Duas semanas depois de terem corrida na Belgica, onde Michael Schumacher teve uma vitória convincente debaixo de chuva, máquinas e pilotos estavam em Monza para disputar o GP de Itália. Sem alterações no pelotão, ambas as equipas que disputavam o título, Williams e Ferrari, faziam o seu melhor: a primeira, para esbater a diferença que tinham para alcançar Schumacher, a segunda, para tentar manter a diferença que lhes permitisse celebrar ambos os títulos, algo que não alcançavam desde 1979 no pilotos, e desde 1983 nos construtores.
Mas o mundo exterior entrava também na Formula 1. A 31 de agosto, Diana de Gales morria numa acidente de automóvel num túnel em Paris e a qualificação ocorria no preciso momento em que, em Londres, aconteciam as suas exéquias. Os pilotos britânicos fizeram um momento de silêncio, em tributo à monarca falecida num acidente de viação, uma semana antes, e foram para os seus carros darem o seu melhor.
E esse tinha sido Jean Alesi, que no seu Benetton, tinha sido melhor do que o Williams de Heinz-Harald Frentzen. Giancarlo Fisichella era o terceiro, no seu Jordan-Peugeot, seguido pelo segundo Williams de Jacques Villeneuve. Os McLaren ocupavam a terceira fila da grelha, com Mika Hakkinen a ser melhor do que David Coulthard, enquanto que na quarta fila ficava o segundo Benetton de Gerhard Berger e o segundo Jordan de Ralf Schumacher. A fechar o "top ten" ficavam os Ferrari de Michael Schumacher e Eddie Irvine, certamente as grandes desilusões desse fim de semana.
Na partida, Alesi manteve a liderança, mas Coulthard faz um brilhante arranque e salta para o terceiro lugar, começando a ir atrás de Frentzen, o segundo classificado. Hakkinen era o quarto, seguido de Villeneuve, Fisichella e os irmãos Schumacher, com Michael na frente de Ralf.
Esperava-se que haveria apenas uma paragem para trocar de pneus nessa corrida, mas os pilotos não se conseguiam afastar-se muito uns dos outros. Aliás, eles andavam muito colados, mas não existiam manobras de ultrapassagem. Os primeiros a parar foram os Williams, com Villeneuve primeiro e Frentzen depois, com uma volta de diferença. Na volta 32, foi a vez de Alesi, com Coulthard logo atrás. O escocês fez uma paragem mais veloz do que o francês e conseguiu passá-lo nas boxes. Depois, viu que isso foi mais do que suficiente para ficar com a liderança.
A partir dali, o único grande incidente foi o problema de Mika Hakkinen, que viu um dos seus pneis a ser delaminado, saindo um grande pedaço. Temendo ter tido um furo, foi às boxes e trocou o pneu danificado, acabando a corrida no nono lugar, a mais de 49 segundos do seu companheiro de equipa.
No final, quando David Coulthard cruzou a meta como vencedor, os oito primeiros estiveram separados por menos de 18 segundos. Noutras circunstâncias teria sido excitante, mas a realidade foi o contrário: uma corrida aborrecida de morte. Jean Alesi foi o segundo, seguido por Heinz-Harald Frentzen, que compartilharam o pódio. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Jordan de Giancarlo Fisichella, o Williams de Jacques Villeneuve e o Ferrari de Michael Schumacher.