sábado, 29 de março de 2008

WRC - Rali da Argentina (Dia 2)

Sebastien Löeb continua a liderar, após as classificativas da manhã. A vantagem de 1.32,4 segundos que tem sobre o Subaru de Peter Solberg, revela que ele e a sua máquina já tem, mais uma vez, a vitória no bolso, salvo qualquer contrariedade...

A Ford só coleccionou azares. Depois de Lavala ter capotado e perdido nove minutos para o francês, foi a vez de Mirko Hirvonnen, que bateu com uma pedra no seu Ford Focus, danificando seriamente a suspensão. Assim sendo, o segundo lugar, no final do primeiro dia, iria para o Subaru de Chris Atkinson. Mas... na derradeira especial "de estrada", antes da super-especial, o piloto australiano teve problemas no seu Impreza, perdendo quarenta segundos e o segundo lugar, agora pertencente a Solberg. Mas neste momento, ambos os pilotos lutam pelo segundo lugar, tendo as últimas noticias afirmado que a diferença é apenas de 4,1 segundos.

Entretanto, Bernardo Sousa deu nas vistas na categoria de Produção. Chegou a vencer especiais, e rolava na quinta posição na classificação do PWRC quando a caixa de velocidades, que dava problemas desde o final do primeiro dia, e no último troço da manhã, abandonou de vez, depois de um problema de motor que o "calou" durante dois minutos. Foi pena, mas a cada rali que passa, mostra o seu talento. Afinal, tem "apenas" 20 anos!
O Rali da Argentina termina amanhã.

A defesa da honra

Hoje, quando vim aqui no sentido de actualizar e de ver os comentários ajnteriores, deparei com isto.




"Tem piada... nunca mencionas o facto de, nos anos 80, o campeonato mundial de F1, Sport Protótipos e ralis, coexistirem todos em igual nível de popularidade, e depos com o Mosley, tudo desaparece... mesmo ao nivel de viuva, pra voces só conta o Senna. O GP Japão que ele IRIA ganhar em 89, assim como tudo o resto...


Por fim, acho ridiculo a maneira como te gabas dp teu blog: "ah e tal já tenho 100 000 visitas"... Olha os teus textos são uma merda, tudo copiado da wikipedia acrescentando os teus (...) roubados ao juxpot do forum autosport, sem uma fonte sequer digna desse nome. Essas corridas que tu tanto falas (os GP memória) tu nunca as vistes sequer, basta ver pela maneira incompleta e amorfa que tu as comentas (e que tu chamas de "modo jornalístico" lá no forum quando dizem que tu te esqueceste de coisas importantes).


Eh pá mas aviso que continuarei sempre a visitar o teu fórum: o texto não vale uma merda, mas tem imagens excelentes... Os meus parabéns...Quero ver se és homem de deixar issso publicado aqui!


PS: Começa a ler uns livrps de F1, daqueles técnicos, e uns anuarios e biografias, porque tempo e disponibilidade para escrever, lá isso ninguém te tira!"


Este é um comentário anónimo. Tipicamente de cobardes. Não só o deixei lá, como também coloco aqui, para que todos vejam, e também como resposta ao desafio que ele lançou.


O link está aqui.http://continental-circus.blogspot.com/2008/03/end-jean-marie-ballestre-1921-2008.html


Como podem ver, estou profundamente ofendido. Estou a ser o mais frio e racional possivel para responder a este comentário da maneira mais compreensível para todos. Não me interessa saber de que lado vocês ficam, o que quero simplesmente é realçar o que se passou. O meu blog tem 14 meses de vida. Ao contrário de muita gente, este é o meu projecto pessoal. Sou licenciado em jornalismo, estou desempregado e este é a minha forma de mostrar que tenho talento para escrever sobre assuntos (neste caso que mais gosto).


O meu retrato acima posto é sinal de que estou a dar a cara. Portanto, ao contrario dessa coisa (que nem é um ser humano, é um cobarde ressentido), sou transparente e nada tenho a esconder.A esse cobardolas, digo isto:Tenho todos os anuários do Francisco Santos, desde 1989 a 2005 (não tenho os dois últimos). Tenho três biografias do Ayrton Senna e alguns livros, em inglês, sobre a Lotus e sobre os pilotos de Formula 1, nomeadamente o F1 Autobiography, provavelmente um dos livros mais bem escritos da Formula 1.


Segundo: sei ir ao Google, e sei o que pesquisar e onde pesquisar. Perco HORAS a ver o que é relevante ou não. E meto os links, para que vejam o que ando a fazer. Quase todos estão em inglês. Quantos de vocês sabem ler e tirar o que querem num inglês quase técnico?Terceiro: por causa dessa "coisa", decidi colocar barreiras no meu blog. A partir de agora, comentários anónimos serão proíbidos. Sei que a maior parete de vocês vai lá, mas não comenta, ou nem vai lá, porque coloco aqui.


Quarto: Não sei porque essa "coisa" colocou o juxpot no meio da confusão. A unica diferença entre ele e eu, é que ele retira tudo de lá, e eu escrevo as coisas. Ele tem a tarefa muito mais facilitada...


Quinto: Consegui 111.800 pageviews em 13 meses. O blog não fala de politica, futebol ou sexo. TENHO MUITO ORGULHO NISSO! Tenho algo que pouca gente tem: sou reconhecido no estrangeiro, nomeadamente no Brasil. A coisinha, o que tem para mostrar? Menos de nada.


Ironicamente, este texto foi feito sem recorrer a qualquer fonte, só vi a noticia. Nem fui à Wikipédia (que ele acha a "fonte de todo o mal"...). Estava a escrever num Internet Café, porque estou em viagem e parei para fazer uma actualização. Tinha tempo limitado, portanto, fazer uma pesquisa como deve de ser, só se tivesse a carteira recheada ou um portátil à mão. Nâo tenho dinheiro para isso...


Como podem ver, estou ultrajado. Estou chateado. Se visse essa coisa à frente, não safaria sem um enxerto de porrada. Aquele blog é a minha vida, e os que me ofendem, simplesmente revelam aquilo que são: nada.
Jà agora, depois disto, decidi tomar uma decisão irreversível: este blog só terminará no dia em que eu morrer. Ou seja, qualquer decisão profissional no futuro implicará que eu continue a escrever aqui. Nemnum órgão de informação me impedirá de escrever aqui, e se houver alguém que coloque isso como obstáculo, simplesmente direi "não". O que não me mata, torna-me mais forte. Contra todos os cobardolas anónimos.


Desafio-o a responder-me, mas com as mesmas armas do que eu: nome e cara.

sexta-feira, 28 de março de 2008

The End: Jean-Marie Ballestre (1921-2008)

O ex-presidente da FIA (1979-91), Jean-Marie Ballestre, morreu esta tarde aos 86 anos, de causa ainda desconhecida, anunciou esta tarde uma fonte familiar. As causas da sua morte são ainda desconhecidas.

Decididamente um dos homens mais polémicos que a Formula 1 jamais teve, ao longo do seu mandato teve que lidar com várias polémicas, a primeira das quais a guerra FISA-FOCA, em 1980-81, que mais tarde deu origem aos primeiros Acordos de Concórdia, assinados em 1982. Para além disso, esteve envolvido na grande controvérsia ligada à desclassificação de Ayrton Senna, no GP do Japão de 1989, que mais tarde confessou ter sido feito para favorecer Alain Prost, no sentido de garantir então o seu terceiro título mundial.

Nasceu a 9 de Abril de 1921, e gabava-se de ter participado na resistência nazi na França ocupada, na II Guerra Mundial, mas nada disso foi comprovado. Após 1945, decidiu fundar o jornal desportivo chamado Auto Journal, que foi um sucesso de vendas, e envolveu-se na estrutura organizativa da então Comission Sportive International (CSI). Primeiro, ajudou a fundar a Federation Francaise de Sport Automobile (FFSA), em 1950, e mais tarde, em 1961, foi presidente da Comissão Internacional de Karting, para em 1973 ser eleito presidente da FFSA, fazendo parte da comissão directiva da então CSI. Em 1978 é eleito presidente, e no ano seguinte converte-o na Federation International de Sport Automobile (FISA)

Mal começa a trabalhar, o seu estilo imtempestivo começa a ser notado. Primeiro, quando decide banir as saias, resultantes do "efeito-solo", que era norma na altura. Isso fez colidir com as equipas, representadas por uma organização, a FOCA, cujo presidente era então o patrão da Brabham: Bernie Ecclestone.

A desavença, que durou duas temporadas, teve dois pontos altos: o GP de Espanha de 1980, que apesar de ter sido realizado com equipas FOCA, nunca foi reconhecido pela FISA (que tinha a seu lado as equipas de fábrica, como a Renault, Ferrari e Alfa Romeo), e o GP de San Marino de 1982, que foi boicotado pelas equipas FOCA, maioritariamente inglesas, e que contou apenas com 14 carros na grelha.

Estas desavenças terminaram em 1982, quando, incitados por Enzo Ferrari, os contrutores e as Federações resolveram fazer um acordo, que se chamou de Pactos de Concórdia, devido ao facto da sede da FISA (agora FIA) ser na Place de la Concorde, bem no centro de Paris.

Balestre foi um homem que se preocupou com a segurança: foi no seu mandato que foram establecidos os "crash-tests" obrigatórios, como condição fundamental para a aprovação de chassis onde pudessem correr nos circuitos, foi ele que criou a figuar da "Super-Licença", onde o piloto tinha que obrigatoriamente testar pelo menos 300 km para poder ter o direito de correr por uma equipa de Formula 1. Claro, isso não evitou o aparecimento de imensos corredores-pagantes, durante o seu mandato...

Em 1989, a decisão de Ballestre em desclassificar Ayrton Senna, e a subsequente multa por "condução perigosa" (600 mil dólares de multa e suspensão por seis meses, nunca aplicada), enraiveceu muita gente, e no ano seguinte, ele foi ao Brasil, para assistir ao regresso da Formula 1 a Interlagos. Numa altura em que o país sofria na pele os Planos do malfadado "Plano Collor", e onde se vendiam "T-shirts", onde se podia ler "Fuck You Ballestre", chamando-o de nazi, ele ainda teve tempo para ser sarcástico: "aparentemente eles nem têm dinheiro para comprar tomates..."

Curiosamente, quando Senna vingou-se de Prost, no mesmo local, no final de 1990, Ballestre nada fez para sancionar o plioto brasileiro. No ano seguinte, candidatou-se a um terceiro mandato, tendo como opositor um amigo de Bernie Ecclestone, e antigo dono da March: Max Mosley. Venceu a eleição, e Ballestre retirou-se calmamente para gozar a velhice, na sua casa do Sul de França. Até hoje.

Massa ainda confia e Alonso quer lugar

Depois das más prestações e das críticas vindas de todos os quadrantes (Jackie Stewart chama-lhe o elo fraco da Ferrari), Felipe Massa diz que a procissão ainda vai no adro, e confia que irá dar a volta.

"Meu começo de ano foi muito decepcionante. Mas, como se costuma dizer, isso é automobilismo. Ainda restam 16 corridas e 160 pontos em jogo. Agora, é recuperar o terreno perdido", disse Massa, em declarações captadas pelo Gustavo Coelho, do Blog F1 Grand Prix.

Entretanto, com os abandonos de Massa nos dois Grandes Prémios iniciais, as noticias sobre a possivel entrada de Fernando Alonso na Ferrari, a partir de 2009, voltaram em força. A imprensa espanhola, sempre pródiga em noticias desse tipo, com pouca ou nenhuma credibilidade, aformou que ele e a Scuderia tem um principio de acordo para 2009, reforçando a ideia de que o acordo com a Renault é apenas de um ano. Contudo, o porta-voz da Ferrari nega isso. "Não temos nenhum contato com Alonso. Para 2009, já temos Kimi Raikkonen e Felipe Massa", afirmou.

Contudo, isto tem um fundo de verdade, pois Massa tem como empresário Nicolas Todt, filho de Jean Todt. E como ele já saiu da Ferrari, e perdeu pé para Luca de Montezemolo, que morre de amores pelo piloto espanhol, sempre pode dar azo a este tipo de especulações. E agora que se sabe da intenção de venda da Toro Rosso, uma indemnização multimilionária pela saída antecipada do brasileiro vinha mesmo a calhar...

WRC - Rali da Argentina (Dia 1)

Já começou em terras argentinas a quarta prova do Mundial WRC de Ralies, onde a chuva e o nevoeiro receberam "de braços abertos" os concorrentes. E os principais candidatos à vitória final não sairam incólumes nesta jornada inicial...


Sebastien Loeb (que no dia anterior levou a passear o antigo astro Diego Maradona) teve um pião logo na primeira especial, perdando algum tempo, mas no meio do azar, teve muita sorte, pois viu o seu maior rival, o finlandês Jari-Mari Latavala ter um capotamento do seu Ford Focus WRC, que o fez perder mais de nove minutos, atrasando-se quase irremediavelmente na classificação.


"Cometi um erro! É a vida! O carro não ficou muito danificado, só mesmo o pára-brisas partido, mas o pior foi o tempo perdido.", referiu, em declarações captadas pela Autosport portuguesa.


No momento em que estas linhas estão a ser escritas, o actual líder é outro finlandês, Mirko Hirvonnen, que tem uma vantagem de 50.8 segundos sobre Loeb. O terceiro classificado é o australiano Chris Atkinson, que tem mais de minuto de meio de atraso sobre Hirvonnen.


Entretanto, na categoria de Produção, corre um piloto português: Bernanrdo Sousa. Ao volante de um Mitsubishi Lancer Evo IX, o piloto da ilha da Madeira não teve um arranque fácil, mas neste momento é o sétimo na classificação do PWRC, a mais de 2.33 minutos do líder, o seu companheiro Andreas Aigner.

quinta-feira, 27 de março de 2008

GP Memória - Brasil 1993

E de repente… damos conta que já passaram 15 anos sobre á ultima vitória de Ayrton Senna em terras brasileiras. Não foi uma corrida banal, pois teve muitas emoções, quer antes, quer depois da entrada em cenas da chuva, e viu a saída de pista de Alain Prost, que 15 dias antes tinha regressado em grande plano, ao ganhar o GP da Africa do Sul. Mas para além da vitória de Senna e do abandono de Prost, também aqui se viu pela primeira vez desde 1973, na entrada do "Safety Car” em acção.


Mas enfim, vamos aos factos. Em 1993, após a prova sul-africana, Alain Prost voltava do seu ano sabático para ganhar. E assim fez. Senna não tinha muitas hipóteses, com um McLaren Ford V8, a mesma máquina que tinha o Benetton de Michael Schumacher. Esses dois lutavam para ver quem é que se podia aproximar dos Williams. No Brasil, Para além desses factos todos, outra preocupação rodeava todos: será que Ayrton Senna iria correr na sua terra? Sabia-se que ele não tinha um carro competitivo, e que depois de muita hesitação na pré-época, em que considerou fazer a mesma coisa que Alain Prost tinha feito no ano anterior (ano sabático), tinha acordado com Ron Dennis um acordo em que ele pagava 1 milhão de dólares por corrida. Nessa semana, contudo, Senna decidiu correr, mesmo sabendo dos riscos de não conseguir mais do que um segundo lugar. No máximo…


Isso ressentiu-se na bilheteira: pouco público assistiu ao fim de semana do Grande Prémio, mesmo sabendo depois da confirmação de Senna, embora os preços altos também ajudassem à fuga.... os treinos foram aquilo que toda a gente estava à espera: os Williams de Prost e de Damon Hill ficaram com a primeira fila, Senna e Schumacher com a segunda. A diferença entre Prost e Senna chegou a ser de 1,83 segundos! Após esta segunda fila, o americano Michael Andretti e o italiano Riccardo Patrese ficaram com a terceira fila, os Saubers de Karl Wendlinger o de J.J. Letho ficaram com a quarta fila, e só nono lugar é que apareceu o primeiro Ferrari, de Jean Alesi, tendo atrás de si o Ligier de Mark Blundell, que na etapa anterior tinha chegado ao terceiro lugar do pódio…


Entretanto, dos 26 carros que alinharam, um ficou de fora. Era o Jordan de Ivan Capelli, que ainda não tinha superado o trauma do ano anterior, quando guiou pela Ferrari. Essa seria a sua última chance para brilhar na Formula 1, pois após esta corrida, decidiu arrumar o capacete e as luvas para todo o sempre, após oito temporadas com altos e baixos, tendo feito o melhor percurso na March, em 1988.


Na corrida, as emoções começavam logo na primeira curva: Andretti e Berger desentendem-se e provocam um monumental acidente, que não teve consequências físicas, mas que assustou muita gente… no final da primeira volta, Prost e Hill eram os dois primeiros, seguidos por Senna e o alemão Michael Schumacher. Entretanto, a zona onde ficou ambos os carros era sinalizada com bandeiras amarelas por muitas voltas (hoje em dia era motivo para colocar o Safety Car), só que os pilotos nem sempre viam as bandeiras. Eric Comas teve que ir às boxes por causa disso, e na 24ª volta, era dobrado por Senna. Só que os comissários viram aquilo, e penalizaram o brasileiro com um “Stop and Go” de dez segundos, caindo para um apagado quarto lugar, muito longe até de Schumacher. Mas as nuvens negras já se desfilavam no horizonte, e pouco tempo depois, começou a chover na zona da recta da meta. Quando começou a chover cada vez mais, numa típica tempestade tropical, a corrida estava na 27ª volta. Senna é o primeiro a ir para as boxes, no final dessa volta, e logo a seguir entra Hill, para colocar pneus de chuva. Ao mesmo tempo, Prost decide continuar, e esse fora o seu maior erro, pois à sua frente, o Minardi de Christian Fittipaldi tinha feito a mesma táctica e despistara-se no S de Senna.


Parado na gravilha, só pôde assistir ao espectáculo que veio a seguir: Prost, de pneus slicks, entra em “acquaplanning” e perde o controlo, vindo em direcção de Fittipaldi, que colide com estrondo, acabando ali a sua participação. O francês disse que não tinha entrado na volta anterior, devido a um erro de comunicação com as boxes, mas dias depois, o francês lamentou o erro: “Dei um presente para Senna. Cometi um erro bobo. Não entendi quando me disseram para parar”. A chuva tinha feito a sua jogada, e resultou no abandono do seu líder, e mais do que eventual vencedor do Grande Prémio. Os brazucas rejubilavam, e esperavam que o seu ídolo aguentasse a bátega de água e partisse para a vitória.


Mas para que isso acontecesse, outro actor tinha que entrar em cena: o Safety Car. Quando viu Prost a bater, os comissários de pista colocaram um Fiat Tempra 16 Valvulas para guiar o novo líder, Damon Hill, e o resto da fila, atrás do carro da organização, esperando que a pista secasse. Quando isso aconteceu, sete voltas depois, Senna entra imediatamente na box para colocar de novo pneus secos, primeiro que toda a gente. Quando os outros o fizeram, Senna ficou logo atrás de Damon Hill, e à 41ª volta, Senna alcançava a liderança para não mais a largar. O tempo, o Safety Car e as estratégias da box fizeram com que o brasileiro alcançasse uma vitória inesquecível na sua cidade natal, a primeira vitória do ano, a 100ª vitória da McLaren na sua história.


A acompanhá-lo no pódio esteve Damon Hill, o seu primeiro da carreira, e Michael Schumacher, que conservou o seu terceiro lugar, defendendo-se dos ataques de Johnny Herbert, no seu Lotus. Mark Blundell foi quinto, no seu Ligier, e Alessandro Zanardi dava mais um ponto à Lotus, o seu primeiro (e único) ponto da sua carreira.


No pódio, outra cena memorável: com Senna, Hill e Schumacher no pódio, que no seu conjunto valeram 11 títulos mundiais, a organização tinha convidado outra lenda do automobilismo para entregar os prémios. Era Juan Manuel Fangio. Ao saber disso, Senna sai do seu lugar do pódio e vai abraçar a lenda, então com 81 anos. Naquele pódio, 16 títulos mundiais se contemplavam.


Fontes:

Santos, Francisco: Anuário Formula 1 93/94 – Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1993.

A Capellada da semana

Depois da semana passada, o Capelli ter falado do Kimi, e toda a gente saber que ele não ri nem à bomba, desta vez, apanharam-no a rir, provavelmente contente com a sua vitória na Malásia. E o Ivan Capelli não perdeu tempo e fez uma piada com isso, usando indirectamente certas referências...

quarta-feira, 26 de março de 2008

GP Malásia - A nossa avaliação

A nossa avaliação dos pilotos no GP da Malásia está no ar, agora com mais duas pessoas a participar: a Priscilla Bar, do Blog Guard Rail, e a Barbara Fanzin, do Velocidade.org.


Pode-se ver que andamos unânimes em relação ao Robert Kubica, enquanto que de resto, as avaliações variam, e não foram muito implacáveis com o Massa, por exemplo (excepto o Pezzolo). Eu ainda não dei zeros, por exemplo...


Já agora, os participantes no quadro, para além de mim, são o Jorge Pezzolo, do Plog do Pezzolo, são o Gustavo Coelho, do Blog F1 Grand Prix, e o Thiago Raposo, do Café Com F1. A experiência continuará ao longo da época, sem dúvida!

Noticias: Citroen tem novo patrocinador

Na semana em que o Mundial WRC de Ralies volta ao activo com o Rali da Argentina, a Citroen Sport anunciou na semana passada um acodro de patrocinio com a Red Bull, para o resto desta época e a próxima. A partir de agora, os carros de Sebastien Loeb e de Daniel Sordo terão mais "asas" do que aquilo que eles têm actualmente, já que o piloto francês é o "alvo a abater" por parte da concorrênciam, nomeadamente os Ford e os Subaru.




Para Olivier Quesnel, o director da Citroën Sport, esta é uma associação muito interessante: "Estamos muito felizes com esta grande oportunidade para trabalhar com uma empresa tão dinâmica como a Red Bull. 'Casa' muito bem com a Citroen Sport, já que temos valores comuns.", referiu em declarações captadas pela Autosport portuguesa.






Agora sim, Leeb ganhou mais asas!

terça-feira, 25 de março de 2008

O Lamento de Massa

Como não podia deixar de ser, as meninas das F1 Girls não deixaram passar em claro as mais recentes asneiras de Felipe Massa na temporada deste ano. Aqui podem ver o seu lamento...

110 mil visitas... belo feito!

Em 13 meses de vida, nunca pensei que este blog fosse um sucesso assim tão grande. A cada dia que passa, descubro que há novos leitores, que descobrem-me e ficam encantados com o seu conteudo. E fico espantado pelo facto deste blog falar, na sua esmagadora maioria, de automobilismo, e não sobre futebol, sexo, politica ou religião (falo poucas, mas muito poucas vezes). Tento ser original, e por vezes vou conseguindo.


Nesta ocasião, aproveito para falar sobre blogs novos que encontrei ao longo destes últimos tempos, e julgo que eles enriqueceram a blogosfera, em muitos aspectos. A saber:


- Blog Octeto Racing Team. É um octeto muito original. São quatro meninas, a falar sobre oito pilotos da sua perferência, dos quais somente seis estão na Formula 1. Nico Rosberg, Jarno Trulli, Kimi Raikonnen, Fernando Alonso, Jacques Villeneuve, Juan Pablo Montoya, Jenson Button e David Coulthard fazem "quebrar os corações" das meninas Ludy, Lu, Tati, e Vick. Recomendável.


- Blog Guard Rail. Não sei se já falei dela, mas falo na mesma. Chama-se Priscilla Bar, tem 25 anos, e está "exilada" na ilha de Fuerteventura, nas Canárias. É um blog excelente, onde o principal enfoque é no Fernando Alonso. Contudo, também fala dos outros pilotos, claro...


- Meet me at the Disco. Outro blog de menina, desta vez de Brasilia. Fala do desporto em geral, mas a Formula 1 não é esquecida. Outro sítio no qual vale a pena visitar.


- Loucos por Formula 1. Começaram na passada sexta-feira, e acho que merecem todo o meu apoio. Nestes primeiros dias, vejo que sabem o que fazem, só espero que melhorem com o tempo. Já lhe dei umas dicas importantes, como meter um mapa e um contador, portanto, só podem melhorar a partir daqui!


- F1 Nostalgia. Este toca-me um pouquinho. Blog de Rianov Albinov (um ilustre saudosita da União Soviética), fala do que ficou para trás na Formula 1, especialmente a década de 80. Fala de alguns aspectos ainda desconhecidos, como os patrocínios que nos marcaram no nosso tempo. Também começou agora, o que significa que só pode melhorar com o tempo!


- André Casaroli. Este é o mais espantoso dos novos blogs. E porquê? pois ele tem "apenas" 13 anos e escreve como gente grande! É de Londrina, e faz crónicas (por enquanto semanais) sobre a actualidade automobilistica. E a maneira como escreve deve envergonhar muito "comentador" com o dobro da idade e que anda por aí... dêem lá uma espreitadela, e vejam como ele faz.


- F1 Trulli. Este é engraçado. Um blog só sobre o Jarno Trulli, actual piloto da Toyota. Como é obvio, está muito focalizado nele, mas não deixa de ser uma excelente visita. E como esta semana até teve um bom resultado...

- Velocidade Máxima. É um pouco do mesmo calibre do blog do Brandt, e no qual também vale a pena uma visita. Não falam com tanta frequência, mas por vezes fazem uns achados que nem sei como conseguem. É um blog de três.


E pronto, eis as minhas recomendações de visita. Aproveitem-nas, pois acho que alargar os horizontes em termos bloguisticos faz bem à mente. Eplo menos, a mim me faz! E agora... para as 120 mil visitas e mais além!!!


Muito obrigado a todos, aos meus amigos e a aqueles que comentam aqui.

segunda-feira, 24 de março de 2008

O pitlane perfeito, para o Rubinho

Depois de mais uma penalização por ter excedido a velocidade nas boxes, o Wagner Brandt, do blog Carros, Coisas e Causos, desenhou o que seria o pitlane perfeito para que ele pare de ter as suas corridas prejudicadas pelo excesso de velocidade nas boxes...

Perderam-se as ilusões

O Brasil é actualmente o segundo classificado em termos de vitórias e de títulos mundiais, só superado pela Grã-Bretanha. Ao longo de quase 25 anos, Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna deram muitas vitórias e oito títulos mundiais. O povo brasileiro cresceu com a ilusão de ter os melhores pilotos do mundo, o que não anda longe da verdade. Mas no dia 1 de Maio de 1994, sofreu um dos maiores choques da sua vida, a par, talvez, do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, das mortes súbitas de Carmen Miranda (1955) ou Elis Regina (1982) ou então os dias de agonia de Tancredo Neves, em 1985.


Depois desse malfadado dia, andaram à procura do "novo Senna", foi aí que todos olharam para Rubens Barrichello. Mas este não era nenhum fora de série, nunca o foi. O melhor exemplo disso foi que ele andou seis anos, quase sete, a tentar ganhar um Grande Prémio. E esse aconteceu numa corrida atípica, em 2000, na Alemanha. Outra ilusão que o alimentaram é que, na Ferrari, bateria de igual para igual com Michael Schumacher. Só que o alemão é como os eucaliptos: seca tudo à sua volta. E Rubinho tinha que ficar com os restos.

Tinha pena quando via os próprios brazucas a gozarem com ele, quando tinha que deixar passar "o alemão". É certo que as cenas de Zeltweg, em 2002, foram absolutamente ridículas, e que se ele tivesse honra e tomates, teria abandonado o lugar na hora. Mas ele já sabia o seu papel na marca, e aceitou com naturalidade. Agora na Honda, luta contra um mau carro, mas com esperança de que as coisas melhorem. E ainda por cima, quer conseguir o recorde de 256 Grandes Prémios de Riccardo Patrese...

Sem Rubinho, viraram para Felipe Massa. Mas apesar das promessas e das ilusões, principalmente depois da saída de Michael Schumacher, de ver Felipe Massa ganhar algum campeonato do mundo e prosseguir a senda vitoriosa de Fittipaldi, Piquet e Senna, esta deve ter acabado ontem, na gravilha malaia de Sepang. Se hoje já perdi qualquer chance, já outros tinham a perdido meses antes. Vejam o caso do Mário Bauer, que seis meses antes, disse isto:

"O Massa teve uma chance inédita em 2007, a chance dos sonhos (...) Agora ou nunca era o lema. Mas sob pressão não mostrou serviço, venceu quando teve o melhor carro do grid. Mas quando encarou certas dificuldades acabou perdendo duas provas. Até hoje não venceu um único GP sequer na briga direta, superando pelo menos um dos seus adversários.

Todo mundo, pelo menos no Brasil, aplaudiu da forma como ele chegou em quinto em Silverstone após largar dos boxes. Não veja nada a comemorar dando em cima de Spykers, Toro Rossos ou Super-Aguris. Uma vez em décimo não passou mais ninguém, quem salvou a pele dele foi o estrategista, que o colocou ali em quinto, passou as Renault e o Heidfeld na estratégia. Agora ficar sem ação atrás de um relativamente inexperiente Kubica com a menos espetacular BMW-Sauber não foi exatamente uma demonstração de habilidade à altura de um futuro campeão."

E isto é um Grande Prémio. O que ele queria dizer é que em 2007, tinha a equipa na mão, e podia ter aproveitado para ser o numero 1 da equipa e ganhar sobre o recém-chegado Kimi Raikonnen. Só que o finlandês conseguiu dar a volta e ser um dos campeões mais inesperados da história do automobilismo. E nas duas primeiras provas de 2008, ele claramente bateu Massa. Mesmo nos treinos de Sepang, o brazuca ganhou porque tinha pouca gasolina no depósito. Na corrida, Raikonnen controlou Massa e passou-o depois da primeira paragem nas boxes.

Em suma, o que disse foi isto: Massa não tem estofo de campeão.

E há outra coisa nele, que todos nós vimos: ele não resiste sobre pressão. É o Mansell dos nossos dias. Não digo que ele não seja algum dia campeão. Aquilo que ele fez na Malásia foi um excesso, e a justificação que eel o deu, e a maneira como o deu. não caiu bem em ninguém. Nem nos espectadores, nem nos mecânicos. Claro, vocês dizem que Mansell foi campeão, mas foi aos 39 anos, depois de 13 temporadas em competição, numa máquina que dominava os circuitos, e depois de ter perdido dois títulos mundiais! Aliás, o Piquet, quando o pediram para compará-lo, foi implacável:

"O Mansell gosta de golfe, eu de tênis. Ele gosta de mulher feia, eu de bonita. Eu ganhei três títulos e ele perdeu dois. Essa é que é a diferença."

Com isto tudo, provavelmente está-se a abrir a porta de saída de Massa. Já não têm Jean Todt na equipa a aopiá-lo, Luca de Montezemolo domina, e como foi ele que escolheu contratar Raikonnen, provavelmente o numero 1 na equipa é ele. Se calhar ele deve ser o último a saber que perdeu o "estado de graça" dentro da equipa. E agora, com as noticias a darem como "despedido" no final de 2008 (apesar de ter contrato até 2010, creio eu), não me admiraria que no final do ano rumasse a outras paragens...

domingo, 23 de março de 2008

O piloto do dia - Mike Hailwood


Este não é uma pessoa comum. Foi um virtuoso das duas rodas, com uma perninha nas quatro. As suas proezas fizeram-no entrar no campo da lenda, e hoje em dia é considerado como um dos melhores pilotos de sempre em Inglaterra. Hoje, falo-vos de Mike "the Bike" Hailwood.

Nasceu a 2 de Abril de 1940 na cidade de Great Milton, no Oxfordshire, como Stanley Michael Bailey Hailwood. Filho de um mecânico e piloto de motos antes do rebentar da II Guerra Mundial, desde cedo aprendeu a andar de moto, praticando num circuito oval ao pé da sua casa durante as tardes de Domingo, especialmente após a missa. Andou no Paderbourne College, mas cedo abandonou os estudos para ajudar nas oficinas do pai. Pouco tempo depois, ele mandou-o para a Triumph. Aí, os responsáveis da marca notaram que ele tinha qualidades para ser o seu piloto da marca, e aos 17 anos, estreava-se em provas motociclisticas, no circuito de Oulton Park.

Cedo desenvolveu habilidades em cima da mota, e em 1958 participava regulamente no Mundial da especialidade, nas categorias de 250 e 350 centímetros cúbicos, ao volante de motos como a Ducatti, Norton e a NSU. Em 1959, ganha a sua primeira prova, no Ulster, na categoria de 125 cc. Continua a guiar por diferentes marcas até 1961, altura em que entra outra marca, desconhecida até então: a Honda. Nesse ano, Hailwood guia para eles nas categorias de 125 e 250 cc, e ganha cinco provas, acabando a época como campeão do Mundo, batendo pilotos como o rodesiano Gary Hocking, os ingleses Frank Perris e Bob Mcintyre e o alemão Ernst Denger, entre outros. Nas 500 cc, correndo para MV Augusta, torna-se vice-campeão do Mundo, batido somente por Hocking.

No ano seguinte, Hailwood torna-se campeão das 500 cc a bordo de uma MV Augusta, com cinco vitórias nessa temporada. Repetiria o título das 500 cc em 1963, 64 e 65, tornando-se no primeiro piloto a ganhar por quatro vezes consecutivas nessa categoria. Em 1966, estava a conduzir pela MV Augusta nas 500 cc, mas nas categorias de 250 e 350 cc, tinha voltado a conduzir pela Honda, foi nessas categorias que Hailwood se tornou campeão, um feito que voltou a repetir em 1967. No total, tinha conquistado nove títulos mundiais, em três categorias, transformando-o num dos grandes pilotos do seu tempo.

Contudo, em 1968, a Honda decidiu abandonar a competição, mas fizera um contrato com Hailwood, pagando-lhe 50 mil Libras para não correr com ninguém, enquanto eles não regressassem à competição. Hailwood aceitou, mas tinha o bochinho de correr. Então, lembrou-se de uma incursão que fez quatro anos antes pela Formula 1, a bordo um Lotus 25, incrito pela Reg Parnell Racing, e onde até tinha conseguido um ponto, em Montecarlo.

Sendo assim, começou a correr em automóveis. Primeiro foi para a Formula 5000, onde terminou na terceira posição, no campeonato desse ano, e no ano seguinte, foi terceiro nas 24 Horas de Le Mans, com o seu compatriota David Hobbs, num Ford GT40. Dois anos depois, voltava à Formula 1, a bordo de um carro do seu compatriota John Surtees. Na sua corrida de regresso, o famoso GP de Itália de 1971, foi quarto, a pouco mais de um carro do vencedor, Peter Gethin.

Em 1972, consegue uma temporada a tempo inteiro, que culmina com um segundo lugar no GP de Itália, a mesma corrida que consagra Emerson Fittipaldi como campeão do Mundo. Mais unas boas chegadas nos pontos dão-lhe o oitavo lugar final, com 13 pontos. Para além disso, Hailwood torna-se campeão europeu de Formula 2, a bordo de um Surtees.
Contudo, o ano seguinte é o deserto. Não consegue pontuar, mas esse ano vai ser marcado por gesto altruista: em Kyalami, na Africa do Sul, Hailwood para o seu carro para tentar salvar das chamas o suiço Clay Reggazzoni, que estava preso no seu BRM. Essa atitude (e uma perna um pouco queimada) valeu-lhe a Geroge Medal, a mais alta condecoração civil de Inglaterra.
Em 1974, a McLaren dá-lhe um terceiro carro a Hailwood, com o patrocínio dos cosméticos Yardley. A bordo do seu carro 33, Hailwood consegue boas prestações, incluindo um terceiro lugar em Kyalami. Contudo, em Nurburgring, Hailwood perde o controlo do seu carro e fica gravemente ferido no pé e perna direita, percipitando o final da sua carreira automobilistica.
A sua carreira na Formula 1: 50 Grandes Prémios, em oito temporadas (1963-65, 1971-74), dois pódios, uma volta mais rápida, 29 pontos.
Após fechar a sua carreira nos automóveis, decide assentar, casando-se com Pauline David em 1975, e ter dois filhos: Michelle e David. Em 1978, com 38 anos, volta às motos, pilotando uma Ducati 900SS na Manx TT, a prova mais prestigiada do motociclismo inglês. Contra todas as exprectativas, ele ganha. Era a sua 14ª vitória naquela corrida. No ano seguinte, abandona de vez a competição, consiente do dever cumprido, e vai cuidar dos seus negócios em Birmingham.
A 21 de Março de 1981, um Sábado, Mike leva os filhos para fazer umas compras, na cidade de Tanworth-in-Arden, no Warwickshire, centro de Inglaterra. A caminho de casa, um camião faz uma ilegal inversão de marcha, mesmo à frente deles, e Mike não teve tempo para imedir o choque. A sua fiçlha teve morte imediata, mas o seu filho sobrevive sem grandes ferimentos. Quanto a Mike, sobrevive mais dois dias antes de falecer, a apenas doze dias do seu 41º aniversário.
Desde então, todos os anos é feito um "Mike Hailwood Memorial Run", uma corrida de motos que vai desde a fabrica da Norton, em Birmingham, até ao local onde ele e a sua filha estão enterrados. O seu legado até hoje é lembrado: A Internattional Motorsports Hall of Fame incluiu-o em 2001, um ano depois de ter sido introduzido no Motorcycle Hall of Fame. Tudo isto demonstra o enorme legado que "Mike the Bike" obteve graças à sua carreira.

Fontes:


A capa do Autosport desta semana

Como é obvio, em dia de Formula 1, a capa terá ser sobre o Grande Prémio da Malásia, e claro, com os Ferrari em destaque.



Com Kimi Raikonnen em destaque, o jornal destaca a maneira como controlou a corrida: "Muita Tranqulidade" é o título da capa. Tamém poderia significar a tranqulidade com que decorreu a corrida, que até faz adormecer elefantes...

Formula 1 - Ronda 2, Malásia (Revista da Blogosfera)

Começa aqui a edição 2 da Revista da Blogosfera, que coloca aqui as melhores frases sobre a corrida malaia que vejo na blogosfera falada em português. E aparentemente, todos "martelam" no Felipe Massa, enquanto chamam à atenção sobre o aborrecimento da corrida e da justa vitória de Kimi Raikonnen, do segundo lugar de Robert Kubica e da má classificação dos McLaren. Eis os comentários vindos um pouco pela blogosfera:

"A Malásia comprovou: a Fórmula 1 sem controle de tração é tão chata quanto aquela com. Como imaginava, a corrida em Melbourne foi exceção. Por mais desequilibrada que estivesse, por exemplo, a McLaren de Hamilton não é carro para ficar quase 40 voltas presa atrás da Red Bull de Webber. É a aerodinâmica atual que provoca uma aberração como essa. Se não chover antes, corrida emocionante novamente, só no Canadá."

Ivan Capelli, Blog do Capelli

"Felipe Massa tinha tudo para ser o herói. Desmoralizado durante a semana, seu olhar de ódio passava alheio ao fervor dos boxes. Durante os treinos, via-se o brasileiro entrar no carro como se fosse lutar na guerra. No sábado era o pole.

Saiu do cockpit vingado, naquele fim de tarde malaio. Sua expressão por si só calou a boca de todos que ousaram colocar Alonso ou Vettel no seu lugar. O beijo que deu em Rafaela foi menos de amor do que o último ato de seu prestígio restaurado, da derrota de seus detratores, da recuperação de sua imagem frente ao público. Que viesse a corrida, Felipe tinha tudo para ser o herói. Sim, ele tinha tudo.
(...)
Enquanto perseguia o ferrenho Kimi, deus sabe se o carro o traiu ou seu pé direito afundou mais do que devia, mas Felipe desgrudou do traçado e foi parar atravessado na brita. Felipe acelerava, mas tinha atolado. Não importa se você está num dos melhores carros do grid, se os seus pneus traseiros não estão em contato com o chão, nem você nem sua Ferrari irão sair do lugar. Lá ficou Felipe, parado, e nunca mais voltou para a corrida.

E agora Felipe não era mais o herói. Mas como toda a história precisa de um – e o que é uma corrida senão uma história, senhores? –, era preciso ir à procura. Kimi Raikkonen foi o herói, por resgatar a honra perdida da Ferrari? Ou o bravo Kubica, por ratificar seu talento? A geração das imagens apostou que Hamilton seria o herói do dia, tanto que o inglês foi mais filmado que qualquer outro. Ele batalhou, teve azares, mas não se redimiu: também é uma forma de fracasso.

Essa incerteza de quem foi o herói prova que era Massa quem deveria ser o vencedor. Mas corrida de carro não é conto de fadas, não é filme de Hollywood, não é obra literária. Em corrida de carro, a narrativa se faz em função dos fatos, e não o contrário. E é melhor Felipe se cuidar, porque seus torcedores não sabem disso. E eles não suportam um herói que não ganha."


E a Chuva, pá?

"A Chuva foi prometida, mas não se cumpriu e assim a corrida foi menos emocionante… muiiiito menos emocionante.

Kimi Raikkonen venceu numa corrida quase perfeita para a Ferrari. Massa chegou a sair na frente, mas no 1º pit Stop o Finlandês assumiu a ponta, já o Brasileiro estragou o fim-de-semana perfeito da Ferrari ao rodar numa curva e ficar preso na brita.

Perfeito, perfeito, só Kubica, o Polaco conseguiu o melhor resultado da carreira, um segundo, e Heidfeld podia ter conseguido mais mostrando que a BMW tem margem para evoluir. (...)


"A Ferrari está de volta. Na madrugada deste domingo, Kimi Raikkonen venceu com imensa facilidade o G.P. da Malásia, confirmando a superioridade da equipe italiana em condições normais de corrida. Robert Kubica e Heikki Kovalainen fecharam o podium, enquanto o líder do campeonato Lewis Hamilton não passou de quinto.

Por sua vez, Felipe Massa complicou sua situação na Ferrari após rodar sozinho e abandonar a prova, aparentemente por erro próprio.O brasileiro perdeu o carro sozinho na curva oito de Sepang, saindo da pista e ficando preso na caixa de brita. Fim de corrida para Massa, que sai da Malásia ainda zerado no campeonato. Difícil saber se a Ferrari teve algum problema, mas a impressão que ficou foi de um típico erro de pilotagem.

A partir de agora, a pressão sobre Massa só vai aumentar cada vez mais.Com seu companheiro fora de combate, a prova tornou-se um passeio para Raikkonen. A vantagem do campeão sobre Kubica chegava a quase 25 segundos no momento em que ele pegou o rumo dos boxes para a sua segunda e última parada. Raikkonen voltou à pista pouco atrás do polonês, que ainda precisava reabastecer. Só um problema mecânico poderia tirar a vitória do finlandês. A chuva, nessa altura, já não vinha mais. (...)"

Gustavo Coelho, Blog F1 Grand Prix

1º -Raikkonen: prova tranqüila, sem erros e sem adversários após a saída de Felipe e com as McLaren lutando por posições mais atrás. Palavras do finlandês: "Corrida foi fácil";

2º -Kubica: Esse polonês é foda!!! Constante durante toda a prova, mostrou que a BMW será a terceira força dessa temporada novamente. Se tiver um pouquinho de sorte, vence uma ou duas corridas nesse ano;
(...)
4º -Trulli: Surpresaaaaaa!!! A Toyota mostra que tem um bom carro...e Trulli mostrou serviço. Apesar de não ter simpatia pelo italiano, torci por ele nas últimas voltas quando Hamilton aproximou-se;
(...)
Abandono -Massa: Mais um erro, mais uma desculpa. Tá começando a ficar irritante. E o que é boato, já já começa à virar fato;
(...)
13º -Barrichello: tudo bem que o carro não estava lá essas coisas, mas fez uma péssima corrida e fez merda nos boxes de novo (ultrapassou o limite de velocidade) tendo de pagar um drive through, fazendo valer a frase de sua camiseta (Older and Faster).



"OK, a corrida foi chata, no estilo monotonia básica da F-1, mas Kimi fez o que tinha de fazer e venceu, como sua obrigação de campeão do mundo e um dos favoritos ao título. Agora finalmente o campeonato começou.

E o coelhinho da Páscoa trouxe meu chocolate, branco e no sabor champagne!!!! hehehehehe

Feliz Páscoa para todos!!!"


"A Páscoa para Kimi Räikkönen e a Ferrari será de muito chocolate. Nesta madrugada brasileira, o piloto finlandês igualou o lendário Stirling Moss e alcançou, na mesma pista onde venceu pela primeira vez na Fórmula 1, há cinco anos, a décima-sexta vitória da carreira. E com um desempenho que fez jus ao número 1 que ele carrega pintado em seu carro vermelho.

É ocioso dizer que na primeira parte da prova, ele se limitou a controlar a distância para o pole position e companheiro de equipe, Felipe Massa. Mas quando o brasileiro fez sua primeira parada, o finlandês já tinha preparado o bote: em uma volta, quebrou os cronômetros, entrou nos boxes, fez uma parada super rápida e quando saiu, já era o novo líder da corrida.

Se isto desestruturou a confiança de Massa diante de Räikkönen, ainda não sabemos. Certo é que o brasileiro, já com uma desvantagem perto de 5 segundos, errou sozinho, atolou na caixa de brita e pela segunda vez seguida ficou sem ponto no campeonato. E como no ano passado venceu o Mundial de Pilotos aquele que justamente errou menos, o brasileiro vai dando munição aos seus detratores, que até já o apelidam de "Nigel Massa", comparando-o a Nigel Mansell por sua incontida e improdutiva dose de agressividade. (...)"

Rodrigo Mattar, Saco Vazio de Gatos"

Se o grande prémio anterior foi aborrecido para os 'tiffosi', hoje deve ter sido aborrecido para todos os outros adeptos. O Kimi e o seu Ferrari limparam a corrida como se limpa o rabo a um bébé adormecido, simples e fácil.

Só não foi uma corrida imaculadamente vermelha porque o Massa decidiu ser a ovelha negra outra vez. Esta época quando desligaram as ajudas electrónicas desligaram também a capacidade do Massa andar em ritmo competitivo durante várias voltas. Já tinha dito aqui, na semana passada, e reafirmo aqui outra vez que vai demorar muito até que o brasileiro consiga andar sem a electrónica, que servia como mata-borrão para os pequenos erros que cometia durante a corrida. Resta saber se a Ferrari está disposta a esperar.(...)

Quem também tem problemas com as boxes é o Barrichelo, hoje foi a segunda penalização em duas corridas. Os carros de F1 têm um botão no volante que limita a velocidade quando se entra no 'pit-lane', mas este ano no Honda esse botão desliga o cérebro do brasileiro, transformando-o num autêntico boçal quando entra naquela zona da pista."


Ao contrário da corrida da Austrália, Sepang nos mostrou uma corrida sem grandes lances de emoção e decidida nos boxes, com a estratégia das equipes e as paradas, boas ou más, dos pilotos. Kimi Raikkonen venceu sem grandes dramas e o único problema no finlandês neste domingo foi o champagne que caiu no seu olho durante o pódio. (...)

E Massa, que tinha tudo para conseguir mais uma volta por cima consagradora, agora se vê em voltas de uma rodada ridícula, quando tinha aproximadamente 20s de vantagem sobre o adversário mais próximo e tinha acabado de ser superado pelo seu companheiro de equipe. Suas mãos na cabeça, após abandonar a corrida, indicam o desespero de um piloto que pode ter perdido a chance de sua vida, pois a Ferrari não segurará um piloto que erra tanto. (...)"

João Carlos Viana, jcspeedway

"Foi uma corrida mais uniforme. Faltando aproximadamente 10 voltas para o final já dava para imaginar o resultado. A maior surpresa foi mesmo Felipe Massa que rodou na pista, não se sabe por quê. Não quero ser maldoso e fazer comentários indevidos. Ele foi o piloto que mais reclamou dos carros sem o Controle de Tração. Fica aí a 'pulga atrás da orelha'."