sábado, 5 de setembro de 2009

WTCC - Oberschleben (Qualificação)

Foi uma qualificação à chuva esta tarde no autódromo de Oberschleben, na Alemanha. No regresso do WTCC à competição, mês e meio depois da última ronda em Brands Hatch, a chuva intensa na sessão de qualificação de hoje prejudicou imenso as aspirações de Tiago Monteiro a uma boa posição, e irá largar do 26º posto na grelha de amanhã, para a primeira corrida.

Outro dos grandes prejudicados é Yvan Muller, que largará somente da 17ª posição, e tem agora a sua liderança em risco, já que o seu maior rival, e companheiro de equipa, Gabriele Tarquini, está atrás dele, a cinco pontos. E fez a pole-position!

O veterano piloto italiano aproveitou o facto da pista estar a secar naquela altura para colocar pneus secos e arriscar por um bom tempo. Fê-lo... e conseguiu, ao conquistar a pole-position, com o tempo de 1.39,866 segundos, quase dois segundos adiante do independente croata Marin Colak, no seu Seat Leon a gasolina. Rykard Rydell foi o terceiro classificado, enquanto que o holandês Jaap Van Langen conseguiu o quarto posto, a melhor posição de sempre do Lada Priora.

As corridas acontecerão amanhã pela hora do almoço.

WRC - Rali da Austrália (Dia 2)

A segunda etapa do Rali da Australia trouxe a prometida luta pela liderança, depois das ultrapssagens táticas da última etapa do primeiro dia, para que os pilotos que ficassem na frente pudessem limpar a estrada aos que partissem do quarto ou quinto lugar, que teriam a pista mais limpa, logo, fossem mais rápidos e atacassem a liderança. Ainda mais quando está em jogo amis do que a vitória no rali, falamos também na luta pelo título mundial.


Sendo assim, a luta hoje foi a três, entre os Citroen C4 de Daniel Sordo e Sebastien Löeb, e o ford focus de Mikko Hirvonen. O outro Citroen C4 de Sebastien Ogier e o Ford Focus de Jari-Matti Latvala também estiveram na luta, mas foram paulatinamente perdendo tempo, estando agora a 44 segundos do lider. Löeb esteve na frente durante muito tempo, mas depois perdeu a liderança para Hirvonen, que depois cedeu para Sordo no último troço do dia. Mas essa cedência foi forçada, pois o objectivo era não largar na frente nas especiais do dia. Resultado: os três primeiros têm agora uma diferença de 0.1 segundos!

No caso da Produção, com Martin Prokop na frente, no seu Subaru Impreza, os olhos estavam nas prestações dos dois portugueses do pelotão: Armindo Araujo e Bernardo Sousa. Araujo, no seu Mitsubishi Lancer EVO IX, esteve o dia todo a tental alcançar o quarto lugar da classificação, que em teoria lhe garante o título mundial na sua categoria. Contudo, vários precalços durante esta etapa lhe fizeram a sua vida muito complicada.


Para além de um motor em sub-rendimento, com problemas no Turbo, na 18ª especial do rali, Araujo sofreu um despiste, que lhe provocou um atraso de 30 segundos, fazendo-o cair para o sexto posto na categoria. Contudo, os estragos foram minimos e pode prosseguir, beneficiando depois do despiste de Bernardo Sousa para subir uma posição e partir ao ataque do quarto posto, que está na posse do veterano japonês Toshi Arai. Neste momento, entre os dois distam 6.4 segundos.


Não deitámos tudo a perder. Tivemos uma saída de estrada e acabámos por tocar num poste que evitou que capotássemos. O motor não está a trabalhar como gostaríamos e as suspensões são demasiado duras para este piso, o que origina perca de tracção. Com isso tivemos de arriscar mais para não perder o comboio da frente e acabámos por sair de estrada.", revelou.


Para a etapa de amanhã, que pode decidir o título mundial na categoria de Produção, a tática passa por "chegar pelo menos ao quarto lugar. Sabemos que a tarefa não será fácil, mas vamos tentar. O (Toshi) Arai hoje esteve muito rápido, mas no final conseguimos ganhar qualquer coisa. Não vamos fazer grandes alterações no carro, até porque não temos muitas coisas que possamos trocar. Embora o número de especiais amanhã seja igual ao de hoje, em termos de quilómetros cronometrados será o mais longo de toda a prova, pelo que muita coisa ainda pode suceder. São especiais em geral rápidas, embora haja algumas mais sinuosas. Vamos dar o nosso melhor e esperar que dê para pelo menos ser quarto.", concluiu.


Já Bernardo Sousa também não teve sorte neste rali. Depois de ter sido penalizado em 20 segundos por ter tido problemas de arranque no seu Fiat Punto Abarth S2000, um despiste na 20ª especial do rali, acabando por ali. contudo, o piloto madeirense irá regressar à acção nesta competição graças ao sistema Superally.

O Rali da Australia termina na madrugada de Domingo, hora europeia.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Noticias: Conselho Mundial da FIA vai discutir "Renaultgate"

A FIA anunciou esta tarde que se irá reunir no próximo dia 21 de Setembro em Paris para discutir o "Renaultgate", para verificar se as suspeitas sobre um resultado combinado no GP de Singapura de 2008 são ou não verdadeiras. E a equipa Renault foi convocada para estar presente e deixar o seu testemunho sobre o caso.

O Conselho Mundial da FIA vai querer saber se a Renault violou o Artigo 151, alinea C do seu Regulamento, que afirma que qualquer conspiração em que prejudique um piloto de propósito, para fazer sair o Safety Car em beneficio de outro, será punido adequadamente. Esse tipo de punições pode ir desde uma reprimenda até ao mais radical: a exclusão. As investigações começaram desde há algum tempo, especialmente depois do despedimento de Nelson Piquet Jr. da Renault, no GP da Hungria, apesar da denuncia pública ter acontecido somente este Domingo, no GP da Belgica, em Spa-Francochamps.

Contudo, é certo que qualquer punição não irá afectar o desfecho do campeonato mundial de 2008, dado que Felipe Massa não pontuou nesse GP, enquanto que Lewis Hamilton conseguiu chegar ao fim na terceira posição.

WRC - Rali da Australia (Dia 1)

Começou esta madrugada o Rali da Australia, prova pontuável para o Mundial de Ralis, e num campeonato onde inicialmente já havia um vencedor antecipado, o francês Sebastien Löeb, mas três vitórias consecutivas da Ford por parte de Mikko Hirvonen fizeram com que a emoção voltasse ao campeonato. Emoção e... a tática.


O facto deste ser um rali em troços de terra, e o lider ser sempre prejudicado nas aberturas de troços, devido às pedras espalhadas nas estradas, faz com que partir o mais atrás possivel seja uma vantagem. E foi o que aconteceu no final da última classificativa do dia. O lider é agora Jari-Matti Latvala, num Ford Focus, que é perseguido pelo Citroen C4 de Sebastien Ogier, agora a 2.2 segundos de Latvala.


Quanto a Sebastien Löeb, irá mais logo ser o terceiro a partir na estrada, na frente do seu companheiro de equipa Dani Sordo e de Mikko Hirvonen. Caso não existam penalizações de última hora ou trocas na ordem, mais logo à noite o finlandês terá conseguido a ordem mais adequada para controlar o andamento dos seus adversários. Contudo, com esta 'brincadeira' já perdeu 23.6 segundos para o seu companheiro Latvala...

Na categoria de Produção, o local Richard Mason lidera, no seu Subaru Impreza, com o checo Martin Prokop, no Mitsubishi Lancer EVO X na segunda posição. Bernardo Sousa, o outro português no rali, depois de ter andando muito tempo na segundo posto, perdeu esse lugar na última classificativa do dia, mas apenas por poucas décimas. Contudo, Bernardo Sousa já sofreu com as classificativas australianas, pois entortou a suspensão do seu Fiat Punto Abarth S2000 após um salto um pouco mais brusco.


Armindo Araujo tem feito uma prova mais cautelosa, também no seu Mitsubishi Lancer Evo X e no final do primeiro dia é quinto classificado, a 21 segundos do quarto lugar. Este estilo de condução serve para tentar ficar o mais possível afastado dos problemas e esperar pacientemente, sem deixar fugir muito os homens classificados nos três primeiros lugares.



Mais logo à noite, o segundo dia do Rally Australia já terá especiais muito mais rápidas dos de hoje, apesar de ser menos dura, e isso deixa antever grande luta pela liderança da prova e pelo título entre Sebatien Löeb e Mikko Hirvonen.

"Estou no Paraíso" - Parte II

De facto, há imagens que valem MESMO por mil palavras. Demorou, mas Giancarlo Fisichella concretizou o seu sonho de correr na Ferrari.


E agora? Será que vai suceder a Ludovico Scarfiotti como o italiano ferrarista a vencer em Monza? Já passaram 43 anos sobre o feito...

O regresso da Team Lotus?

Li esta ontem no site Grand Prix. Achei estranho este excelente site inglês dedicar duas noticias a um senhor turco-suiço chamado Dany Bahar, que era o "head of global branding" da Ferrari, significando em miudos que era o chefe do departamento de marketing da Scuderia do Cavalino Rampante. E para onde ele vai? O sr. Bahar, actualmente com 38 anos, vai ser o chefe executivo do Grupo Lotus, substituindo Mike Kimberley, que se retira devido a problemas de saúde.

Atenção: aquilo que vou dizer a seguir é só especulação minha, depois de ter lido este artigo e juntado dois mais dois. Agora, se esta especulação minha tiver um fundo de verdade, garanto-vos que seria uma noticia excelente! Para mim e para os milhões de fãs em todo o mundo.

O Grupo Lotus é detido actualmente pela malaia Proton, e neste momento existem imensas pressões vindas da Malásia, nomeadamente o Grupo Petronas, de comprar a parte pertencente à BMW e fazer uma parceria com Peter Sauber, depois da marca bávara recusar a primeira oferta. Aparentemente, a ideia oficial da BMW era o fecho pura e simples das suas operações em Hinwill, na suiça, mas a má publicidade causada por essa decisão levou ao recuo da marca bávara, que agora decidiu considerar as novas ofertas vindas desse país do sudeste asiático.

E essa nova proposta é muito forte, e não é só da Petronas. É o Grupo Proton e o próprio governo malaio que querem este negócio, e caso vá em frente, já tem entre mãos o Sr. Mike Gascoyne. Em Abril, caso ainda se lembram, Gascoyne esteve à frente da Litespeed, que concorreu a uma vaga na Formula 1. No meio do processo, o nome Team Lotus foi comprado a Peter Hunt, irmão de James Hunt, no sentido de reavivar o nome da empresa na Formula 1. Caso se confirme que Gascoyne se juntou a este grupo, isto significa que em Hinwill, a partir de 2010, poderemos assistir ao regresso de um dos nomes mais míticos da Formula 1.

Será que isto é real ou não? O tempo dirá. Mas o site Grand Prix geralmente tem fama de "bem informado"...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Fisichella declara: "Estou no Paraíso"

Depois da Ferrari ter comunicado a entrada de Giancarlo Fisichella como piloto oficial da Ferrari até ao final da época, para além de ficar em 2010 como piloto de testes da marca, o piloto romano referiu, em declarações no site oficial da Ferrari, que se sente agora no Paraíso.


"É um sonho que se torna realidade, ainda não consigo acreditar que nos últimos dias realizei a pole em Spa, fui segundo na corrida e dias depois sou confirmado na Ferrari até ao final da época. Estou no sétimo céu, e quero agradecer à Ferrari e ao seu Presidente Luca di Montezemolo. Darei o meu melhor para corresponder a esta grande oportunidade que me é dada. Sei que não vai ser fácil, mas darei tudo o que tenho para alcançar os melhores resultados possíveis.", referiu.


Fisichella, actualmente com 36 anos, é um dos pilotos mais veteranos da actual Formula 1. Correndo desde 1996, passou pela Minardi, Jordan (duas vezes), Benetton, Sauber, Renault e Force India, correndo 229 Grandes Prémios no total, vencendo por três vezes, fazendo quatro pole-positions (a última das quais no passado Domingo) e tem duas voltas mais rápidas, obetendo no total 275 pontos. a sua melhor classificação de sempre foi um quarto lugar na temporada de 2006, ao serviço da Renault, onde venceu na segunda prova desse ano, o GP da Malásia, que também é a sua última vitória na categoria máxima do automobilismo.

A 5ª coluna desta semana já está no ar!

Como acontece todas as Quintas-feiras, já está no ar no sitio português SCN a 5ª coluna, que analisa os acontecimentos do fim de semana competitivo, bem como os "casos" do momento. A pole-position do "tapete voador", a primeira vitória de Kimi Raikonnen este ano, o "Renaultgate" e a busca por um piloto para se sentar ao lado de Raikonnen na Ferrari (lembrem-se, isto foi escrito antes do anuncio oficial desta tarde), bem como a vitória de Alvaro Parente na GP2, tudo isso está opinado e dissecado por este vosso escriba. Portanto, sigam o link e opinem por lá!

Noticias: Ferrari anuncia Fisichella para o segundo carro

Está confirnado: a Ferrari anunciou esta tarde que o veterano Giancarlo Fisichella irá substituir Luca Badoer no volante do segundo Ferrari até ao final do campeonato de 2009, enquanto que o seu lugar na Force India será preenchido pelo seu compatriota Vitantonio Liuzzi.

"O Giancarlo e a sua assessoria vieram conversar comigo, e eu compreendo que para um italiano, um lugar na Ferrari é muito apetecível, e o Giancarlo não é excepção. Para além disso, este acordo assegura o futuro do Giancarlo com a Ferrari, e seria incorrecto da nossa parte não ceder, especialmente depois do fantástico contributo que ele nos deu este ano.", referiu Vijay Mallya, dono da Force India.


Fisichella irá substituir o seu compatriota Badoer, que nas duas últimas corridas demonstrou, no minimo, que o seu afastamento tinha sido demasiado prejudicial ao seu ritmo competitivo, e que manchava o prestigio da marca do Cavalino Rampante. Mas o veterano italiano de 35 anos, que surpreendeu meio mundo no passado fim de semana ao fazer a "pole-position" do GP da Belgica com o Force India-Mercedes, vai substituir acima de tudo o brasileiro Felipe Massa, acidentado na qualificação do GP da Hungria, e que só regressará à competição em 2010.


Para além disso, outro factor a ter em conta para este desfecho é que a Force India deve cerca de 4 milhões de euros à Ferrari pela quebra unilateral do acordo de fornecimento de motores, no final do ano passado. Liuzzi vai ser, em principio, o piloto que substituirá Fisichella em Monza, mas como a equipa necessita de dinheiro, pode ser que até ao final do ano eles pretendam um piloto vindo da GP2, de perferência com uma mala cheia de dinheiro. Vitaly Petrov ou Pastor Maldonado seriam bons exemplos...

Uma corrida de Safety Cars...




... ou a maneira como irei apresentar um novo blog na nossa praça!


Certamente que alguns de vocês já devem ter visto isto, mas eu não. Certamente que Indianápolis, ou o "Brickyard", já viu imensas corridas desde a sua criação, em 1911. IndyCar, Moto GP, NASCAR e Formula 1, já tiveram a honra de passar por ali. Mas isto é invulgar, e aconteceu em 2006, no GP americano: uma corrida de Safety Cars! Não sei se foi para o gozo dos americanos, o gozo destes pilotos, de Tony George ou de Bernie Ecclestone, mas... aconteceu. E nestes dois minutos, podemos ver a batalha entre o carro médico e o Safety Car, ambos Mercedes, é certo, e ambos competiram para ser quem era o melhor na pista. Quem ganhou? confesso que não sei, mas o médico estava na frente...


Este video podem ver no blog Formula 1 DP, cujo autor é um rapaz que responde como "Voaridase" e pelo que sei, é português de Portugal. Algo raro, mas real! E apesar de ter 14 anos de idade, tem um estilo de escrita interessante, e sabe falar de assuntos pertinentes. Tal como gente grande...


Se quiserem visitá-lo, sigam este link e digam-lhe olá. Bem merece.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sobre o "Renaultgate", via Becken Lima

Becken Lima, mais um dos excelentes blogueiros da nossa área, sumarizou esta tarde em português um artigo escrito por outro excelente jornalista e blogueiro, o inglês Joe Saward, sobre o andamento das investigações acerca do acidente de Nelson Piquet Jr. no GP de Singapura de 2008. E verificou-se que as declarações de Reginaldo Leme tem algum fundo de verdade. E esse fundo é muito... contundente.


1 - Como Reginaldo Leme já havia adiantado em seu furo no domingo, o processo de investigação estava mais adiantado do que supunha-se e a FIA já havia coletado depoimentos de integrantes da equipe. Joe aponta que entre estes depoentes estão Pat Symonds, Fernando Alonso e Flavio Briatore;

2 - A companhia independente que está colhendo provas, dados e depoimentos, chama-se Quest, especializada em investigação corporativa e famosa pela atuação nas transferências da Liga de Futebol Inglesa há alguns anos atrás;

3 - A FIA terá acesso à telemetria e dados do carro de Nelsinho Piquet, como a angulação de volante e aceleração no momento do acidente, o que será comparado aos dados providos nas voltas anteriores — algo que poderia indicar se o carro rodou deliberadamente;

4 - As transmissões de rádio serão analisadas para verificar se há conversas fora de padrão e contexto em comparação com a sua estratégia na prova, estado do carro e posição na corrida;

5 - O contexto político e econômico da equipe, que sofria grande pressão para entregar resultados e justificar a sua existência aos executivos da fábrica na França, certamente será levando em conta;

6 - Joe lembra que mesmo que sejam encontradas evidências circunstancias, elas ainda podem ser o suficiente para que a FIA chegue à conclusões e imponha penas — como foi o caso da McLaren em 2007 com Stepneygate ou da própria Renault em 1994, com um sistema de largadas que a FIA jamais provou ter sido usado.

Não houve até agora qualquer manifestação formal da Renault sobre o caso. A única pista do que pensa a equipe é a alegação de Briatore — através de Bernie Ecclestone — de que nada sabia sobre a tal acusação.



É certo que isto pode não dar em nada, mas como podem ver, a FIA ouviu as suspeitas e levou-as muito a sério, em nome da reputação da competição. Depois do "Stephneygate" em 2007 e Max Mosley mais a sua orgia sadomasoquista, no ano passado, a FIA e a Formula 1 não se podem dar ao luxo de ser o palco de mais escândalos. E numa altura em que a Renault foi suspensa na Hungria devido à tal roda que se soltou, mais uma coisa destas significaria, para a marca francesa, que o melhor seria retirar-se pela porta pequena, deixando Briatore na mão. Isto é, se deixarem o Briatore continuar na categoria...

Já agora, qual é o vosso nome perferido para este escândalo: "Singaporegate", "Renaultgate", ou "Nelsinhogate"?

Noticias: Massa só corre em 2010, Ferrari pode anunciar outro piloto amanhã

Depois do GP da Belgica, restam agora duas semanas até Monza, altura do GP de Itália, e com todo o tipo de noticias, especulações e tudo o mais sobre a temporada de 2010, tendo como "centro de gravidade" a Ferrari. Como Luca Badoer foi um mau substituto de Felipe Massa, ele será brevemente substituido. E Monza também poderá ser o lugar onde se anunciará a dupla para 2010.

Ontem aconteceu mais um episódio dessa saga, com Felipe Massa a deslocar-se para Miami e fazer os exames médicos que determinaram se estaria apto a regressar à competição. Os exames, feitos pelo professor Steve Olvey, responsável pela Unidade Intensiva de Neurociência do Jackson Memorial Hospital, tiveram resultado positivo, e terá de fazer uma cirugia plástica nos próximos dias para reconstruir a área afectada pelo impacto. Quanto a qualquer regresso, este acontecerá somente em 2010.


"Estou muito contente com o êxito dos exames", afirmou o piloto brasileiro ao site da Ferrari, pouco antes de regressar a São Paulo. "Depois da pequena cirurgia que farei nos próximos dias poderei finalmente começar a fazer um pouco de exercícios para voltar à forma e, sucessivamente, começar a andar um pouco de kart. Na pista com um Formula 1? Vamos dar um passo por vez: no momento estou concentrado somente na retomada das atividades físicas, o que já é um grande passo avante.", concluiu.

Com isto, a Ferrari irá anunciar novidades para Monza até ao final da semana. As especulações são imensas, e dois pilotos estão na berlinda: o veterano italiano Giancarlo Fisichella e o polaco Robert Kubica. O primeiro é falado desde o fim de semana de Hungaroring, antes da casa de Maranello confirmar Badoer para as rondas de Valencia e Spa-Francochamps, e o segundo apareceu agora nesta semana, sendo essa hipótese hoje reforçada com a noticia da Gazzetta dello Sport. Francamente, este tipo de noticias é sinal de como anda o "paddock": enlouqueceram todos!

Mas uma coisa é certa: se a Ferrari queria estar nas bocas do mundo nestes 15 dias até Monza,está a conseguir!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Troféu Blogueiros - As notas da Belgica

Com atraso, eis as notas do Troféu Blogueiros para o GP da Belgica.


Creio que houve unanimidade na atribuição das melhores notas a Giancarlo Fisichella e a Kimi Raikonnen. Nem todos deram nota dez aos dois pilotos, como fiz no meu caso, mas o que interessa é que o veterano piloto italiano foi o justo vencedor na nossa tabela, pela pole-position e pelo seu merecido lugar no pódio. E o Kimi, por ter dado a primeira vitória do ano à Ferrari, também mereceu ter boas notas.




E então, o que acham? Escrevam as vossas mendagens ao director...

Superleague Formula: Bourdais de volta à competição

A competição onde misturam automobilismo com futebol vai ter a sua jornada dupla este fim de semana na Autódromo do Estoril. E na Superleague Formula, para além de estar Alvaro Parente, Giorgio Pantano e Jacques Villeneuve, irá também estar o francês Sebastien Bourdais, recém-desempregado da Formula 1. O piloto francês de 30 anos, trtracampeão da CART e ex-piloto da Toro Rosso, irá tripular um carro com as cores do Sevilha, nesta sua estreia na competição.


"Para um piloto, a Superleague Fórmula é a melhor alternativa à Formula 1. É a única competição na Europa que oferece a oportunidade de guiar um monolugar de alto nível ", referiu.


Para além dele, outros pilotos famosos irão tripular carros de clubes. O canadiano Villeneuve, campeão do mundo de Formula 1 em 1997, vai tripular um carro com as cores do AS Roma, enquanto que Parente tripulará o carro do F.C. Porto, substituindo o francês Tristian Gommendy, que se encontra lesionado. Quanto a Giorgio Pantano, trupulará o carro do A.C. Milan. Afinal de contas, parece que esta ronda da SL vai ser interessante...

As últimas sobre o "Renaultgate"

Dois dias depois da FIA ter dito que investigava o acidente de Nelson Piquet Jr. no GP de Singapura de 2008, contam-se mais alguns pormenores sobre o assunto. Se o porta-voz da Renault já declarou que não irá comentar o assunto, Reginaldo Leme, um dos mais importantes jornalistas brasileiros, revelou na Rede Globo os detalhes dessa acusação:


"O acidente do Nelsinho teria sido premeditado para que houvesse a entrada do carro de segurança em Singapura. Ele bateu de uma forma muito estranha. Recentemente, conversando com o Felipe Massa, ele me chamou a atenção disso. E o Felipe foi ao Briatore e disse: 'Essa batida não está certa, aconteceu porque vocês quiseram'. Outros pilotos levantaram esta hipótese na época e agora isso vem à tona por causa da investigação que a FIA está fazendo. Ela contratou uma empresa independente e tem depoimentos contundentes que incriminam Flavio Briatore", referiu.

Com o prestigio que Leme acumulou durante os muitos anos de Formula 1 (mais de 35 anos), combinado com a má reputação de Briatore tem em certos circulos, pode ter algum fundo de verdade. Bernie Ecclestone até já comentou o assunto. "Não sei se é verdade ou não, mas se for estão em grandes sarilhos, pois é uma situação muito grave. Pode ser somente um rumor, mas isto não é bom para a Formula 1, pela imagem que deixa. Receio que isto possa ser um grande pretexto para a Renault se juntar à Honda e BMW, o que não é certamente o que precisamos neste momento.", referiu Ecclestone ao jornal inglês "The Times".

O principal suspeito desta denuncia é Nelson Piquet Sr., que poderia ter "colocado a boca no trombone" como forma de vingança pelo despedimento do seu filho da Renault. Nada foi confirmado, e o próprio acessor de imprensa de Nelson Piquet Jr. já afirmou que não haverá qualquer declaração sobre isto. contudo, fala-se que as provas são concludentes, e quer Briatore, quer a própria Renault poderão arriscar-se, no minimo, a uma pesada multa, e no máximo a exclusão.

O piloto do dia - Franck Lagorce

A Formula 1 acolheu muito mais do que campeões. Mesmo so pilotos que tiveram uma passagem fugaz pela competição também tem um palmarés interessante e uma vida quer antes, quer depois da sua passagem pela categoria máxima do automobilismo. O aniversariante de hoje é um deles. Mais um dos pilotos pertencentes à "cantera" da FFSA, a Federação Francesa de Automobilismo, teve uma passagem fugaz pela Formula 1 há quinze anos atrás, pela Ligier, onde correu em dois Grandes Prémios, para não ser mais visto pelo público em geral. Mas quer antes, quer depois, a sua carreira foi recheada. No dia em que faz 41 anos, falo de Franck Lagorce.

Nascido a 1 de Setembro de 1968 em L'Hay des Roses, nos arredores de Paris, começou a correr aos onze anos no karting. Nos sete anos seguintes, a sua carreira nos karts foi de título em título (Infantis, Cadetes, Juniores - onde foi bicampeão) até chegar aos Mundiais, onde o melhor foi ter sido décimo nos Campeonatos do Mundo de 1985. Após ter chegado ao topo no karting, passou para os monolugares, onde em 1987 foi segundo no Volant Elkron, no autódromo de Monthery, em Paris.


No ano seguinte, participou na Formula Ford francesa, onde foi quinto classificado, e em 1989, fez uma segunda temporada, onde terminou um lugar mais acima na classificação geral. Em 1990, passou para a Formula Renault, onde foi vice-campeão. Isso fez com que passasse para o nivel seguinte, a Formula 3 francesa, onde foi quarto classificado.


Em 1992, participa uma segunda temporada da competição, e no final, alcança o titulo nacional. Após esse triunfo, passa para a Formula 3000, onde correrá na DAMS, a equipa francesa da competição, tendo como companheiro o seu compatriota Olivier Panis. Nesse ano começa com um quarto lugar em Silverstone, a segunda prova do campeonato, e vence as duas últimas provas do ano, em Magny-Cours e Nogaro. Para além disso, conseguiu uma pole-position e uma volta mais rápida, termimando no quarto posto da classificação geral, com 21 pontos.


Em 1994, transfere-se para a Apomatox, onde terá como companheiro outro compatriota seu, Emmanuel Clerico. Nessa temporada, apesar de ter sido mais regular, ter ganho duas provas, em Silverstone e em Hockenheim, e de ter liderado o campeonato durante largo periodo de tempo, perdeu por dois pontos (39 contra 37) o título para outro compatriota seu, Jean-Christophe Bouillon, porque este venceu as três últimas provas da temporada.


No final dessa temporada, Lagorce tem a sua oportunidade na Formula 1, ao ser chamado por Guy Ligier para correr nas duas últimas corridas da temporada, no Japão e Austrália, depois de ter corrido com Johnny Herbert, que tinha sido trocado por Eric Bernard no GP da Europa, em Jerez. A corrida de Lagorce em Suzuka foi de curta duração, pois sofreu uma colisão com o Minardi de Pierluigi Martini na décima volta. Em Adelaide, palco da última prova do ano, terminou na 11ª e última posição, a duas voltas do vencedor, Nigel Mansell.


Nesse mesmo ano, Lagorce inicia-se nas 24 Horas de Le Mans, num Courage LM Porsche, tendo como companheiros Alain Ferté e Henri Pescarolo. O carro aguentou 142 voltas ao circuito de La Sarthe, até desistir.


No ano seguinte, Lagorce torna-se no piloto de testes da Ligier, pois nesse ano, a equipa oficial tinha motores Honda e dois veteranos ao lado de Olivier Panis: o britânico Martin Brundle e o japonês Aguri Suzuki. Logo, a sua chance de correr era minima. Em 1996, vai para a Forti Corse, como terceiro piloto, ao lado de Luca Badoer e Andrea Montermini, e fica até esta fechar as portas a meio da época. Nesse ano, participa no Troféu Renault Spyder, onde se torna campeão, e também no Troféu Andros, guiando um Seat Cordoba.

A partir de 1997, toma a decisão de se aventurar no nascente Campeonato FIA GT, depois de uma segunda aventura nas 24 Horas de Le Mans, a bordo de um Panoz GTR Ford, da DAMS tendo como companheiros Eric Bernard e o homem que o bateu na corrida para o título de 1994 da F3000: Jean Christophe Bouillon. A temporada foi má, pois as desistências foram muitas e o melhor resultado foi um sétimo posto em Mugello. Em 1998, corre um pouco de tudo, desde a FIA GT, onde foi quinto nos 1000 km de Suzuka, até a Procar Series belga, onde foi terceiro num Renault Megane, ao lado de Vannina Ickx, filha do legendário Jacky Ickx.


Em 1999, faz parte da equipa Mercedes de FIA GT no assalto a Le Mans, alinhando nesse ano com o alemão Bernd Schneider e o português Pedro Lamy. Contudo, os acidentes de Mark Webber e Peter Dumbreck quer nos treinos, quer na corrida, levaram a que os carros fossem retirados por ordens de equipa ao final da tarde, cinco horas depois da corrida ter começado.

A partir de 2000, Lagorce corre na American Le Mans Series, desenvolvendo o Cadillac GT, e correndo em Le Mans, com o americano Butch Letzinger e o inglês Andy Wallace, onde chega ao sexto lugar na sua categoria, 21º da geral. Passa em 2001 para a Panoz, sem resultados relevantes. Depois de mais uma passagem pela Pescarolo em 2002, muda de cenário, ao correr no campeonato do Mundo de Rally-Raid num SMG em 2003.


Desde 2004 e até aos dias de hoje, participa regularmente no Troféu Andros, primeiro pela Fiat, depois pela KIA, onde se classifica na terceira posição da geral nas duas últimas temporadas, uma competição dominada por dois ex-pilotos de Formula 1: Alain Prost e Olivier Panis. Para além disso, é o piloto de testes de um veículo protótipo de origem elétrica no mesmo Troféu Andros. Em paralelo a isso, regressou às origens, correndo de kart. Em 2004 participou nas 24 Horas de Le Mans nessa categoria, como capitão da equipa francesa, tendo a seu lado três jovens esperanças do seu país: Nelson Panciatici, Alexis Passelaigues e Peps Gaignault. A FFSA escolhe-o de novo em 2005.

A capa do Autosport desta semana

A análise à capa da Autosport dests semana vem hoje um pouco mais atrasada (tenho tido alguns problemas com a conexão em casa, que estão resolvidas por agora), mas num fim de semana onde tudo aconteceu, Alvaro Parente tinha de ser o assunto da capa. Mas não é só pela sua vitória em Spa-Francochamps. Também tem a ver com as hipóteses de rumar à Formula 1 em 2010. "Parente vai para a Formula 1! Na mira da nova equipa da Virgin". Já agora, a tal Virgin é a Manor, que se fala ter sido comprada em parte por Richard Branson, o bilionário fundador da Virgin...




Para além disso, a Formula 1 também é referida, nomeadamente o regresso da Ferrari e de Kimi Raikonnen às vitórias. "A Vendetta de Kimi em Spa", é o título. Outros destaques são a antevisão da Formula Superleague no Estoril, que vai acontecer no próximo fim de semana, e o Rali da Austrália, onde Armindo Araujo vai tentar conquistar o título na categoria de Produção.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O rescaldo de Spa-Francochamps

O dia seguinte de Spa-Francochamps está a ser muito movimentado, sem dúvida. Não só porque estamos a pouco mais de duas semanas de Monza, local onde alegadamente a Ferrari anunciará a dupla de pilotos para 2010, mais ainda se desconhece a aptidão de Felipe Massa, as águas andam um pouco agitadas nos lados de Maranello. Para além disso, a aposta de Luca de Montezemolo em Badoer está a ser encarada como um enorme "flop", logo em Monza poderemos ter outro piloto no lugar do veterano piloto italiano.

Quem será? Fernando Alonso? O jornal "El Pais" anuncia hoje que ele não correrá pela Scuderia em Monza, apesar do italiano "La Reppublica" anunciar, também hoje... o contrário. De facto, os bastidores parece que foram tomados por rumores, qual deles o mais delirante. Tâo delirante que a semana passada, a Ferrari elaborou um comunicado enunciando todos os pilotos que "se ofereceram" ou foram dados como "certos" na Scuderia: desde Fernando Alonso até ao francês Julien Bianchi, o actual lider da Formula 3 Euroseries, passando por David Coulthard e Anthony Davidson. De facto, o disparate está em alta!

Mas para sermos mais realistas, o subsituto de Luca Badoer poderá ser... outro italiano. Giancarlo Fisichella, depois da sua performance em Spa-Francochamps, é um nome em alta, e apesar do proprietário da Force India, Vijay Mallya, ter negado qualquer contacto, o seu director comercial, Ian Philips, disse à BBC que aguarda por um contacto: "Estamos à espera do pedido, que deverá ser feito dentro das próximas 24 horas. Até agora ninguém nos contactou, mas estou certo de que alguém vai ligar a Vijay Mallya e pedir o 'empréstimo' para a Ferrari." Caso isto aconteça, o substituto de Fisichella deve ser o piloto de testes Vitantonio Liuzzi.

Mas não é só na Ferrari que as coisas andam em polvorosa. A Red Bull também anda em sarilhos, mas aí é devido aos motores e a sua facilidade em rebentá-los. Depois de terem ganho duas corridas seguidas, em Silverstone e Nurburgring, tudo indicava que eles seriam a grande ameaça ao dominio da Brawn GP. Contudo, as últimas corridas não viram só a ascensão da McLaren e da Ferrari, como também viram os problemas de Sebastien Vettel e Mark Webber com os propulsores da marca do losanglo. Com a limitação dos motores esta temporada, ambos os pilotos tem apenas mais um motor até Abu Dhabi! Isto se não quiserem perder dez lugares na grelha de partida...

Entretanto, o incidente da primeira volta fez com que todos apontassem Romain Grosjean como o seu causador. Jenson Button (que andou mal durante todo o fim de semana, e isso repercutiu-se no seu estado de alma, ao responder mal numa conferência de imprensa) ficou incrédulo ao saber que o piloto francês da Renault culpou o actual lider do campeonato pelo acidente em Les Combes. "Não posso acreditar que ele está culpando a mim mas, para ser honesto, não me importo. Não é importante. O que importa é que não marquei pontos", começou por dizer Button., para logo a seguir atacar o novato francês: "É realmente muito frustrante para todos, mas grande parte deles nem está brigando pelo título e eu estou", disse.

Lewis Hamilton, o actual campeão do mundo, e Jaime Alguersuari, que também foram eliminados nesse incidente, concordaram com Button, dizendo que Grosjean foi "muito agressivo". "Se você dirige desta maneira, não vai terminar a corrida", disse o piloto da Toro Rosso ao jornal "Motor und Sport". A agressividade do piloto francês, que tinha sido evidente na GP2, e que lhe valeu a inimizade de alguns pilotos, está agora a ser sentida na Formula 1...

Formula 1 em Cartoons - Mantovani (Belgica)

O futuro próximo? É capaz, mas acho um pouco injusto pelo que fez o Giancarlo Fisichella este fim de semana, pois a Force India agora tem motor Mercedes! Veremos se em Monza este "reboque" terá consequências...

domingo, 30 de agosto de 2009

Zangam-se as comadres, dizem-se as verdades

Quando Fernando Alonso venceu a corrida de Singapura, no ano passado, o momento decisivo dessa corrida inaugural à noite (e também a 800º Grande Prémio de Formula 1) foi quando o seu companheiro, Nelson Piquet Jr., despistou-se, causando a entrada do Safety Car em pista. Recordo particularmente desse episódio, porque uns cinco mimutos mais tarde, telefonaram-me para casa. Quem me atendeu do outro lado da linha era um conhecido meu, um pouco "insider", que me falava sobre o facto de ter sido muito conveniente o Piquet ter despistado ali, naquela altura. Insinuou que ele tinha feito de propósito, para Alonso, que tinha partido da 15ª posição da grelha, pudesse ganhar.

A história circulou nos dias a seguir, mas "morreu" entretanto. Hoje, Reginaldo Leme decidiu desenterrá-la durante a transmissão da Rede Globo, tendo como fonte provável a familia Piquet. Numa altura destas, sabia-se que esta separação litigiosa não iria acabar tão cedo, mas tocar de novo neste caso, principalmente vinda de uma personagem com craveira como Reginaldo Leme, significa que existem novas provas acerca desse assunto. E é o suficiente para que a FIA ter lançado um comunicado a dizer que "uma comissão independente irá investigar o assunto". Flávio Briatore sempre foi uma personagem cinzenta e duvidosa na Formula 1, mas vê-lo fazer isto, acho que seria demais!

Formula Renault: o fim de semana de Felix da Costa

António Felix da Costa deu este fim de semana um passo decisivo rumo ao título no campeonato da formula Renault, categoria North European Competition (NEC), ao vencer esta tarde a segunda corrida no circuito checo de Most, após ter tido uma corrida menos bem conseguida no dia anterior, onde terminou na oitava posição.

O piloto de Cascais, conhecido também pelo apelido de Formiga, partia para esta jornada dupla da Formula Renault NEC 2.0 numa posição de vantagem, pois detinha uma vantagem de 61 pontos sobre o segundo classificado, o finlandês Daniel Aho, e tinha tudo na mão para dar o tal passo decisivo rumo ao título. Porém, um toque na partida da primeira corrida comprometeu um pouco as coisas, tendo conseguido chegar ao fim na oitava posição, apesar de lutar contra um carro inguiável. Apesar do azar dessa corrida, esta se transformou em sorte, pois largaria da pole-position na corrida seguinte. E aí, Felix da Costa aproveitou bem, ao largar na frente e dominar a corrida até á bandeira de xadrez.

"Foi bom vencer em Most. Cada vitória tem um sabor especial e esta não foi excepção. Além de ter consolidado a minha vantagem na liderança do campeonato, tenho um motivo extra para comemorar os meus 18 anos amanhã. Estou muito satisfeito e espero na próxima corrida poder já festejar o título do campeonato", contou o piloto português.

Em relação à corrida menos bem conseguida de ontem, Felix da Costa relatou: "Mais uma vez não fui muito eficaz na minha qualificação, fiz o terceiro tempo e por causa disso, vi-me envolvido numa situação complicada no início da corrida. Baixei para oitavo e defendi como pude essa posição pois sabia que assim arrancaria da Pole para a segunda prova do fim-de-semana", afirmou.

A próxima prova de Felix da Costa será em Nurburgring, no fim de semana de 18 e 19 de setembro, e o piloto português poderá conseguir no mitico circuito alemão o título na categoria, já que está agora a 71 pontos do segundo classificado, o dinamarquês Kevin Magnussen (filho de Jan Magnussen) "Sei que estou em forma e muito motivado para que em Nurburgring, onde disputarei a próxima jornada do NEC e do Europeu de Fórmula Renault, possa lutar pela vitória das quatro corridas que disputarei no mesmo fim-de-semana", concluiu.

Formula 1 - Ronda 12, Spa-Francochamps (Corrida)

Spa-Francochamps é um clássico. Existente desde 1921, em 1944 viu ali uma das últimas batalhas da II Guerra Mundial, a Batalha do Bulge, com cercos em Bastogne e massacres em Malmedy. Depois da Guerra, viu outras batalhas, outros duelos pela sobrevivência. Na maior parte eram em sentido figurado, noutros, a coisa foi bem real, como o que aconteceu na edição de 1960. Um dia desses conto essa história… Em 1970, máquinas e pilotos correram pela última vez no velho circuito de 14 km, para este ser profundamente remodelado. Quando a Formula 1 regressou 13 anos depois, para correr na sua configuração actual, reduzido a sete quilómetros de extensão, continuava a ser desafiador para pilotos e máquinas, ajudada pelo imprevisivel boletim meteolófico das Ardenas...


Mas aqui neste fim-de-semana, ouvi muitas pessoas a dizer que “o fim do Mundo tinha chegado” quando viram Giancarlo Fisichella na pole-position, numa Force Índia que em duas temporadas na competição, nunca tinha sequer pontuado. A minha resposta a essas declarações algo histéricas é esta: o tão propalado “fim do mundo” já aconteceu em Março, quando os Brawn GP dominaram em Melbourne…


A corrida de hoje tinha todos os ingredientes de ser interessante. Longe do tempo ser um factor decisivo nesta corrida, o circuito de Spa-Francochamps tem um troço interessante, aquele que vai do gancho de La Source até Les Combes. Tem pouco mais de dois quilómetros e meio e passa pelo famoso troço de Eau Rouge e do Radillon, passando pela recta Kemmel, antes de chegar a Les Combes, onde abandona o circuito antigo e passa para o novo. Contudo, nunca julguei que nesses dois quilómetros e pouco mais se decidisse uma corrida, ainda mais se for na primeira volta. Mas foi o que aconteceu: depois de uma partida onde o homem melhor colocado nos da frente, Rubens Barrichello, atrasou-se perante a concorrência, numa partida catastrófica. Contudo, esse azar de Barrichello foi a sua sorte, pois safou-se dos toques que aconteciam à sua frente, primeiro em La Source, e mais tarde em Les Combes. E nesse sitio assistiu-se tudo: Jenson Button, que passava Heiki Kovalainen, foi tocado por Romain Grosjean, que por sua vez foi tocado por Lewis Hamilton e Jaime Alguersuari. Todos acabaram ali a sua corrida, e o Safety Car entrou em acção.


Nas cinco voltas que se seguiram, podíamos ver o rescaldo: O “bodo aos pobres” mostrava os Red Bull mais ou menos a meio da tabela, com Barrichello e Trulli nas boxes, só havia Kimi Raikonnen a desafiar abertamente o Force Índia de Fisichella. Quando o SC recolheu ao seu devido lugar, Raikonnen precisou apenas de chegar à entrada da recta Kemmel para alcançar a liderança. E passou por fora!


A corrida em termos de primeiros lugares ficou um pouco arrefecida, mas logo atrás tínhamos lutas próprias, como a recuperação de Barrichello e os Red Bull. Contudo, na primeira passagem pelas boxes, na mesma volta que Raikonnen e Fisichella paravam, Webber e Heidfeld também paravam, e na saída quase provocavam uma colisão. Resultado: o australiano foi obrigado a um “drive through” e perdeu tempo. Essa passagem mostrou que a Force Índia e a Ferrari tinham a mesma estratégia, e para melhorar as coisas, não só Físico não de deslocava do finlandês, como para piorar as coisas para o lado da casa de Maranello, Fisichella era por vezes um pouco mais rápido que Raikonnen! O KERS não deveria funcionar ao contrário?


Atrás dele, vinha Fernando Alonso, no Renault sobrevivente, que vinha com uma estratégia de uma só paragem, parando apenas na volta 24. Mas quando para… a estratégia vai abaixo, com a avaria da pistola de troca de pneus, nomeadamente a frente esquerda. Mas isso tinha uma explicação: na primeira curva da corrida, em La Source, um dos carros tinha tocado nessa roda, entortando-a. E quando viram esses estragos, a equipa não quis arriscar mais Budapestes, pedindo ao piloto espanhol para encostar definitivamente às boxes. E Flávio Briatore fazia as malas para embarcar no seu jacto privado, rumo para casa…


A corrida também demonstrava algo interessante: o Toyota, que tinha tudo feito para vencer hoje, graças a Jarno Trulli, ficara prejudicado com as confusões da largada, e quem era o grande beneficiado era a (futuramente retirada) BMW Sauber, que colocava Robert Kubica na terceira posição e Nick Heidfeld na quinta. Para uma equipa que vai abandonar a Formula 1 no final da época, estava a ser um belo “canto do cisne”.


E as voltas finais assistiam a um duelo à distância: Fisichella contra Raikonnen. As diferenças eram mínimas, com Vettel na terceira posição, tentando apanhar os dois primeiros. Mais atrás, um pequeno drama: Barrichello, lutando pela sexta posição no seu Brawn com Kovalainen, deitava fumo pelo motor. Julgava-se que não chegaria ao fim, mas a sua veterania veio ao de cima e conseguiu obter dois pontos, importantes para o seu campeonato, e uma pequena recompensa pela má partida.


E quando a bandeira de xadrez foi mostrada, a Formula 1 via o seu sexto vencedor do ano, a primeira vitória da Ferrari e a segunda vitória de um carro com KERS em 2009. Com um extasiado Fisichella a seu lado, nos primeiros pontos e primeiro pódio de sempre da Force India (que numa das suas encarnações fora Jordan, e esta dava-se muito bem em Spa-Francochamps!) e um Sebastien Vettel que recuperava o terceiro lugar da classificação, era mais uma demonstração de que neste campeonato, cada vez mais convenço que o vencedor desta temporada só será conhecido no final da tarde do 1º de Novembro, em Abu Dhabi… Mas até lá temos de passar por outro clássico: Monza!