Adrian Hallmark, o CEO da Bentley, disse numa entrevista ao site americano Road & Track que o regresso à mítica prova de resistência não está descartado, e nem há obstáculos dentro do Grupo Volkswagen nesse sentido.
"Claramente com a hibridação de Le Mans, e com o nosso plano de hibridação - onde passamos de oferecer híbridos ao lado de carros de combustão, a ser híbridos puros dentro dos próximos dois anos - haveria uma boa - chamo-lhe estratégica com um pequeno "s", ou táctica com um grande "t" - oportunidade de voltar a correr híbridos naquela janela, antes de irmos completamente eléctricos", começou por dizer Hallmark. "Demos uma vista de olhos, o nosso negócio principal é a nossa principal prioridade, há muitas incertezas no horizonte económico global, por isso não queremos saltar para um programa e sermos apanhados a meio, queremos fazê-lo bem", continuou.
"Dentro do Grupo, se o quisermos fazer, não há resistência se o pudermos financiar, fazer com que funcione, fazer com que aconteça. A Porsche não se importa também porque eles pensam que vão ganhar de qualquer maneira. Quanto à Lamborghini, eles vão fazer como o Stephan [Winkelmann, CEO] faz sempre, com panachê".
Porém, isso não é um assunto decidido. "Enquanto tivermos uma proposta com capacidade para o pódio, estaremos interessados, mas ainda não chegámos a uma decisão. É uma questão de garantir que todas as peças certas estão no lugar", concluiu.
A Bentley tem tradição nas 24 Horas de Le Mans, ao ter vencido em 1924, 1927, 1928, 1930, graças aos "Bentley Boys" como Woolf Barnato e o Earl Howe. Em 2003, regressou a La Sarthe com um carro construído para o efeito, acabando por triunfar com Rinaldo Capello, Tom Kristensen e Guy Smith.
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