sábado, 20 de fevereiro de 2021

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Durante boa parte da sua carreira, o nome de Chris Craft está ligado a outro, o de Alain de Cadenet. Este piloto foi também construtor, especialmente nos anos 70 e 80, para participar nas 24 Horas de Le Mans, participando em onze ocasiões, o melhor dos quais na edição de 1976, onde ambos acabaram na terceira posição da geral, num carro parcialmente projetado pelo próprio De Cadenet, partindo como base um Lola.

Nesse ano, com muitos olhos para o duelo entre a Porsche e a Alpine-Renault, que tinham as suas máquinas de Grupo 5 (936 Turbo contra o A441 Turbo), e ainda havia os Mirage, o carro de De Cadenet era uma curiosidade bem vista, porque o bólido, proveniente do modelo T280, alcançava 320 por hora na reta da Hunaudriéres. Décimo na qualificação, a corrida aproveitou bem os problemas dos carros oficiais para ir subindo na classificação geral, numa das provas mais quentes de sempre em termos de temperatura. E pelas nove da noite, um drama quando o Datsun 260Z que era guiado por André Haller, bateu forte nos rails em Mulsanne e pegou fogo. Apesar do socorro, Haller morreu pouco depois devido às lesões graves no torax.

Contudo, imunes ao drama, Craft e De Cadenet subiam na clssificação e resistiam aos problemas dos carros oficiais. Nenhum Alpine corria depois da 11ª hora, e dos Porsche, o resistente acabou por ser o 936 guiado pela dupla belgo-holandesa constituída por Jacky Ickx e Gijs van Lennep. E tirando um problema numa das porcas da roda, no qual fizeram perder oito minutos na corrida, o resto foi um quase paraíso, acabando a prova no lugar mais baixo do pódio, provavelmente, um dos grandes feitos desta dupla de pilotos. E poderiam ter conseguido mais, se o Mirage dos franceses Jean-Louis Lafosse e Francois Migault tivessem perdido mais tempo quando a sua cobertura voou na pista e eles tentaram fazer as devidas reparações para chegar ao final.

As 24 Horas de Le Mans de 1976 foram um dos grandes feitos de Chris Craft. Nascido a 17 de Novembro de 1939 na Cornualha, começou a correr em 1962 num Ford Anglia, e em 1968, quando corrida num Tecno de Formula 3, conheceu De Cadenet, o filho de um aviador francês que combateu na RAF na II Guerra Mundial e de uma britânica. O dinheiro que tinha para as suas aventuras automobilísticas serviu perfeitamente para que Craft tenha corrido em turismos, na Endurance - venceu em Vila Real, em 1969, num Porsche 908 - e em 1971, nas corridas americanas da temporada da Formula 1 desse ano, a bordo de um Brabham inscrito por De Cadenet.  

Craft correu até meados da década de 80, e depois decidiu criar a Light Car Company, palco de uma das criações de Gordon Murray: o Rocket.

Craft, um dos pilotos que ajudou a pintar os pelotões do automobilismo por duas décadas, morreu hoje aos 81 anos. 

Noticias: Gasly preparado para a nova temporada


Pierre Gasly acredita que a nova temporada poderá ser um passo em frente na Alpha Tauri e na sua carreira. Depois de um 2020 onde conseguiu a sua primeira vitória, em Monza, o piloto francês espera que este carro seja uma maneira de estar a par com o resto do pelotão, um lugar que reconhece ser muito competitivo.

O carro pareceu-me bastante bom”, disse ele. “Onde nos encontramos no meio da tabela, todas as equipas fizeram muitos progressos e as diferenças são muito pequenas.", começou por falar, referindo o AT02.

Terminámos em sétimo lugar no campeonato, mas houve alturas em que lutámos para sermos o quarto ou quinto melhor carro. Estávamos a lutar contra algumas equipas muito boas que têm grandes orçamentos e muita experiência. No ano passado, tivemos um carro que nos permitiu lutar com eles e eu cheguei à Q3 com bastante frequência. Este ano, espero que possamos dar um passo em frente, que nos permita estar mais perto da frente do meio da tabela”, continuou.

Gasly afirma ter-se preparado convenientemente para a nova temporada, e mesmo ele ter apanhado o coronavirus em meados de janeiro, afirma que isso não atrapalhou a sua preparação.

Infelizmente, testei positivo para a Covid no final de Janeiro, mas felizmente, senti-me bem, para poder continuar a treinar no meu apartamento. Uma ligeira tosse durante alguns dias não me impediu, não estava nada cansado, pelo que pude continuar com o meu programa de treino. Não perdi nada e estou pronto para a nova temporada”, concluiu.

Noticias: África do Sul vai tentar um regresso


África do Sul pode estar a voltar ao calendário da Formula 1 num futuro próximo. Um grupo de empresários, liderados por Warren Scheckter, sobrinho de Jody Scheckter, campeão do mundo de 1979 pela Ferrari, está a montar um esquema para que Kyalami receba a prova a partir de 2023, tentando ir de encontro às aspirações da Liberty Media, que deseja um regresso ao continente africano, quase 30 anos depois da última vez, em 1993.

A data que temos em mente ainda é 2022, mas isso pode mudar devido aos efeitos da pandemia, então 2023 é talvez mais provável”, disse Scheckter ao site Racefans.net. 

O regresso da Formula 1 a paragens sul-africanas - Stefano Domenicalli também disse que outras localizações no norte de África são possíveis, como Marrocos - tem o apoio de Lewis Hamilton, que gostaria de correr no continente africano, onde teria certamente uma larga base de fãs. 

É ótimo que Lewis, uma pessoa tão importante e influente como ele mesmo, tenha indicado seu apoio a um grande prémio em África”, disse Scheckter. “Obviamente, a África do Sul é o lugar mais provável para que isso aconteça, pois é um país que tem uma grande história na Fórmula 1. Teve sua própria série de corridas de Fórmula 1 nos anos 60 e 70, teve um campeão mundial de Fórmula 1 e como país tem muitos seguidores.", continuou.

Mais importante ainda, tem uma pista de corrida que está realmente pronta para ir, que está muito perto de ser o padrão da Formula 1. Se existisse um Grande Prémio em África, África do Sul e Kyalami seriam os lugares mais lógicos para isso acontecer. É ótimo que Lewis esteja mostrando seu apoio a uma corrida em África, seria um grande impulso para trazer diversidade ao desporto em todos os níveis.”, concluiu.

África do Sul e Marrocos foram os únicos países que receberam a Formula 1 na sua história. O país árabe foi o primeiro a receber, em 1958, enquanto o sul-africano acolheu a partir de 1962, primeiro em East London, e a partir de 1966, em Kyalami, onde ficou até 1985. Depois regressou em 1992 e 93, para não mais regressar.

WRC: Divulgado o percurso do Rally Safari


O Rally Safari, que faz este ano o seu regresso, depois de quase vinte anos de ausência, acontecerá entre os dias 25 e 27 de junho e terá 320 quilómetros de troços competitivos, divididos em 18 troços especiais. É uma amostra dos "rally-raids" demolidores de há 35/50 anos, com médias de cinco mil quilómetros, e troços superiores a 120 quilómetros, mas nestes tempos de hoje, o WRC transformou-se radicalmente, e todos os eventos se foram adaptando à nova realidade.

Apesar de ser um rali encurtado, em relação ao passado, o troço maior, as suas passagens pode Kedong, terá meros... 32,68 quilómetros de extensão. Resta saber se serão troços que tentarão honrar a reputação de rali demolidor que tinha o Safari nos anos 70 e 80, para não passar a ideia de que a prova não é um mero capricho de Jean Todt, que pretende ter um calendário WRC que passe por todos os continentes. 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

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Alastair Caldwell é uma personagem. Nascido no Reino Unido, mas emigrado para a Nova Zelândia na infância, acabou por regressar a casa em meados da década de 60 para ir trabalhar com Bruce McLaren, do qual se tornou seu patrão... e amigo. Ajudou a ele a construir chassis de Formula 1, CanAm, Formula 5000 e IndyCar, e foi ele que o retirou dos escombros do modelo M8D no fatídico dia 2 de junho de 1970 em Goodwood. E não foi a sua primeira tragédia: três anos antes, em Tereronga, um os seus irmãos acabou tragicamente quando corria num Brabham de formula Junior.

Caldwell trabalhou com Denny Hulme, Peter Revson, Emerson Fittipaldi, James Hunt e Jochen Mass. Ficou na equipa até 1978, quando foi para a Brabham e depois ATS, até se ir embora de vez da Formula 1 em 1981, decidindo fundar um negócio de contentores bem sucedido no sul do Reino Unido. Em dez nos, ficou milionário e reformou-se decidindo dedicar-se aos ralis históricos. 

Ele era filho de um veterinário, veterano de guerra, e de uma professora, de seu nome Dorothy, e um dia, ele regressou à Nova Zelândia para visitar a sua mãe, já na casa os noventa. Ainda estava ativa e a aborrecer-se um pouco. E perguntou a ele se não queria uma navegadora, só para experimentar. O filho disse sim, e depois de um rali, onde descobriu que sabia o que fazia, continuou a experiência. E de um, passou a outro, e a outro...

E quando deu por ele, Caldwell mãe e filho fizeram uma dupla incrivel. Andou em ralis na Europa, Ásia, América do Norte e Austrália, e tanto eram coisas como MG's, como eram Rolls Royces, principalmente esse último. Aos 98 anos, mrs Caldwell tinha superado a vida de dois filhos e do seu marido, tinha netos, bisnetos e trinetos, e recebia das mãos da Guiness World of Records o título de "navegadora mais velha do mundo". E ela nem sequer tinha qualquer experiência automobilística, apenas começou a sua carreira depois dos 90 anos!

O seu grande objetivo era chegar aos cem. Chegou... e passou. Dorothy Caldwell acabou por morrer no passado dia 13 de fevereiro, aos 103 anos e idade, na Nova Zelândia. Pode-se dizer que nunca é tarde para começar, e para bater recordes. 

Noticias: Tsunoda quer fazer história na Formula 1


Yuki Tsunoda deseja fazer história na Formula 1. Aos 20 anos, e depois de uma ascensão quase meteórica nas categorias de base no automobilismo - esteve apenas um ano na Formula 2, onde foi terceiro no campeonato, com três vitórias - o piloto japonês, que correrá com o numero 22 e substitui Daniil Kvyat, tem altas ambições.  

Tive a sorte de passar algum tempo com a Scuderia Alpha Tauri antes da época, por isso já estou a desenvolver fortes relações e a aprender muito – incluindo com o Pierre [Gasly], que é um talento incrível. O meu principal objetivo é aprender rapidamente e apresentar resultados o mais depressa possível, Estou realmente entusiasmado por começar”, começou por dizer.

Piloto ajudado pela Honda no inicio da sua carreira, agradeceu à marca pelo objetivo alcançado. “A Honda me apoia desde a Formula 4. Nunca vou deixar de agradecer. É o último ano deles na Formula 1, o que é uma pena, mas acho que vai ser um bom ano, com um motor melhor”, contou. “Meu número no kart era o 11, mas é do Pérez. Dobrei e deu 22. Gosto porque era o número do Button quando ele foi campeão, e o Sato também usou este número”, continuou, explicando a sua escolha.

E claro, quer ser o primeiro piloto japonês de sempre a vencer. Potencial, ele têm.

Apresentações 2021 (2): O Alpha Tauri AT02


O Alpha Tauri AT02 tornou-se no segundo carro a ser apresentado na temporada de 2021 - ou 2020B, se preferirem, dado que os carros estão praticamente parados em termos de desenvolvimento, conforme acordado entre eles por causa da pandemia. Com Pierre Gasly a continuar na equipa nesta nova temporada, junta-se agora o japonês Yuki Tsunoda, que aos vinte anos, é o piloto mais novo do atual pelotão. 

Na realidade, este não é o novo chassis, apenas a nova pintura para esta temporada, mas como já foi dito acima, não deverá ser muito diferente de 2020, porque não haverá grandes alterações.   

Franz Tost, o patrão da equipa, coloca metas ambiciosas para esta temporada, esperando conseguir mais do que os 106 pontos alcançados no último campeonato, coroado com uma inesperada vitória em Monza. 

Em 2020, a Scuderia Alpha Tauri era uma equipa do meio do pelotão, estivemos a lutar, com sucesso, contra equipas como a McLaren, Renault e Racing Point, mas o nosso objetivo para este ano é estar consistentemente no topo deste segundo pelotão e melhorar ainda mais o que fizemos em 2020.", começou por dizer.

"Para o conseguir, temos de evitar problemas de fiabilidade, e terminar todas as corridas nos pontos. Isto só pode acontecer se não cometermos quaisquer erros, pelo que temos de estar cem por cento concentrados no nosso trabalho, corrida após corrida, dentro e fora da pista, porque os nossos concorrentes são difíceis de bater. Faremos o nosso melhor para proporcionar um bom espetáculo a todos os adeptos de Formula 1, que espero ver de volta às pistas, a encher as bancadas em breve”.

Sobre Tsunoda, o novo recruta da marca, Tost acredita que ele irá dar nas vistas assim que conseguir adaptar-se à máquina: 

Ele poderá ter um pouco de dificuldade no início”, começa por dizer. “Mas acho que ele será muito competitivo dentro de algumas corridas. Ele entende a técnica do carro e é muito forte nos duelos... Se você comunicar algo a Yuki, ele saberá imediatamente o que fazer. Ele também é muito bom com os travões e tem uma boa sensibilidade para curvas rápidas, em particular. Se tivermos um bom carro, tenho certeza que ele pode nos surpreender.", concluiu.

O carro dará as suas primeiras voltas a meio de março, no Bahrein, antes da estreia do campeonato, a 28 de março.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

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Confesso não ter muito conhecimento da NASCAR, mesmo em termos históricos, porque não puxou muito. Mas conheço as suas origens: uma competição que nasceu na Carolina do Sul, entre rapazes que tinham carros potentes para escapar da policia porque levavam álcool destilado ilegalmente, nos anos 40 e 50. Gente como Junior Johnson, por exemplo, passou tempo na prisão porque fazia isso como ocupação, mesmo depois da competição se ter engrandecido e se tornar no que foi, por causa da construção da oval de Daytona e da entrada em cena da familia France, que engrandeceu a pista e essa localidade na Florida para ser o que é agora.

Dale Earnhardt é da geração seguinte de Johnson, Richard Petty, "Fireball" Roberts e outros, e se apanhou muitos deles - Cale Yarborough é outro nome que se pode referir - ao contrário dessa gente, é a segunda geração de uma dinastia, porque era filho de Ralph Eranhardt, que foi também dessa primeira geração, mas não teve tanta fama. Infelizmente, morreu aos 45 anos, em 1973, de ataque cardíaco, quando Ralph estava a começar a sua carreira na Winston Series.

Por muito que provasse o seu valor em pista, nesses temos de meados da década de 70, apesar do crescimento da competição com pistas como Talladega, Pocono ou Martinsville, entre outros, não tinha o chamamento televisivo das 500 Milhas de Indianapolis, por exemplo. Até que um dia de fevereiro de 1979, enquanto meia América ficava em casa, retida contra a sua vontade por causa de uma tempestade de neve, viam embasbacados Cale Yarborough e Donnie Allison brigarem um contra o outro porque se auto-eliminaram com a meta à vista, enquanto Richard Petty comemorava a sua sexta vitória na clássica de Daytona, talvez a mais inesperada da sua carreira. 

E enquanto a América se apaixonava definitivamente pela NASCAR, Earnhrdt aproveitava bem essa onda. Ainda em 1979, venceu a sua primeira prova, em Bristol, e foi campeão no ano seguinte. Contudo, o número do qual ficou na lenda, o 3, apareceu apenas em 1984, quando regressou à Richard Childress Racing, onde estivera por algumas provas no final de 1981. Esse número pertencia a Ricky Rudd, e só sairia da Richard Childress Racing depois de morto.

Em 1987, Earnhardt, já com 36 anos, tinha vencido o campeonato no ano anterior, e estava na luta pelo título desse ano. A 17 de maio desse ano, em Charlote, na Carolina do Norte, acontecia a The Winston, uma competição All-Star do qual só poderiam competir por convite. Dale, o campeão, era um convidado natural, e na corrida, Bill Elliot parecia dominar, pois tinha feito a pole-posiition. pois Dale tinha tocado no carro de Geoff Bodine, perdendo posições. Mas recuperou, foi para os lugares da frente e quando Bodine tentou passar Elliot, tocando-se ambos e despistando-se, Earnhardt aproveitou. E ali, de perseguidor, passava a perseguido, e a oito voltas do fim, Elliot queria o primeiro lugar de volta e fez de tudo para o tirar dali. Chegou a tocá-lo, ele foi á relva, mas manteve a calma, o controlo e o sangue-frio, e o primeiro lugar foi o seu, quando mostraram a bandeira de xadrez. Chamaram a aquele momento de "Pass on The Grass", quando, irónicamente... não houve ultrapassagem alguma.

Earnhardt acabou campeão nesse ano, e a alcunha de "O Intimidador" começou a pegar. E isso num tempo em que havia personagens como Tim Richmond, que chegou a correr em Indianápolis e teve uma vida cheia como curta, pois morreu devido ao HIV, em 1989, aos 34 anos.

Nos treze anos e meio seguintes, Earnhrdt correu contra uma nova geração de pilotos, que incluiu o seu filho Dale Jr, e foi campeão mais quatro vezes, a última dos quais em 1994. E quatro anos depois, em 1998, conseguiu a sua única vitoria no Daytona 500, algo do qual perseguiu quase toda a sua vida (tinha 46 anos quando a alcançou) e ainda era competitivo no ano 2000, quando começou a contemplar a ideia de se retirar, ele que iria fazer 50 anos a 29 de abril de 2001, e faria a sua 19ª temporada seguida pela Richard Childress Racing. 

Como sabem, não teve tempo. E há precisamente vinte anos, neste 18 de fevereiro, data do Daytona 500 desse ano, Dale Earnhart bateu no muro na última volta dessa corrida, quando lutava pela vitória. O legado dele, precisamente vinte anos depois do seu trágico desaparecimento, não só foi o fortalecimento das regras de segurança nos carros - o HANS tornou-se obrigatório a partir dali - mas também o facto de Earnardt se ter tornado o símbolo de um tempo onde a NASCAR vivia um auge de popularidade do qual muitos não se identificam com o que se passa agora.   

Youtube Motorsport Video: Coheçam Jehan Daruvala, a esperança indiana para a Formula 1

Depois de Narain Kartikeyan e Karun Chandhok, não aparecerm mais indianos na Formula 1. Mas isso pode estar a mudar nos proximos tempos, porque na Formula 2 há um piloto interessante de se seguir, Jehan Daruvala. Já venceu corridas nessa categoria e é piloto da Red Bull Junior Team, ou seja, poderá ter estofo para ir onde está agora Yuki Tsunoda, por exemplo.

E é sobre ele e as suas chances de lá chegar que o Josh Revell fez este video. 

As prendas de aniversário de Markku Alén


Markku Alen, lenda dos ralis, fez 70 anos esta semana e o site Dirtfish.com fez um tributo a ele, afirmando que merecia, como prenda de aniversário, experimentar os carros atuais do WRC. Ele que conduziu uma panóplia de carros que vão desde os Lancia Fluvia até ao Delta, passando pelos Ford Escort, Fiat 131 Abarth, Subaru Legacy e Toyota Celica. Ao todo venceu 19 ralis na sua carreira, seis dos quais na Finlândia e outros cinco em Portugal.

A noticia foi bem acolhida pelas equipas e todos lhe ofereceram uma chance de experimentar: Toyota, Hyundai e Ford, ele que sempre teve curiosidade de saber como são agora estes carros de ralis. Claro, ele ficou bem satisfeito. 

Não sei o que dizer, são notícias incríveis. Sempre quis conduzir um destes carros. Não me importa qual, mas obrigado a todos pela oferta. Os carros de hoje são lindos. Fantásticos de se ver, tão rápidos e incríveis. Como o Grupo B, mas como da noite para o dia em comparação com os carros atuais. A última vez que guiei um WRC foi o Volkswagen Polo em Panzerplatte, mas isso já foi há alguns anos. Obrigado à DirtFish”, comentou, embevecido.

A Ford foi ainda mais longe, através de Malcom Wilson, que chegou a alinhar na mesma equipa de alen em alguns ralis dos anos 80: “Digam ao velhote que vamos tornar o seu sonho realidade. Digam-lhe que pode vir até Greystoke [sede da M-Sport] e conduzir o carro atual e o novo carro de 2022!

Noticias: BWT pode continuar na Williams... ou Haas F1


Uma marca do qual esteve presente de maneira bem forte nos últimos anos foi a BWT, uma firma austríaca especializada no tratamento de águas residuais, especialmente por causa da sua cor predominante, o rosa. Desde 2017 na Racing Point, saiu no final de 2020 para dar lugar ao verde da Aston Martin, mas ele está por aí, e provavelmente para ficar noutra equipa. As chances são que vá ou para a Haas F1, ou para a Williams.

Sobre a chance da equipa americana, quem fala disso é Ralf Scumacher, tio de Mick Schumacher, agora piloto da equipa e claro, estreante em 2021. “Um patrocinador acabou de ficar disponível”, começou por dizer Ralf. “Não que esta cor em particular jogue muito bem com o Mick”, continuou.

A chance da equipa de Grove largar o azul dos últimos anos para virar rosa também é uma boa hipótese, e fala-se que a razão da apresentação tardia do FW41B tenha a ver com a reorganização de acordos de patrocínio por parte da Williams, para que tudo esteja pronto antes da nova temporada, dentro de um mês. Contudo, este patrocinador é bem tentador para as equipas, e ao contrário de muitos, está disposto a continuar na categoria máxima do automobilismo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Ralis: Croácia quer público


O rali da Croácia sairá para a estrada no final de abril, mas a organização quer espectadores nos troços, nem que seja para comemorar o regresso à normalidade. Pelo menos, é essa a intenção de Daniel Saskin, Presidente da Comissão Organizadora.

Em declarações ao site rallye-sport.fr, Saskin afirma que, apesar de terem feito as devidas cautelas para evitar aglomerações, gostariam de ter gente a assistir, no que seria o primeiro rali desde o da Estónia, em setembro de 2020. 

"O traçado [da prova] foi cuidadosamente escolhido para evitar multidões, mas ao mesmo tempo permitir que o publico participe e usufrua da competição. Temos esperança que a situação epidemiológica o permita. Além disto, esta prova no mundial é uma grande oportunidade de mostrar ao mundo os lugares mais bonitos do nosso país.", contou.

Terceira prova do Mundial, o Rali da Croácia está marcado para os dias 22 a 25 de abril e terá 22 especiais de classificação. 

Noticias: Formula 1 considera regresso a Indianápolis


A Libery Media deseja ter pelo menos uma segunda corrida em território americano, para além de Austin, no Circuito das Américas. Sabendo-se de tentativas em Miami, encravadas na burocracia e na oposição local, também se fala nas hipóteses de Las Vegas, que já acolheu a Formula 1 em 1981 e 82, mas a entidade que gere a competição também disse que o Circuito de Indianápolis, a pista mais mitica das Américas, a par de Daytona e Sebring, poderá voltar a acolher a categoria máxima do automobilismo.  

Os EUA são um trabalho em curso. Esperamos poder dizer mais em breve, mas confirmo que temos como objetivo passar a ter duas corridas nos EUA. Não posso dizer hoje se Vegas é melhor ou pior para ser honesto. Estamos a trabalhar nesse sentido e Indianápolis está na equação”, disse Stefano Domenicalli numa entrevista à americana Autoweek.

A Formula 1 esteve no "Brickyard" entre 2000 e 2007, e a prova teve como vencedores pilotos como Michael Schumacher, Mika Hakkinen, Lewis Hamilton, entre outros. Mas também ficou marcado pela infame edição de 2005, onde devido a um problema grave com os pneus Michelin, apenas seis carros, os que tinham pneus Bridgestone, correram até ao fim, dando um pódio a Tiago Monteiro, no seu Jordan-Toyota.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

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Em 1959, Jean Behra era um homem acossado, sob pressão de si mesmo. Era piloto da Ferrari, depois de uma temporada razoável pela BRM, e tendo uma máquina que julgava ser competitiva, sabia que tinha de fazer o melhor para vencer corridas. Algo que nunca tinha conseguido de forma oficial, apesar de nove pódios e um quarto lugar no campeonato de 1956, ao volante de um Maserati oficial. Era um piloto baixo e encorpado, dava tudo em pista, mas era temperamental fora dela. E ao longo da sua carreira, tinha ficado marcado por mais de uma dezena e meia de acidentes que tivera, com o seu corpo totalmente cheio de cicatrizes. Por exemplo, em 1955, uma das suas orelhas tinha sido parcialmente arrancada devido a uma colisão.

Também em 1959, Behra tinha 38 anos, logo, não corria para novo. Mas mesmo assim, era mais novo que Maurice Trintignant, que tinha começado a correr logo depois da II Guerra Mundial, e vencera duas corridas no Mónaco. Uma pela Ferrari e outra pela Cooper. Nesse ano, Trintignant ia a caminho dos 42 anos e ainda iria correr até 1964, perto dos 50.

Nesse ano, Behra era piloto de uma Ferrari totalmente reformulada depois dos acidentes que tinham matado pilotos como Eugenio Castelotti, Luigi Musso e Alfonso de Portago. Agora, tinham os americanos Phil Hill e Dan Gurney, o britânico Tony Brooks e o alemão Wolfgang von Trips, que estavam dispostos - e pressionados - a serem os mais velozes, num tempo em que os seus carros de motor à frente estavam desfasados num tempo onde os Cooper de motor traseiro iriam arrasar as pistas, e todas as ouras marcas iriam seguir o mesmo feito: Porsche, Lotus, BRM e outros. A Ferrari iria esperar até à nova regulamentação dos 1.5 litros, em 1961, e até lá, tentaria remar contra a corrente, julgando ter os motores mais potentes do pelotão, e isso bastava.

Behra até começou bem, vencendo uma corrida extra-campeonato, em Aintree, mas em termos de corridas oficiais, as coisas não corriam bem. Tinha desistido no Mónaco, e conseguido um modesto quinto posto em Zandvoort, logo, as coisas tinham de ser boas na sua corrida caseira, em Reims. 

Mas não foi: quinto na grelha, e o terceiro melhor dos Ferrari - atrás de Brooks, o "poleman", e de Phil Hill - a corrida não durou muito, pois desistiu na volta 31, com um pião quebrado. Mas desde o inicio que a sua relação com Romolo Tavoni era tensa, e muitas vezes, ele o acusava que não estava no seu limite. Temperamental que era, sentia-se ofendido com as suas delcarações, e naquela tarde, explodiu, esmurrando-o. Tinha os dias contados na Scuderia, mas não se importou muito, porque tinha um projeto em mãos. O seu despedimento apenas acelerou.

Entra as marcas que ele tinha corrido estava a Porsche. Dava-se bem com gente do calibre de Huske von Hanstein, e achava que se poderia fazer algo com os motores provenientes da Formula 2. logo, pediu a eles para que construíssem um chassis, que deu o seu nome, e desenhado poe Valerio Colotti. Tinha entrado no GP do Mónaco através de Maria Teresa de Filippis, a primeira mulher piloto da Formula 1, mas não se tinha qualificado. Sem os seus compromissos na Ferrari, poderia dedicar-se a tempo inteiro ao seu carro, e inscrevera-o para o GP da Alemanha, que iria correr no veloz circuito de Avus, em Berlim, usando a "Autobahn".

Contudo, Behra também tinha inscrito outro Porsche para uma corrida de Sport, e participava nessa corrida quando perdeu o controlo do seu carro no "banking" foi projetado e acabou no chão, com mais umas fraturas nas costelas e no crânio, estas fatais. Era o dia 1 de agosto de 1959.

No dia do seu funeral, três mil pessoas acorreram ao cemitério de Nice para prestar os seus respeitos. Trintignant, no final do serviço fúnebre, fizeram um apelo à imprensa para que os jovens de França defendessem as cores nacionais no automobilismo. Iria demorar o seu tempo, mas aconteceu: vinte anos após a sua morte, haveria oito franceses no pelotão da Formula 1, e pelo menos duas marcas francesas: Ligier e Renault.

Hoje, passam cem anos sobre o nascimento de Jean Behra. 

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Lentamente sacudi algumas teias de aranha, [mas] as primeiras voltas [estão] feitas. São provavelmente as piores condições porque está escorregadio, sou um pouco cauteloso no primeiro dia, mas ficou tudo bem.

Estas foram as primeiras declarações de Daniel Ricciardo, esta terça-feira de Carnaval, em Silversrone, depois de fazer o "shakedown" do McLaren MCL35M, o carro com o novo motor Mercedes, numa temporada que vai ser, seguramente, a temporada B de 2020, nestes tempos meio loucos em que vivemos. Temos de ser honestos: as equipas acordaram que nesta nova temporada, as máquinas serão antigas, e os carros serão idênticos não só em relação à máquina do ano anterior, como uns aos outros. Não pode haver muitas modificações, e a única coisa que a equipa de Woking vai fazer de diferente será o de modificar a traseira de forma a acolher o motor Mercedes, ser semelhante à máquina campeã do mundo.

Mas sabendo que, de uma certa maneira, será mais do mesmo - alguns dos carros terão uma versão B do seu chassis, mostrando ser uma evolução e não uma coisa nova - resta pensar o que será 2021. Se for algo idêntico a 2020, então poderemos estar a caminho de novo domínio e Lewis Hamilton ser o primeiro piloto a conseguir oito títulos e mais de cem vitórias na Formula 1. Mas também poderá ser um ano onde algumas equipas se esforçaram para estar mis perto dos da frente, logo, maior equilíbrio. 

E se assim for... até pode ser uma temporada bem interessante.

Red Bull agora tem de arranja diretor técnico


Agora que a Red Bull se decidiu em tratar e desenvolver os seus próprios motores, depois da saída da Honda do projeto, no final desta temporada, é agora hora de arranjar algum responsável para ficar na frente do novo departamento técnico da Red Bull, capaz de desenvolver este motores ap artir do momento em que a marca japonesa abandonar a sua parte, rumo a outras paragens. Contudo, para Christian Horner, este passo tem de ser ponderado, e isso passa por um diretor técnico competente para arcar com este projeto.  

Tem de ser um projecto a longo prazo quando se vê o investimento necessário para tal. Também o queremos utilizar após os regulamentos atuais. Mostra o empenho de Red Bull e Dietrich Mateschitz na Formula 1 e que não temos medo de correr riscos”, disse Horner ao site The Race.

"Penso que conseguimos mais com o nosso grupo responsável pelo chassis do que alguém alguma vez se pensou ser possível, e queremos fazer o mesmo com o motor. Sem esta situação, o interesse da Red Bull poderia ter desaparecido rapidamente, mas agora temos o nosso destino nas nossas próprias mãos. A Red Bull é agora uma equipa demasiado grande para ser um cliente, com ambições que por vezes excedem as do fabricante. Isto dá-nos liberdade”, continuou.

Entre os nomes que foram muito falados, um deles é o de Andy Cowell, o diretor técnico da Mercedes, e também se pensa em Mario Illien, o fundador da Ilmor, mas a Red Bull não tem muita pressa nesse assunto. 

Primeiro temos de ver quem está disponível o actual grupo Honda para se juntar a nós. Tanto quanto sei, Cowell quer trabalhar fora da F1 e Mario (Illien) tem a sua própria empresa em parceria com a Honda. Talvez haja oportunidades para o futuro. Por agora, no entanto, precisamos de encontrar um director técnico, um gestor e um director de operações, e temos alguns candidatos em mente para isso”, conclui o chefe da equipa Red Bull Racing.

Noticias: Alpine e Aston Martin já têm as suas datas de lançamento


A Alpine, nome pelo qual a Renault vai ser chamada na Formula 1 a partir desta temporada, revelou hoje a sua data de lançamento. Será a 2 de março, o mesmo dia que o da Mercedes. O A521 terá este ano, para além do local Esteban Ocon, o veterano Fernando Alonso, que regressa à competição depois de três temporadas fora dela, e neste momento, recupera de um acidente de bicicleta que o levou a ser operado ao maxilar.

Também hoje se soube quando é que a Aston Martin lançará o seu carro. A equipa, que tem também novo nome, depois de se chamar Racing Point, e terá Sebastian Vettel no alinhamento, ao lado do canadiano Lance Stroll, apresentará as suas novas cores no dia seguinte do da Alpine e da Mercedes, em Silverstone, num evento virtual na sua sede, no seu regresso à Formula 1 em 60 anos.

O monolugar ainda não tem código anunciado.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Apresentações 2021 (1): O McLaren MCL35M


O McLaren MCL35M foi apresentado na noite desta segunda-feira na sua fábrica, em Woking, numa transmissão feita pela equipa para o mundo. Com Lando Norris a ter um novo companheiro de equipa, o australiano Daniel Ricciardo, a equipa terá de volta os motores Mercedes, que estiveram na equipa entre 1995 e 2014.

O MCL35M é uma evolução do modelo anterior, agora com os motores alemães, mas tirando isso, não há grandes alterações devido às restrições em relação a 2021, algo do qual as equipas concordaram durante o ano anterior. A traseira é mais compacta, verdade, mas de resto, não há alterações em relação ao modelo anterior.

Para além dos pilotos, estiveram presentes na apresentação do carro o seu diretor, Zak Brown, e o diretor técnico, Andreas Seidl, e ali, o americano admitiu que tem "a melhor dupla da Formula 1". Já o australiano admitiu que a sua chegada à McLaren é um sonho concretizado desde há algum tempo, e revelou que esteve ali secretamente, no tempo em que era piloto da Red Bull.

Eu tive que manter isso [encomendar um carro] um pouco em segredo,” ele admitiu. “Eu vim aqui para fazer as especificações do carro e mesmo indo para o lado automotivo todos estavam do género ‘você sabe, você realmente não pode ser visto aqui’. Sou fã da McLaren há muito tempo." gracejou.


Zak Brown falou com mais calma sobre o que é o movo chassis e as mudanças em relação a 2020, bem com o que esperam para a temporada que aí se avizinha.

Estamos entusiasmados em lançar a nossa equipa de 2021 com Lando e Daniel, enquanto nos preparamos para o início da temporada de Fórmula 1”, começou por dizer. “Nós temos uma dupla de pilotos incrivelmente emocionante este ano, ambos são formidáveis ​​na pista e grandes personagens fora da pista. Lando é um piloto naturalmente rápido e inteligente em uma trajetória emocionante, enquanto Daniel é um vencedor de vários grandes prêmios com uma habilidade de piloto afiada e talento excepcional. Depois de um 2020 desafiador, mas gratificante, apertamos firmemente o botão de reset para esta temporada enquanto continuamos em nosso caminho em direção à frente da grelha. Esta será uma temporada ainda mais difícil, mas estamos prontos para enfrentar o desafio.", continuou.

Entramos nesta temporada com um grupo incrível de parceiros comprometidos e valiosos ao nosso lado, que são uma parte vital da nossa equipa. 2020 representou um desafio significativo, não apenas para a McLaren Racing, mas também para muitos de nossos parceiros, portanto, manter seu apoio é uma prova da qualidade de nossos parceiros e dos relacionamentos que formamos em nossa jornada juntos.”, concluiu.


James Key
, diretor técnico da equipa, diz que, apesar das aparências, o carro é bem diferente do chassis de 2020.

Apesar dos regulamentos técnicos relativamente estáveis ​​de 2020, há várias mudanças aerodinâmicas significativas nas regras que é importante acertar”, começa por explicar. “Cada mudança neste regulamento representa uma oportunidade, e a equipa em Woking tem trabalhado muito duro em condições difíceis para maximizar essas oportunidades. Um dos elementos-chave do design do MCL35M é a integração da unidade de força Mercedes-AMG, que exigiu um esforço considerável da equipe em Woking, bem como de nossos colegas da Mercedes. Apesar das nossas limitações para instalação num carro homologado, a equipa fez um trabalho fantástico de otimização do nosso trabalho de design.", continuou.

Construir um carro de Fórmula 1 nunca é fácil. Estes são os carros de corrida mais rápidos e tecnicamente mais complexos do mundo e esse desafio só foi agravado pela pandemia do covid-19. Durante o ano passado, a equipa da fábrica foi submetida a testes e procedimentos de trabalho incrivelmente rigorosos com o objetivo de manter nosso pessoal seguro. Estou imensamente orgulhoso de como nosso incrível grupo de pessoas aceitou esse desafio e desenvolveu o melhor pacote possível.

O MCL35M andará amanhã no circuito de Silverstone para um "shakedown", antes dos testes colectivos do Bahrein, a meio de março.

Youtube Formula One Video: This is McLaren

No dia em que a McLaren será a primeira equipa a mostrar o seu carro, a marca também largou um video sobre a sua equipa e o seu fundador, Bruce McLaren, um pouco para captar o espírito desses primeiros tempos, onde a equipa veio de baixo para em poucos anos triunfar quer na Formula 1, quer na CanAm. isto tudo ainda na - infelizmente, curta - vida do seu fundador.

E claro, comparado com a atualidade, onde com Daniel Ricciardo e Lando Norris, e de novo com os motores Mercedes, pretendem regressar a esses tempos de glória. 

Noticias: Red Bull fica com motores Honda até 2025


A Red Bull tratará dos motores Honda para além do final do contrato, em 2022. A marca de Milton Keynes irá tratar das unidades de potência japonesas, quer para a equipa-mãe, quer para a Alpha Tauri, adquirindo a propriedade intelectual do motor Honda e mantendo os motores até à nova era de motorizações, prevista para 2025 ou 2026, pois a data ainda não foi decidida.

Helmut Marko, o responsável da marca na Formula 1, fala sobre o novo acordo e a Red Bull Powertrains Limited, empresa criada para gerir este projeto.

Temos vindo a discutir este tópico com a Honda há já algum tempo e, na sequência da decisão da FIA de congelar o desenvolvimento de unidades de potência a partir de 2022, pudemos finalmente chegar a um acordo relativamente à continuação da utilização das unidades híbridas de potência da Honda”, começou por dizer o conselheiro da Red Bull.

Estamos gratos pela colaboração da Honda a este respeito e por ajudar a assegurar que tanto a Red Bull Racing como a Scuderia Alpha Tauri continuem a ter unidades de potência competitivas. A criação da Red Bull Powertrains Limited é um passo arrojado da Red Bull, mas feito a partir de uma cuidadosa e detalhada análise. Estamos conscientes do enorme empenho necessário, mas acreditamos que a criação desta nova empresa é a opção mais competitiva para ambas as equipas”, concluiu.

Do lado da Honda, agora que ele começou a vencer corridas que decidiu abandonar a Formula 1, embora afirme que a verdadeira razão tem a ver com a neutralidade carbónica para desviar recursos da competição.

Honda está satisfeita pelo facto de na sequência da nossa decisão de deixar a Fórmula 1 no final de 2021, termos conseguido chegar a um acordo para que as duas equipas da Red Bull utilizem a nossa tecnologia de unidades motrizes de F1 depois de 2021." começou por dizer Koji Watanabe, Chefe de Operações de Marca e Comunicação da Honda.

"Estamos totalmente empenhados no nosso objetivo da Honda ser neutra em carbono até 2050, razão pela qual estamos a desviar os nossos recursos de Formula 1 para este novo objetivo. No entanto, como empresa que está envolvida na Fórmula 1 há várias décadas, sentimos que era o mais correto a fazer para ajudar as nossas duas equipas atuais e, de facto, o desporto como um todo. Ao permitir que a Red Bull Racing e a Scuderia Alpha Tauri utilizem a nossa tecnologia PU de Formula 1, deverá assegurar que possam correr competitivamente, o que também é bom para o desporto e para os adeptos”, concluiu.

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Adivinhem quem decidiu aparecer?


William Storey, o homem por trás da Rich Energy, a firma de bebidas energéticas que estão em todos o lado e não os vemos em lado algum - poucos foram os que beberam tal coisa, incluindo no Reino Unido, a sua nação de origem - reapareceu nas redes sociais afirmando que pretende regressar em força à Formula 1, quase dois anos depois da saga da Haas. 

Este domingo, Storey apareceu na sua conta do Twitter para falar que iria regressar. Naturalmente, havia ceticismo nas suas declarações, mas depois de falar do passado, das suas tentativas de comprar a Force India, de colocar capital na Williams antes de ser o patrocinador principal na Haas F1, antes de sair de cena pela porta dos fundos, agora afirma que pretende regressar à categoria máxima do automobilismo, com um parceiro e estará no Bahrein, a 28 de março, para ver como param as coisas. Aparentemente.

Tenho procurado uma maneira pela qual a Rich Energy possa retornar [à F1], de maneira ideal para nós e para ajudar a equipe com a qual vamos trabalhar,” começou por dizer Storey na sua comunicação no Twitter.

Por acaso, um aliado estratégico da Rich Energy comprou - ou concordou em comprar - uma participação maioritária em uma equipa do atual pelotão. Nós exploramos os novos regulamentos [para se poderiamos] entrar com a nossa própria equipa em 2022, chamada Team Rich Energy F1, mas um amigo nosso concordou em um acordo para uma participação maioritária em uma equipe do atual pelotão, e nos tornaremos parceiros dessa equipe em 2021. Assim que a aquisição for anunciada, nos tornaremos o patrocinador titular para 2022.", continuou.

Estou realmente ansioso para competir com nossos concorrentes na pista, estarei na primeira corrida no Bahrein e estou ansioso para ver todos vocês lá.

O anuncio foi feito, mas quase toda a gente não acredita nisto. Aliás, querem ver para crer. E a história dos 200 milhões do qual Stefano Domenicalli afirma que poderia ser retirado, será sempre condicional, ou seja, tem de ter o acordo das equipas e as propostas terão de ser sólidas, ou seja, só abririam para as equipas de fábrica e nada mais. Aventureiros, são as coisas dos quais a Formula 1 não quer ter mais, depois das más experiências nas décadas de 80 e 90 do século XX. 

Storey é uma piada, e a Rich Energy é mais uma fantasia, do qual as latinhas do energético são mais raras do que cabelos em carecas e aquecedores no deserto. Mas mesmo assim, por trás da fanfarronice, poderá haver algo mais sério. Veremos. 

WRC: Andrea Adamo admite sentir saudades de Sebastien Ogier


Andrea Adamo
e Sebastien Ogier nem sempre se deram bem, mas houve sempre respeito entre ambas as partes. E é por causa disso que o responsável pela Hyundai disse por estes dias que vai sentir a sua falta no momento em que ele deixar de correr no WRC de forma permanente, algo do qual está marcado para o final desta temporada.

Se Ogier se retirar, sentirei a sua falta. Sinto sempre a falta de pessoas inteligentes, inteligentes e empenhadas – é com ele que posso aprender muitas jogadas muito inteligentes”, começou por dizer. “Em termos do seu CV, não preciso de comentar, fala por si. O meu herói sempre foi Walter Röhrl que ganhou Monte Carlo com quatro fabricantes diferentes e agora Ogier venceu-o!", continuou.

Continuando com os elogios, Adamo comparou-o com outros pilotos do atual pelotão do WRC, como Thierry Neuville e Ott Tanak.

Sébastien, Ott [Tänak], Thierry [Neuville], todos estes tipos de personagens são necessários no rally. É um desporto de fabricante para mim, mas os fabricantes estão lá porque as pessoas também precisam de alguém para animar e alguém como Ogier.“, começou por afirmar.

Mas se olharmos para a sua carreira, ele sempre foi uma das pessoas mais inteligentes que já vi. Sempre passei muito tempo a estudar o que as outras pessoas estão a fazer para melhorar e ele sempre foi muito inteligente, direto. As pessoas falam de eu ser implacável, eu não sou implacável, ele é impiedoso. Alguém como ele fará falta”, concluiu.

O WRC continua no final deste mês com o Arctic Rally, na Finlândia.