sábado, 27 de outubro de 2007

WSR - Barcelona: Alvaro Parente é campeão!

Finalmente! O português Alvaro Parente tornou-se esta tarde no circuito de Montjuich, campeão 2007 das World Series by Renault! Ao acabar na terceira posição da primeira corrida do fim de semana no circuito espanhol, e vendo o seu mais directo adversário, o inglês Ben Hanley, não conseguir pontuar, o português aumentou a vantagem para 35 pontos, alcançando automáticamente o ceptro máximo.

Depois de ficar na segunda posição da grelha, atrás do mexicano Salvador Duran, o português manteve a mesma posição na parte inicial da corrida, mas fez uma corrida calculista, sabendo que Ben Hanley estava no fundo da grelha. Depois de ir às boxes, caiu para terceiro, e assim acabou a corrida, atrás do vencedor, o espanhol Miguel Molina, e de Duran.

Quanto a Filipe Albuquerque, teve uma má corrida. Com problemas de pneus e de asa, acabou na 13ª posição, vendo o seu mais directo adversário na luta pelo terceiro lugar, o sérvio Milos Pavolvic, acabar a corrida na quarta posição, ficando definitivamente com o terceiro lugar da classificação geral. A última corrida desta competição acaba amanhã.

O novo anuncio de Lewis Hamilton!

Apesar de não ter ganho o título mundial, ninguém lhe tira a Lewis Hamilton a reputação de ser o melhor estreante de todos os tempos! E claro, a reputação nas pistas significa ganhos em publicidade, dando a cara em anuncios, ou como chamam no Brasil, ser o "garoto-propaganda". Pois bem, graças aos acontecimentos de Interlagos, eis o novo anuncio para uma marca de pilhas!


P.S: "Amarelada" é o equivalente brasileiro à nossa "cagada"...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Conheça os melhores do ano na Formula 1!

Felipe Maciel, Ron Groo, Bernardo Brecht e Rodrigo Lara armaram uma ideia excelente, que foi o de organizar o Oscar Formula 1, um prémio para escolher os melhores do ano. Existem várias categorias, como as de melhor piloto, melhor director, melhor corrida, até... melhor curta metragem de animação!


Os prémios serão entregues no dia 4 de Dezembro, numa "cerimónia" abrilhantada por Ron Groo. Até lá, vão ao blog do Maciel e coloquem lá o vosso voto!

WRC - Rali do Japão, Dia 1

O primeiro dia do Rali do Japão foi fértil em surpresas, e uma delas tem a ver com o campeonato! Marcus Gronholm, o actual lider do Mundial, desistiu por despiste, na quarta especial do dia, e agora pode perder a liderança para o seu maior rival, o francês Sebastien Löeb, caso este termine a prova, pelo menos, no pódio.


Numa prova feita à medida para a Ford, o actual lider, Mirko Hirvonen, está na frente, com Löeb logo atrás, a 10.3 segundos. Mas o francês está a ser assediado por outro Ford, o de Jari-Mari Latvala, que está na terceira posição. Logo a seguir vem o outro Citroen, do espanhol Dani Sordo, mas este está distante dos três primeiros.


Quanto ao resto da concorrência... já não há Subarus, depois da desistência de Chris Atkinson, por despiste e do grave atraso por parte de Petter Solberg, devido a uma grave avaria na caixa de velocidades.


Por fim, falo da Produção. O português Armindo Araújo foi hoje protagonista de algo inédito no Mundial, desde o ingresso do WRC: foi o primenro piloto de um carro de Produção a ganhar uma classificativa à geral! Neste momento é terceiro classificado da classe e 13º da geral, a pouco mais de 1minuto de dez segundo do líder, o japonês Fumio Nutahara. O rali prossegue na próxima madrugada.

O piloto do dia - Stuart Lewis - Evans

Hoje em dia, poucos sabem quem foi ele. O que é uma lástima, pois estamos a falar de um dos mais promissores pilotos britânicos do seu tempo. A sua meteórica carreira na Formula 1, que durou somente duas épocas, só o foi devido ao seu acidente mortal na sua última prova do campeonato desse ano, em Marrocos, e que levou mais tarde à decisão de Tony Vanderwell de retirar a sua equipa, a Vanwall, da Formula 1. Quarenta e nove anos depois da sua morte, recordo-vos Stuart Lewis - Evans.


Nasceu a 20 de Abril de 1930, na cidade inglesa de Luton. De aparência baixa e frágil, poucos acreditariam que ele seria um excelente piloto de automóveis. Mas quando começou na formula 3, em meados dos anos 50, começou a impressionar os donos das equipas. Em 1957, estava a correr na Connaught, uma equipa pequena, que corria na Formula 1. A equipa tinha sérios problemas de financiamento, que levaria mais tarde à sua falência, mas até lá, deu a Lewis-Evans um carro para ele na corrida do Mónaco. E foi aí que começou a impressionar: batido apenas pelos Maseratis de Juan Manuel Fangio, Tony Brooks e Masten Gregory, foi quarto classificado. Isso chamou a atenção de Tony Vanderwell, dono da equipa Vanwall, que precisava de um substituto para Stirling Moss, na corrida seguinte, em Reims.


Lewis-Evans desistiu nessa corrida, mas ficou na equipa para o resto da carreira competitiva. Contudo, os carros nesse ano não eram fiáveis, e o melhor que conseguiu foi um quinto lugar em Pescara e uma "pole-position" em Monza, terminando a época com cinco pontos e o 12º lugar na classificação geral.


No ano seguinte tinha um programa preenchido: Formula 2 com a equipa BRP (criada por Alfred Moss, o pai de Stirling) e Sport Turismo, com a Aston Martin, para além da Formula 1 com a Vanwall. Todos estes contratos foram arranjados por um jovem conterrâneo de 27 anos chamado Bernie Ecclestone...

A temporada de 1958 com a Vanwall estava a correr melhor para ele. Faz a "pole-postion" em Zandvoort, numa corrida em que não chegou ao fim, e o seu primeiro pódio, um terceiro lugar, foi alcançado na corrida seguinte, em Spa-Francochamps. No Circuito da Boavista, novo terceiro lugar, novo pódio. Mas este seria a ultima vez que terminava nos pontos...


Depois de desistir em Monza, Lewis-Evans esperva acabar melhor no circuito de Ain-Diab, nos arredores da Casablanca, palco do Grande Prémio de Marrocos. Tinha sido terceiro nos treinos, e partia nos lugares da frente, no dia da corrida, a 19 de Outubro, no sentido de ajudar no título mundial de construtores que a Vanwall esperava conquistar. Contudo, na volta 41, a caixa de velocidades emperra a alta velocidade e explode. Os comissários resgatam-no das chamas, mas ele está gravemente ferido. Tentam salvá-lo, repatriando-o nesse mesmo dia para Inglaterra, mas seis dias depois, a 25 de Outubro, Lewis-Evans morre devido às extensas queimaduras. Tinha 28 anos.


A sua carreira na Formula 1: 14 Grandes Prémios, em duas temporadas (1957-58), duas pole-positions, dois pódios, 13 pontos no total.


A sua morte ditou o fim da Vanwall. Tony Vanderwell confiava nele para ser o seu piloto de confiança para as próximas épocas, mas com a sua morte, decidiu que já chegava de Formula 1. Tinha uma saúde frágil, e sabia que tinha alcançado o seu objectivo, e era altura de passar o testemunho a outros, numa altura em que a Cooper de motor traseiro se preparava para dominar o pelotão da Formula 1. Sendo assim, retirou-se no final da época. Quanto a Lewis-Evans, terminou a temporada com uma pole-position, dois pódios e a nona posição do campeonato, com 11 pontos.

Contado, ninguém acredita...

Confesso que fiquei confuso com a mais recente charge deste grande blogueiro Ivan Capelli. Mas depois de ler esta noticia, é que percebo o alcançe da piada. E confesso isto: é preciso ter muita cara de pau!

Noticias - Portugal fora do calendário WRC em 2008

Confesso que não era algo que ficasse surpreendido, pois há algumas semanas atrás, o Rali foi escolhido para o calendário do IRC (uma espécie de II Divisão dos Ralies, criada recementemente pela FIA), mas na passada quarta-feira, em Paris, a FIA escolheu os 15 ralies que iriam fazer parte do calendário de 2008 da competição. E nesses, o de Portugal ficava de fora.

A razão: rotatividade. A ideia da FIA é o de fazer com que alguns dos ralies recebam o Mundial WRC uma vez em cada dois anos. No ano em que não recebem, acolhiam o IRC. É tudo muito giro, mas há um problema: cria ralis de primeira e ralies de segunda. Afinal de contas, Montecarlo, Finlândia e Catalunha e Inglaterra não são afectados, pois não?...


Enfim, eu acho que não gostam de nós. E digo isto porque aparentemente, o nosso rali foi o melhor pontuado do ano. Se foi bom, porque o tiraram do calendário? Vai-se lá saber... Enfim, eis o calendário do WRC em 2008:


24/27 Janeiro - Rali de Montecarlo
8/10 de Fevereiro - Rali da Suécia
28Fev./3 Março - Rali do México
27/30 Março - Rali da Argentina
24/27 de Abril - Rali da Jordânia
16/18 de Maio - Rali da Itália (Sardenha)
29 Maio/3 Junho - Rali da Acrópole (Grécia)
13/15 de Junho - Rali da Turquia
31 Julho/3 Agosto - Rali da Finlândia
15/17 de Agosto - Rali da Alemanha
28/31 de Agosto - Rali da Nova Zelândia
2/5 de Outubro - Rali de Espanha (Catalunha)
10/12 de Outubro - Volta à Corsega (França)
24/26 de Outubro - Rali do Japão (Hokkaido)
28/30 de Novembro - Rali de Inglaterra


Há uma estreia absoluta em ralis: a Jordânia, e um regresso, a Turquia. Para além de Portugal, Australia, Irlanda e Noruega saem do calendário, com um eventual regresso em 2009. Para além disso, "o Conselho Mundial decidiu que as Etapas passarão a ser conhecidas como Dias, pelo que o que era designado por Etapa 1, agora passa a ser Dia 1. De forma a que exista mais equidade na competição, a ordem de passagem na estrada passa a ser ordenada de acordo com a classificação do rali, ao contrário do que sucedia até aqui, que era com a ordem de classificação no Mundial. Para além disso, no final do derradeiro dia de prova, e antes do pódio final, existirá um parque de assistência de 10 minutos, como 'atracção'." (Autosport.pt)


Estes tipos da FIA tem lá as suas ideias...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

GP Memória - México 1964

Na semana passada, passei o tempo todo a recordar-vos de corridas decisivas para o título mundial, que envolviam dois ou mais candidatos ao título. hoje volto a este tema, porque hoje comemora-se mais um aniversário, o 43º, do Grande Prémio do México de 1964, que deu o título mundial à Ferrari e ao inglês John Surtees. E as circunstâncias deste título foram um pouco semelhantes ao que aconteceu este ano: três candidatos, um piloto que tinha vantagem e perdeu, e o companheiro a ceder a liderança para que pudesse ganhar o campeonato.

Antes da corrida mexicana, haviam três candidatos ao título mundial: os ingleses Graham Hill, num BRM, John Surtees, no seu Ferrari com as cores da NART (a representante americana da Ferrari, liderada por Luigi Chinetti) e Jim Clark, no seu Lotus. Na altura, o lider era Hill, com 39 pontos, reforçado com a vitória na corrida anterior, em Watkins Glen. Logo a seguir vinha Surtees, com 36 pontos, e que estava a ter uma ponta final magnifica, com uma vitória em Monza e um segundo lugar em Watkins Glen. Jim Clark estava um pouco mais distante, com 30 pontos, mas ainda tinha hipóteses de alcançar o título. Pelo menos matamaticamente...

No Autódromo da Cidade do México, situado a 2245 metros de altitude, os motores eram menos potentes do que se estivessem ao nivel do mar, o que faria com que aqueles que estavam melhor adaptados conseguissem melhores resultados. E assim aconteceu a Jim Clark, que alcançou a pole-position, alimentando ainda o sonho de renovar o seu título. Logo a seguir fica o americano Dan Gurney, no seu Brabham, e o Ferrari de Lorenzo Bandini. John Surtees era quarto, enquanto que Graham Hill era sexto.

Na partida, Clark e Gurney partem na frente, enquanto que Graham Hill tenta conseguir os pontos necessários para ser de novo campeão. A luta foi intensa até perto do meio da corrida, quando o inesperado aconteceu: Hill atrasa-se e fica fora dos pontos. Assim sendo, Surtees ficava numa posição previlegiada, mas tinha que passar o seu companheiro Bandini para ser campeão. E ainda havia Jim Clark...

O momento decisivo acontece a duas voltas do fim: Jim Clark desiste com problemas de motor, deixando a vitória para o americano Gurney. Bandini, o segundo classificado, tem Surtees atrás de si, e deixa passar o seu companheiro, já que Graham Hill estava muito atrasado. Assim sendo, o campeonato de pilotos fica na Ferrari, através de John Surtees, enquanto que o italiano fica na terceira posição. Nos restantes lugares pontuaveis ficaram o Lotus de Mike Spence, Jim Clark (ainda fica classificado...) e o Ferrari do herói local, Pedro Rodriguez. O que a Scuderia não sabia era que iria ter que esperar 11 anos para conseguir mais um título de pilotos...

"Best off" da temporada

Acabou o campeonato, estamos em época de rescaldo. E isso implica ver vidoes dos "best off" da temporada. Hoje descobri, via Blig do Gomes, um video no Youtube, feito pela cadeia holandesa RTL 7, sobre o melhor e pior da temporada, em todo o seu esplendor. É um video bem montado, onde tem de tudo, até pit-babes... Para o ver, carreguem aqui e gozem a viagem!

O calendário de 2008 está aí

É a versão definitiva do Calendário do Mundial de Formula 1 para o ano que vêm. Vamos ter dezoito provas, com duas estreias: Valencia e Singapura. E no caso asiático, é uma estreia dupla: vai ser o primeiro Grande Prémio da história a ser disputado à noite. O calendário tem uma saída e um regresso: sai Indianápolis e entra Hockenheim, que albergará o Grande Prémio da Alemanha. Já o circuito espanhol vai ser palco do Grande Prémio da Europa, a 24 de Agosto.


Só quero uma coisa: que as dusputas pelo título de pilotos e construtores sejam feitas na pista e não fora dela! E que hajam muitas corridas à chuva... O desenho do calendário veio do Blog do Capelli.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Capelli ataca!

Ui, ui... o Ivan Capelli está excelente! Agora que a temporada acabou, toca a fazer o rescaldo humoristico, pelo menos da corrida de Interlagos. ele avisou que nos próximos dois dias iria andar a colocar uma charge por dia. E a primeira está excepcional...

Director por uma semana

A próxima edição do Autosport vai ser especial: como é uma edição de aniversário, vai ter um director especial: Pedro Lamy. O actual piloto da equipa oficial da Peugeot nas Le Mans Series vai ajudar a escolher as matérias mais importantes, que valem a pena serem destacadas na próxima segunda-feira, data de saída da próxima edição.


"Está a ser uma experiência interessante no ponto de vista do método de trabalho. Mas o maior strsse vai ser no Domingo, dia do fecho do jornal", afirmou o piloto numa declaração ao jornal "Diário de Noticias".


Isso não é novidade no nosso país. Já personalidades como o ex-presidente da República, Jorge Sampaio, (no Correio da Manhã) o cantor David Fonseca e o humorista Nuno Markl (ambos no jornal gratuito Metro), já fizeram isso anteriormente, com bons resultados, pois seriveram para divulgar causas da actualidade (no caso do ex-presidente, teve a ver com a tuberculose). Confesso que estou com curiosidade para saber a capa do jornal. Se o Alvaro Parente for campeão nesse dia, vai ser assunto de primeira página. Se eu fosse director, era...

O piloto do dia - Alessandro Zanardi

Ele fez ontem anos, mas como ainda estamos em tempo de rescaldo da Formula 1 e tenho compromissos profissionais para fazer, não tenho muito tempo para me dedicar às biografias. Mas ainda vou a tempo, acreditem!

Sendo assim, vou começar. Hoje quero falar de um paradoxo: um homem que esteve de passagem pela Formula 1, foi grande em outras categorias, e tornou-se num exemplo para todos, pela sua coragem e vontade de viver. E depois de ver passar a vida à sua frente e de perder uma parte de si, nunca desistiu de lutar e voltar a fazer o que mais gosta: correr. Ele chama-se Alessandro Zanardi.



Alessandro Zanardi nasceu a 23 de Outubro de 1966, (faz agora 41 anos) na cidade de Bolonha, no centro de Itália. Zanardi teve uma irmã, nadadora profissional, que morreu em meados da década de 80 num acidente de viação. Devido a isso, as suas aspirações de competir no automobilismo foram inicialmente opostas para sua familia. Somente aos 13 anos é que começou a competir, nos karts. Em 1988, passou para os monolugares, sendo vice-campeão italiano em 1990.



No ano seguinte, para para o Europeu de Formula 3000, a bordo de uma equipa nova: a Il Barone Rampante. Ganhou na sua prova de estreia, mostrando tudo e todos que era um piloto rápido e vencedor. Ganhou mais uma prova e terminou a época como vice-campeão, atrás do brasileiro Christian Fittipaldi. Isso atraiu a atenção das equipas de Formula 1. No final dessa temporada, Eddie Jordan procurava um segundo piloto, depois das complicações passadas por Bertrand Gachot, e do fenómeno Michael Schumacher. Sendo assim, escolheu Zanardi para a três provas finais do campeonato, não conseguindo melhor do que dois nonos lugares.


Em 1992, torna-se pilotos de testes da Benetton, mas corre durante três corridas pela Minardi, substituindo um acidentado Christian Fittipaldi. Não conseguiu qualificar-se em duas corridas, e na que entrou, acabou por não terminar a corrida. Mas no final dessa época, foi para a Lotus, substituindo o finlandês Mika Hakkinen.



Sendo segundo piloto da marca, não teve muitas oportunidades para brilhar, mas o seu melhor momento foi o sexto lugar no Brasil, que lhe deu o seu primeiro e unico ponto na Formula 1. Ainda foi sétimo no Mónaco, mas durante os treinos de sexta-feira, no circuito de Spa-Francochamps, sofre um grave acidente na saída do Radillon, que causou algumas lesões, que o colocaram fora da equipa até o final da época. O seu substituto foi o português Pedro Lamy.

Em 1994, estava de fora da Formula 1, mas teve que voltar de novo à Lotus, substituindo outro piloto gravemente magoado: Pedro Lamy! O seu desempenho não foi brilhante, e no final da época ficou sem lugar na categoria máxima do automobilismo, devido ao fecho definitivo da Lotus. No ano seguinte, Zanardi esteve em competições de Sport, na sua Itália natal, e parecia que ia ficar por aqui. Mas um convite para correr nos Estados Unidos iria dar um rumo gigante na sua carreira, e na sua vida.



No inicio de 1996, Alex Zanardi assinou pela equipa Chip Ganassi, uma das mais populares da CART, ao lado do americano Jimmy Vasser, que iria ser campeão naquele ano. Rapidamente tornou-se num dos pilotos mais populares do pelotão, ao fazer a "pole-position" na sua segunda corrida da competição, e ganhou a sua primeira corrida no meio do ano. As suas performances fizeram-no acabar na segunda posição do campeonato, empatado com o americano Michael Andretti, e ganhar o título de "Rookie do Ano". No ano seguinte, ganha o primeiro dos seus dois títulos na CART, e repete a façanha em 1998, ganhando ao todo doze corridas nas séries.



Uma dessas vitórias foi memorável por uma razão: uma ultrapassagem de génio, numa das curvas mais difíceis do automobilismo: a curva Saca-Rolhas em Laguna Seca. Na prova de 1996, Zanardi lutava pela liderança com o americano Bryan Herta, e muito perto do fim, o italiano fez a ousada manobra, para espanto dos especialistas e o entusiasmo dos fãs. No final, Zanardi comemorou a vitória com vários piões (ou "donuts"), inaugurando uma maneira de comemorar que se mantêm nos dias de hoje.



No final de 1998, a sua rapidez e popularidade como piloto fez despertar de novo o interesse das equipas de Formula 1. Frank Williams queria um substituto para Jacques Villeneuve, que tinha abandonado a equipa para abraçar o projecto da BAR, e escolheu Zanardi, que assinou por três épocas, tendo como companheiro o alemão Ralf Schumacher. Apesar de boas indicações nos testes de pré-época, a temporada foi má para o italiano. Pouca fiabilidade, aliado a erros de palmatória por parte do piloto italiano (só brilhou em Monza), fez com que ele no final da época acabasse sem pontos. no final de 1999, a Williams decidiu dispensar os seus serviços. Voltava a sair da Formula 1 pela porta pequena.



Depois de tirar um tempo para si em 2000, em 2001 decide voltar para onde ele tinha sido feliz: a CART. Assinando pela Mo Nunn (que fundou a equipa Ensign nos anos 70), não foi um regresso auspicioso. Pouca fiabilidade e mais alguns erros faziam com que este regresso não fosse muito bom. E a 15 de Setembro de 2001, quatro dias depois dos atentados de Nova Iorque e Washington, Zanardi passa pela pior experiência da sua vida.



Na oval alemã de Eurospeedway, em Lauritzring, Zanardi corria o Memeorial 500, e estava a liderar a corrida pela primeira vez naquele ano. Após uma saída das boxes, perdeu o controle do carro e entrou na pista, onde encontrou o carro do canadiano Alex Tagliani, à velocidade máxima. Ambos os carros se desintegraram, mas Tagliani escapou com ferimentos menores.



Em circunstâncias normais, eu estaria a descrever um acidente mortal. Mas não foi. Contudo, as sequelas foram marcantes: perda das duas pernas e mais de quatro litros de sangue. "Mais dez minutos e estaria morto", declarou mais tarde. Depois de uma prolongada recuperação, estabeleceu um plano para... voltar a correr ao mais alto nivel. Desenhou as suas próprias próteses, e no ano seguinte, voltou ao local do seu acidente quase mortal, para fazer as voltas que lhe faltavam naquela corrida, no mesmo modelo. A sua média foi tão alta que, se fosse numa competição a sério, teria dado para fazer o quinto tempo da corrida.



Com estes sinais, voltou-se para os Turismos italianos, começando a competir a sério, a bordo do BMW da equipa de Roberto Ravaglia. Em 2005, vai para o WTCC e torna-se campeão italiano e vence uma corrida do Mundial, em Oberschleben. Correntemente, ainda está na BMW, no WTCC, onde ainda dá espectáculo, e consegue ser um exemplo para todos. E esse exemplo foi demonstrado pela Fundação Laureus, que lhe atribuiu o prémio para o "Regresso do Ano", em 2005.


No final de 2006, voltou a correr num Formula 1, desta vez a bordo de um BMW Sauber, na pista de Valência, onde tirou tempos muito aceitáveis, e após mais uma temporada ao mais alto nível em 2007, a bordo de um BMW do WTCC, vai fazer a Maratona de Nova Iorque, pedalando numa máquina desenhada por si. Um grande exemplo de vida!
Já agora, eis o site oficial: www.alex-zanardi.com

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O homem que decidiu que tudo ficava ma mesma

Como vocês sabem, Ron Dennis, o patrão da McLaren, decidiu apelar da decisão em relação ao caso das gasolinas da BMW e da Williams, no sentido de conseguir "na secretaria" o título mundial a Lewis Hamilton, o seu protegido da equipa. Ora, um dos comissários que confirmou a decisão foi o português António Vasconcelos Tavares, presidente da FPAK (Federação Portuguesa de automobilismo de Karting), que conta na edição de hoje do jornal "Diário de Noticias" as razões pelos quais decidiram deixar tudo na mesma e confirmar o título mundial a Kimi Raikonnen.

Eis a entrevista completa:

P- Kimi Räikkönen ainda não tem seguro o título de campeão do mundo de Fórmula 1. A que se deveu a investigação às equipas BMW e Williams?

R - No final de todos os grandes prémios, há uma verificação técnica a todos os automóveis. E a Federação Internacional do Automóvel [FIA] descobriu que os carros da BMW e da Williams tinham sido abastecidos com uma gasolina a uma temperatura inferior à permitida e que está fixada nos dez graus abaixo da temperatura ambiente. A FIA detectou que os carros das referidas equipas estavam abastecidos com uma gasolina a uma temperatura 14 graus abaixo da temperatura ambiente.

P - Depois de terem apurado este facto, qual foi a medida seguinte adoptada pela FIA?

R - Convocámos, de imediato, uma reunião com as escuderias BMW e Williams. Pedimos explicações a ambas as equipas, que foram ouvidas com muita atenção pela FIA.

P - Por quanto tempo se prolongou a reunião?

R - Meia hora depois de ter terminado o Grande Prémio do Brasil, surgiu a dúvida. Foi convocada a reunião, que teve a duração de seis horas, e só depois a FIA afixou um comunicado escrito, a que todas as escuderias tiveram acesso, a indicar que o finlandês Kimi Räikkönen tinha sido proclamado campeão mundial de Fórmula 1.

P - Acontece que a BMW e a Williams não foram penalizadas. O inglês Lewis Hamilton, da McLaren, não foi dado como quarto classificado, lugar que lhe garantiria o título, e Räikkönen pôde finalmente festejar. Porquê?

R - Porque o regulamento técnico geral da Fórmula 1 teria de dizer, expressamente, qual o valor-referência para a temperatura da gasolina em cada um dos circuitos que integram o Mundial de pilotos. E tal não acontece.

P - Como se pode evitar, então, no futuro, que algo de semelhante volte a suceder?

R - A FIA terá de arranjar uma forma de fornecer para cada circuito, no futuro, um valor-referência relativamente à temperatura ambiente da gasolina.

P - Quando fala em futuro, está já a fazer alusão ao Mundial de Fórmula 1 do próximo ano?

R - Não tenho quaisquer dúvidas de que esta situação estará regulada pela FIA já em 2008, por forma a que acontecimentos deste género não voltem a repetir-se.

P - Quais as vantagens de um Fórmula 1 estar abastecido com uma gasolina a uma temperatura inferior?

R - A mistura faz-se mais facilmente com o oxigénio e a gasolina fica mais fria, o que permite a um Fórmula 1 adquirir um maior poder explosivo, ao mesmo tempo que ocupa um volume menor.

P - A McLaren já interpôs um apelo da decisão da FIA...

R - Fez um apelo para o Tribunal de Apelação [FIA], que deverá ratificar a nossa decisão em duas a três semanas.

Amigos, digam adeus ao Ralf!

Aproveitando o finalzinho da temporada de Formula 1, aproveito para colocar aqui as minhas despedidas a Ralf "Half" Schumacher, que depois de 11 temporadas na Formula 1, provavelmente se vai embora pela "porta do cavalo". Em suma, faço minhas as palavras das F1Girls:


Adeus, F1, olá... qualquer coisa?

Extra-Campeonato: como se faz um jornal universitário

O mundo (e o Youtube) dão imensas voltas: por estes dias, naquelas madrugadas sem sono, descubro, através do blog Bloco de Apontamentos, do João Campos, meu colega de curso, um video feito em Maio de 2005 (há dois anos e alguma coisa...), sobre o jornal universitário A Cabra pelos alunos de Comunicação Social do Instituto Superior Miguel Torga, em Coimbra.


E porquê este jornal? Ora, para além de ser o jornal da universidade, era também o sítio onde colaborei activamente, escrevendo ali dezenas de noticias durante os meus quatro anos de curso. O trabalho é feito por uma rapariga chamada Celine Cangueiro. Ora, como eramos grandes amigos, ela foi ter comigo para arranjar os contactos necessários para falar com o então director, João Pedro Pereira (actual jornalista do Público e o excelente autor do blog Engrenagem)


No final, são seis minutos que dão para ver como se constrói um jornal, e as aflições que se passava (e ainda se passa) o pessoal para fechar a edição, e mandá-lo para a gráfica, na segunda-feira de manhã (quando o fecho do jornal é na sexta-feira...). É um excelente exemplo, de facto. E já agora: quando faltarem 4:50 minutos para acabarem, aparecerá um rapaz a escrever furiosamente no computador. Esse sou eu, OK?


Para verem o video, podem carregar aqui.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Nakajima II, o Fogoso!

Dezasseis anos depois, um Nakajima volta a correr na Formula 1. Neste caso, é mais um filho (Kazuki) de piloto a tentar superar o pai (Satoru). Não duvido que ele tenha todas as condições para isso (vejam as prestações dele este ano na GP2), mas o mais difícil vai ser tentar superar a má fama dos pilotos do seu país...


Não se preocupem, os mecânicos safaram-se sem ferimentos de maior. E respondendo à pergunta do Capelli: sim, ele honrou a familia e o país!

CART - Ronda 13, Surfers Paradise

Não foi só Kimi Raikonnen que se sagrou campeão no dia de ontem. Algumas horas antes, na Australia, o francês Sebastien Bourdais venceu pela quarta vez consecutiva o título da CART, na sua última época antes de rumar para a Formula 1 em 2008, ao volante de um Toro Rosso. No circuito citadino de Surfers Paradise, Bourdais dominou a corrida de fio a pavio, ganhando à frente do inglês Justin Wilson e o brasileiro Bruno Junqueira.

O homem que fez a pole-position, o australiano Will Power, acabou a sua corrida na volta 18, devido a um toque no muro. Igual resultado teve a unica mulher que corre nesta competição, a britânica Katherine Legge. A próxima prova ca CART vai acontecer no próximo dia 11 de Novembro, na Autodromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México.

A capa da Autosport desta semana

Por causa das salganhadas da FIA em Interlagos, das gasolinas ilegais ou não que poderiam ter os carros da Williams e da BMW-Sauber, a capa desta semana do Autosport atrasou-se, aparecendo mais tarde que o habitual. Mas quando apareceu, até gostei!


Tenho é pena que o fim de semana do Estoril esteja tão "chutado para canto", mas pronto, aceito a justificação de que o título mundial de Formula 1 seja muito importante, que mereça página inteira!

domingo, 21 de outubro de 2007

Tudo está bem quando acaba bem

Depois de cinco horas de reunião, os comissários da FIA decidiram não penalizar os carros da Williams e da Sauber-BMW, depois de se suspeitar de uso de gasolinas não conformes durante a corrida de hoje, no Circuito de Interlagos.

Esta decisão, tomada após cinco horas de reunião, mantém os resultados finais do GP vencido por Kimi Raikkonen, e assim, o seu título mundial. A decisão de não aplicar qualquer sanção às equipas sob suspeita deve-se ao facto de não haver uma norma FIA sobre as condições em que são recolhidas as amostras de gasolina, o que dada a elevada temperatura ambiente em Interlagos, abriu via para criar uma "dúvida razoável" quanto à validade das amostras. (Autosport.pt)


Isto está a virar novela da TVI: 100 episódios, e quando tem sucesso, façam mais 100, que é para ver se colam o espectador à cadeira. Já chega, acabem com esta novela!

Isto não quer acabar depressa...

Amigos, uma noticia de última hora:


Várias agências noticiosas e pessoal da blogosfera presente em Interlagos afirmam que a Williams e a Sauber - BMW estão sob investigação "devido devido a problemas detectados com as temperaturas das amostras de gasolina retiradas no final da corrida dos monolugares de Rosberg, Kubica e Heidfeld que terminaram o GP do Brasil na 4ª, 5ª e 6ª posição." (Autosport.pt)

Ambos os responsáveis estão reunidos com os delegados da FIA para esclarecimentos, e caso haja motivos para desclassificação, o maior beneficiário disto tudo seria... Lewis Hamilton, que passaria a ser o novo Campeão do Mundo! Ou seja, Kimi Raikonnen, em vez de embebedar para comemorar, pode estar e embebedar para esquecer!

Espero que não dê em nada. A Formula 1 e os seus adeptos estão cansados de decisões de secretaria...

Resultados da Sondagem CC

A sondagem estava aí há algum tempo, mas hoje, depois de tudo estar decidido, é altura de balanço. Os resultados são absolutamente enganadores, pois todos apostavam ou em Hamilton ou em Alonso. Aliás, a coisa ficou quase empatada: 41,3 por cento votaram em Fernando Alonso, 39,1 por cento em Lewis Hamilton.


Quanto é que levou Kimi Raikonnen? Apenas 8,7 por cento, bem menos que Felipe Massa (10,9%). O último a rir dá mesmo umas gargalhadas bem grandes!


Em brave, nova sondagem.

GP Brasil - A Corrida

E pronto. Todos nós sabiamos que isto não passaria de hoje. Ganhou aquele que soube ter a cabeça mais fria, e que cometeu menos erros: Kimi Raikonnen. Foi uma espécie de "golpe de estado", ou se perferirem, "Deus escreveu direito por linhas tortas", principalmente para aqueles que defendiam fervorosamente a exclusão pura e simples da McLaren do Mundial da Formula 1, e dos seus pilotos. Quem riu por último, riu muito melhor...


Sou honesto, torcia pelo Lewis Hamilton. Eu sei (e todos nós sabemos) que Lewis é o maior prodígio que chegou à Formula 1 em muitos anos, tão bom como Michael Schumacher, tão bom como Ayrton Senna. Uma das razões porque queria que ele ganhasse o título mundial era porque estavamos a assistir a uma chance única na vida. Ou vocês acham que irão ver mais alguma vez nas vossas vidas a chance de um "rookie" ser campeão?


Pode não ter ganho este ano, mas o futuro é dele. Acreditem.


A corrida em si foi emocionante. Primeiro, foi ver Hamilton perder posições para os outros rivais, mostrando que não conseguiu aguentar a pressão. Depois foi vê-lo a ficar patra trás, com algum problema na caixa de velocidades ou algo assim, que o colocou na última posição. Depois recuperou e começou a fazer a corrida por detrás. Estava-se a ver a cópia da edição de 2006...


Entretanto, Fernando Alonso ficava na sua. Nunca o vi a ir buscar os Ferrari, o que podia indicar ter as coisas todas controladas, isto é, desde que o finlandês não passasse à frente... mas depois da segunda paragem nas boxes, para reabastecer e trocar de pneus, Kimi fez o seu melhor e ultrapassou Massa... Enquanto isso, Alonso teve sempre o seu terceiro lugar em perigo graças a Robert Kubica (com a mesma tática de Hamilton), mas no final, o espanhol ficou com a terceira posição.


Hamilton lá recuperava, chegava aos pontos, mas não foi o suficiente. O sétimo posto final sabe a derrota, e demonstra que ele tinha tudo na mão, mas foi derrotado pelos nervos. Agora os editores britânicos devem estar a deitar fora todos os livros que diziam "Hamilton Campeão..."


2007 acabou hoje. Que venha 2008, e espero que seja tão emocionante como este ano que passou, mas que tudo se decida na pista, e não fora dela...

WSR - Estoril, 2ª corrida

A segunda corrida do fim de semana lusitano da World Series by Renault pode ter rersultado na vitória do sérvio Milos Pavlovic, mas também resultou que o português Alvaro Parente ficou cada vez mais próximo do título deste ano na marca.


Parente foi sétimo nesta corrida, mas como o seu adversário, o inglês Ben Hanley não pontuou, a sua vantagem aumentou para 22 pontos para as provas finais em Barcelona, no próximo fim de semana. Quanto a Filipe Albuquerque, este terminou na quinta posição, atrás do holandês Gierdo Van der Garde. Para piorar as coisas, a vitória da Pavlovic fez com que o piloto de Coimbra caísse para a quinta posição da classificação geral. Na corrida em si, para além do primeiro lugar de Pavlovic, o segundo foi o monegasco Clivio Piccione e o terceiro lugar foi para o malaio Fairuz Fauzy.



A World Series by Renault termina na semana que vêm, em Barcelona.

Racismo ou simples rivalidade?

A poucas horas do duelo final, achei por bem colocar aqui um excelente post vindo de um sítio que até há pouco tempo achava inactivo... é o Blog do Nuvolari, vindo da cidade venezuelana de Caracas. Na sua curta biografia, ele é um ex-piloto, que não se importa de colocar as suas opiniões acerca deste mundinho que é a Formula 1.


O post que ele escreveu esta semana refere-se à luta entre Fernando Alonso e Lewis Hamilton. Sabem que para os lados de Castela se vive uma "Alonsomania" tão grande que raia a cegueira. E como este ano, temos um rival de peso, como Lewis Hamilton, o azar da sua cor de pele, mais as polémicas todas, transformou a coisa em racismo. E o melhor exemplo dessa exarcebação li há pouco no Blog do Ico, quando os jornalistas espanhois em Interlagos comemoraram a vitória da Africa do Sul na final do Mundial de Rugby, batendo a Inglaterra no Stade de France, por 15-6.

Convosco, eis o post do Nuvolari, no seu original.

"Desde que explotó la rivalidad entre Fernando Alonso y Lewis Hamilton he venido observando con tristeza y asombro como el racismo le ha ganado terreno al deporte motor. Ya este problema se ha hecho presente en las más variadas disciplinas deportivas, como el Fútbol, el Béisbol, Atletismo, la Natación, Tenis e incluso en el Golf, sino pregúntenle a Tiger Woods.


La “alonsomania” ha despertado un afán despectivo sin límites hacia Hamilton, especialmente en España. Es impresionante la cantidad de insultos que recibe en los más diversos foros y publicaciones de la red (negro de mierda, macaco, mono británico, africano maldito y pare usted de contar), ofensas que rayan en el paroxismo.


Por supuesto, es un fenómeno creado en su mayoría por fans radicales de Alonso, influenciados por la prensa ibérica, que ni corta ni perezosa se ha volcado con su ídolo para contrarrestar así los embates de la prensa británica.


-Aunque no es la primera vez que sucede, siempre los británicos y/o norteamericanos han ofendido a los latinos y los han tratado como si de insectos se tratase, pueden preguntarle a cualquier brasilero, argentino, chileno, ecuatoriano, colombiano y venezolano como lo han tratado en suelo anglosajón, en la mayoría de los casos como un delincuente. 'Latins? No, they are plague!'-


Ambos bandos han llevado tal sensacionalismo hasta límites inimaginables al punto que los fans se atacan entre sí en Internet. No me sorprendería que se formara una “tangana” en Interlagos cuando se vean las caras, ya que está previsto que miles de aficionados británicos y españoles crucen el charco para presenciar el histórico final, sin contar con los latinoamericanos que estarán allí, en su mayoría para apoyar al asturiano. Sería un desastre, es lo que menos deseamos, pero desde los sectores más radicales de ambos bandos es lo que se comenta.


¿Es esto tolerancia? ¿Es respeto? Parece que algunos no se han enterado que existen negros, chinos, indios, indígenas y homosexuales que ejercen las mas diversas profesiones como, pilotos de caza y comercial, astronautas, científicos, médicos, escritores etc. ¿O es que acaso por ser blancos somos omnipotentes y perfectos, y lo que nosotros hacemos ninguna otra raza podría hacerlo?

Queridos lectores, nada nos diferencia. El color, los rasgos y las características físicas son nuestro exterior, lo que cuenta es la actitud, la forma de ser de la persona, la mentalidad y la capacidad que tenga cada quien para tal o cual tarea. No podemos seguir viviendo en un mundo en el que la exclusión hace parte de nuestras vidas, hay que enterrar de una vez por todas ese cáncer llamado xenofobia, así nunca vamos a progresar y nos vamos a detener en un conflicto eterno y estupido en pleno siglo XXI.


Al adversar a un piloto o deportista en general no se le puede juzgar por lo que es, sino por sus acciones, como por ejemplo cuando yo hablo de Kimi y su vida de “botella alegre”. Creo que un poco de respeto les vendría bien; dejen los ánimos para la carrera, no se agredan entre ustedes, ni tampoco a Lewis. Disfruten del espectáculo y deséenle lo mejor a su favorito, no cometan más errores.


Ser xenófobo es ser ignorante…"



Concordo plenamente. Para mim, isso tudo é fanatismo cego. Fez-me recuar quase 18 anos na minha vida, aquando da rivalidade Senna/Prost e dos polémicos Grandes Prémios de Suzuka (1989/90). Nâo sei onde isso irá acabar, mas eu conheço bem a história para dizer que há sempre uma possibilidade disto acabar mal. Eu acho que os dois pilotos da McLaren sabem disso. Nem um é "Professor", nem o outro É "Màgico". E o verdadeiro fã de Formula 1 sabe, ou devia saber disso.