sábado, 21 de maio de 2016

WRC 2016: Rali de Portugal (Dia 2)

Kris Meeke continua a expandir a sua liderança no Rali de Portugal, conseguindo no final do segundo dia um avanço de 45 segundos sobre Sebastien Ogier, depois de completadas seis especiais neste sábado. O piloto da Citroen está disposto a dar à marca francesa a sua primeira vitória do ano, numa temporada onde estão a "meio-gás", preparando-se para a próxima temporada. Anders Mikkelsen é o terceiro, não muito longe de Ogier, a 48 segundos, enquanto que Miguel Campos é o melhor dos portugueses, na 15ª posição, e quinto no WRC2.

O dia começou como acabou: com Meeke na frente. Na especial de abertura, no Marão, o inglês ganhou, com seis segundos de vantagem sobre Anders Mikkelsen e 6,7 segundos sobre o francês Eric Camili. A estrada estava limpa, mas havia mais aderência do que eu esperava. Quero aproveitar ao máximo a vantagem. Estou satisfeito pela forma como o rali me está decorrer”, comentou o piloto da Citroen.

Estou surpreendido, porque está seco", começou por comentar Ogier. "O piso limpo não será bom para mim esta manhã, ao contrário do que sucedeu no dia anterior. Esperava um pouco mais de humidade e se vier será mais tarde. Vamos dar o nosso máximo”, concluiu o francês da Citroen.

A partir daqui, Ogier parecia estar mais concentrado em ficar na estrada. Meeke venceu as duas especiais seguintes, acabando a manhã com uma vantagem de um minuto e dois segundos sobre Ogier, e um minuto e 15 sobre Mikkelsen, que tinha passado Dani Sordo, o melhor dos Hyundai. Por esta altura, Thierry Neuville já tinha abandonado, parado na 12ª especial... devido à falta de gasolina.

Na 13ª especial, a segunda passagem por Baião, Mikkelsen foi o melhor, 5,7 segundos mais veloz do que Jari-Matti Latvala, e 6,6 segundos sobre Sebastien Ogier. A diferença caiu então para os 57,8 segundos, mas Meeke tinha tudo controlado. Tanto que Mikkelsen e Ogier venceram as especiais seguintes, mas o inglês estava a controlar tudo.  "Temos seis rodas, ou seja, mais do que os adversários. O primeiro troço era muito estreito com várias lombas. Aqui melhorou mas é aqui que estamos. Este era duro.”, contou Meeke.

Depois dos três primeiros, Dani Sordo era o quarto, mas já tinha mais de um minuto e 20 segundos sobre a liderança, mais de minuto e meio sobre o francês Eric Camili, o melhor dos Ford. Jari-Matti Latvala é o sexto, num rali bem discreto para ele, já que tem mais de quatro minutos de desvantagem sobre o líder. Mads Ostberg é o sétimo, na frente de Martin Prokop. Pontus Tidemand e Nicolas Fuchs lutam pelo nono posto, e o melhor dos WRC2, ambos a quase dez minutos do comandante.

Quanto ao melhor português, Miguel Campos é o 15º da geral, a mais de 13 minutos da liderança, e é o quinto no WRC2. 

Faltam quatro especiais para o fim do rali de Portugal, todos a serem cumpridos amanhã.

Youtube Racing Crash: O acidente da Formula 3 na Austria

O fim de semana na Formula 3 europeia, que decorre no Red Bull Ring, na Austria, ficou marcado por este arrepiante acidente entre o americano Ryan Tveter, o chinês Zhi Cong Li (Peter Li) e o brasileiro Pedro Piquet. Isto aconteceu quando o Tveter perdeu o controle do seu carro e foi parar à gravilha. O pó lançado ao ar obscureceu a visão do chinês, que atingiu o carro semiparado em cheio e foi lançado para o ar, caindo com estrondo. Piquet, que seguia atrás, não conseguiu evitar os destroços de Tveter e também acabou por bater.

Quer Tveter, quer Piquet saíram dali ilesos, mas Cong Li ficou em pior estado: fraturas no calcanhar que o vai obrigar a ser operado, bem fraturas nas vértebras do pescoço, mas sem aparente ameaça à sua existência. 

"Peter está a ser tratado a vários ossos partidos no seu calcanhar, tendo de ser submetido a cirurgia num futuro próximo", começou por dizer a declaração oficial da sua equipa, a Carlin.

"Peter também tem foi diagnosticado com quatro vértebras fracturadas, mas que não necessitam de cirurgia. Embora sofrendo com outros hematomas e pequenas lesões, Peter está alerta e falando com o pessoal médico", concluiu.

Formula E: Buemi o melhor na corrida de Berlim, Di Grassi terceiro

Sebastien Buemi não deu hipóteses à concorrência e foi o melhor nas ruas de Berlim, esta tarde, com Lucas di Grassi a ser terceiro e a segurar o comando do campeonato... por um ponto. Entre eles ficou o alemão Daniel Abt.

Nas ruas de Berlim, após a qualificação, onde Jean-Eric Vergne levou a melhor sobre Buemi, a organização decidiu ter mão pesada em relação às pressões dos pneus. Por causa disso, cinco pilotos foram penalizados, entre eles os Mahindra de Bruno Senna e Nick Heidfeld, que beneficiaram Lucas di Grassi, que assim partiria do oitavo posto, em vez do décimo lugar que tinha alcançado na qualificação. Jerome D'ambrosio e Stephane Sarrazin foram também penalizados e este último decidiu largar das boxes.

Na partida, Buemi atacou Vergne na primeira curva para ficar com a liderança - e conseguiu. Atrás, Di Grassi pulou para o quarto posto ao passar os Nextev de Nelson Piquet Jr e Oliver Turvey para ficar com o quarto lugar. Ao mesmo tempo que isso acontecia, havia confusão no final do pelotão, com Bruno Senna a tocar no Aguri de René Rast e a quebrar a asa traseira do alemão.

Vergne reagiu e voltou à liderança da corrida, mas Buemi voltou a atacar e voltou a ficar com o comando, tudo isto em pouco mais de duas voltas. Nessa altura, Abt aproveitou a abertura e ficou com o segundo posto ao francês, ex-Toro Rosso. Poucas voltas depois, Bird foi obrigado a ir às boxes e perdeu as chances de um bom resultado entre os da frente.

A partir daqui, e até à volta 22, tudo se acalmou. Nessa altura, Vergne passou mais fortemente em cima de uma zebra e a proteção da roda soltou-se, ficando no meio da pista. A organização chamou-o às boxes, mas este só foi quando perdeu o bico após outra passagem mais violenta pela zebra e quando se defendia de Prost.

Após a troca de carros, Buemi ficou na frente... e sumiu. Di Grassi ficou com o quarto posto, atrás de Abt e Prost, e foi à procura do filho de Alain. Depois de muito insistir, lá passou. 

Na volta 43, Loic Duval perdeu a traseira e embateu fortemente no muro, ficando o carro em poisção perigosa. O Safety Car foi chamado para juntar o pelotão e só voltou ao normal a duas voltas do fim. Quando aconteceu. Buemi foi-se embora sem ser incomodado, a caminho da sua terceira vitória do ano, igualando Lucas di Grassi no campeonato.

Após o pódio, Nicolas Prost foi o quarto, seguido por Jean-Eric Vergne, no melhor dos Virgin. O holandês Robin Frinjs foi o sexto, com o seu Andretti, na frente do Mahindra de Nick Heidfeld, Mike Conway foi o oitavo, na frente de Simona de Silvestro e a fechar os pontos ficou Stephane Sarrazin. 

No campeonato, Di Grassi lidera, com 141 pontos, mais um do que Buemi, enquanto que Bird é o terceiro, com 82 pontos. A Formula E agora ruma a Londres para a sua rodada dupla, no fim de semana de 2 e 3 de julho.

Formula E: Jean-Eric Vergne foi o melhor na qualificação berlinense

O francês Jean-Eric Vergne foi o "poleman" da corrida de Berlim, ocorrida esta manhã. O piloto da DS Virgin conseguiu superar na "Superpole" o e.dams de Sebastien Buemi e o carro de Daniel Abt, enquanto que Lucas di Grassi, o atual lider do campeonato, não foi além da décima posição, mas subirá dois lugares devido às penalizações dos Mahindra de Bruno Senna (que tinha sido quarto) e de Nick Heidfeld (quinto na grelha). Nelson Piquet Jr. conseguiu aqui a sua melhor qualificação do ano, sendo sétimo, mas também subirá duas posições para a corrida desta tarde nas ruas da capital alemã.

Debaixo de céu nublado e pista algo escorregadia, o primeiro grupo - constituido por Stephane Sarrazin, Lucas Di Grassi, Robin Frijns e Oliver Turvey - foi para a pista com cautelas, especialmente para Di Grassi, que não queria comprometer-se nesta qualificação. Acabou por ser o segundo melhor do grupo, batido por Turvey. Sarrazin e Frijns ficaram a seguir.

No segundo grupo, constituido por Daniel Abt, Sam Bird, Jean-Eric Vergne, Nicolas Prost e o estreante René Rast, os Virgin conseguiram ser suficientemente velozes para colocar os seus carros no topo da tabela de tempos, apesar da oposição por parte de Nicolas Prost, que perdeu tempo quando falhou a travagem para um dos ganchos do circuito. Pouco depois, entrou o terceiro grupo, onde Nelson Piquet Jr conseguiu por fim a sua melhor posição da grelha nesta temporada, ficando então com o quinto melhor tempo, enquanto que Nick Heidfeld ficava entre os que iam para a superpole, com o segundo melhor tempo.

No gripo final, com Loic Duval, Sebastien Buemi, Bruno Senna e Ma Qinghua, Buemi deu o seu melhor e ficou com o melhor tempo da tabela, mas quem surpreendeu foi Bruno Senna, que foi o segundo, e ambos iam para a Superpole.

A parte final da qualificação via integrados Abt, Vergne, Senna, Heidfeld e Buemi, na tentativa de ver quem ficaria com o melhor tempo. O alemão foi o primeiro a sair, logrando 57,862, ficando algo prejudicado na última curva. A seguir, veio Nick Heidfeld, mas teve problemas e conseguiu apenas 59,085. O terceiro a rodar foi Jean-Eric Vergne, que fez 57,811 e praticamente conseguiu a sua primeira pole-position da temporada, pois nem Buemi, com 57,827, nem Senna, com 58,303, conseguiram desalojá-lo.

A corrida da Formula E acontecerá esta tarde nas ruas de Berlim.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

WRC 2016 - Rali de Portugal (Dia 1)

O inglês Kris Meeke é o lider do Rali de Portugal após o final do primeiro dia, onde se disputaram oito especiais de classificação, incluindo a especial no centro da cidade do Porto. O líder do rali tem um avanço de 35,2 segundos sobre Sebastien Ogier, numa etapa marcada pelos despistes de Hayden Paddon e Ott Tanak - o primeiro dos quais causou um pequeno incêndio na zona de Ponte de Lima e obrigou à interrupção da especial - e o furo de Dani Sordo, antes da dupla passagem pela classificativa especial montada no centro da cidade do Porto.

Depois do "shakedown" em Lousada, onde Sebastien Ogier levou a melhor sobre o Hyundai de Thierry Neuville por 0,9 segundos, máquinas e pilotos iriam fazer passagens duplas por Ponte de Lima, Caminha e Viana do Castelo, todos na parte norte do país. E foi logo na primeira classificativa do dia que Kris Meeke mostrou ao que vinha, vencendo as duas primeiras especiais, a primeira passagem por Ponte de Lima e de Caminha. Na terceira especial do dia, foi a vez de Jari-Matti Latvala vencer, mas isso não afetou a liderança do inglês da Citroen, que tinha cerca de 11,3 segundos de vantagem sobre Ogier.

Por esta altura, o francês se queixava do setup do carro: “Não foi uma boa especial para mim mas as condições são boas. Há muita tracção mas o setup não está a funcionar. Não o esperava. O carro foge de frente. Não foi um bom troço para mim”, disse no final da segunda especial.

É bastante complicado, porque este troço estava escorregadio no início e depois já havia boa aderência. O nosso plano é tentar conseguir o melhor resultado possível. Nós não estamos no campeonato", afirmou Meeke, na terceira classificativa do rali, em Caminha.

Foi na quinta especial que aconteceu o evento deste dia, quando Hayden Paddon, o vencedor do Rali da Argentina, se despistou e causou um incêndio. Tudo aconteceu na segunda passagem por Ponte de Lima, e o incêndio causou também o despiste de Ott Tanak, que ajudou a evitar que o fogo chegasse ao seu carro...

A classificativa acabou por ser neutralizada, mas a classificação ficou baralhada por algum tempo, e só após a segunda passagem por Caminha é que tudo ficou decidido, com Meeke a manter-se na liderança, numa altura em que tinha vencido a sétima especial, a segunda passagem por Viana do Castelo.

Com isto, Meeke tinha uma vantagem de 35,2 segundos sobre Ogier, com Sordo no terceiro lugar, a 39 segundos, enquanto que Anders Mikkelsen era o quarto, a 55 segundos do lider.

Quanto aos portugueses, Miguel Campos lidera com o seu Skoda, estando na 25ª posição da geral, e nono entre os WRC2, a um minuto e 44 segundos do líder, o sueco Pontus Tidemand. “O rali está especialmente difícil nas zonas rápidas. Perdemos algum tempo para os mais rápidos. Um dos nossos objetivos é sermos os melhores portugueses, estamos contentes por isso com a nossa posição. As estradas têm muito público a assistir”, disse o piloto de Guimarães.

Diogo Salvi é o segundo entre os portugueses, na 31ª posição, também num Skoda Fabia R5, enquanto que José Pedro Fontes acabou por desistir, vitima de problemas de embraiagem no seu Citroen DS3 R5. 

Formula E: Divulgado um calendário provisório para 2017

A Formula E vai ter um calendário alargado para a próxima temporada, com passagens por Nova Iorque e Montreal. Quem o diz é o seu presidente, Alejandro Agag. Embora sem confirmar, a temporada poderá acabar nas ruas da cidade americana, numa jornada dupla nos dias 16 e 17 de julho de 2017.

De acordo com o site Motorsport.com, a temporada começará em Hong Kong, a 9 de outubro, e terá passagens pelos cinco continentes, incluindo uma passagem por África, mais concretamente nas ruas de Marrakesh, a 12 de novembro. "Nova York não está confirmado. Eu estive lá na semana passada e estamos fazendo bons progressos", afirmou o patrão da Formula E, Alejandro Agag.

"Montreal tem uma forte chance de ficar na lista que enviamos [à FIA]. Se New York acontecer, eles ficarão juntos em julho e potencialmente serão jornadas duplas", concluiu.

Outras novidades serão rondas em Singapura (22 de abril) e Bruxelas (10 de junho), para além do regresso do Mónaco, a 13 de maio. Pequim, Putrajaya, Punta del Este, Moscovo e Londres não aparecem no calendário, por agora.

Eis o calendário provisório:

9 outubro - Hong Kong
12 de novembro - Marrakesh (Marrocos) 
28 de janeiro - Cidade do México (México)
25 de fevereiro - Buenos Aires (Argentina)
25 de março - Long Beach (Estados Unidos)
22 de abril - Singapura
13 de maio - Monte Carlo (Mónaco)
27 de maio - Paris (França)
10 de junho - Bruxelas (Bélgica)
24 de junho - Berlim (Alemanha)
15-16 de julho - Montreal (Canadá)
29-30 de julho - Nova Iorque (Estados Unidos)

A(s) image(ns) do dia

O que resta do carro de Hayden Paddon na segunda passagem por Ponte de Lima, esta tarde. O despiste do piloto da Hyundai, vencedor no Rali da Argentina, causou um pequeno incêndio que causou também o despiste de Ott Tanak e posterior neutralização da classificativa, para que se pudesse combater as chamas que se tinham espalhado numa pequena área.

Felizmente, quer Tanak, quer Paddon e respectivos navegadores, estão bem. E o Rali de Portugal prossegue, com Kris Meeke na frente do rali, com pouco mais de 15 segundos de vantagem sobre Sebastien Ogier. Ainda faltam duas especiais e a dupla passagem pelo Oporto Special Stage. 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A imagem do dia

Há precisamente vinte anos, no Mónaco, Olivier Panis comemorava uma das mais incríveis vitórias da história da Formula 1, numa das corridas mais demolidoras da história do automobilismo, já que apenas quatro carros circulavam na pista quando foi dada a bandeira de xadrez!

A vitória de Panis - e a última da Ligier, 15 anos dpeois da sua última, com Jacques Laffite ao volante, no Canadá - aconteceu de três formas: o tempo instável, os azares dos pilotos da frente e a competência dele mesmo, um campeão da Formula 3000, três anos antes.

Não se pode esquecer que Michael Schumacher, o poleman, desistiu cedo quando pisou uma zebra molhada e despistou-se, quando descia para o Portier. Que Damon Hill rebentou o motor quando estava no túnel - e se tornou num dos poucos campeões do mundo a não ganhar no Principado, ao contrário do seu pai... - e que Jacques Villeneuve se envolveu numa colisão com o Forti de Luca Badoer.

Houve alturas em que quase foi apanhado, especialmente pelo Benetton de Jean Alesi, que queria vencer de novo na Formula 1. Mas um problema de suspensão evitou tal coisa. Mas mais do que os azares dos outros, também houve mérito de Panis, que evitou as armadilhas e provou que o seu Ligier-Mugen Honda era um carro melhor do que esperavam. Especialmente quando se sabia que era uma cópia bem feita do Benetton B194, desenhado por Rory Bryne...

No final, a Ligier foi comprada por Alain Prost e rebatizou-o em seu nome. Panis voltou a subir ao pódio por mais duas vezes, no ano seguinte (já tinha subido mais duas, em 1994 e 1995), mas o acidente no Canadá, onde fraturou as duas pernas, de uma certa forma, afetou o resto da sua carreira. Mas aquela tarde de maio, nas ruas do Principado, tornou-se inesquecível para ele... 

Noticias: Latvala está ansioso pelo Rali de Portugal

Vencedor da edição do ano passado, o finlandês Jari-Matti Latvala está ansioso por voltar a andar nas classificativas portuguesas, na edição deste ano, numa altura em que a sua temporada está a ser um desastre, pois só terminou um dos ralis nos pontos, e está a recuperar do desastre que terminou a sua participação no Rali da Argentina, a prova anterior a esta.

"Com certeza que é muito bom estar aqui. Se olhares ao meu desempenho e resultados no sul, não foram muito positivos. Conseguiu alguns pódios, mas nunca fui capaz de lutar pelas vitórias aqui. Mas quando viemos aqui para o norte estas estradas favoreceram-me", afirmou numa entrevista à Autosport portuguesa.

Latvala afirma que a frustração por não ter acabado o Rali da Argentina está para trás. "Bom, obviamente estava muito desapontado na Argentina porque senti que tudo estava tudo sob controlo. Estava realmente satisfeito com o andamento que tinha demonstrado até então… Mas não sei, o amortecedor entrou pelo capot… não faço ideia do motivo. Antes disso não tive qualquer impacto, e de repente quando tudo aconteceu não havia nada que eu pudesse ter feito para evitá-lo. Não foi muito difícil colocar para trás das costas o que aconteceu, porque mais uma vez eu não poderia ter feito nada de diferente. Desta vez tenho que dizer que tive mesmo muito azar", contou.

Sobre se pensa vencer o rali para relançar a sua candidatura ao campeonato, Latvala está prudente: "Temos mais dez ralis até ao fim, e sei que é muito difícil apanhar o Séb [Sebastien Ogier]. Mas já não penso muito nisso. Apenas prova a prova. Vamos ver como as coisas correm", concluiu.

TCR: Gené e Menu alinham em Imola

A próxima ronda do TCR, que vai acontecer este fim de semana no circuito de Imola, vai ter algumas alterações no pelotão. O espanhol Jordi Gené e o suiço Alain Menu vão alinhar na corrida italiana, com Gené a alinhar no Volkswagen Golf do Team Englester, em substituição do russo Mikhail Grachev, que vai para a West Coast Racing, onde correrá ao lado de... Menu.

Quer Grachev, quer Menu, vão substituir, respectivamente, o finlandês Aku Pellinen e o americano Kevin Gleason, e ambos vão correr ao lado do italiano Gianni Morbidelli.

Outra novidade é que Jordi Oriola, irmão de Pepe Oriola, irá alinhar em Imola com um Honda Civic da Target Competition, para ter uma comparação com os Opel Astra OPC que estão a alinhar nesta temporada.

Youtube Rally Video: O primeiro "shakedown" do Rali de Portugal

O "shakedown" própriamente dito só vai acontecer pelas oito da noite em Lousada, mas máquinas e pilotos já andaram a "aquecer" nas classificativas à volta esta tarde, num video feito pela Mondegosport.

Formula 1 em Cartoons - Testes em Barcelona (Cire Box)

A nova asa traseira que a Williams andou a testar esta terça-feira já deu o que falar. E o "Cire Box" fala que isso é uma medida "anti-Verstappen"... desde que a FIA aprove isso, claro!

Traduzido do francês:

"Testes de Barcelona: Para se proteger de um provável dominio de Max Verstappen nos próximos vinte anos, a Formula 1 tenta encontrar soluções...

- Bom, com isso ele não deverá passar, especialmente no Mónaco. Nos outros lados, não sei... - diz Charlie Whitting, da FIA.
- Vamos a ver, chefe...
- Quando penso que ele tem vinte anos de carreira à sua frente, é preciso ser inventivo...
- conclui Whitting.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Salo: "Verstappen é mau exemplo"

A vitória de Max Verstappen, aos 18 anos e sete meses de idade, colocou-o nos livros de história do automobilismo por ser o mais jovem piloto de sempre a vencer um Grande Prémio de Formula 1, e muitos já o vêm como futuro campeão do mundo, bem como uma prova de que a procura de talentos por parte da Red Bull dá frutos, apesar dos muitos pilotos que já foram "triturados" pela máquina montada por Dietrich Mateschitz e Helmut Marko.

Contudo, esta vitória também teve os seus detratores, e um deles é Mika Salo. O ex-piloto da Ferrari afirmou que Verstappen Junior chegou demasiado cedo à Formula 1 e afirma que esta vitória poderá passar um mau exemplo para todos os aspirantes à categoria máxima do automobilismo.

O Max é um mau exemplo para a próxima geração de jovens pilotos. Estou mesmo feliz pelo Jos e pelo Max, pois ambos trabalharam no duro para isto. Mas quando me perguntam se o Max é um bom exemplo para jovens pilotos eu vejo isso de maneira diferente. Os jovens não devem pensar que podem ser como o Max e virem para a Fórmula 1 da mesma maneira que ele veio. Com 17 anos é-se de longe demasiado jovem para pilotar na Fórmula 1, mas há sempre exceções. Nem todos são como ele e os outros pilotos deveriam perceber isso”, disse o ex-piloto finlandês de 49 anos.

Contudo, entende-se a ideia de Salo. Hoje em dia, os jovens começam cada vez mais cedo a entrar em monopostos, e não há suficientemente maturidade para andar dentro de carros, logo, aumentam a possibilidade de acidentes. A vitória do filho de Jos Verstappen deve ser vista como uma excepção e nunca como a regra a seguir para o futuro.

A ausência da equipa feminina das 500 Milhas

A Grace Autosport, anunciada com pompa e circunstância nas 500 Milhas do ano anterior, decidiu esta quarta-feira que não participará na edição deste ano, alegando não ter conseguido um chassis competitivo para a corrida no "Brickyard". A equipa totalmente feminina - que seria a primeira de sempre, com Katherine Legge ao volante - afirmou num comunicado oficial que as dificuldades em conseguir um acordo com outra equipa fizeram com que a tentativa não surtisse efeito.

"Reunimo-nos no final da temporada passada com diversas equipas no paddock da IndyCar a fim de determinar a viabilidade de uma eventual associação e descobrimos que numerosos equipas tinham decidido reduzir seus planos para 2016", começou por dizer Beth Paretta, a diretora da equipa.

"Estávamos prontos para anunciar una asociaciação para as 500 Milhas durante o Grande Prémio de Long Beach, em meados de abril, mas uma mudança de planos nos termos desse acordo fez com que os patrocinadores ficassem inseguros e infelizmente, acabou por não surtir efeito", continuou.

Paretta afirma também que a falta de um chassis competitivo para 2016 fizeram reduzir as suas possibilidades de sucesso no "Brickyard".

"Como dissemos no verão passado, a Grace Autosport não estava interessada em apenas correr por correr. Queríamos ser competitivos, com a segurança em primeiro lugar. Nós pedimos desculpa perante os inumeros fãs que ofereceram o seu apoio, do qual foi incrivel", concluiu.

Apesar de tudo, existirão mulheres a corer nas 500 Milhas deste ano: a britânica Pippa Mann estará presente num carro da Dale Coyne Racing.

Formula E: Rast no lugar de Félix da Costa em Berlim

O alemão René Rast substituirá António Félix da Costa na ronda de Berlim da Formula E, que terá lugar este fim de semana. O piloto português não participará na corrida da capital alemã devido aos seus compromissos no DTM, e Rast andará no carro da Aguri ao lado do chinês Ma Qinghua.

Pilotar um monolugar de Fórmula E nas ruas de Berlim será algo muito especial e gostaria de agradecer à equipa pela oportunidade. Tenho estado no simulador nos últimos dias para conseguir um bom feeling do carro. Estes carros têm as suas próprias exigências, mas estou confiante de que posso chegar à velocidade necessária rapidamente e usar a minha experiência na gestão de energia para dar um bom resultado à equipa”, disse o alemão.

Rast, de 29 anos (nasceu a 26 de outubro de 1986), correu na Porsche Supercup, onde foi três vezes campeão (2010-12) antes de passar para os GT's onde foi sexto com o Audi R8 Ultra da equipa belga, vencendo dias corridas. Em 2014, correu na equipa oficial da Audi em Le Mans, sendo quarto nesse ano e sétimo no ano seguinte. Neste ano, está na Blaincapain GT Series, ao volante de um Audi R8 LMS.

Formula 1 em Cartoons - Espanha (Pilotoons)

A vitória de Max Verstappen no GP de Espanha, em Barcelona, parece que deu umas ideias a Kimi Raikkonen, que é pai de um rapaz com pouco mais de um ano... pelo menos, de acordo com o Bruno Mantovani.

terça-feira, 17 de maio de 2016

A imagem do dia (II)

Scott Brayton, ao volante de um Lola, nas 500 Milhas de Indianápolis de 1993. O piloto americano é até aos dias de hoje o último a morrer durante a qualificação das 500 Milhas de Indianapolis, faz hoje vinte anos. O mais incrivel disso tudo é que dias antes, ele tinha feito a pole-position.

Filho do engenheiro Lee Brayton, que correu na USAC nos anos 70, mas nunca correu as 500 Milhas, fez a sua própria firma que ajudou a construir e desenvolver o motor Buick V6, e em muitos aspectos, ajudou no inicio da carreira do seu filho na CART, em 1981, quando Scott tinha 22 anos.

Com ele ao leme, conseguiu a sua primeira grande chance em 1985, quando conseguiu ser segundo na grelha de partida daquele ano, mas acabou cedo, devido a uma quebra de motor. Pelo meio, Brayton era um piloto lutador, mas modesto, quer correndo pela equipa do pai, quer depois quando passou para a Helmgarn Racing e pela Dick Simon Racing. Só conseguiu um pódio, um terceiro posto em 1992, em Milwaukee.

Em 1994, Brayton passou para a Team Menard, que tinha ficado com os Buick V6 quando a marca se retirou da CART. A equipa rebatizou-os com o seu nome e voltou a chamar Brayton, então com 35 anos, para os desenvolver. Sem passagens pela competição, surpreendeu quando conseguiu a pole-position para a edição de 1995, a primeira da sua carreira. Contudo, numa prova altamente atribulada, ele foi apenas o 17º desistindo pelo caminho com problemas de motor no seu carro.

Para o ano seguinte, as coisas pareciam estar bem facilitadas. As 500 Milhas faziam parte da rebelde Indy Racing League, e sem pilotos da CART, parecia que as coisas estavam facilitadas... e foi assim. Brayton voltou a fazer a pole-position, a segunda seguida.

A 17 de maio, Brayton estava a praticar para as 500 Milhas quando um dos pneus rebentou a alta velocidade e bateu forte após a curva 2. O embate foi a 370 km/hora e foi suficientemente forte para causar ferimentos fatais na sua cabeça. Tinha 37 anos.

A Menard recorreu aos serviços de um veterano veloz para o seu lugar, o havaiano Danny Ongais. Como não tinha marcado tempo, foi obrigado a largar do último lugar da grelha. Contudo, ele fez o que tinha a fazer, acabando a corrida na sétima posição, um resultado honroso, no espírito de Brayton.

Até 2009, a Indianápolis Motor Speedway atribuiu um troféu em seu nome para honrar o espirito de Brayton. E entre os que receberam o prémio, figuram Eddie Cheever, Hélio Castro Neves e Tony Kanaan.

Formula 1 em Cartoons - Espanha (Cire Box)



A vitória de Max Verstappen em terras catalãs fez com que o "Cire Box" se lembrasse da lenda do "Holandês Voador", algo que eles próprios andaram à procura por muito tempo e julgavam que o pai seria o tipo ideal. Erraram na geração, só isso...

Eis a história da corrida, contada em BD.

A imagem do dia

Alex Lynn, piloto de testes da Williams, testou hoje uma asa traseira de grandes dimensões na traseira do FW38 em Barcelona. A asa faz lembrar algumas das que foram usadas em 1993 e 1994, e a ideia é ter mais carga aerodinâmica no carro.

A estética é sempre discutível, é certo, mas como dizia Enzo Ferrari, "Carro bonito é aquele que vence". E o resto é conversa.

Formula E: Jaguar vai se apresentar em Battersea Park

A última prova da Formula E, que em principio acontecerá no Battersea Park de Londres, no primeiro fim de semana de julho, poderá ser o local da apresentação da equipa Jaguar. Segundo conta hoje o site motorsport.com, a equipa não só poderá apresentar o carro - uma parceria entre a Jaguar e a Williams Advenced Engeneering - como anunciará um dos pilotos para a temporada 2016-17.

"É provável que anunciemos um piloto britânico por lá, também. Alguém que irá fazer um trabalho muito bom para nós, alguém que tanto Jaguar e Williams realmente acreditam", comentou uma fonte da equipa. O site fala em Alex Lynn (atual piloto de testes da Williams), bem como veteranos como Anthony Davidson e Adam Carrol. Sam Bird, atual piloto da DS Virgin, é outra boa hipótese para a equipa, pois eles também pretendem um piloto que ande nos lugares da frente para ajudar a equipa.

Ou seja, a Jaguar arrisca-se a ter um alinhamento cem por cento britânico, já que Bird é atualmente o terceiro classificado do campeonato deste ano.

A Jaguar fará testes privado ao longo do mês de junho, antes da apresentação da corrida de Battersea Park, e depois disto, fará mais alguns ajustamentos antes dos testes coletivos, em Donington Park, no meio do verão. A estreia da equipa acontecerá em setembro, na terceira temporada da competição elétrica.




Rali de Portugal: Miguel Campos quer ser o melhor português

Na semana do Rali de Portugal, Miguel Campos quer voltar a ser o melhor português, distinção que alcançou no ano passado. Este ano, apesar de ter dois terceiros lugares nos dois primeiros ralis do campeonato nacional, e com a presença do atual líder, José Pedro Fontes, o piloto de Guimarães está esperançado que este ano vai não só voltar ao lugar, como irá lutar pelos lugares cimeiros na classe WRC2.

Estou muito contente por voltar a disputar uma prova do campeonato do mundo no meu país e de poder defender as cores da bandeira de Portugal. Temos a noção que vai ser uma prova bastante difícil até porque vamos lutar com equipas com orçamentos do campeonato do Mundo e com muitos quilómetros de testes. Estamos inscritos no WRC2 para ter uma motivação extra e também para abraçar um novo desafio que é o de discutir um bom lugar na classificação deste campeonato. Esta é uma forma de agradecer aos nossos patrocinadores que sempre acreditaram em nós”, afirmou o piloto que vai guiar o Skoda Fabia R5.

Não vai ser um desafio fácil, pois o Rali de Portugal são praticamente três ralis num fim de semana, logo, os carros passarão pelo triplo do desgaste que existe num rali do campeonato nacional. 

Noticias: Dispositivo da Red Bull volta a ser testado no Mónaco

A Red Bull vai voltar a usar o seus sistema de proteção do cockpit nos treinos de quinta-feira no Mónaco, comunicou esta segunda-feira a equipa de Milton Keynes. Ao contrário do que aconteceu em Sochi, desta vez, os carros guiados por Daniel Ricciardo e Max Verstappen terão uma proteção em titânio para ser experimentado.

A FIA vai decidir no final do ano qual será o sistema usado pelas equipas e pelos pilotos, mas parece que o sistema da Red Bull parece acolher mais adeptos.

Doze inacreditáveis auto-eliminações (parte 2)

(continuação do capitulo anterior) 

Na segunda parte destas inacreditáveis eliminações entre companheiros de equipa, que ocorreram no final do século passado e o inicio deste século, algumas destas situações andaram entre o bizarro e o inacreditável, como aconteceu na situação a seguir, graças a... uma mini-câmara de televisão! 

7 - Monza 1995


A Ferrari até estava a ter uma temporada razoável, em 1995, sendo a terceira equipa atrás da Benetton e da Williams, mas só tinha tido uma vitória - inesperada, é certa - no Canadá. Mas em Monza, esteve muito perto de ter uma dobradinha que teria alegrado os "tiffosi". Se não fosse uma câmara de televisão...

O incidente aconteceu na volta 32, quando a câmara se descolou do carro de Jean Alesi, que estava na frente da corrida, após a colisão entre Damon Hill e Michael Schumacher, nove voltas antes. A câmara instalada no carro do piloto francês descolou-se e atingiu a suspensão do carro de Gerhard Berger, forçando-o a desistir. Alesi não teve assim tanta sorte, acabando também por abandonar na volta 45, mas vitima de um rolamento gripado... quando liderava a corrida!


8 - Zeltweg 1999


No ano em que Mika Hakkinen alcançou o seu segundo título mundial, e onde Michael Schumacher esteve afastado meia época por conta de um acidente no GP da Grã-Bretanha, devido a uma perna partida, a McLaren teve de passar muitos obstáculos, causados por... eles mesmos. Como por exemplo na primeira volta do GP da Áustria de 1999.  

Ambos os carros chegaram à curva Remus, com o finlandês na frente, até que o escocês David Coulthard, que era o segundo classificado... tocou no carro do seu companheiro de equipa, colocando-o fora de pista e fazendo-o cair para o fundo da tabela. Quem se aproveitou disto tudo foi Eddie Irvine, que era agora o primeiro piloto da Ferrari, que ficou na frente e acabou por vencer a corrida, com Coulthard no segundo posto e Hakkinen no terceiro.

O finlandês ainda iria cometer mais erros - o de Monza foi memorável, pois levou-o às lágrimas - mas no final acabou campeão do mundo.


9 - Zeltweg 2000


Um ano depois, foram os pilotos da Prost - ex-Ligier - que foram protagonistas. O francês Jean Alesi e o alemão Nick Heidfeld eliminaram-se um ao outro durante a corrida, para embaraço do seu patrão, Alain Prost.

O incidente aconteceu durante a 41ª volta da corrida, quando Alesi tentou passar Heidfeld para ganhar uma posição no final da reta da meta, mas Heidfeld não cedeu, tornando a colisão inevitável. Ambos acabaram no muro de proteção, mais um ponto baixo aos muitos que a equipa viveu nessa temporada, e que acabaram com ambos sem conseguir qualquer ponto para a equipa. 


10 - Indianápolis 2002


O incidente na pista de Indianápolis teve a ver com os pilotos da Williams de então, o alemão Ralf Schumacher (irmão de Michael) e o colombiano Juan Pablo Montoya.

Este incidente aconteceu logo na partida, quando ambos travaram no final da reta da meta. Montoya fico ao lado de Ralf para o tentar passar, e quando o fez, o alemão ficou bloqueado e foi para a relva, acabando por arrancar a sua asa traseira, perdendo duas voltas no processo.

Depois da corrida, Montoya (que acabou na quarta posição) disse que travou bem tarde naquela curva, mas que dera espaço para o alemão poder continuar, sentindo depois um toque lateral. "Quando vi pelo espelho, vi que era o Ralf", contou.


11 - Istambul 2010


Este incidente entre companheiros de equipa aconteceu com Sebastian Vettel e Mark Webber durante o GP da Turquia de 2010, numa altura em que o piloto alemão rumava ao seu primeiro dos quatro títulos mundiais.

O incidente aconteceu na volta 41 do GP turco, com Mark Webber a controlar tudo desde a pole-position, mas Sebastian Vettel aproximou-se rapidamente do seu companheiro de equipa (e ambos estavam a ser assediados pelos McLaren de Lewis Hamilton e Jenson Button), e nessa volta, ele tentou uma ultrapassagem arriscada na travagem para a curva 12, com péssimas consequências para ambos, pois o alemão virou para a direita demasiado cedo, danificando o seu pneu traseiro direito e acabando por abandonar.

Webber continuou, sem grandes danos no seu carro, mas a corrida caiu ao colo dos McLaren, com Lewis Hamilton a levar a melhor sobre Jenson Button, com Webber na terceira posição. A relação entre ambos deteriorou-se, e este não foi o último incidente entre eles até 2013, altura em que o australiano abandonou a Formula 1 e dedicou-se à Endurance. 


12 - Spa-Francochamps 2014


Desde que Nico Rosberg e Lewis Hamilton estão juntos na Mercedes, ambos os pilotos puderam lutar livremente, desde que não eliminassem um ao outro. Exemplos disso aconteceram no GP do Bahrien, no inicio desse ano, mas em Spa-Francochamps, palco do GP da Bélgica, as coisas deram para o torto logo na primeira curva, quando Nico Rosberg forçou uma ultrapassagem para a liderança na curva Les Combes, mas que acabou mal porque a asa do seu companheiro de equipa furou o pneu traseiro esquerdo do piloto inglês, obrigando-o a ficar para trás na grelha de partida, e depois abandonar a corrida.

Para Nico Rosberg, não ficou assim tanto a rir, pois a sua asa ficou danificada e foi obrigado a trocá-la, terminando no segundo lugar. Quem foi o grande beneficiado disto tudo foi o australiano Daniel Ricciardo, que acabaria por ficar com a liderança da corrida e venceria pela segunda vez naquela temporada, e fez com que a relação entre os pilotos se degradasse, com acusações de parte a parte. Mas isso não impediu de Hamilton ser campeão no final do ano.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O dia a seguir da Red Bull

Bom, a corrida deste fim de semana de Max Verstappen foi o inicio das coisas, mas hoje, Christian Horner praticamente "sepultou" as chances de regresso de Daniil Kvyat à Red Bull com as suas declarações. 

No rescaldo da vitória do holandês, o diretor da Red Bull declarou: “Acho que o regresso de Kvyat é muito pouco provável a curto prazo. Nunca se deve descartar nada. Ele tem um contrato de longa duração e vai continuar a ganhar experiência na Toro Rosso, sem estar sob tanta pressão.

Kvyat, provavelmente frustrado por ver o seu substituto subir ao lugar mais alto do pódio - apesar de ter feito a volta mais rápida da corrida - mantêm-se esperançado num regresso. 

E se eu tivesse vencido a corrida? Nunca vamos saber. Mas sei que o meu potencial é para poder vencer corridas e títulos. Simplesmente, parece que o meu caminho vai ser mais difícil agora. Tenho de ser paciente”, comentou.

A parte chata disso é que, apesar de ter pontuado, ficou atrás de Carlos Sainz Jr, com o espanhol a ser sexto e o russo a ser décimo.

Oito anos depois...


Menos de oito anos separam estas duas capas, mas desta vez, parece que a Autosport não voltou a chamar ao precoce vencedor de "puto maravilha!" Pena...

Doze inacreditáveis auto-eliminações (parte 1)


O GP de Espanha deste domingo, em Barcelona, ficou indelevelmente marcado pela eliminação de ambos os Mercedes logo na primeira volta, deixando para o resto do pelotão a oportunidade de brilhar, com o melhor a ser o jovem holandês Max Verstappen, que aos 18 anos de idade, se tornou no mias jovem vencedor de sempre num Formula 1, e logo na sua primeira corrida na Red Bull!

Contudo, este incidente onde os pilotos da mesma equipa levam a rivalidade até às ultimas consequências, prejudicando-se a si mesmos e à sua equipa, não é uma absoluta novidade na Formula 1. Aliás, nos últimos 40 anos, tem havido vários incidentes onde as aspirações de uma equipa terminam num só incidente, com um a ser eliminado por outro. E isso incluiu o acidente mais famoso da história da Formula 1, bem como mais algumas outras envolvendo campeões do mundo. E também na primeira volta.


Eis doze casos que aconteceram ao longo dos últimos 40 anos, numa matéria que vai ser dividida em duas partes.


1 - Montjuich 1975


Uma das corridas mais polémicas da história do automobilismo, devido às parcas condições de segurança, o GP de Espanha de 1975, o último a disputar no Parc Montjuich, foi também palco de uma incrivel auto-eliminação entre os pilotos da equipa dominante, ou seja, entre os Ferrari de Clay Regazzoni e... Niki Lauda.

No incidente, também houve mais algumas vitimas colaterais, como por exemplo o Parnelli de Mário Andretti, que sofreu um toque do March de Vittorio Brambilla, na confusão da partida. As consequências não foram imediatas, mas aconteceram algumas voltas mais tarde, quando a suspensão do seu carro cedeu, não sem ter feito a volta mais rápida. Quanto aos Ferrari, nenhum deles prosseguiu, mas não estragou a amizade entre eles, nem a caminhada de Lauda para o título mundial. 


2 - Mónaco 1980


Largar no Mónaco é sempre um procedimento complicado, e muitas das vezes, as corridas acabam na primeira curva para muita gente. E em 1980, a primeira curva foi nefasta para alguns pilotos, entre eles... os Tyrrell de Derek Daly e Jean-Pierre Jarier.

Na largada, o piloto irlandês falhou completamente a travagem e subiu para cima do Alfa Romeo de Bruno Giacomelli, levando consigo o McLaren de Alain Prost... e o outro Tyrrell de Jean-Pierre Jarier. O acidente eliminou esses quatro carros logo na curva de Ste. Devote, mas não causou feridos em particular. Apenas uma noite sem parar dos mecânicos para fazer os devidos reparos...


3 - Adelaide 1985


A última prova do campeonato de 1985 era uma estreia: o GP da Austrália, corrido nas ruas de Adelaide. Uma prova de atrito, vencida por Keke Rosberg, na terceira vitória consecutiva para os Williams-Honda, que começavam a mostrar o potencial que iriam largar no ano seguinte. A acompanhar estavam os Ligier-Renault de Jacques Laffite e Philippe Streiff.

Mas isso esteve muito perto de não acontecer. Na penultima volta, Streiff tentou uma manobra arriscada para passar o seu companheiro de equipa e chegar o mais à frente em termos de corrida. A manobra, que aconteceu no gancho, correu mal para ambos os pilotos, que acabaram com um pneu furado no caso de Laffite, e um braço da suspensão no caso de Streiff, mas ambos acabaram a corrida e conseguiram juntos dez pontos para a equipa de Guy Ligier. Mas Streiff (que conseguiu ali o seu único pódio da sua carreira) foi despedido da equipa francesa e foi correr no ano seguinte para a Tyrrell.


4 - Suzuka 1989


Primeira parte da "III Guerra Mundial", como chamam alguns dos entendidos. Em 1989, o duelo entre Ayrton Senna e Alain Prost tinha começado quando - alegadamente - o brasileiro não cumpriu um pacto com o francês sobre quem ficaria na frente naquela corrida. A partir dali, foi um duelo sem tréguas pelo comando do campeonato, favorável ao francês graças aos problemas mecânicos do brasileiro.

Mas na parte final do campeonato, Senna tentava recuperar alguma coisa, apesar de ter sido tocado por Nigel Mansell no GP de Portugal. O brasileiro ganhara em Jerez e precisava de vencer nas duas corridas que faltavam para ter uma chance de campeonato. Senna fizera a pole. mas Prost largou melhor na partida, ficando com o comando até que na volta 43, ao chegar à chicane, Senna tenta uma manobra de ultrapassagem, com o francês a "trancá-lo". Ele abandonou imediatamente o carro, mas Senna ficou dentro, voltando à corrida através da chicane, o que resultou depois na sua desclassificação.

Prost ficou com o campeonato, mas no ano seguinte, quando ambos voltaram a enfrentar-se na primeira curva da primeira volta, Prost já era da Ferrari e Senna estava ainda na McLaren.


5 - Monza 1993


Não é bem uma auto-eliminação, porque quando aconteceu, eles estavam a passar pela bandeira de xadrez, logo, contou o resultado, mas não poderemos deixar de referir o bizarro incidente entre Christian Fittipaldi de Pierluigi Martini nos metros finais do GP de Itália de 1993, ambos num Minardi. O sobrinho de Emerson Fittipaldi lutava pelo sétimo posto (que na altura não contava para os pontos) com o italiano Pierluigi Martini quando na reta da meta, ambos se desentenderam na trajetória e o carro do piloto brasileiro decidiu dar uma cambalhota no ar, perante o espanto de todos.

Felizmente, o Minardi caiu "de pé" e o brasileiro escapou incólume de um acidente que poderia ter acabado bem pior. Mas tem uma excelente história para contar aos netos!


6 - Mónaco 1995


Quinze anos depois da manobra que eliminou os Tyrrell, o Mónaco foi palco de mais confusão em Ste. Devôte, onde entre os eliminados estavam membros da mesma equipa. Na partida, Michael Schumacher e Damon Hill seguiram em frente, mas atrás, David Coulthard teve problemas e sofreu um toque que eliminou os Ferrari de Gerhard Berger e Jean Alesi, fazendo com que a corrida fosse interrompida.

Na realidade, o toque aconteceu porque o escocês estava a ser apertado pelos Ferrari naquela zona, e acelerou para se desembaraçar deles. Mas Alesi tocou na traseira do Williams, e este tocou no carro de Berger. No meio da confusão, os Ferrari também se tocaram um no outro. 

Contudo, os três pilotos tiveram sorte. A corrida ficou interrompida e cada um deles foi para os seus carros de reserva. Berger chegou ao fim no terceiro posto, enquanto que Alesi e Coulthard acabaram por desistir. 

Mas o azar entre pilotos da Ferrari não acabou só ali. Meses depois, noutra pista mítica do campeonato...


(continua amanhã)

domingo, 15 de maio de 2016

CNV/TCR Portugal: Carvalho e Batista venceram em Braga

Francisco Carvalho e Nuno Batista voltaram a vencer em Braga e alargaram a sua liderança na jornada inaugural do campeonato nacional de velocidade, após a jornada deste domingo. Os pilotos do Seat Leon TCR da Veloso Motorsport levaram a melhor, beneficiando até da penalização de 30 segundos por parte de Francisco Mora na primeira corrida deste domingo, após um toque no Honda Civic de José Rodrigues.

Nuno Batista herdou a vitória, com José Rodrigues no segundo posto, e José Cabral ficou com o lugar mais baixo do pódio, com o Seat Leon da Baporo, na frente do outro Seat Leon de César Machado. José Correia, na classe TCC, foi o melhor, na sétima posição, depois de ver Luís Carneiro a cumprir um "drive-through", após um toque no carro de Gustavo Moura.

Na segunda prova do dia, Francisco Mora fez uma má partida e foi passado por Francisco Carvalho, mas na terceira volta, Mora recuperou o comando. Parecia que ele iria vencer a corrida, mas a duas voltas do fim, um furo no radiador causou danos irreparáveis e acabou por se encostar às boxes, dando a vitória à Carvalho.

Rafael Lobato fico no segundo posto, a meio segundo, depois de uma luta até ao fim pelo comando, com Manuel Gião a subir ao lugar mais baixo do pódio e José Rodrigues foi o quarto e António Cabral o quinto. Tiago Ribeiro foi o sexto e o melhor dos TCC. 

No campeonato, após as jornadas de sábado e domingo, Francisco Carvalho e Nuno Batista lideram com 95 pontos, seguidos por Francisco Abreu e Manuel Gião, com 68. A próxima jornada do CNV acontecera a 26 de junho, em Vila Real.

Formula 1 2016 - Ronda 5, Espanha (Corrida)

Depois dos eventos do dia anterior, confesso que, antes da corrida desta tarde, apesar de (julgar) saber de cor qual seria o resultado final, tinha sempre aquela curiosidade de saber como se comportaria Max Verstappen ao volante de um carro melhor daquele que guiava antes. Se Daniil Kvyat conseguia ir ao pódio com ele, o que faria o holandês, filho de Jos? Antes da corrida, passou pela cabeça aquelas arrancadas-canhão que fazia Gilles Villeneuve, quase 40 anos antes, quando queimava borracha no seu lugar na volta de aquecimento, para depois passar cinco carros na partida, num tempo onde o controlo de tração eletrónico era algo de ficção cientifica...

Eu não cria (de crer) que os Mercedes fossem surpreendidos na partida por um jovem rapaz de 18 anos. Mas falamos de uma personagem que em 2013, ele ainda andava no kart... enfim, podem ver qual era a minha expectativa na corrida, não é? E se concretizasse, seria mais uma maneira de Helmut Marko calar os seus críticos, mostrando que quando têm um talento nas suas mãos, fazem o impossível para o ter no lugar devido, e quem estava lá antes... "temos pena".

Contudo, os acontecimentos na Curva 3 na primeira volta do GP de Espanha... confesso que nem nos sonhos dos mais loucos poderia imaginar tal coisa. Depois de uma partida onde Nico Rosberg começou a superar Lewis Hamilton, o inglês tentou apanhar o alemão, mas uma manobra do filho de Keke Rosberg colocou o seu companheiro de equipa na relva, e na reação, tocou no carro do seu companheiro de equipa e ambos acabaram... na gravilha! A manobra do ano, com toda a certeza, e uma daquelas que entra na história deste grande prémio e da Formula 1. Minutos depois, Niki Lauda disse na televisão que a culpa foi de Hamilton.

Claro, com os Mercedes eliminados, começava o "bodo aos pobres". Os Red Bull de Daniel Ricciardo e Max Verstappen estavam na frente, e Carlos Sainz Jr era o terceiro, na frente dos Ferrari de Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen. E foi assim que a corrida recomeçou. Os Ferrari passaram rapidamente Sainz Jr e foram à caça dos Red Bull.

Mas voltas seguintes, houve as atenções divididas por dois lados: na pista e no paddock. Enquanto que Daniel Ricciardo controlava Max Verstappen, e este controlava Sebastian Vettel, nos bastidores, via-se a cúpula da Mercedes no motorhome da equipa, falando com os pilotos, puxando as orelhas de ambos pelo acidente desnecessário. Por volta da volta 22, Vettel apanhou ambos os Red Bull, mas não os conseguia ultrapassar. Tempos depois, Toto Wolff saiu do "motorhome" dizendo que não poderia determinar uma culpa entre ambos, antes de ouvir o que os comissários têm a dizer. E nessa altura, eles queriam investigar o incidente e determinar sanções no final dessa corrida.

Mas tirando as paragens de pneus, o pelotão estava estável na pista. Aborrecidamente estável... excepto a desistência de Nico Hulkenberg, quando o seu motor explodiu.

Contudo, por volta da volta 33, parecia que a Red Bull tinha duas estratégias diferentes. Verstappen iria ficar mais tempo na pista, com menos uma paragem, enquanto que Ricciardo iria fazer três paragens, como quase toda a gente. O holandês ficaria na frente, é certo, mas não se sabia se isso iria compensar no final. O holandês parou nas boxes na volta 35, algumas voltas depois de Ricciardo, e atrás dos Ferrari de Kimi e Seb, enquanto que o alemão da Ferrari parou três voltas depois.

Na parte final, Verstappen era o líder, e tinha de lidar com os ataques de Kimi Raikkonen, que aguentava com estoicidade. Ali, viam-se duas gerações e duas equipas que lutavam para esta rara ocasião de ser o melhor, na ausência dos Mercedes. E a diferença entre o filho de Jos e Kimi era de... 17 anos. Quem diria! Atrás, Vettel defendia-se dos ataques de Ricciardo pelo lugar mais baixo do pódio. Mas a duas voltas do fim, o pneu traseiro esquerdo de Daniel Ricciardo rebentou, e perdeu o seu quarto posto.

E na frente... fazia-se história. Max Verstappen conseguia vencer logo na sua primeira corrida pela Red Bull, e tornou-se também no piloto mais novo de sempre a vencer um Grande Prémio de Formula 1, aguentando os ataques de Kimi Raikkonen e mostrar que os pneus médios, neste circuito, davam-se muito bem em "stints" mais longos. Sebastian Vettel ficou com o lugar mais baixo do pódio e Daniel Ricciardo, mesmo com o furo, ficou com o quarto posto, na frente de Valtteri Bottas e Carlos Sainz Jr, que conseguia ali o seu melhor resultado de sempre até então. E Daniil Kvyat, que tinha sido substituido na corrida anterior, ainda conseguiu pontuar, na décima posição.

No pódio, comemorava-se história, com o homem mais feliz do fim de semana presente: Helmut Marko, mandando (figurativamente) os seus sinais de "chupa. mundo!" a quem quisesse vê-lo. Mas para que ele chegasse ao topo do mundo, teve a ajuda dos Mercedes, que com o seu desastre da primeira volta, permitiu esta tarde memorável de primavera em paragens catalãs.

E agora, teremos um clássico à nossa espera: Mónaco!