sábado, 20 de dezembro de 2008

Noticias: "Temos um nivel elevado de interessados", diz Fry

Duas semanas depois do anuncio da retirada da Honda, Ross Brawn e Nick Fry estão a trabalhar a todo o vapor para encontrar interessados na compra da estrutura de Brackley, e aparentemente, candidatos não faltam: ”Temos um elevado nível de interessados na equipa, desde que a Honda anunciou a sua retirada. Desde então, o Ross e eu temos realizado diversas reuniões com vários candidatos à compra da equipa”, afirmou Fry ao site inglês Autosport.com, explicando que este negócio não depende só das verbas envolvidas, mas também da estrutura a anunciar.


Sgundo o mesmo site, detalhes sobre uma eventual compra serão divulgados no Ano Novo, e embora se falem em muitos nomes, o mais consistente tem sido o de David Richards, o patrão da Prodrive, que viu sem equipa para preparar, depois do anuncio da retirada da Subaru do mundos dos Ralies, depois de quase duas décadas de bons serviços.


Quanto a um eventual novo monolugar, o desenvolvimento continua como se nada tivesse acontecido: "O trabalho de desenvolvimento e construção do nosso carro para 2009 continuará durante as próximas semanas de modo a garantir que o nosso objectivo de estar à partida em Melbourne, em Março, será alcançado", concluiu.

The End: Sam Tingle (1921-2008)

Eventualmente este nome não vos vai dizer muito, mas Sam Tingle era um dos muitos privados que nos anos 60 aproveitava a vinda da Formula 1 à Africa do Sul para medir forças com os pilotos que vinha de fora, já que nessa altura havia um... campeonato sul-africano de Formula 1. Mas não eram só sul-africanos que participavam. Também tinham pelo menos dois rodesianos que participavam nesta competição, Um foi John Love, o outro era Sam Tingle. Pois bem, Sam morreu esta sexta-feira na Cidade do Cabo, aos 87 anos.

Tingle nasceu em Manchester a 24 de Agosto de 1921, mas cedo mudou-se com os seus pais para a Africa do Sul, onde começou a correr em provas de montanha em 1946, após o fim da II Guerra Mundial. Quatro anos depois, Tingle mudou-se para a Rodésia (actual Zimbabwe), onde correu em várias corridas com MG's e ERA, até ficar com um Connaught, onde ganhou em 1959 o primeiro dos cinco campeonatos nacionais de automobilismo.

Quando a Africa do Sul passou a receber a Formula 1, Tingle foi um dos vários pilotos locais que inscreveu o seu carro, para bater de igual para igual com outros nomes como Graham Hill, Jim Clark, Bruce McLaren ou Jack Brabham, entre outros. Tingle correu com uma fabricação local o LDS (as iniciais de Lucas Douglas Seurrier, que também foi piloto), com motor Alfa Romeo. O seu melhor resultado foi um quinto lugar na edição de 1966, mas não contava para o campeonato.

Em 1967, ele e Love constituiram o Team Gunston, a primeira equipa que apresentou patrocinios numa prova oficial da Formula 1, no GP da Africa do Sul de 1968. A prova aconteceu no Dia de Ano Novo desse ano, e os carros da Lotus ainda estavam pintados de verde e amarelo, já que somente em Fevereiro que Jim Clark andou com as cores da Gold Leaf, na Tasman Series. O seu melhor resultado foi um oitavo lugar na edição de 1969, tinha ele... 47 anos!

Em 1970, um granve acidente durante uma prova local, no circuito de Kilarney, nos arredores da Cidade do Cabo, obrigou a abandonar a competição, mas continuou envolvido no automobilismo. Elaborou um circuito local no Zimbabwe, participou por várias vezes no Goodwood Festival of Speed, com o seu restaurado Brabham BT24. Hoje em dia vivia na Cidade do Cabo, refugio da maior parte dos zimbabueanos brancos que fugiram do regime opressor de Robert Mugabe, o unico presidente da pós-independência. Hoje em dia, um dos seus netos, Sam Tingle, actualmente com 16 anos segue as pisadas do avô no karting. Ars lunga, vita brevis, Sam.

Speeder Questiona... Felipão (Blogsport Brasil)

Esta é a última entrevista de 2008, e para fechar no ano nesta categoria, nada melhor do que trazer para aqui um dos que conheci no inicio da minha carreira de “blogger”. O Felipão, nascido em São Caetano do Sul, no ABC paulista, um local onde estão situadas as principais fábricas de automóveis e peças para automóveis do Brasil, o que pode explicar um pouco da sua paixão pelo automobilismo. Começou a acompanhar Formula 1 em 1986, junto com o pai, e afirma que o ensinou tudo a respeito da categoria. E eu digo: grande pai!


É um apaixonado por Jim Clark, Gilles Villeneuve e Ronnie Peterson, e afirma que depois da escola, foi para a Universidade estudar Comunicação Social para hoje, trabalhar como promotor de eventos de uma multinacional de informática. Adora artes, leitura e, principalmente, viajar, e em Março de 2007 concebeu o Blogsport. O projecto inicial durou três meses, com bons resultados, até que por motivos profissionais, “congelou” o blog durante cerca de um ano. Depois arranjou mais dois amigos e reactivou o blog com ligeiras diferenças, mas o essencial lá estava. E é com ele que aconteceu esta entrevista, feita por a-mail.


1 – Olá Felipão, é um prazer ter-te aqui, neste humilde blog, a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como surgiu a ideia deste blogue?

O prazer é meu, Speeder, ser entrevistado por um dos maiores escritores sobre automóveis da Internet. Bem, quanto ao blog, trata-se apenas de um canal para novos amigos, amantes das corridas, onde lanço os assuntos, para aprender com os comentários do blogueiros.


2 – O nome que ele tem, foi planejado ou saiu, pura e simplesmente, da tua cabeça?

O nome surgiu da cabeça. Entretanto, em uma rápida pesquisa na Internet, notei que já existiam outros com esse mesmo nome. Dificilmente temos algo exclusivo hoje em dia, já que trata-se de um meio em que muitos escrevem. O jeito é tentar sempre ser diferente nos assuntos.


3 – Antes de começares este blog, já tinhas participado em algum blogue ou site?

Já havia escrito para o BestLap, na época em que ele era reconhecidamente um grande portal de notícias.


4 – Em que dia é que começaste, e quantas visitas é que já teve até agora?

Comecei em Março do ano passado. Fiquei parado um tempão e, quando voltei, decidi começar do zero, em parceria com o Gabriel e oliver. Eu, sinceramente, não olho mais para os números. Prefiro deixar a coisa rolar.


5 – De todos os posts que já escreveste, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?

Foi um a respeito de racismo na F1. Estava publicado no endereço antigo de meu blog. Nesse período, de poucas corridas, vou colocá-lo novamente.


6 – Em que é que tu, escrevendo sobre Formula 1, consegues ser diferente dos outros blogs?

Eu acredito que pouca coisa. Prefiro, nesse caso, mais ler do que escrever.


7 – Daqueles blogues que conheces sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que tu nunca dispensas uma visita diária?

Todos os que estão no canto direito do meu blog. Faço questão de acompanhar todos aqueles.


8 – Falamos agora de Formula 1. Ainda te lembras da primeira corrida que assististe?

Sim. Lembro de apenas dois momentos, não de toda a corrida, até porque eu era muito novo ainda. Lembro do temporal em Mônaco, 1984. E, no mesmo ano, o Mansell empurrando aquela Lotus preta e dourada, o verdadeiro carro dos meus sonhos. Temporada completa, que lembro em detalhes, aquela de 1986, uma das mais competitivas da história.


9 – E qual foi aquela que mais te marcou?

Pessoalmente, no autódromo, aquela em que o Fisichella ganhou em Interlagos. Lembro que não aguentava mais tanta chuva. Entre todas, a do Brasil, desse ano, que assisti pela TV. Além dela, o GP de Mônaco de 1992, quando o Senna segurou o Mansell e o carro de outro planeta.


10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais agrada, e porquê?

Eu gosto, igualmente, dos três. São caras com estilos totalmente diferentes. Entretanto, o José Carlos Pace foi o brasileiro que mais admirei, por sua história no automobilismo. Ele parecia um ser humano, como eu ou você, que sofria com o cansaço, o calor, o excesso de peso e etc. Morreu como um simples mortal, fora das pistas.


11 – E achas que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?

Sim.


12 – Comparando-o aos três pilotos acima referidos, Massa é mais parecido com quem, e porquê?

Acho que ele tem um estilo próprio. Melhor para ele.


13 – Achas que o título de 2008 foi bem entregue?

Sim. Foi justo por tudo o que o Hamilton fez ao longo de sua temporada.


14 – Tirando os brasileiros, qual é para ti o piloto mais marcante da história da Formula 1, e porquê?

Os pilotos que mais gosto são: Jim Clark, Ronnie Peterson, Gilles Villeneuve, Denny Hulme e Jack Brabham.


15 – De repente, a Honda anuncia a sua retirada da Formula 1. Como sentiste isso?

Speeder, há algum tempo sentia que algo assim aconteceria. São pessoas que não tem ligação nenhuma com o esporte. Não são como o velho Frank Williams, um verdadeiro construtor, que não vendeu sua equipe para a BMW e impediu a entrada de novos aventureiros, como McLaren B entre outras.


16 - Se Nick Fry e Ross Brawn encontrarem comprador, achas que Jenson Button, e especialmente Rubens Barrichello, conseguem manter os seus lugares?

Acho que Bruno Senna, com 14 milhões em patrocínios, teria mais chance do que eles. Seriam pessoas precisando de dinheiro pra investir na equipe.


17 - Max Mosley anunciou agora que fez um acordo com a Cosworth para fornecer motores ás equipas, a dez milhões de euros por ano. A FOTA (Formula One Teams Association) concordou em reduzir os custos. Achas que é este o caminho, uma Formula 1 com custos controlados?

Sim, eu acho. Teria tudo para ser como nos anos 70, quando existia a Cosworth dominando o pelotão, mais Ferrari e só. Seria muito mais competitiva. Aliás, vou além. Teria tudo para chamar a atenção de outras antigas equipas, para que retornassem a Formula 1. Só caberia ao Ecclestone não espantar essas pessoas.


18 – Já agora, para além de Formula 1, que outras modalidades de automobilismo que tu mais gostas de ver?

Gosto do WRC e Indy Cars. Já gostei muito de DTM e WTCC. Só que perderam a graça nos últimos anos.


19 – E achas que vale a pena falar sobre ele no teu blogue?

Sim, aliás, tudo nas quatro rodas.


20 - Tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender melhor a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?

Já corri uns dois anos de kart. Inclusive, venci em uma oportunidade. Foi lá que percebi verdadeiramente a loucura que esses caras fazem.


18 - “Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma longa espera.” Esta frase é dita pelo actor americano Steve McQueen, no filme “Le Mans”. Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida, como espectador?

Eu concordo. Entretanto, já fui mais assíduo. Acho que os dirigentes querem que corridas sejam algo trivial, o que tira um pouco da graça. Além disso, os anos com Michael Schumacher quase me afastaram. Aquilo não tinha um pingo de competição e assistia F1 pelo que ela já havia sido, não pelo que representava atualmente.


19 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?

Sim. Os anos 70.


20 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?

Já assisti. Acho que aquilo é o retrato do que a F1 deveria ser.


21 – Jeremy Clarkson, o mítico apresentador do programa de TV britânico “Top Gear”, disse que Gilles Villeneuve foi “o melhor piloto que alguma vez sentou o rabo num carro de Formula 1”. Concordas ou nem por isso?

Acho que foi, seguramente, um dos maiores. Sou contra em apontar um só.


22 – E se fosses o Max Mosley, o que preferias ter na Formula 1? Uma grelha só de montadoras ou de “garagistas”?

Garagistas... sempre. Por isso dei razão ao Frank, que vetou a entrada de laranjas, que apenas serviriam de fachada para outras montadoras. Caso de David Richards, com a McLaren B. Agora, se for o Richards da Prodrive, administrando uma equipe que acabou de sucumbir, sinal verde para ele.


23 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o “Gran Turismo”, o “Formula 1”, ou jogos “online”, como o BATRacer ou o “Grand Prix Legends”?

Sou péssimo com joguinhos.


24 – Eu sei que começaste há algum tempo, mas… que é que tu alcançaste, em termos de prémios, convites, referências, desde que iniciaste o teu percurso na Blogosfera?

Acho que a maior premiação, foi a amizade que fiz com todos desse universo.


25 – Vamos falar do futuro próximo: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?

Infelizmente, acredito que não. Espero estar enganado. Mas acho que o Di Grassi tem mais condição atualmente de fazer alguma coisa.


26 – Tens algum plano para o blogue, no futuro próximo? Novas secções, meteres-te num podcast ou videocast?

Eu já fiz rádio, mas hoje estou muito sem tempo. Dificilmente iremos mudar alguma coisa no blog.


Já agora, se quiserem ver as entrevistas anteriores, carreguem nos respectivos links:

19 de Novembro - Priscilla Bar (Blog Guard Rail)

22 de Novembro - Marcos Antônio Filho (GP Series)

26 de Novembro - Vick, Ludy, Tati e Lu (Octeto Racing Team)

29 de Novembro - Hugo Becker (Motor Home)

3 de Dezembro - Fabio Andrade (De Olho na Formula 1)
6 de Dezembro - Rianov Albinov (F1 Nostalgia)

10 de Dezembro - Jorge Pezzolo (jpezzolo.com)
13 de Dezembro - Ron Groo (Blog do Groo)

17 de Dezembro - João Carlos Viana (jcspeedway)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Robbie Williams - Supreme

Como ontem coloquei o mais recente videoclip deste génio do youtube chamado Antti Kahola, que homenageava James Hunt, mitico piloto dos anos 70, que ganhou o seu unico título mundial em 1976, à custa de Niki Lauda, achei por bem colocar aqui o videoclip original: Supreme, de Robbie Williams. Aqui ficcionaliza-se uma luta entre dois "Gentlemen Racers", Bob Williams e Jackie Stewart, o tri-campeão do Mundo de Formula 1.

O videoclip tem várias imagens feitas entre 1969 (vê-se Stewart a correr num Matra MS80) e 1973, com a cena onde Colin Chapman atira o chapéu ao ar em sinal da vitória de Emerson Fittipaldi, em Interlagos. E quanto ao carro que "conduz" Williams? Nâo tenho a certeza, mas creio que seja um Lotus 49...

Noticias: Circuito de Jerez em dificuldades

Os proprietários do circuito andaluz de Jerez de la Frontera afirmaram hoje que com a decisão da FIA de proibir os testes após o inicio da temporada, poderá com que não só baixem os dias de testes, como também poderá perigar a existência do circuito andaluz como alternativa para os testes de Formula 1.




"Jerez sempre foi o circuito preferido da maioria das equipas de Fórmula 1, e isso permitiu-nos ir fazendo vários melhoramentos na pista. Só que agora vamos ter um sério problema. Cada equipa paga à volta de sete mil euros por dia pela utilização do circuito, e para que consigamos atingir o "break-even" precisamos de cerca de 20 dias por ano de testes. Neste momento, só temos oito dias confirmados para o próximo ano e se assim for será difícil mantermo-nos comprometidos com a Formula 1 até 2011, como tínhamos previsto. Nesse sentido, há fortes possibilidades de nos vermos na obrigação de repensar a nossa posição, pois desse modo não será viável manter os testes em Jerez.", referiu Juan Alvarez, director do circuito, ao jornal espanhol "Marca".


Jerez é um dos três circuito que costumam ser usados pelas equipas de formula 1 durante os testes de Inverno, sendo os outros dois Valência e Barcelona. Contudo, no inicio de 2009, novo circuito entra em acção, que é o de Portimão, situado a pouco mais de 300 km de Jerez, mas que deixou boas impressões nas equipas, já que quase todas irão testar no próximo mês, e três delas (Toyota, Renault e Williams) mostrarão nesse circuito as suas novas montadas.

O homem do dia - Keith Duckworth

É raro, mas acontece. Para além de pilotos e máquinas também falo de alguns dos homem que ajudaram a moldar a história da Formula 1. E hoje vou falar de um homem que ajudou a montar um motor que dominou a Formula 1 durante mais de uma década: o motor Cosworth DFV V8. No dia em que passam três anos sobre a sua morte, é tempo de falar sobre Keith Duckworth.

Nasceu em Blackburn, no centro de Inglaterra, a 10 de Agosto de 1933. Era filho de um engenheiro têxtil, e neto de um ferreiro. Desde cedo que se notava pela sua capacidade para arranjar os sistemas eléctricos dos vizinhos, bem como montar os seus próprios aviões. Aliás, o seu sonho era ser piloto de aviões. Depois de terminar o liceu, foi fazer a tropa na Royal Air Force, onde teve treino para ser piloto de bombardeiros Oxford, mas um teste mal sucedido cortou asas ao seu sonho. Num vôo nocturno, uma reacção alérgica a um medicamento que andava a tomar na altura, o fez adormecer aos comandos do avião, e os militares da RAF o colocaram como incompetente para pilotar, relegando-o para as funções de navegador. Mas isso não o impediu de voar, tornando-se num experimentado piloto de aviões e helicópteros.

Depois de sair da RAF, foi estudar Engenharia Mecânica no Imperial College de Londres, onde descobriu o mundo dos automóveis, através de alguns dos seus colegas de curso. Comprou um Lotus 6, e correu algumas vezes, até que um acidente em Goodwood lhe tirou a ideia de uma carreira competitiva. Entretanto, achava o curso demasiado teórico, e na sua tese final, não deixou de criticar o conteúdo do curso. Conseguiu o Bacharelato em 1955 por uma margem mínima.

Após isto, emprega-se na Lotus, trabalhando no departamento de caixas de velocidades, onde conhece duas pessoas importantes no seu futuro: Graham Hill e Mike Costin. Hill era mecânico, mas com ambições de ser piloto. Costin tinha também era engenheiro, e cedo formariam uma amizade e uma parceira para a vida toda. Em 1958, depois de sentir que estava limitado na Lotus, decidiu fundar a Cosworth, uma junção dos dois apelidos (COS de Costin, WORTH de Duckworth)

Duckworth trabalhou sozinho nos primeiros tempos, pois Mike Costin estava "preso" pela Lotus devido a um contrato restritivo que tinha assinado (para impedir a divulgação de segredos industriais a outros concorrentes). Em 1960, Duckworth usou o motor derivado do Ford Anglia para preparar um motor para a Formula Junior, que tinha aparecido nessa mesma altura. Nos quatro anos seguintes, os seus motores iriam dominar a série.

Em 1962, Costin junta-se a ele, e dois anos mais tarde, mudam-se para Northampton, a actual sede. Por essa altura, os laços com a Ford tinham-se tornado mais fortes, e no ano seguinte, sabendo que os regulamentos da Formula 1 iriam mudar no ano seguinte, passando dos então 1.5 Litros para os de 3 litros, Colin Chapman pediu ao seu antigo empregado para que concebesse um motor. Duckworth falou então com um velho amigo quie tinha na Ford, o ex-jornalista Walter Hayes, e pdeiu-lhe financiamento. A marca deu-lhe cem mil libras. Mais tarde, Duckworth disse que "foram as cem mil libras mais bem gastas que Ford alguma vez investiu".

Com esse dinheiro, Duckworth elaborou dois motores: um de 1.6 Litros FVA (Four Valve A Engine) de Formula 2 e um de 3 litros DFV V8 (Double Four Valve). Ambos os motores, construidos ao longo de 1966, tornar-se-iam legendários nos 15 anos seguintes. O motor ficou pronto em 1967, a tempo de se estrear no GP da Holanda, onde Colin Chapman também iria estrear o novo chassis, o Lotus 49. Jim Clark e Graham Hill dominaram a corrida, e o escocês levou a melhor. Quando um engenheiro rival viu o motor, afirmou: "Quando vi, soube que o jogo estava acabado." E era verdade. Aquela vitória na Holanda era apenas a primeira de 155, um numero que só termiaria 16 anos depois, nas ruas de Detroit, com o Tyrrell 012 de Michele Alboreto.

Com o tempo, a Cosworth diversificou os objectivos. Preparou motores para os Ralies, nos anos 80, para a CART, com o DFX, que chegou a ganhar 81 corridas consecutivas nos anos 70 e 80. Duckworth também acolheu e treinou outros engenheiros, que viriam a fazer a sua própria carreira. Mario Illien e Paul Morgan foram dois deles, e quando sairam da preparadora, formaram o seu próprio negócio, seguindo os mesmos principios: a Ilmor.

Com o tempo, o negócio engrandeceu tanto que viu que não conseguia mais controlar a companhia como queria, principalmente no seu aspecto empresarial, pois era engenheiro de formação e de espírito. Para piorar as coisas, em 1973, aos 40 anos, sofreu um ataque cardíaco, e assim, em 1980, vendeu a sua parte na empresa para a United Engeneering Industries, concentrando-se nos aspectos técnicos.

Em 1985, decidiu construir um motor V6 Turbo, que dava a potência de mil cavalos - o mais potente jamais construido pela fábrica - mas não teve o mesmo sucesso do DFV. Para piorar as coisas, estava a divorciar-se da sua primeira mulher, e novas complicações de saúde levaram-no uma complicada operação cirugica ao coração. Sendo assim, em 1988, aos 55 anos, decide retirar-se da companhia, entregando-a ao seu amigo de sempre, Mike Costin. A venda da companhia, anos antes, tornara-o milionário.


Depois de se ter retirado, trabalhou como consultor para a marca motocilistica Triumph, e casou-se de novo, envolvendo-se em vários projectos da marca até pouco tempo antes de morrer, a 19 de Dezembro de 2005, aos 73 anos. No dia em que morreu, Mike Costin disse em tributo ao seu amigo, que "tudo o que sabia aprendi-o ao longo de 40 anos na Universidade de Duckworth". Um belo tributo a um dos homens que mais marcou a história da Formula 1. Hoje em dia, a Cosworth, que pertence a Kevin Kalkhoven e a Gerald Forsythe, continua a preparar motores para várias séries, especialmente nos Estados Unidos.



Fontes:


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

James Hunt, o playboy das pistas



Sou um admirador confesso dos videos que este rapaz faz, o finlandês Antti Kahola. Já fez sobre ralies, Formula 1, CART e até fez um trailer do "Le Mans". Se forem ver os filmes dele, verão que são videoclips magnificos, de cortar a respiração. O video de hoje mostra James Hunt, o "playboy" das pistas, o seu duelo que teve com Niki Lauda em 1976 (e que lhe deu o título mundial), e o "glamour" que teve nos seus tempos aureos (com a musica "Supreme" do Robbie Williams), e depois a decadência em espiral, com os divórcios, o alcool, os negócios falhados, e o seu trabalho como comentador da BBC, ao lado de Murray Walker. Ironicamente, quando morreu, a 15 de Junho de 1993, aos 45 anos, estava sóbrio há já algum tempo...

Extra-Campeonato: Por fim, a Playboy em Portugal

Soube esta semana que a partir de Fevereiro ou Março de 2009 que será publicada em Portugal a revista Playboy, famosa por ter meninas nuas nas suas páginas centrais. Confesso que essa noticia me fez sorrir de alegria, pois acho que já não era sem tempo!

Em muitos aspectos, a noticia da chegada desta revista às nossas bancas, numa altura de crise, parece ser contraditória. Mas se vos disser que há menos de oito anos não havia qualquer revista masculina nas bancas, o que diriam? Surpreendente, não?



Em menos de oito anos, aceitamos a ideia de ver actrizes famosas, modelos, e algumas atletas de lingerie, em elaboradas produções artisticas, algumas delas a roçar ou a sugerir a nudez. Fazem-se "castings" para escolher "a mais bela da freguesia" (FHM dixit) e essas meminas não tem qualquer pudor em mandar os seus "books" em poses sugestivas. A diferença entre uma GQ e uma Playboy é que... nesta, mostra-se tudo.



E acho que esse é o grande desafio. Como nasci e cresci no Brasil, achei (e acho) natural ver actrizes, modelos, cantoras, desportistas... a posarem como vieram ao mundo. Acho natural e nada ofensivo. E se os ensaios forem bem feitos, melhor ainda. Mas quando vim para Portugal, achei estranho que isso não acontecia aqui. Com o tempo, descobri que isto tem a ver com a história dos costumes: até 1974, ver uma mulher a fazer "topless", por exemplo, era motivo para prisão! Com o tempo, isso tornou-se natural pelas praias tugas.


Mas também, a Playboy é muito mais do que meninas nuas e o "poster" habitual no centro da revista. Também são as entrevistas, e os artigos de fundo, como em qualquer outra revista masculina. E a moda, os gadgets... nas edições internacionais, foram milhares os entrevistados pela revista fundada por Hugh Hefner há 53 anos, e que virou um icone cultural do século XX. Personalidades como Mick Jagger ou Norman Mailer, nos Estados Unidos, Nelson Piquet e Aytron Senna, no caso brasileiro (e puxando a brasa à "sardinha" automobilistica) já foram entrevistados pela revista das "coelhinhas". Publicou contos de escritores famosos como Arthur C. Clarke (o homem de 2001), Ian Fleming (o criador de James Bond) ou Vladimir Nabokov (que escreveu Lolita).


Agora, o grande desafio é este: com a quantidade de meninas que posam de bikini e "lingerie", a partir de Março, estas revistas vão concorrência... "desleal". O que me morde a curiosidade é saber quem vai ser a primeira das famosas a dar o passo, e qual vai ser o impacto? A Primavera portuguesa promete ser quente!

Algo altamente recomendável

O Luiz Fernando Ramos, vulgo o Ico, publicou esta tarde uma entrevista de três páginas feita ao "Môco", vulgo, José Parlos Pace, feita em Fevereiro de 1975, duas semanas antes de ele ganhar a sua primeira (e unica corrida) da sua carreira, em Interlagos. Nessa entrevista, fala das comparações entre a Formula 1, a IndyCar Racing e a Can-Am e as corridas de resistência, que as classifica de "chatas".


Fala também sobre pouca camaradagem dos pilotos, que já havia nesse tempo, e nas esperanças que tinha em ganhar e no novo motor da Alfa Romeo, que iria correr com ele na próxima temporada. E também na relação com o seu patrão, um tal de Bernie Ecclestone... Cliquem aqui para lerem a entrevista na integra.

Noticias: Apresentado o Circuito da Boavista

De dois em dois anos, uma tradição que começou em 2005, a Câmara do Porto monta o já mítico Circuito da Boavista, para receber, no inicio de Julho, os carros históricos e a etapa portuguesa do Mundial WTCC. Em 2009 não será excepção, mas desta vez o programa vai ser dividido em dois: o Mundial a 4 e 5 de Julho, e os Formula 1 Históricos a 11 e 12 de Julho.




A apresentação decorreu esta manhã nos Paços do Concelho, com contou com a presença de Álvaro Parente, pois o piloto português, que disputará a GP2 em 2009, vai ser o primeiro patrono do Circuito da Boavista. A edição de 2009 será a primeira em que a Câmara Municipal do Porto e a "Porto Lazer" não terão a Talento como parceiro e promotor. Divergências com Francisco Santos levaram a um ponto final na ligação que envolvia as entidades.


O Presidente da Câmara Municipal, Rui Rio (grande impulsionador do evento, já que é um entusiasta dos automóveis) revelou que a pista será mais larga em algumas zonas que nas edições anteriores, apresentando também visibilidade melhorada para os pilotos em algumas curvas. Quanto às críticas de falta de transparência em relação ao orçamento para o evento, Rio argumentou que "há uma alteração no funcionamento da gestão. O orçamento será concluído e divulgado em tempo oportuno". O autarca concluiu referindo que tudo estão a trabalhar para em 2009 se fazer "mais barato e melhor."

Algumas noticias do dia

Na mesma semana que Suzuki e Subaru confirmaram o abandono do Mundial de Ralies, a Citroen e a Ford afirmaram que continuarão de pedra e cal na temporada de 2009. Olivier Quesnel, director desportivo da Citroen, reagiu ao anuncio, afirmando que "a Citroen entrará no Mundial de Ralis de 2009 conforme planeado com as duas duas equipas: Sebastien Loeb/Daniel Elena e Dani Sordo/Marc Marti", concluiu.


Questionado para comentar os abandonos dos outros construtores, Quensel afirmou que "é uma situação que lamentamos, mas não podemos comentar a sua decisão." O optimismo entre as hostes francesas é grande, com o director desportivo da Citroen e agora também da Peugeot a afirmar que "esperamos uma temporada emocionante onde tentaremos repetir os resultados de 2008. Os nossos objectivos mantêm-se os mesmos: vencer os campeonatos de construtores e pilotos."


Entretanto, a Williams anunciou hoje que vai apresentar o seu novo carro no dia 19 de Janeiro no Autódromo de Portimão, o mesmo dia da apresentação da Renault. O novo Williams não irá contar com a sua decoração definitiva nos testes de Inverno, a exemplo do que já se verificou no ano transacto, sendo apenas revelada na véspera do primeiro grande prémio da época.



E como estamos em tempo de crise, a apresentação do futuro monolugar da casa de Sir Frank Williams será discreta, muito discreta, contando apenas com fotografias do carro nas boxes e entrevistas à imprensa. E cada vez mais, Portimão entra na orbita da Formula 1...

Entretanto, a Superleague Formula, uma competição original que juntou automobilismo e futebol, divulgou hoje o seu calendário provisório para 2009, com as provas que se disputarão somente na Europa. A segunda temporada da "Fórmula Futebol" terá algumas novidades, como a estreia de uma prova em França. O Estoril continua a receber a quinta jornada da competição, no fim de semana de 5 e 6 de Setembro.


16/17 Maio - Jarama (E)
13/14 Junho - Magny-Cours (F)
04/05 Julho - Vallelunga (I)
01/08 Agosto - Donington Park (GB)
05/06 Setembro - Estoril (P)
14/15 Novembro - Jerez (E)

Bolides Memoráveis - Williams FW10 (1985)

O carro do qual vou falar hoje trata-se de um modelo que muitos já o esqueceram, mas no seu tempo, foi um dos melhores do pelotão, e abriu caminho para o FW11, o modelo que dominou a Formula 1 em 1986 e 87, com os motores Honda. A revista inglesa Autosport classificou-o como o "Carro do Ano" em 1985, batendo o Lotus 97T e o McLaren MP4-2. E foi este o carro que deu a Nigel Mansell a sua primeira vitória na Formula 1, depois de cinco anos de tentativas frustradas na Lotus.


A temporada de 1984 tinha sido de dificil adaptação da Williams ao motor Turbo da Honda. Somente tiveram 25,5 pontos e uma vitória no dificil traçado de Dallas, através de Keke Rosberg, numa corrida marcada pelo calor e pelo asfalto a desfazer-se. O segundo ano da associação com a Honda tinha que ser melhor, e Frank Williams foi buscar Nigel Mansell à Lotus, pois achava que todo o seu potencial poderia expoldir no novo carro que lhe estava a preparar.


Entretanto, Patrick Head tinha analisado o FW09 e achou que era altura de tentar resolver os problemas de manobrabilidade que este carro sofria, e decidiu que o FW10 seria o primeiro carro inteiramente construido em fibra de carbono. Esse chassis acomodou o motor Honda V6 Turbo de 1.5 Litros, que tinha potências que variavam entre os mil a 1250 cavalos em qualificação, e os 900 cavalos em especificação de corrida. A caixa era uma Hewland de cinco velocidades, e eram equipados com penus Goodyear.



A escolha de Mansell, como substituto do veterano Jacques Laffitte, não tinha sido pacifica entre os seus pares. Certo dia, ao saber da contratação, Ron Dennis, o patrão da McLaren, mostrou-lhe uma compilação de acidentes nos quais o britanico se tinha envolvido na sua passagem pela Lotus. Depois disse em voz alta: "Isso é o seu piloto de ponta?" Aparentemente, o tempo iria dizer que sim, e para provar isso, deu-lhe o numero cinco, pintado a vermelho. Era o inicio da lenda...



O inicio do campeonato foi modesto, com Mansell a chegar em quinto lugar no GP de Portugal, conseguindo os primeiros pontos com a marca, mas à medida que a temporada passava, o motor Honda melhorava a sua fiabilidade, e a dupla Rosberg/Mansell começava a lutar pelos lugares da frente. Em Detroit, o piloto finlandês alcançava a primeira vitória do ano, batendo os Ferrari de Stefan Johansson e Michele Alboreto, e na corrida seguinte, em Paul Ricard, fez a pole-position e a volta mais rápida, mas fora batido na corrida pelo Brabham de Nelson Piquet, naquela que viria a ser a última vitória da marca.

No veloz circuito de Silverstone, palco do GP de Inglaterra, Rosberg faz a "pole-position"com uma média-canhão de 258.983km/h, o que permaneceu como recorde da Formula 1 para a volta lançada durante 16 anos! Esse recorde seria superado no circuito de Monza, pelo colombiano Juan Pablo Montoya, num... Williams! Infelizmente, essa volta-canhão não ia ter consequências em corrida, pois desistiu na volta 21.

As coisas somente melhoraram na parte final da temporada. Mansell sobe ao pódio em Spa-Francochamps, atrás do vencedor Ayrton Senna, e na prova seguinte, em Brands Hatch, Nigel Mansell finalmente alcança a vitória, após cinco anos de competição. O seu companheiro, Keke Rosberg, acaba em terceiro, depois de ter feito uma corrida de recuperação após uma colisão com Nelson Piquet na volta seis o ter feito cair para o final do pelotão.

Mansell repete a façanha em Kyalami, na Africa do Sul, a última vez que a Formula 1 visitou aquele país até ao final do regime do "apartheid", com Rosberg a completar a dobradinha. Na etapa final, na estreia do circuito australiano de Adelaide, Rosberg deu à Williams a sua terceira vitória consecutiva, mostrando à concorrência que finalmente, o combinado estava afinado e que a Williams era uma equipa a ter-se em conta na temporada seguinte. Esta corrida seria a última de Rosberg pela marca do "Tio" Frank, já que estava de malas aviadas para a McLaren, no intuito de substituir Niki Lauda. Para o seu lugar vinha Nelson Piquet, e as coisas para 1986 prometiam...

Chassis: Williams FW10
Projectista: Patrick Head
Motor: Honda Turbo V6 de 1.5 Litros
Pilotos: Keke Rosberg e Nigel Mansell
Corridas: 16
Vitórias: 4 (Rosberg 2, Mansell 2)
Pole-Positions: 4 (Rosberg 3, Mansell 1)
Voltas Mais Rápidas: 4 (Rosberg 3, Mansell 1)
Pontos: 71 (Rosberg 40, Mansell 31)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Portimão - O último dia de testes

O ultimo dia de testes de 2008 em Portimão aconteceu sem vento e com uma temperatura um pouco mais amena, o que fez com que os tempos por volta melhorassem um pouco, fazendo até com que Pedro de la Rosa conseguisse baixar pela primeira vez do minuto 30, fazendo uma volta mais rápida com o tempo de 1.28,993 segundos.


O McLaren "hibrido" com especificações de 2009 (novo bico da frente e o sistema de recuperação de energia KERS), foi o que mais rodou ao longo de todo o dia, mostrando a importância que a formação de Woking está a dar ao desenvolvimento deste sistema. A meio da manhã, De la Rosa realizou uma série de voltas verdadeiramente rápida, acabando por melhorar em alguns milésimos de segundo a sua marca de ontem.



Durante a tarde, o piloto de testes espanhol melhorou os tempos, tendo descido ao segundo oitenta e nove pela primeira vez pouco depois das quinze horas. No fim da tarde, conseguiu mesmo descer ao segundo oitenta e oito, registando a marca final de 1.28,993, o que constitui um novo recorde para o Circuito Internacional do Algarve.


Na Ferrari, apenas Luca Badoer se apresentou hoje ao serviço e, apesar de ter melhorar o seu crono de ontem, manteve-se a mais de um segundo de Pedro de la Rosa. O italiano, que continuou a demonstrar algumas dificuldades na abordagem a algumas curvas, realizou o melhor registo no segundo sector do circuito português, mas perde bastante nos outros dois. Paralelamente, Badoer rodou com um sistema básico do KERS da formação de Maranello, tendo os homens de vermelho ficado satisfeitos com a evolução registada. O melhor que Badoer conseguiu foi 1.30,163 segundos, mais de um segundo de diferença sobre o espanhol.

Já agora, o meu amigo Nuno Rogerio esteve em Portimão e deixou a sua opinião pessoal sobre a pista e as pessoas que correram nela. E depois deste teste, temos as festas de Natal e Ano Novo, e em Janeiro, as equipas voltarão em força a Portimão, e alguns até mostrarão as novas montadas para 2009!

Algumas noticias do dia

Desde o dia em que a Honda anunciou a sua saída da Formula 1, foi falado que David Richards poderá comprar a estrutura de Brackley a um preço simbólico e voltar à competição, depois de ter estado no inicio da década com a BAR. Depois do anuncio da retirada da Subaru do WRC, Richards já admitiu hoje pensar no assunto, numa entrevista dada hoje ao tabloide inglês "The Sun".

"A nova estrutura da Fórmula 1 a partir de 2010, com o novo regulamento e programas muito significativos de corte de custos, certamente tornam a categoria bem mais atraente e adequada para uma companhia como a nossa. O que está em jogo hoje faz com que seja mais possível fechar o negócio", disse Richards, admitindo que a saída da Subaru facilitou-lhe o pensamento. "Os desenvolvimentos desta semana clarearam as coisas e me deram um pouco mais de tempo livre para pensar no assunto", reconheceu Richards, em declarações captadas pelo site Pitstop.

Entretanto, a FIA considera a proposta lançada pela Williams de alinhar com três carros para preencher a grelha a partir de 2009. Mas apenas para as equipas de ponta. Segundo a revista alemã Motorsport Aktuell, a FIA poderá ter convidado algumas das equipas de ponta, como McLaren e Ferrari, a colocar um terceiro carro na grelha, que não marcaria pontos para o campeonato de construtores. A razão porque nem todas as equipas poderão alinhar com três carros tem a ver com o regulamento: actualmente, apenas 24 carros podem alinhar numa grelha de Formula 1.

Enquanto isso, Stefano Domenicalli, o director desportivo da Ferrari, afirmou hoje que está a favor de um tecto salarial para os pilotos de ponta, e que tal assunto terá que ser discutido no seio da FOTA, a associação de equipas de Formula 1: "Penso que haverá uma revolução nos próximos meses, que inclui os pilotos, no que se refere aos custos. Na condição actual, sinto que nem as grandes equipas vão poder oferecer certos salários que os pilotos recebem agora. Vamos discutir este assunto", afirmou Domienicalli, em declarações captadas no sitio Pitstop.

Mais nomes para a Formula 2 em 2009

A FIA e a Motosrport Vision estão a anunciar durante esta semana mais alguns nomes para a nova Formula 2, que vai arrancar em Maio de 2009 no circuito de Valencia. Na segunda-feira foram anunciados o indiano Armann Ebrahim, o inglês Jason Moore, campeão da formula Audi Palmer, e o alemão Tobias Hegewald, vindo da Formula Renault 2.0. Hoje foi a vez da suiça Natascha Gashnang se juntar às séries.

Ebrahim ficou contente com o anuncio: "O novo campeonato tem um conceito arrojado e revolucionário, que beneficia pilotos jovens como eu, e que pode mudar o actual panorama automobilistico. O orçamento é realista, os carros são absolutamente iguais e existe a afiliação com uma entidade oficial tão importante como a FIA", afirmou o piloto indiano. "Muita gente na India está expectante para ver como funciona, e creio que vai chamar a atenção a todos os pilotos talentosos que há no mundo. Vai ser muito excitante!", concluiu.

Já Jason Moore alinha pelo mesmo diapasão: "Vou reclamar o meu lugar como o melhor piloto britânico na Formula 2. Aparentemente, vai ser um dos melhores campeonatos, com muitos jovens envolvidos", afirmou. "Vai ser a série onde todos quererão estar", concluiu o piloto inglês de 20 anos.

Quanto a Natascha Gachnang, de 21 anos, e que se classificou em 2008 no terceiro lugar no campeonato espanhol de Formula 3, e já tem experiência em monolugares, via A1GP, também não esconde o seu contentamento por se juntar à nova série, fazendo história por ser a primeira mulher na nova competição: "Estou contente, pois fico cada vez mais perto do meu objectivo, que é chegar à Formula 1. Tento não pensar que sou uma mulher num meio dominado por homens, e isso ajuda-me no meu caminho para chegar ao topo", afirmou.

Já agora, para quem não sabe, Gaschnang é prima de Sebastien Buemi, o piloto suilo que correu na GP2 e tem fortes hipóteses de correr na Formula 1 em 2009, pela Toro Rosso.

Speeder questiona... João Carlos Viana (jcspeedway)


O convidado que hoje trago aqui, trata-se de alguém que conheço virtualmente há algum tempo. O seu blog fala essencialmente sobre as corridas e pilotos do passado, mas não deixa de fazer algumas considerações sobre a actualidade da Formula 1. E fugindo sempre das notícias, o seu espaço é mais opinativo e mais reflectido, talvez fruto do seu trabalho como engenheiro mecânico. Mas João Carlos Viana, 26 anos, residente de Fortaleza, no Ceará, e confesso louco pelo Ceará Futebol Clube, é o homem por detrás do blog jcspeedway, que não se importa de escrever sobre a categoria que mais ama neste momento: a Formula 1.


1 – Olá João Carlos, é um prazer ter-te aqui, neste humilde blog, a responder às minhas perguntas. Queres explicar, em poucas linhas, como surgiu a ideia do teu blogue?

Escrevia no fórum do GPTotal, mas sentia que me faltava espaço lá, que precisava de mais espaço e então procurei na internet uma forma de me expressar e falar sobre o que quero acerca da F1. Foi aí que apareceu a ideia do blog e o resto é história.


2 – O nome que ele tem, foi planeado ou saiu, pura e simplesmente, da tua cabeça?

Foi natural. Quase que um estalo! Acho o nome ‘speedway’ forte e quis juntar ao meu nome, como sou conhecido por alguns amigos. Acho que ficou legal.

3 – Antes de começares este blog, já tinhas participado em algum blogue ou site?

Como disse anteriormente, somente no fórum do GPTotal. Na medida em que comentários foram aparecendo no blog, fui conhecendo outros blog e, por consequência, outros blogueiros.

4 – Em que dia é que começaste, e quantas visitas é que já teve até agora?

No dia 07 de fevereiro de 2007. Logo que criei o blog, postei e está lá no arquivo. Aos poucos fui melhorando para, hoje, seguir uma linha que mantenho até hoje. Já fui visitado por aproximadamente 20.000 pessoas de fevereiro deste ano para cá.

5 – De todos os posts que já escreveste, lembras-te de algum que te orgulhe… ou não?

Hum... O que mais me orgulho são das biografias, pois faço uma pesquisa grande, que às vezes dura dias. Das biografias das quais se destacam, me lembro do Eddie Lawson, onde mergulhei no mundo da Motovelocidade dos anos 80 e foi um post bem explicativo sobre o tetracampeão mundial. Tem o de grandes pilotos, como Jim Clark e Elio de Angelis, que tem livros inteiros somente sobre a vida deles. Mas há de pilotos tinham tudo para serem campeões, como Jarno Saarinen e Stefan Bellof, que mesmo morrendo jovens, fizeram uma baita carreira e pude entender um pouco da essência deles. No entanto, um que me deixou orgulhoso nos últimos tempos foi do Mika Hakkinen. Pouco pesquisei sobre a bio do finlandês, pois muito do que ele tinha feito nas pistas estava na minha cabeça e pude escrever livre, leve e solto, me lembrando de bons tempos na minha vida... e o texto ficou muito bom!

6 – Em que é que tu, escrevendo sobre Formula 1, consegues ser diferente dos outros blogs?

Procuro falar muito sobre história da categoria. Procuro saber de corridas que ocorreram em datas fechadas e me lembrar delas. Tenho alguns resumos de temporada que me ajudam, fora o youtube. Hoje tenho mais prazer em escrever sobre a Formula 1 antiga do que a actual, que, mesmo com essa excepcional temporada de 2008, ainda me falta um algo mais.

7 – Daqueles blogues que conheces sobre automobilismo, qual(is) dele(s) é que tu nunca dispensas uma visita diária?

Faço um tour: continental-circus, blogdocapelli, blog-do-ico, blogdogroo, Pandini e do Flávio Gomes. Esses são os diários, mas sempre que posso visito o do Sávio, do Rianov e etc...

8 – Falamos agora de Formula 1. Ainda te lembras da primeira corrida que assististe?

Cara, a primeira lembrança que tenho na vida tem a ver com Formula 1. Quando tinha uns 3 ou 4 anos, estava brincando com meu pai no terraço do apartamento onde morava e ouvi o tema que a Rede Globo fazia para F1. Corri para casa para assistir! Não me lembro qual foi a corrida, mas isso me marcou muito. Também lembro chegando no colégio e vendo o noticiário do acidente do Piquet na Tamburello. De 1989 para cá, lembro de ter assistido todas as corridas, mesmo que não me lembre da corrida em si por completo.

9 – E qual foi aquela que mais te marcou?

Grande Prémio da Europa de 1997. Torci muito pelo Villeneuve naquele dia e após a pancada que levou do Schumacher, não consegui ficar parado, simplesmente assistindo a corrida. Fiquei de pé, torci, bebi água... não fiquei quieto até o canadense ser campeão. Gilles Villeneuve morreu apenas 20 dias depois de eu nascer e cresci ouvindo as histórias dele e por isso queria muito que o Jacques Villeneuve vencesse. Também me marcou o GP da França de 1999 e o GP Brasil deste ano. Não sei bem lhe explicar, mas algo na minha cabeça me dizia que aquela corrida seria diferente e não deu outra!

10 – Fittipaldi, Piquet e Senna. Qual dos três é aquele que mais agrada, e porquê?

Pergunta complicada e só falto apanhar falando nisso! Quando o Senna morreu tinha acabado de completar 12 anos e não acompanhei a carreira de nenhum dos três com os olhos críticos que tenho hoje, mas eu pai jura de pés juntos que o Piquet era melhor do que Senna e conheço muita gente com a mesma opinião. Por isso, cravo no Piquet!

11 – E achas que algum dia, Felipe Massa vai fazer parte deste trio de campeões?

Coisa de dois meses atrás estava conversando com um italiano que visitava a fábrica onde trabalho e perguntei o que ele achava do Massa. Ele disse que mora vizinho a fábrica da Ferrari e me respondeu: “Se não vencer esse ano, Massa não vencerá nunca mais!” Não tenho tanta certeza nessa afirmativa, mas o Massa demorou muito para amadurecer e corre o risco de ter o mesmo fim de Barrichello. O tempo passou, o título não veio e agora é um piloto aposentado pelos outros.

12 – Comparando-o aos três pilotos acima referidos, Massa é mais parecido com quem, e porquê?

Senna. Não na pilotagem, mas na forma com que a Globo quer fazer dele um herói nacional. Isso vem trazendo alguma antipatia para ele, mas acho o Massa um cara muita cabeça.

13 – Achas que o título de 2008 foi bem entregue?

Com certeza! Hamilton é um piloto especial e via isso nele desde a GP2. Claro que não esperava um sucesso tão grande logo cedo, mas ele tem tudo para marcar uma era, juntamente com Vettel e Kubica. Se o Massa fosse campeão, me lembraria muito das vergonhosas punições em Spa e em Suzuka, apesar da óptima temporada do Felipe.


14 - Passando à actualidade: de repente, a Honda anuncia a sua retiradada Formula 1. Como sentiste isso?


Assim como os envolvidos... chocado! Nunca tinha visto uma equipe deF1 se acabar tão rápido quanto a Honda. O primeiro rumor da saída da equipe foi no dia do anúncio oficial!


15 - Caso Nick Fry e Ross Brawn encontrarem comprador nos próximostempos, achas que Jenson Button, e especialmente Rubens Barrichello, conseguem manter os seus lugares?

Button ficaria. Ele ainda tem muito cartaz na Formula 1 e o fato de seringlês ajuda. Sem ele, teríamos apenas Hamilton como britânico e issonão seria normal na Formula 1. Apesar dos pesares, Button ficaria, aocontrário de Barrichello. Quando Button encaçapou Rubens em 2006, senti que a passagem do Rubinho pela Honda seria breve e quedificilmente ele arranjaria outra equipe. E é o que está acontecendo...

16 - Max Mosley anunciou agora que fez um acordo com a Cosworth parafornecer motores ás equipas, a dez milhões de euros por ano. A FOTA (Formula One Teams Association) concordou em reduzir os custos. Achas que é este o caminho, uma Formula 1 com custos controlados?
A F1 sempre foi cara, desde os anos 50, mas o actual patamar é umabsurdo! Gastar centenas de milhões de dólares numa única temporadachega a ser irreal. Max "kick my ass, bitch!" Mosley tem seusdefeitos, mas nisso ele acertou, mas tomara que ele não se animedemais e coloque em prática algumas de suas abobrinhas.


17 – Tirando os brasileiros, qual é para ti o piloto mais marcante da história da Formula 1, e porquê?

Michael Schumacher, sem sombra de dúvidas. O tamanho das façanhas que ele fez só poderá ser medido daqui a alguns anos. Acho que, quando Fangio se aposentou, ninguém na época percebeu a grandiosidade do que tinha feito o argentino, somente anos depois alguém se tocou e disse: “Puxa, o que Fangio fez foi impressionante!” O mesmo deverá ocorrer com Schumacher, mas não agora.

18 – Para além de Formula 1, que outras modalidades de automobilismo que tu mais gostas de ver?

MotoGP e F-Indy. A MotoGP passa por um momento mágico, com um fenómeno como Valentino Rossi e um monte de jovens talentosos louco para derrota-lo. A Indy cresceu muito com a junção entre IRL e Champ Car e a tendência é de crescimento. Também gosto do WRC, mas a categoria passar por uma crise preocupante.

19 – E achas que vale a pena falar sobre ele no teu blogue?

Falo sempre que possível sobre as categorias, seja na forma das corridas atuais, seja com biografias de pilotos históricos.

20 - Tens alguma experiência automobilística, como karting? Se sim, ficaste a compreender melhor a razão pelo qual eles pegam num carro e andam às voltas num circuito?

Nunca corri de kart, nem mesmo indoor. Quando tinha 17 anos, prestando o vestibular, procurei uma escola de pilotagem que tinha acabado de se formar no kartodromo local, mas o que tenho de altura (1,83m), não tenho de dinheiro. A inscrição era meio cara e, após passar na primeira fase da faculdade pública (UFC), minha mãe me disse “Passa na segunda fase, que te pago essa escola de pilotagem”, só que a segunda fase já estava em cima e não deu para me matar de estudar. Resultado foi que não passei numa faculdade pública, mas numa particular. E o sonho de se tornar piloto morreu ali.

21 - “Correr é importante para as pessoas que o fazem bem, porque… é vida. Tudo que fazes antes ou depois, é somente uma longa espera.” Esta frase é dita pelo actor americano Steve McQueen, no filme “Le Mans”. Concordas com o seu significado? Sentes isso na tua pele, quando vês uma corrida, como espectador?

Às vezes me ponho no lugar dos pilotos, o que faria em determinada situação, o que falaria em determinada entrevista... Muitas vezes penso no que seria se tivesse a ideia de se tornar piloto quando era novo e começado a correr de kart cedo, mas não deu. É a vida, como disse McQueen.

22 - Tens algum período da história da Formula 1 que gostarias de ter assistido ao vivo?

Anos 80. Tenho todos os resumos de 80 à 89 e sempre que posso vejo esses vídeos. Minha mãe pergunta se não me canso de ver a mesma coisa, mas o bom daquela época era a rivalidade, as brigas, principalmente fora das pistas. Outra coisa que reparo é a diferença entre as transmissões de TV actuais e de 25 ou 25 anos atrás. Contudo, também vejo que havia corridas chatas e enfadonhas nos “bons tempos”, como agora.


23 - Já alguma vez viste a briga entre o René Arnoux e o Gilles Villeneuve, no GP de França de 1979? Para ti, aquelas voltas finais significam o quê?

Vi, revi, re-revi... A diferença é que não pude sentir o prazer de ver aquilo ao vivo. Muitas vezes nós assistimos momentos históricos da F1 já sabendo o que irá acontecer. Achamos bonitos, mas muitas vezes não sentimos a sensação do imprevisível, de ver algo que não sabemos o que irá acontecer. Esse sentimento eu tive no GP Brasil de 2008. Mas o que Arnoux e Villeneuve fizeram foi de deixar qualquer arrepiado!


24 – Jeremy Clarkson, o mítico apresentador do programa de TV britânico “Top Gear”, disse que Gilles Villeneuve foi “o melhor piloto que alguma vez sentou o rabo num carro de Formula 1”. Concordas ou nem por isso?

Sobre Gilles Villeneuve e a paixão que o seu nome trás a nós, sempre me recorda de uma entrevista de 1997, em Monza. Schumacher e Jacques Villeneuve brigavam palmo a palmo pelo título e o apresentador entrevistou um senhor de idade sobre quem que ele gostaria que vencesse o GP da Itália, tirando um piloto de Ferrari. “Villeneuve”, respondeu o senhor sem titubear. O apresentador ficou estupefacto com a resposta, dizendo que isso atrapalharia Schumacher e sua luta para tirar a Ferrari do longo jejum que vivia. O velho simplesmente respondeu “Eu sei disso, mas ele é filho de Gilles...” Nem precisa dizer mais nada.

25 - Costumas jogar em algum simulador de corridas, como o “Gran Turismo”, o “Formula 1”, ou jogos “online”, como o BATRacer ou o “Grand Prix Legends”?

Antigamente era viciado em GP3 e passava horas e horas baixando patchs para jogar com os carros de 1984, 1986... Era legal ser fechado pelo Senna com a Lotus preta! Hoje estou jogando mais FIFA, mas estou a procura de um jogo de Formula 1!

26 – Eu sei que começaste há algum tempo, mas… que é que tu alcançaste, em termos de prémios, convites, referências, desde que iniciaste o teu percurso na Blogosfera?

Um dos prémios que tive foi ter sido convidado a dar essa entrevista. Mas ver um link do meu blog no seu, Speeder, do Pandini, do Ico, do Groo e de outros... Esse é o maior prémio que tive até agora!

27 - E se fosses o Max Mosley, o que preferias ter na Formula 1? Umagrelha só de montadoras ou de "garagistas"?

Como era há dez, quinze anos atrás. As montadoras ficariam por trás dosgaragistas, num acordo parecido com a McLaren-Mercedes. A Williams jápassou por Honda, Renault e BMW e, bem ou mal, continua na activaapesar de ter sido abandonada pelas montadoras. Os garagistas só fazemcorrer e é isso que eles querem. As montadoras podem sair da Formula 1 após obalanço final das suas contas.

28 – Vamos falar do futuro próximo: Bruno Senna, Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr. Um já está lá, os outros dois querem lá chegar. Achas que algum dos três tem estofo de campeão? Se sim, qual?

Sinceramente... não! Acho o Di Grassi melhor, mas não muito. No momento em que escrevo, ele está em desvantagem para com Senna no vestibular da Honda, mas testes são testes... O automobilismo brasileiro vive uma crise extensa e de que demorará a se recuperar. Ter quinze, vinte pilotos nas categorias de base europeias demorará a acontecer de novo.

29 – Tens algum plano para o blogue, no futuro próximo? Novas secções, meteres-te num podcast ou videocast?

Ultimamente está muito difícil até postar. Me acordo às 4 e meia da amanhã, encaro, só de viagens, 150 km diários e chego em casa por volta das sete da noite. Então, vou manter o blog como posso, escrevendo sobre histórias, corridas, algo extraordinários...

Já agora, se quiserem ver as entrevistas anteriores, carreguem nos respectivos links:

13 de Dezembro - Ron Groo (Blog do Groo)

A construção do Autódromo de Portimão, em video

Descobri isto agora no sitio do jornal português Autosport: um video sobre as obras de Portimão. Em pouco menos de seis minutos, estão compactadas quase um ano de obras do Autódromo de Portimão, desde a terraplanagem até à chegada dos camiões com as máquinas das Superbikes, que inauguraram o Autódromo português, no passado dia 2 de Novembro, e que esta semana recebe os primeiros testes de Formula 1 da sua história. Espero que gostem!

Rumor do dia: Williams pode extinguir a sua equipa de testes

Com os novos regulamentos, e a crise que o mundo atravessa, é altura de se fazer cortes nas equipas de Formula 1. E o site holandês http://www.f1today.nl/ diz hoje que a Williams pode extinguir em breve a sua equipa de testes, já que os novos regulamentos prevêm uma proíbição total de testes depois de começar a época de 2009.


Quem afirma é um dos mecânicos da marca, que sob anonimato, disse: "Estamos livres para (procurar emprego) noutras equipas de Formula 1 e também noutras categorias na Europa. O anuncio oficial será uma mera questão de tempo", concluiu.


A acontecer tal anuncio, isso implica que a equipa das corridas é que lidará com o desenvolvimento do carro durante a próxima temporada.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Mais algumas imagens de Portimão




































Eis mais algumas imagens do autódromo português tiradas durante o dia de hoje e publicadas nos sitios GP Update, Race Freaks e Motorsport. Ficam com mais algumas ideias do que é esta nova pista, e possam sonhar com um eventual regresso do GP de Portugal. Espero que em breve isso aconteça. Desde que haja dinheiro e vontade do "Tio" Bernie...