sábado, 6 de maio de 2017

ERC 2017 - Rali das Canárias (Final)

Alexey Lukyanuk foi imparável no Rali das Canárias e venceu a sua primeira prova do ano. Apesar de não ter ganho todas as classificativas do rali, o seu avanço foi tal que Kajetan Kajetanowicz foi o único que não ficou acima do minuto de diferença sobre o piloto do Ford Fiesta R5. O último lugar do pódio ficou para Bruno Magalhães que, apesar de não ter andado tão bem como no dia anterior, sai das Canárias com a liderança do Europeu.

No final, o piloto do Skoda ficou feliz pelo resultado, embora tenha escapado o segundo posto por 6,4 segundos para o polaco Kajetanowicz. 

"Por um lado é um terceiro lugar com sabor a vitória por outro também tem um sabor agridoce tendo em conta que o segundo lugar estava ali tão perto. Mas o mais importante é que consolidámos a liderança no Europeu de Ralis, algo que nunca pensámos possível quando alinhámos no Rali dos Açores. Estamos por isso muito contentes com aquilo que fizemos e evoluímos ao longo deste rali. Foi um verdadeiro trabalho de equipa. Estamos todos de parabéns", começou por referir.

"Temos um carro com um desempenho notável e uma equipa motivada, mas para continuar são necessários apoios. É nisso que me vou concentrar de seguida na esperança de dar mais um passo importante neste Campeonato que está a correr de feição", concluiu.

O rali começou com Lukyanuk a ser melhor na primeira passagem por Moya. Apesar de ganhar por pouco ao segundo classificado - o Porsche de Armide Martin, por 0,7 segundos - ganhou onze segundos a Kajetanowicz e 15,7 segundos a Bruno Magalhães, o 13º na especial. Kajetanowicz reagiu na primeira passagem por Tejeda, mas só recuperou três segundos ao piloto russo. Já Bruno Magalhães ficou a 3,7 segundos do vencedor.

Contudo, qualquer vantagem foi anulada na especial a seguir, a de Las Vallas, pois o russo venceu e conseguiu um avanço de 3,7 segundos sobre o piloto polaco, com Magalhães a ser quarto, atrás de Luis Monzon, e a 6,7 segundos, acabando a manhã com os três primeiros separados por 48,7 segundos, mas com Magalhães a ser ameaçado pelo Hyundai de Ivan Ares.

Na parte da tarde, Lukyanuk foi superado por Martin Armide, mas ganhou 8,4 segundos sobre Bruno Magalhães e 13,4 segundos sobre o piloto polaco, abrindo cada vez mais a sua vantagem. E nas duas últimas especiais, ele já controlava: Kajetanowicz ganhou, mas a diferença foi de 0,1 segundos, e depois, no final, venceu de novo, com um avanço de 3,3 segundos sobre Bruno Magalhães e 4,6 sobre Kajetanowicz. 

A próxima prova do FIA ERC acontece de 2 a 4 de Junho com o Rali da Acrópole, em terras gregas.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

ERC 2017: Rali Islas Canárias (Dia 1)

O russo Alexey Lukyanuk é o líder do Rali Islas Canárias ao fim das seis primeiras especiais da segunda prova do Europeu de ralis. O piloto do Ford Fiesta R5 tem um avanço de 25,7 segundos sobre Bruno Magalhães, no melhor dos Skoda. O polaco Kajetan Kajetanowicz é o terceiro, a 27,9 segundos.

Debaixo de tempo encoberto, máquinas e pilotos desafiaram as curvas das classificativas de asfalto nas estradas da ilha de Gran Canária para a segunda prova do Europeu de ralis. Este começou com Lukyanuk ao ataque, vencendo na primeira passage por San Mateo, com 25,3 quilómetros, ganhando cinco segundos a Kajetanowicz (que se queixava dos travões) e a um mar de espanhois, sendo o melhor o Peugeot 208 de José Maria Lopez. Luis Monzon era o quinto, enquanto que Bruno Magalhães era apenas o décimo, num arranque prudente deste rali.

Lukyanuk continuava a vencer em Artenara, a segunda especial do dia, ganhando mais 0,8 segundos para Kajetanowicz, enquanto que Magalhães era o quinto melhor, a 8,1 segundos, praticamente ao lado de José Maria Lopez. Monzon era o 11º na especial com o seu Ford Fiesta R5, perdendo 11,3 segundos. Contudo, o piloto russo era penalizado em dez segundos por falsa partida, e perdia a liderança para Kajetanowicz.

Contudo, o russo "voou" em Lomo del Palo, a terceira especial, onde bateu José Antonio Suarez por 0,7 segundos. Mas sobretudo, ganhou 6,7 segundos a Kajetanowicz, voltando a ter a liderança. Já Bruno Magalhães era terceiro, a 1,9 segundos, conseguindo acompanhar o ritmo dos da frente. 

Na parte da tarde, a segunda passagem por San Mateo foi dura para alguns pilotos. O checo Jan Cerny e o espanhol Luis Monzon acabaram ali os seus ralis, vitimas de despiste, com o piloto checo a acabar no fundo da ravina, felizmente sem ferimentos para ele e para o seu navegador. Quanto ao rali em si, Lukyanuk venceu mais uma vez, acabando por abrir uma vantagem de 7,2 segundos para Bruno Magalhães, o segundo classificado na especial. Kajetanowicz era oitavo, perdeu 18 segundos e queixava-se de novo dos seus travões.

A mesma coisa aconteceu na quinta especial, mas desta vez a diferença entre Lukyanuk e Bruno Magalhães foi de 2,2 segundos, com o espanhol Ivan Ares, no seu Hyundai i20 R5 a ser o terceiro, e Kajetanowicz a perder mais 7,3 segundos, e a perder a segunda posição para Magalhães.

No final, na super-especial de Las Palmas, Lukyanuk conseguiu vencer de novo, a 0,2 de Kajetanowicz e a 1,8 de Magalhães. Com os três primeiros separados por 27,9 segundos, José Maria Lopez era o quarto, no seu Peugeot, com o Skoda de Sylvan Michel no quinto posto, já a 45 segundos. Outro espanhol, Luis Monzon, era o sexto, a 50 segundos, com Bryan Bouffier a ser sétimo, a um minuto, com o polaco Gregorz Gryzb logo atrás. A fechar o "Top Ten" estão o alemão Marijan Griebel e o espanhol Surhayen Pernia, este num Hyundai, e a um minuto e 48 segundos do líder.

Amanhã, o rali termina, com mais seis especiais.

Youtube Rally Crash: O acidente de Tomasz Kasperczyck no Islas Canárias

O Rali Islas Canárias, segunda prova do Europeu de ralis, está a provocar alguns acidentes sérios. com os pilotos a "darem graças" aos guard-rails por não acabarem no fundo das ravinas... 

Como aconteceu agora à tarde ao polaco Tomasz Kasperczyck. A bordo do seu Ford Fiesta R5, o piloto bateu forte nos guard-rail, e foi a força desse pedaço de metal que o evitou cair pelo precipício abaixo, embora os estragos tenham sido tais que a sua participação se ficou por ali.

Em Direto: A primeira corrida da TCR em Spa-Francochamps

O TCR International continua neste fim de semana com a terceira ronda do seu campeonato, em Spa-Francochamps. A primeira corrida acontece esta tarde, com nove voltas ao circuito belga, e podem ver agora em direto no canal oficial da competição no Youtube.

Automobilismo em Cartoons - A chegada de Alonso à Indy (Cire Box)

A chegada de Fernando Alonso a Indianápolis foi... auspiciosa. Todos viram a evolução e o progresso do piloto espanhol a bordo do carro inscrito pela McLaren e pela Andretti, e também vimos a progressão segura até a uma velocidade mais do que suficiente para participar nos treinos. E o largo sorriso no seu rosto no final disto tudo.

Dito isto, claro, ele teve de desabafar em relação aos motores Honda, que na América, tem melhor tratamento do que na Formula 1...

quinta-feira, 4 de maio de 2017

The End: Timo Makinen (1938-2017)

O finlandês Timo Makinen, lenda dos primeiros tempos dos ralis e um dos primeiros "finlandeses voadores" ao lado de Rauno Aaltonen e Pauli Toivonen, morreu hoje aos 79 anos, anunciou a imprensa finlandesa. Piloto de ralis ao longo dos anos 60 e 70, venceu por três vezes o Rali dos Mil Lagos e o Rali RAC, em carros como o Mini Cooper, o Saab 96 e o Alpine A110, entre outros.

Nascido a 18 de março de 1938 em Helsinquia, começou a correr em 1959 no Rali dos Mil Lagos (atual Rali da Finlândia), a bordo de um Triumph TR3. Nos anos seguintes, correu a bordo do Austin-Healey e em Minis, acabando por ser segundo classificado no Rali RAC de 1963, num Austin-Healey. No ano seguinte, correu em Minis, e foi aí que conseguiu a sua primeira grande vitória, o Rali de Monte Carlo de 1965.

Dois anos depois, Makinen foi protagonista de um momento inesperado: durante o Rali dos Mil Lagos, o seu capô abriu durante a temida classificativa da Ouninpohja. Sem poder espreitar para fora do carro - o seu capacete era demasiado grande! - Makinen teve de confiar no seu instinto para poder acabar o rali em condições. Mesmo assim, conseguiu o terceiro melhor tempo nessa classificativa. E isso até deu uma aura de misticismo neste rali, que acabou por vencer pelo terceiro ano consecutivo (tinha também vencido em 1966).

Quando o Mundial de ralis foi criado, em 1973, Makinen era piloto oficial da Ford, vencendo pela quarta vez o Rali dos Mil Lagos e o Rali RAC. Iria ser a primeira de três vitórias consecutivas, repetindo em 1974, também num Ford Escort (fora segundo no Rali dos Mil Lagos) e 1975 (com um terceiro lugar no rali finlandês). A sua última grande vitória nos ralis foi em 1976, no Rali da Costa do Marfim, a bordo de um Peugeot 504, tendo como navegador um francês chamado Jean Todt.

A sua carreira foi até 1980 em vários carros, essencialmente Peugeots e Ford. Contudo, voltou em 1994 ao Rali de Monte Carlo, a bordo de um Rover Mini Cooper, para comemorar os 30 anos da estreia da marca nos ralis. Acabou por desistir na segunda especial devido a problemas de motor.

Em 2010, Makinen foi um dos primeiros induzidos ao Rally Hall of Fame, ao lado da Rauno Aaltonen, Paddy Hopkirk e o sueco Erik Carlsson. Ars longa, vita brevis.

Noticias: Albuquerque em Le Mans com a United Autosports

A noticia era, de certa forma esperada: o português Filipe Albuquerque será o piloto da United Autosports para as 24 Horas de Le Mans, onde vai correr ao lado do americano Will Owen e do suíço Hugo de Sadeleer. Apesar de correrem apenas na série europeia - onde venceram a primeira prova do ano, em Silverstone - quer ele, quer os seus companheiros de equipa, vão querer aproveitar bem esta passagem por La Sarthe para conseguir o melhor resultado possível a bordo do seu carro, o Ligier JS 217.

"Estou muito contente por poder voltar a Le Mans. Como todos sabem é uma corrida muito especial onde todos os pilotos querem estar. Este ano vai ser ainda mais especiais devido ao facto dos LMP2 estarem bem mais rápido. Estou curioso por perceber quais serão os tempos por volta e de viver novamente tudo o que as 24 Horas de Le Mans envolvem", começou por explicar Albuquerque.

Apesar dos seus companheiros de equipa serem estreantes na prova, Filipe não considera isso um grande problema: "Não estamos a disputar o mundial por isso não há a pressão do resultado final. Para além disso vamos correr em Monza, o melhor circuito para preparar Le Mans. Há o factor noite que é sempre decisivo e que requer algumas cautelas mas o Hugo e o Will saberão como contornar esse 'handicap'. Estou certo que modo geral vamos fazer uma boa corrida. Em termos pessoais gostava de finalmente terminar nos lugares do pódio. Nas três participações anteriores houve sempre alguma coisa a impossibilitar, espero que este ano não e que possa finalmente festejar", rematou.

As 24 Horas de Le Mans vão acontecer no fim de semana de 17 e 18 de junho. 

WEC: Lopez não corre em Spa

O argentino José Maria Lopez não vai correr em Spa-Francochamps, anunciou hoje a Toyota. O piloto argentino, que se lesionou na prova anterior, em Silverstone, não foi autorizado pelos médicos da FIA a competir nas Seis Horas de Spa-Francochamps, que se realizam neste fim de semana. A Toyota anunciou que ele não será substituído, logo, Kamui Kobayashi e Mike Conway terão de aguentar mais tempo nesta corrida.

Lopez está desiludido com a decisão, mas aceita a sentença: “Sinto-me bem, mas tenho de concordar que não devo correr riscos. A prioridade é estar absolutamente em forma para Le Mans. Provavelmente se a corrida fosse numa pista diferente, mas o corpo sofre forças extremas em Eau Rouge por isso, depois de uma conversa com o Delegado Médico da FIA e com o médico da nossa equipa decidimos que não corria este fim de semana”, afirmou o argentino.

A equipa espera agora que "Pechito" Lopez descanse o suficiente para poder testar a 4 de junho em Le Mans, na primeira sessão de testes da marca em La Sarthe. Resta também saber se estará em forma tempo suficiente para poder correr a 13 de maio no Mónaco, na prova da Formula E.

Rumor do Dia: A Force India pode ser comprada pela... Brabham?

Esta vem do Joe Saward, e apesar de poder ser algo estranho... até tem lógica. Num artigo em que escreveu para a revista Autocar, o jornalista britânico fala que devido aos problemas que passam Vijay Mallya e Subrata Roy - o dono da Sahara - a Force India poderá ser vendida para um consórcio internacional, que pretende mudar o nome para... Brabham.

Como sabem, Mallya tem problemas por causa da falência da Kingfisher Air - e por causa disso, os indianos querem a sua extradição da Grã-Bretanha, onde se encontra "exilado" - enquanto que Roy tem problemas com o fisco indiano, pois aparentemente tem cerca de mil milhões de dólares de impostos devidos e está há mais de dois anos e meio na prisão, aguardando por um julgamento. Como ambos não tem muito dinheiro, decidiram que o melhor é vender a equipa, mas andam a pedir muito, cerca de 200 milhões de libras. Mas os compradores não querem pagar mais de 150 milhões de libras, embora pode ser que consigam os valores que pretendem.  

Contudo, a ideia de comprar a equipa de Silverstone - que começou como Jordan - é de mudar o nome para... Brabham. A ideia é de desenvolver a equipa como se fosse um "franchise" - algo do qual a Liberty Media gostaria de fazer, para de uma certa forma fazer baixar os custos, mas aumentar ainda mais os lucros - mas também de fazer da marca uma plataforma para construir supercarros, no mesmo sentido que a McLaren anda a fazer desde há mais de 25 anos. Esses investidores vêm dos Estados Unidos.

Algo que David Brabham, o filho mais novo de "Black Jack", confirma: “A Brabham é uma marca com mais de 69 anos de história na competição e é nossa intenção ver o nome de volta. Desde que o Project Brabham foi lançado estamos a ser abordados por diferentes pessoas que expressaram o seu interesse em licenciar o nome e estamos a avaliar várias opções”, comentou à revista.

Formada em 1962 por Jack Brabham e o seu parceiro, Ron Tauranac - os BT's dos chassis são uma junção das suas iniciais - a Brabham correu até 1992, conseguindo títulos mundiais de pilotos em 1966, com o próprio Jack, em 1967, com o neozelandês Dennis Hulme, e depois em 1981 e 83 com Nelson Piquet. Para além disso, conseguiu também dois títulos mundiais de Construtores em 1966 e 67. A história da marca é dividida em duas partes, a primeira com Brabham e Tauranac ao leme, a segunda parte, com Bernie Ecclestone, que lá ficou entre 1971 e 1986.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Noticias: Cesare Fiorio em estado grave

O antigo director desportivo da Lancia e da Ferrari Cesare Fiorio, sofreu esta tarde um acidente de bicicleta perto da sua quinta, nos arredores de Brindisi, e está internado em estado considerado grave. Fiorio, de 77 anos, foi operado e o seu prognóstico é reservado.

Nascido a 26 de maio de 1939, e filho do relações públicas da Lancia, Fiorio começou a se envolver no automobilismo em 1961, como piloto, e acabou nesse ano a ser campeão nacional de GT. Pouco depois, entrou na Lancia como administrador, constituindo a HF Squadra Corse, que depois se tornou na preparadora oficial da marca nos ralis. Mesmo depois da Fiat ter comprado a Lancia em 1972, Fiorio continuou na equipa, construindo máquinas como os Stratos, o Fiat 131 Abarth, o 037 e o Delta, continuando na marca até 1988.

Nessa altura, foi para a Ferrari, como diretor desportivo, tendo tentado levar a marca até ao título mundial com pilotos como Nigel Mansell, Gerhard Berger, e depois, Alain Prost. Contudo, as tensões entre ele e os seus pilotos fizeram com que fosse despedido da marca na primavera de 1991.

Depois disso, teve passagens breves por Ligier, Forti e Minardi, saindo no ano 2000.

Hoje em dia, é comentador na RAI, enquanto gere uma quinta biológica nos arredores de Brindisi. Um dis seus filhos, Alex Fiorio, foi piloto da Lancia nos anos 80 e 90.

As imagens do dia







Fernando Alonso teve hoje a sua estreia nas 500 Milhas de Indianápolis. E só a sua presença já causou impacto, bem como o carro que vai usar. A McLaren decidiu pintar o seu carro no "papaya orange" que muitos se lembram nos anos 70, nos anos em que venceram em Indianápolis e o seu chassis era um dos melhores do pelotão. A força e a história que o "Brickyard" ainda atrai a atenção sobre os pilotos de outras categorias faz isto, e ver alguém como ele neste sitio tornou-se num magneto para os fãs do automobilismo.

Só para amostra, mais de meio milhão de pessoas viram na Net - Youtube e Facebook - este "Rookie Test" do piloto espanhol. Tudo isto num dia da semana, onde aqui na Europa, aconteceu a meio da tarde. E ali, andou bem, numa média próxima dos 222 milhas por hora (mais de 358 km/hora), oito milhas mais baixo do que tempo da pole-position de 2016, marcado por James Hintchcliffe. Todos ficaram felizes, e no final, o espanhol sorria.

E com razão: isto deve ser o primeiro raio de sol numa temporada absolutamente cinzenta que está a ter agora.  

E isto que nós vimos hoje foi só uma primeira amostra, mas mais do que suficiente para que o mundo estivesse de olhos postos para estas 500 Milhas de Indianápolis, e vai ser assim durante todo este mês. Sempre que ele for para a pista, tentar a sua chance, todos vão torcer para o seu sucesso, especialmente para ver se, tirando a "desgraça" que é o conjunto motor-chassis da Honda na Formula 1, isso afetou o talento puro que o piloto espanhol tem e que o colocou muito cedo na categoria máxima do automobilismo, como todos sabem.

Em muitas formas, estamos a ver algo novo no automobilismo. Pelo menos, é essa a impressão que tenho. E se ele for bem sucedido, poderá ser que esteja a abrir a porta aos pilotos de Formula 1 para tentarem nas outras categorias, serem mais automobilistas, experimentando outras categorias. A porta abriu-se, veremos quantos mais é que aproveitarão. 

E quando ao carro... eu direi que é o "Papaya Orange" que queria ter visto nos carros de Formula 1.

Noticias: Robert Kubica testou num Formula E

Robert Kubica parece estar a planear um regresso aos monolugares. Depois de há algumas semanas ter testado um GP3 no circuito italiano de Franciacorta, sem se ter ressentido das suas lesões no braço direito, testou ontem um Formula E no circuito de Donnington Park. O piloto polaco de 32 anos testou ao volante do carro da DS Virgin, e parece que correu bem ao ponto de já ser considerado como piloto substituto na equipa, que vai perder os seus pilotos, Sam Bird e José Maria Lopez, na ronda dupla de Nova Iorque, pois vão correr no mesmo dia das Seis Horas de Nurburgring.

Alex Tai, o chefe da DS Virgin, explicou que para já ainda não há qualquer decisão sobre os pilotos, embora refira que deseja alguém com experiência:

"Gostaríamos de alguém que tivesse pilotado um monolugar de Fórmula E, já que vimos no passado que inclusivamente pilotos experientes têm dificuldades em adaptar-se a este campeonato. Tomarei a decisão mas só depois de uma conversa detalhada com o Xavier [Mestelan-Pinon, director da DS Performance] e com o nosso engenheiro Chris Gorne”, afirmou.

A DS, que pertence ao grupo Citroen, tem ainda relações com o piloto polaco, especialmente no tempo em que ele conduziu num Citroen DS3 em 2014, quando venceu o WRC2 e conseguiu a sua melhor posição de sempre, um quinto lugar no Rali da Alemanha. E segundo conta o Motorsport.com, o britânico Alex Lynn poderá brevemente ser anunciado para correr no lugar de José Maria Lopez na ronda novaiorquina.

Quanto ao polaco, não corre em monolugares desde o seu acidente em fevereiro de 2011 no rali Ronda di Andora, em Itália, lesionando-se seriamente no braço e na mão direita. Regressou ao automobilismo ano e meio depois, em 2013, para correr no mundial de Ralis até ao inicio de 2016. No inicio do ano, esteve ligado ao projeto da byKolles, mas acabou por o abandonar a poucos dias do inicio do Mundial de Resistência.

terça-feira, 2 de maio de 2017

A polémica entre Ecclestone e Sepang

Bernie Ecclestone nunca foge de uma boa polémica. A sua boca diz sempre aquilo que pensa, mandando as convenções a aquela parte. E mesmo que já não mande na Formula 1 - está agora a Liberty Media - ele ainda anda a passear no paddock e dizer asneiras a quem o queira ouvir. Como aconteceu agora em Sochi, quando falou sobre o fim do contrato da Formula 1 no circuito de Sepang, afirmando que não sente faltam porque já tem garantido o contrato do GP de Singapura.

"Nós realmente não tínhamos muita escolha. Eles iriam parar", disse Bernie acerca do GP da Malásia.

"Acho que convenci Singapura a ficar, mudamos um pouco as condições e os termos. Eles ainda não decidiram, mas podem ainda não continuar", concluiu.

Contudo, Ecclestone contou que ele tinha puxado demasiado os promotores em relação à construção de circuitos, a sua exploração e à procura de subsidios estatais para poder pagar as comissões exigidas pelo patrão da FOM.

"Senti-me roubado de alguma maneira, mesmo que nós não tenhamos sido forçados a assinar o acordo", disse em declarações à Autosport.

"Mas para chegar a uma declaração como essa - como é que isto nos faz sentir? Durante todo esse tempo ele nos cobrou demasiado e não recebemos o que queremos, como boas corridas e acesso a pilotos e equipas. Claro, ninguém colocou uma arma na nossa cabeça, mas para você ler comentários como esse nos faz sentir mal. Isso nos faz sentir que fomos enganados e não recebemos aquilo o que pagamos", concluiu.

Razali disse depois que teve "discussões" com representantes da Liberty Media sobre a possibilidade de continuar para além de 2018, mas eles não chegaram a um acordo nesse sentido.

"Eles fizeram uma tentativa, mas para mim não foi forte o suficiente para que pudessemos reconsiderar", disse. "Tivemos longas discussões com eles no Bahrein. A Liberty ofereceu para reduzir as taxas, mas a oferta não foi suficiente para que possamos continuar para além de 2018", concluiu.

Contudo, ao ouvir estas reações, Ecclestone reagiu... à sua maneira. Numa entrevista à Reuters, demoliu o promotor.

"Ninguém o fez parecer idiota, e é difícil fazer as pessoas parecerem idiotas. Se forem, eles são", disse Ecclestone.

"Eles fizeram um trabalho muito bom com as motos, eles estão apaixonados pela MotoGP e que aparentemente ganham muito dinheiro com ele. Com a Fórmula 1 eles não ganharam dinheiro e o que eu disse foi que não estávamos entregando o que eles compraram. Não é nossa culpa, nós não providenciamos o espectáculo", concluiu Ecclestone.

Apesar de dizer que não é ele que está a providenciar o espectáculo - são as equipas, nesse ponto - ele foi o "dono da tenda". E foi ele que disse a eles que tipo de condições ele exigiu. E foi ele que exigiu todas as condições que vimos ao longo destes anos na Ásia: os circuitos construídos de raiz, as dezenas de milhões de dólares pagos ao longo dos anos em sitios onde a Formula 1 era uma minoria, quase como se fosse um OVNI, e depois abandonar aqueles locais em poucos anos, com prejuízos enormes para o operador local, e a FOM se safar quase impune, é este o legado que o senhor Ecclestone deixa para aqueles lados.

E só agora é que vemos as consequenciais desta politica. E como o promotor malaio, aposto que mais alguns desses promotores deverão ter esse tipo de queixas sobre ele. E claro, Bernie dirá que a culpa não foi dele, foram dos que aceitaram as suas condições. Confuso. não? Não. Para ele, nunca teve culpa do estrago, foram os que aceitaram as condições. Enfim...

Youtube Motorsport Live: O primeiro teste de Fernando Alonso em Indianápolis

Quarta-feira, pelas 16 horas, em Indianápolis, a IndyCar vai começar a fazer as transmissões das 500 Milhas de Indianápolis de 2017. E claro, vai ser o mês onde todos irão querer saber como é que Fernando Alonso se vai comportar num sitio como o "Brickyard".

Já coloco aqui o video em antecipação do que se vai passar. Amanhã veremos se tudo correrá bem nesta primeira adaptação do piloto espanhol.

Formula 1 em Cartoons - GP da Rússia (Cire Box)



O GP russo viu algumas coisas interessantes no meio do aborrecimento que foi a corrida: viu Fernando Alonso sair do seu carro antes da corrida começar, viu Vladimir Putin fazer a sua aparição anual, e claro, viu Valtteri Bottas vencer pela primeira vez na Formula 1. 

E claro, o "Cire Box" captou tudo isso nos seus cartoons. 

Youtube Touring Car Racing (II): a segunda corrida do TCR Alemão de 2017


Depois de ter mostrado a primeira corrida do primeiro fim de semana do TCR alemão, agora mostro a segunda corrida. A parte interessante desta prova para as cores portuguesas foi a corrida de José Rodrigues, o piloto português que corre com um Honda Civic da Target Competition, que conseguiu um lugar na terceira fila da grelha - numa competição com 44 pilotos inscritos! - e conseguiu lutar pelo pódio nesta prova, depois de uma primeira prova onde um pião prejudicou a sua classificação final.

Eis a segunda prova no circuito de Oschersleben na sua íntegra. 


Youtube Touring Car Racing: A primeira corrida do TCR alemão de 2017


A TCR alemã voltou à ação neste fim de semana que passou no circuito de Oschersleben, com uma grelha de partida impressionante: 44 carros alinhados! Se muitos destes pilotos são alemães e suíços, também há alguns estrangeiros interessantes, como por exemplo o britânico Josh Files, o dinamarquês Kristian Poulsen, o finlandês Niko Kankkunen - o filho de Juha Kankkunen - o sul-africano Sheldon van der Linde e sobretudo, o português José Rodrigues, que corre com o número 27, num Honda da Target Competition.

Aqui coloco o video da primeira das duas corridas do fim de semana de estreia desta competição. Depois coloco o video da segunda corrida. 

The End: Joe Leonard (1932-2017)

Joe Leonard, um dos pilotos mais velozes nos monolugares americanos nas décadas de 60 e 70, quer na USAC, quer na NASCAR, morreu na passada quinta-feira aos 84 anos. Leonard foi campeão em 1971 e 1972, e teve uma carreira que durou mais de vinte anos nas ovais americanas.

Nascido a 4 de agosto de 1932, começou a correr... em duas rodas. Venceu a AMA Grand National Championship em 1954, aos 22 anos, voltando a vencer em 1956 e 57, e pelo meio, ganhou a Daytona 200 em 1957 e 58, uma das provas mais importantes do motociclismo americano. Correu em duas rodas até 1961, altura em que foi vice-campeão.

Depois disso, aos 29 anos, passou para as quatro rodas. Em 1964, estreou-se na USAC National Championship, indo no ano seguinte competir pela primeira vez nas 500 Milhas de Indianápolis, a bordo de um Hilbrand-Ford, sem resultado de relevo. No ano seguinte, começou a dar nas vistas, primeiro num Eagle, depois num Coyote, conseguindo o terceiro lugar na edição de 1967 da "Brickyard". No final desse ano, passou a correr para Parnelli Jones, onde veio a ficar durante boa parte do resto da sua carreira.

Em 1968, recebeu o convite para correr com o Lotus 56 Turbina, inscrito pela Andy Granatelli Racing, no lugar de Jackie Stewart, que se tinha lesionado durante uma prova de Formula 2 em Espanha. Aquele foi um ano complicado para a Lotus, pois Jim Clark deveria ter ido, antes de ter o seu acidente fatal, enquanto que o seu substituto, Mike Spence, acabou por sofrer um acidente fatal a 7 de maio, durante as qualificações para as 500 Milhas. Mas para Leonard, as coisas correram bem, pois tinha conseguido a pole-position. Contudo, a corrida acabou após a volta 191, quando a turbina apagou-se no recomeço da corrida, após uma situação de bandeiras amarelas.

No ano seguinte, Leonard voltou a correr nas 500 Milhas num Eagle, acabando na sexta posição. Acabou a correr por várias equipas, numa base de corrida a corrida até que em 1970, se juntou a Parnelli Jones, numa parceria que iria dar os seus maiores feitos na USAC.

Em 1971, lutou pela vitória nas 500 Milhas, mas acabou por ficar pelo caminho com um turbocompressor quebrado. Mas o resto da temporada foi suficientemente bom para que se sagrasse campeão, vencendo uma vez, a California 500, no Ontario Motor Speedway, mas a consistência foi mais do que suficiente para ser campeão, tendo ele 39 anos de idade. No ano seguinte, foi ao lugar mais baixo do pódio nas 500 Milhas, numa corrida vencida por Mark Donohue, mas a consistência do ano anterior rendeu-lhe novo campeonato.

Em 1973, as coisas corriam um pouco mal para ele e para a Parnelli. A equipa era boa - tinha Mário Andretti e Al Unser - mas ele lutava contra o chassis que muitas das vezes não lhe ajudava. Para piorar as coisas, a saída de alguns patrocinadores fizeram com que ele fosse o elo mais fraco na equipa, apesar dos dois campeonatos conquistados até então. Foi apenas 15º, mas o pior estava para vir.

A 10 de março, durante a California 500, na Ontario Motor Speedway, Leonard perdeu o controle do seu Eagle-Offenhauser devido a um pneu furado. O embate no muro foi forte, e ele sofreu ferimentos no couro cabeludo e nas pernas, ficando de fora durante grande parte da temporada. O que ele não sabia era que aquilo tinha sido o acidente que tinha terminado a sua carreira. Apesar de ter tentado regressar no ano seguinte, ele ressentiu-se das suas lesões, e aos 42 anos, pendurou o capacete de vez.

A partir dali, passou a gozar a reforma. Mas ao longo dos anos, o seu contributo não foi esquecido. Em 1991, foi introduzido no Motorsports Hall of Fame of America, na categoria de motociclismo, e a mesma coisa aconteceu sete anos depois. na AMA Motorcycle Hall of Fame.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

DailyMotion Mortorsport Classic: Senna vs Brundle


Senna vs Brundle - Part 1 por pure-racing

Senna vs Brundle - Part 2 por pure-racing
Neste 1º de maio, é bom recordar algo interessante: o campeonato britânico de Formula 3 de 1983, onde Ayrton Senna se degladiou contra alguns dos melhores pilotos do seu tempo, especialmente Martin Brundle, que teve depois uma carreira tão longa quando a de Senna - com passagens por Tyrrell, Zakspeed, Brabham, Benetton, Ligier, McLaren e Jordan, sem vencer corridas - numa temporada onde teve tudo para vencer, mas quase perdeu quando o inglês acabou por reagir.

Essa temporada mostra algo interessante: naqueles dias, a Formula 3 britânica era a categoria de acesso mais importante do mundo, até mais importante que a Formula 2, havia excelentes pilotos naquela altura - alguns falam ali, como o britânico Calvin Fish, o americano Davy Jones e o canadiano Alan Berg, por exemplo - e as corridas eram seguidas por todos, desde cadeias de televisão - Murray Walker fala ali - até os diretores de equipa da Formula 1 - falam Dick Bennetts, da West Surrey Racing, de Senna e Eddie Jordan, de Brundle - buscando sempre por talento inato. E como sabem, os dois primeiros acabaram na categoria máxima do automobilismo no ano seguinte: Senna na Toleman, Brundle na Tyrrell.

E mesmo os que não chegaram, também tiveram carreiras interessantes. Jones, por exemplo, acabou por vencer as 24 horas de Le Mans e ser segundo classificado nas 500 Milhas de Indianápolis em 1996. E claro, Brundle vencera em Le Mans seis anos antes.

O documentário é realizado por Mario Muth. Enfim, tirem quase duas horas das vossas vidas para verem isto. Aproveitem o feriado!

WRC 2017: Rali da Argentina (Final)

Foi duro, mas aconteceu. E foi mesmo em cima da meta. Thierry Neuville conseguiu apanhar Elfyn Evans e ser o vencedor do duro Rali da Argentina, sendo o primeiro vencedor a dobrar em termos de vitórias, depois de ter vencido na Volta à Córsega. 

No fim do rali, um Neuville exausto, mas satisfeito, estava feliz com o que tinha conseguido. "Eu dei tudo, não tinha os melhores pneus, porque eu estava dando tudo com os anteriores. Mesmo que não tivessemos ganho, tínhamos dado o nosso melhor".

Do outro lado, Evans era a voz da desolação. "Eu me sinto desolado por ter perdido por uma margem tão fina. É difícil de aceitar, mas sei que podemos voltar mais fortes. Eu cometi um pequeno erro aqui, eu bati numa ponte a meio, e isso foi provavelmente a diferença [entre a vitória e a derrota]. Tive uma grande vantagem na sexta-feira, e eu preciso aprender com isso", comentou.

O último dia começou com a especial de El Condor - Copina, onde Neuville partiu ao ataque, mas o vencedor da 16ª especial foi... Ott Tanak. Conseguiu uma ventagem de 1,3 segundos sobre Thietty Neuville, mas o mais importante foi que Evans ficou atrás de si, a 3,8 segundos, e aproximou-se ainda mais, ficando a nove segundos exatos do piloto galês. E claro, Neuville estava confiante de que poderia apanhá-lo.

Mas foi na especial de Mina Clavero - Giulio Cesare, com mais de 22 quilómetros de diâmetro, que Neuville aplicou o seu ataque. Neuville ganhou a especial, com Evans a ser segundo, mas o belga conseguiu 8,4 segundos de vantagem, aproximando-se do piloto da Ford para uns meros... 0,6 segundos. Por esta altura, Evans queixava-se do carro, enquanto que o belga só esperava que na Power Stage, as coisas estivessem a seu favor para poder ser o vencedor.

E foi o que aconteceu. Mas foi por muito pouco. Em El Condor, a diferença entre ambos foi de 1,3 segundos, mas com o belga a ser melhor, ele conseguiu o que queria, na especial que importava. No final, foram 0,7 segundos, uma das diferenças mais baixas de sempre da história dos ralis, provavelmente apenas superado pela diferença entre Marcus Gronholm e Sebastien Loeb no Rali da Nova Zelândia de 2008, que foi de 0,2 segundos.

No lugar mais baixo do pódio, ficou o Ford de Ott Tanak, a quase 30 segundos do vencedor, e todos eles muito longe de Sebastien Ogier, o quarto, a um minuto e 24,7 segundos, num rali discreto para o piloto francês. Jari-Matti Latvala foi o quinto, a um minuto e 48 segundos, e o melhor dos Toyota.

A partir daqui, as diferenças são astronómicas, dada a dureza do rali argentino. Hayden Paddon foi o sexto, a quase oito minutos, enquanto que Juho Hannien foi o sétimo, a onze minutos e 16 segundos. Dani Sordo foi o oitavo, a 14 minutos e 44 segundos, com Mads Ostberg não muito longe, a 15 minutos e 11 segundos. Pontus Tidemand ficou com o último lugar pontuável, e foi o primeiro no WRC2, com o seu Skoda.

Após o rali da Argentina, Ogier continua a liderar, agora com 102 pontos, com Latvala em segundo com 84. Neuville é o terceiro, agora com 82 pontos, seguido por Ott tanak, com 66. 

O WRC continua dentro de quatro semanas, entre os dias 18 e 21 de maio, em terras portuguesas.

domingo, 30 de abril de 2017

TCR Portugal: Mora foi o vencedor da segunda corrida

Francisco Mora venceu esta manhã no Estoril a segunda corrida do TCR Portugal - e TCR Ibérico. O piloto da Seat bateu César Machado, noutro Seat, e Francisco Abreu, no Volkswagen Golf TCR, na frente da andorrenha Amelia Vinyes, a melhor estrangeira no pelotão ibérico.

Depois de  Lobato ter vencido a primeira corrida, na tarde de ontem, a corrida de hoje começou com Mora a ser mais veloz do que Francisco Abreu, que teve uma má partida, tendo caído para o sexto posto no final da primeira volta. A partir dali, Mora distanciou-se de César Machado e Amalia Vinyes, enquanto que Abreu recuperava posições. Primeiro, passava Nuno Batista, e depois passou Vinyes, para ficar com o terceiro lugar.

Atrás, na terceira volta, Patrick Cunha e Gustavo Moura tocaram-se, acabando com a desistência do piloto da Audi. João Baptista, com o seu Kia, teve problemas de direção na 11ª volta, quando era sétimo classificado, e acabou por abandonar a corrida.

O TCR Portugal - e Ibérico - continua a 28 de maio em Jerez de la Frontera.




A corrida mais dura de John Andretti

A familia Andretti é uma instituição automobilistica americana, como são os Unser, os Mears ou os Foyt, na IndyCar, ou os Petty, Earnhardt ou Walltrip (e outros), na NASCAR. Chegou a haver ao mesmo tempo quatro Andrettis a participar nas 500 Milhas de Indianápolis, algures na década de 90, para além do campeonato CART: Mário, Michael, John e Jeff Andretti

Pois bem, John Andretti - sobrinho de Mário e primo de Michael e Jeff - passa por um momento difícil: aos 54 anos, está a lutar contra um cancro do colon em estado avançado. Segundo conta o canal de TV WTHR Indianápolis, ele está a fazer tratamentos de quimioterapia desde há algum tempo, e queixou-se disso na sua conta de Twitter: "Quimio é uma grande chatice. Acho que ninguém disse 'isto é uma maravilha, dá-me mais!'"

A familia já reagiu, dando força ao seu membro da familia, com Michael Andreti, seu primo, a aconselhar as pessoas para que façam exames de rotina para a deteção precoce de tumores.

Nascido a 12 de março de 1963, John Andretti correu a tempo inteiro na CART entre 1987 e 1992, com a sua melhor temporada a ser a de 1991, onde venceu a prova de abertura, em Surfers Paradise, e conseguindo um segundo lugar em Milwaukee, acabando a temporada no oitavo lugar da geral. Tudo isto num Lola da equipa Hall/VDS Racing. Também foi nesse mesmo ano que conseguiu a sua mehor posição nas 500 Milhas de Indianápolis, quando foi quinto classificado. Participou na "Brickyard" entre 1988 e 1994, voltando a competir em 2007, até 2011, sem resultados de relevo a partir daí.  

Para além disso, teve participações na NASCAR, especialmente na Sprint Series, onde acabou por vencer por duas vezes, uma das quais na Pepsi 400, em Daytona, em 1997. Hoje em dia, depois de ter pendurado o capacete, era comentador de rádio num canal de Indiana.

Noticias: Sauber andará de Honda em 2018

Os rumores já vinham desde o inicio da semana, mas a Sauber confirmou hoje em Sochi que a Honda fornecerá motores a partir de 2018, terminando assim uma longa associação com a Ferrari, com quase vinte anos - com algumas interrupções pelo meio, quando recebeu a BMW entre 2006 e 2008, por exemplo. 

No comunicado oficial da equipa, a Sauber dá as boas vindas à construtora japonesa e agradece à Ferrari pela longa colaboração que tiveram entre ambos, falando que a nova associação poderá abrir novos caminhos para o futuro próximo.

"No nosso 25º aniversário da nossa chegada à Formula 1, a equipa suíça está perto de iniciar outro marco na sua longa história no automobilismo. A Sauber dá as boas-vindas à Honda como novo parceiro tecnológico a partir de 2018. Esta aliança estratégia e tecnológica cria uma nova base para a equipa. Esta associação suíço-japonesa deixará, sem dúvidas, futuras oportunidades para a Sauber e a Honda, e supõe uma pedra angular em nosso futuro na Formula 1. A Sauber agradece a Ferrari por tantos anos de colaboração em que houve momentos bons e também difíceis”, comentou.

Para Monisha Kaltenborn, responsável máxima da Sauber, a nova aliança pode ser benéfica no futuro da equipa. “É uma grande honra para a Sauber poder trabalhar com a Honda nas próximas temporadas. Nossa renovação não chega apenas através de uma nova gestão, mas também agora com nossa nova associação tecnológica com a Honda. Marcamos outro ciclo nesta nova era dos motores que esperamos com grande entusiasmo e, claro, continuamos buscando novas oportunidades”.

Do lado da Honda, Katsuhide Moriyama, o diretor de comunicação da marca japonesa, afirmou que a união com a Sauber vai melhorar os trabalhos de desenvolvimento de um motor que precisa de ser competitivo, algo que ainda não conseguiu desde que voltou à Formula 1, em 2015.

"Além da associação com a McLaren, que começou em 2015, a Honda vai começar a fornecer unidades de potência à Sauber, que vai ser uma equipe-cliente a partir do ano que vem. Vai ser um novo desafio para a Honda na Formula 1. Para aproveitar ao máximo os benefícios de fornecer motores a duas equipes, vamos fortalecer os sistemas e as capacidades de nossas duas estruturas de desenvolvimento: a de Sakura e a de Milton Keynes”, disse o executivo.

Vamos continuar a trabalhar no duro para que nossos fãs aproveitem vendo uma Honda dominante o mais breve possível”, concluiu.

Apesar dos detalhes do acordo não terem sido divulgados, fala-se que o facto da Honda pagar pelo desenvolvimento do seu motor na fábrica de Hinwill poderá ajudar muito às finanças da equipa suíça. Já do lado da Ferrari, a Scuderia fica agora apenas com a Haas como cliente dos seus motores, enquanto que a Renault continua a fornecer à Red Bull e Toro Rosso, e a Mercedes fornece à Force India e Williams.

Formula 1 2017: Ronda 4, Rússia (Corrida)

Depois de ontem, quem ainda tinha dúvidas, tirou muitas na sua cabeça: a Ferrari veio para desafiar abertamente a Mercedes, e a hegemonia dos Flechas de Prata deixou de ser uma certeza para ser um desafio para se manter no topo. O SF70-H é um carro tão bom ou até melhor do que a máquina de Brackley, e no meio dos pilotos da Mercedes, até a ideia de que Lewis Hamilton era o primeiro piloto está constantemente a ser ameaçado desde pelo menos Xangai. Se no Bahrein, Hamilton foi superado pelo seu companheiro Valtteri Bottas, hoje, foi supremanente "humilhado", acabando por largar do quarto lugar, algo que não conseguia há muito tempo, sem problemas de motor ou de outra espécie.

Claro, começa-se a discutir, não só o final da era dos Flechas de Prata, mas também a decadência de Lewis Hamilton, porque afirnal de contas, tem 32 anos e não corre para novo. Mas Kimi Raikkonen ainda anda para as curvas, e já tem 37 anos... logo, nesse campo, é tudo prematuro.

Com a primavera em Sochi, e um autódromo cheio de entusiastas (com o "czar" Vladimir à cabeça, mas só apareceu a meio da corrida, para ser recebido pelo "bigotum maximus" e o anãozinho...), a corrida começava com menos um elemento: Fernando Alonso viu o seu McLaren-Honda ir abaixo na volta de aquecimento e começar a pensar mais cedo nas 500 Milhas de Indianápolis...

Pouco depois, quando as luzes se apagaram, Bottas conseguiu surpreender os Ferrari, passando-os para ficar com a liderança... e ficar por lá. Poderia-se fechar a crónica por aqui, mas houve eventos ao longo da corrida que merecem que sejam destacados por aqui, para que não se repita o lugar comum de que a corrida russa é uma das mais chatas do ano, e que só se reaviva quando o vencedor cortar a meta... ou quando o Darth... perdão, Vladimir Putin chegar à tribuna principal para ser recebido por Bernie Ecclestone e Chase Carey.

Primeiro que tudo, Lewis Hamilton não conseguiu fazer a mesma coisa que fez o seu companheiro de equipa, e ficou "trancado" no quarto lugar, sem capacidade de reagir, de ir buscar ambos os pilotos para se chegar à frente. E o fim de semana do britânico, que já começaram cinzento, mais cinzento ficou ainda para ele.

Mas mais atrás, houve confusão. Primeiro, Lance Stroll fez um pião e depois, Romain Grosjean e Joylon Palmer bateram na Curva 2 e acabam por espalhar os destroços pela pista. Foi mais do que suficiente para que a organização colocasse o Safety Car na pista. As coisas ficaram assim até à quarta volta, quando esta recomeçou, com Bottas a aguentar Vettel, e Ricciardo... a ir às boxes, abandonando quando os seus travões quase entraram em ponto de fusão.

Depois, Bottas lá se foi embora, abrindo uma vantagem a rondar os três segundos e meio por alturas da décima volta. E a partir daqui, não houve grande história: a partir da volta 22, os pilotos lá trocavam de ultra-macios por ultra-macios, e não havia grandes mudanças na classificação.

Contudo, na parte final da corrida, houve alguma emoção quando Sebastian Vettel se aproximou de Valtteri Bottas, ao ponto de estar perto da margem de ativação do DRS. O pessoal de ambas as equipas começou a roer as unhas, pois os pneus de Bottas eram mais velhos do que os pneus de Vettel. Mas a calma finlandesa lá prevaleceu e ele conseguiu a sua primeira vitória na Formula 1, algo que ele já merecia, aos 27 anos de idade e depois de cinco temporadas na categoria máxima do automobilismo.

Abaixo do pódio, vemos algunas coisas interessantes. Por causa de um furo lento, Felipe Massa caiu para o nono posto e vimos à sua frente, depois do quinto lugar de Max Verstappen, os Force India que, discretamente... continuam a pontuar. E Esteban Ocon comemorou um excelente sétimo posto, embora na frente de Sergio Perez... e Nico Hulkenberg foi oitavo. Carlos Sainz ficou com o último lugar pontuável.

Com esta corrida chata finalmente para trás das costas, pode-se ver que teremos um campeonato equilibrado. Com duas vitórias para cada uma das equipas, para a Mercedes, ver Valtteri Bottas como outro piloto capaz de lutar pela vitória em corrida parece ser algo complicado para Lewis Hamilton, que pensava que iria ter um campeonato mais calmo para ele. Pois bem: as coisas complicaram-se ainda mais, e ele arrisca a ser o quarto piloto nesta combinação, em 2017.