Joe Leonard, um dos pilotos mais velozes nos monolugares americanos nas décadas de 60 e 70, quer na USAC, quer na NASCAR, morreu na passada quinta-feira aos 84 anos. Leonard foi campeão em 1971 e 1972, e teve uma carreira que durou mais de vinte anos nas ovais americanas.
Nascido a 4 de agosto de 1932, começou a correr... em duas rodas. Venceu a AMA Grand National Championship em 1954, aos 22 anos, voltando a vencer em 1956 e 57, e pelo meio, ganhou a Daytona 200 em 1957 e 58, uma das provas mais importantes do motociclismo americano. Correu em duas rodas até 1961, altura em que foi vice-campeão.
Depois disso, aos 29 anos, passou para as quatro rodas. Em 1964, estreou-se na USAC National Championship, indo no ano seguinte competir pela primeira vez nas 500 Milhas de Indianápolis, a bordo de um Hilbrand-Ford, sem resultado de relevo. No ano seguinte, começou a dar nas vistas, primeiro num Eagle, depois num Coyote, conseguindo o terceiro lugar na edição de 1967 da "Brickyard". No final desse ano, passou a correr para Parnelli Jones, onde veio a ficar durante boa parte do resto da sua carreira.
Em 1968, recebeu o convite para correr com o Lotus 56 Turbina, inscrito pela Andy Granatelli Racing, no lugar de Jackie Stewart, que se tinha lesionado durante uma prova de Formula 2 em Espanha. Aquele foi um ano complicado para a Lotus, pois Jim Clark deveria ter ido, antes de ter o seu acidente fatal, enquanto que o seu substituto, Mike Spence, acabou por sofrer um acidente fatal a 7 de maio, durante as qualificações para as 500 Milhas. Mas para Leonard, as coisas correram bem, pois tinha conseguido a pole-position. Contudo, a corrida acabou após a volta 191, quando a turbina apagou-se no recomeço da corrida, após uma situação de bandeiras amarelas.
No ano seguinte, Leonard voltou a correr nas 500 Milhas num Eagle, acabando na sexta posição. Acabou a correr por várias equipas, numa base de corrida a corrida até que em 1970, se juntou a Parnelli Jones, numa parceria que iria dar os seus maiores feitos na USAC.
Em 1971, lutou pela vitória nas 500 Milhas, mas acabou por ficar pelo caminho com um turbocompressor quebrado. Mas o resto da temporada foi suficientemente bom para que se sagrasse campeão, vencendo uma vez, a California 500, no Ontario Motor Speedway, mas a consistência foi mais do que suficiente para ser campeão, tendo ele 39 anos de idade. No ano seguinte, foi ao lugar mais baixo do pódio nas 500 Milhas, numa corrida vencida por Mark Donohue, mas a consistência do ano anterior rendeu-lhe novo campeonato.
Em 1973, as coisas corriam um pouco mal para ele e para a Parnelli. A equipa era boa - tinha Mário Andretti e Al Unser - mas ele lutava contra o chassis que muitas das vezes não lhe ajudava. Para piorar as coisas, a saída de alguns patrocinadores fizeram com que ele fosse o elo mais fraco na equipa, apesar dos dois campeonatos conquistados até então. Foi apenas 15º, mas o pior estava para vir.
A 10 de março, durante a California 500, na Ontario Motor Speedway, Leonard perdeu o controle do seu Eagle-Offenhauser devido a um pneu furado. O embate no muro foi forte, e ele sofreu ferimentos no couro cabeludo e nas pernas, ficando de fora durante grande parte da temporada. O que ele não sabia era que aquilo tinha sido o acidente que tinha terminado a sua carreira. Apesar de ter tentado regressar no ano seguinte, ele ressentiu-se das suas lesões, e aos 42 anos, pendurou o capacete de vez.
A partir dali, passou a gozar a reforma. Mas ao longo dos anos, o seu contributo não foi esquecido. Em 1991, foi introduzido no Motorsports Hall of Fame of America, na categoria de motociclismo, e a mesma coisa aconteceu sete anos depois. na AMA Motorcycle Hall of Fame.
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