sábado, 9 de fevereiro de 2013

E o pior piloto do mundo é...

Sempre considerei a discussão sobre o melhor piloto de sempre algo semelhante ao "sexo dos anjos", ou seja, não existe "o" melhor piloto - apesar dos defensores do seus piloto favorito - mas nunca vi tamanha discussão sobre que é o pior piloto do mundo. Ou grupos de fãs fanáticos a defenderem, com unhas de dentes, as façanhas desse "pior piloto do mundo".

Os critérios são sabidos: "chicanes móveis", pagaram para correr num carro que definitivamente estava no último lugar da grelha, talento pouco ou nenhum e a sua saga na Formula 1 está povilhada de historietas que os fãs não mais se esqueceram. E num caso extremo, a FIA tirou a licença por ser... demasiado lento. E claro, um perigo para a concorrência.

Esta semana, a Autosport britânica anunciou quem foi o grande vencedor do "pior piloto do mundo". A votação tinha sido dividida em duas partes: a seleção do público e a dos jornalistas. E de uma forma não muito surpreendente, nos dois lados acabaram por ser escolhidos... um italiano e um japonês. No lado dos profissionais de comunicação, foi Giovanni Lavaggi o escolhido. Mas no coração do público, o prémio foi para... Taki Inoue, o mais recente fenómeno do Twitter e das redes sociais, o favorito dos corações dos "petrolheads" mais empedernidos.

Inoue - que incentivou o pessoal para votar nele nessa eleição - reagiu da seguinte forma no Twitter: “Agora sou oficialmente o pior piloto da Formula 1 dos últimos 20 anos. Lewis Hamilton desfrutando seu próprio jatinho. Eu suando para encontrar o voo mais barato na Easyjet. Estamos ao vivo em Mónaco. Ó querido, não acredito que ele tenha experimentado beber um sumo de laranja num copo de plástico e um croissant frio na vida”. Já agora, diga-se que Inoue vive atualmente no Mónaco. 

E, sejamos honestos, ele merece. Não tanto porque foi uma chicane móvel - houve outras belas chicanes móveis que mereciam melhor esse prémio, como Jean-Denis Deletraz ou Giovanni Lavaggi - mas por causa dos episódios onde esteve envolvido ao longo de uma temporada, a de 1995, ao serviço de uma Arrows que andava desesperada por dinheiro para terminar a época. Nesse ano, caso se recordam, eles tiveram três pilotos: Inoue e os italiano Gianni Morbidelli e Max Papis.

E os episódios do Mónaco - onde o seu carro foi atropelado pelo... safety car, guiado pela lenda do rali francês Jean Ragnotti - e da Hungria, onde foi... atropelado por uma ambulância, certamente foram momentos que colocaram Inoue na memória de toda a gente, como vítima.

Assim sendo, brindemos a Inoue, que adoramos que ele seja o pior piloto no mundo, porque ele não se importa.

Quem quer um Pacific na garagem?

Depois de ter falado noutro dia sobre a carenagem do McLaren - do qual alguns colocaram dúvidas - o Jaime Boueri, no seu blog - do qual recomendo uma visita, claro - mostrou-me um site especializado em vender carros de corrida, o RaceCarsForSale.com. Alguns só de chassis, outros com motor, mas a caixa de velocidades, outros com mais algumas coisas. E porquê? Porque dependendo do que anda por aí, isso inflaciona o preço.

E ele descobriu um Pacific de 1994 - daqueles guiados por Bertrand Gachot ou Paul Belmondo - com o motor original, mas provavelmente sem a caixa de velocidades. O preço da bagaça? 50.471 euros.

Se tivesse uma coisa dessas, era para expôr e andar. E sempre poderia dizer: "Olhe, eu tenho um Formula 1 em casa, quer ver?...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

WRC 2013 - Rali da Suécia (Dia 1)

E se as pessoas julgavam que o que neste rali da Suécia mandavam os nórdicos... temos de repensar essa ideia. Pelo menos neste primeiro dia. É que com o final do primeiro dia, o mais veloz está a ser um Sebastião. Não o Löeb, mas sim o que guia um Volkswagen, Ogier de apelido. É que depois de Sebastien Löeb ter sido o mais veloz no "shakedown", o dia de hoje tem sido de Sebastien Ogier, que hoje tem estado brilhante na neve sueca.

Nas três primeiras especiais do rali, os Volkswagen de Ogier e do finlandês Jari-Matti Latvala dominaram as classificativas, tentando distanciar-se de Sebastien Löeb. Mas as distâncias, porém estavam a ser pequenas, o que começava a mostrar que iria ser uma luta a três: a diferença entre Ogier, Latvala e Löeb era de dez segundos. O francês da Citroen confessava, por essa altura, que o seu objetivo era o de manter o carro na estrada: “Os troços estão muito difíceis, tentei andar mais depressa, mas é fácil cometer um erro e sair de estrada”, referiu. 

A grande surpresa, era, porém, o local Pontus Tidemand. Enteado de Henning Solberg, parece ter aprendido com os melhores, tanto que no inicio do rali o piloto sueco era o quarto classificado, não muito longe dos três primeiros (35,9 segundos ao fim da PEC 4). E este é o seu primeiro rali dentro de um WRC, neste caso, um Ford Fiesta. Mas para além do conhecimento das classificativas, beneficiava também da penalização de Mads Ostberg, que levou 30 segundos devido a um atraso por causa de um sobreaquecimento do motor, do qual resultou numa reparação entre especiais. Caiu para o sexto lugar, mas depois à tarde, conseguiu recuperar até ao quarto lugar, liderando uma armada de Fords que vai até... ao décimo posto!

Tidemand, claro, foi prejudicado pela sua adaptação ao carro e à sua inexperiência, e agora é sexto, a um minuto e 22 segundos da liderança, ele que já foi ultrapassado pelo russo Evgueny Novikov.

Quem teve problemas foi Mikko Hirvonen. Na primeira classificativa do dia, o finlandês da Citroen sofreu um despiste e perdeu mais de 25 minutos numa zona onde havia poucos espectadores. Assim sendo, está aparentemente fora de hipótese de chegar aos pontos, quanto mais de uma vitória final.

A tarde ficou marcada pelo duelo entre Sebastien Ogier e Mads Ostberg pelas vitórias nas classificativas, o que fez com que a distância do piloto da Volkswagen para os outros dois aumentasse para 35,8 segundos. Algo que deixou o francês totalmente satisfeito: “Foi um dia incrível para nós e, realmente, estou muito confiante. De tarde tive realmente um bom ‘feeling’ e o carro esteve perfeito”.

Atrás dele, Löeb e Latvala lutam ao segundo pela segunda posição, neste momento com o piloto da Citroen a levar a melhor... apenas por 1,7 segundos. Mads Ostberg, com o ritmo que anda a impor a si mesmo, está agora a 9,1 segundos de Latvala, e poderá ter uma palavra a dizer nas classificativas de amanhã.

Atrás dos quatro primeiros estava agora Evgueny Novikov, que conseguiu ultrapassar Pontus Tiemand, que continua a fazer um rali notável, na frente de Juho Hanninen, o sétimo classificado. A fechar o "top ten" estavam o belga Thierry Neuville, o norueguês Henning Solberg e o checo Martin Prokop.

O Rali da Suécia prossegue amanhã.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

E na 5ª Coluna desta semana...

(...) a Endurance vive um renascimento do qual se saúda. O facto de em 2012, em combinação entre a FIA e o ACO (Automobile Club De l'Ouest) ter reativado o Mundial de Resistência, o WEC, e a competição entre categorias e marcas - a Audi e a Toyota, com os seus híbridos a Diesel e a gasolina - ou de futuro, marcas como Porsche, Lotus e outros. Mas também a ACO e a FIA aceitaram a ideia de que a Endurance pode ser a montra tecnológica que falta ao automobilismo. Daí a existência da "Boxe 56", onde se podem apresentar projetos totalmente novos e diferentes, onde podem exibir as suas ideias, em carros que, não contando para a classificação geral, sirvam-se das 24 horas como um laboratório. Foi por isso que apareceram o DeltaWing, projeto da Highroft e apoiado pela Nissan, e o Green GT, um híbrido a electricidade e a hidrogénio. (...)

(...) Sei que há pessoas que ainda acham que automobilismo é entretenimento, que devem ter quatro rodas e um volante, que deve ter determinada propulsão, que as corridas devem ter determinado tempo no relógio, que os carros devem ter uma determinada distância entre eixos e que deve ser barrada toda e qualquer inovação, sob a justificação de "dar uma vantagem injusta e prejudicar o espectáculo". Na IndyCar e na Formula 1, podemos ver o resultado disso: os carros são quase todos iguais, sendo que a diferença é que na série americana, todos correm com o mesmo chassis, só mudando o motor. 


Contudo, o que me zanga mais é ver pessoas que são hostis à mudança... na Endurance. Ver pessoas que dizem que um carro a hidrogénio não deveria participar "por ser perigoso", ou que o Deltawing não deveria estar ali "por ser uma aberração", isto enquanto não reclamam da "periculosidade" da máquina, quase me faz saltar a tampa. Será que não entendem o que é a Endurance? Será que não entendem que não tem a ver só com a resistência do piloto, mas da máquina? E será que também não entendem, nessas cabeças formatadas, que a competição não serve para entretenimento, mas sim um teste de resistência? (...)

(...) Francamente eu digo isto: sou a favor do Delta Wing, do Green GT, da Box 56. Acho que todos estes projetos devem existir e prosperar, em nome do futuro, porque neste mundo em mudança que vivemos, precisamos urgentemente de novos projetos, de pessoas que pensam "fora da caixa". (...)

Confesso que me encontro crescentemente zangado por ver pessoas que defendem uma ideia dogmática da Endurance, que deveria ser "mais uma categoria automobilística", esquecendo-se que ela, devido às suas caracteristicas, não pode ser como a Formula 1, que é mais uma prova de velocidade do que de resistência. E acho que nestes tempos de mudança, projetos novos e novas mentalidades tem de aparecer, se queremos fornecer um futuro para os nossos netos e libertarmos da dependência dos combustíveis fósseis, por exemplo.

Entristece-me ver pessoas que acham que os novos projetos devem ser repudiados, justificando-se com coisas como que "o carro é perigoso", "a gasolina é perigosa" ou quando lhes faltam argumentos, que "o carro é feio" ou "não gosto porque... não gosto". É certo que assim se vê a verdadeira natureza das pessoas, mas acho que nos tempos que correm, a Endurance, renascida das cinzas, tem uma oportunidade única de ser o laboratório de testes que tanto falta ao automobilismo, que hoje em dia é mais um entretenimento do que uma competição.

Isso que disse e muito mais podem ler por aqui.

Noticias: Delta Wing vai voltar, mas com outros parceiros

Depois de uma estreia em 2012 em Le Mans, que terminou prematuramente, e um bom resultado em Road Atlanta, o Delta Wing irá regressar à Le Mans Series, mais concretamente à sua versão americana. Mas dos parceiros iniciais, apenas Don Panoz irá continuar. Segundo a americana Speed, todos os outros (Highcroft Racing, a AAR, de Dan Gurney, Michelin e Nissan) decidiram, por razões ainda desconhecidas, não continuar no projeto.

Em 2013, o carro terá um motor baseado no Mazda que equipa os Formula 2000 americana, com uma cilindrada de 1.9 litros e duplo turbo. Desconhece-se ainda a potência desse novo motor, mas segundo o artigo da Speed, o rácio peso/potência pode ser superior em 50 cavalos ao motor da Nissan.

Segundo a revista, Panoz poderá construir mais três carros, todos fechados, e todos irão competir na classe LMP1 na série americana. Desconhece-se ainda quando é que estarão presentes, mas fala-se da etapa de Laguna Seca. O seu parceiro neste novo projeto poderá ser David Price e os pneus poderão ser os Firestone.  

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Youtube Motorsport Comedy: Um estacionamento em Nápoles


Apenas digo duas coisas: aconteceu em Nápoles e é tudo real. Mas certamente que nem Frederico Fellini, caso estivesse vivo, teria uma ideia destas para um filme seu.

O video foi colocado ontem e já teve mais de 165 mil visualizações. Mas ainda não acredito que é tudo real e não é nenhum "scherzo à parte"... 

Robet Kubica: o triunfo da vontade

No meio dos testes de Jerez e outras coisas mais, comemora-se hoje o segundo aniversário do acidente de Robert Kubica, no Rali Ronde di Andora, em Itália. Caso já não se lembram, o piloto polaco foi vitima de um acidente grave quando corria com o seu Skoda Fabia S2000, ficando gravemente ferido numa perna e num braço, correndo na altura um sério risco de amputação da sua mão direita.

Acompanhei ao longo deste tempo as suas fases de recuperação e reabilitação do talentoso piloto, agora com 28 anos. E ao longo desse tempo, vi muita gente que colocou o seu "caixão" à porta, afirmando que ele "não iria mais correr em lado algum", que "tinha terminado a sua carreira na Formula 1", etc, etc. Se a parte da formula 1 ainda é uma dúvida do qual precisa de ser respondida, podemos afirmar que, dois anos depois,  os relatos da sua morte automobilística foram claramente exagerados.

O seu regresso à competição, em setembro passado, ao volante de um carro de ralis - que irónico! - demonstrou que ele estava com fome de competir e que a sua velocidade não tinha sido perdida em lado algum. Primeiro num Subaru Impreza, depois num Citroen C4 WRC, alternou uma condução de "win or wall": se não vencia, acabava na valeta. E isso era demonstrativo de que não tinha ganho qualquer medo de competir.

No inicio deste ano, a Mercedes convidou-o para dar umas voltas no seu carro de DTM. Aparentemente os responsáveis ficaram tão surpreendidos com a sua velocidade e adaptabilidade ao carro de Turismo que os planos iniciais de fazer uma temporada no European Rally Championship foram colocados "em espera" pois a marca de Estugarda poderia propor-lhe uma temporada no campeonato de turismo alemão. É que ele foi 0,8 segundo mais veloz do que Gary Paffett, o piloto mais rápido da marca das três pontas.

Com o tempo, Kubica demonstra que está a recuperar das suas lesões. Contudo, a grande incógnita é a sua mão direita, definitivamente a parte mais afetada no acidente. Também o seu cotovelo direito precisa de ser avaliado, principalmente quando se fala de uma coisa mais apertada em termos de "cockpit" que é um Formula 1. E é por aí que os detratores continuam a dizer que Kubica "não voltará mais a ser o que era" e que lamentarão "o talento que foi perdido".

O que posso dizer são duas coisas: a subestimação das capacidades do piloto e também a tacanhez das pessoas que ainda se agarram ao dogma de que "automobilismo é Formula 1". Posso afirmar que é falta de cultura, mas posso também afirmar outra coisa: Kubica não chegou à Formula 1 totalmente incólume. No final de 2003, sofreu um acidente de estrada no qual deixou-o lesionado no seu braço direito. Andou com uma placa de titânio, para acelerar a cicatrização da área afetada, e foi com essa placa - e mais dezoito parafusos - que Kubica voltou às pistas, em 2004, andava ele na Formula 3 Euroseries. E voltou em grande: venceu em Norisring, mesmo com o braço ligado e os parafusos. 

Em jeito de conclusão, posso afirmar que as pessoas que aplaudiram o seu talento, também felicitaram um homem lesionado. Caso tivessem sabido disso, teriam a mesma atitude? Da minha parte, histórias destas só demonstram o meu crescente respeito por ele, bem como a sua versatilidade. E sobrevivência. Cada vez mais me convenço que todos os acidentes só lhe serviram para fortalecer ainda mais o seu carácter.  Como se fosse um teste mental, muito mais do que físico.

E com essa história toda, começo a convencer-me que o que aconteceu no Canadá, em 2007, foi um mero... arranhão. Ainda falta ele se sentar num carro de Formula 1, mas cada vez mais acredito que será uma questão de tempo. É muito mais um "quando" do que um "se". E nesse dia, cá estarei para o aplaudir.

Já agora: quem também se lembrou de Kubica foi a minha amiga Serena Navarrete. Se quiserem ler o que ela escreveu, sigam através deste link.

Youtube Testing Crash II: o acidente de Lewis Hamilton


Como já foi dito no post anterior, o teste de Lewis Hamilton foi encurtado esta manhã quando o piloto britânico sofreu um despiste no final da curva Dry Sac, vítima de uma falha no sistema hidraulico nos travões do seu Mercedes. O impacto nos pneus foi forte e danificou a frente do seu carro, e os treinos foram interrompidos durante treze minutos para que o carro pudesse ser retirado para as boxes.

Aparentemente, os danos no seu carro não devem ser impeditivos da marca alemã continuar a treinar com o carro nos restantes dias da semana no circuito espanhol, com Hamilton e o alemão Nico Rosberg ao volante.

Youtube Testing Crash: o acidente de Max Chilton em Jerez


No dia em que a Marussia confirmou oficialmente o brasileiro Luiz Razia como o seu segundo piloto, os testes prosseguiram em Jerez, com Lewis Hamilton em destaque, pois ele sofreu um despiste e danificou o W04, levando o teste ao seu fim abrupto.

Contudo, ontem, na pista espanhola, a Marussia teve também o seu mau dia, quando Max Chilton sofreu um despiste e bateu com o carro no guard-rail. O "rookie" britânico afirmou que sentiu algo a quebrar-se no seu carro, levando ao pião subsequente.  O carro foi levado para as boxes no sentido de ser reparado, e voltou à pista esta manhã.

Vende-se: carenagem de Formula 1

Uma carenagem de Formula 1 não se vê todos os dias por aí, não é? Mas desta vez aconteceu. Por nove mil reais, esta carenagem de um McLaren MP4-18 de 2003, pertencente a Kimi Raikkonen é seu, e podem encontrar no site de leilões Mercado Livre

A história é rapidamente explicada: quando o piloto finlandês bateu forte no treino do GP do Brasil desse ano, a carenagem ficou imediatamente inutilizada e alguém - um comissário de pista ou um espectador - pegou nele e levou para casa. De acordo com o que está descrito, foi renovado pelo desenhador Sid Mosca para o colocar mais... apresentável.

E porque está a ser vendido? Aparantemente, o proprietário não tem mais espaço em casa e precisa de vender isso pela quantia acima referida.

Agradeço ao Jorge Tonella Jr. pelo achado.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Noticias: Bruno Senna troca a Formula 1 pela Endurance

O silêncio terminou hoje: Bruno Senna deixou a Formula 1 para trás e vai ser piloto oficial da Aston Martin no Mundial de Endurance, na categoria GTE-Pro. O contrato foi assinado esta tarde e o piloto de 29 anos vai correr em março, nas 12 Horas de Sebring.

Questionado sobre a razão de tal mudança, Bruno explicou na Autosport britânica que a razão principal era simples: queria voltar a brigar por vitórias. “Eu quero seguir em frente e voltar a ganhar corridas. As oportunidades para fazer isso não estavam mais na Formula 1”, começou por afirmar.

"Até 2009, sempre conquistei vitórias e pódios nas categorias por onde passei. Desde então, por uma série de circunstâncias fora do meu controle, não tive a mesma chance na Fórmula 1. As propostas que me foram oferecidas nesta temporada também não me davam essa possibilidade", justificou. 

E sobre a sua nova equipa, comentou: "Fiquei impressionado com o que encontrei na Aston Martin. Todo o desenvolvimento do carro é feito em casa, desde o motor V8 até as peças. Parece uma equipe de Fórmula 1 em escala. Será bom dar uma diversificada na carreira e aprender mais uma categoria", concluiu.

Sendo assim, Bruno Senna terá como companheiro de equipa o francês Frédéric Maikowiecki em toda a temporada do WEC, com o britânico Rob Bell como terceiro piloto nas Seis Horas de Spa-Francochamps e nas tradicionais 24 Horas de Le Mans. Contudo, em Sebring, Senna competirá ao lado do britânico Darren Turner e do alemão Stefan Mücke. Senna irá juntar-se à equipa nos dias 18 e 19 de fevereiro em Portimão, para os testes da marca.

Não vai ser a primeira vez que Senna competirá na Endurance: em 2009, disputou algumas corridas ao serviço da equipa francesa ORECA, participando nas 24 Horas de Le Mans ao lado do português Tiago Monteiro e do monegasco Stephane Ortelli. Nessa ocasião, acabou por abandonar, vitima de problemas mecânicos.

Youtube Motorsport Ad: Fusion Grand Prix, parte 4

Por fim, chegou a parte da corrida. Nigel Mansell e Nelson Piquet se enfrentariam mais uma vez numa pista de automóveis, contra dois carros iguais. Restaria saber quem seria o melhor. O video demonstra quem foi o mais rápido.

Independentemente do resultado, podemos dizer que esta comercial deve ser dos mais bem feitos em muito tempo. Não sei se este carro vai ser vendido como pãezinhos quentes, mas para montra, foi um negócio muito bem feito.

Vergne não se preocupa com Félix da Costa

A Toro Rosso tem normalmente uma politica de pressionar os pilotos no seu segundo ano para entregarem grandes resultados, pois caso contrário, enfrentam o despedimento. E em 2013, o australino Daniel Ricciardo e o francês Jean-Eric Vergne estão a ser pressionados devido ao facto de a Red Bull estar a preparar aqule que pode vir a ser um dos seus sucessores, o português António Félix da Costa. E de acordo com a tradição, qualquer um deles poderá ser despedido a meio da época, para dar lugar a outro piloto. E sobre isso, um dos pilotos, Jean-Eric Vergne, afirmou que não sente uma pressão extra por ter essa "espada de Dâmocles" sob a sua cabeça:

Eu não estou muito preocupado com isso. Confio em mim mesmo e se eu tiver um carro competitivo posso fazer algo bom. Eu já mostrei isso no ano passado, com o equipamento que tinha, e fiz algumas boas provas. Este ano nós temos definitivamente um carro melhor, e eu sou um piloto mais experiente”, começou por declarar o piloto francês, em declarações captadas pelo site brasileiro Grande Prêmio.

Eu não vejo nenhum problema com isso, é assim que a Red Bull funciona. Eu já estive na mesma posição que António. Ele é um bom piloto e se fizer um bom trabalho merece uma vaga na Formula 1. Mas seguindo a política da marca, se um de nós – Daniel ou eu – for bom o bastante para um dia chegarmos à Red Bull, isso vai abrir uma vaga na Toro Rosso, que pode ser dele”, disse.

"Todos merecem uma vaga na Formula 1, e a melhor equipa quer ter campeões do mundo, então você sempre precisa estar sempre bem. Em todo caso, eu não estou aqui apenas para estar na Formula 1 e aumentar o pelotão. Tenho objetivos e quero ter sucesso. Então, a pressão está toda sobre mim”, encerrou.

Vergne e Félix da costa já estiveram a competir juntos na mesma categoria em 2009, na Formula Renault 2.0 europeia, e ambos lutaram pelo título. Nenhum deles ganhou - o título foi para o finlandês Valtteri Bottas - mas Vergne foi segundo classificado, na frente de Félix da Costa, o terceiro.

Apresentações 2013: o Marussia MR02

Logo pela manhã desta terça-feira, em Jerez, o Marussia MR02 apresentou-se discretamente ao mundo,  sem patrocinadores e apenas com Max Chilton confirmado pela equipa, o que causou alguma estranheza em algumas pessoas, pois estão convencidas de que o brasileiro Luiz Razia será o segundo piloto de equipa na temporada de 2013.

A grande novidade do carro é o facto de este ter um sistema KERS pela primeira vez na sua existência, bem como a existência de um leve degrau no bico, graças à ajuda de Pat Symmonds, um sinal de que é um carro desenhado de modo convencional e não gerado por computador, como os carros desenhados anteriormente por Nick Wirth.

John Booth, diretor da equipa, falou com otimismo sobre o novo carro anglo-russo. “Embarcamos para o primeiro teste da pré-temporada de 2013 muito otimistas quanto ao nosso novo carro, o MR02, que está à frente desse nosso próximo importante capítulo no desenvolvimento da Marussia. Embora tenhamos experimentado mudanças durante o inverno, a área de estabilidade que desfrutamos é o mais importante para o nosso progresso daqui em diante, tendo o design do nosso carro liderado pelo nosso diretor-técnico Pat Symonds.”, começou por afirmar. 

Os passos que demos na segunda metade da última temporada nos deram a confiança, não apenas de lutar pelo décimo lugar no Mundial dos Construtores, mas para nos sentirmos encorajados nos rumos gerais do design, que foi a base para o nosso carro que estamos apresentando aqui em Jerez hoje”, explicou.

Quanto ao facto de até agora a equipa não ter tido o sistema de recuperação de energia, mais conhecido como KERS, Booth justificou afirmando ter sido uma opção estratégica: “Estamos confiantes de que o MR02 é um produto de evolução em relação ao pacote da temporada passada, integrando o novo KERS. Por muitas vezes, durante 2012, não obstante os passos importantes que demos em outras áreas do nosso desenvolvimento, o KERS - ou a falta dele - foi decisivo para determinar nossa posição em relação aos nossos competidores. O KERS foi, entretanto, uma omissão estratégica do nosso pacote até agora", justificou.

Apresentações 2013: o Caterham CT03

Num ano em que a equipa mudou de lugar, para Leafield, com motor Renault, caixa de velocidades da Red Bull e um novo KERS, a Caterham espera que este seja o ano em que dêem o salto e comecem a marcar os seus primeiros pontos da sua história graças a uma nova dupla, constituida pelo holandês Gierdo van der Garde e pelo francês Charles Pic.

Mark Smith, diretor-técnico da Caterham, destacou a importância da nova fábrica como referência em termos de estrutura para o novo carro. “O CT03 é o primeiro carro que construímos no Leafield Technical Centre, assim, isso marca um importante período no processo de desenvolvimento da nossa equipe. Fizemos um número significativo de mudanças no carro”, começou por comentar o britânico.

Entre os mais óbvios, está o chassis mais baixo, onde os sidepods tiveram um efeito de retrocesso para melhorar o fluxo de ar da parte traseira do carro. O difusor, a tampa do motor e as saídas para refrigeração também tiveram grandes mudanças, e há outras mais sutis em outras áreas do carro”, explicou o engenheiro responsável.

Já o novo diretor desportivo, Cyril Abiteboul, mostrou orgulhoso por ver o primeiro carro construído pela Caterham durante a sua gestão. “Este é o primeiro carro que construímos desde que me uni à equipe, então este é um dia muito orgulhoso para mim. Estou muito feliz porque fomos capazes de distribuir nossos recursos da maneira mais eficiente possível para desenvolver um carro que nos permitirá consolidar nossa posição na F1 antes de começar a trabalhar no carro de 2014 o mais rápido possível”, disse.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Apresentações 2013: o Toro Rosso STR8

Poucas horas depois da Mercedes mostrar o seu bólido em Jerez, também foi na pista espanhola que a Toro Rosso apresentou o carro desta temporada, o STR8, com Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne como pilotos. Aparentemente sem o degrau no bico, espera-se que este carro dê à equipa uma merecida evolução, do qual os faça aproximar mais ao meio do pelotão, já que o chassis deste ano é projetado por James Key, que no ano passado desenhou o Sauber C31, com assinalável sucesso.

Talvez seja por isso que Franz Tost, o diretor da equipa, não escondeu o seu otimismo em relação à temporada que se avizinha. “É muito emocionante. A equipa trabalhou com muita dedicação e veio com um grande carro para ir de encontro com as grandes expectativas que existem para este ano”, declarou o dirigente austríaco. E ele não foi de modas em afirmar qual era o objetivo para esta temporada: “O objetivo é terminar em sexto no Mundial de Construtores”, afirmou.

Quanto a Ricciardo e a Vergne, Franz Tost acredita que sua dupla será fundamental para que a Toro Rosso alcance o objetivo de ser a sexta força da Formula 1. “Ambos os pilotos fizeram um bom trabalho no ano passado, e estou convencido de que, se nós fornecermos um bom carro, eles virão para cima com resultados surpreendentes”, apostou Tost.

Apresentações 2013: O Mercedes W04

Em Jerez, na véspera dos primeiros testes da temporada, a marca de Estugarda apresentou o Mercedes W04, que vai ter Lewis Hamilton e Nico Rosberg ao volante, numa temporada do qual toda a gente espera que seja de afirmação, depois de um 2012 onde começou com esperança, com a primeira vitória da marca na era moderna, através de Rosberg Jr., para acabar em desilusão, com Michael Schumacher a estar muito aquém das expectativas e a acabar por anunciar a sua retirada definitiva do automobilismo. 

Ross Brawn, o projetista e diretor desportivo da Mercedes, afirmou que esta será uma temporada diferente: "A época de 2013 marca a segunda era da nossa equipa oficial Flechas de Prata", começou por referir. "A reestruturação que fizemos nos últimos 18 meses está agora a funcionar em pleno e isso nota-se neste W04, que é um claro passo em frente em termos de design e detalhe aerodinâmico face ao seu antecessor. Os nossos técnicos em Brackley e Brixworth investiram milhares de horas de trabalho para assegurarem uma melhoria clara na performance face a 2012", continuou.

Lewis Hamilton, o novo recruta da marca para 2013, mostrou a sua satisfação por estar na Mercedes: “Para mim, é um dia muito especial apresentar oficialmente o nosso Mercedes-Benz Flecha de Prata para o mundo”, começou por falar. “Não há companhia com maior história nas corridas do que a Mercedes-Benz e é uma honra seguir os passos de lendas como Juan Manuel Fangio, Sir Stirling Moss e Michael Schumacher”, ressalvou.

É o início de um novo capítulo para mim e quando eu passei pelas portas de Brackley, eu estava muito animado para trabalhar. Estive na fábrica por alguns dias, conhecendo o pessoal, conhecendo os meus mecânicos e engenheiros, me apresentando à equipa e eu nunca vi um grupo de pessoas com mais fome de sucesso do que este aqui. Eles trabalharam sem descanso durante o inverno tentando colocar mais performance neste novo carro e eu mal posso esperar para guiar e ver onde eu posso fazer a diferença para ajudar a empurrar o time para frente junto com o Nico.”, concluiu.

Já Nico Rosberg afirmou estar confiante de que o W04 será uma máquina competitiva desde o inicio: “O carro parece estar muito bem no mundo virtual, mas nós temos um programa muito intenso pela frente para os testes para garantir que podemos mostrar essa performance na pista”, começou por declarar Rosberg. “A atmosfera é muito positiva e as pessoas estão altamente motivadas para serem bem sucedidas”, assegurou.

O filho de Keke Rosberg ainda comentou sobre sua preparação física durante as férias, que foi intensa. “Trabalhei muito duro ao longo do inverno na minha preparação física, tanto nas montanhas, escalando mais de 2000 metros, quanto no Mediterrâneo, andando de bicicleta, a nadar e a correr”, disse.

Com Hamilton como grande novidade, a Mercedes vai ter este ano a sua gestão desportiva e financeira repartida entre Ross Brawn, Niki Lauda e Christian "Totto" Wolff, que vem da Williams. Vai se ver como será que irão se dar ao longo da temporada, mas todos eles têm experiência no automobilismo e muito provavelmente haverá um consenso para fazer funcionar a equipa nesta temporada.

Quanto ao W04, este fez um "shakedown" nas mãos de Nico Rosberg no circuito de Jerez para ver se tudo estava pronto para o arranque dos testes de pré-época, que vai começar amanhã.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Apresentações 2013: o Red Bull RB9

Em Milton Keynes, sede da Red Bull, a equipa tricampeã do mundo apresentou o seu bólido, que foi batizado de RB9, e que espera que seja um carro tão bom como os anteriores. Ou seja: o carro que a concorrência tentará superar, mas que na maior parte das vezes não consegue.

Com Sebastian Vettel e Mark Webber como pilotos, o carro decidiu manter o degrau no bico, e tem um pouco mais de violeta na cor. E a marca não se vê muito mais no carro, já que agora, está ocupado pela marca de automóveis de luxo da Nissan, a Infiniti.

Tricampeão do mundo, mas com os pés assentes na terra, o piloto alemão afirma que começa a temporada a partir do zero: “Nós tivemos um final forte de temporada, mas foi um ano muito difícil. Em breve, começo a treinar de novo e estou muito animado, porque foi a primeira vez que vi o carro todo e parece bom. Vamos ver se ele vai funcionar como o esperado. Estou animado para pilotá-lo. A partir daí, vamos descobrir onde estamos”, começou por afirmar.

Questionado se estava pronto para dominar a Formula 1 por mais uma temporada, brincou. “Eu sou alemão, mas não disse isso [que vai dominar a categoria mais uma vez]. Eu não tenho um bigode. Olhando para trás, nós conseguimos muitas coisas, mas sinto que começamos do zero mais uma vez”, explicou.

Nós todos [os pilotos] temos a mesma chance e vai ser um ano muito longo, com muitas corridas e um desafio muito difícil. Estou ansioso por isso e não penso o que aconteceu no último ano, porque estou convencido de que pode não acontecer novamente”, continuou.

Já Mark Webber elogiou o carro de 2013 e afirmou que tem tantas chances de vencer como o seu companheiro de equipa: “Sim, eu acredito que posso ter outra chance no campeonato este ano como tive nas temporadas anteriores”, começou por afirmar. “Esta é a minha meta e eu acordo pensando nisso todos os dias e trabalho duro com a equipa para isso”, continuou, não sem antes dizer que necessita de um apoio total para poder lutar pelos seus objetivos.

Eles sabem que eu preciso de cem por cento de apoio. Você não pode lutar pelo campeonato com 90 por cento, você precisa de cem por cento e é nisso que estamos pensando em 2013 e eu estou confortável com isso”, assegurou.

Nessa apresentação também falou o projecitsta Adrian Newey, que epxlicou que o carro é mais uma evolução do que uma revolução: “Foi realmente o caso de refinar o RB8. Não há grandes mudanças. É realmente uma evolução do carro. Todos os princípios são os mesmos do ano passado”, começou por explicar. “O problema foi realmente com os detalhes neste carro. Nós arrumamos alguns detalhes que sentimos que podíamos melhorar. Desenvolvimento agora é a chave ao longo do ano.”, continuou.

Não houve uma grande mudança nas regras durante o inverno. A mudança mais significativa não é no regulamento, mas nos novos pneus Pirelli. Tivemos um rápido teste no primeiro treino no Brasil, mas estava muito quente e em uma pista crua, e não conseguimos aprender nada de verdade. A experiência anterior nos diz que é só quando saímos dos testes é que realmente descobrimos sobre os pneus”, concluiu.

Quanto à hipótese de usar o DRS passivo no RB9, Newey não deu uma resposta conclusiva: “De facto é uma área interessante”, começou por declarar. “Também é muito complicado ter um sistema que resista em momentos em que você está seguindo outro carro sem ser acionado na hora errada e conseguir um balanço positivo ao longo do fim de semana. Nenhuma dessas coisas é fácil” afirmou, em tom ponderado. 

É uma área muito interessante e está lá para ser explorada. Tirar tempos de volta melhores, ou, mais importante, pontos, é mais difícil”, concluiu. 

Fibra de Carbono - Episódio 25

No 25º podcast da história, falamos muito sobre Formula 1, e um pouco mais sobre ralis. Falamos essencialmente da Formula 1, com a parte final a ser dedicada aos ralis. Entre o lançamento do Lotus E21 e o McLaren MP4-28, referimos as tensões entre Bernie Ecclestone, os construtores e a FIA, na figura de Jean Todt, discutimos o calendário de 2013, que ainda não está preenchido e falamos o que poderiamos esperar das restantes equipas. 

Ainda falamos sobre o Rali de Monte Carlo e o que poderia acontecer no "nosso" Campeonato Português de Ralis, o CPR. 

Tudo isto e muito mais, pode ser ouvido agora. Basta seguir este link.

Youtube Racing Presentation: O ritmo da fábrica

O inicio da apresentação do Red Bull RB9 ficou marcado por um video apresentado pela marca chamado "O Ritmo da Fábrica", mostrando como é que as coisas são feitas na sua fábrica de Milton Keynes para construir os bólidos que têm vencido nas ultimas três temporadas. E as batidas são suficientemente sincopadas para fazer delas música...