O segundo dia da Volta à Córsega trouxe muitos... golpes de teatro. Se ontem Kris Meeke foi o mais veloz, colocando Sebastien Ogier e Thierry Neuville em sentido, hoje, o seu carro deixou-o ficar mal, sendo obrigado a desistir. Mas Ogier não esteve muito tempo na liderança, pois também teve problemas, perdendo tempo e deixando que Thierry Neuville acabasse o dia na liderança deste rali, e arriscando a acabar isto de uma forma que ninguém pensava há seis meses: quatro vencedores diferentes, de quatro marcas diferentes.
Nas longas classificativas corsas, bastaram quatro especiais para vermos todo este drama desenrolar. O dia começou com Neuville - o terceiro, a 25,8 segundos - a partir ao ataque, vencendo a especial com um avanço de 4,7 segundos sobre Juho Hanninen, mas de 8,8 sobre Meeke e 14,9 sobre Ogier. O francês disse depois que não tinha “um carro compatível. Está a tocar demasiado na estrada, para mim”.
A sexta passagem, a primeira por Novella, Neuville voou e conseguiu tirar 15,5 segundos a Kris Meeke, conseguindo com que a diferença caísse para meros... 1,5 segundos. O britânico tinha sido apenas nono na especial, e acabou a especial com fumo a sair do seu carro. Chegados ao parque de assistência, os seus piores receios foram confirmados e Meeke foi visto a beber uma cerveja e assistir o resto do rali...
Sem Meeke a mandar, Sebastien Ogier decidiu ir ao ataque, vencendo na segunda passagem por La Porta – Valle di Rostino e conseguindo uma vantagem de cinco segundos sobre Jari-Matti Latvala, e seis segundos sobre Thierry Neuville. Isso fez com que o piloto francês se aproximou de Neuville, acabando com uma diferença entre ambos de 2,2 segundos.
Contudo, na oitava especial, Neuville reagiu, vencendo a especial, enquanto que Ogier perdia mais de meio minuto por causa de um problema hidráulico no seu Fiesta WRC, sendo 11º na especial, e vendo a sua distancia aumentar para os 38,9 segundos, que era assim que fechava o dia.
“No final da sétima especial, perdemos pressão hidráulica, e a partir desse momento o objetivo passou a ser chegar ao fim do dia. Ficámos sem diferenciais, sem mudanças sequenciais e com o carro somente com tração traseira. Foi um pouco estranho…” disse o piloto da Ford.
Com a diferença entre Neuville e Ogier alargada, Dani Sordo tem o lugar mais baixo do pódio, a 57 segundos, mas a observar a aproximação de Jari-Matti Latvala, quarto a um minuto e nove segundos, e de Craig Breen, a um minuto e 12. Hayden Paddon é o sexto, a um minuto e 47, e estes têm uma enorme vantagem sobre o sétimo, Andreas Mikkelsen, a seis minutos e 21 segundos, e o melhor dos WRC2.
A fechar o "top ten" estão o Ford de Teemu Sunninen, o Skoda de Stephane Sarrazin e o Citroen de Yohan Rossel. A Volta à Córsega termina amanhã, com as duas últimas especiais.