E a longa temporada acaba aqui. Desde há uma década a esta parte, este entreposto do deserto, uma das cidades-estado dos Emirados Árabes Unidos, consegue superar Dubai e monta na zona de Yas Marina, um complexo automobilístico que têm o seu quê de entretido, mas do qual os fãs mais hardcore não se convencem e questionam a sua existência. Só os justifica porque o cenário, mas especialmente o dinheiro, assim o obriga.
Não foi uma corrida histórica. Aliás, se não existisse, não nos importaríamos. Contudo, a marca é importante, e as petromonarquias banhadas de ouro negro estão dispostas a pagar rios de dinheiro para ter estas manifestações desportivas. E como a Formula 1 precisa de dinheiro, qual prostituta de luxo, para pagar às equipas, sempre exigentes, como filhotes de águia, lá ela aceita, colocando exigências porque é a corrida de fecho do campeonato, etc...
Ontem, não houve história: as Mercedes dominaram, Lewis Hamilton, o campeão do mundo, foi o melhor, num carro bem equilibrado, adiante de um Valtteri Bottas que por ter trocado de motor por causa da explosão em Interlagos, iria ser o último da grelha.
E quanto a hoje... depois de Hamilton ter largado na frente, com um Max Verstappen a ficar no segundo posto, antes de ser passado por Charles Leclerc, o britânico foi-se embora, deixando o resto a brigar pelas migalhas, digamos assim. E cedo se descobriu que não havia DRS ligado, logo, as asas não poderiam ser mexidas. Os puristas aplaudiam, pois iriam ver o que seria uma corrida sem esse dispositivo artificial. Bom, espero que tenham tirado as suas conclusões... se saíram das suas nuvens, não é?
Com isso, a corrida transformou-se, progressivamente, num longo suporífero. A única coisa de interessante que se viu foram as estratégias de corrida. Primeiro, com a Ferrari a decidir-se por duas paragens, em vez do um que a maior parte das equipas decidiram fazer, ainda por cima, com a Mercedes a parar o mais tarde possível, especialmente Bottas, que vinha do fundo do pelotão.
A estratégia da Ferrari não foi grande coisa. Vettel chegou a ser sexto, atrás de Alexander Albon, por causa da segunda paragem, mas depois recuperou a posição. Em contraste, Charles Leclerc foi o segundo, antes de ser atacado por Max Verstappen que aproveitou uma travagem para fazer uma ultrapassagem musculada para se apossar do segundo posto. E tudo isso numa altura em que Hamilton não era - aliás, nunca foi - ameaçado na sua liderança.
No final, Hamilton venceu, na frente de Verstappen e Leclerc, que estava a ser assediado por Bottas para ficar com o lugar mais baixo do pódio. Largaram-se os foguetes para comemorar tudo o que se deveria comemorar: os títulos da Mercedes e de Hamilton - que fazia aqui a sua corrida numero 250, a propósito - o final de um campeonato que começa a ser demasiado longo para toda a gente. Mas em 2020 haverá mais, em novos lugares e novos cenários, provavelmente com o mesmo resultado. Ou talvez não.
Não foi uma corrida histórica. Aliás, se não existisse, não nos importaríamos. Contudo, a marca é importante, e as petromonarquias banhadas de ouro negro estão dispostas a pagar rios de dinheiro para ter estas manifestações desportivas. E como a Formula 1 precisa de dinheiro, qual prostituta de luxo, para pagar às equipas, sempre exigentes, como filhotes de águia, lá ela aceita, colocando exigências porque é a corrida de fecho do campeonato, etc...
Ontem, não houve história: as Mercedes dominaram, Lewis Hamilton, o campeão do mundo, foi o melhor, num carro bem equilibrado, adiante de um Valtteri Bottas que por ter trocado de motor por causa da explosão em Interlagos, iria ser o último da grelha.
E quanto a hoje... depois de Hamilton ter largado na frente, com um Max Verstappen a ficar no segundo posto, antes de ser passado por Charles Leclerc, o britânico foi-se embora, deixando o resto a brigar pelas migalhas, digamos assim. E cedo se descobriu que não havia DRS ligado, logo, as asas não poderiam ser mexidas. Os puristas aplaudiam, pois iriam ver o que seria uma corrida sem esse dispositivo artificial. Bom, espero que tenham tirado as suas conclusões... se saíram das suas nuvens, não é?
Com isso, a corrida transformou-se, progressivamente, num longo suporífero. A única coisa de interessante que se viu foram as estratégias de corrida. Primeiro, com a Ferrari a decidir-se por duas paragens, em vez do um que a maior parte das equipas decidiram fazer, ainda por cima, com a Mercedes a parar o mais tarde possível, especialmente Bottas, que vinha do fundo do pelotão.
A estratégia da Ferrari não foi grande coisa. Vettel chegou a ser sexto, atrás de Alexander Albon, por causa da segunda paragem, mas depois recuperou a posição. Em contraste, Charles Leclerc foi o segundo, antes de ser atacado por Max Verstappen que aproveitou uma travagem para fazer uma ultrapassagem musculada para se apossar do segundo posto. E tudo isso numa altura em que Hamilton não era - aliás, nunca foi - ameaçado na sua liderança.
No final, Hamilton venceu, na frente de Verstappen e Leclerc, que estava a ser assediado por Bottas para ficar com o lugar mais baixo do pódio. Largaram-se os foguetes para comemorar tudo o que se deveria comemorar: os títulos da Mercedes e de Hamilton - que fazia aqui a sua corrida numero 250, a propósito - o final de um campeonato que começa a ser demasiado longo para toda a gente. Mas em 2020 haverá mais, em novos lugares e novos cenários, provavelmente com o mesmo resultado. Ou talvez não.
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