sábado, 6 de agosto de 2022

WRC 2022 - Rali da Finlândia (Dia 2)


Ott Tanak continua na frente do Rali da Finlândia, mas já sente a aproximação de Kalle Rovanpera. O piloto finlandês já está a 8,4 segundos do estónio da Hyundai, enquanto Esapekka Lappi é terceiro, a 20 segundos, concluída a 18º especial, faltando quatro para a conclusão da prova.

O dia de sábado tinha passagens duplas por Päijälä, Rapsula, Patajoki e Vekkula. A manhã começou na primeira passagem por Päijälä, onde Elfyn Evans conseguiu ser o melhor, 0,7 segundos adiante de Kalle Rovanpera, 4,3 sobre Ott Tanak, e 7,1 sobre Esapekka Lappi. Rovanpera foi o mehor na primeira passagem por Rapsula, batendo Tanak por 2,5 segundos, e repetiu o feito em Patajoki, batendo Lappi por 1,7 segundos e Tanak por 3,3, sendo apenas quarto na especial.   

No final da manhã, Tanak reagiu triunfando na primeira passagem por Vekkula, batendo Rovanpera por 1,3 segundos e Evans por 2,4. "Foi uma boa eespecial, sem grandes momentos. Estava num ritmo muito bom e era tudo o que podíamos fazer", disse Tanak, no final da classificativa.

"É uma nova especial, então você sempre pode tentar fazer algo. Temos sorte de estar aqui - eu tinha uma nota um pouco rápida demais e estivemos completamente fora da estrada. Isso às vezes é rali! Estamos aqui, então está tudo bem." - afirmou Rovanpera.

A tarde começava com a segunda passagem por Päijälä, onde Rovanpera triunfou, ganhando 0,2 segundos sobre Tanak e 1,9 sobre Lappi. Era uma luta a três, e Rovanpera queixou-se das condições da especial. "Os sulcos são bastante difíceis, então talvez tenha acontecido em algum lugar lá. Eu não tinha nada de especial. É complicado para ser honesto - nós mudamos o carro um pouco e uma área é melhor e a outra não.", disse.

Na segunda passagem por Rapsula, Rovanpera triunfava, ganhando 1,2 segundos a Tanak e 5,2 a Evans. Lappi perdeu 7.2 segundos e foi passado por Rovanpera no segundo lugar. O jovem finlandês estava ao ataque. 

Tanak ganhou na segunda passagem por Patajoki, mas empatou em termos de tempos com Rovanpera, que não ajudou em nada. Lappi foi terceiro, a 2,8. Contudo, o estónio dizia no final: "[As coisas] no final foram perfeitas para mim - sem preocupações. Tive uma boa sensação nesta etapa e o carro está funcionar bem."

Já Rovanpera... "Não [estou] tão confiante. Ott é rápido e há um limite com esses carros - não posso fazer muito mais. Eu já estava um pouco mais sensato neste porque [nesta especial] há muitas pedras soltas."

Na última especial do dia, a segunda passagem por Vekkula, Rovanpera acabou por triunfar, ganhando mais 3,1 segundos sobre Tanak, e 9,2 sobre Thierry Nevuille, ficando cada vez mais perto do comando.  A especial não correu bem para Evans, que danificou a sua suspensão do seu Toyota, nem Katsuta Takamoto, que se despistou e perdeu tempo. 

Depois dos três primeiros, Elfyn Evans já está longe, a 1.19,7, que por sua vez já tem num avanço confortável sobre o Hyundai de Thierry Neuville, a 2.05,5. Katsuta Takamoto é sexto, a 2.47,5, na frente de Gus Greensmith, que está a 3.23,0, o melhor dos Ford. Oitavo é Pierre-Louis Loubet, a 3.23,2, noutro Ford, e a fechar o "top ten" estão o Hyundai Rally2 de Teemu Suninen, a 7.56,8, e o Skoda de Emil Lindholm, a 8.07.5.

O rali da Finlândia termina amanhã.

Formula 1: Rosberg garante negociações para a renovação do GP do Mónaco


Nico Rosberg veio a público por estes dias para garantir que a organização monegasca do GP conta com o envolvimento do próprio Príncipe nas negociações com a Fórmula 1 no sentido da sua renovação e continuidade para 2023. Numa altura em que a Liberty Media quer que o principado pague mais e ganhe maior controlo da organização do Grande Prémio, a presença de Alberto II é uma forma de mostrar que o governo pretende levar a bom porto as negociações, no sentido em que ambas as partes fiquem satisfeitas com a situação.

O príncipe está mesmo a envolver-se nestas conversações, porque o clube automóvel continua a orientar esta difícil tarefa”, explicou o piloto, três vezes vencedor do GP monegasco e campeão em 2016.

Segundo alguns relatos, o Automobile Club de Monaco parece intransigente nas negociações, o que levou Rosberg a afirmar à imprensa que “o Mónaco também tem de se adaptar um pouco. Há patrocinadores no circuito que são concorrentes aos patrocinadores do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – relógios e assim por diante – e isso, claro, é difícil. Portanto, é preciso encontrar um meio-termo”.

Algumas das coisas que a Liberty Media quer é alterar algumas alíneas que sempre existiram no contrato com o Mónaco e que não faziam parte de mais nenhuma prova, como por exemplo, a realização televisiva própria do Automobile Club de Monaco durante o fim de semana, podendo ainda o promotor local comercializar os espaços publicitários na pista. A Liberty Media quer que Mónaco siga o mesmo caminho dos outros circuitos, especialmente numa altura em que irá receber em 2023 o circuito de Las Vegas e possivelmente, Kyalami, na África do Sul, bem como o regresso da China.  

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

WRC 2022 - Rali da Finlândia (Dia 1)


Ott Tanak é o primeiro líder do rali da Finlândia, cumpridas que estão as primeiras dez classificativas da prova, a mais importante do WRC, a par do Rali de Monte Carlo. Ele tem uma vantagem de 3,8 segundos sobre  Esapekka Lappi, enquanto Elfyn Evans é o terceiro classificado, a 19,3 segundos atrás do líder da prova. Kalle Rovanpera, o líder do campeonato, é quarto, a 21 segundos.   

A primeiro dia começou... na véspera, com a primeira passagem por Harju, com 3,48 quilómetros, onde Thiery Neuville conseguiu ser o melhor, batendo Ott Tanak por 1,2 segundos, enquanto Katsuta Takamoro era o terceiro, a 3,6. Kalle Rovanpera era o quarto, perdendo 2,7 segundos. 

A especial ficou também marcada pelo acidente de Nikolay Gryazin, onde acabou por desistir.

"Sempre gostei das Super-Especiais e me diverti muito lá, mas amanhã é um mundo totalmente diferente. No momento não me sinto confortável. Fizemos algumas mudanças de afinação no shakedown e estou cruzando os dedos que amanhã terei uma sensação melhor.", disse Neuville, no final da primeira especial.

Já Kalle Rovanpera, quarto na especial de quinta-feira, assumia que apesar do rali ser especial, a atitude seria a mesma em relação às outras provas.

"Claro, o sentimento e as expectativas estão lá, mas acho que os coloco do meu lado de qualquer maneira para tentar vencer todos os rallys. A situação é a mesma, só temos mais apoio e é uma atmosfera louca."


No dia seguinte, com passagens duplas por Laukaa, Lankamaa, Assamaki e Sahloinen-Moksi, começou com Tanak ao ataque, triunfando na primeira passagem por Laukaa, 2,7 segundos na frente de Lappi e 2,9 sobre o irlandês Craig Breen. A especial ficou marcada pelo acidente de Oliver Solberg, que capotou com o seu Hyundai e acabou por desistir.

Lappi atacou na primeira passagem por Lankamaa, triunfando com 0,3 segundos de vantagem sobre Tanak e 3,1 sobre Breen, enquanto Adrien Formaux era a vítima seguinte do rali, danificando a direção depois de um toque, perdendo mais de 16 minutos. 

Tanak triunfa na segunda passagem por Laukaa, 0,4 segundos na frente de Lappi e 1,1 sobre Evans, enquanto a segunda passagem por Lankamaa fora cancelada devido a problemas de segurança. Takamoto vence surpreendentemente em Harju, 0,1 segundos na frente de Tanak e Neuville, que fazem o mesmo tempo. Tanak volta às vitórias em Assamaki, 2,1 segundos na frente de Lappi e 2,2 na de Rovapera. O estónio estava na frente, mas sentia o assédio da concorrência.

"Obviamente estou correndo riscos. Em alguns lugares me sinto bem, mas em outros você tem surpresas e sente que é lento. Eu diria que no geral tivemos uma corrida limpa - é tudo o que podemos fazer no momento.", dizia Tanak, no final da sétima especial.

Lappi triunfa em Sahloinen-Moksi, ganhando 2,1 segundos sobre Tanak e quatro segundos sobre Rovanpera, aproximando-se do estónio, e volta a fazer a mesma coisa na segunda passagem por Assamaki, ganhando dessa vez 0,9 segundos a Tanak e 1,4 a Kalle Rovanpera. Por fim, ganha a terceira especial seguida em Sahloinen-Moksi, conseguindo uma vantagem de 1,4 sobre Elfyn Evans e sobretudo, 1,5 segundos sobre Tanak, terceiro a 1,5. 

Depois dos quatro primeiros, Craig Breen é quinto, a 32,5 segundos, não muito longe dele está Katsuta Takamoto, a 35,5 e é sexto, e ambos já andam distantes de Thierry Neuville, a 50,2, sétimo no seu Hyundai. Pierre-Louis Loubet é oitavo, a 1.00,9, não longe de Gus Greensmith, nono a 1.02,6, no seu Ford. E a fechar o "top ten" está Teemu Suninen, a 2.59,9 e o melhor dos Rally2.

Amanhã, o rali da Finlândia continua, com a realização de mais oito especiais de classificação.

Noticias: Domenicalli quer oferecer cargo diretivo a Vettel


A decisão de retirada por parte de Sebastian Vettel apanhou todos de surpresa na Formula 1, incluindo os que trabalham na Ferrari, equipa no qual o alemão lá esteve entre 2015 e 2020. Mattia Binotto, que trabalhou com ele na Scuderia, admitiu que a decisão do tetracampeão de colocar um ponto final na carreira, com apenas 35 anos - mas a correr na categoria máxima do automobilismo desde os vinte - foi uma surpresa. E teve uma conversa com ele, onde mostrou disponibilidade para regressar à Ferrari como dirigente.

Li nas notícias”, disse Domenicali, em declarações ao Sport Bild. “Entre outras coisas, falámos sobre a sua decisão e o futuro”, revelou o antigo chefe da Ferrari.

O Sebastian [Vettel] vai estar sempre associado à Fórmula 1. E, claro, queremos que essa ligação permaneça próxima no futuro. Se ele estiver interessado em se tornar parte do nosso sistema e as abordagens se encaixarem, é claro que o receberia aqui. Mas já sabemos que, após esta época, ele quer desfrutar do tempo com a sua família”, continuou.

Youtube Formula Video: O que se passa com a Ferrari?

Chegados à pausa de agosto, podemos ver que a Red Bull lidera com sobras sobre a concorrência. Mas, mais que o talento da equipa energética e dos seus pilotos, o que andamos a ver principalmente é o derretimento do seu maior rival nesta temporada, a Ferrari. Que de um potencial domínio, viu quebras de motores, despistes e más decisões estratégias arruinarem as chances de vitória para Charles Leclerc e Carlos Sainz Jr

E é acerca de todo este "debâcle" que o Josh Revell decidiu fazer este video. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

A imagem do dia


O Nurburgring Nordschleife é um circuito enorme, monumental. 23 quilómetros e mais de cem curvas, num traçado estreito em termos de largura. Um excesso, e é um desastre. 

Se é assim agora, então imaginem em 1957. Há 65 anos.

Mas foi nesse cenário que precisamente neste dia, Juan Manuel Fangio conseguiu a sua melhor vitória da sua carreira e provavelmente, uma das vitórias mais épicas da Formula 1 - será que Hollywood fará algum dia a reprodução dessa corrida? - ainda por cima, pelas circunstâncias do que aconteceu. Foi uma corrida de recuperação, e foi um Maserati a bater não um, mas dois Ferraris, os de Mike Hawthorn e Peter Collins.

A história é conhecida: Fangio partiu leve, porque iria reabastecer a meio, enquanto os Ferrari iriam correr com o depósito cheio, para chegar ao fim sem parar. O argentino chegou às boes com 30 segundos de vantagem e esperava que os mecânicos da Maserati fizessem o trabalho de modo veloz, mas a operação foi um desastre e voltou à pista com uma desvantagem de 48 segundos sobre Collins, que era segundo classificado.

A partir dali o argentino guiou como um louco, tentando recuperar o tempo perdido. Para isso, bateu o recorde da pista por dez vezes, nove dos quais seguidas, e acabou com um tempo de 9.17,4, quase oito segundos que o tempo da pole-position. E para passar Hawthorn na liderança, a meio da última volta, na zona de Breidscheid, meteu metade do carro... na relva!

"Eu nunca dirigi tão velozmente antes na minha vida e acho que nunca mais serei capaz de fazê-lo de novo". Mais tarde, Fangio também disse: "Nürburgring era minha pista favorita. Eu me apaixonei totalmente por ela e acredito que naquele dia em 1957 eu finalmente consegui dominá-la. Era como se eu tivesse aprendido todos os seus segredos de uma vez por todas... Durante dois dias não consegui dormir, ainda dando aqueles saltos no escuro naquelas curvas onde nunca antes tive coragem de puxar as coisas tão fora dos limites."

Fangio tinha razões para dizer tal coisa. O seu grande segredo na pilotagem era de guiar medianamente, mas a um nível mais alto que os seus adversários. Certo dia afirmou que "tinha conhecido pilotos mais corajosos que eu. Estão mortos". Ele nunca se excedia, porque tinha plena consciência de que isso significava morrer. E especialmente, deve ter refletido imenso quando teve o seu acidente em 1952, que o colocou fora de cena por quase um ano, porque tinha puxado demasiado de si mesmo - guiara na véspera por mais de 12 horas e estava ainda fatigado quando alinhou na corrida - logo, aprendeu a lição: ir ao limite, mas nunca ira além dela. Deixem que os outros façam e que arquem com as consequências. Afinal de contas, era o tempo dos carros com motor à frente, sem cintos de segurança, dos capacetes abertos, e recentemente tinham instalado o seu mais recente avanço tecnológico: capacetes de aço! 

Naquele dia, no Nordschleife, violou as suas próprias regras de segurança para alcançar uma vitória, e o consequente título mundial. Tudo correu bem para ele, sabendo que poderia ter corrido horrivelmente mal. Aliás, dali a um ano, no mesmo circuito, Peter Collins sofreria o seu acidente fatal, prova que o circuito não perdoava quem errava ou puxava pelos seus limites. Com exceções. 

MotoGP: Portimão abrirá calendário de 2023


A Dorna e a FIM confirmaram esta semana que o GP de Portugal, em Portimão, será a prova de abertura da MotoGP. A corrida acontecerá no fim de semana de 24 a 26 de março de 2023, e por causa disso, as bilheteiras têm vindo a registar um enorme aumento da procura de bilhetes para aquela que será a primeira abertura da temporada em solo europeu em 18 anos. A última vez que isso aconteceu foi em 2006, quando a temporada abriu em Jerez, palco do GP de Espanha.

O Grande Prémio de Portugal será o primeiro evento do Mundial 2023 de MotoGP, com o deslumbrante Autódromo Internacional do Algarve a receber a corrida inicial da temporada de 24 a 26 de março de 2023. O calendário completo e provisório será publicado pela Federação no tempo devido, sendo que a primeira corrida já pode ser confirmada”, pode ler-se na nota divulgada na terça-feira no site da organização.

Apesar do calendário completo só ser divulgado mais para o final do ano, Jorge Viegas, o presidente da FIM, e a própria Dorna, já confirmaram essa possibilidade, afirmando que a razão tem a ver com o Qatar, que neste final de ano, início do próximo, estará em obras de remodelação do circuito de Losail para receber a Formula 1, logo, poderá deslocar a data para mais ao final da temporada, perto do GP de Formula 1, que será no final de novembro.

Para além disso, o Autódromo Internacional do Algarve será também palco dos testes de pré-temporada da competição, que acontecerá provavelmente no início de março de 2023. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

O atribulado desenvolvimento do Gen3 da Formula E


Toda a gente sabe que em 2023, a Formula E terá um novo carro, o Gen3, que promete ser mais veloz e mais potente que o anterior. Contudo, detalhes que surgiram à superfície nesta quarta-feira referem que o desenvolvimento do novo carro, que agora está nas mãos das equipas para poer colocar os seus "powertrains", teve alguns obstáculos, dos quais resultaram em dois acidentes espetaculares, em dois lugares diferentes e com dois pilotos diferentes, embora sem consequências de maior.  

Esta quarta-feira, o site the-race.com divulgou uma matéria no qual noticia que o desenvolvimento do novo teve dois acidentes sérios, um no circuito de Calafat, na Catalunha, e outra em Mallory Park, no Reino Unido. O primeiro envolveu o francês Theo Pouchaire, atualmente na Formula 2, e aconteceu em fevereiro deste ano, onde o carro falhou a travagem e acabou num banco de areia. O carro não ficou muito danificado e o piloto saiu ileso.

Este incidente ocorreu no início de fevereiro de 2022, portanto, numa fase inicial do programa de desenvolvimento do carro Gen3, com peças únicas fornecidas ainda não totalmente validadas”, afirmou a FIA, num comunicado oficial.

O acidente foi uma consequência da perda da comunicação entre o carro e a bateria. Desde então, uma linha de redundância foi implantada e a medida provou sua eficácia."

Os pacotes de teste dos fabricantes integram atualizações de software e hardware e demonstraram funcionar como pretendido durante os testes de desenvolvimento em andamento. O desenvolvimento tem tudo a ver com testar peças e avaliar totalmente os sistemas sob stress, principalmente com um carro tão tecnologicamente avançado quanto o Gen3.”, concluiu.

O segundo incidente aconteceu no final de junho, em Mallory Park, e envolveu Oliver Rowland, que neste momento é piloto da Mahindra. Aparentemente, aconteceu por causa de um desligamento inesperado do seu powertrain, e o chassis ficou danificado no acidente, mas como no outro incidente, o piloto saiu do carro ileso.

Foi [um acidente] bem grande, mas estou bem, meu tornozelo está doendo um pouco e minhas costas estão um pouco doloridas, mas estou bem”, disse Rowland ao The Race em Londres na semana passada.

O problema aconteceu no nosso lado. Foi um problema que tivemos no shakedown no aeródromo de Abingdon e tentamos fazer algumas coisas para corrigi-lo porque era um problema recorrente. Não foi causado pelo Gen3 da Formula E, mas sim do nosso. Foi realmente muito lamentável onde aconteceu porque foi na parte mais rápida [do circuito], pouco antes de eu travar para a Gerrard [a longa direita no início da volta] e havia relva molhada, então não consegui reduzir muito a velocidade."


Rowland disse que neste momento, lidar com o carro da Gen3 está a ser complicado, especialmente no campo da bateria, que tem a ver com o a gestão da potência, bem como a regeneração nas travagens.

É [uma tecnologia] nova, então você tem que arriscar às vezes, mas parece que talvez haja um pouco de trabalho a ser feito, mas, honestamente, o problema que eu tive estava do nosso lado, então não tenho nada contra o design real, etc. Conhecemos nosso problema e será corrigido [dentro em breve].”

Apesar dos problemas, Rowland disse que está ansioso por trabalhar com o carro novo.

Conheço muitas pessoas que estão preocupadas com a velocidade e as pistas, mas isso me excita”, começou por afirmar. "É claro que precisamos olhar para isso também do ponto de vista da segurança e ter certeza de que não estamos nos colocando em risco desnecessário, mas do ponto de vista do piloto, confio tanto na Fórmula E, como na FIA.", concluiu.

A atual temporada termina no fim de semana e 14 e 15 de agosto, no circuito de Seul, na Coreia do Sul.

Noticias: Albon renova com a Williams


A Williams anunciou esta quarta-feira que renovou "por várias temporadas" com Alex Albon, depois de ter regressado este ano à Formula 1 pela equipa de Grove. Apesar do anúncio já se saber desde domingo, de forma não oficial, esta terça-feira, as coisas se tornaram oficiais.

Alex traz uma mistura perspicaz de habilidade e aprendizagem que ajudarão a trazer mais sucesso à equipe no futuro”, começou por dizer o chefe da equipa, Jost Capito. “Ele é um competidor feroz, provou ser um popular e leal membro de equipa, e estamos muito satisfeitos por ele fornecer uma base estável para continuarmos a desenvolver nesta nova era da Formula 1”, continuou.

Imbuído no espírito do momento, Albon escreveu a seguinte mensagem na rede social Twitter:

"Eu entendi que, com o meu acordo, a Williams Racing divulgou um comunicado de imprensa esta tarde no qual eu irei pilotar para eles no próximo ano. Isso está certo e assinei um contrato com a Williams para 2023. Estarei pilotando ao serviço Williams na próxima temporada."

No comunicado oficial, o piloto anglo-tailandês falou sobre o acordo:

"É realmente emocionante ficar [na Williams] e estou ansioso para ver o que podemos alcançar como equipa quer no resto desta temporada e na próxima. A equipa está se esforçando para progredir e estou realmente motivado para continuar essa jornada e desenvolver ainda mais a nossa aprendizagem em conjunto.", afirmou.

Albon, de 26 anos, entrou na Formula 1 em 2019, primeiro pela Toro Rosso, antes de na corrida da Bélgica, ter trocado de assento com Pierre Gasly, para correr na Red Bull. Em 2020 alcançou como melhor resultado dois terceiros lugares na Toscânia e no Bahrein, acabando a temporada com 105 pontos e o sétimo lugar na geral. 

Em 2021, saiu da Formula 1, com o lugar a ser preenchido na Red Bull por Sérgio Perez, e foi correr para o DTM, onde ganhou uma corrida e foi sexto classificado na geral, com 130 pontos. Este ano, regressou à categoria máxima do automobilismo, pela Williams, onde conseguiu os únicos três pontos que a equipa tem nesta temporada.

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Alpine: Equipa confirma Piastri como piloto titular... logo desmentido pelo piloto!


A Alpine confirmou esta terça-feira que o australiano Oscar Piastri é seu piloto para a temporada de 2023, substituindo o espanhol Fernando Alonso. O anúncio é feito um dia depois do asturiano de 41 anos ter dito que iria correr pela Aston Martin em 2023.

Otmar Szafnauer, Director da Equipe BWT Alpine de F1, comentou sobre o piloto de 21 anos, considerado por muitos como um grande talento: 

Oscar é um talento brilhante e raro. Estamos orgulhosos de o ter feito crescer e apoiado ao longo da sua carreira. Através da nossa colaboração ao longo dos últimos quatro anos, vimo-lo evoluir para um piloto que está mais do que pronto para subir à Fórmula 1. No seu papel de piloto de reserva, tem estado com a equipa na pista, na fábrica e em testes, onde demonstrou a maturidade e rapidez necessárias para assegurar a promoção. Juntos acreditamos que a nossa dupla proporcionará a continuidade necessária para alcançarmos o nosso objetivo a longo prazo de lutar por vitórias e títulos”.

Contudo, pouco depois deste anúncio, o piloto australiano afirmou na sua conta do Twitter que isto aconteceu... sem o seu consentimento!

"Acabei de saber no final desta tarde que, sem o meu consentimento, a Alpine F1 divulgou um comunicado de imprensa no qual estarei pilotando para eles no próximo ano. Isso está errado e não assinei contrato com a Alpine para 2023. Não serei piloto deles na próxima temporada", disse o piloto australiano, na sua conta do Twitter.

Segundo se conta nos bastidores, Piastri poderá ter assinado um pré-acordo com a McLaren para a próxima temporada. A razão tem a ver com Mark Webber, ex-piloto e agora seu manager, que insatisfeito por a Alpine não lhe ter dado os testes que tinha garantido sob contrato - cerca de cinco mil quilómetros, num carro de 2021 - decidiu partir para outros lados, perguntando quem estaria interessado no seu pupilo. A McLaren, que está a abril um vasto rol noutras categorias - IndyCar e em breve, a Endurance - quer ter alguns pilotos debaixo de sua asa para poder decidir quem serão os melhores. 

Só que estão a entrar em alguns problemas contratuais, como aconteceu há algumas semanas com o espanhol Alex Palou, o campeão de 2021 da IndyCar, que é da Chip Ganassi, mas assinou um acordo com a equipa de Woking em 2023, pensando na chance da Formula 1. Mas não avisou os responsáveis da Chip Ganassi, que decidiram processá-lo!


De qualquer forma, Piastri, de 21 anos, e natural de Melbourne, faz parte da equipa de Enstone desde 2018, onde primeiro, triunfou no Campeonato da Eurocup de Fórmula Renault em 2019, para depois vencer o Campeonato de Fórmula 3 da FIA de 2020, vencendo três títulos de pilotos consecutivos ao conquistar o ceptro do Campeonato de Fórmula 2 da FIA na temporada de 2021.

Promovido como piloto de reserva da Alpine no início da temporada de 2022, desde então tem sido submetido, sob a orientação da equipa e com o seu completo apoio financeiro, a um programa de treinos intensivos e abrangente de testes privados no chassis A521 de 2021, que venceu um Grande Prémio, e no simulador da fábrica, em Enstone, no sentido de o preparar para o próximo grande passo, que é a Formula 1.

Resta saber... em qual equipa.

No Nobres do Grid deste mês...


Quando começarem a ler estas linhas, é provável que Kalle Rovanpera já tenha triunfado em mais um rali do WRC, já que o Rali da Finlândia acontecerá no final deste mês. Depois de um tempo onde os franceses Sebastien Loeb, e depois, Sebastien Ogier, terem dominado o panorama mundial dos ralis, o WRC, parecia que o equilíbrio seria a norma. Contudo, a temporada de 2022 ainda chegou a meio e em sete ralis, cinco deles foram ganhos por um prodígio dos ralis que está a caminho de ser o mais novo campeão do mundo de sempre. 

Mas o que está por trás disto é alguém que, sendo filho de um piloto de ralis, começou desde muito cedo a se preparar para este momento." (...) 

Quando refiro a "muito cedo", falo de ele, aos nove anos, andar num Toyota Startlet com o assento modificado para acomodar a sua curta altura, com um navegador ao lado. Os percursos poderiam ser fechados, em lagos congelados no inverno, mas via-se que, desde cedo, aprendeu a andar num carro de ralis e a ver como é que o carro funcionava e fazer as devidas reparações em casos de avarias e acidentes. Aos 17 anos, ele conseguiu uma autorização especial da Federação finlandesa de automobilismo para poder participar numa prova do WRC, em 2017, e desde 2020 que anda a espalhar classe ao volante de um Toyota Yaris Rally1.

E é sobre Kalle Rovanpera, este prodígio vindo da Finlândia que conto este mês no Nobres do Grid

Youtube Formula 1 Video: As comunicações da Hungria

O fim de semana húngaro esteve cheio de coisas interessantes em terlos de comunicação entre piloto e equipa, especialmente quando tivemos um Sergio Perez a espirrar enquanto fazia uma volta rápida num dos treinos livres!

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

A imagem do dia


Sejamos honestos: todos fomos apanhados de surpresa com o anúncio desta segunda-feira da chegada de Fernando Alonso à Aston Martin, em 2023. Mas a realidade, lendo especialmente este artigo da Autosport britânica, pode-se explicar estas movimentações como uma questão de oportunidade e de não perder tempo. É que entre o anúncio da retirada de Sebastian Vettel e este anúncio não demorou mais que cinco dias. O alemão anunciou a retirada na quarta-feira a Lawrence Stroll, na véspera do anúncio público, e a partir dali a máquina se colocou em movimento, para evitar todo um mês (ou mais) de especulações. Trataram tudo o mais rapidamente possível.

Mas para tratar isso de um dia para o outro, digamos assim, então, já deveriam ter uma ideia. Não digo que o alemão tivesse avisado que iria embora antes da data prevista, mas se creio que umas simples observações sobre o seu comportamento, ao longo desta temporada, poderiam entender tal coisa. E não ficaria admirado se não tivessem andado a "apalpar o terreno" para saber da abertura de uma possível entrada deste ou daquele piloto para a equipa a partir de 2023. Quero acreditar - e tudo indica nesse sentido - que Alonso era o plano A.

Mas há outra boa chance porque Alonso aceitou o desafio da Aston Martin. A Julianne Cerasoli, no seu Twitter, falou que desde há algum tempo que o piloto espanhol queria um contrato de duas temporadas para continuar, algo do qual a Alpine não queria, apenas uma temporada, dada a sua idade. Numa situação onde ambos os lados ainda estavam num impasse, a situação da equipa de Silverstone deverá ter sido a que Lawrence Stroll ter dado as condições que ele queria. Ou seja, correr até à temporada de 2024 e se calhar, ainda mais. Nessa altura, ele terá 43 anos, a idade que Michael Schumacher tinha em 2012, a sua última temporada na Formula 1.

Agora que sabemos disto tudo, resta saber o que ele fará numa equipa que em 2022, é nona no campeonato, com 20 pontos. Os pilotos entram ali para serem mais valias. Alonso terá de entrar ali para mostrar que com ele, a equipa evolui. E o seu currículo, por mais impressionante que seja, tem problemas grandes. O primeiro dos quais é que não vence corridas desde 2013, em Espanha, e desde 2015 que não consegue melhor posição que décimo na geral, que é onde está agora, nesta temporada.

A sensação que tenho disto tudo? Ao apostar na experiência, poderá ser que consiga evoluir alguma coisa nos carros verdes. Mas não no sentido de pódios ou vitórias. O seu tempo, receio bem, poderá ter passado.   

Noticias: Aston Martin confirma Fernando Alonso para 2023


A Aston Martin não perdeu tempo: depois de, na quinta-feira, Sebastian Vettel ter anunciado a sua retirada no final da temporada, esta segunda-feira anunciou que Fernando Alonso será seu piloto para 2023, correndo ao lado de Lance Stroll. A duração do contrato será, aparentemente, de "várias temporadas".   

"Toda a equipa está muito entusiasmada para trazer a incrível experiência de Fernando e o ritmo fantástico, assim como a sua experiência de corrida. O recrutamento de um talento especial como o do Fernando é uma clara declaração de intenções de uma organização que se comprometeu a desenvolver uma equipa de Fórmula 1 vencedora.", disse a Aston Martin, em comunicado oficial.

Lawrence Stroll, o proprietário da equipa, afirmou que a contratação de Alonso faz parte de uma estratégia ambiciosa que pretende alcançar os triunfos, e também é a concretização de uma aspiração antiga.  

Conheço e admiro o Fernando há muitos anos e sempre foi claro que ele é um vencedor empenhado como eu. Propus-me reunir as melhores pessoas e desenvolver os recursos e a organização adequados para ter sucesso neste desporto altamente competitivo, e esses planos estão agora a tomar forma em Silverstone. Pareceu natural, portanto, convidar o Fernando para fazer parte do desenvolvimento de uma equipa vencedora, estabelecemos muito rapidamente nas nossas recentes conversas que temos as mesmas ambições e valores, e foi fácil confirmar o nosso desejo de trabalhar em conjunto”.

Do lado do piloto, ele explicou que o projeto da Aston Martin é de alcançar os triunfos, apesar de neste ano, não esteja numa boa colocação em termos de campeonato - são nonos no campeonato, com 20 pontos.  

A Aston Martin está claramente a aplicar a energia e o compromisso de vencer, e é por isso uma das equipas mais excitantes da Fórmula 1 atualmente. Conheço Lawrence e Lance há muitos anos e é óbvio que eles têm a ambição e a paixão de ter sucesso na Fórmula Um. Tenho observado como a equipa tem atraído sistematicamente pessoas com pedigree vencedor e tomei consciência do enorme empenho nas novas instalações e recursos em Silverstone. Hoje, ninguém mais na Fórmula Um demonstra uma visão maior e um empenho absoluto em vencer e isso torna-se numa oportunidade excitante para mim”, começou por dizer o piloto das Astúrias, em comunicado oficial.

Ainda tenho fome e ambição de lutar para estar na frente e quero fazer parte de uma organização empenhada em aprender, desenvolver e ter sucesso. Todos nós sabemos que há muito a fazer para chegar à frente, que devemos aplicar toda a nossa energia no trabalho conjunto para encontrar performance. A paixão e o desejo que vi convencem-me a manter o meu prazer e empenho no desporto. Pretendo vencer novamente e, por conseguinte, tenho de aproveitar as oportunidades que me parecem certas”, concluiu.

Alonso, de 41 anos, conhecerá em 2022 a sua quinta equipa na sua carreira, depois de Minardi, Renault (três vezes), McLaren (duas vezes), Ferrari.

domingo, 31 de julho de 2022

A imagem do dia


"Spin and win". Fazer um pião e triunfar. Já aconteceu no automobilismo. E hoje aconteceu mais uma dessas, graças a Max Verstappen, nesta tarde, na Hungria. Partindo de décimo na grelha, aproveitou bem a estratégia delineada por Hannah Schmitz, a engenheira da Red Bull, para aproveitar da melhor maneira a desvantagem que tinha à partida desta corrida.

Provavelmente, Max poderia pensar na vitória como algo difícil. Mas se calhar, um pódio poderia ser uma possibilidade. Mas depois desta corrida, a sua vantagem no campeonato alargou-se para 80 pontos, antes de ir para férias. Isto quer dizer que, se mantiver esta distância - ou até alargá-la - poderá ser bicampeão em Austin, no GP dos Estados Unidos, independentemente do que conseguir na corrida de sprint do GP de Itália.

Verdade: a Ferrari andou esta tarde a dar tiros nos pés, para desespero dos "tiffosi", porque não foi a primeira vez. E se calhar, nem será a última. E muitos que torcem pelos "vermelhos" queriam que isto fosse como no futebol: trocar tudo e todos de quatro em quatro corridas. Não é assim que funciona, estão na modalidade errada. Bem sei que eles estão a desesperar porque lhes disseram que tinham, por fim, um excelente carro e uma dupla de pilotos capaz. Mas depois querem que haja uma hierarquia, dar tudo ao Charles Leclrc e ao Carlos Sainz Jr, os restos, como acontecia nos tempos do Schumacher. 

Problema é que isto não funciona dessa maneira.

E chegados às "férias de verão", o mais interessante é que Max tem toda esta distância depois de ter conseguido... 25 pontos após as três primeiras provas do ano. Ainda se lembram disso? E Leclerc tinha 71? Chegamos à conclusão de que ele conseguiu transformar estes 36 pontos de desvantagem em 80 de avanço. Agora imaginem se tivesse ficado na frente do monegasco, ou pontuado nas corridas do Bahrein e da Austrália...

Recuperar de um início destes não é para qualquer um. É para quem tem estofo de campeão. E Max, por muito que os seus "antis" não queiram ver, tem esse estofo.

Agora, o que o regresso das férias acabará por nos trazer? O neerlandês tem uma almofada valiosa do qual irá trazer multidões de gente aos circuitos de Spa e de Zandvoort. Se conseguir triunfar nesses dois, alarga a sua vantagem e se calhar, esperará sentado pelos erros dos outros, se fizerem. E quando acabar as corridas europeias e desembarcarem em Singapura, no início de outubro, é provável que andaremos a contar as corridas até ao "match point" de 2022. E da maneira como as coisas andam, o neerlandês e a Red Bull podem alugar o COTA (Circuit of the Americas), em Austin, para os festejos de campeão. 

Formula E: Di Grassi foi o melhor na segunda corrida de Londres


Lucas di Grassi foi esta domingo o melhor na segunda corrida em Londres, dando mais uma vitória à Venturi. O piloto brasileiro superou Jake Dennis e o neerlandês Nyck de Vries. Stoffel Vandoorne foi o quarto, mas o facto de ele ter sido o único dos da frente a pontuar significava que tinha uma mão e meia no troféu de campeão. Quanto a António Félix da Costa, voltou a pontuar na quinta posição. 

Na partida, Jake Dennis aguentou as investidas de Lucas di Grassi, enquanto Antonio Giovinazzi aguentou as de Felix da Costa, enqanto atrás, Oliver Rowland sofria um acidente e com danos, foi para as boxes e parar de vez.

Na segunda volta, Vergne ficou parado na pista, depois de ter batido no muro. A sua posição foi o suficiente para que o Safety Car fosse chamado para a pista. Outro que também saia da corrida era o Dan Ticktum, que parou o seu carro numa das escapatórias do traçado londrino. 

A prova recomeçou quando faltavam 36 minutos para o final, e o primeiro a ir ao Attack Mode foi Nyck de Vries, que era quinto, tentando apanhar o DS de Felix da Costa. A seguir veio Sebastien Buemi, o sexto, mas a ação acontecia mais a frente, quando Felix da Costa tentou passar Giovinazzi e acabou por ser ultrapassado por De Vries. Na volta seguinte, ele foi ao modo de ataque, mantendo-se em quinto.

A corrida do italiano foi perturbada quando os comissários o penalizaram por excesso de uso de energia, caindo no pelotão, enquanto na frente, Dennis ficava confortável, distanciando-se de Di Grassi, que por sua vez, estava longe de De Vries e Felix da Costa, que lutavam pelo terceiro posto. A 25 minutos do final, o português voltou ao terceiro posto, passando o neerlandês da Mercedes.

Entretanto, Di Grassi tinha ido ao Attack Mode e ficou na traseira de Dennis, mas o britânico conseguiu resistir ao assédio do brasileiro da Venturi. Atrás, Felix da Costa tinha ido de novo ao Attack Mode e perdia o terceiro posto para De Vries, ao mesmo tempo que tinha a companhia de Mitch Evans, da Jaguar. Entretanto, Dennis foi de novo ao Attack Mode e perdia o comando para o brasileiro. Atrás, Felix da Costa não resistiu aos ataques de Evans e ficou com a quarta posição.

A 16 minutos do final, foi a vez de Di Grassi de ir ao Attack Mode e passou a pressionar Jake Dennis, mas o britânico defendia-se bem. Atrás, Stoffel Vandoorne, que era sexto, ia para o Attack Mode para tentar apanhar Felix da Costa. O belga conseguiu apanhá-lo e passá-lo, ainda no tempo de duração do Attack Mode. Na frente, Dennis aguentava Di Grassi na luta pela liderança.

A pouco mais de oito minutos, Jake Dennis foi para a sua última ativação do modo de ataque, sendo passado por Di Grassi, que por sua vez, era ameaçado por Nyck de Vries. Os três estavam afastados mais ou menos afastados, e provavelmente, o britânico não iria conseguir recuperar o comando.

Na parte final, Mitch Evans falhou a travagem a uma das chicanes, porque o seu Jaguar tinha ficado sem potência. Lucas Di Grassi caminhou para a vitória, enquanto Dennis segurava De Vries no segundo posto, subindo ao pódio pela segunda vez seguida, enquanto Vandoorne, com o seu quarto posto, era virtualmente campeão, na frente de Felix da Costa. 

No campeonato, Vandoorne tinha 185 pontos, contra os 149 de Evans, os 144 de Mortara e os 128 de Vergne. Aliás, o belga foi o único dos quatro primeiros a pontuar neste domingo em Londres. A Formula E agora rumará à Ásia, onde se estreará em Seul no fim de semana de 13 e 14 de agosto.    

Formula 1 2022 - Ronda 13, Hungaroring (Corrida)


Domingo em Budapeste parecia ser um de potenciais emoções. Com os Mercedes na frente, parecia que as coisas poderiam ser mais equilibradas, ou se quiserem, naquela que iria ser a última corrida antes das férias. A Red Bull andou a noite toda a ver se os seus carros estavam em forma e tentarem uma corrida de recuperação, porque, da maneira como tinham corrido as coisas, chegar ao pódio seria uma vitória. É nestas alturas em que ter uma boa vantagem vale a pena.  

Contudo, à medida que a hora da corrida se aproximava, o tempo começava a ficar ameaçador. Mas muitos acreditavam as chances de chuva, embora serem altas, não aconteceria no tempo da corrida. E o vento ajudava nesse campo.


Mas foi ainda com a pista em seco que aconteceu a volta de apresentação e a partida. Aliás, todos alinhavam com slicks. Gasly iria alinhar nas boxes. Na partida, Russel saiu bem, enquanto os Ferrari tentavam superá-lo. Hamilton subia para quinto, enquanto os Red Bull tentavam passar para a frente. Mas logo depois, entrou o Virtual Safety Car, porque Albon e Stroll bateram e deixaram destroços na pista.

Na volta 3, limpa a pista, a corrida voltou ao seu ritmo normal com Russell ainda na frente. Ocon estava na frente de Alonso na Alpine, mas o veterano espanhol agora tinha de aguentar os ataques de Max. Pouco depois, o neerlandês livrou-se de ambos e agora era sexto, atrás de Hamilton. Na rádio, KMag, décimo, recebia a mensagem que a pista estaria seca para a próxima meia hora.

Nas voltas seguintes, Russell continuava no comando, com os Ferrari seguindo-o como uma sombra. Na volta 18, o piloto da Mercedes entrou nas boxes para trocar para médios, deixando a liderança para Leclerc. A seguir, veio Sainz Jr. que saiu para a pista atrás de Russell e Ocon, com Leclrc ainda na frente. quase todos tinham calçado médios. E na volta 21, Leclerc foi às boxes, deixando a liderança para Russell. O monegasco regressou para a pista na frente de Sainz Jr, como muitos dos ferraristas acham que deveria acontecer sempre: uma hierarquia desde o dia um.


Pouco depois, Leclerc ficou perto o suficiente de Russell para que tentasse passar com o DRS ligado. Contudo, na primeira ocasião, o britânico defendeu-se muito bem e a liderança continuou nas mãos do piloto da Mercedes. Mas na volta 31, nova tentativa do monegasco deu certo e ele ficou com o comando da prova. 

Contudo, enquanto isto acontecia, Max queixava-se do tempo: "está a escorregar cada vez mais", queixava-se na rádio. E pouco depois, na volta 35, depois de ter ido para as boxes, Yuki Tsunoda fez um pião e caiu para o fundo do pelotão. Bandeira amarela na zona, mas a corrida continuou. 


Enquanto não se sabia bem se iria chover mais ou não, Max decidiu colocar duros no seu carro para ir até ao fim, e logo a seguir, boa parte do pelotão foi às boxes colocar duros. Irónicamente, e de forma mais lenta, a pista estava cada vez mais escorregadia. Mas isso não incomodava Verstappen, que passou primeiro Russell, depois Leclerc. Querem ver que o neerlandês iria ser o vencedor desta corrida? Se sim, não iria ser com piões. Quando passou por cima do corretor, e o carro escapou de traseira para um 360º, vendo, entretanto, passar o Ferrari de Leclerc, teve sorte que o carro continuasse a funcionar nesse momento aflitivo.

Entretanto, as pessoas olhavam para os céus para saber se ainda iria entrar em ação a tempo de influenciar a corrida. Até lá, a estratégia era de tentar ser mais esperto uns contra os outros. E quando os Ferrari começaram a chamar os seus carros, as suas escolhas eram, no mínimo, duvidosas. Os pneus duros não aqueciam da forma mais rápida, e com isso, os seus carros eram ultrapassados pelos Mercedes para ficarem atrás de Verstappen, que liderava. Quem diria! 

A parte final foi assinalado por um problema da parte de Valtteri Bottas, que ficou sem potência no seu Alfa Romeo. Safety Car Virtual, insuficiente para desfazer os erros dos outros e o neerlandês arrancou para a meta, perante o júbilo dos energéticos, naquela que provavelmente foi a vitória mais inesperada da temporada, até então. 

E claro, atrás dele, os Mercedes, que pela segunda corrida consecutiva, colocavam os seus pilotos no pódio. Hamilton na frente de Russell. E Leclerc acabava em sexto, passado até por Sergio Perez. 


No final da cerimónia do pódio, faziam-se as contas. Agora, Max tem 80 pontos de vantagem sobre a Ferrari, no início das férias de verão. Não só era o último a rir em relação aos erros nas estratégias de Maranello sobre Leclerc e Sainz Jr, como estava tão confortável que poderia marcar a festa para Austin, o lugar mais provável onde fazer a festa do bicampeonato. Com sorte e os azares dos outros, o neerlandês podia bem, e ele sabe perfeitamente.

Agora, é descansar, porque nas duas corridas seguintes, os autódromos estarão todos pintados de laranja.

Youtube Formula 1 Video: Poderá o GP de França ser salvo?

Já sabemos, é mais do que oficial: a Formula 1 não volta à França em 2023. Mas num tempo onde a competição deixa a Europa porque procura o dinheiro da Ásia, Médio Oriente e especialmente, a América, o Josh Revell faz uma pergunta que muitos também fazem: será que o GP de França, aquele que começou tudo o que conhecemos sobre o automobilismo, no inicio do século XX, poderá ser salvo, com outro grande Prémio? 

Outros lugares, como Dijon, Magny-Cours, Charade, Montlhéry ou Le Mans? Uma pista urbana no centro de Paris? ou uma pista construída de raíz? Bem, vejam este video para verem como esta pergunta pode ter uma resposta bem mais difícil que se julga.