sábado, 27 de agosto de 2022

Endurance: Alpine quer experimentar hidrogénio na Garagem 56


A Alpine está na Formula 1, mas também na Endurance, com o seu projeto próprio. Para 2023, estão a construir o projeto na categoria LMH, mas a marca francesa também está a ampliar os horizontes, nomeadamente o projeto do hidrogénio, que a ACO está a avançar, tentando atrair outras marcas. A ideia, confirmada pelo CEO da Alpine, Laurent Rossi, é de construir um protótipo para colocar na Garagem 56, usada para projetos inovadores. 

E ali, ao investir num estudo sobre a viabilidade do hidrogénio, o objectivo é de compreender adequadamente se a energia do hidrogénio poderia fornecer os níveis de desempenho necessários para a categoria máxima do automobilismo. E se sim, é para saber se poderá usar a partir de 2031, quando forem revistos os regulamentos sobre os motores. 

"Vamos desempenhar o nosso papel para inspirar os outros, os órgãos directivos com certeza", começou por dizer Rossi. "Adoraríamos poder mostrar, mas primeiro provar a nós próprios, que funciona, porque ainda precisamos de investigar se é mais do que uma crença ou uma profecia. Se funcionar, então queremos demonstrar que, digamos através da Garagem 56 em Le Mans ou em Nurburgring com um dos nossos veículos de estrada, será possível estando equipado com um motor de combustão interna alimentado a hidrogénio."

É improvável que os motores eléctricos e as baterias sejam suficientemente fortes em 2031 para alimentar os carros de Formula 1 nos seus níveis de desempenho actuais, o que significa que o campeonato terá pensar o que deve fazer a seguir para se manter relevante.

"Isto inspirará então talvez os órgãos directivos de que existe ali um caminho", conclui Rossi. "Se Porsche, a Ferrari e outros estiverem a seguir outras pistas, que assim seja. Mas é ainda melhor porque vamos trazer para a mesa mais opções do que apenas uma".

Youtube Formula 1 Vídeo: A avaliação dos pilotos a meio da temporada

Depois de três semanas de férias, a Formula 1, como sabem, regressou à ação em Spa-Francochamps. E com 14 corridas nesta temporada, é altura de fazer uma avaliação dos pilotos até agora. Quem o faz é Josh Revell, e claro, estas opiniões próprias são o que são e valem o que valem.

São cerca de 15 minutos de video. O que posso dizer é sentem e apreciem o video.  

Formula 1 2022 - Ronda 14, Bélgica (Qualificação)


Depois de três semanas de férias bem passadas, a Formula 1 regressa ao ativo para uma segunda parte que irá ser compacta, porque o campeonato tem de acabar antes do começo do Mundial de futebol, algures nas Arábias. A partir de agora, serão rondas triplas, ou seja, corridas em três fins de semana consecutivas, e logo no início de setembro, estaremos fora da Europa. 

E por falar em corridas, já houve alguns anúncios interessantes. Aparentemente, a Bélgica poderá ganhar um prolongamento, porque a Formula 1 não se acordou com o governo sul-africano para que haja corridas em Kyalami em 2023, mas claro, isso não é oficial - a saída do GP de França do calendário é - e isso, de uma certa forma, ficou num plano secundário face à chegada da Audi à Formula 1... em 2026. 

Mas mesmo antes disso, soube-se que por causa da mudança de componentes, Charles Leclerc, Max Verstappen, Mick Schumacher e Valtteri Bottas partirão do fundo da grelha, ou seja, as quatro últimas posições da grelha já têm dono. E claro, a chuva, que no início da semana era uma possível ameaça, agora não seria mais. 

Claro, com isso tudo, será que agora seria a altura da Mercedes brilhar?


Enquanto se pensava nisso, a qualificação belga começava com 25 minutos de atraso em relação ao horário inicial por causa de um acidente numa das provas de complemento, o Porsche Supercup, que danificou as barreiras entre Pouhon e Staevlot.

Os Williams foram os primeiros a sair à pista, simbolizando o início da qualificação, e pouco depois, apareceu o resto do pelotão. Primeiro, Mick Schumacher marcou 1.47,929, mas logo a seguir, foi superado por Max, com 1.44,581. No entanto, o seu companheiro de equipa conseguiu melhor: 1.44,377. Os Red Bull estavam a ser os melhores.

Até ao final da qualificação, não houve grandes novidades, e apesar de Lewis Hamilton ter andado perto de ser eliminado da Q1, e de George Russell ter avisado de "pingos de chuva" na pista, quem acabou por ficar no lado pior foram o Aston Martin de Vettel, o Alfa Romeo de Bottas, o Williams de Latifi, o Haas de Magnussen e o Alpha Tauri de Tsunoda.


Pouco minutos, depois, começou a Q2 sem grandes alterações. Boa parte do pelotão saiu logo no primeiro minuto, com Ricciardo e Gasly a saírem mais tarde. Max começou a marcar tempos, seguido por Pérez. O neerlandês fez 1.44,723, contra o 1.44,794 do mexicano. 

Entretanto, a Ferrari, Charles Leclerc queixava-se do comportamento do carro: "O carro está pulando como um louco no apex das curvas lentas. Está muito estranho."

Para a parte final, os Red Bull ficaram calmos nas boxes, provavelmente para poupar jogos de pneus, enquanto os outros fizeram isso. Especialmente Ocon e Russell, que estavam a puxar pelos seus companheiros de equipa ficando na sua frente o espaço necessário para terem vácuo. Ricciardo conseguiu apenas o oitavo melhor tempo, mas depois cai fora da Q3 graças a Alex Albon, no seu Williams. E o australiano fará companhia a Mick Schumacher, Lance Stroll, Guanyou Zhou e Pierre Gasly. E na frente, Charles Leclerc marcava 1.44,551 e ficava na frente da tabela de tempos.  

Mas por causa das penalizações, dos dez, apenas seis iriam disputar verdadeiramente a pole-position: Perez, Sainz, Hamilton, Russell, Alonso e Albon. O resto já está penalizado.

E foi com essas contas que fomos para a Q3. Esta começou com Leclerc a queixar-se... dos pneus. Parece que alguém não aproveitou estas férias como deve ser... claro, Max aproveitou e fez 1.43,665, contra os 1.44,297 de Carlos Sainz Jr. Claro, com Leclrc algo comprometido, decidiu rebocar o seu companheiro de equipa para ver se ele conseguia tirar a pole da Red Bull. Mas... não deu muito certo, pela menos na primeira parte da volta.


Mas no final, isso não contou muito. Verdade, Max conseguiu o melhor tempo, mas com a penalização, iria largar do meio do pelotão. Quem beneficiaria disto tudo era... Sainz Jr, que era pole, com Pérez em segundo e Alonso em terceiro. Um pódio que "habla español. Muy bien!" e o filho do Carlos Sainz consegue a sua segunda pole da sua carreira. 

Claro, isto foi a qualificação deste sábado. Resta saber o que esperar de amanhã, numa grelha que, no mínimo, está baralhada. 

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Noticias: Audi adquire Sauber e entrará em 2026


A Audi anunciou hoje que entrará na Formula 1 em 2026. Depois da Alfa Romeo ter anunciado que a sua parceria com a Sauber terminará no final de 2023, a marca de Inglostadt aproveitou a deixa para anunciar a sua entrada na categoria máxima do automobilismo, poucas semanas depois dos regulamentos sobre motores terem sido alterados para favorecer a sua entrada - e da Porsche, que fará uma parceria com a Red Bull. 

O anúncio foi feito esta manhã numa conferência de imprensa em em Spa-Francorchamps, na Bélgica, durante o fim de semana do GP local. No evento de apresentação, estiveram presentes Markus Duesmann, Presidente do Conselho de Administração da Audi AG, e Oliver Hoffmann, membro do Conselho de Administração para o Desenvolvimento Técnico, na companhia do presidente e CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, e Mohammed Ben Sulayem, o presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA).

Na conferencia de imprensa, Duesmann afirmou que o automobilismo faz parte do ADN da Audi.

"O desporto motorizado é parte integrante do ADN da Audi", começou por dizer, prosseguindo: "A Fórmula 1 é simultaneamente um palco global para a nossa marca e um laboratório de desenvolvimento altamente desafiante. A combinação de alto desempenho e concorrência é sempre um motor da inovação e da transferência de tecnologia na nossa indústria. Com as novas regras, agora é a altura certa para nos envolvermos. Afinal, a Fórmula 1 e a Audi perseguem objetivos claros de sustentabilidade."

Oliver Hoffmann, Membro do Conselho de Desenvolvimento Técnico, afirma: "Tendo em conta os grandes saltos tecnológicos que a competição está a dar rumo à sustentabilidade em 2026, podemos falar de uma nova Fórmula 1. A Fórmula 1 está a transformar-se e a Audi quer apoiar ativamente esta viagem. Uma estreita ligação entre o nosso projeto de Fórmula 1 e o departamento de Desenvolvimento Técnico da Audi AG permitirá sinergias."

A unidade de potência será construída no centro técnico da Audi Sport, em Neuburg, um Donau, não muito longe da sede da Audi AG em Ingolstadt. Algo que é inédito em muito tempo, porque todas as marcas de motores - Mercedes, Alpine, Ferrari e Red Bull - estão a desenvolver as suas unidades de potência na Grã-Bretanha. 

"Para o desenvolvimento e fabrico dos motores de Fórmula 1, vamos basear-nos na valiosa experiência dos nossos colaboradores do automobilismo, continuaremos a investir no nosso centro de automobilismo e também a recrutar profissionais altamente especializados", diz o diretor-geral da Audi Sport, Julius Seebach, que organizou a entrada na Fórmula 1.

Noticias: Spa pode não ter chuva no fim de semana


Não choverá no final de semana do GP da Bélgica. As previsões de chuva do início da semana, afinal, foram substituídas por céu parcialmente nublado e hipóteses de chuva muito reduzidas. O dia mais chuvoso será, afinal, o de sexta-feira. 

Nesta sexta-feira, o tempo será de aguaceiros, onde choverá mais ao início da tarde, com temperaturas a rondar os 19 graus. Porém, no sábado, com temperaturas a rondar os 21 graus, as chances de chuva são de 15 por cento, caindo para zero no domingo, com céu pouco nublado ou limpo, e vento fraco.

Assim sendo, as condições para uma corrida estão todas presentes. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

A(s) image(ns) do dia






Isto surgiu porque nessas redes sociais tão loucas como intrigantes, alguém me perguntou que patrocinador a Arrows usou no GP de Itália de 1983 - e apenas nessa corrida. Uma rápida pesquisa no Google providencia-nos a resposta: o patrocinador (foto 1, com Surer ao volante) é um fabricante de rebuçados. E fiquei espantado: uma equipa de Formula 1 a ser patrocinada pelo equivalente italiano dos rebuçados Dr. Bayard (em Portugal)?  

E depois, comecei a ver as outras fotos da Arrows naquela temporada. Sabia de algumas histórias: que Thierry Boutsen pagou meio milhão de dólares para ter um lugar na equipa. De um dos patrocinadores ser uma revista de automobilismo (foto 4, em Silverstone) - imaginam, amigos brasileiros, a equipa ser patrocinada pela Quatro Rodas? 

Mas foi assim que, há quase 40 anos, a equipa sobreviveu: alugar o espaço corrida a corrida, e um lugar ao preço mais alto. Aliás, bem vistas as coisas, eles tiveram quatro pilotos nessa temporada: começaram com Chico Serra (foto 5, em Paul Ricard, no GP de França), pelo meio entrou Alan Jones (foto 3, na Race of Champions, em Brands Hatch) e a partir de Spa-Francochamps, foi Boutsen que ficou com o lugar até ao final do ano (na foto 2, também em Brands Hatch, mas para o GP da Europa). Aliás, o simpático piloto belga lá esteve até ao final de 1986, altura em que se transferiu para a Benetton. 

No final, a Arrows conseguiu quatro pontos, todos com Surer, e o seu melhor resultado foi um quinto lugar em Long Beach, na frente do Theodore de Johnny Ceccoto, um dos poucos pilotos que andou em duas e quatro rodas, que deu o primeiro ponto da história à Venezuela. O A6 ainda correu no início de 1984, dando mais três pontos nas mãos de Thierry Boutsen, antes de terem os motores BMW Turbo. Mas aí, já tinham patrocinadores mais sólidos que lhes permitiram andar mais desafogados numa categoria onde os custos aumentavam a um ritmo que poucos conseguiam acompanhar.  

Formula E: Abt confirma Frijns e Muller


A Abt, que regressa à Formula E em 2023 depois da retirada da Audi, anunciou esta quinta-feira a sua dupla: será o neerlandês Robin Frijns e o alemão Nico Muller. De uma certa maneira, são um regresso, porque ambos já estiveram na estrutura da Abt no passado, não necessariamente na Formula E. Frijns estava na Envision, enquanto Muller na Dragon Racing, mas não correu em 2021-22, por estar na DTM.

Robin [Frinjs] e Nico [Müller] eram a nossa dupla de pilotos de sonho desde o início, porque têm tudo o que precisamos para o nosso regresso à Fórmula E: velocidade, experiência e o espírito certo”, diz Hans-Juergen Abt, sócio-gerente da ABT. “Se quisermos manter-nos contra as grandes equipas de fábrica na nova temporada, precisamos de uma equipa pequena e poderosa. E é aí que Robin e Nico se encaixam perfeitamente.

Sabemos pelos nossos anos juntos no DTM que eles são rápidos, verdadeiros pilotos de equipa e partilham a paixão pela ABT”, acrescenta Thomas Biermaier, CEO da equipa. “O facto de ambos nos terem escolhido, apesar de outras ofertas tentadoras, mostra como a família ABT é importante para eles e isso deixa-nos orgulhosos”.

A Abt usará a unidade de potência da Mahindra neste seu regresso à competição elétrica.

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Endurance: Bentley não descarta um regresso


Com 2023 à porta e uma enorme quantidade de marcas presentes na Endurance, e em consequência, nas 24 Horas de Le Mans, a Bentley, com pergaminhos na competição, não descarta a ideia de construir um programa desportivo à volta da série, para desenvolver a tecnologia para os carros de estrada.

Adrian Hallmark, o CEO da Bentley, disse numa entrevista ao site americano Road & Track que o regresso à mítica prova de resistência não está descartado, e nem há obstáculos dentro do Grupo Volkswagen nesse sentido.

"Claramente com a hibridação de Le Mans, e com o nosso plano de hibridação - onde passamos de oferecer híbridos ao lado de carros de combustão, a ser híbridos puros dentro dos próximos dois anos - haveria uma boa - chamo-lhe estratégica com um pequeno "s", ou táctica com um grande "t" - oportunidade de voltar a correr híbridos naquela janela, antes de irmos completamente eléctricos", começou por dizer Hallmark. "Demos uma vista de olhos, o nosso negócio principal é a nossa principal prioridade, há muitas incertezas no horizonte económico global, por isso não queremos saltar para um programa e sermos apanhados a meio, queremos fazê-lo bem", continuou.

"Dentro do Grupo, se o quisermos fazer, não há resistência se o pudermos financiar, fazer com que funcione, fazer com que aconteça. A Porsche não se importa também porque eles pensam que vão ganhar de qualquer maneira. Quanto à Lamborghini, eles vão fazer como o Stephan [Winkelmann, CEO] faz sempre, com panachê".

Porém, isso não é um assunto decidido. "Enquanto tivermos uma proposta com capacidade para o pódio, estaremos interessados, mas ainda não chegámos a uma decisão. É uma questão de garantir que todas as peças certas estão no lugar", concluiu.

A Bentley tem tradição nas 24 Horas de Le Mans, ao ter vencido em 1924, 1927, 1928, 1930, graças aos "Bentley Boys" como Woolf Barnato e o Earl Howe. Em 2003, regressou a La Sarthe com um carro construído para o efeito, acabando por triunfar com Rinaldo Capello, Tom Kristensen e Guy Smith

Noticias: McLaren e Ricciardo separam-se por mútuo acordo


A McLaren anunciou esta quarta-feira que o contrato com piloto australiano Daniel Ricciardo, que ia até 2023, foi terminado "por mútuo acordo entre as partes". Apesar de nada se ter dito quem é o seu sucessor, espera-se que o seu compatriota Oscar Piastri seja o seu sucessor. 

"Foi um privilégio estar na família McLaren por duas temporadas, [mas] concordamos em rescindir meu contrato após vários meses de negociações. Anunciarei meus planos futuros no devido tempo, mas não me arrependo e estou orgulhoso do esforço e trabalho feito em conjunto com a McLaren, especialmente com a vitória em Monza no ano passado. Darei tudo de mim dentro e fora da pista no resto da temporada, nunca estive mais motivado para competir e fazer parte deste desporto que tanto amo", disse o piloto de 33 anos, no vídeo que deixou esta tarde nas redes sociais.

Do lado da McLaren, Zak Brown elogiou e agradeceu os préstimos de Ricciardo na sua passagem pela equipa de Woking.

"Daniel foi uma grande mais-valia para a McLaren, e foi um prazer trabalhar com ele. Queria agradecê-lo por todos os esforços que cometeu ao longo das últimas duas temporadas, quer na pista, quer na sede. Não é segredo para ninguém que gostaríamos de ter conseguido melhores resultados juntos, mas vê-lo no topo do pódio como piloto da McLaren foi o auge [da nossa colaboração]. Desejamos-lhe o melhor e iremos saborear o resto da temporada que teremos juntos.", disse.

Nas duas temporadas ao serviço da equipa de Woking, o ponto alto foi a vitória no GP de Itália de 2021, conseguindo ali também a volta mais rápida. Contudo, de uma temporada onde conseguiu 115 pontos e o oitavo lugar na geral, nesta temporada, até agora, conseguiu apenas 19 pontos e um sexto lugar em Jeddah como melhor resultado. 

terça-feira, 23 de agosto de 2022

A imagem do dia


Há 35 anos, no Needles Trophy, na ilha de Wight, Didier Pironi queria triunfar na sua segunda vida como piloto. O "Colibri" era um barco invulgar, por ser feito de fibra de carbono, e com ele, embarcaram na aventura o jornalista Fabien Giroix e o mecânico e amigo Jean-Claude Guenárd. Tinham triunfado na semana anterior na Noruega, algo que foi tão celebrado que Enzo Ferrari lhe mandou um telegrama a dar os parabéns pelo feito. 

Tinha estado quatro anos em reabilitação. A ideia era essa mesma: regressar a um carro de Formula 1 e mostrar que tinha de ser competitivo. No verão anterior, tinha feito testes quer com o AGS, quer com o Ligier, em Paul Ricard e Dijon-Prenois. Contudo, a seguradora avisou-o que tinha avançado com o dinheiro do seguro se ele não fosse mais correr na Formula 1, e disse que tinha de devolver o dinheiro se regressasse à competição.

Com 35 anos, queria regressar à competição. Correr no campeonato "offshore" implicava que o pé afetado não seria trabalhado ou pressionado - não havia um pedal de acelerador, era tudo à mão - e em França, todos seguiam as aventuras do "Colibri". Com a vitória nas paragens norueguesas, ele punha-se na luta pelo título mundial, e o Needles Trophy era tão importante como triunfar num Grande Prémio como em Silverstone ou Monza.

O barco estava na frente, a lutar pela vitória, quando uma onda, provocada aparentemente por um petroleiro, o fez virar de cabeça para baixo, matando-os instantaneamente. Naquele local, a prudência fez abrandar a concorrência, mas eles arriscaram. E o resultado foi o que sabemos.

Para piorar as coisas, seis meses depois, o seu meio-irmão José Dolhem, que também tinha chegado à Formula 1 antes de Didier, em 1974, foi vitima de um acidente aéreo quando ia para uma reunião com potenciais patrocinadores do "Colibri". Ele decidira pilotar o barco no lugar dele. Ambos estão sepultados no cemitério de Saint Tropez.   

Endurance: Kolles quer inscrever dois LMH em 2023


Colin Kolles anunciou que o seu projeto de LMH irá ter dois carros a partir de 2023, apesar do desaguisado com a FIA e a ACO por causa do nome Vanwall, do qual ainda não foi decidido. No final do mês passado, um dos chassis esteve a testar em Lausitzring com Esteban Guerrieri e Tom Dillman ao volante, para que tudo esteja pronto a correr na próxima temporada na classe LMH, a par com a Toyota e provavelmente, a Glickenhaus e a Peugeot. 

Kolles disse que um terceiro chassis poderá estar a caminho e há planos para uma versão de estrada, ambos com motores Gibson V8 de 4,5 litros. 

Pretendemos inscrever dois carros para a próxima temporada e também estaremos oferecendo carros para clientes à venda. Há um interesse significativo de várias partes”, começou por dizer Kolles ao site dailysportscar.com.Esses são nomes proeminentes no automobilismo, mas não nomes que estão atualmente no WEC, e sim equipas que estão descontentes com os campeonatos que estão disputando atualmente”.

Prevê-se que o custo dos carros dos clientes seja “mais barato que o Porsche e no mesmo patamar que o Glickenhaus”. Quando à versão de estrada, Kolles fala que irão aproveitar o protótipo. “Iremos usar o chassis do crash-test para o protótipo. Ele saiu do teste completamente ileso. Iremos tê-lo a rolar no final de setembro. Terá mil cavalos e mil quilos”, concluiu.

Kolles espera que o carro seja inscrito no final do ano para a próxima temporada, que promete ser bem animada, ainda por cima, com o centenário das 24 Horas de Le Mans. 

Formula E: Rast corre na McLaren


O alemão René Rast foi hoje confirmado como piloto da McLaren para a temporada de 2023 da Formula E. Na sua estreia na competição elétrica, pois irá ficar com a estrutura da Mercedes, a equipa de Woking confirmou que os pilotos que lá estieram a competir na temporada que terminou - o neerlandês Nyck de Vries e Steffel Vandoorne - poderão não continuar na próxima temporada, com o belga a ser o atual campeão da modalidade.

Para Rast, de 35 anos, estar na Formula E não é uma estreia. Competiu uma série de rondas entre 2016 e 2021 pela Audi, e teve como melhor resultado um segundo lugar na ronda de Puebla, em 2021.

Para além disso, a carreira de Rast foi feita essencialmente no DTM, onde foi campeão em 2017, 2019 e 2020, correndo por lá nesta temporada, ao serviço da Team Abt, onde é terceiro no campeonato. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Noticias: Giovinazzi será piloto de reserva da Haas


Antonio Giovinazzi será piloto de testes nas primeiras sessões de treinos dos GP's de Itália, em Monza e dos Estados Unidos, em Austin. O piloto italiano, que não corre desde o final do ano passado quando acabou o contrato com a Alfa Romeo-Sauber, e andou este ano na Formula E, ao serviço da Dragon, andará quer nos carros de Kevin Magnussen e de Mick Schumacher.

O director da equipa Haas, Guenther Steiner, disse que a Ferrari solicitou a experiência para ajudar Giovinazzi a estar pronto se alguma vez for necessário como piloto substituto, enquanto a equipa americana ainda não confirmou quem irá correr ao lado de Magnussen em 2023.

"Estamos felizes por acolher o Antonio Giovinazzi de volta à equipa para os dois treinos-livres", começou por dizer. "A Ferrari estava ansiosa por dar ao Antonio algum tempo de lugar num carro de Fórmula 1 actual num fim-de-semana de corrida e nós ficámos naturalmente felizes por ajudar. Gostámos de uma situação semelhante em 2017 com o Antonio e a Ferrari - a diferença clara entre então e agora é a experiência que ele terá adquirido ao competir nas três temporadas anteriores na Fórmula 1 e o feedback que nos poderá dar em Itália e na América. Estou ansioso por voltar a ver Antonio e tê-lo de volta ao paddock connosco".

"Estou tão contente por ter a oportunidade de voltar a conduzir em sessões oficiais de Formula 1", começou por dizer Giovinazzi. "Para além da condução em simulador, é importante testar um carro verdadeiro e mal posso esperar para vestir o meu fato e o meu capacete", concluiu.

Formula 1: Nova dose de tempestade em Spa?


Poderá chover em Spa-Francochamps no sábado e domingo. É o que a meteorologia prevê neste momento, a menos de uma semana do regresso da Formula 1 ao circuito belga. Se na sexta-feira será nublado, com cerca de 24 graus e vento fraco, já no sábado, a pluviosidade aumentará e na hora da qualificação, as chances serão baixas, mas haverá nebulosidade constante, o que poderá incomodar a qualificação. 

A pluviosidade aumentará no final de sábado, e no domingo, apesar de haver aguaceiros, e uma chance baixa - cerca de 25 por cento - de chuva, e o vento rodar os 10 km/hora, a humidade será de 66 por cento e a temperatura andará pelos 22ºC. Apesar de haver mais chances de uma corrida a seco, as hipóteses permanecem no ar. 

Como é sabido, o GP da Bélgica do ano passado aconteceu debaixo de constante chuva, onde os carros andaram algumas voltas debaixo de Safety Car, acabando na terceira volta, sendo o mais curto de sempre. 

WRC 2022 - Rali Ypres (Final)


No final, Ott Tanak conseguiu ser o melhor no Rally Ypres, prova belga a contar para o Mundial de ralis. O piloto da Hyundai levou a melhor sobre Elfyn Evans, por meros cinco segundos. Esapekka Lappi, noutro Toyota, foi terceiro, e a longa distância de ambos: 1.41,6 sobre o vencedor, mas também muito longe de Oliver Solberg, o quarto, a 3.48,5. 

"Ganhar aqui é uma grande surpresa para nós - mais ou menos o mesmo que aconteceu na Finlândia. Não esperávamos isso de nenhum lugar, mas de alguma forma conseguimos nos unir durante o rali. É ótimo ver alguns os resultados estão chegando, mas há muito que podemos melhorar e ainda podemos ser muito mais fortes, então ainda há algum trabalho a fazer.", disse Tanak no final da prova.

"Você nunca está realmente satisfeito com o segundo lugar. Acho que no geral foi um fim de semana sólido. Aquele furo na sexta provavelmente custou alguns segundos, mas no geral foi um fim de semana forte e o carro foi bom.", respondeu Evans, no pódio.

Com quatro especiais para acabar o rali, o dia começou com Evans ao ataque, triunfando na primeira passagem por Watou, 1,1 segundos na frente de Ott Tanak. Ele voltou a triunfar na primeira passagem por Kemmelberg, desta vez com 0,4 segundos na frente do estánio, mas sem capacidade para o apanhar. Para piorar as coisas, na segunda passagem por Watou, Tanak triunfou e o galês perdeu meio segundo, deixando tudo para a Power Stage.

Ali, o melhor foi Rovanpera - que levou os cinco pontos da vitória - 1,1 segundos na frente de Evans e 2,9 sobre Neuville. Tanak foi quarto, a 3,3, mas foi o suficiente para triunfar pela segunda vez consecutiva, a terceira no ano e consolidando o segundo posto da geral.


No final da prova, o Vice-Director da Hyundai Shell Mobis WRT, Julien Moncet, Ypres foi um lugar feliz, depois de vários meses de agruras. Duas vitórias consecutivas, terceiro triunfo do ano, e as coisas parecem estar a mudar a pouco e pouco apesar dos pilotos dizerem que há ainda muito trabalho a fazer. 

Foi um bom resultado. Primeiro a vitória para Ott é definitivamente o ponto alto. Duas vitórias consecutivas, na Finlândia, piso de terra rápido, e agora em Ypres no asfalto é muito encorajador para o resto da temporada.", começou por dizer. "E sim, um bom resultado também para o Oliver [Solberg] o quarto lugar é o seu melhor resultado até agora no WRC. Após o desastre na Finlândia, ele conseguiu recuperar e estabelecer um ritmo adequado aqui em Ypres. Também trabalhámos de forma diferente com ele para lhe dar confiança e consistência e parece que isso valeu a pena.", continuou.

"Claro que, pelo lado negativo, Thierry saiu de estrada no sábado, embora estivesse claramente a lutar pela liderança do rali, mas isso faz parte do desporto automóvel”, concluiu.

Depois dos quatro primeiros, Katsuta Takamoto foi o quinto, a 6.06,1, na frente de Stephane Lefebvre, a 10.00,7, e o melhor dos Rally2, depois de ter disputado o lugar com Andres Mikkelsen, que foi sétimo, mas com menos de três segundos de diferença entre eles. Yohan Rossel foi o oitavo, a 10.54,8, e a fechar o "top ten" ficaram o britânico Chris Ingram, a 11.20,8 e o russo Nikolay Gyazin, a 11.26,8.

Agora, o WRC irá para terras gregas, onde entre os dias 8 e 11 de setembro decorrerá o Rali da Acrópole.

domingo, 21 de agosto de 2022

A(s) image(ns) do dia






A ACO divulgou este sábado o troféu do centenário das 24 Horas de Le Mans, que acontecerá em junho de 2023. Num ano em que diversas marcas regressarão à Endurance nas classes LMH e LMDh, ou seja, os hypercars ou os híbridos, que também correrão na IMSA, o campeonato americano de Endurance.

O pessoal em Le Mans quer fazer de 2023 um ano bem especial. É o ano do centenário, decidiu fazer um acordo com a FIA para ter um conjunto de marcas dispostas a triunfar naquele que será, decerto, uma das edições mais ricas em termos de marcas, e este troféu é um exemplo dessa riqueza no número de inscritos. 

Em junho do ano que vêm, mais de 25 carros irão competir por este troféu. Resta saber quem será o sortudo, e onde irá. Estados Unidos? Alemanha? Itália? França? Reino Unido? Japão?

Os fãs estão a contar os meses para junho. Compreendo perfeitamente.

WRC 2022 - Rali Ypres (Dia 2)


Ott Tanak foi o mais veloz no final do segundo dia do Rali de Ypres, na Bélgica, aproveitando ainda por cima o despiste de Thiery Neuville, que acabou por ser vítima das bermas, como aconteceu com Craig Breen durante a manhã. Agora, o estónio luta pela liderança com Elfyn Evans: 8,2 segundos separam ambos, que deixam Esapekka Lappi a quase um minuto e 10 segundos.

A manhã começou com as primeiras passagens por Reninge, Dikkebus, Wijtschate e Hollebeke, e logo na primeira especial, houve o triunfo de Kalle Rovanpera, mas ele já não contava para a classificação. Ott Tanak foi segundo, 0,8 segundos na frente de Elfyn Evans, enquanto Thierry Neuville era sexto, a 3,1 segundos do vencedor.

A primeira passagem por Dikkebus ficou marcada pelo acidente de Craig Breen, que fez neutralizar a especial entre os cinco primeiros. O piloto da Ford acabou por não continuar, e o rali prosseguiu adiante na primeira passagem por Wijtschate, onde Neuville foi o melhor, 3,2 segundos na frente de Evans e 5,8 sobre Lappi. Tanak foi quarto, a 6,4, e foi o suficiente para o piloto belga passar para a frente, com Tanak a perder 10,2 segundos, queixando-se de problemas na transmissão.

"Tudo bem, mas o carro está um pouco nervoso. De alguma forma, o tempo não é tão mau, então devemos estar satisfeitos com isso.", disse o piloto belga.

A tarde começa com Neuville ao ataque, 1,7 segundos adiante de Elfyn Evans e 2,1 sobre Ott Tanak. Parecia que o belga tinha as coisas todas controladas, mas Evans conseguiu ser melhor na segunda passagem por Dikkebus, 1,7 segundos sobre Tanak e 2,8 sobre Neuville. 

Mas na segunda passagem por Wijtschate, Neuville despista-se e os estragos são tais que acaba por desistir. Um grande golpe de teatro bem aproveitado por Ott Tanak, triunfando na especial, mas com Elfyn Evans a 6,3. Tanak alargou a sua liderança, triunfando novamente e deixando 1,9 segundos de diferença para Evans.

"Eu realmente não sei. Como [Neuville] disse antes, provavelmente eu não tenho um problema. Foi uma pena o que aconteceu, mas acho que dentro da equipa não devemos lutar um com o outro - devemos lutar contra os outros. Não sei o que ele estava pensando.", disse Tanak no final da última especial do dia.

Depois dos três primeiros, Oliver Solberg é o quarto, a 2.51,6, com Adrien Formaux não muito atrás, a 3.05,9. Já bem distante, na sexta posição, está Katsuta Takamoto, a 5.39,3, com Stephane Lefebvre em sétimo, e o melhor dos Rally2, a 7.46,2. Andreas Mikkelsen é o oitavo, a 8.11,9, e a fechar o "top ten" estão o francês Yohan Rossell, no seu Citoen C3 Rally2, a 8.50,9 e o Hyundai i20 Rally2 do luxemburguês Gregoire Munster, a 9.12,1.

O rali de Ypres acaba amanhã com a realização das últimas quatro especiais.   

Youtube Rally Video: O acidente de Thierry Neuville em Ypres

O rali belga deu cabo das proas de muita gente, graças às curtas estradas e fundas valas. Kalle Rovanpera, Craig Breen e no final do dia, Thierry Neuville, que saiu de estrada e danificou ao ponto de ele acabar por desistir devido aos danos. Isto, quando ele liderava a prova.