sábado, 30 de junho de 2007
Noticias: Ingleses querem Ron Dennis como Cavaleiro
Renault comemora 30 anos de Formula 1
GP 2: Aconteceu de tudo em Magny-Cours!
O lado cómico: os dois carros da iSports, de Timo Glock e Andreas Zuber a eliminarem-se nos primeiros metros da corrida. Nem Ayrton Senna e Alain Prost fariam melhor! O que é que eles tinham na cabeça? Espero que Fernando Alonso e Lewis Hamilton tenham visto o que aconteceu, que é para ver se não imitam esta façanha no futuro...
O lado dramático: o acidente de Ernesto Viso na primeira volta. Foi de tudo igualzinho ao que matou Marco Campos há 11 anos e meio, na mesma pista. Se calhar, o facto do incidente não ter acontecido no final da recta anterior ao gancho Adelaide, pode ter evitado dramas maiores. Segundo as últimas noticias, o piloto venezuelano, que substituiu o brasileiro Sergio Jimenez, só tem um braço fracturado.
Para piorar as coisas, durante a troca de pneus obrigatória, o francês Nicolas Lapierre atropelou um mecânico, que se safou apenas com ligeiras escoriações. Sorte a dele!
De resto... uma hora à espera para que a partida fosse relançada, e quando isso aconteceu, o italiano ex-piloto de Formula 1 Giorgio Pantano levou a melhor sobre os brasileiros Lucas Di Grassi e Bruno Senna. Amanhã temos a segunda corrida, que se espera não ser tão dramática como a primeira...
GP França: Qualificação
Foi uma qulificação onde os Ferrari dominaram, mostrando que souberam responder ao domínio dos McLaren nas etapas americanas. o brasileiro levou a melhor sobre Kimi Rakikonnen, e o "rookie" inglês (a caminho de ser o melhor de sempre) evitou um monopólio Ferrari na primeira fila, 70 centésimos atrás de Felipe Massa, naquela que foi a sétima pole-position para o piloto brasileiro.
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Alerta! Heidfeld pode ser substituido
As frases da semana, pelas F1 Girls
Hamilton, a estrela: "É algo (fama) com que você tem que se acostumar, mas eu definitivamente ainda não me acostumei" - Pois trate de se acostumar =)
Raikkonen, o envergonhado: "É uma vergonha que não tenha sido capaz de conseguir resultados melhores até agora na temporada, nós temos os melhores resultados como meta em todas as oportunidades com a equipe, mas já faz um tempo que não alcançamos essas metas". - *sem palavras*
Garotas... não digo que me salvaram o dia, mas quase...
GP França - Treinos de sexta-feira
Amanhã vamos a ver se a tendência ferrarista continua. Se for assim, não me admiraria, pois eles foram os grandes dominadores desta pista, especialmente quando seis das oito vitórias que Michael Schumacher conquistou foram a bordo de um Ferrari...
Noticias: Chuva em França é possibiidade
Por esta não esperava!
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Extra-Campeonato: aqui, homem não entra!
A dinastia Fittipaldi continua!
Noticias: FIA deixa Kubica correr em França
O piloto do dia: Jean-Pierre Beltoise
Nasceu a 27 de Abril de 1937 em Paris, e iniciou a sua carreira nas motos. Entre 1961 e 1964, venceu 11 campeonatos de França em motociclismo, nas categorias de 50, 125 e 250 centímetros cúbicos. Participou em oito provas do campeonato do mundo da categoria, mas nunca ganhou. Em 1963, começou a correr em carros, mas um grave acidete durante as 12 Horas de Reims, onde fracturou gravemente um braço. Em 1965 torna-se no primeiro campeão francês de Formula 3, e no ano seguinte vai para a Formula 2, onde se estreia numa competição de Formula 1 no GP da Alemanha, onde normalmente se podiam correr carros de Formula 2. Terminou no oitavo lugar.
Em 1967, vai para a Matra, onde faz um programa de Formula 2, mas com algumas provas na Formula 1, no sentido de desenvolver o motor Matra V12. Participa em três corridas, mas não pontua. No ano a seguir, com Jackie Stewart como companheiro de equipa, as coisas correm melhor: é segundo na Holanda, no seu único pódio da época, e termina o campeonato no nono lugar, com 11 pontos. Nesse mesmo ano, torna-se Campeão Europeu de Formula 2.
Em 1969, é o fiel escudeiro de Jackie Stewart na conquista do título mundial por parte do piloto escocês. Enquanto que ele ganha confortavelmente, Beltoise consegue três pódios, sendo o melhor um segundo lugar em França. Termina o campeonato no quinto lugar, com 21 pontos.
Em 1970, continuando na Matra, depois da saída de Jackie Stewart, Beltoise conseguiu dois terceiros lugares, na Belgica e Itália, alcançando o nono lugar na classificação, com 16 pontos. Por essa altura, os Matras V12 já não eram tão potentes como os Ford Cosworth, e para piorar as coisas, a Matra estava mais ocupada com o seu programa de Sport-Protótipos.
No inicio de 1971, Beltoise viu-se envolvido numa enorme polémica que prejudicou a sua carreira. Durante os 1000 Km de Buenos Aires, o seu carro ficou parado no meio da pista, devido à falta de combustível. Enquanto o empurrava na pista, o seu carro ficou na trajectória do Ferrari 312PB do italiano Ignazio Giunti, que bateu e incendiou-se, matando-o instantaneamente. A CSI (futura FIA) decidiu mais tarde retirar a sua licença temporariamente, fazendo com que falhasse algumas corridas dessa temporada. Resultado: um ponto e o 22º lugar do campeonato.
No ano seguinte, vai para a BRM. A equipa tinha recebido uma injecção enorme de dinheiro, vinda da Marlboro, e Beltoise torna-se no primeiro piloto da equipa. E foi aí que ele faz a corrida da sua vida, no GP do Mónaco. Partindo do quarto lugar na grelha de partida, passa logo para a liderança e aguenta a pessão dos adversários e o piso escorregadio, para conseguir finalmente ganhar o seu primeiro Grande Prémio.
Pensa-se que nesta altura, deve ter sido o primeiro francês a ganhar uma corrida de Formula 1 desde Maurice Trintignant, em 1958. Errado. O seu cunhado já tinha feito isso uns meses antes. Quem era? Francois Cevért!
Contudo, aquela vitória seria a unica vez que pontuaria naquele ano. No final, ficou com nove pontos e o 11º posto da classificação geral. Em 1973, continuou na BRM, onde conseguiu estar regularmente nos pontos, sem chegar ao pódio. No final voltou a acabar o campeonato com nove pontos, mas no 10º lugar.
Em 1974 já se notava o declínio final dos BRM, e vai ser Beltoise a dar à equipa o seu último grande momento, ao acabar em segundo no GP da Africa do Sul, o seu último pódio e o último da equipa, que acabará em 1977. No final da época, decide abandonar, aos 37 anos. A temporada acaba com 10 pontos e o 13º posto da classificação geral.
A sua carreira na Formula 1: 88 Grandes Prémios, em oito temporadas, uma vitória, oito pódios, quatro voltas mais rápidas, 77 pontos no total.
Depois da Formula 1, foi piloto de testes da Ligier, nos seus primeiros tempos, e dedicou-se ao campeonato francês de Turismos, onde foi bi-campeão nacional em 1976 e 1977, a bordo de um BMW. Mais tarde, fez uma incursão pelo rallycross, a bordo de um Renault Alpine, e na década de 1980, voltou aos Turismos franceses, correndo pela Peugeot. Hoje em dia encontra-se retirado da competição, vendo o seu filho Anthony Beltoise a correr nos Turismos franceses, tendo feito uma incursão este ano no WTCC na corrida de Pau, a bordo de um Seat.
Para finalizar, algo interessante: graças à sua amizade com Jean Graton, o criador da série Michel Vaillant, Beltoise participou em imensas histórias da série, sendo um fiel companheiro de equipa nas equipas Vaillante de Formula 1 e Sport-Protótipos, participando na Formula 1 e nas 24 Horas de Le Mans... na ficção.
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Noticias: Prost solidário com Alonso
Capelli faz das suas... outra vez!
Noticias: Murray Walker volta a comentar
Esta não será a primeira vez que Murray fará uma aparição especial desde que se aposentou, em 2001. O britânico já trabalhou para o canal australiano Ten, em 2005, faz as transmissões da categoria GP Masters e esteve em vários GPs como embaixador da equipa Honda de Formula 1.
- "Não há nada de errado com este carro, excepto que está a arder!"
- "Eis as luzes vermelhas, e... GO,GO,GO!!!"
- "Fogo, Fogo, Fogo!"
- "Há chamas a sair do carro do Prost e vai para a Piscina!" (no Mónaco, quando teve problemas de motor na Chicane da Piscina)
Estas são algumas das expressões que consegui traduzir. Certo dia, para descrever as bocas que mandava nas transmissões, respondeu da seguinte forma: "Eu não cometo erros. Eu faço profecias que se tornam imediatamente erradas." Grande Walker!
Noticias: Bourdais diz "agora ou nunca" para 2008
GP Memória - França 1999
terça-feira, 26 de junho de 2007
Noticias: Spyker promete novo carro em Istambul
O piloto do dia: Philippe Streiff
Renova o contrato para 1989, e tem até uma boa máquina, mas quando a sua equipa está no Rio de Janeiro para á série final de testes rumo à nova temporada, um grave acidente veio pôr termo à sua carreira de uma forma brutal. O seu carro despista-se numa curva e sai para fora da cerca, destruindo o arco de protecção que o protegia de um impacto na cabeça. Para piorar as coisas, a assistência médica no circuito foi deficiente, o que veio agravar a fractura no pescoço, deixando-o tetraplégico.
A sua carreira na Formula 1: 54 Grandes Prémios, em cinco temporadas, um pódio, 11 pontos.
GP Memória - O verdadeiro "Grand Prix"
Em 1914, a Peugeot era rei e senhor nas pistas mundiais. No ano anterior, tinham dominado a competição, tendo até sido o primeiro construtor estrangeiro a ganhar as 500 Milhas de Indianápolis, através do francês Jules Goux. Para além dele, a equipa tinha outro francês: Georges Boillot. Os carros eram desenhados por uma equipa que incluía um Ettore Bugatti, no início da sua carreira. Em Maio, tinham ido de novo a Indianápolis, para tentar repetir a proeza, e conseguiram, batendo a concorrência americana. Mas o vencedor não foi Jules Goux, mas sim outro francês, René Thomas, num Peugeot não oficial…
Nesse ano, o Automobile Club de France procurava um lugar para realizar o seu Grande Prémio. Das dezenas de cidades candidatas, escolheu a de Lyon, pois estes concederam mais de 10 mil libras de subsídios, uma fortuna na época. A data da corrida: 4 de Julho.
Houve 36 inscrições, de várias equipas francesas e estrangeiras: Opel, Sumbeam, Fiat, Delage, Schneider, Vauxhall… A Peugeot ia correr com Boillot, Goux e Victor Rigal. Mas o maior perigo vinha da alemã Mercedes. Investiram tudo nesta corrida, decididos a repetir o feito de seis anos antes. Inscreveram cinco carros, quatro oficiais, para Max Sailer, Christian Lautenschlager, Louis Wagner e Otto Salzer, e um para Theodore Pilette, um piloto belga, que era o representante da marca no seu país. Durante a Primavera visitaram em detalhe o circuito, montaram o seu quartel-general na cidade e usaram profusamente os dois dias de treinos para afinar a melhor estratégia possível. Chegou-se até a noticiar que a Mercedes colocou este aviso na ordem do dia: “Por razões de propaganda, a Mercedes decidiu ganhar este ano o Grande Prémio”
O carro de Sailer durou apenas cinco voltas, até que os rolamentos da cambota griparam. Goux e Boillot ficaram então na frente, mas os outros Mercedes, de Lautenschlager e de Wagner, que estavam melhor conservados, ficavam perto dos Peugeot. Na sexta volta, Boillot estava na frente, mas o segundo, Lautenschlager, estava a menos de um minuto. Jules Goux era terceiro, mas Otto Saltzer e Louis Wagner não estavam atrás.
Nas 11 voltas seguintes, Georges Boillot fez a corrida da sua vida. Tinha que ser: a honra da França estava em jogo. Nessa altura, a Mercedes due ordem a Lautenschlager para pressioná-lo. A diferença caiu para 23 segundos, no início da última volta.
Na altura, as pistas eram enormes, não eram as pistinhas que vemos agora, de três ou quatro mil metros. Estamos a falar de pistas com dezenas de quilómetros de extensão, com curvas apertadas e rectas longas e perigosas. Voltando à corrida: Boillot tinha levado o carro ao limite, e para além dele. Toda a França torcia por ele: era ele ou os alemães, e todos queriam que 1908 não se repetisse. Mas isso não aconteceu: a 23 quilómetros da meta, uma das válvulas do motor Peugeot partiu-se e um Boillot inconsolável teve que abandonar. A estratégia da Mercedes resultou plenamente: os carros ficaram com os três primeiros lugares. Jules Goux foi o melhor francês, no quarto lugar.
Quanto aos participantes desta grandiosa corrida, tiveram sortes diferentes: Georges Boillot tornou-se um ás da aviação e foi abatido em Verdun, dois anos mais tarde. Hoje em dia, não há cidade ou vila francesa que não tenha uma "Rue Georges Boillot". Jules Goux retomou a carreira depois da guerra. Retirou-se em 1926 e morreu em 1965, aos 79 anos, o que é considerado muito bom, dado que muitos dos seus concorrentes morreram cedo na vida, em pista…
Do lado alemão, o vencedor, Christian Lautenschlager, também voltou a correr depois da I Guerra, chegando até a competir em Indianápolis. Trabalhou para a marca até à reforma e morreu em 1954, aos 76 anos. Max Sailer também trabalhou para a Mercedes, tornando-se no chefe do departamento desportivo da marca nos anos 30, altura das “Flechas de Prata”. Morreu em 1964, aos 81 anos.
Para terminar, conto-vos a história de um dos Mercedes que esteve na corrida de Lyon: poucas semanas depois, estava em exposição em Londres. Contudo, a 4 de Agosto, a Inglaterra entra em guerra com a Alemanha e o carro foi apreendido pelas autoridades. Deveria ter ficado em Inglaterra até o final da guerra, e depois seria devolvido à Alemanha. Isso é verdade, mas… a devolução aconteceu em 1950, depois da II Guerra Mundial! Hoje em dia, é um dos orgulhos do museu da Mercedes, em Estugarda, e participa regularmente em eventos históricos.