sábado, 6 de julho de 2024

As imagens do dia




Os ingleses rejubilam nesta noite. Não só por terem visto a sua seleção passar para as meias-finais do campeonato da Europa de futebol, como horas antes, viram que os três primeiros qualificados no GP da Grã-Bretanha, que acontecerá este domingo, eram todos britânicos. Algo que não acontecia há 56 anos e meio, noutro lado do mundo. 

E logo uma corrida simbólica na história da Formula 1: o GP da África do Sul de 1968. Foi simbólico em muitos aspetos. 

A primeira é que foi numa segunda-feira. A segunda foi no dia de Ano Novo de 1968. A terceira é que ali, Jim Clark bateu os recordes de pole-positions, com 33, e de vitórias, com 25, este último, pertencente a Juan Manuel Fangio, que o tinha estabelecido onze anos antes. E também foi a primeira corrida com patrocinadores, cortesia... de uma equipa local, a Team Gunston, que pintou os seus carros de castanho e laranja, a cor dos maços de tabaco locais. Semanas antes da Lotus trocar os seus British Racing Green pelo vermelho, branco e dourado da Gold Leaf, que usariam na Tasman Series. 

E houve mais coisas, muito mais coisas. Mas em termos de competição... não foi grande coisa. É que Jim Clark, tirando a partida, onde foi superado pelo Matra de Jackie Stewart, o escocês passou-o na segunda volta para não mais largar até cruzar a meta como vencedor. No final, foi uma dobradinha com Graham Hill, e no lugar mais baixo do pódio, uma dissonância: o austríaco Jochen Rindt, no seu Brabham-Repco.

Curiosamente, a Áutria é o país natal da Red Bull. Será ele o elemento dissonante?

E claro, quem conhece esta história, sabe que foi aqui que Clark ganharia o seu último GP na Formula 1. Dali a quatro meses e uma semana, depois de ter triunfado na Tasman Series e a um mês do GP de Espanha, em Jarama, Clark morreria num acidente de Formula 2 em Hockenheim.   

Formula 1 2024 - Ronda 12, Silverstone (Qualificação)


O fim de semana britânico acontece no rescaldo de um momento histórico neste inicio de século XXI britânico, quando os eleitores decidiram dar um valente pontapé no traseiro a um Partido Conservador esclerosado e deram aos seus rivais, os Trabalhistas, uma maioria absoluta para mudar a politica no Reino Unido, com um novo primeiro-ministro que, não estando de graça, tem autoridade para dar aquilo que o povo quer, uma nova politica, um novo rumo.

Não é algo que aconteça na Formula 1. Esta está mais interessada em saber sobre o filme que Hollywood está a faxer e do qual já sabemos o nome e quando é que se estreará nos cinemas, com filmagens em IMAX e tudo. Só que o título é tão... neutro (e chato) e daquilo que, alegadamente, já foi gasto, todos torcerão que seja um sucesso enorme e que tenha das maiores receitas da história do cinema, porque caso contrário, será aquilo que no meio se chama uma "bomba". E suspeito que a Formula 1 ainda não entendeu isso.

Num sábado bem húmido - tem momentos de chuva e o sol não consegue romper as nuvens para tentar secar a pista de forma a que os pilotos possam andar sem problemas. E para piorar as coisas, perto da hora da qualificação... mais chuva. Tipicamente um verão britânico! 

Antes da qualificação, soube-se que Pierre Gasly sofreu uma penalização bem forte. Daquelas que já não se liam desde há algum tempo: 50 lugares! Pelos vistos, largará de Brands Hatch ou algo assim...

A qualificação começou com intermédios, para que os pilotos pudessem andar sem grandes problemas na pista, marcando um tempo de referência antes de arriscar mais, com pneus slick, já que a pista estava húmida, mas ainda não estava totalmente seca. Mas isso não impediu os primeiros incidentes, especialmente nos Red Bull.


Por exemplo, no meio da sua tentativa, na Copse, Max Verstappen saiu de pista e o seu assoalho arrasta-se na gravilha, até sair dali. Esse poderá ter sido o momento do neerlandês, porque depois de queixou de danos no assoalho, logo, as suas chances de marcar tempo para ficar entre os da frente ficaram prejudicados. 

Mas ele nem foi o pior da Red Bull. Pior, pior, ficou Sérgio Pérez, que saiu de pista e acabou com o carro na gravilha, sem ele poder tirá-lo do lugar. E com isso, tínhamos bandeira vermelha por alguns minutos. 

Entre os não-qualificados, estão os Alpine de Ocon e Gasly, o Red Bull de "Checo" Pérez, o Haas de Kevin Magnussen e o Sauber de Valtteri Bottas. 

Pouco depois, com a posta a secar mais um bocado, iamos para a Q2. Com os pilotos a arriscar e colocar moles, porque poderia haver mais chuva pelo caminho, eles começaram a marcar os seus tempos. Norris foi o melhor a marcar, com 1.27,432, antes de Fernando Alonso conseguir 1.27,279. Mais alguns minutos e o melhor passava a ser Oscar Piastri, com 1.26,945.

A partir final mostrava um asfalto que secava cada vez mais depressa e alguns pilotos começavam a marcar tempos cada vez melhores com os moles. Um exemplo? Nico Hulkenberg fazia 1.26,847, antes de Lando Norris melhorar para 1.26,559. Piastri fax um tempo 174 centésimos pior, Norris e Alonso melhoram os seus tempos, mas não o primeiro posto da tabela de tempos, tal como Max, e se temos McLarens, Mercedes, Aston Martins, o Ferrari de Carlos Sainz Jr, o Red Bull de Max e até o Haas de Nico Hulkenberg, do outro lado, o Ferrari de Charles Leclerc, o Williams de Logan Sargent, os Racing Bulls de Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo, e o Sauber de Zhou Guanyou ficavam de fora para a última parte.  

E assim, caminhamos para a Q3.

O boletim meteorológico era melhor para as condições de pista, fazer baixar os tempos, e isso, de certeza, iria ser benéfico para os carros da McLaren e da Mercedes. E se calhar, da Red Bull, caso o assoalho do Ma não tivesse ficado danificado. 

Max começou com 1.26,350, seguido por Norris, com 1.26,030, e Piastri entre eles. Hulkenberg consegue 1.26,401, antes de George Russell conseguir 1.26,024 e ir para a frente da tabela de tempos. Depois disto, passagem pelas boxes para um novo jogo de pneus e as voltas finais. As expectativas eram grandes. 

Ali, Max consegue 1.26, depois de ter corrigido a sua trajetória na Copse, par evitar ficar de fora, antes de Hamilton conseguir 1.25,990, e Russell melhorar para 1.25,819. Norris acabou por ir às boxes e ficar apenas com o terceiro melhor tempo, dando à Mercedes o monopólio da primeira fila, algo que não se vê desde... 2021. Quem diria! 


No final, os britânicos estavam felizes. Sentem-se sempre no topo do mundo, pensando que eles são o centro do universo, a lembrar um pouco o império que já desapareceu há muito. Com a Formula 1 a ser o seu brinquedo do momento, agora, para a cereja no topo do bolo, só querem que a sua equipa de futebol siga em frente e tente ganhar o Europeu de futebol, para pensarem que são os escolhidos ou algo assim. 

Amanhã, veremos se continuam a sonhar, ou acabam com uma ressaca gigante.  

sexta-feira, 5 de julho de 2024

A imagem do dia


Um ano depois, Brad Pitt regressa ao circuito de Silverstone para se mostrar ao pelotão da Formula 1. Traz consigo um exército de pessoas, alguns para filmarem algumas cenas, outras para o proteger de um paddock que olha para eles como mais uns curiosos perante um circo que é dos melhores montados que o desporto oferece: 24 pistas, que percorrem os quatro cantos do mundo de março a dezembro.

Mas nesta sexta-feira, Brad Pitt e a sua equipa de filmagens trouxeram uma novidade: o cartaz e o nome do filme que andam a fazer sobre Formula 1. Chama-se... “F1”, e se estreará dentro de um ano. A primeira imagem tem ele mesmo dentro de um capacete da ficcional “Apex Team”, e Pitt – que, recordo-vos, está a caminho dos 61 anos – a o papel do ex-piloto que é chamado para para domar um mais jovem, papel interpretado por Damson Idris

O filme tem Joseph Kosinski como realizador, Lewis Hamilton como um dos produtores, ao lado de Jerry Bruckheimer, e alegadamente, foram já gastos 300 milhões de dólares nas filmagens. Alegam que está a ser filmado em IMAX e também que estão a ser usadas técnicas cinematográficas inéditas – cheira-me a drones ultra-velozes – e os carros não são mais que dois Formula 2 modificados na Carlin. E claro, pergunto-me: tanta treta, tanto acesso privilegiado para um cartaz tão mau quando o “Lamborghini”, por exemplo?

E claro, existe outra sombra a pairar. O dinheiro. As pessoas já acenderam algumas luxes vermelhas sobre o dinheiro gasto. Segundo esses entendidos, para um filme resultar, tem de ter duas vezes e meia mais dinheiro a entrar que a sair. Ou seja, para um filme destes, tem de ter lucros de 700 milhões de dólares. Menos que isso, é um fracasso. E se conseguirem menos que esses 300 milhões, será um “box-office bomb”. E isso não é bom.

Contudo, os otimistas dirão que eles foram os mesmos que fizeram “Top Gun: Mawerick”, que deu receitas um pouco superiores a mil milhões de dólares, depois de terem gasto mais ou menos o mesmo valor para as despesas. Não há Tom Cruise, mas há Brad Pitt, mas julgam que se montarem a formula de sucesso, todos acabam por ganhar, a começar pela própria Formula 1.

Da minha parte, será mais um motivo para ir à sala de cinema – apesar de ser distribuído pela Apple + - mas mesmo assim, fico um pouco cético. Hollywood não tem grandes ideias sobre como isto funciona, e suspeito que a liderança atual da Formula 1, que está nas mãos da Liberty Media, quer algo que seja o mais simples e “neutro” possível para agradar ao fã que começou a ver isto depois de ter apanhado o “Drive to Survive” na Netflix. Acontece que a Formula 1 é um pouco mais que isso e tenho a impressão que não captaram esse espírito. 

Enfim, é esperar até ao próximo verão para saber se acertaram ou não. E se sim, será o suficiente para cobrir as despesas com os lucros que tanto sonham. 

Youtube Automobile Vídeo: O Honda NSX de 1989

Ontem aconteceu o primeiro episódio do "Clássicos com História", o programa que o Jornal do Clássicos tem no seu canal do Youtube. Depois de uma primeira temporada de sucesso, este retoma com uma nova série de vídeos e para começar... um Honda NSX, o primeiro supercarro japonês. Um carro que foi desenvolvido em parte por Ayrton Senna, no seu tempo da McLaren e esteve em produção por mais de uma década.   

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Noticias: Oliver Bearman é piloto da Haas em 2025


O britânico Oliver Bearman será piloto da Haas em 2025. O anuncio foi feito nesta quinta-feira, nas vésperas do GP da Grã-Bretanha. Aos 19 anos, e depois de ter corrido no GP da Arábia Saudita no lugar do impedido Carlos Sainz Jr., que tinha sido operado ao apêndice, o piloto que corre na Formula 2 terá a sua primeira temporada a tempo inteiro em 2025, num contrato pluri-anual.

É difícil colocar em palavras o quanto isso significa para mim”, começou por afirmar Bearman. “Dizer em voz alta que vou ser um piloto de Fórmula 1 para a Haas F1 Team deixa-me imensamente orgulhoso. Ser uma das poucas pessoas que conseguem fazer aquilo com que sonharam em criança é algo verdadeiramente incrível."

"Ao Gene [Haas, proprietário da equipa], ao Ayao [Komatsu, chefe de equipa da Haas] e a todos na Haas, obrigado por acreditarem em mim e por confiarem em mim para representar a vossa equipa. Gostei muito de trabalhar com todos desde a primeira vez que nos encontrámos no México e mal posso esperar para desfrutar deste momento com eles e, espero, de muitos mais no futuro.

"A todos na Scuderia Ferrari Driver Academy, muito simplesmente, não estaria aqui sem vocês. Obrigado por me prepararem desde a Formula 4 para esta oportunidade incrível e sei que vou dar tudo o que tenho.”, concluiu.

Ayo Komatsu, o diretor de equipa, celebrou a vinda de Bearman, e afirmou:

É emocionante poder dar a um jovem piloto tão talentoso como Oliver Bearman o seu primeiro lugar a tempo inteiro na Fórmula 1. “Ele desenvolveu-se num piloto incrivelmente maduro sob a orientação da Scuderia Ferrari Driver Academy e o mundo viu isso por si próprio quando ele foi chamado no último minuto para competir no Grande Prémio da Arábia Saudita."

O Oliver provou que estava mais do que pronto para a tarefa, e nós vimos isso por nós próprios com ele nos carros da Haas nas nossas sessões TL1 nas últimas duas épocas. Estamos ansiosos por continuar a desenvolvê-lo como piloto e colher os benefícios do seu talento – tanto dentro como fora do carro."

"O Oliver é um tipo fantástico e uma adição muito bem-vinda à equipa quando se junta a nós para os fins de semana de TL1. Agora que sabemos que a relação vai ser a longo prazo, é uma coisa positiva para todos os envolvidos.”, concluiu.

Com Bearman confirmado, e Nico Hulkenberg confirmado na Sauber/Audi em 2025, reata saber quem ficará com o segundo lugar da marca. Kevin Magnussen é uma chance, mas o francês Esteban Ocon, atualmente na Alpine, é um dos principais candidatos ao lugar, acreditando-se que Valtteri Bottas, da Sauber, também esteja a ser considerado. 

quarta-feira, 3 de julho de 2024

As imagens do dia





"Red Five" estava de volta. Há 30 anos, em julho de 1994, e a caminho dos 42 anos, Nigel Mansell regressava de ano e meio de "exílio" onde tinha ganho títulos e prestigio na América, para uma Formula 1 ainda em choque e órfã de um campeão. Estamos em julho, Senna está morto há dois meses e parecia ser o "Schumacher show", com todos convencidos que o carro tinha controlo de tração, especialmente depois do alemão ter superado os Williams que tinham monopolizado a primeira fila da grelha. 

Na realidade, Michael Schumacher partira mais leve, com uma estratégia para mais uma paragem que a concorrência e um ritmo bem superior, tudo elaborado em colaboração com Ross Brawn, seu engenheiro.  

A Williams confiava em Damon Hill, era verdade, e conseguia mostrar-se, mas ter Mansell de volta empolgaria multidões, e quando ele andou num FW16 em Brands Hatch, numa sessão de testes, quase 20 mil pessoas foram vê-lo correr. Ele tinha sido recebido de pé, e laudado como salvador. 

Bernie Ecclestone poderia estar contente, mas a Newman-Haas... não. É que Mansell, depois de uma grande temporada em 1993, estava impotente perante os poderosos Penske-Mercedes que dominavam a temporada de 1994. Não tinha ganho qualquer corrida e já estava frustrado. O regresso à Formula 1 pela equipa que o tinha corrido ano e meio antes, poderia ter o sabor de vingança, mas o espírito era mais de ajuda para se livrar do buraco em que estavam. 

E Mansell queria ir embora de vez, mas eles não deixaram. Logo, iria cumprir o contrato até ao fim, e nos fins de semana vagos, estaria nos circuitos a ajudar a Williams. O regresso à Formula 1 mostrou que estava em forma, com o segundo posto na grelha, mas a aventura não foi longe: terminou na volta 45, com uma caixa de velocidades partida. 

Logo depois, o carro regressou às mãos de David Coulthard, mas Mansell prometeu que iria regressar quando a CART acabasse, no final de setembro, para ajudar Damon Hill a conseguir o seu campeonato. Isto... se Schumacher o deixar apanhar. E isso... é outra história, do qual se falará em breve. 

Youtube Motorpsort Video: O Mitsubishi Evo SUV

O Mitsubishi Pajero é um dos todo-o-terreno mais bem sucedidos da marca japonesa. Foi vendido aos milhões para todo o mundo desde a década de 90 do século passado e o seu palmarés automobilístico é quase imbatível, especialmente no Dakar, às mãos de gente como Kenjiro Shinozuka, por exemplo. 

E o pessoal da Donut Media trouxe para este vídeo é algo raro fora do Japão: um Pajero Evo, semelhante aos que foram usados no Dakar no final da década de 90, inicio do século, e que foram feitas alguns exemplares para serem vendidos apenas no Japão, mas agora já se encontraram noutros lugares do mundo como os Estados Unidos. E eles oram experimentar um deles no deserto para saber como ele se comporta. 

WRC: Lappi regressa aos ralis na Letónia e Finlândia


Depois de ter ganho o rali da Suécia, em Fevereiro, Esapeka Lappi regressará aos ralis neste mês de julho para participar de três provas: a primeira, na Lituânia, a contar para o Europeu, depois o rali da Letónia, que este ano se estreia no calendário do WRC. No inicio de agosto continuará, nas estradas finlandesas, para ajudar a Hyundai a alcançar um bom resultado.  

Há muito tempo que não nos víamos! Mas agora de volta à paixão! Depois de uma longa pausa, vamos participar no rali nacional da Lituânia, a 12 e 13 de julho, antes de irmos para o WRC Rali da Letónia”, começou por escrever Lappi nos seus canais nas redes sociais. “Esta é uma grande oportunidade para nos habituarmos novamente às estradas muito rápidas do Báltico e talvez encontrar algumas novas configurações para nos ajudar a nós e à Hyundai Motorsport nos próximos ralis.”, concluiu.

Lappi, de 33 anos, ganhou este ano o rali da Suécia e correu no rali Safari, no Quénia, no final de março.

terça-feira, 2 de julho de 2024

Meteo: Silverstone será... britânico


O tempo no fim de semana do GP britânico está previsto que seja... bem, britânico. Ou seja, um dia teremos chuva, noutro, céu azul. Segundo as previsões meteorológicas nesta terça-feira, na sexta-feira poderão acontecer aguaceiros, com vento fraco e 18ºC de temperatura, ou seja, os treinos livres serão sujeitos a precipitação - mais de 60 por cento à hora dessas sessões, com tendência para aumentar - mas no sábado, as nuvens irão embora e o asfalto estará seco para a qualificação.

Para domingo, tudo indica que o tempo estará mais instável. Prevêem-se aguaceiros dispersos, e as possibilidades de chuva aumentarão ao longo do dia, mas será sempre na ordem dos 30 por cento, com a temperatura a se situar nos 18ºC. 

Assim sendo, apesar da agitação tipicamente britânica, pode ser que o fim de semana seja a seco, pelo menos nas partes importantes como a qualificação e a corrida.  

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Youtube Car Show Video: Top Gear Australia, episódio 2

Descobri neste final de semana que no outro lado do mundo, o Top Gear ressuscitou. 

Então, expliquemos: enquanto a BBC suspendia indefinidamente a versão original, por causa de um incidente com Freddie Flintoff, um dos apresentadores, em 2022, recentemente, na Austrália, depois de 12 anos de ausência, o Top Gear apareceu em maio com um novo trio de apresentadores, Blair Joscelyne, um dos apresentadores do canal do Youtube Mighty Car Mods - já vi alguns episódios e é fixe -  Beau Ryan, uma antiga estrela do rugby e apresentador do The Amazing Race Australia, e Jonathan LaPaglia, apresentador do Australian Survivor.

Até agora não se sabe muito bem como serão recebidos estes episódios, mas apareceu o segundo, onde os três cangurus foram à Colômbia para buscar café (é isso mesmo, não sejam maldosos) com carros locais: um jipe, um Dodge Dart e um Renault 4.

Parece ser engraçado. Um dos carros pega fogo e tudo!

Irei ver se consigo apanhar algum episódio mais antigo. Até lá, fiquem com este. 

domingo, 30 de junho de 2024

Formula E: Félix da Costa ganhou... outra vez em Portland!


O português António Félix da Costa sai de Portland com um fim de semana de sonho, triunfando esta noite em Portland pela segunda vez seguida, terceira seguida no campeonato, e com quatro vitórias nesta temporada, acabando por ser o mais vitorioso do pelotão de 2024. 

Com Jean-Eric Vergne na pole para esta segunda corrida, tendo a seu lado o Porsche de António Félix da Costa, na partida, o piloto português passou para a frente, para na segunda volta, Jake Hughes, da McLaren, ficou com a liderança. Na terceira volta, as primeiras passagens pelo Modo de Ataque, com gente como Jake Hughes, Nyck de Vries, Edoardo Mortara e António Félix da Costa. Na volta seguinte, mais alguns pilotos também foram ao Modo de Ataque, como Jean-Eric Vergne. 

Com isto, Buemi era o líder, e na volta 6, Pascal Wehrlein tinha danos na sua asa dianteira depois de um toque com Edoardo Mortara, e logo a seguir, Sam Bird acabava na relva, com problemas no seu carro. Wehrlein continuava, sem a asa da frente, mas estava fora dos pontos. 

Vergne ia ao Modo de Ataque pela segunda ocasião, caindo para segundo, com Buemi na liderança... ao mesmo tempo que era penalizado com um "drive through" por causa de uma infração técnica. Nesta altura, o francês da DS Penske era o líder da corrida, seguido por Nico Muller e António Félix da Costa.

Na volta 12, Jake Hughes sofria toque e tinha apenas metade da asa dianteira, e as coisas até não o afetavam, mas na 13ª volta, saiu de pista e perdeu tempo. Com isso, quatro carros iam para as boxes, para... trocar as asas dianteiras!  

Na frente, Frijns era o líder, na frente dos Porsche. Mortara despistava-se na volta 16, depois de um toque com Félix da Costa, com o piloto suíço com um furo, e a ir para as boxes. Com isso, Vergne era o comandante, seguido por Félix da Costa e Werhrlein. De repente, a organização decide colocar o Safety Car na pista para recolher os destroços que estão na pista. 

A corrida recomeçou na volta 21, com Félix da Costa na frente de Frijns, e Wehrlein em terceiro. Evans chegou a segundo, com a energia extra por ter ido ao Attack Mode, e no final da 24ª volta, descobriu-se que a corrida teria uma passagem extra pela meta. O português ficava com o comando da corrida, mas o ritmo era intenso, com a energia a desaparecer com o passar das voltas. 

Na parte final, Félix da Costa manteve o sangue-frio, apesar dos ataques de Robin Frijns, e acabou no lugar mais alto do pódio pela quarta ocasião nesta temporada, terceira consecutiva. Ewans foi o terceiro, Wehrlein acabou em quarto, também beneficiando de Nick Cassidy ter ficado fora dos pontos nesta corrida.

Na classificação, o neozelandês da Jaguar continua a liderar, com 167 pontos, contra os 155 de Mitch Evans e Pascal Wehrlein. Félix da Costa subiu para quarto, tendo agora 134 pontos.

A Formula E agora irá para Londres, onde correrá dentro de três semanas, nos dias 20 e 21 de julho.

Formula 1 2024 - Ronda 11, Red Bull Ring (Corrida)


Quando o pelotão chegou à Áustria para o seu Grande Prémio, no Red Bull Ring, e depois de termos assistido à qualificação, onde Max conseguiu a pole-position de forma mais ou menos fácil, parecia que, estando a correr "em casa", as coisas seriam relativamente fáceis para Max e iria ter a sua terceira vitória consecutiva. Contudo, os McLaren mostraram ao longo do fim de semana que podem andar a par de Max, pelo menos nas voltas iniciais.  

E essa era a grande incógnita deste domingo: até que ponto Max teria oposição? Ainda por cima, horas antes, soube-se que as equipas iriam fazer duas paragens nessa corrida, ou sejam quem conseguisse conservar melhor os pneus, teriam uma boa chance de conseguir um melhor resultado. Em suma, poderia ser uma corrida mais interessante que se pensaria de inicio.  


A corrida começa com Max na frente e a ir embora de Norris, que atrás dele tinha o pelotão a lutar por posições. Leclerc e Piastri tocaram-se e o monegasco acabou por ir às boxes para trocar a sua asa dianteira. Assentada a poeira das primeiras voltas, Russell era terceiro, depois de passar Hamilton ma luta entre os Mercedes. 

As primeiras voltas via-se Max a tentar afastar-se da concorrência, mas a distância não era grande, graças a Norris, que tinha como objetivo de ele não escapasse. Estava a ter algum sucesso, mas sem ameaças à liderança, mas a mostrar qus os McLaren eram carros a ter em conta.   

Por alturas da 21ª volta, os pilotos foram às boxes para trocar de pneus, enquanto Max já tinha 5,7 segundos sobre Norris, e quase todos colocaram pneus duros, para tentarem ir o mais longe possível. Três voltas depois, ambos foram às boxes, um atrás dos outros, sem grandes problemas entre eles. Piastri estava na frente, numa altura em que Hamilton era penalizado em cinco segundos por ter pisado a linha das boxes onde não devia. 

Com esta passagem pelas boxes, a corrida tornou-se... não numa procissão, mas os carros andam juntos, sem grandes chances de apanharem os carros que estavam na sua frente. Pelo meio da corrida, Pérez apanhou a sua penalização de cinco segundos por ter andando em excesso de velocidade dentro das boxes. Pelo meio da corrida, Max tinha um avanço de quase oito segundos para Norris. 

A partir da volta 40, alguns carros pararam nas boxes uma segunda ocasião, para poder ter um jogo de pneus que os leve até ao final da corrida. Hulkenberg e Alonso foram dos primeiros, mas boa parte deles trocaram entre as voltas 45 e 52, com Russell a ir na volta 47, colocando duros, Sainz Jr na volta seguinte, numa altura em que Piastri e Hamilton lutavam pela terceira posição, com o australiano a levar a melhor. 

Max meteu duros na volta 51, ao mesmo tempo que Norris, mas a paragem nas boxes do piloto neerlandês não foi boa. Ele meteu médios e manteve a liderança, mas agora tinha cerca de 1,6 segundos de vantagem sobre Norris. Hamilton parou na volta seguinte. 


Ali, o britânico da McLaren começou a esforçar-se e apanhar o piloto ds Red Bull, marcando volta mais rápida atrás de volta mais rápida. E na volta 55, começaram as tentativas de ultrapassagem. Max tentou afastar-se, conseguindo uma vantagem de 1,2 segundos na volta 56, a 15 do fim. Mas Lando aproximou-se e na volta 59, ele tentou ultrapassá-lo, mas acabou por sair da pista, devolvendo o lugar ao neerlandês. A partir daqui, os pilotos andaram perto um do outro, mas na volta 64... golpe de teatro! Ambos os pilotos tocaram-se e acabaram com furos em ambos os carros. Conseguiram chegar às boxes, de forma lenta, mas os estragos estavam feitos: Max era quinto, Norris abandonava. 

Com um Virtual Safety Car a ser mostrado, as voltas finais eram interessantes. Russell era o primeiro, na frente de Piastri e Sainz Jr, com Max em quinto... e 10 segundos de penalização, por ter causado a colisão com Norris. Russell via que a diferença para o australiano era de 2,4 segundos, e o britânico só tinha que levar o carro até ao fim para acabar a corrida no primeiro lugar. E foi o que aconteceu, dando a Russell a sua primeira vitória em ano e meio ao serviço da Mercedes. 


E assim foi uma as corridas mais inesperadas da temporada.   

WRC 2024 - Rali da Polónia (Final)


Kalle Rovanpera triunfou no rali da Polónia, com um avanço de 28,3 segundos sobre o seu companheiro, Elfyn Evans, noutro Toyota, e 42,7 sobre o Ford de Adrien Formaux, que ficou com o lugar mais baixo do pódio. Nada mau para um piloto que não tinha nenhum plano para correr este rali e por causa do acidente de Sebastien Ogier, no inicio da semana, ele acabou por o substituir.

Thierry Neuville acabou no quarto lugar, a 1.10,8, e com isso manteve a liderança no campeonato.

"Uma semana incrível, não tão normal. Temos trabalhado muito, estamos cansados ​​agora. O melhor é que viemos aqui e não foi má ideia vir. Ajudámos muito a equipa e levámos muito bons pontos para o campeonato.", disse Rovanpera, no final do rali.

Com quatro especiais neste domingo, uma delas a Power Stage, em Mikolajki, e com 9,4 segundos de diferença entre Rovanpera e Mikkelsen, o dia começou com Tanak ao ataque, ganhando na primeira passagem por Gmina Mragowo, ganhando 1,2 segundos sobre Rovanpera e 2,5 sobre Evans. Mikkelsen perdia 54,7 segundos e caía para quarto devido a um furo, ficando de fora da luta pela vitoria. Tanak continuou ao ataque na primeira passagem por Mikolajki, ganhando 0,7 segundos sobe Adrien Formaux e 0,9 sobe Thierry Neuwille, enquanto Kalle Rovanpera perdeu 2,1 segundos, tava em modo mais relaxado, agora que tinha a vitória em vista. 

Mikkelsen perdia mais 20,8 segundos, e caía para quinto. No final da especial, ele mesmo afirmava o porquê:

"Apenas a conduzir devagar. Da maneira como está, agora o nosso objetivo é o de levar o carro até ao fim. Com o que aconteceu na última etapa, é como é. Há muitos bancos e nós atingimo-los, às vezes podemos ter azar. Ontem, Evans teve azar e nós só temos de seguir em frente."

Na segunda passagem por Gmina Mragowo, Rovanpera foi o melhor, 0,6 segundos na frente de Tanak e 1,8 sobre Formaux. Mikkelsen perdia mais 38 segundos e caía para sexto na geral, a uma especial da Power Stage.

Ali, o melhor foi Neuville, 1,6 segundos melhor que Tanak, 3,4 de Rovanpera, 5,5 de Formaux e 6,4 sobre Takamoto. O belga, que manteve o comando do campeonato, resumiu bem o que foi este rali.

Foi um bom fim de semana para nós, mas sabíamos antes de vir para aqui que seria difícil. Continuamos a lutar mesmo com os problemas que tivemos. Conseguimos os pontos que pudemos, gerimos relativamente bem, agradeço à equipa por me ter dado um excelente carro."

Depois dos três primeiros, Neuville foi o quarto, a 1.10,8, na frente de Martins Sesks, a 1.47,0. Andreas Mikkelsen foi o sexto, a 2.16,6, não muito longe de Gregoire Munster, a 2.18,0. Katsuta Takamoto foi o oitavo, a 2.26,7, e a fechar o "top ten" ficaram o Toyota GR Yaris Rally2 de Sami Pajari, a 7.50,7, e o Skoda Fabia RS Rally2 de Oliver Solberg, a 8.12,7.

O WRC continua dentro de três semanas, entre os dias 18 e 21 de julho, com o Rali da Letónia.