dias de hoje.

Agora, quinze anos depois, Hammond volta a ver o Vampire, e a entrar dentro dele. 

Noticias: Monte Carlo será em seco


O boletim meteorológico para os próximos dias na região de Monte Carlo será seco e frio. Caso aconteça, será a primeira vez desde 1993 que a prova será dessa forma. Neste momento, apenas há uma pequena faixa de neve na região do Sisteron, que poderá derreter nas próximas horas. 

Por causa disso, a previsão parece que favorecerá as equipas, pois ao longo do percurso vai haver muito asfalto seco à espera. 

Os pilotos afirmaram que este cenário não é o que esperavam, mas até que poderá favorecer os pilotos, por causa da sua aprendizagem aos carros do Rally1, como afirma Craig Breen, da Ford.

É um pouco fora do carácter do Monte, pois as pessoas associam este evento com as condições mutáveis, com o gelo e a neve. Mas quando temos tantas coisas novas a acontecer com os carros, talvez seja bastante agradável começar a época com um rali que seja um pouco mais ‘direto’ nesse aspeto.", começou por comentar. 

"Não se vê muita coisa na previsão, mas já vimos no passado que isso pode mudar muito rapidamente. Mas a paisagem ainda é fantástica, é um cenário fantástico o que temos por aqui”, concluiu.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

WRC: Toyota quer saber como serão os novos carros


Na semana da abertura do Mundial de Ralis, a Toyota está expectante em saber como se comportarão estes novos carros nas estradas de Monte Carlo, um rali do qual terminou como vencedora na edição de 2020. Jari-Matti Latvala, o diretor de equipa da Toyota, quer saber como é que estes carros se comportarão, enquanto um dos seus pilotos, o seu compatriota Kalle Rovanpera, anda a gostar da maneira como o seu carro se comporta.

O ralis estão a entrar numa era muito nova e é um momento muito excitante para todos. Há muitos pontos de interrogação e o Rallye Monte-Carlo vai dar-nos algumas das respostas." começa por dizer Latvala depois da apresentação dos carros na Áustria. 

"Como equipa, temos trabalhado muito para estar preparados, mas ninguém pode saber como os diferentes carros se comparam uns com os outros até chegarmos ao primeiro rali. Podemos também ver uma diferença entre os pilotos que se sentem mais confiantes com os seus novos carros, e aqueles que ainda vão tentar encontrar essa confiança. Há muitas mudanças a que se podem adaptar com a forma como conduzem e montam os carros. Durante os testes, isto tem sido talvez o mais importante para a equipa: Que os nossos pilotos se sintam confiantes e confortáveis ao volante.", continuou.

"Para um piloto, Monte Carlo foi sempre o rali mais difícil do campeonato. Muita coisa vai depender das condições: Temos mais potência, mas como é que se usa essa potência em condições de neve e gelo? Para além de tudo, a mudança de Gap para Mónaco significa que há muitos troços novos para a grande maioria. Há tantas incógnitas e isso torna tudo realmente excitante”, concluiu.


No caso do piloto de 21 anos, do qual se espera um grande futuro no WRC, depois de uma temporada onde conseguiu ser o piloto mais novo a triunfar num rali do Mundial, na Estónia, em 2022, com ele já conhecedor de todas as provas do calendário, há mais expectativas em cima do jovem finlandês, agora que Sebastien Ogier está num programa parcial e Elfyn Evans é o seu rival na equipa. Especialmente agora, que andou a experimentar o carro novo: 

A minha sensação com o novo carro é boa e fizemos uma boa preparação. Com qualquer carro novo há sempre muitas coisas a trabalhar e a melhorar, mas sinto que temos estado sempre a fazer bons progressos.", começou por dizer. 

"Tem sido especialmente interessante habituarmo-nos ao ‘boost’ híbrido. Dá-nos muito mais potência, e isso é normalmente uma coisa boa, mas também pode ser um pouco complicado em certos pontos se não estivermos preparados para o utilizar. Como pilotos, é preciso pensar em como utilizá-lo e, se o conseguir fazer melhor do que os outros, poderá fazer uma grande diferença.", continuou.

Já sobre o rali, ele afirma que é outro desafio em cima.

"O Rallye Monte-Carlo vai ser bastante especial este ano. É sempre um rali complicado, mas este ano vamos ter muitos troços novos, bem como um carro totalmente novo. Sexta-feira e sábado vão ser dias longos sem assistência a meio do dia e se conseguir passar esses dias sem problemas, já será bastante bom”, concluiu.

Noticias: Ferrari e Mercedes já anunciaram datas


Depois da Aston Martin e da McLaren, em dois dias segundos, mais duas equipas anunciaram as datas de apresentação dos seus novos bólidos. A Ferrari mostrará o seu carro a 17 de fevereiro, um dia antes da Mercedes mostrar o seu W13 em Silverstone, onde fará o seu habitual "shakedown".

Com uma Ferrari que foi terceira classificada no Mundial de Construtores, apesar de não ter triunfado em qualquer Grandes Prémio - mas foi muito regular, com Carlos Sainz Jr. e Charles Leclerc como pilotos - a Mercedes, ainda traumatizada com a perda do título de pilotos para a Red Bull, mas a manter o título de Construtores, e ainda sem saber oficialmente se Lewis Hamilton regressará ao cockpit do seu carro, terá outro britânico, George Russell, como seu companheiro de equipa, uma dupla totalmente britânica.  

Com os novos regulamentos, resta saber como estes carros serão e se haverá alguma alteração nas forças em presença. 

Assim sendo, eis o calendário de apresentações já anunciadas:

Aston Martin -  10 de Fevereiro 
McLaren - 11 de Fevereiro 
Ferrari - 17 de Fevereiro 
Mercedes - 18 de Fevereiro

O primeiro teste de pré-época terá lugar no Circuito de Barcelona-Catalunha entre os dias 23 a 25 de Fevereiro.

Youtube Endurance Presentation: O 9X8... completo

O novo bólido da Peugeot para o WEC, o 9X8, já era conhecido... excepto para uma coisa: a sua asa traseira. Muitos especulavam que ele não teria, e isso foi assunto a ser comentado nas redes sociais, mas esta semana, tiraram-se as dúvidas: o carro tem downforce suficiente para dispensar a asa traseira, um pouco como são agora os carros da Gen2 da Formula E.

Portanto, eis o vídeo do carro em testes, algures em Espanha - creio que é em Aragon, não tenho a certeza. Agora é esperar por Sebring ou Spa-Francochamps para assisti-lo em ação. 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

IndyCar: Tatiana Calderon correrá pela Foyt


A colombiana Tatiana Calderon será piloto da Foyt para a próxima temporada da Indy Car Series, graças ao apoio da RoKit. A piloto de 28 anos, que andou na Formula 2 e na Endurance, estreará na competição americana com um programa de circuitos, excluindo ovais, ou seja, não participará nas 500 Milhas de Indianápolis.

Estou emocionado e muito grato a Jonathan Kendrick, ROKiT e AJ Foyt Racing pela oportunidade de correr na NTT IndyCar Series”, começou por aformar Calderón. “Desde que comecei minha carreira de monopostos nos Estados Unidos, há 11 anos, a IndyCar tem sido uma referência para mim e é um sonho realizado estar na grelha esta temporada! Mal posso esperar para chegar a São Petersburgo para a primeira corrida da temporada! Estou bem ciente do desafio pela frente, mas esta é a chance de uma vida e estou ansioso para aproveitá-la ao máximo”, concluiu.

Com a participação de Calderon, a IndyCar volta a ter uma mulher piloto na competição, algo que não acontecia desde Simona de Silvestro, em 2013. Desde então, aconteceram participações parciais de gente como Pippa Mann e a própria Simona, especialmente para as 500 Milhas de Indioanápolis. Ela irá correr ao lado do canadiano Dalton Kellet e do americano Kyle Kirkwood.

Youtube Formula 1 Classic: Masta Kink, a curva mais perigosa do antigo Spa-Francochamps

Neste inverno, o circuito de Spa-Francochamps está a sofrer obras de remodelação, especialmente na área de Eau Rouge e Raidillon, as curvas mais desafiantes do circuito. Contudo, antes da atual versão do circuito, construído em 1979, na versão anterior, de 14 quilómetros, que era enorme, rápido e perigoso, havia outra curva que muitos afirmavam ser ainda mais perigosa: Masta Kink. 

Essa curva poderia ser gentil, quando andavam a velocidades moderadas, mas a mais de 300 km/hora, as coisas... eram diferentes, para pior. E este vídeo mostra isso.

As imagens são de 1966, do filme "Grand Prix", que captou um acidente real, o do GP da Bélgica desse ano, onde por causa de uma tempestade, seis carros ficaram eliminados na primeira volta, entre eles os BRM de Graham Hill e Jackie Stewart. E foi aqui que, de uma certa maneira, se começou a pensar seriamente na segurança nos Grandes Prémios. 

domingo, 16 de janeiro de 2022

A imagem do dia


Piercarlo Ghinzani ao volante do seu Osella nas ruas de Dallas, no circuito improvisado pela FISA durante o fim de semana de 7 e 8 de julho de 1984. Aconteceu debaixo de calor sufocante, mas conseguiu sobrevier o suficiente para conseguir um quinto lugar, e alcançando os seus primeiros... e únicos pontos de uma carreira que durou toda a década de 80, e em 111 Grandes Prémios em que participou, qualificou-se em...74.

Para Ghinzani, que hoje comemora o seu 70º aniversário, ele sempre foi fiel à Osella. As grandes excepções foram em 1985, quando fez metade da temporada ao serviço da Toleman, e entre 1987 e 88, quando andou uma temporada na Ligier e outra na alemã Zakspeed. Mas este grande feito, conseguido graças a uma corrida de atrito no calor texano, esteve muito perto de não ter acontecido. Em março, no "warm-up" para o GP da África do Sul, em Kyalami, ele perdeu o controle do seu Osella e o carro, totalmente cheio de gasolina, embateu fortemente na barreira de proteção e o carro explodiu. Sofreu queimaduras e o carro ficou tão destruído que acabou por não participar. Mas certamente se teriam lembrado dos eventos de ano e meio antes, com o triste fim de Riccardo Paletti, no GP do Canadá de 1982.

Triunfador na Formula 3 italiana e europeia, chegou à Formula 1 em 1981 graças à Osella, mas ao mesmo tempo, estaba na Lancia, onde pertencia à equipa de Endurance, ao lado de gente como Ricciardo Patrese, Michele Alboreto, Alessandro Nannini, e outros, correu quer no Beta Montecarlo, quer no LC1 em quatro edições das 24 Horas de Le Mans, nunca chegando ao fim.

Em 1989, aos 37 anos, regressou à Osella, mas os tempos eram diferentes. Apenas se qualificou para três provas, Hungria, Espanha e Austrália, e a meio, anunciou que iria abandonar a Formula 1, conseguindo qualificar-se na corrida de Adelaide na 21ª posição. Debaixo de chuva, tentava sobreviver, quando na volta 18, foi atingido na traseira pelo Lotus de Nelson Piquet, e um dos pneus do seu carro atingiu o capacete do brasileiro. Assustador, mas na realidade, o italiano saiu do carro com dores num dos tornozelos.

Depois da sua carreira como piloto, chegou aos 40 anos para montar a sua Team Ghinzani, que correu por muito tempo na Formula 3 e na A1GP, ficando com a Team Italia, e a AutoGP. E entre os seus pilotos de uma equipa que se tornou num dos melhores na categoria, apareceram gente como Robert Doornbos e Álvaro Parente, entre aqueles que foram longe no automobilismo.

Assim sendo, deseja-se um feliz aniversário a Ghinzani, agora são 70!

Youtube Rally Presentation: Os carros do Rally1 para o WRC 2022

Falta menos de uma semana para o Rali de Monte Carlo, e claro, eis os carros da nova classe Rally1 foram apresentados em Salzburgo, na Áustria, perante o mundo. O local não é por acaso, por duas razões: a primeira é que esta é a temporada numero 50 do Mundial de Ralis, e a Áustria foi um dos locais que estebe presente na temporada inicial do Mundial de ralis. 

O segundo é que os direitos do WRC pertencem à Red Bull Media e o facto daquilo ser no Hangar 7, a sede da marca, explica tudo. E não só, porque a marca irá patrocinar os carros da Ford. 

Enfim, vejam a cerimónia de apresentação dos carros para a temporada que aí vêm.

Os salários dos pilotos para 2022


Nova temporada, novos carros. E também há alguns... novos salários. Com novo campeão, na figura de Max Verstappen, houve alterações nas renumerações. Curiosamente, não é o neerlandês que recebeu um aumento de salário, foi... o piloto derrotado que recebeu. Lewis Hamilton será 40 milhões de dólares mais rico no final desta temporada. 

Segundo conta o site 365RacingNews.com, os quatro campeões do mundo no pelotão, mais Daniel Ricciardo, são os que mais auferem das equipas, e não há granes alterações em relação à temporada passada: George Russell irá auferir cinco milhões, depois de chegar à Mercedes, Alexander Albon terá um salário anual de dois milhões com a sua chegada a Williams, enquanto Guangyou Zhou, o novo piloto da Alfa Romeo, ganhará um milhão na sua temporada de estreia. 

Por fim, Yuki Tsunoda terá um aumento salarial, mas continuará a ser o piloto mais mal pago do pelotão: 750 mil dólares em 2022.

Eis a tabela salarial atualizada: 

Piloto (Equipa) Salário em $ 2022 Salário em $ 2021 

Lewis Hamilton (Mercedes) 40 milhões 30 milhões 
Max Verstappen (Red Bull) 25 milhões 25 milhões 
Fernando Alonso (Alpine) 20 milhões 20 milhões 
Sebastian Vettel (Aston Martin) 15 milhões 15 milhões 
Daniel Ricciardo (McLaren) 15 milhões 15 milhões 
Charles Leclerc (Ferrari) 12 milhões 12 milhões 
Carlos Sainz (Ferrari) 10 milhões 10 milhões 
Valtteri Bottas (Alfa Romeo) 10 milhões 10 milhões 
Lance Stroll (Aston Martin) 10 milhões 10 milhões 
Sergio Perez (Red Bull) 8 milhões 8 milhões 
George Russell (Mercedes) 5 milhões 1 milhão 
Lando Norris (McLaren) 5 milhões 5 milhões 
Esteban Ocon (Alpine) 5 milhões 5 milhões 
Pierre Gasly (AlphaTauri) 5 milhões 5 milhões 
Alexander Albon (Williams) 2 milhões n/a 
Guanyu Zhou (Alfa Romeo) 1 milhão n/a 
Mick Schumacher (Haas) 1 milhão 1 milhão 
Nikita Mazepin (Haas) 1 milhão 1 milhão 
Nicholas Latifi (Williams) 1 milhão 1 milhão 
Yuki Tsunoda (AlphaTauri) 750 mil 500 mil