sábado, 25 de agosto de 2018

ERC: Lukyanuk o melhor em Zlin, Magalhães é décimo

O primeiro dia do Rali Barum Zlin, na República Checa, tem Alexey Lukyanuk no comando da prova, na frente do local Jan Kopecky, enquanto o português Bruno Magalhães está nos lugares pontuáveis, sendo o décimo após a realização da nona especial. A diferença entre os dois primeiros é de 16,8 segundos, enquanto Magalhães tem um atraso de dois minutos e 50,7 segundos.

Com uma data de checos na lista de inscritos, para além de Lukyanuk e Magalhães, outro grande nome na lista de inscritos era Dani Sordo, que participava com um Hyundai i20 R5. 

Depois de Kopecky ter vencido na super-especial do dia anterior, 2,1 segundos na frente de Alexey Lukyanuk, o dia começa com Kopecky a vencer na primeira passagem por Březová, com três segundos de vantagem sobre Lukyanuk, mas na segunda especial do dia, a primeira passagem por Semetin, Gryazin vence e Kopecky perdeu meio minuto graças a um furo, caindo para a a quarta posição. Lukyanuk voltou a vencer na primeira passagem por Rajnochovice, mas Kopecky reagiu e acabou a manhã a vencer, 13,1 segundos na frente de Dani Sordo. Com isso, subiu para segundo, a 7,4 segundos do piloto russo.

Por esta altura, Magalhães era décimo, a um minuto e 43 segundos da liderança.

Na parte da tarde, com as segundas passagens pelas classificativas da manhã, Kopecky atrasou-se quase vinte segundos e caiu para o terceiro posto, depois de ter batido numa rocha e furado de novo. Lukyanuk aproveitou para acelerar e vencer na sétima especial, com Kopecky a reagir na oitava especial, tirando 2,6 segundos ao piloto russo. O checo voltou a vencer na última especial do dia, conseguindo aproximar-se de Lukyanuk em 3,2 segundos.

No final do dia, Lukyanuk lidera com 16,8 segundos de avanço sobre Jan Kopecky, enquanto outro russo, Nikolay Gryazin, é o terceiro, a 33,3 segundos. Dani Sordo é o quarto, a 50,5, na frente de Miroslav Jakes, no seu Skoda Fabia R5. Filip Mares é sexto, na frente do alemão Fabian Kreim, ambos de Skoda, o mesmo corre no carro do oitavo classificado, Jaromir Tarabus. A fechar o "top ten" estão o britânico Chris Ingram e o português Bruno Magalhães.

O Rali Bernum Zlin termina amanhã, com a realização das restantes seis especiais. 

Formula 1 2018 - Ronda 13, Bélgica (Qualificação)

Depois de um mês de férias - todos sabem que alguns praticamente não sobrevivem a todo este tempo parado - o pelotão da Formula 1 andou ativo nos bastidores. O pai de Lance Stroll comprou a Force India e mudou de nome para Racing Point, Fernando Alonso decidiu que iria correr noutros lados, venceu as Seis Horas de Silverstone, para logo depois ser desclassificado, e Daniel Ricciardo decidiu ir para a Renault em vez de ficar na Red Bull, provavelmente atraído pelos milhões que a marca do losango atirou para ele no sentido de ser o primeiro piloto. Curiosamente, Carlos Sainz Jr. não vai ficar com o seu lugar, pois este vai para Pierre Gasly, vindo da Toro Rosso...

Mas o filho de Carlos Sainz não fica desempregado: vai ficar com o lugar de Alonso na McLaren. Resta saber se a McLaren em 2019 será um bom lugar... 

Entretanto, o pelotão soube que na Mercedes, Valtteri Bottas teve de trocar de motor e caixa de velocidades, fazendo com que ficasse com um lugar cativo no fundo da grelha. Não iria haver uma primeira fila cheia da Flechas de Prata, dando mais chances à Ferrari e quem sabe, à Red Bull, que teria o circuito todo pintado de laranja, porque a Holanda é já ao lado e todos querem apoiar Max Verstappen...

O sábado tinha à espera tempo nublado, com possibilidades de chuva, mas isso não acontecia quando começou a qualificação. Isso não impediu que todos fossem para a pista o mais rapidamente possivel, marcando tempo antes que chovesse, mesmo não sabendo quando é que chegasse e molhasse a pista.

Os Ferrari apressaram-se a ficar na frente da tabela de tempos, deixando Lewis Hamilton a quase um segundo. Atrás, os Renault estavam com dificuldade em ter aderência, e entre os McLaren e os Williams, que deram o seu melhor, mas não passaram para a Q2, Carlos Sainz Jr juntou-se a eles de modo inesperado. Mas independente do resultado de Sainz, o que se pode ver é que duas das equipas mais tradicionais da Formula 1, McLaren e Williams, estavam no fundo da grelha...

A Q2 tinha já as nuvens a ameaçar na pista, mas todos andavam de pneus secos e batiam recordes. Como Kimi Raikkonen, que conseguiu bater o famoso recorde do Porsche 919 Hybrid - sem estar nos regulamentos da WEC, mas isso é um pormenor... - e Vettel melhorou, fazendo 1.41,5. Mas por esta altura, os céus já escureciam e a chuva vinha a caminho.

No final da Q2, Os Toro Rosso, os Sauber e o Renault de Nico Hulkenberg - que não marcou qualquer tempo - acabaram por ficar de fora. Do outro lado, para além dos Mercedes, Ferrari, Red Bull, Haas e a Force India - ou o que se chamam agora - passaram para a Q3.

E foi nesse momento que começou a chover.

Chegados à Q3, o pessoal andava de pneus secos, tentando driblar o piso molhado. Os pilotos tentaram com pneus secos, mas Valtteri Bottas tem um despiste a alta velocidade em Staevlot, o suficiente para que todos mudassem de pneus para os intermédios.

Os carros voaram para trocar de pneus, para ver se conseguiam segurar o carro na pista, principalmente nas partes onde a chuva fazia mais estrago, como acontece sempre na altura em que chove.

Mas se normalmente a chuva costuma baralhar as coisas, no final, Hamilton não deu chances, esmagando Vettel, com um surpeendente Esteban Ocon a ser terceiro na grelha na chuva, na frente de Sergio Perez, de Romain Grosjean e de Kimi Raikkonen. Os Red Bull, discretos, foram apenas sétimo e oitavo.

"Esse foi um dos treinos de qualificação mais difíceis que eu consigo me lembrar. Nenhum de nós chegou a guiar na chuva neste fim de semana, então nem consigo expressar o difícil que foi isso", afirmou Hamilton na entrevista após o fim da sessão.

Óbviamente, os fãs de Hamilton ficam cada vez mais convencidos que o seu piloto está a caminho do pentacampeonato, especialmente depois da pole numero 76. Contudo, amanhã é dia de corrida e muitas coisas ainda poderão acontecer. Especialmente com o lendário tempo instável naquela zona da Bélgica...

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

A imagem do dia

Stirling Moss dando o sinal de vitória pelo seu triunfo no circuito da Boavista. Há precisamente 60 anos, o britânico vencia o primeiro Grande Prémio de Portugal de Formula 1. Guiava um Vanwall e bateu o Ferrari de Mike Hawthorn.

Hoje, fiquei agradavelmente surpreendido que o jornal "A Bola" - que se dedica maioritáriamente ao futebol - ter dado três páginas ao GP de Portugal, aos pilotos da altura e à temporada de 1958. Que, quem segue por aqui as suas peripécias, sabe que tem sido fatídica, com as mortes de Luigi Musso e Peter Collins, e a retirada de Juan Manuel Fangio.

A matéria de hoje foi bem interessante. Falou de Maria Teresa de Fillipis, a primeira mulher-piloto na Formula 1, de Stuart Lewis-Evans, cuja morte em Marrocos fez com que a Vanwall desaparecesse, e também falou de um incidente que, a ter acontecido, poderia ter dado o título mundial a Stirling Moss.

Na parte final da corrida, Hawthorn sofreu um despiste e saiu por uma escapatória. Os comissários queriam empurrá-lo dali, mas Moss avisou-os que caso tocassem no seu carro, ele seria declassificado, e teria de ser ele a fazer isso pelos seus próprios meios. Hawthorn conseguiu colocar o carro na pista e acabou em segundo, atrás do vencedor. E apesar de ter perdido pontos para o seu rival, foi o resultado da última corrida, onde foi exatamente igual a da Boavista, com Moss em primeiro e Hawthorn em segundo, que deu o título ao piloto da Ferrari.

Claro, boa parte da história é conhecida: Hawthorn morreu em janeiro do ano seguinte, com um acidente na Grã-Bretanha, a bordo do seu Jaguar, mas falava-se desde há um tempo que os seus rins já falhavam, e tinha ele apenas 29 anos. E também se falou do final de Moss, em 1962 quando se despistou com o seu Lotus 24 e ficou em convalescença durante seis meses. E desse dia, as únicas coisas que se lembra tinham sido a bela sul-africana da noite anterior e ter tocado com o pneu do seu carro de passeio no muro...

No final, é uma visão rara para assinalar um momento na nosa história automobilistica: a primeira vez que tivemos um Grande Prémio de Formula 1. Depois iriam ter até 1960, antes de uma longa ausência de 24 anos...

CNR: Diogo Gago vai correr em Amarante pela Hyundai

Diogo Gago vai ter uma chance de andar no Hyundai i20 R5 que era guiado por Carlos Vieira até ao seu acidente no Rali Vidreiro. No Rali Amarante/Baião, o piloto, que normalmente anda de Peugeot 208 R2 em provas do Europeu de ralis, vai ter a chance de andar entre os grandes do rali português.

"O Team Hyundai Portugal decidiu dar agora uma oportunidade a Diogo Gago, um dos mais promissores pilotos da cena portuguesa dos ralis, para guiar o i20 R5 oficial na próxima prova do CPR, o Rali Amarante Baião, que se disputa, nos próximos dias 21 e 22 de setembro, sob a égide do Clube Automóvel de Amarante", diz o comunicado oficial da marca.

Esta oportunidade significa muito para mim”, começou por dizer o piloto algarvio. “Há muitos anos que me bato para chegar a um nível mais alto e fico muito grato pela escolha. Vai ser uma oportunidade única, tem um valor simbólico enorme, pelo que agradeço à Hyundai Portugal, ao Carlos Vieira e à Sports & You por acreditarem nas minhas capacidades. Estou muito contente e agradecido” prossegue.

Quanto a objetivos, Diogo Gago quer acima de tudo tirar o máximo proveito da experiência: “Quero desfrutar da oportunidade e aprender o máximo. Não vou olhar a resultados, porque o objetivo é chegar ao final, embora sem descurar naturalmente a melhor classificação possível. Mas realço que não quero pensar em resultados, até porque é a primeira vez que guio um carro tão competitivo como o Hyundai i20 R5 e vai ser somente nesta prova. Por isso, reforço, o objetivo é desfrutar e aprender o máximo possível”.

Youtube Electric Showdown: Jay Leno anda de Tesla

Jay Leno é um enorme coleccionador de carros funcionais, desde o inicio do automóvel. E ele sabe da sua história mais do que ninguém, logo, não só sabe que no inicio do século XX havia mais de quatro centenas de marcas de automóveis, como mais de metade eram elétricos. E que só nos anos 20, quando Henry Ford popularizou o Modelo T e o motor a combustão interna, os elétricos - bem como outras formas de propulsão, como o vapor - foram batidos por esse tipo de motor.

Agora, os eletricos estão de volta e a sua tecnologia está a evoluir rapidamente. A Tesla surgiu há 15 anos e quer revolucionar o mundo automóvel. O Roadster, Model S, Model 3 e o futuro Roadster - lá para 2020, dizem eles - poderão fazer com que as pessoas larguem de vez os poluentes motores a combustão interna pelos silenciosos elétricos.

Leno foi experimentar esses carros e diz o que pensa deles. 

Noticias: Wickens foi novamente operado

Robert Wickens foi operado esta sexta-feira de madrugada ao braço direito e aos tornozelos, três dias depois da sua operação à coluna vertebral. De acordo com um comunicado da IndyCar, as operações aconteceram sem grandes problemas, mas continuam a afirmar que "a lesão na medula espinal de Wickens segue com gravidade indeterminada".

Disseram também que foram feitos testes de precaução e não foram detectadas novas lesões nessa zona. 

Por agora, nada ainda foi indicado sobre as possibilidades de recuperação e reabilitação do piloto de 29 anos, que estava a fazer a sua temporada de estreia na IndyCar Racing pela Sam Schmidt. No passado domingo, durante as 500 Milhas de Pocono, o canadiano sofreu um forte contato com Ryan Hunter-Reay, que o espremeu para o muro, rebentou a grade de proteção e voltou em seguida para a pista. 

O acidente envolveu maus seis pilotos, entre eles James Hintchcliffe e Pietro Fittipaldi, mas nenhum deles necessitou de tratamento hospitalar.

GP Memória - Hungria 2003

Três semanas depois de terem corrido o GP da Alemanha, máquinas e pilotos estavam em paragens húngaras para mais uma corrida de um campeonato do qual ninguém sabia muito bem quem seria o vencedor, e já não faltava muito para que acontecesse. 

O circuito de Budepeste tinha passado por alterações na sua pista. A sua reta da meta era um pouco maior, e mais algumas partes do circuito tinham sido alargadas para terem mais velocidade e deixar de ser uma pista sinuosa e lenta. As mudanças aconteceram, mas não aconteceram grandes diferenças.

Durante uma das sessões de qualificação, Ralph Firman teve um acidente grave quando perdeu a sua asa traseira. Bateu forte e ficou inconsciente no seu carro. Apesar das suas feridas não terem sido graves, a Jordan decidiu substitui-lo pelo local Zsolt Baumgartner para o resto do fim de semana.

No final da qualificação, Fernando Alonso conseguia a sua segunda pole-position do ano e da sua carreira, com Ralf Schumacher a seu lado. Mark Webber era o terceiro, no seu Jaguar, seguido pelo segundo Williams-BMW de Juan Pablo Montoya.

Na partida, Alonso manteve a liderança, enquanto os Williams atrasavam-se, com Ralf Schumacher a fazer um pião e a ficar no fundo do pelotão. No final da primeira volta, Alonso liderava com Webber e Raikkonen logo atrás. Com o Jaguar a ser mais lento que o McLaren, o espanhol da Renault abriu uma vantagem confortável até a volta 13, altura em que fez o seu primeiro reabastecimento. Três voltas depois, após as paragens de Webber, Montoya e Raikkonen, Alonso voltava à liderança.

Na volta 19, Rubens Barrichello teve um problema na suspensão do seu Ferrari e acabou no muro, depois de embater fortemente. Os comissários de pista decidiram manter a corrida como estavam o que foi um alivio para Alonso, que por esta altura, já tinha 24 segundos de avanço sobre o segundo classificado. 

Na volta 30, Alonso voltava a reabastecer, mas com o avanço que já tinha, permitiu controlar melhor o pelotão, especialmente os Williams, que eram atrasados pelo Renault de Jarno Trulli, que permitia maior avanço a Alonso. Ainda houve um terceiro reabastecimento, mas não houve mais grandes alterações, excepto quando o líder deu uma volta a Michael Schumacher, que estava a ter uma prova para esquecer naquela tarde... 

Mas não Alonso, que ttinha tudo uma prova para lembrar. No final, ele celebrava, jubilante, não só a sua primeira vitória na Formula 1 mas também a primeira vitória de um piloto espanhol na categoria máxima do automobilismo. E tornava-se num dos mais jovens de sempre, aos 22 anos de idade, batido apenas por Bruce McLaren. Raikkonen era segundo e Montoya o terceiro, enquanto nos restantes lugares pontuáveis ficaram o outro Williams de Ralf Schumacher, o McLaren de David Coulthard, o Jaguer a Mark Webber, o Renault de Jarno Trulli, e claro, o Ferrari de Michael Schumacher.

Jean Todt e Luca de Montezemolo estavam desapontados e infelizes, e exigiam uma reação. Tinha de ser, faltavam agora três corridas para o final do campeonato: Itália, Estados Unidos e Japão.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Noticias: Force India fora, Racing Point entra

O GP da Bélgica ainda não começou e já há alterações. Depois de Lawrence Stroll ter adquirido - com mais alguns sócios - a Force India, a mudança foi agora formalizada na FIA, mudando o nome para Racing Point Force India e mais algumas alterações na organização. Os anteriores proprietários sairam de cena - Vijay Mallya e Subrat Roy, o dono da Sahara - e os pontos que foram alcançados até agora desaparecerão, porque agora é uma nova equipa.

Quanto a pilotos, este fim de semana é a dupla habitual - Sergio Perez e Esteban Ocon - mas pode haver mudanças a partir do GP de Itália, e isso envolverá... três equipas. Stroll pode ir para a Racing Point, e Esteban Ocon poderá ir para a McLaren, que teria de dispensar Stoffel Vandoorne. Já para o lugar de Stroll na Williams, o candidato mais óbvio seria Robert Kubica. Segundo se conta, Stroll pai já injetou 85 milhões de dólares para colocar a máquina em andamento.

"Tenho muito prazer em anunciar que uma decisão positiva foi alcançada e quero dar as boas-vindas à Racing Point Force India", declarou Jean Todt, presidente da FIA, no comunicado oficial da entidade. "Criar um ambiente de estabilidade financeira é uma das metas e desafios do desporto, mas pudemos encontrar uma situação que garante o futuro de todos os empregados e que manterá um campeonato competitivo e justo nesta segunda metade da temporada", completou.

Chase Carey, o chefe da Liberty Media, também comentou sobre a Racing Point: "Estamos felizes que a situação foi resolvida e que a equipa continuará na Formula 1. É gratificante que a parceria com os acionistas envolvidos assegurará tantos empregos aos trabalhadores que estão em Silverstone [sede da equipa]. É muito importante que tenhamos um grelha competitiva e completa, com equipas capazes e temos confiança que a Racing Point Force India será forte daqui para a frente."

Por fim, Otmar Szafnauer, agora novo chefe-adjunto da Force India, após demissão de Bob Fernley nesta quinta-feira, analisou a chegada da nova equipa. 

"Estamos muito felizes em poder terminar o campeonato e correr na Bélgica neste final de semana.", começou por dizer. "É um novo capítulo para nós. Apenas há umas semanas estávamos correndo riscos, com 400 empregados podendo ficar sem trabalho. Agora, com esse consórcio, estamos de volta. Lawrence Stroll acreditou em nós como equipa, no nosso potencial e no nosso conhecimento para atingir sucesso na pista", finalizou.

Noticias: Alonso rejeitou uma oferta da Red Bull

Fernando Alonso afirmou ter rejeitado um convite para correr na Red Bull em 2019, no lugar de Daniel Ricciardo. Numa entrevista à Sky Sports, esta quinta-feira, o espanhol disse que recebeu o convite não uma, mas sim duas vezes, apesar de não dizer que tenha feito isso por causa dos motores Honda ou porque já tinha decidido abandonar a Formula 1.

Estas declarações parecem vir em contradição com aquilo que disso Christian Horner uns tempos antes, afirmando ter rejeitado uma oferta de Fernando Alonso para correr com eles.

"Tenho um grande respeito pelo Fernando, ele é um ótimo piloto, um piloto fantástico, mas é [de um trato] muito difícil ... ele costuma causar um pouco de caos onde quer que esteja", disse Horner ao podcast oficial da Fórmula 1.

"Eu não tenho certeza se seria a coisa mais saudável para a equipe de Fernando se juntar. Nossa preferência é continuar a investir na juventude do que pegar um piloto que está obviamente próximo do fim de sua carreira", concluiu.

Esta vai ser a primeira corrida de Alonso desde que anunciou o final da sua carreira na Formula 1, que vai acontecer no final desta temporada. Contudo, nesta quinta-feira, na conferência de antevisão do GP belga, ele afirma que deixa a porta da Formula 1 entreaberta.

"A vida muda muito rapidamente", começou por dizer Alonso na conferência de imprensa dos pilotos para o GP da Bélgica deste fim de semana. "Para mim é um adeus, mas quem sabe - as coisas mudam rapidamente. Estou deixando a porta aberta, pois não sei o que acontecerá no futuro."

O piloto da McLaren ainda disse: "Meu coração está com a equipa para sempre. Eu sei que eles voltarão mais fortes e melhores no futuro e pode ser o momento certo para regressar à competição; isso me deixaria muito feliz".

Indycar: Schmidt esperançoso por Wickens

Sam Schmidt, o patrão da equipa com o mesmo nome, elogia o socorro que tem vindo a ser prestado pelos médicos da IndyCar pelo auxilio prestado ao canadiano Robert Wickens, que sofreu um grave acidente na oval de Pocono. O canadiano de 30 anos sofreu lesões nos tornozelos e braço direitos, bem como lesões na coluna do qual foi já operado. Schmidt, que sofreu um grave acidente em 1999 na Florida, que o deixou paralisado do pescoço para baixo, à semelhança de Frank Williams, espera que ele possa recuperar totalmente das suas lesões e volte a competir, embora não diga ainda se o vai substituir até ao final da temporada. 

"Todos os especialistas estão a participar, todos os protocolos que a IndyCar faz - não posso deixar de elogiar a equipa de segurança da IndyCar e como eles trabalham com os hospitais e cirurgiões locais - e todos fizeram um trabalho fantástico", começou por dizer Schmidt à motorsport.com.

Os médicos estão a fazer tudo o que podem, tudo o que precisa fazer por alguém depois de um acidente tão violento quando as circunstâncias levam o carro e o corpo humano até ao limite absoluto. Depois que as outras lesões [nas extremidades inferiores e nos braços] forem resolvidas, podemos esperar que Robbie se mude para Indy [o Hospital Metodista de Indianápolis para reabilitação] - isso seria o ideal.

Perguntado se, caso todas as cirurgias e reabilitação forem bem-sucedidas, ele acredita que Wickens possa voltar para a IndyCar Series, Schmidt disse: “Espero que sim. Eu só conheço o Robbie há cerca de um ano, mas ele é o tipo de pessoa para quem o automobilismo é a sua vida, ele está realmente a gostar da IndyCar, ele gosta da atmosfera e da qualidade da competição. Parecia-se adequar a ele tão bem."

Então, se ele acha que ainda pode ser competitivo, não tenho dúvidas de que ele voltaria. Ele é o tipo de pessoa comprometida e motivada que pode superar grandes contratempos”, concluiu.

Schmidt falou emocionalmente sobre os acidentes do passado, desde 2011, quando sofreu o acidente fatal de Dan Wheldon, em Las Vegas, passando pelo acidente de Mikhail Aleshin três anos depois, em Fontana, e depois o acidente de James Hintchcliffe em 2016, nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis, onde o canadiano sofreu uma ruptura numa veia nas pernas que quase lhe custou a vida.

"Ninguém na nossa equipa está nesse nisto pelo cheque: eles têm uma paixão que os deixa aturar tanto tempo na estrada e aprendem a conviver uns com os outros. Nós temos esse vínculo porque somos corredores e queremos vencer todo o tempo, e correr bem, no fim de semana, nos finais de semana, só aumenta essa intensidade.E Robbie já se tornou uma parte tão intrínseca disso, apesar de ser um novato na IndyCar", continuou Schmidt, descrevendo seu último craque que não apenas marcou uma pole em sua estreia no IndyCar, mas também quatro pódios.

Ele é um piloto tão talentoso que faz com que todos os membros da equipe aumentem a fasquia, mais alto do que nunca, e você o vê nas paragens nas boxes, no desenvolvimento do chassis e assim por diante. Ele testa as pessoas, mas também os inspira e isso também aproxima os membros da equipa.E é [por isso] que torna esse tipo de situação muito pior", suspirou.

"Todos nós reconhecemos seus talentos e não sabemos se ele poderia ter conseguido o terceiro ou quarto lugar no campeonato este ano, mas ele teria dado uma grande chance. Esse é apenas um desempenho fantástico de um novato, por mais que ele tivesse experiência em outras séries”, concluiu.

WRC: Ogier admite que o fim da carreira está perto

Aos 35 anos, Sebastien Ogier começa a admitir que o final da sua carreira no WRC é cada e mais um assunto que o ocupa. Com noticias sobre a possibilidade da Citroen o querer contratar para poder desenvolver o seu carro, o piloto francês, campeão desde 2013, pensa que a partir daqui, os seus dias no WRC começam a ser poucos.

Citroën é uma das opções para o próximo ano. Há discussões em curso e espero ver isto resolvido o mais rápido possível”, começou por dizer, em declarações captadas pela Autosport portuguesa.

Está claro para mim que estou a chegar ao fim da minha carreira, e se houver outro contrato, será o último. Tenho sorte por ter tido bons anos, com algumas boas vitórias e campeonatos pelo que o dinheiro não é neste momento o mais importante para mim. A minha primeira prioridade será o desempenho pois quero ter a possibilidade de perseguir mais vitórias na próxima temporada”, continuou.

Para além da Citroen, Ogier pensa em manter-se na M-Sport, que constrói a mantêm os Ford Fiesta de WRC, ou pura e simplesmente pendura o capacete, à falta de alternativas.

Pierre Budar, o diretor da Citroen, acha que Ogier ainda é uma mais valia para o desenvolvimento do Citroen C3 WRC e conta com ele para isso. “Queremos lutar pelos dois títulos mundiais em 2019 e para isso precisamos de um piloto de primeiro plano capaz de vencer em todos os tipos de terreno”, começou por dizer.

Não posso dizer grande coisa mas confirmo que estamos a falar com ele (Ogier). As discussões ainda decorrem e é tudo o que vou dizer”, concluiu.

Fala-se de Esapekka Lappi poderá ser outro piloto do qual a Citroen esteja interessado, mas o finlandês neste momento pretende ficar na Toyota do que mudar-se para outra equipa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Marko quer anunciar piloto em Monza

A Red Bull quer já anunciar tudo antes de Monza. Com Pierre Gasly anunciado esta semana na Red Bull no lugar de Daniel Ricciardo, a marca quer também anunciar quem ficará no lugar dele, e quer fazer isso antes do GP de Itália, no principio do mês que vêm.

"Sim, queremos decidir antes da ida para Monza", confirmou o dirigente, durante entrevista à Servus TV.

Contudo, o piloto que a Red Bull quer... não pode. O britânico Dan Ticktum, de 19 anos a atual líder da formula 3 europeia, não pode competir devido à falta de pontos na Super-Licença, e a tática será levá-lo para o Japão, da mesma forma que fez com Pierre Gasly em 2017, antes de este se estrear na Formula 1 no final do ano passado. Ticktum, que também já andou na GP3 no final de 2017, conseguindo um pódio e 34 pontos, e é o atual vencedor do GP de Macau, andou este ano em duas provas da SuperFormula japonesa, embora sem pontuar.

Sobre a escolha da competição no país do Sol Nascente, Marko justificou:

"Ficamos surpresos com as atuações de Gasly lá ano passado. Ele evoluiu como pessoa e como piloto enquanto esteve no Japão. Ganhou muita confiança e cresceu muito. Isso nos faz estudar a chance de levar dois pilotos da Red Bull para a Super Formula ano que vem. Sentimos que é uma categoria mais competitiva que a Formula 2", afirmou.

Caso mostre competências suficientes, poderá ser que corra já em 2019, ao lado de Brendon Hartley... isto, se o neozelandês continuar por mais uma temporada na equipa, pois já demonstrou performances decepcionantes.

WRC: Promotor chega a acordo com organizadores de rali japonês

O WRC firmou um acordo para o regresso do Rally Japão ao WRC. Oliver Ciesla, promotor da competição, anunciou esta quarta-feira um contrato com os organizadores do Rally Shinshiro para que a competição retorne ao WRC em 2019, nove anos após sua última vez que esteve no calendário.

Esta competição acontecerá na ilha de Honshu, no centro do país, ao contrário das edições anteriores, que foram realizadas na ilha de Hokkaido, a norte. Segundo a organização, terá etapas especiais na zona de Tóquio, Yokohama e Nagoya, incluindo o icónico Monte Fuji.

Em uma declaração em vídeo para a mídia em uma conferência de imprensa do Comitê de candidatura do Rally do Japão hoje, Ciesla descreveu os próximos passos.

A partir de agora, o processo será que teremos um candidato em novembro, depois da realização do rali [3 a 4 de novembro]. Então, nossa proposta irá para o Conselho Mundial de Automobilismo da FIA, onde supomos que teremos a aprovação positiva para trazer o rali de volta ao Japão. [Se acontecer], o evento começará a partir de 2019, provavelmente por quatro anos”, concluiu Ciesla.

O Japão fez parte do WRC por seis vezes entre 2004 e 2010. A última edição foi baseada em Sapporo e vencida por Sébastien Ogier, num Citroën C4 WRC.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

ERC: Magalhães espera dificuldades no Barum Zlin

No fim de semana em que o Europeu de Ralis volta à ação com o Rally Barnum Zlin, na República Checa, Bruno Magalhães, segundo classificado do campeonato, nove pontos atrás de Alexey Lukyanuk, fez a antevisão de um rali que considera difícil devido à qualidade dos pilotos envolidos e a quantidade de carros R5 que estarão presentes neste rali da Europa Central. 

O Barum é conhecido por ser um rali muito difícil em asfalto, cheio de ressaltos, com diversas passagens por terra e, por isso, bastante sujo. Numa prova deste tipo são necessárias afinações especificas para o carro, pois acontece sempre muita coisa ao longo do rali. Por tudo isto, consideramos que o dia de testes será bastante importante para um bom desempenho”, afirmou o piloto português da Skoda.

Magalhães vai enfrentar adversários de peso, entre os quais o checo Jan Kopecky, crónico vencedor do Barum Zlin e que triunfou na categoria WRC2 no Rali da Alemanha, que terminou este domingo. 

Para além dos grandes candidatos do ERC, a armada local é sempre muito forte, com a edição deste ano a contar com 36 carros da categoria R5, um número que mostra bem a vitalidade do ERC. Para nós é entusiasmante fazer parte de uma lista de inscritos fantástica, num rali onde os nossos objetivos serão mais moderados, pretendendo, no entanto, amealhar o máximo de pontos possível. Estamos confiantes, embora o rali seja muito exigente”, concluiu.

O Rali Barum arranca na próxima sexta-feira dia 24 de agosto, terminando no domingo, depois de disputadas 15 especiais de classificação. 

Noticias: Wickens submetido a uma operação à coluna

O canadiano Robert Wickens foi esta manhã submetido a uma operação à coluna no Lehigh Valley Hospital – Cedar Crest para estabilizar uma lesão espinal ao nível toráxico. Segundo os médicos, a operação correu bem, mas nas próximas semanas, o canadiano de 30 anos passará por outras cirurgias para minorar as feridas sofridas nos tornozelos.

Hastes e parafusos de titânio foram colocados com sucesso na coluna de Wickens durante a intervenção cirurgica, que foi realizada sem complicações. A gravidade da lesão medular é neste momento, indeterminada", começou por dizer o comunicado oficial do hospital.

Wickens deverá passar por novas cirurgias para tratar fraturas em suas extremidades inferiores e no antebraço direito. Ele permanece em condição estável. Outras atualizações serão fornecidas quando disponíveis", concluiu o comunicado.

Recorde-se que Wickens sofreu uma colisão com Ryan Hunter-Reay durante a sétima volta da corrida que aconteceu na oval de Pocono, onde bateu com o seu carro nas redes de proteção, causando uma carambola onde foram envolvidos mais pilotos, entre os quais James Hintchcliffe e Pietro Fittipaldi, nenhum deles sofrendo ferimentos graves.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Noticias: Gasly confirmado na Red Bull em 2019

Pierre Gasly foi esta noite confirmado pela Red Bull como seu piloto para a temporada de 2019. O francês andará na equipa principal ao lado de Max Verstappen, depois de um ano na Toro Rosso. "Juntando-me à Red Bull em 2019! Super-excitado com os desafios que aí vêm!" disse o piloto francês na sua conta do Twitter.

Mais tarde, contou no comunicado oficial as suas expectativas perante o desafio que aí vêm:

Por mais emocionante que seja [este momento], estou plenamente ciente do desafio que esta oportunidade me oferece e das expectativas que enfrenta qualquer piloto da Aston Martin Red Bull Racing. Estou ansioso para recompensar a fé que Dietrich Mateshitz, Christian Horner e o Dr. Helmut Marko colocaram em mim", começou por dizer. 

"A primeira fase disso é continuar pelo melhor desempenho e resultados que posso alcançar para a minha equipa, a Scuderia Toro Rosso, em 2018. Quero agradecer a Franz Tost, a todos da Toro Rosso e à fábrica de Faenza por me darem a oportunidade de ouro de correr na Fórmula 1 e seu incrível compromisso e apoio, que eu sei que continuará pelo resto desta temporada. Meu foco agora é fazer tudo o que puder para dar a eles uma temporada para celebrar”, concluiu.

Christian Horner, o patrão da equipa energética, elogiou o talento do piloto francês no seu ano na equipa secundária, e espera que na próxima temporada, a equipa possa aumentar a sua competitividade. 

Desde que Pierre entrou pela primeira vez num lugar na Fórmula 1 com a Toro Rosso, há menos de um ano, ele provou o talento indubitável que a Red Bull cultivou desde seu início de carreira. As suas exibições este ano na equipa da Honda, apenas na sua primeira temporada completa, só melhoraram a sua reputação como um dos mais excitantes pilotos jovens do desporto motorizado e esperamos que Pierre traga [à Red Bull] a sua velocidade, habilidade e atitude. Enquanto o nosso foco imediato permanece em alcançar o nosso melhor resultado no Campeonato Mundial de 2018, estamos ansiosos para competir em 2019 com Max e Pierre ao volante da Aston Martin Red Bull Racing”, afirmou no comunicado oficial.

Aos 22 anos de idade (nasceu a 7 de fevereiro de 1996), Gasly está na sua primeira temporada completa na Formula 1, pois entrou no GP da Malásia de 2017. Em 17 Grandes Prémios, conseguiu 26 pontos, todos nesta temporada, e o seu melhor resultado foi um quarto lugar no GP do Bahrein.

Antes disso, Gasly - que começou a sua carreira nos monolugares em 2011 - foi campeão da Formula Renault NEC em 2013 e em 2016 foi o campeão da GP2, na sua última temporada antes de virar Formula 2. No ano seguinte rumou à SuperFormula japonesa, onde acabou vice-campeão, com duas vitórias. Para além disso, no mesmo ano, esteve na ronda dupla da Formula E, em Nova Iorque, onde conseguiu um quarto e um sétimo lugar, totalizando 18 pontos.

A situação de Robert Wickens

O canadiano Robert Wickens ficou gravemente ferido ontem à tarde durante as primeiras voltas da prova de Pocono, no estado da Pensilvânia, a contar para a IndyCar Series. O piloto de 29 anos sofreu fraturas nos dois tornozelos, no braço direito, tem uma lesão na coluna vertebral e uma contusão pulmonar, segundo conta a equipa Schmidt Peterson no seu comunicado oficial.

"O piloto da Schmidt Peterson Robert Wickens está sendo tratado por lesões nas pernas, no braço direito e na coluna vertebral depois do acidente nas 500 Milhas de Pocono. O piloto também sofreu uma contusão pulmonar e vai passar exames de imagem e provavelmente por cirurgia no Hospital Lehigh Valley Medical", comunicou.

Paul Tracy, ex-piloto e agora comentarista, contou na sua conta do Twitter os pormenores referidos no primeiro parágrafo, afirmando também que espera por mais exames antes de ser operado.

Dos outros envolvidos no acidente, James Hintchcliffe e Pietro Fittipaldi também sofriam algumas dores, o primeiro no braço esquerdo, e o neto de Emerson Fittipaldi num dos tornozelos que fraturou durante os treinos das Seis Horas de Spa-Francochamps, em maio, mas ambos não apresentaram mais cuidados.

Para Wickens, era a sua temporada de estreia na IndyCar depois de vários anos na Europa, os últimos cinco da DTM (na foto, em 2016), onde venceu por cinco vezes e teve como melhor resultado um quarto lugar na temporada de 2016. Antes disso, passou na Formula 2, onde foi vice-campeão em 2010 e na GP3, onde foi vice-campeão em 2011. Em 2013, esteve na Formula 3.5, onde acabou como campeão.

Na sua temporada de estreia na IndyCar, subiu ao pódio por quatro vezes e fez a pole-position em St. Petersburg, sendo dos poucos "rookies" a fazer a pole-position na sua corrida de estreia. Seguia no sexto lugar no campeonato e era candidato principal a "Rookie do Ano".

Noticias: Agag diz que a Formula 1 precisa da sua autorização para ir elétrico

Num altura em que a Formula 1 está a rever os regulamentos no sentido de apresentar um novo tipo na temporada de 2021, Ross Brawn lançou no ar a ideia de que poderá pensar na electrificação da competição num prazo mínimo de dez anos, caso a electrificação nas estradas ser algo imparável.Apesar de não ver a Fórmula E como uma rival direta, diz que estaria aberta à ideia de um carro de Formula 1 totalmente elétrico, caso se proporcionasse corridas de boa qualidade e um espetáculo digno do auge do automobilismo.

"Acho que temos que respeitar o que a Fórmula E está fazendo e o que está alcançando", disse ele em uma entrevista no podcast F1 Fan Voice, apanhado pelo site ESPN. "Mas se você olhar para a magnitude dos dois, eles não são realmente comparáveis; a quantidade de fãs que temos e o apelo da Fórmula 1, a Fórmula E ainda é muito pequena a esse respeito."

"Eu acho que a Fórmula 1 irá evoluir na direção que tem o equilíbrio certo entre esporte, relevância e engajamento com os torcedores. Se dentro de cinco anos ou dez anos houver uma necessidade, desejo ou desejo de ter um tipo diferente de unidade de potência na Fórmula Um, então vamos fazê-lo Não há nada que nos impeça de ter carros elétricos de Fórmula 1 no futuro."

Como é sabido, a única série totalmente elétrica no momento aprovada pela FIA é a Fórmula E, que vai entrar na sua quinta temporada com um carro de Gen2. O nível de desempenho desde novo carro ainda será inferior em relação a um Fórmula 1, mas os novos carros darão um passo significativo nessa direção, pois terão o dobro da capacidade de armazenamento de energia do carro Gen1, que usado nas últimas quatro temporadas e que tinha uma potência de 250kW.

Apesar das aberturas nesse sentido, Alejandro Agag, o  CEO e fundador da Formula E, já veio a público dizer que tal ideia não seria possível no prazo dado por Brawn devido ao acordo existente entre o seu campeonato e a FIA, onde ele detêm o exclusivo da competição por 25 anos, até 2039.

"Ross [Brawn] disse que a Fórmula 1 poderia ser elétrica em 10 anos - e basicamente, eles não podem", começou por dizer Agag à Autosport britânica. "A Fórmula E tem uma licença exclusiva com a FIA por 25 temporadas, e nós fizemos apenas quatro. Então a Fórmula 1 só poderia ser elétrica em 2039, caso não renovarmos nosso acordo com a FIA, mas não vejo razão para não renovarmos por mais tempo.", continuou.

"Temos exclusividade até pelo menos [o ano de] 2039 - então não há Formula 1 elétrica até lá pelo menos. Se eles querem falar comigo, é claro que é uma questão diferente - estou sempre aberto para conversar com as pessoas. Mas sem falar comigo não há como eles fazerem qualquer coisa totalmente elétrica", concluiu.

Quando perguntado se ele interpretou os comentários de Brawn como Formula 1 sendo ameaçado por Formula E, Agag respondeu: 

"Eu não acho que eles deveriam ser [ameaçados]. Eu não sei se eles fazem, eles podem fazer, mas isso provavelmente está errado. Eu acho que somos muito diferentes e somos totalmente compatíveis. Não há competição alguma, eles são [dois] séries completamente compatíveis. Eu tenho uma grande admiração por Ross Brawn, mas neste caso ele simplesmente errou as contas", concluiu.

domingo, 19 de agosto de 2018

A imagem do dia


No final... acabou por ser treta. Os Toyota comemoram uma vitória nas Seis Horas de Silverstone, com Kazuki Nakajima, Sebastien Buemi e Fernando Alonso no lugar mais alto do pódio, mas no final, acabaram por falhar nas verificações técnicas pós-corrida e foram ambos desclassificados, dando a vitória ao terceiro classificado, o carro da Rebellion.

A razão pelo qual os carros foram desqualificados tem a ver com os patins - ou os assoalhos - de ambos os carros. Algo do qual os comissários confirmaram que no carro numero 7, "a parte dianteira estava 9 milimetros abaixo da carga especificada de 2500 Newton em ambos os lados do bloco de derrapagem", enquanto o carro numero 8, o do vencedor da corrida, "desviava 6 milimetros". lado direito e oito milimetros do lado esquerdo, sob a carga especificada de 200 Newton na frente do bloco de deslizamento".

Assim sendo, ambos os carros foram desclassificados, dando a vitória ao carro da Rebellion numero 3, que acabou a corrida... a quatro voltas do vencedor. O Rebellion numero 1 e o SMP numero 17 acompanham-no ao pódio. 

WRC 2018 - Rali da Alemanha (Final)

Ott Tanak venceu o Rali da Alemanha e meteu-se na luta pelo título mundial, depois da segunda vitória consecutiva no campeonato deste ano. Este é o quinto triunfo da carreira de Tanak e o segundo em asfalto, o que mostra que é um piloto mais completo, e aproxima-se da luta pelo título de 2018.

Depois da prova, o piloto estónio considera que foi um êxito difícil, tendo em conta o duelo com Thierry Neuville e Sebastien Ogier que o obrigou a estar sempre ao ataque ao longo do fim de semana.

Foi definitivamente a vitória mais dura que já tive. Durante a maior parte do fim-de-semana foi uma luta muito renhida e tive de atacar muito. Na sexta-feira, nas vinhas, senti-me muito confortável com o carro. Na manhã de sábado não me senti tão confiante mas a equipa melhorou o carro no parque de assistência. Hoje só precisei de gerir”, afirmou.

Com apenas três especiais neste último dia, parecia que tudo já estava decidido, mas até à bandeira de xadrez, as coisas mudaram mais o que se esperava. Começaram logo de manhã, na PEC16, quando Jari-Matti Latvala ficou parado na especial, ao mesmo tempo em que Dani Sordo escorregou e bateu nas vinhas, rachando o vidro e causando problemas de motor, perdendo um minuto e 37 segundos. "Eu ia muito rápido numa direita e bati nos vinhedos, quebrou o vidro e não consigo ver nada. A temperatura está um pouco alta, então acho que danifiquei algo", começou por dizer.

Com isso, Neuville aproveitou e subiu para o segundo posto. Ogier aproveitou e acelerou rumo ao pódio, vencendo a 17ª especial, com Sordo a encostar definitivamente na berma. Contudo, isso não foi suficiente, porque não houve mais desistências e Esapekka Lappi ficou com o lugar mais baixo do pódio, dando mais pontos à Toyota.

No final, Ogier venceu a Power Stage, com Neuville e cometer um erro e acabar em quinto, a 6,7 segundos. “Tive falta de ritmo e confiança no carro, mas assegurámos bons pontos para o campeonato, e agora há que geri-los até ao fim da época", disse.

Depois dos quatro primeiros, Teeemu Suninen foi o quinto, a dois minutos e 2,9 segundos, seguido pelo Hyundai de Anders Mikkelsen, a dois minutos e 13 segundos. Craig Breen foi o sétimo, a dois minutos e 39 segundos, na frente do local Marijan Griebel, num Citroen DS3 WRC, a dez minutos e 41 segundos do vencedor. E a fechar o "top ten" ficaram os Skoda Fabia R5 do checo Jan Kopecky e o finlandês Kalle Rovanpera, os melhores da classe WRC2.

No Mundial, Neuville lidera, agora com 172 pontos, contra os 149 de Sebastien Ogier e os 136 de Ott Tanak. O WRC prossegue agora em terras turcas, entre os dias 13 e 16 de setembro. 

Última Hora: Acidente grave em Pocono

A corrida da IndyCar em Pocono começou muito mal quando aconteceu um acidente múltiplo entre alguns pilotos. Os mais graves foram o americano Ryan Hunter-Reay e o canadiano Robert Wickens, que tocaram entre si e acabou com o piloto canadiano a tocar nas redes de proteção, desfazendo o carro, numa desaceleração semelhante ao sofrido pelo sueco Kenny Brack.

O acidente aconteceu na sexta volta da corrida, e entre os envolvidos ficaram James Hintchcliffe, Takuma Sato e Pietro Fittipaldi. Todos saíram ilesos do acidente.

A rede está agora a ser reparada e poderá demorar cerca de uma hora até serem feitas as deidas reparações. Segundo as últimas noticias, o piloto está "alerta", mas desconhece-se a extensão dos seus ferimentos.

Não é a primeira e que houve um acidente grave naquela pista. Em 2016, Justin Wilson morreu após um acidente o ter atingido na cabeça nas voltas finais da corrida daquele ano, na IndyCar.

Dentro em breve haverá nova atualização do seu estado de saúde e a situação da corrida.   

Noticias: Vergne confessa ter sido abordado para 2019

Jean-Eric Vergne confessou que foi abordado por uma equipa de Formula 1 para voltar a correr em 2019. Numa entrevista ao site crash.net, este fim de semana em Silverstone, onde participa nas Seis Horas, prova do Mundial de Endurance, o piloto francês, campeão da Formula E em 2017-18, disse que o regresso à Formula 1 é uma possibilidade, apesar de não ter dito se era ou não a Toro Rosso.

É uma possibilidade. É engraçado como o mundo do automobilismo muda”, começou por dizer Vergne ao site britânico. “Quando você muda seu estado de espírito e como você trabalha, você vê os resultados de imediato. Percebe como as pessoas olham para ti e como elas falam de. Quando começas a representar uma marca, isso muda muitas coisasHá três anos, acho que ninguém teria me chamado da Formula 1 e dito: 'você tem um contrato para a próxima temporada?', Então é ótimo", continuou.

Vergne espera que a Formula 1 mude um pouco para adoptar coisas dos quais a Formula E anda a viver neste momento.

A Fórmula E tem uma coisa boa. Com a nossa equipa, é como se a Marussia tivesse vencido na Fórmula 1. Seria impossível [naquela competição]. Mas talvez isso possa mudar. Talvez algumas equipas possam aumentar seus jogos e começar a lutar por vitórias novamente. É algo que me interessaria, ter outro novo grande desafio. Desta vez, acho que tenho todas as ferramentas à minha disposição para fazer um bom trabalho na Formula 1”, afirmou.

Apesar de ter saído pela porta pequena no final de 2014, depois de três temporadas na Toro Rosso, Vergne não tem ressentimentos pela Formula 1.

"Na minha opinião, estou feliz onde estou. Eu não sou amargo. Eu vejo meu ex-companheiro de equipe, Daniel, vencendo corridas. Eu estava no Mónaco [quando venceu] e estava tão feliz por ele. Eu poderia ser amargo, dizendo: 'Eu estava batendo ele, eu estava lado a lado, e agora está ganhando e tem esse contrato e este futuro.'

"Eu não sou amargo em tudo. Estou muito feliz com o que tenho. Eu acho que as coisas acontecem por um motivo. Quem sabe onde ele estará daqui a dez anos e onde eu estarei daqui a dez anos?Então, não, eu não estou mais infeliz. Eu aprendi com meus erros, aprendi com as coisas ruins que aconteceram e sou realmente grato pelo que aconteceu comigo. Mas agora, se [aparecer] uma boa oportunidade na Fórmula 1, consideraria isso."

Youtube Formula One Classic: 1973, GP da Áustria


Duas semanas depois de Jackie Stewart ter vencido de forma convincente o GP da Alemanha, em dobradinha com Francois Cevért - segunda consecutiva da Tyrrell - máquinas e pilotos estavam em Zeltweg para o GP da Áustria, numa altura em que o campeonato começava a ser decidido a favor do piloto escocês. E Emerson Fittipaldi tinha aqui a sua última grande chance de alcançar o escocês no comando.

Aqui coloco, ao vivo e a cores - sem narração - a corrida completa do campeonato de 1973, onde José Carlos Pace iria obter pela segunda corrida consecutiva a volta mais rápida, e o seu primeiro pódio, um terceiro posto com o seu Surtees, atrás apenas do vencedor, o sueco Ronnie Peterson, e do segundo classificado, Jackie Stewart

Eis a corrida na íntegra.