sábado, 10 de agosto de 2019

ETCR: Calendário poderá ter quatro corridas em 2020

Depois de saber que a Hyundai está a preparar um carro elétrico para a nova série de turismos elétrica, e depois se saber que poderá estar uma terceira marca a preparar um modelo para a competição, os organizadores anunciaram que irá haver quatro corridas em 2020 como preparação para uma temporada a tempo inteiro em 2021.

Segundo conta o e-racing365.com, um porta-voz do WSC confirmou que ai haver uma prova na Europa entre o mês de julho de 2020, seguido por outras três "fora dela" para a parte final do ano. Eles afirmam que os detalhes "serão revelados em setembro". Para 2020, além da série internacional, eles pretendem revelar séries regionais, da mesma maneira que fizeram quando apresentaram o TCR, em 2015.

"O plano será, talvez nos dois anos após o início do campeonato mundial, começar séries regionais na Europa, e na Ásia, e talvez também na América", começou por dizer Mauricio Slaviero Campos, CEO da WSC Technology, empresa controladora do ETCR.

"Nosso principal objetivo é ter o mesmo conceito que temos no TCR no ETCR futuro", concluiu.

Youtube Motorsport Testing: O teste do Porsche Taycan

O Porsche Taycan, o primeiro carro elétrico da marca, vêm aí, e neste video, o Johnny Smith, do canal do Youtube chamado Fully Charged, foi convidado para fazer o primeiro teste do carro antes da sua estreia, o mais tardar será em 2020.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

A imagem do dia

Patrick Depailler ao volante do Tyrrell 006 durante o fim de semana do GP do Mónaco de 1974, prova do qual acabou na nona posição. Se estivesse vivo, Depailler faria 75 anos de idade. Contudo, como já tinha dito no passado dia 1, a sua existência acabou em 1980, durante testes com o Alfa Romeo 179, no circuito de Hockenheim.

Pouca gente sabe isto, mas o ano de 1974 foi aquele em que foi campeão europeu de Formula 2, ao volante de um chassis March 742 oficial, com quatro vitórias na competição. Triunfou em Pau, Mugello, Hockenheim e Vallelunga, e ainda chegou ao pódio em Montjuich e Karlkskoga, na Suécia, acabando com 54 pontos no campeonato. Tudo isto depois de dois terceiros lugares nas duas temporadas anteriores, na primeira com um March da equipa John Coombs, e a segunda com um Alpine inscrito pela mesma equipa.

Depailler sempre foi um piloto versátil, chegou até a andar em provas da Can-Am, como era normal naqueles tempos. Teve oito participações nas 24 Horas de Le Mans, curiosamente... nunca acabou. E tudo isto enquanto era dos poucos pilotos que fumavam nesse tempo, e tinha a avidez do ar livre, que como sabem, teve os seus dissabores...

IndyCar: McLaren funde-se com a Schmidt Peterson e volta em 2020

É oficial: a McLaren vai voltar a tempo inteiro na próxima temporada. Contudo, vai ser através de uma fusão com a Arrow Schmidt Peterson Motorsports, aparecendo assim a Arrow McLaren Racing SP. Assim sendo, terão dois carros com motor Chevrolet, desconhecendo-se quem serão os pilotos, o que deixa questões por responder para o canadiano James Hintchcliffe e o sueco Marcus Ericsson.

Contudo, a fusão será apenas em relação à estrutura da equipa, pois não se trata da McLaren adquirir a parte da equipa que pertence quer a Sam Schmidt, quer a Ric Peterson. Tanto que Taylor Kiel, o diretor desportivo, trabalhará ao lado de Gil de Ferran na equipa no mesmo papel.

A IndyCar faz parte da McLaren desde nossos primeiros anos de competição, e a série hoje oferece não apenas uma plataforma comercial para continuar a expandir nossa marca na América do Norte, mas a competição com algumas das melhores equipas do automobilismo internacional”, começou por dizer Zak Brown, CEO da McLaren Racing.

Esta equipa fornece à McLaren a sinergia certa como parceira estratégica para nosso regresso ao automobilismo. Acreditamos juntos que podemos ajudar uns aos outros a alcançar nossas ambições mútuas. Sam Schmidt e Ric Peterson construíram uma base sólida, e estamos ansiosos para trabalhar juntos para levar a equipa ao próximo nível.”, concluiu.

Para Sam Schmidt, a integração na McLaren poderá fazer com que a equipa lute regularmente por vitórias e títulos.

"Estou extremamente orgulhoso da equipa que Ric e eu construímos e de que uma marca lendária como a McLaren Racing decidiu fazer parceria connosco para formar a Arrow McLaren Racing SP para continuar nossa marcha até o topo da IndyCar", começou por dizer.

A Arrow é uma grande parceira que é parte integrante do nosso crescimento como equipe desde 2015 e da criação dessa nova parceria. Os recursos técnicos combinados e as oportunidades comerciais que a McLaren e a Arrow oferecem à mesa proporcionam uma combinação vencedora.”, concluiu.

Este regresso a tempo inteiro acontece depois de 40 anos de ausência, e uma participação a tempo parcial em 2017, com a Andretti Autosport, e este ano, com a Carlin, ambos para as 500 Milhas de Indianápolis. Os resultados foram mistos: se da primeira vez, Alonso fez um desempenho bom, acabando por ser votado como o "Rookie do Ano" na corrida, este ano beirou a vergonha quando falhou a qualificação.  

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Formula E: Hartley ai correr na Dragon

O neozelandês Brendon Hartley será piloto da Formula E na próxima temporada. O piloto de 29 anos guiará pela Geox Dragon a partir de novembro, na Arábia Saudita. A equipa de Jay Penske decidiu substituir os seus dois pilotos - o segundo será anunciado lá para setembro - e o piloto vai acumular isto com a sua participação na equipa de Endurance da Toyota.

No comunicado oficial da equipa, o piloto mostrou-se satisfeito por mais este passo na sua carreira:

Estou feliz por assumir um novo desafio na Fórmula E com a GEOX Dragon. A Fórmula E é totalmente diferente de qualquer outra série em que participei, mas espero que minha experiência na gestão de energia traga dividendos e me dê uma vantagem inicial. Já comecei a trabalhar com a maior parte da equipa da GEOX Dragon e tenho a forte sensação de que podemos ter sucesso juntos na próxima temporada.”, comentou.

Bicampeão da Endurance em 2015 e 2017, venceu as 24 horas de Le Mans em 2017, ao lado de Timo Bernhard e do seu compatriota Earl Bamber, antes de rumar para a Toro Rosso, onde correu na parte final de 2017 e toda a temporada de 2018, conseguindo quatro pontos. A Formula E vai ser agora mais uma competição de uma carreira rica para o piloto neozelandês.

Youtube Motorsport Classic: Road America filmado de maneira clássica

Que os velhos saudosistas adoram dizer "no meu tempo é que era bom", isso todos nós sabemos, seja no automobilismo, seja noutras coisas. Há quem não se adapte ao presente e tema o futuro. Mas para outras coisas, basta uma câmara desses tempos passados e a capacidade para filmar e transformar. E foi o que fez Nick Shirrell, que arranjou uma câmara Canon 1218 Super 8, de 1968, e começou a filmar corridas com ela.

O resultado é este: com uma narração de tempos idos, que até parece ser real, conseguiu fazer deste fim de semana em Road America, para filmar a proa da IndyCar Series, em algo espectacular e único para os nossos olhos. 

Originalmente, o artigo foi publicado no Jalopnik, e o jornalista que o escreveu, afirma o seguinte: "este tipo de filmagem ajuda intuitivamente a ganhar uma camada de nostalgia, mesmo num contexto mais moderno". Se calhar, deve ser isso. 

Youtube Formula One Classic: Como funciona um carro de seis rodas?

O Tyrrell P34 foi um dos carros que mais marcou a história da Formula 1, com a ideia de que ter mais de quatro rodas poderia ser uma vantagem sobre os demais. Entre 1976 e 77, pilotos como Patrick Depailler, Ronnie Peterson e Jody Scheckter conduziram-o e até conseguiu uma vitória, em Anderstorp, com uma dobradinha 1-2 e tudo!

O pessoal do Drivetribe foi à quinta de Scheckter para poder ver um dos exemplares e poder ver de perto tal estranha criatura que deu que falar no seu tempo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

WRC: Elfyn Evans não corre na Alemanha... e na Turquia?

Elfyn Evans não vai correr no Rali da Alemanha. O piloto galês ainda está a recuperar da lesão nas costas durante o Rali da Estónia, no inicio de julho, e isso faz com que não esteja pronto a tempo da prova alemã, que vai acontecer no final deste mês. Para além disso, não há garantias de que o piloto galês de 30 anos estará presente no Rali da Turquia, que acontecerá em meados de setembro.

Assim sendo, a M-Sport confirmou esta quarta-feira que Evans irá ser substituído no Rali da Alemanha por outro britânico, Gus Greesmith. Para o jovem piloto de 22 anos, depois de dois ralis em terra com um WRC, em Portugal e na Finlândia, surge agora a sua estreia em piso de asfalto. 

Nesta altura, Evans é quarto classificado na geral, com 78 pontos, e teve como melhor resultado dois terceiros lugares, no México e na Córsega. Quanto ao seu substituto, já pontuou nesta temporada com um sétimo lugar no Rali de Monte Carlo. 

Youtube Automobile Video: Os clássicos elétricos

Imaginem um clássico recuperado para a estrada, mas em vez de ter um motor de combustão interna, tem um elétrico. Surpresa? Sacrilégio? Na California, não é, pois graças a duas pessoas, David Bernardo, fundador da Zelecreic Motors, restaurador de automóveis; e Michael Breem, fundador da preparadora EV West, que faz modificações para dar maior velocidade a carros de alta performance.

No caso em particular deste video, um Porsche 912 de 1968 foi modificado para receber um conjunto motor-transmissão de um Tesla modelo S P85, que tem no seu conjunto, 550 cavalos. A matéria, mostrada aqui pelo site The Verge, mostra uma maneira de recuperar estes clássicos para um futuro mais distante. Não só tem apoiantes, como detratores, e é sobre isso que fala este video.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Rumor do Dia: Felix da Costa a caminho da Techeetah

António Félix da Costa poderá protagonizar a transferência do defeso da Formula E. O piloto de Cascais vai a caminho da Techeetah, depois de ter acordado a saída da BMW Andretti, depois de algumas semanas de negociações. Quem noticia isto é o site e-racing365.com.

Segundo conta o mesmo site, a saída esteve a ser negociada nas passadas semanas entre ele, Tiago Monteiro, o seu conselheiro e representante, e a BMW, e começaram por alturas da rodada dupla de Nova Iorque, que encerrou a temporada, com Felix da Costa a falar com Mark Preston, o dirigente da Techeetah, e também tinha sido o seu patrão quando esta se chamava de Team Aguri. 

O acordo para a sua saída foi encerrado no final da semana passada, e um anuncio será feito em breve em relação à sua transferência, de preferência antes dos testes oficiais em Valência, em outubro. Por agora, nenhuma das partes querem comentar sobre o assunto.

Felix da Costa, de 28 anos, foi sexto classificado na última temporada, depois de ter vencido a corrida de abertura em Ad Dyriah, na Arabia Saudita. 

Noticias: Hyundai aposta num elétrico para o eTCR

A ideia de um campeonato elétrico de Turismos parece estar a tomar forma. Depois da Cupra ter lançado um carro para a competição que arranca em 2020, a Hyundai anunciou esta terça-feira que está a fazer a mesma coisa, apesar de não entrar em muitos detalhes. O carro, baseado no Veloster N TCR, está a ser construído na sede, em Alzenau, na Alemanha, e será mostrado em setembro do salão automóvel de Frankfurt. 

Andrea Adamo, o chefe da Hyundai Motorsport, afirmou: “Uma nova era está a surgir na Hyundai Motorsport. Por muitos meses, a nossa equipa em Alzenau tem trabalhado duro em um excitante veículo elétrico e em breve poderemos compartilhar os frutos desses trabalhos.Promete ser um novo capítulo para a nossa empresa, uma extensão natural para as nossas atividades no automobilismo, que está intimamente ligada às tendências atuais e às inovações na indústria automóvel em geral. Não há muito mais tempo a esperar; tudo será revelado no IAA em Frankfurt no início de Setembro.” 

A competição anunciou recentemente que os seus direitos foram adquiridos pela empresa Eurosport Events e está a regular o calendário juntamente com a FIA, e será anunciado dentro em breve. 

Youtube Formula 1 Video: As comunicações de rádio de Budapeste

Foi uma corrida bem interessante, e as comunicações de rádio deste fim de semana húngaro valem a pena serem ouvidas. 

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Formula E: Blomqvist quer voltar

Tom Blomqvist deseja regressar à Formula E para resolver alguns problemas pendentes. Numa entrevista ao site e-racing365.com, o piloto britânico, filho de Stig Blomqvist, quer regressar à competição elétrica, depois de meia temporada ao serviço da BMW, onde pontuou por uma vez, antes de ser substituído pelo francês Stephane Sarrazin.

"Eu definitivamente quero correr novamente na Fórmula E, já que sinto que há negócios inacabados", começou por dizer.

Eu estive [a assistir] ao E-Prix de Berlim e o nível de competição é bastante intenso, então eu sinto que seria um campeonato em que eu gostaria de ter sucesso, para ser honesto. O programa na quarta temporada é história agora e todos sabem que foi um ano difícil durante todo o ano. Mas estou totalmente motivado a voltar para a Fórmula E se a oportunidade surgir”, continuou.

Blomqvist gostaria de voltar à Andretti, onde esteve na temporada de 2017-18, mas isso está dependente do que eles escolherem como alinhamento. Com os rumores de que António Félix da Costa poderia estar a caminho da Techeetah, a equipa quer dar oportunidade a Marco Wittmann, Joel Eriksson e Bruno Spengler, todos pilotos do DTM. Contudo, ainda é cedo para se saber o que irá acontecer, pelo menos até aos testes de Valencia, em outubro.

Quanto a Blomqvist, depois da Formula E, está agora na IMSA WeatherTech SportsCar Championship, a correr pela BMW Team RLL.

WRC: Detidos falsos pilotos na Finlândia

Contado, ninguém acredita, mas aconteceu. E logo no rali mais popular do ano. A "estória" é contada em duas penadas: este domingo, a policia de Jyvaskyla deteve dois polacos por se fazerem passar por pilotos de rali em pleno Rali da Finlândia. 

O evento - insólito, mas real - aconteceu quando os dois indivíduos, ambos com 30 anos de idade, camuflaram o seu carro com todas as marcações de um carro de rali para poderem circular à vontade entre classificativas. Contudo, a policia logo desafiou, pois o carro numero 52 não estava inscrito em lado algum e o Mitsubishi Lancer onde estavam não estava homologado para o WRC2, onde pretendiam estar presentes. Logo, foram apanhados e acusados de delitos contra a segurança na estrada, bem como condução debaixo de alcool e violação de propriedade intelectual.

A polícia imediatamente notificou a organização do rali, que disse por meio de um porta-voz que eles não tinham registo de que haviam tentado se infiltrar em classificativas para participar. “Teria sido complicado para eles fazerem isso. E não são apenas os adesivos: você tem que entregar um cartão nos controles, levar uma identificação, etc”, afirmou.

Felizmente, não houve consequências, mas que isto foi no mínimo insólito, lá isso foi...


domingo, 4 de agosto de 2019

WRC 2019 - Rali da Finlândia (Final)

Ott Tanak acabou por levar a melhor no Rali da Finlândia, depois de um épico duelo com Esapekka Lappi e Jari-Matti Latvala ao longo destes últimos dois dias. No final, foram 25,6 segundos que separaram o estónio do primeiro dos finlandeses, que acabou por ser Lappi. Latvala ficou em terceiro, a 33,2, cerca de vinte segundos de vantagem sobre Andreas Mikkelsen. 

Com apenas quatro especiais para terminar, incluindo, claro, a Power Stage, o dia começou na primeira passagem por Laukaa, onde Tanak foi o melhor, 1,1 segundos melhor que Sebastien Ogier e 2,1 sobre Latvala. A seguir, em Ruuhimaki, foi a vez de Latvala reagir, vencendo a especial, 0,7 segundos melhor que Mikkelsen e 1,4 sobre Ogier. Tanak é quarto, a 1,6, controlando tudo. A especial ficou marcada pela desistência de Gus Greensmith, devido a aciednte.

Na segunda passagem por Laukaa, Mikkelsen levou a melhor, conseguindo uma vantagem de 0,4 segundos sobre Lappi e 0,5 sobre Ogier. No mesmo troço, Kris Meeke, que tinha voltado ao rali no sistema "Rally2", acabou por desistir, vítima de acidente.

Chegados ao "Power Stage", e agora que Tanak conseguia a sua segunda vitória seguida em terras finlandesas, acabou por vencer nessa última classificativa, 0,7 segundos na frente de Thierry Neuville, e 2,4 sobre Anderas Mikkelsen. Sebastien Ogier, o quarto, acabou o rali com o salto mais comprido, com mais de 60 metros, para espanto de todos.

No final do rali, depois dos três primeiros, e do quarto posto de Mikkelsen, a 53,2 segundos, com Sebastien Ogier a ser quinto, mas perto de Mikkelsen, pois ficou a 56,1. Thierry Neuille foi sexto, a 1.32,4, não muito longe de Graig Breen, sétimo a 1.38,2, na sua primeira particpação do ano. Teemu Suninen foi o oitavo, a 2.33,8, e a fechar o "top ten", os dois melhores do WRC2: o finlandês Kalle Rovanpera e o russo Nikolay Gryazin.

O WRC regressa no final do mês, no asfalto alemão.

The End: Jean-Paul Driot (1951-2019)

Jean-Paul Driot, fundador da DAMS (sigla para Driot Associés Motor Sport), equipa que é uma das mais importantes da segunda categoria do automobilismo - Formula 3000, GP2 e Formula 2 - morreu este domingo aos 68 anos. Driot já estava doente desde há algum tempo. Ao longo da sua existência, desde 1988, a DAMS conquistou treze títulos de pilotos, doze campeonatos e 147 vitórias na Fórmula 3000, Fórmula Renault 3.5, GP3 Series, GP2 Series, World Series by Renault (WSR) e Fórmula 2.

Para além dessa categoria, a DAMS também está na Formula E, a gerir a Renault, primeiro, e agora a Nissan, com Sebastien Buemi e Oliver Rowland.

"É com grande tristeza que a DAMS anuncia que seu fundador e proprietário, Jean-Paul Driot, faleceu aos 68 anos", começa por dizer o comunicado oficial da equipa.

Jean-Paul perdeu uma batalha contínua contra a doença, que ele havia combatido nos últimos meses. Desejamos nossas sinceras condolências à sua esposa Genevieve e a dois filhos, Olivier e Gregory.", concluiu.

Fundada em 1988 por Driot, o jornalista Gilles Gagniault, o empresário Pierre Blanchet e o ex-piloto René Arnoux, a equipa começou a correr na Formula 3000 no ano seguinte, com Eric Comas ao volante. No ano seguinte, venceu a competição, de novo com Comas no leme. Três anos mais tarde, em 1993, volta a vencer o campeonato, desta vez com outro francês, Olivier Panis, e no ano seguinte, era a vez de Jean-Claude Bouillon.

No inicio de 1995, a equipa esteve perto de entrar na Formula 1, mas o projeto abortou. Mais tarde foi para a Endurance, com carros Panoz, e em 2003, venceu o WSR, com o argentino José Maria Lopez. Dois anos depois, ajudou a montar a equipa francesa na A1GP, e em 2014, tentou a sua sorte na Formula E, com uma participação parcial, com Alain Prost como seu co-diretor. De 2014 a 2018, a e.dams alcançou três títulos de Construtores e uma de pilotos, através de Sebastien Buemi.

Ao mesmo tempo, continuavam na GP2, onde contribuíram para o título de Kamui Kobayashi em 2009, de Romain Grosjean em 2011, no ano seguinte para Davide Valsecchi, em 2014 para Joylon Palmer. Em 2017, foram para a Formula 2, onde em 2018, contribuíram para o campeonato de Alexander Albon

Formula 1 2019 - Ronda 12, Hungria (Corrida)

O mais interessante desde GP húngaro, que normalmente não é emocionante, foi que se tornou numa prova de pura estratégia, onde o melhor seria aquele que superasse os seus obstáculos e acabasse na frente do adversário. E a corrida desta tarde foi assim mesmo: decidida nas estratégias, onde a Mercedes conseguiu levar a melhor sobre uma Red Bull que tinha tudo para ganhar, mas quando aconteceu a segunda paragem da Mercedes, praticamente encostou Max Verstappen à parede, sentenciando a partida. Um pouco como fez Ross Brawn, em 1998, quando transformou uma estratégia de paragem extra a Michael Schumacher em algo vencedor. 

E tinha de ser: a Mercedes estava a ver que a temporada iria ser um passeio, mas os eventos desde o GP da Áustria (e antes, no Canadá) mostraram que a Red Bull está a reagir. O motor Honda deixou de ser o "patinho feio" da Formula 1 e a pole-position da véspera de Max Verstappen, mostrava que merecia há algum tempo. Depois de sete vitórias, duas delas nas últimas quatro corridas... tínhamos (mais ou menos) um campeonato.

Quando as luzes se apagaram, Verstappen conseguiu aguentar as pressões dos Mercedes, enquanto Valtteri Bottas atrasou-se, devido a um toque... de Lewis Hamilton e Charles Leclerc, ambos danificaram a asa dianteira do piloto finlandês. Ele caiu para quinto, mas não foi logo para as boxes, porque esta estava ainda funcional. Apenas na quinta volta é que ele foi trocar a asa dianteira e colocou pneus duros, caindo para o fundo do pelotão.

A partir dali, foi um duelo entre o holandês e o britânico, enquanto a corrida tranquilizou-se. Tanto que a Ferrari começou a falar de um plano alternativo, provavelmente com duas paragens, para ser melhor que a concorrência. Porque os carros vermelhos eram cada vez mais os terceiros nos construtores...

Todos queriam saber que tipo de estratégia é que a Mercedes tinha, mas a partir da volta 18, Hamilton aproximou-se de Verstappen para ficar na traseira da corrida, e talvez, passar nas boxes. Acabou por ser Verstappen a ir às boxes na volta 25, com duros, e ele volta à pista na frente de Leclerc, mas com Hamilton vinte segundos na sua frente. 

No regresso, o holandês tentou tirar a diferença virtual para o britânico, antes que ele fosse às boxes. Mas Hamilton ficava na pista, dando o seu máximo até à volta 32, quando ele colocou duros. Mas demorou quatro segundos, e voltou cerca de quatro segundos atrás de Verstappen.

No regresso, Hamilton começou a voar, caindo a diferença a cada volta. Na metade da corrida, estava a 1,2 segundos e logo depois, passou ao ataque, numa altura em que Bottas já estava na zona de pontos. O britânico atacou na volta 39, mas o piloto da Red Bull resistiu. Ao mesmo tempo, a Ferrari mandava Vettel às boxes, para colocar moles.

Hamilton afastou-se um pouco de Verstappen para arrefecer os componentes, mas na volta 43 voltou ao ataque, mas subitamentem na volta 50... o britânico volta às boxes. Para trocar a amarelos, médios.

Parecia que Hamilton tinha abdicado, mas o que tinha feito foi quebrar a estratégia da Red Bull. E com pneus mais frescos, poderia apanhar Hamilton na parte final da prova. E isso provou nas voltas seguintes, quando ganhava um segundo por volta. Na volta 55, a diferença deixou de diminuir, estabilizou nos 15 segundos, para poupar nos pneus, e depois voltou a atacar, aproximando-se do holandês.

E na volta 66, Hamilton estava na traseira de Verstappen. No final da reta da meta, passou-o e foi-se embora, e a Red Bull, admitindo a derrota, mandou o holandês para as boxes no sentido de ficar com a volta mais na rápida. Atrás, Vettel apanhou Leclerc e ficou com o terceiro posto.

Foi assim que acabou a corrida. O resultado pode passar por ser previsível, mas a prova deu nervos por causa da estratégia, pura estratégia. E isso só mostra que, por vezes, ela pode ser emocionante. Agora, é altura de férias, a Formuloa 1 volta em setembro para o que resta da Europa, Ásia, e Américas, antes do final, em dezembro, em Abu Dhabi, com o hexa do Hamilton a acontecer bem antes, talvez no México...