Estava a ser uma grande luta entre Hyundai, Ford e Toyota pela liderança do rali de Portugal, mas no final de sexta-feira, primeiro dia da prova, era Kalle Rovanpera a levar a melhor sobre Dani Sordo. No final das oito primeiras especiais do rali, ambos tinham uma diferença de 10,8 segundos. Thierry Neuville não anda longe, com Pierre-Louis Loubet a ser quarto, e nenhum deles está descartado de vencer, porque a diferença é inferior a 30 segundos. O primeiro dia do rali ficou marcado pelo acidente de Elfyn Evans, na especial de Mortágua, que danificou bastante o Toyota do vencedor do rali anterior, na Croácia.
Com passagens duplas por Lousã, Góis e Arganil, o primeiro líder foi o Ford de Pierre-Louis Loubet, que ganhou na primeira especial, com 0,3 segundos sobre Dani Sordo, 2,3 sobre Ott Tanak e 2,6 sobre Kalle Rovanpera. Tanak passou para a frente na segunda especial, em Góis, ganhando 2.5 segundos sobre Sordo e 4,7 sobre Katsuta Takamoto, dando a liderança ao estónio da Ford. Rovanpera triunfou na primeira passagem por Arganil, 2,8 segundos melhor que Tanak, mas o estónio continua na frente, dois segundos na frente do finlandês. Takamoto atrasou-se por causa de problemas no seu carro, e a mesma coisa parecia acontecer com Loubet, que tinha fumo a sai do seu Ford, parecendo entrar em desespero porque não sabia da sua origem.
A parte da tarde, com as segundas passagens pelas especiais da manhã, mais as super-especial de Mortágua e Figueira da Foz, começa com a vitória de Lappi na segunda passagem por Lousã, três segundos sobre Sordo e 3,5 sobre Loubet. Tanak sofria um furo e Kris Meeke parava, pois tinha problemas com o seu carro. Acabaria por desistir.
"Ok, bom! Eu gosto desta direção. Foi um pouco mais difícil com muito mais alicerce, mas acho que esta etapa está a ficar muito semelhante [à manhã]. As outras duas serão muito mais diferentes.", disse Lappi, depois de triunfar na especial.
Rovanpera triunfa na segunda passagem por Góis, 0,4 segundos na frente de Neuville, enquanto Adrien Formaux perdia tempo por causa de um furo no seu Ford. Com isso, o finlandês passou Sordo e ficava no comando do rali. Ele voltava a triunfar na sexta especial, ganhando 2.1 segundos sobre o espanhol da Hyundai, enquanto Lappi perdia tempo, queixando-se de uma pedra no seu carro.
Contudo, ele prosseguiu e triunfou na sétima especial, em Mortágua, onde ganhou 0,4 segundos a Kalle, e 4,6 sobre Tanak, numa especial onde Elfyn Ebans perdeu o controlo do seu carro e saiu de estrada, acabando ali o seu rali. Felizmente, a dupla piloto e navegador saíram ilesos do seu Toyota acidentado.
No final, Kalle disse de sua justiça sobre o que foi este dia:
"Tem sido um dia difícil. Tarde realmente difícil. Este está limpando muito, vamos ver o quão mais rápido os caras atrás são. Não é fácil abrir a estrada depois que o Elfyn saiu [de estrada]. Espero que eles estejam bem.", comentou.
No final do dia, na super-especial da Figueira da Foz, Dani Sordo foi o melhor, 0,7 segundos melhor que Ott Tanak e Rovanpera perde 3,4 segundos, mas tem a liderança controlada.
Depois dos quatro primeiros, Esapekka Lappi é o quinto, a 27,9 segundos, perdendo o terceiro lugar na última especial do dia, bem distante de Ott Tanak, sexto a 1.04,7. Oliver Solberg é o sétimo, a 3.48,2 e o melhor dos Rally2, na frente de Gus Greensmith, a 4.38,4. E a fechar o "top ten" estão o Citroen DS3 Rally2 do francês Yohan Rossell e o Skoda de Andreas Mikkelsen, respetivamente a 4.48,4 e a 5.29,3.
Armindo Araújo é o melhor português, a 8.15,8, na 18ª posição.
O rali prosseguia no sábado, com a realização de mais sete especiais no norte de Portugal, e claro, o duelo entre pilotos das três equipas está ao rubro, para deleite dos fãs.