sábado, 7 de dezembro de 2019

Noticias: Alonso irá voltar a Indianápolis em 2020

As prioridades de Fernando Alonso para 2020 serão o Rali Dakar e as 500 Milhas de Indianápolis. Na gala de entrega de prémios da FIA, ontem à noite, o piloto espanhol afirmou pretender tentar de novo vencer a mítica corrida americana, mas ainda não confirmou por qual equipa irá fazer.

Por enquanto a prioridade é o Dakar. Por isso é que não estou a fazer um esforço muito grande para colocar tudo direito para a Indy500. Mas a intenção é fazer a corrida em 2020. Esse será o meu grande objetivo desse ano, por isso tenho de me preparar bem.

A grande dúvida será se ele tentar pela Schmidt Peterson, que foi adquirida pela McLaren em meados deste ano, ou irá por outra equipa que não tenha motor Honda no seu chassis. 

Em relação a 2019, o asturiano falou, em jeito de balanço, o facto de ter conseguido voltar a vencer nas 24 Horas de Le Mans, mais os seus triunfos em Daytona e Spa-Francochamps os seus grandes sucessos, compensando o fracasso na qualificação para as 500 Milhas deste ano.

Este ano, a Indy500 foi a falha. Em tudo o que participei, venci: Daytona, Spa, Le Mans. Vou olhar para as minhas possibilidades, e perceber qual a mais competitiva. Não quero repetir 2019. Fizemos o que pudemos, mas a preparação foi tardia e depois não resultou. Também tive problemas, com o acidente. Espero que em 2020 seja melhor.”, concluiu.

Fernando Alonso participará no próximo mês no Rali Dakar, que acontecerá em paragens sauditas.

Youtube Rallying: McRae contra McRae


Os McRae são uma familia invulgar, uma dinastia nos ralis. Se Jimmy McRae foi o primeiro, sendo campeão britânico por quatro ocasiões, Alistair e especialmente Colin foram os mais famosos. Contudo, neste video onde eles observam e andam no carro em que Colin McRae andou em três ralis de 1997, ainda têm mais um elemento a andar nele: Max McRae, filho de Alistair e sobrinho de Colin, que com 15 anos de idade, parece pretender seguir as pisadas da familia.

Noticias: FIA aceita federação angolana de automobilismo

A FIA anunciou esta sexta-feira em Paris que aceitou a Federação Angolana de Desportos Motorizados (FADM), um objectivo do qual a entidade angolana procurava desde há muito. A aprovação aconteceu na Assembleia Geral, numa votação que aconteceu por unanimidade. Agora, com esta nova realidade, não só irá permitir aos pilotos angolanos correrem com licenças desportivas internacionais emitidas pelo seu país, como também poderão receber eventos internacionais sob a égide da FIA.

Para Ramiro Barreira, presidente da FADM, este é um momento que considera ser "um momento de referência histórica marcante" para os desportos motorizados no país. “É importante dizer que Angola, através da FADM, foi (também) eleita membro da Federação Internacional de Motociclismo, na cidade de Monte Carlo, no Mónaco. São dois momentos muito especiais, que culminam com um longo processo de formalidades e namoros.”, concluiu, em declarações à agência Angop.

Ele também afirmou que depois disto, existem mais desafios, que vão desde o desenvolvimento de projectos de jovens pilotos, na certificação dos comissários desportivos e apoio ao desenvolvimento internacional, passando também para a recuperação de infraestruturas como o Autódromo de Luanda, construído em 1972, ainda no tempo colonial.

Com esta aprovação, Angola junta-se a Portugal, Brasil e Moçambique como as federações lusófonas reconhecidas pela FIA.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

A(s) image(ns) do dia


O Vietname irá receber em abril a sua primeira corrida de Formula 1 de sempre, e as obras encontram-se a todo o vapor, para serem acabados a tempo. As boxes estão feitas - fala-se que serão concluídas antes do final do mês - e o asfalto está a ser colocado, tudo para que em janeiro as coisas estejam prontas para receber Lewis Hamilton e companhia.

Este é um país de 90 milhões de habitantes, em forte desenvolvimento, copiando o modelo chinês, porque, como a China, e um país marxista-leninista. Aliás, Saigão, a sul, chama-se Ho Chi Minh, como São Petersburgo (e muitas outras cidades) se chamaram Leningrado (e outros nomes soviéticos) no tempo da União da Repúblicas Socialistas Soviéticas. A economia é aberta, mas até há relativamente pouco tempo, era complicado visitá-la, devido às burocracias com os vistos. Recentemente, porém, facilitaram as coisas para atrair mais turistas para um país que, comparado com a Tailândia, por exemplo, atrai uma fração dos turistas, e estas manifestações ajudam a atrair mais gente. 

O circuito, a propósito, é um "tilkódromo" construído na zona desportiva da cidade, à volta do Estádio Nacional. Existe zonas de imensas retas, mas também têm uma zona sinuosa  a lembrar as curas rápidas de Austin, o COTA. Não saberemos se será um sucesso esta pista mista - urbana com áreas construídas de raíz - mas que há um novo lugar no calendário, existe sim. 

Um Nurburgring... de Monopólio!

Petrolhead - ou gearhead - este pode ser a sua prenda de Natal. O jogo do Monopólio é famoso, tem mais de 85 anos de existência e já alegrou tardes e noites da nossa infância e adolescência, e tem muitas variantes. Contudo, este é diferente: um Monopólio... de Nurburgring! O Nordschleife, a propósito.

Essencialmente, é um tabuleiro de Monopólio normal, com as casas a serem substituídas por lugares do circuito. O Karrusell é o lugar mais caro, a 450 euros, enquanto o Bergwerk é o mais barato, com 60 euros. 

O jogo está à venda por 44.50 euros, e a parte chata é que só tem a versão alemã. Mas para prenda de Natal, é excelente!  

WRC: Os pilotos podem usar os C3 WRC?

A Citroen pode se ter retirado do WRC, mas os seus carros não vão de imediato para o museu. Pierre Budar, o diretor da Citroen, disse esta semana que os C3 WRC estão disponível para que os privados possam correr, que em venda, quer em aluguer. 

Para vermos o C3 WRC competir a opção mais provável é a dos carros serem vendidos e operados por privados. Mas, não temos nada ainda a comunicar. Tudo é possível. Claro que vamos considerar todas as oportunidades que sejam apresentadas, quer de venda, quer de aluguer.”, afirmou.

A noticia poderá ser nova, portanto, até agora, nada se sabe sobre possíveis interessados. Contudo, historicamente, pilotos como Nasser Al Attiyah sempre quiserem entrar no WRC com carros privados, sempre apoiados por fortes patrocinadores caseiros. Outra chance poderia ser Petter Solberg, que poderá querer montar uma equipa privada para o seu filho Oliver poder se adaptar a um WRC antes da possível chegada da Subaru aos ralis... caso aconteça.

Por agora, é tudo muito novo. Ver-se-á o que este anuncio poderá trazer num futuro próximo.  

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Noticias: Robert Kubica vai testar com BMW do DTM

Depois da sua passagem pela Williams, o futuro de Robert Kubica poderá passar pelo DTM. O piloto polaco irá testar com a BMW em Jerez, já este mês, e agradeceu a oportunidade à marca que representou na Formula 1, entre as temporadas de 2006 a 2009:

Gostaria de agradecer à BMW Motorsport pela oportunidade de testar em Jerez com o BMW M4 DTM. Estou ansioso pelo teste e por conhecer o carro com seu motor turbo. Posso imaginar um futuro no DTM. Estou à procura de um novo desafio, e o DTM é certamente isso. O campeonato tem pilotos de primeira classe e o nível é extremamente alto. No entanto, devemos primeiro esperar e ver como vai ser o teste.”, afirmou.

O chefe do automobilismo da BMW, Jens Marquardt, acrescentou: “Estamos felizes por oferecer ao Robert Kubica a oportunidade de participar do teste de Jerez. Robert é um grande nome no cenário internacional do automobilismo, com muita experiência em campeonatos de alto nível como a Fórmula 1. Agora estamos muito intrigados ao ver como ele se sairá no teste ao volante do nosso BMW M4 DTM.

O facto de Kubica ir testar num carro da DTM não tem de significar que esse seja o seu destino. Há rumores de que ele poderá testar para com a WRT, uma equipa privada que usa chassis da Audi. E para além disso, a Haas ainda não desistiu de o ter nas suas fileiras como piloto de desenvolvimento na próxima temporada.

Youtube Rally Testing: Os testes de Sebastien Loeb para Monte Carlo

Apesar dos seus 45 anos, o francês Sebastien Loeb adora o Rali de Monte Carlo, e faz o seu melhor para fazer melhorar o seu Hyundai i20 WRC. A pouco mais de mês e meio para a realização da prova de 2020, esteve a testar o seu carro. Eis um video desses testes, realizados ontem.

Rumor do Dia: Stroll negoceia com Aston Martin?

A Aston Martin pode estar de regresso à Formula 1, 60 anos depois da sua participação. O rumor surgiu esta quinta-feira no site racefans.net, que em conjunto com a revista Autocar, afirmam que Lawrence Stroll, o pai de Lance Stroll, poderá estar a preparar a aquisição da marca e colocar o seu nome na Formula 1. 

A ideia é a aquisição da Aston Martin por parte de Lawrence Stroll, a um preço mais em conta. No ano passado, a Aston Martin entrou na bolsa de Londres, e o preço das ações anda um pouco em baixo. Perdeu quase noventa e cinco milhões de euros nos primeiros meses do ano, tendo o valor das suas acções caído das vinte e dois euros para menos de seis. Stroll pai, com um património avaliado em dois mil milhões de libras, pois ele é um dos homens mais ricos do Canadá, poderá pensar em entrar no capital da marca para fazer um "buy-in", isto é, investir para o adquirir e torná-lo numa empresa lucrativa. 

Há vantagens nesse negócio. Primeiro que tudo, a localização. O construtor britânico têm um centro tecnológico em Silverstone, perto da base da Racing Point, sendo o potencial de sinergias mais do que evidente. E como a Mercedes têm cerca de de por cento da Aston Martin, a sinergia entre ambas as marcas sairia ainda mais reforçada. Segundo a publicação, caso isso aconteça, a equipa iria ser pintada com o Racing British Green, caso o acordo com a BWT não seja renovado.

É claro que quem sairia a perder seria a Red Bull, que tem uma parceria com a marca britânica, e ambos estão a trabalhar no projeto Valkyrie, o "hypercar" que será lançado para a Endurance. Se a aquisição acontecer, é provável que o projeto seja interrompido ou levado adiante.

Por agora, ninguém quer falar sobre esse assunto.  

A Aston Martin esteve na Formula 1 nas temporadas de 1959 e 1960, com os modelos DBR4 e DBR5, de motor à frente com o britânico Roy Salvadori, o francês Maurice Trintignant e o americano Carrol Shelby, não conseguindo mais que dois sextos lugares nos GP's da Grã-Bretanha e Portugal de 1959. A participação não foi um sucesso por causa dos seus carros de motor à frente, já desfasados em relação aos Cooper de motor traseiro, que dominavam as pistas.

Para além disso, também esteve em Le Mans, onde venceu em 1959, com Shelby e Saladori ao volante.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Youtube Rally Testing: Os testes de Kalle Rovanpera em Monte Carlo

O Rali de Monte Carlo começa a ser preparado - acontecerá dentro de mês e meio - e a Toyota está no sul de França a testar com o seu Yaris WRC. Hoje, o teste foi conduzido pelo finlandês Kalle Rovanpera, e eis o video desses testes.

Formula E: Revelados detalhes do carro da próxima geração

A FIA e os construtores andam a discutir o que vai ser o carro da próxima geração, e já chegaram a um principio de acordo. Será mais potente que a atual geração, atualmente nos 250 kW, será mais duradoiro e poderá ter uma espécie de carregamento rápido elétrico.  

Segundo conta Sam Smith, no site e-racing365.com, os novos carros terão uma potência de 450 kW. com um sistema de "brake by-wire" no lugar do sistema de travões no eixo da frente. Contudo, um pacote de 600 kW também esteve em cima da mesa, mas esse foi descartado porque não havia sistemas de geração suficientemente potentes para fazer aproveitar tamanha energia. 

Também se discutiu a possibilidade de um sistema de reabastecimento, com carregamentos rápidos de 30 segundos no caso dos "powertrains" de 450 kW, e as simulações afirmam que é um sistema viável.

Quanto a fornecedores, tudo indica que a Spark continuará a ser a fabricante de chassis, bem como a Michelin ser a fornecedora de pneus. Em relação às baterias, a McLaren Aplied Technologies tem estado a desenvolver a sua bateria, mas a Williams Advanced Technologies, que fez as baterias da primeira geração, também está a tentar a sua sorte. Em junho de 2020, serão divulgados os vencedores. 

Quanto ao campeonato, este prossegue a 10 de janeiro, nas ruas de Santiago do Chile.  

Youtube Motorsport Video: Os onboards de Abu Dhabi

E a temporada acabou, não sem os onboards desse último fim de semana da temporada, que foi tão movimentada como as outras. São de minutos de espectáculo.

Agora... só em 2020.

Youtube Rally Ride: uma volta com o Subaru Impreza 97 WRC

Dar voltinhas em carros clássicos é alguma coisa, especialmente se são carros de rali. Mas se os anos 80 são a década de eleição, por causa dos Grupo B, mais recentemente, os Subaru Impreza WRC começaram a ser objetos de desejo de colecionistas, como o Henry Catchpole, do Carfection, descobriu, ao dar umas voltas no carro que deu ao piloto escocês a vitória no Rali da Argentina, mas também participou no rali Safari e no Rali da Indonésia.

Aproveitem e vejam o video.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Youtube Racing Interview: Uma entrevista com Rubens Barrichello

O pessoal do podcast oficial da Formula 1 faz entrevistas bem interessantes a ex-pilotos. E esta semana decidiu publicar a entrevista a Rubens Barrichello, que como sabem, esteve 18 temporadas em equipas como Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn GP e Williams.

Ao longo de hora e meia, o piloto brasileiro, agora com 47 anos, conta sobre como foi a sua carreira, de momentos que passou com Ayrton Senna e Michael Schumacher, de momentos controversos, como o GP da Áustria de 2002, entre outras coisas.

Noticias: Formula E ganha estatuto de campeonato do mundo

Depois de seis anos, a Formula E ganha estatuto de campeonato mundial. O acordo foi hoje anunciado em Paris da parte da FIA, que já sancionava o campeonato desde a sua primeira edição. A partir de 2020-21, todos os que alcançarem títulos, quer de pilotos, quer de Construtores, serão considerados como campeões do mundo.

Para Alejandro Agag, fundador e presidente da Fórmula E, é um desejo tornado realidade: “Sempre foi nossa ambição ser um dia um campeonato do mundo da FIA. Tudo o que fizemos até agora tinha como objetivo este momento específico. Conseguir o feito e receber o estatuto de campeonato do mundo da FIA dá mais credibilidade ao que já é uma fórmula completa e um produto desportivo espetacular.

Este acordo e anúncio colocam a Fórmula E no topo das corridas internacionais de monolugares. Foi um esforço tremendo de muitas pessoas envolvidas e nada disso seria possível sem o apoio do presidente da FIA, Jean Todt e da federação, além da dedicação e compromisso demonstrados pelas nossas equipas e parceiros.

Agora podemos dizer que conseguimos. Mas é apenas o começo de um novo capítulo sob a bandeira do Campeonato Mundial de Fórmula E da ABB FIA.”, concluiu.

Jean Todt declarou as razões porque decidiu avançar com um reconhecimento que se devia há muito, especialmente depois das chegadas, esta temporada, de mais construtores como a Mercedes e a Porsche.

A criação e desenvolvimento da Fórmula E tem sido uma grande aventura”, começou por dizer Todt. “Estou orgulhoso por hoje confirmarmos o estatuto de campeonato do mundo da FIA. Desde que começamos esta caminhada, a Fórmula E, sem dúvida, foi crescendo cada vez mais. Num curto espaço de tempo, a série mostrou-se relevante para a indústria automóvel, com mais dois grandes fabricantes a entrar no campeonato no início da temporada atual, elevando o número total para dez", continuou.

"O compromisso e o profissionalismo dos fabricantes e das respectivas equipas refletem-se na qualidade da lista de pilotos, que melhora a cada temporada. Desde a primeira corrida em Pequim 2014 e com todos os E-Prix depois disso, a Fórmula E provou que o conceito de corrida elétrica funciona. Saúdo sinceramente a Fórmula E como o mais recente campeonato mundial da FIA”, concluiu.

A próxima ronda da competição acontecerá a 10 de janeiro, em Santiago do Chile.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

No Nobres do Grid deste mês...

No passado dia 21 de novembro, fui enfim a uma sala de cinema na cidade onde moro para poder ver "Le Mans'66, o Duelo", ou "Ford vs Ferrari". O filme, realizado por James Mangold, tem Christian Bale no papel de Ken Miles, e Matt Damon no de Carrol Shelby, o homem que fez os Cobra e apimentou o Mustang, que o chamou de "carro de secretária", quando foi apresentado ao bólido que iria marcar uma geração.

Mas o bólido que domina o filme é o GT40, o carro que tem esse nome por causa da sua distância ao chão - 40 polegadas - e porque é o resultado de um desafio lançado por Enzo Ferrari, quando Henry Ford II quis comprar a Scuderia, e o Commendatore diz não, depois de ver as condições que apresentavam no seu contrato.

(...)

Para além disso, a história também seria uma história americana. De quando eles eram os "underdogs" e bateram uma equipa europeia dominante, no seu próprio quintal, na Europa. E em 1966, a prova com mais prestígio eram as 24 Horas de Le Mans, ainda antes da Formula 1 tomar conta das antenas e as mentes dos fãs do mundo inteiro. Não se vê a história do lado da Ferrari, é por isso que não se vê um dos pilotos mais importantes da altura, o britânico John Surtees.

(...)

E é isso o que este filme se trata: a relação humana entre duas personagens que tiveram carreiras no automobilismo, e que fizeram parte de uma das maiores aventuras automobilísticas, numa altura em que o céu era o limite. Nos anos 60, queriam ir á Lua e ter os carros mais potentes de estrada. Há uma cena onde Lee Iaccoca fala sobre isso numa reunião da Ford, que começa com "Sabem o que fizeram os nossos homens quando voltaram da guerra? Fizeram bebés. E agora eles chegam ao final da adolescência com dinheiro no bolso para comparar carros velozes". É essa a essência do filme: capturar um tempo despreocupado que não volta mais. (...)

Este foi o mês em que lançaram "Ford vs Ferrari", o filme de James Mangold, o segundo filme "hollywoodiano" sobre automobilismo em menos de uma década. Era um filme antecipado por muitos que aproveitaram para ver o filme assim que puderam. E como disse ali em cima, saí da sala completamente satisfeito por assistir a um bom filme, apesar de saber que seria uma história americana, com um argumento hollywoodiano, e que não estragou muito a história real. e sendo uma história americana, fixou-se na relação entre duas pessoas que ajudaram muito na concretização do objetivo: Carrol Shelby, antigo piloto e depois construtor, e Ken Miles, um britãnico que emigrou para a California e ajudou a desenvolver os GT40 até morrer, num acidente de testes em agosto de 1966, a testar a versão J do GT40.

Nesse campo, o filme foi excelente, e ambos os atores fizeram bem os seus papéis, bem como alguns dos secundários. Desconhece-se se irá entrar na corrida para os prémios da Academia, os Óscares, mas há quem garanta que sim. Isso só veremos no inicio do ano que vêm.

Para ler o resto, sigam o link para o Nobres do Grid

Endurance: FIA cancela Seis Horas de São Paulo

A FIA e a WEC cancelaram as Seis Horas de São Paulo, previstas para janeiro de 2020. Já se falava de problemas com a organização desde há algum tempo, e eu mesmo na véspera tinha recebido más noticias sobre este assunto, e hoje confirmou-se: não haverá os carros de endurance na pista brasileira. No seu lugar haverá as Seis Horas de Austin, no Texas, previstas para o fim de semana de 22 a 23 de fevereiro.

De acordo com a ACO, uma das promotores do Mundial de Endurance, eles entenderam que a promotora não cumpriu com os seus critérios, logo, esta foi retirada do calendário. Segundo o comunicado oficial, a categoria afirma que os problemas "não são com a cidade de São Paulo nem com o Autódromo José Carlos Pace [Interlagos]. São estritamente com a promotora local."

Segundo conta hoje o site brasileiro Grande Prêmio, os organizadores não pagaram a taxa prevista à FIA, e eles também não tinham arranjado nenhum patrocinador "master" para apoiar a prova.

"Primeiramente, precisamos agradecer Bobby Epstein e o Circuito das Américas por nos acomodarem com pouco tempo restante. É uma excelente praça, e nossos fãs, competidores e media estão assegurados que teremos ótimas corridas na América do Norte, não só uma, mas duas vezes em dois meses", começou por dizer Gerard Neveu, o presidente do Automobile Club de L'Ouest (ACO).

"Obviamente [estamos] muito infelizes [por] estar nesta situação. O WEC lamenta esta situação e se sente triste pela cidade de São Paulo e os milhares brasileiros fãs de automobilismo. Nossa maior preocupação era com os competidores e parceiros, e trabalhamos duro para achar uma solução que oferecesse o mínimo de perturbação possível", acrescentou o dirigente.

A última vez que a Endurance foi a Interlagos foi em 2014, numa prova vencida pelo Porsche de Romain Dumas, Marc Lieb e Neel Jani.

Youtube Motorsport Racing: A segunda corrida da Formula E em Ad Diriyah

Depois de ter colocado a primeira corrida da Formula E em paragens sauditas, com vitória de Sam Bird, no seu Virgin, é a vez de colocar aqui a corrida que deu o triunfo a Alexander Sims, o seu primeiro na competição, 

Youtube Motorsport Video: Cinco razões para seguir a Formula E


O nosso amigo Nolan, do Donut Media, decidiu ir ao ePrix de Nova Iorque, em julho, e dedidiu fazer um video dando cinco razões porque deveremos ver a Formula E. Algumas das razões são interessantes, e também o video mostra o ambiente desta competição, muito interessante.

domingo, 1 de dezembro de 2019

A imagem do dia

Por fim, acabou aquele que deve ter sido o campeonato mais longo até agora. Vinte e uma provas, de março até dezembro, e ano que vêm existirão 22, com a estreia do Vietname, e o regresso da Holanda, em Zandvoort. Lugares novos e o regresso dos clássicos, numa era onde desde 2014, a Mercedes é rei e senhor.

Mas á lugares do qual se questiona o lugar. Entende-se o porquê: dinheiro. Como essa gente a têm, pode-se tudo. E eles cobram o extra por ser a última prova do ano, que poderá ter o potencial para decidir campeonatos. Mas não este ano, pois Lewis Hamilton conseguiu-o em Austin, há mais de um mês.

Contudo, esta corrida para cumprir calendário rivalizou com Paul Ricard no quesito "aborrecimento". Quem viu na televisão, contou os minutos e as voltas até que ela acabasse, e os duelos não existiram ou duravam pouco tempo. Aliás, a única anormalidade foi... a avaria temporária do DRS! Em suma, uma corrida para boi dormir. A única coisa que vale a pena é o cenário, a corrida noturna, algo que já existe em Singapura e Bahrein. E a corrida de hoje mostrou que ali, as boas provas são uma excepção. Os fãs não gostam, querem clássicos, querem coisas do qual valem a pena saltar da cadeira.

O que é pena, pois a Formula 1 tem de merecer mais. Especialmente numa altura em que sabemos quem será o campeão. 

Youtube Motoring Video: O mais antigo automóvel a circular


O automóvel é algo que existe há mais de 130 anos. A "carruagem sem cavalos" foi um sonho que durou séculos, como a capacidade de voar como os pássaros, mas quando aconteceu, durou mais uma geração até se massificar. Então, era um meio de transporte de ricos e privilegiados.

Hoje em dia, vivemos nova evolução, mas é interessante reparar que em pleno século XXI, ainda hajam carros do século XIX a circular. Máquinas complicadas - a maneira como guiamos só acabou por ser definida depois da I Guerra Mundial, há cem anos - mas o que espanta é, algures na Alemanha, haja um Benz Victoria de 1894 ainda a circular, com matricula e tudo!

E é isso que este video da Deutsche Welle mostra.

Formula 1 2019 - Ronda 21, Abu Dhabi (Corrida)

E a longa temporada acaba aqui. Desde há uma década a esta parte, este entreposto do deserto, uma das cidades-estado dos Emirados Árabes Unidos, consegue superar Dubai e monta na zona de Yas Marina, um complexo automobilístico que têm o seu quê de entretido, mas do qual os fãs mais hardcore não se convencem e questionam a sua existência. Só os justifica porque o cenário, mas especialmente o dinheiro, assim o obriga.

Não foi uma corrida histórica. Aliás, se não existisse, não nos importaríamos. Contudo, a marca é importante, e as petromonarquias banhadas de ouro negro estão dispostas a pagar rios de dinheiro para ter estas manifestações desportivas. E como a Formula 1 precisa de dinheiro, qual prostituta de luxo, para pagar às equipas, sempre exigentes, como filhotes de águia, lá ela aceita, colocando exigências porque é a corrida de fecho do campeonato, etc...

Ontem, não houve história: as Mercedes dominaram, Lewis Hamilton, o campeão do mundo, foi o melhor, num carro bem equilibrado, adiante de um Valtteri Bottas que por ter trocado de motor por causa da explosão em Interlagos, iria ser o último da grelha.

E quanto a hoje... depois de Hamilton ter largado na frente, com um Max Verstappen a ficar no segundo posto, antes de ser passado por Charles Leclerc, o britânico foi-se embora, deixando o resto a brigar pelas migalhas, digamos assim. E cedo se descobriu que não havia DRS ligado, logo, as asas não poderiam ser mexidas. Os puristas aplaudiam, pois iriam ver o que seria uma corrida sem esse dispositivo artificial. Bom, espero que tenham tirado as suas conclusões... se saíram das suas nuvens, não é?

Com isso, a corrida transformou-se, progressivamente, num longo suporífero. A única coisa de interessante que se viu foram as estratégias de corrida. Primeiro, com a Ferrari a decidir-se por duas paragens, em vez do um que a maior parte das equipas decidiram fazer, ainda por cima, com a Mercedes a parar o mais tarde possível, especialmente Bottas, que vinha do fundo do pelotão.

A estratégia da Ferrari não foi grande coisa. Vettel chegou a ser sexto, atrás de Alexander Albon, por causa da segunda paragem, mas depois recuperou a posição. Em contraste, Charles Leclerc foi o segundo, antes de ser atacado por Max Verstappen que aproveitou uma travagem para fazer uma ultrapassagem musculada para se apossar do segundo posto. E tudo isso numa altura em que Hamilton não era - aliás, nunca foi - ameaçado na sua liderança.

No final, Hamilton venceu, na frente de Verstappen e Leclerc, que estava a ser assediado por Bottas para ficar com o lugar mais baixo do pódio. Largaram-se os foguetes para comemorar tudo o que se deveria comemorar: os títulos da Mercedes e de Hamilton - que fazia aqui a sua corrida numero 250, a propósito - o final de um campeonato que começa a ser demasiado longo para toda a gente. Mas em 2020 haverá mais, em novos lugares e novos cenários, provavelmente com o mesmo resultado. Ou talvez não.

Youtube Motorsport Video: O primero ePrix de Ad Diriyah, na íntegra

Como é sabido, a Formula E voltou em força na semana passada com a jornada dupla em terras sauditas. Na primeira prova, Sam Bird levou a melhor e conseguiu ser o primeiro piloto a vencer em todas as temporadas da Formula E até agora, numa corrida que teve o seu quê de emocionante.

Assim sendo, eis o video da corrida na íntegra.