sábado, 22 de julho de 2017

Noticias: Haas vai manter os seus pilotos para 2018

Romain Grosjean e Kevin Magnussen irão manter-se como pilotos da Haas para a próxima temporada. O anuncio foi feito por Gene Haas numa entrevista ao site da Formula 1, onde também afirmou que a experiência de ambos os pilotos é fulcral para que a equipa tente melhorar as suas performances em 2018.

Vamos participar com os mesmos pilotos que temos este ano. E como será uma continuidade provavelmente estaremos ainda melhores para o ano”, começou por dizer. “Vamos fazer pelo menos mais 29 pontos, e para o ano será ainda melhor”, concluiu.

Guenther Steiner, o diretor técnico da equipa, disse em Silverstone que a experiência dos seus dois pilotos era muito importante para a equipa melhorar.

Ainda não somos uma equipa muito ‘estabelecida’, estamos ainda em crescimento e continuaremos a estar nas próximas corridas, sem qualquer dúvida. Mas estamos satisfeitos com os nossos pilotos e a experiência neste momento conta muito”, disse.

A Haas alcançou há esta temporada os mesmos 29 pontos que tinha conseguido em 2016, embora com resultados mais modestos - o sexto lugar de Romain Grosjean na Áustria foi o seu melhor resultado até ao momento - mas o facto de Kevin Magnussen já ter dado onze pontos para a equipa ajudou bastante nesse resultado.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

As razões e as polémicas do Halo

A história da decisão da FIA em colocar o Halo em 2018 poserá ser vista como uma jogada da FIA para mostrar à Liberty Media que são eles que ditam as regras na Formula 1. Por outras palavras, a tensão entre ambas as partes poderá ter aumentado, ao anunciar uma decisão que não é popular, mas que tinha de ser feito, pois em 2016, ambas as partes tinham decidido adiar a solução de uma proteção para a cabeça por uma temporada.

E é isso que vemos isso em Toto Wolff, quando comentou a introdução do Halo. “Penso que a FIA não teve escolha. Querem aumentar a segurança e o Halo foi o único que esteve próximo de ser bom. Não é bom esteticamente, mas a decisão está tomada”.

Apesar da GPDA aprovar o sistema, quase metade dos pilotos odeiam-no. Lewis Hamilton, por exemplo, foi um deles e disse o que tinha a dizer sobre ele no ano passado.  “É a pior modificação na história da Fórmula 1. Se for aprovada, espero que tenhamos uma opção para usá-lo ou não, porque não o vou usar no meu monolugar”, afirmou. 

Contudo, meses depois, numa nova experimentação, afirmou isto: "Tirando entrar no monolugar, não percebi muita diferença. Bloqueia os espelhos – não consegui ver a asa traseira”.

De uma certa forma, apesar de muitos o odiarem, por motivos estéticos, os pilotos habituam-se. Contudo, ao ler hoje as impressões escritas pelo Joe Saward no seu sitio, a ideia é que isto foi feito como medida provisória.

"Isto tinha de sair [o Halo] porque, no verão de 2016, a FIA votou para fazer algo sobre proteção de cabeça. Um ano depois, nenhum outro sistema foi suficientemente pesquisado e, portanto, temos de suportar o "Halo", mas [foi] porque havia um compromisso de fazer algo, se não fizesse isso, poderia ter havido motivos para uma reivindicação de negligência e, portanto, o halo foi empurrado. Espera-se que esta seja apenas uma fase e que o horrível halo logo desapareça para ser substituído por algo mais sexy".

Algumas coisas são certas. Primeiro, tinha de haver uma protecção para a cabeça, desse por onde desse. Adiar a ideia "sine die" foi aquilo que a FIA fez desde o acidente de 2009, na Hungria, com Felipe Massa, até ao GP do Japão de 2014, quando Jules Bianchi teve o seu acidente fatal. Sei que houve testes, e não se chegou a qualquer conclusão, porque, de uma certa maneira, a FIA estava relutante num sistema de proteção de cabeça. Achavam que os capacetes, as viseiras reforçadas e o HANS já chegavam, mas não.

E sim, sei: o acidente fatal do Jules teve a ver com a desaceleração de mais de 450 G's que sofreu no embate contra um trator que não deveria estar ali no momento em que tirava o Sauber de Adrian Sutil. Mas não fazer nada é como diz o Joe em cima: dá ideia de que são negligentes. E isso dá má fama à modalidade, para desgosto dos puristas. E como já disse por estes dias, noutro lado, o público já não tolera o tempo de uma Formula 1 em chassis de alumínio, com depósitos de combustível ao lado dos pilotos. Só os puristas é que gostam de gladiadores, que acham que eles deveriam fazer um juramento a Jean Todt no inicio da temporada, dizendo: "Ave Caesar, morituri te salutant!" (Avé Cesar, os que vão morrer te saúdam!)

Contudo, se isto significa que é para darmos tempo ao desenvolvimento do "Shield" para ser implementado em 2020 ou 2021, se calhar até pode ser um pílula que se tenha de engolir. Mas eu não gosto do "Halo". Aliás, acho que quase ninguém gosta.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Noticias: Vila Real considera TCR

Com noticias surgidas nas últimas semanas sobre o futuro do WTCC, colocado em dúvida depois da relutância de algumas marcas em continuar (a única que já disse que pretendia andar por lá foi a volvo), o circuito de Vila Real pretende arranjar uma alternativa ao Mundial de Turismos caso haja um hiato nessa competição no futuro. Daí eles se terem virado para a o TCR como alternativa.

Durante o fim de semana do WTCC no circuito transmontano, o actual presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, especificou, citado pela agência Lusa, que caso seja reeleito nas autárquicas de 1 de Outubro, "haverá com certeza WTCC em Vila Real ou algo que o venha a substituir de igual dimensão", demonstrando a sua continuidade em receber competições automobilisticas no circuito citadino.

Apesar da alternativa TCR, a competição disse que nunca pensou na ideia de correr por lá. Uma fonte da organização disse ao site sportmotores.com que isso faria sentido em combinação com uma competição local ou regional como o TCR Portugal (Campeonato Nacional de Velocidade e Turismos) ou o o TCR Ibérico.

"Um dia que eles nos convidem a correr lá, iremos considerar o assunto. Em princípio, nós não temos nada contra essa ideia. Como sabem, o conceito do TCR tem com base a cooperação próxima entre as International Series e os promotores nacionais e regionais. Faria sentido ter um evento comum com o TCR Ibérico/Portugal", afirmou essa fonte.

A acontecer no futuro próximo, seria um regresso, pois já correu em Portugal nas duas primeiras temporadas. Primeiro, em Portimão e depois no Estoril, sendo que este ano, decidiram não correr em paragens portuguesas por meros motivos de agenda. 

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Noticias: FIA decide por "Halo" em 2018

Apesar das experimentações com o "escudo" e o "aeroscreen", a FIA decidiu hoje, em reunião com o Grupo de Estratégia, que em 2018 será usado o sistema Halo de proteção, onde se colocam duas barras de proteção por cima da cabeça do piloto.

"Na sequência do acordo unânime do Grupo Estratégico, em julho de 2016, para introduzir uma proteção frontal adicional para a Fórmula 1 e o apoio repetido dos pilotos, a FIA confirma a introdução do Halo para [a temporada de] 2018. Com o apoio das equipes, certas características do seu design serão ainda melhorados", diz a FIA em comunicado oficial.

"Tendo desenvolvido e avaliado uma grande quantidade de dispositivos nos últimos cinco anos, tornou-se claro que o Halo apresenta o melhor desempenho de segurança geral", prosseguiu.

Tudo isto aconteceu poucos dias depois de Sebastian Vettel ter experimentado o sistema "escudo" durante a qualificação do GP da Grã-Bretanha, onde tentava proteger os pilotos através de uma viseira semelhante ao "canopy" usado pelos aviões. Contudo, o alemão recolheu o carro às boxes depois de uma volta, queixando-se de tonturas ao rodar com o dispositivo. Pensava-se que iriam fazer mais uma experiência no final do verão, mas afinal de contas, ambas as partes já tomaram uma decisão.

Contudo, nada impede que nos anos seguintes, o sistema de proteção de cabeça seja substituido por outro mais consensual como o "escudo". E por agora, como é óbvio, os fãs não serão muito fãs desse sistema...

Noticias: Cosworth pode regressar em 2021

A FIA e o Grupo de Estratégia estão a falar por estes dias sobre que tipo de motores existirão após a temporada de 2020, e as reuniões anteriores já providenciaram resultados. Esta quarta-feira, a Cosworth disse que está muito interessada em regressar à Formula 1, depois de ter lá estado entre 2010 e 2014, sem grandes resultados.

Penso que já temos suporte suficiente de algumas equipas do atual plantel bem como doutras potenciais equipas de Formula 1 e isso permite-nos pensar que podemos ser um parceiro nos motores” disse à Motorsport.com Hal Reisiger, o CEO da mítica preparadora automobilística, fundada em 1960 por Mike Costin e Keith Duckworth.

Em 1967, em associação com a Ford, preparou o motor DFV V8 (Double Four Valve) que se estreou no GP da Holanda desse ano ao volante dos Lotus 49 de Jim Clark e Graham Hill, acabando por vencer a primeira das 155 corridas (até 1983) onde subiram ao lugar mais alto do pódio, marcando uma era na Formula 1 com motor atmosférico. 

A (quase) confirmação da Cosworth em 2021 é o sinal de o que é que as partes pretendem fazer em termos de construção de motores. Apesar de quererem manter os motores turbo de 1,6 litros, qurerem que tenham um sistema de recuperação de energia único, no sentido de serem mais barulhentos, baratos e simples, baixando os custos de construção. 

Na última reunião estiveram presentes representantes de marcas e preparadoras como Porsche, Lamborghini, Aston Martin, Cosworth, Ilmor, AVL, Audi, Alfa Romeo e Zytek, entre outros. Se alguns já disseram "sim", como a preparadora britânica, e outros ponderam a sua entrada, como a Porsche, isso não implica que toda esta gente possa entrar daqui a três anos e meio. Passarmos de uma pequena coutada, onde apenas temos Honda, Renault, Ferrari e Mercedes para um paraíso onde tenhamos motores à venda por uma parte do preço atual é algo do qual arrisca a ser um grande prejuízo, se não arranjarem clientes na categoria máxima do automobilismo.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Horner: "O escudo precisa de ser melhorado"

A apresentação do "escudo", o sistema de segurança que a FIA quer testar nesta temporada e do qual Sebastian Vettel andou a experimentar no fim de semana do GP da Grã-Bretanha, resultou e reações interessantes no meio da Formula 1. Alguns são contra, outros a favor, mas boa parte deles disse que esse é um sistema que precisa de melhoras, como disse Christian Horner, o patrão da Red Bull. 

"Com base nos comentários que eu li do Sebastian, não parecia ser [uma coisa] muito popular", disse Horner a jornalistas após a corrida de domingo. "Parece prematuro neste momento para apresentar para o próximo ano. Estou certo de que será discutido no grupo de estratégia na [reunião de] quarta-feira", concluiu.

Bob Fernley, o diretor adjunto da Force India, e que participará da reunião de quarta-feira do Grupo de Estratégia em Genebra, disse que os regulamentos técnicos para 2018 já prevêem o "halo" ou o "escudo".

"Estamos empenhados em fazer algo, é apenas uma questão de qual direção decidimos tomar", disse ele à Reuters na terça-feira. "Isso está em discussão para amanhã", continuou.

"A melhor solução provavelmente seria partir da base do 'escudo', continuar a trabalhar nela e apresentá-la como e quando estiver aperfeiçoada", acrescentou Fernley. "Nós apenas temos que tomar uma decisão sobre qual nós vamos [adotar] quando avaliarmos completamente", concluiu.

Fala-se que a FIA poderá voltar a testar o sistema em Monza, antes de tomar uma decisão em 2018, entre ele e o "halo".

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Noticias: Abiteboul afirma que o lugar de Palmer está seguro

Os rumores que correram no fim de semana sobre Joylon Palmer, de que seria substituído antes do GP da Hungria a favor de Carlos Sainz Jr, que estaria de saída da Toro Rosso, após ter caído na lista negra de Helmut Marko, foram vigorosamente negados por Cyril Abiteboul ontem à tarde, no final da corrida britânica.  

Nego completamente a especulação de ele (Jolyon) seja substituído em Budapeste. Isso não é bom”, começou por dizer Abiteboul, que soube do rumor antes mesmo da prova de Silverstone se iniciar. “Quando soube as proporções que isto assumiu nos media deixei bem claro a toda a gente que não havia nada de verdade nisto, e disse-o diretamente ao Jo (Palmer). Queria deixar claro isso”, continuou o dirigente francês.

Palmer, que ainda não pontuou neste campeonato, e que em Silverstone terminou a sua corrida ainda na volta de aquecimento, tem o lugar em risco desde o inicio da temporada, com especulações afirmando que será substituído ainda antes do final da temporada, com vários candidatos, um deles o polaco Robert Kubica, que neste momento está a passar por uma bateria de testes a bordo de um carro de 2012, para saber até que ponto está em forma para andar dentro de um Formula 1.

Quanto a Sainz, este não nega que gostaria de estar no projeto da Renault, que acredita que dará um impulso nos próximos anos.

Youtube Movie Trailer: A biografia de Bruce McLaren.. versão americana

"Mas espera aí, não falou sobre isto por aqui?" Claro que falei. E toda a gente sabe que o filme está disponível para ver nas salas de cinema e em breve, em DVD. Mas o que trago hoje é o trailer da versão americana do documentário realizado por Roger Donaldson sobre Bruce McLaren, o fundador da marca com o mesmo nome, vencedor de quatro Grandes Prémios de Formula 1 antes da sua trágica morte, a 2 de junho de 1970.

E há muitas, muitas diferenças em relação à versão europeia (ou mundial, se preferirem). Ali vê-se os testemunhos de Mário Andretti e Dan Gurney, que pilotou algumas vezes para Bruce na Formula 1 e na Can-Am, bem como a viúva de Bruce e o Alistair Caldwell, entre outros.

Portanto, é uma boa razão para colocar aqui. E claro, se ainda não viu, mais uma boa razão para ver, assim que puder.

domingo, 16 de julho de 2017

Formula E: Bird vence de novo, Di Grassi quinto

Sam Bird foi o grande vencedor neste fim de semana, pois depois de ter  vencido a corrida de ontem, venceu esta tarde na segunda corrida nas ruas de Nova Iorque, conseguindo bater os Mahindra de Felix Rosenqvist e Nick Heidfeld. Pierre Gasly foi o quarto, na frente de Lucas di Grassi e mais uma vez, António Félix da Costa andou nos pontos, mas ficou de fora por causa de uma penalização, depois de um toque com o Dragon de Loic Duval.

Com mais três voltas do que na corrida de ontem, o grande desafio dos pilotos era de manter a energia nos seus carros o tempo suficiente para chegar ao fim. Depois de Bird ter feito a pole-position, na partida, Felix Rosenqvist pulou para a frente, ficando com o comando, enquanto que atrás, o Techeetah de Jean-Eric Vergne e o carro de Maro Engel sofreram um toque e atrasaram-se. Mitch Evans teve problemas com a bateria e acabaria por encostar o seu Jaguar de vez. Outro que teve problemas foi Daniel Abt, que também encostou de vez.

Nas voltas seguintes, Bird foi atrás de Rosenqvist, e na sexta volta, o piloto da Virgin conseguiu passar para a frente da corrida. Depois disto, o inglês foi-se embora e começou a ganhar vantagem, ficando a dois segundos do sueco, pouco antes da troca de carros. Atrás, Di Grassi tentava subir no pelotão e por alturas da volta 15, já era quinto classificado. 

Na volta 20, o carro de Alex Lynn parou na pista, o suficiente para que a organização decidir por um "full course yellow", e isso foi aproveitado para que os pilotos trocassem de carro. Os Mahindra tentaram antecipar Bird na chegada às boxes, mas não conseguiram. Nas voltas seguintes, trocaram-se os carros, e quando voltou à bandeira verde, as coisas ficaram mais calmas, porque os carros tiveram de se preservar para ver se chegavam ao fim. Tanto que Rosenqvist e Heidfeld trocaram de lugar no sentido de preservar o carro.

Atrás, havia luta entre os carros da Dragon Racing e o Andretti de Félix da Costa, com os pilotos a pressionarem para ficar com o oitavo posto. Lá conseguiram passar, depois de na travagem para o gancho, o piloto português fez um pião. Contudo, o duelo continuou, e a duas voltas do fim, quando D'Ambrosio passou Duval no mesmo sitio, o francês escorregou e o piloto português colou-se ao piloto da Dragon. Contudo, a ultrapassagem foi "musculada" e os comissários decidiram penalizá-lo com um "drive through".

No final, Pierre Gasly foi ao ataque e tentou passar os Mahindra na última curva, mas os calculos correram mal e bateu no muro. Contudo, ainda se classificou na quarta posição, depois de Bird, Rosenqvist e Heidfeld, com Di Grassi na quinta posição, conseguindo mais dez pontos, mas não o suficiente para apanhar Buemi, que como era sabido, ausentou-se neste fim de semana devido a compromissos com a Toyota no WEC. A diferença é agora de dez pontos (157 contra 147) com Rosenqvist a ser terceiro no campeonato, com 104 pontos.

A Formula E vai agora para Montreal, para a prova final da temporada, no fim de semana de 29 e 30 de julho. 

Formula 1 2017 - Ronda 10, Grã-Bretanha (Corrida)

O fim de semana perfeito de Lewis Hamilton em Silverstone teve hoje o seu capitulo final numa corrida onde não só dominou em todas as voltas, como também teve uma "benção disfarçada" quando viu os seus adversários terem azar nas últimas duas voltas por causa dos pneus que não aguentaram o ritmo e os pilotos decidiram abusar da sorte. Aqui, sabia-se que as Mercedes poderiam dominar, e não se sabia se acabaria com dobradinha ou os carros da Ferrari poderiam colocar alguém entre ambos os pilotos, já que Valtteri Bottas tinha de cumprir a tal penalização que sofreu por causa da troca da caixa de velocidades.

Debaixo de tempo cinzento, com alguns receios de chuva, a corrida começou com um susto quando se soube que o ex-piloto de Formula 1 e atual comentador televisivo, Martin Brundle, se sentiu mal durante as entrevistas na pista. Levado para o centro médico, ele recuperou e agora estava a repousar, mas este susto lembrou-nos da revelação que teve em 2016 quando sofreu um ataque cardíaco na pista de Monte Carlo e do qual teve de ser operado para corrigir a arritmia cardíaca. 

A partida foi complicada. Primeiro, começou com Joylon Palmer sem poder arrancar das boxes por causa de problemas com o seu carro. Por causa disso, a primeira tentativa foi abortada. Na segunda, houve alguns "chiliques", desde o susto de Vettel, com fumo a sair da sua traseira, por causa dos seus travões, mas sem consequências, até ao pior, quando Carlos Sainz Jr e Daniil Kvyat colidiram, causando a entrada do Safety Car. Com Toros Rossos a eliminarem-se uns aos outros, e numa altura em que se fala que o piloto espanhol poderá ter a porta de saída bem aberta, rumo à Renault, esta colisão foi como que a pensar que ele já não é mais bem-vindo...

O Safety Car ficou na pista até à quarta volta, altura em que recomeçou, com Hamilton a mater a liderança. Aliás, ele nunca a iria perder até à bandeira de xadrez, apesar de um susto pelo meio da corrida, quando Bottas ameaçou momentaneamente a liderança. Atrás, vindo do fundo da grelha, Ricciardo recuperava posições, ao contrário de Alonso, que não fazia muita coisa. Bottas também recuperava o tempo perdido, subindo para o quinto lugar e tendo apenas Verstappen e os Ferrari na sua frente. Por alturas da volta 15, era Hamilton a ter quatro segundos de diferença sobre Raikkonen, com Verstappen em terceiro, a aguentar as investidas de Sebastian Vettel e Valtteri Bottas.

Vettel parou na volta 19, sendo o primeiro dos da frente que pararam nas boxes, sem grandes problemas. Ficou com os moles (os amarelos, que o fariam durar mais tempo, mas que na parte final o iriam deixar na mão...) e logo a seguir, outros pilotos foram às boxes e manter os slicks, como Verstappen, que foi às boxes na volta seguinte, o suficiente para que Vettel o ultrapassasse quando regressou à pista. Por esta altura, houve quem comunicasse que estavam a cair pingos de chuva nas suas viseiras, mas foi algo de pouca dura.

Por esta altura, Hamilton tinha oito segundos de vantagem sobre Raikkonen, mas parecia que o inglês tinha tudo controlado. Bottas era o terceiro, e iria fazer de tudo para atrasar o Vettel o mais que poderia. O inglês acabou por parar na volta 25, para ficar com os moles. Voltou à pista mesmo à frente de Bottas, mas manteve o primeiro lugar. O finlandês só pararia na volta 33, na mesma volta que Ricciardo. 

Depois disto, as coisas andavam calmas, quase um contraste com o agitado inicio de corrida. Alonso foi-se embora na volta 35, graças a mais um motor Honda que "entregou a alma ao seu Criador", enquanto que Vettel começou a aproximar-se de Raikkonen para começar a ameaçar o seu terceiro posto, pois Bottas também estava atrás de si, ameaçando o lugar do alemão.

E isso foi o grande centro das atenções para a parte final. Na volta 43, Bottas tentou passar uma primeira vez, mas o alemão defendeu-se. Duas voltas depois, na travagem para Stowe, o finlandês conseguiu passá-lo e ficou com o terceiro posto. A partir dali, o finlandês aumentou o seu ritmo para apanhar o seu compatriota da Ferrari, chegando até a ganhar um segundo por volta.

Mas a duas voltas do fim, o golpe de teatro para Raikkonen, quando Kimi Raikkonen começou a sofrer um furo lento e teve de ir às boxes para trocar de pneus. A mesma coisa acontecia a Max Verstappen, que teve de trocar de pneus, e depois, Sebastian Vettel, que teve o seu pneu frente-esquerdo explodir na zona das antigas boxes, arrastando-se até às boxes, mas conseguindo salvar o dia, acabando na sétima posição.

Claro que na Mercedes, foi o fim de semana de sonho. Hamilton venceu de forma imperial, Bottas foi o segundo, a dobradinha que deixou os ingleses delirantes, e Kimi Raikkonen foi o terceiro

Para os ingleses que estiveram em Silverstone, o azar de Vettel foi uma benção disfarçada por Baku. Eles desejam que o seu ídolo estivesse numa caminhada clara para este título mundial, e ao ver distância para o campeonato reduzida a um ponto, acham que em Budapeste, a coisa ficará resolvida e quando ele passasse o alemão no campeonato, nem olhe para trás. Contudo, a Formula 1 não é uma ciência exata. Já vimos este ano que o chassis da Ferrari é melhor do que no ano passado e este é um campeonato bem mais equilibrado do que nos anos anteriores. Nada está garantido que vai ser o mesmo final desde 2014...

Rumor do Dia: Sainz na Renault?

Em pleno fim de semana do GP da Grã-Bretanha, a Autobild alemã avança com a noticia de que a Red Bull poderá ter cortado relações com Carlos Sainz Jr. depois das suas polémicas declarações sobre o seu estatuto na equipa onde corre, a Toro Rosso, na semana passada, durante o GP da Áustria. Segundo conta o site, Helmut Marko está a negociar com a Renault um acordo para que leve o piloto ainda antes do GP da Hungria, para deixar a vaga aberta para provavelmente ser preenchida por Pierre Gasly. O valor? Oito milhões de euros.

Em Zeltweg, depois das controversas entrevistas de Sainz, Marko sentenciou: "Se um piloto não quer ficar, se o amor se extingue, não se pode forçar esse mesmo [piloto] com o contrato, deve deixar ir". O conselheiro-chefe da Red Bull foi mais claro: "Não se deve morder na mão que o alimenta".

Filho de Carlos Sainz, bicampeão do mundo de ralis, o espanhol de 22 anos (nasceu a 1 de setembro de 1994) chegou Formula 1 em 2015, depois de ter sido campeão da World Series by Renault no ano anrterior. Até agora, obteve 93 pontos em toda a sua carreira, tendo como melhores resultados quatro sextos lugares, o último dos quais no GP do Mónaco deste ano.