sábado, 18 de novembro de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 21, Las Vegas (Qualificação)


E por fim, chegamos à corrida mais aguardada do ano. Pelo menos é o que as pessoas da Liberty Media querem fazer passar. A terceira corrida em terras americanas é a primeira em 41 anos onde tivemos três corridas no calendário, curiosamente, o último ano em que tivemos uma corrida... em Las Vegas, onde por fim, tivemos o sonho molhado de Bernie Ecclestone a concretizar-se - ele que, no alto dos seus 93 anos, decidiu... renegar o produto. Ele é assim.

Mas se Austin é uma coisa e Miami outra, Las Vegas é especial. É uma aposta pessoal da Liberty Media, gastaram até 450 milhões de dólares no produto, queram ganhar cerca de mil milhões de dólares com isto, mas... estamos na sexta-feira à noite e está tudo a correr mal. Os pilotos estão enfadados - os títulos foram entregues, estão a cumprir calendário e não estão a ter um bom período de sono há uns tempos - e para piorar as coisas, o circuito não está a ser gostado por eles e no primeiro treino livre, uma tampa de água atingiu o Ferrari de Carlos Sainz Jr, destruindo o carro - até o assento do piloto ficou danificado! - mostrando que foram negligentes em relação a essa parte da segurança. Por causa disso, o segundo treino livre aconteceu às duas da manhã de sexta-feira... e sem espectadores. Os que pagaram 200 dólares para verem isso tiveram seguranças a enxotá-los das bancadas. E ficaram seis horas ao frio para verem quase nada! 

Claro, o luminoso balão do fracasso agora paira no ar. Já não bastava o ar frio do deserto, agora, todos estes problemas e polémicas só adicionam pirotecnia num "cocktail" potencialmente explosivo. E a resposta da Liberty Media às queixas dos espectadores é um "shit happens", com um voucher de 200 dólares. Juro que não estou a inventar, está no comunicado oficial!

Eis a América no seu pior, a terra da ganância. 

Uma coisa boa na qualificação noturna: a temperatura estará mais amena, entre os 15 e os 17ºC, logo, os pneus portar-se-ão melhor, ou seja, aquecerão mais rapidamente. Pelo menos uma boa noticia no meio das más. 

Com o Q1 a arrancar, a horas,  Kevin Magnussen foi o primeiro a andar de verdade e marcar uma volta digna desse nome. Mas logo a seguir surgiram os primeiros nomes de relevo: . Max Verstappen colocou 1.34,987 na tabela para abrir os trabalhos da Red Bull, antes de Charles Leclerc confirmar o andamento nos treinos livres: 1.34,072. Carlos Sainz era sete décimos mais lento.


Na segunda passagem pela pista, os carrinhos de Maranello lutaram entre si para saber quem se sairiam melhor, mas o monegasco conseguiu 1.33,617 contra 1.33,851 do espanhol que, recorde-se, será penalizado em 10 lugares.

No final, as surpresas entre os eliminados. Lando Norris e Oscar Piastri foram eliminados, fazendo companhia ao Alpine de Esteban Ocon, o Sauber-Alfa de Guanyou Zhou e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda.

Poucos minutos depois, passou-se à Q2. Demorou algum tempo entre a lux verde e os primeiros tempos, com os tempos mais rápidos, mas Sergio Pérez era dos poucos pilotos a iniciar o segundo segmento com pneus novos macios, e conseguiu um tempo... um milésimo mais rápido que Leclerc. Fernando Alonso reagiu, também com um jogo novo de pneus e registou 1.33,880, deixando o mexicano da Red Bull a 85 milésimos.

Com a passagem dos carros, a pista começou a melhorar e os tempos começaram a baixar. Os Ferrari aproveitaram e voltaram a registar tempos ainda melhores: Leclerc conseguiu o registo de 1.32,834, enquanto Sainz ficou a 504 centésimos do seu companheiro de equipa. Nesta altura, Verstappen ficou a 773 centésimos do piloto monegasco. 

Na parte final, os tempos começaram a cair tão rapidamente que "Checo" Pérez, parado nas boxes, ficava de fora dos 10 primeiros, queixando-se de ter parado cedo demais. Mas não foi a única surpresa: Lewis Hamilton sempre andou discreto e acabou de fora, na 11ª posição, atrás do Sauber-Alfa de Bottas. Nico Hulkenberg, Lamce Stroll e Daniel Ricciardo faziam-lhes companhia. 

E agora, era a Q3, a parte final da qualificação.


Na primeira parte, Leclerc marcou 1.33,021 e ficou na frente da tabela de tempos, na frente de Sainz, que conseguira um tempo na frente de Verstappen, como na Q2. Montado nos seus pneus moles e esperando pelo que a concorrência fazia, dentro da garagem, Leclerc saiu para as boxes rumo à sua volta final, marcando um bom tempo:  1min32s726, com Sainz a ser somente 44 centésimos pior. Mas quando todos esperavam por Max... este recolheu às boxes, abdicando da volta e ficando em terceiro. Afinal de contas, Sainz Jr iria cumprir uma penalização.  

Mas o mais surpreendente aconteceria atrás: se Russell era quarto, os Williams conseguiam melhor, com Alex Albon e Logan Sargent a serem quinto e sexto - o americano com a sua melhor posição da grelha de sempre - na frente de Pierre Gasly, quarto no seu Alpine. Bottas foi sétimo, na frente de Kevin Magnussen e Fernando Alonso. 

E definitivamente, foi uma qualificação muito normal para toda a agitação que aconteceu mais atrás. Resta esperar e torcer que a corrida seja tão agradável como a qualificação, porque senão...   

WRC 2023 - Rali do Japão (Dia 2)


Elfyn Evans parece marchar rumo ao triunfo no rali do Japão, com uma vantagem de 1.15,0 sobre Sebastien Ogier, com Kalle Rovanpera no terceiro posto, a 1.40,6, todos Toyotas e bem distantes de Esapekka Lappi, quarto a 3.09,3 e o melhor dos Hyundai.  

Com passagens duplas por Nukata Forest, Lago Mikawako, mais duas passagens pela super-especial de Okazaki e uma passagem simples por Shinshiro, antes de terminar na super-espcial de Toyota City, pela terceira ocasião, o ia começou com Thierry Neuville ao ataque, ganhando na primeira especial do dia, com uma vantagem de oito segundos sobre Sebastien Ogier e Katsuta Takamoto. O japonês atacou na especial seguinte, ganhando 1,1 segundos a Thierry Neuville e 2,1 sobre Ott Tanak, determinado a ganhar posições depois do acidente de ontem.

"O objetivo é forçar o máximo que puder. Preciso tentar alcançar EP [Esapekka Lappi], não sei se é possível. [O asfalto] está muito escorregadio nessa etapa, especialmente agora com os pneus slicks.", disse o japonês da Toyota.

Evans ganhou na primeira passagem por Okazaki, 0,2 segundos na frente de Tanak e 0,4 sobre Neuville, e repetiu na segunda passagem, que fechava a manhã. Dessa vez, ficou a 0,9 de Tanak e 1,2 sobre Sebastien Ogier. 

No final da manhã, o galês da Toyota estava feliz: 

"Estou feliz com a minha [performance na] superespecial, e isso não é algo que posso dizer com frequência. Não tenho ideia da escolha de pneus para a tarde.", afirmou.

Takamoto começou a tarde a ganhar na segunda passagem por Nukata Forest, 2,8 segundos na frente de Ogier e 4,2 sobre Tanak. Prosseguiu a vitória na segunda passagem pelo Lago Mikawako, 0,8 segundos na frente de Neuville e 2,7 sobre Tanak, numa passagem onde Heiki Kovalainen teve problemas com a transmissão do seu Skoda e teve de parar. Acabou por triunfar na segunda passagem pos Shinshiro, 0,4 sobre Rovanpera e 1,4 segundos sobre Ewans. Por causa destas vitórias, Katsuta Takamoto conseguiu recuperar até ao sexto lugar, com os seus olhos em Tanak, não muito longe: 13,8 segundos.

"Gostei muito da especial. É muito veloz. Mas há pinheiros e agulhas na estrada. Não é tão fácil.", disse.

No final do dia, Lappi ganhou na terceira passagem pela superespecial da Toyota Stadium, 1,5 segundos na frente de Tanak e 2,1 sobre Neuville.

Depois dos quatro primeiros, está-se a ver uma batalha entre Ott Tanak e Katsuta Takamoto pelo quinto posto, com o piloto da Ford a aguentar as investidas do piloto japonês. Mas o estónio está a 3.35,2, contra os 3.50,3 do piloto japonês. Sétimo é Andreas Mikkelsen, o melhor dos Rally2, a 5.11,3, também num duelo com o Ford de Gegoire Munster, a 5.19,6. E a fechar o "top ten" estão o Skoda do russo Nikolay Gryazin, a 5.54,6, e do polaco Kajetan Kajetanowicz, a 12.51,6.

O rali do Japão termina na manhã deste domingo.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

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Ontem, Max Verstappen meteu a boca no trombone sobre o facto da organização os tratar como "palhaços" e eles estarem mais preocupados com o espetáculo que a corrida em si. Hoje, parece que estamos a ver as consequências. No final do primeiro treino livre, o Ferrari de Carlos Sainz Jr sofreu danos significativos no seu carro por causa de... uma tampa de esgoto que não foi selado. Pior: depois do treino, foram ver que existiam, não um, nem dois, mas sim... 30 tampas de esgoto por selar. Verdadeiros misseis para os carros e as pessoas. 

Claro, Fred Vasseur ficou furioso com o que aconteceu. E aparentemente, a Ferrari terá de pagar a penalização, mesmo que a culpa não tenha sido deles, mas sim da organização. 

Danificou o chassis, o motor e a bateria. É inaceitável. Isso já nos custou uma fortuna, fo*** o treino do Carlos. Não estaremos no segundo treino. Isso é inaceitável para a Formula 1 de hoje”, disparou. E o paddock não está furioso só com o que aconteceu com o piloto espanhol, ou as tampas de esgoto que terão de ser coladas com cimento de secagem rápida, que por causa disso, viu o TL2 ser cancelado e dar ao TL3 cerca de 90 minutos de duração para ter a adaptação possível a uma pista que em 90 por cento do seu percurso é feito em ruas que tem de ser abertas no final dos Formula 1 a passar. 

Cristian Horner, o diretor desportivo da Red Bull, já exigiu segurança na pista. “Eles vão ter de verificar todas as tampas para se certificarem de que é seguro correr”, disse Horner à Sky Sports F1 após o TL1. “Estes carros atingem uma velocidade tão elevada e tão perto do chão. Só temos de nos certificar de que é seguro. Temos de ser flexíveis. É uma grande pena para os fãs que vieram ver os carros a correr, mas a segurança está em primeiro lugar. Só temos de fazer as coisas bem e esperamos que não demore muito tempo. Poderemos prolongar o tempo do TL3 ou algo do género. Acho que eles vão resolver o problema, quer dizer, vamos estar aqui toda a noite!”, concluiu.

E as bancadas estão vazias. Por causa disso, a Fórmula 1 já divulgou um comunicado oficial afirmando que continua “focada em proporcionar a melhor experiência para os fãs”, mas como o TL3 acontecerá pelas duas da manhã locais, a organização já disse que as bancadas terão de ser fechadas. Sim: a sessão acontecerá sem espectadores. 

E eles, claro, não ficaram calados. Um deles escreveu isto, esta sexta-feira, num grupo de discussão na rede social Reddit:

"Tenho de desabafar a minha frustração como alguém que ficou sentado numa bancada gelada por seis horas esta noite [de quinta-feira], apenas para ser expulso logo antes do inicio do segundo treino livre. Sou fã da Formula 1 há 20 anos, já participei em corridas em três continentes e cresci com o automobilismo enraizado em mim desde a infância. Passei o meu tempo na escola desenhando versões da pista que poderiam correr na Strip. Ver aqueles carros na pista esta noite deveria ser a realização de um sonho. Em vez disso, a Formula 1 decide cuspir na cara de todos em Las Vegas."

E prossegue:

"Fato pouco conhecido: Las Vegas é uma cidade totalmente diversificada. Temos uma população vinda de todo o mundo e grandes grupos de Formula 1. Muitos desses fãs, eu incluído, são de grupos hardcore, e estavam lá nesta noite. Porquê? O bilhete de 200 dólares + taxas, apenas para esta quinta-feira era o único que poderíamos pagar com responsabilidade. [Porquê? Com] esse tipo de dinheiro daria um fim de semana inteiro em Melbourne, na Curva 1, pelo amor de Deus.

E prossegue, praticamente demolindo a Formula 1 e a Liberty Media pelos preços obscenos que estão a praticar. Apesar do desconto de 60 por cento que tem acontecido desde há uma 10 dias para cá. E claro, falando do pesadelo logístico que tem sido ter as máquinas da Formula 1 a construir algumas coisas ali perto no último ano. Temo o pior em relação ao público nas bancadas. 

Eu não desejo ser profeta em casa própria, mas quem leu por aqui nestes últimos dias o passado de Vegas no automobilismo, sabe que quase nunca deu certo. Tem o "cómico" - circuitos em parques de estacionamento de casinos - e o trágico - o superspeedway de 2011 e a corrida que acabou na volta 12 com um "big one" e a morte de Dan Wheldon - mas ao ler os eventos de hoje, as queixas de ontem do Max e as do George Russell, umas horas antes, queixando-se que não tem andado a dormir por causa da atmosfera de permanente festa na cidade das muitas luzes, ter agora 30 tampas de esgoto que não foram coladas, o adiamento de sessões de tempos livres para fazer as reparações apressadas para que não voem mais e atinjam carros como o do Carlos Sainz Jr. 

Como já li algures por aí: se é um tiro no pé, é de canhão. Será que é de 120 milímetros? E já agora, outra coisa: se exigem aos circuitos permanentes Grau 1 da FIA, como é que uma pista de rua, que tem de ser aberta durante algumas horas para permitir a circulação de automóveis, porque a organização queria ver os carros de Formula 1 na  Las Vegas Strip, permite que haja uma coisa destas? Mas existem dois pesos e duas medidas?     

Nisso dou razão ao Nelson Piquet Sr: os espectadores querem ver o circo pegar fogo. Mas não somos nós que estamos com o isqueiro na mão. São eles. 

Falta dia e meio para a corrida. E lembro-vos: estão previstos 6ºC na noite de sábado.

WRC 2023 - Rali do Japão (Dia 1)


Elfyn Evans lidera com folga o primeiro dia do rali do Japão, com uma vantagem de 1.49,9 segundos sobre Sebastien Ogier. O piloto galês está a liderar a armada Toyota, que colocou os seus pilotos nos três primeiros postos do rali, com Kalle Rovanpera, agora campeão do mundo, no terceiro posto, a 2.06,6. tudo num dia onde a quarta especial foi cancelada por razões de segurança. 

Depois da primeira especial, na noite de quinta-feira, onde Thierry Neuville foi o mais rápido, batendo a armada Toyota por 3,1 segundos - o melhor foi Katsuta Takamoto, apenas quinto! - o dia começou com as passagens duplas por Isegami's Tunnel, Inabu Dam e Shitara Town, onde Evans passou ao ataque, ganhando as primeiras duas especiais do dia, dando "abadas" à concorrência. Se em Isegami's Tunnel, Ogier ficou a quatro segundos, o terceiro classificado, Thierry Neuville, ficou... a 20,8. E tudo numa especial onde Adrien Formaux e Dani Sordo desistiram, vitimas de acidente... na mesma curva. 


Kalle Rovanpera queixou-se: "São das condições mais difíceis que já vi, [o rali da] Europa Central não era nada parecido com isto. Com certeza alguém terá alguns problemas hoje. Não é fácil ser o primeiro na estrada."

A quarta especial foi cancelada devido às condições atmosféricas, e na parte da tarde, com a segunda passagem pelas especiais, com Katsuta Takamoto a ser o melhor na segunda passagem, com 3,3 segundos de vantagem sobre Thierry Neuville. Sebastien Ogier bateu contra o guard-rail, mas prosseguiu. O japonês voltou a ganhar na sexta especial, a segunda passagem por Inabu Dam, 0,3 segundos na frente de Elfyn Evans e 4,7 sobre Sebastien Ogier. E ele voltou a ganhar na segunda passagem por Shitara Town, 1,1 segundos na frente de Evans e 7,6 sobre Ogier. 

O dia acabou com a super-especial na Toyota Stadium, onde Esapekka Lappi foi o melhor, um segundo na frente de Sebastien Ogier e Katsuta Takamoto. 

Depois dos três primeiros, o mais surpreendente é o quarto posto de Andreas Mikkelsen, no seu Skoda Fabia Rally2, a 3.00,2, na frente de Gregoire Munster, a 3.05,0, no Ford Fiesta Rally2. Nikolay Gryazin é o sexto, a 3.29,6, mas não muito longe está Esapekka Lappi, sétimo, a 3.44,3. Ott Tanak é o oitavo, a 4.42,8, na frente de Katusta Takamoto, a 5.07,9, e do Skoda Fabia Rally2 de Heiki Kovalainen, a 5.56,0.

O rali do Japão prossegue neste sábado, com a realização de mais oito especiais.   

Youtube Formula 1 Vídeo: Os problemas do GP de Las Vegas

Falta um dia e meio para o GP de Las Vegas e, como afirmam os americanos, está a ser um "shitshow" (falo com mais calma num post que publicarei mais tarde). Mas hoje, ainda com o acidente do Carlos Sainz Jr ainda muito fresco na memória, o Josh Revell colocou o seu vídeo semanal a falar dos problemas que esta cidade tem com o automobilismo, e... sejamos honestos: não antevejo um sucesso. 

Poderemos afirmar que são coisas típicas de uma corrida que se estreia no calendário e tal, mas... quando os pilotos queixam-se que há demasiado espetáculo, os bilhetes estão a ser vendidos de forma demasiado cara para os espectadores, e a corrida acontece num noite muito fria de novembro - num sábado à noite, o que fará a primeira corrida sem ser ao domingo em 38 anos... não creio que acabe numa maravilha.  

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

As criticas de Max Verstappen


O enorme "hype" sobre Las Vegas já começa a fazer subir a mostarda a algumas pessoas, aparentemente enjoadas de tanta promoção sobre uma corrida do qual muitos não tem grandes expectativas, desde o tempo - prevê-se baixas temperaturas no final de semana - até a má reputação histórica do automobilismo na "Sin City", a maior cidade do estado do Nevada. 

E nas vésperas do Grande Prémio, Max Verstappen não perdoou todo este "hype", atacando a corrida, afirmando que desportivamente, pouco vale, e só estão ali pelo espetáculo e pelas luzes dos casinos. "99 por cento é show e um por cento desporto", começou por falar o tricampeão neerlandês acerca do evento do próximo fim-de-semana. 

Depois, o piloto da Red Bull afirmou que não quer saber de todo o espetáculo em redor do evento, preferindo centrar-se naquilo que realmente interessa para si. 

"Não tenho muitas emoções para ser honesto, só quero focar-me na performance, não gosto de todas as coisas que estão à volta, sei que fazem parte, mas não é do meu interesse. A pista não é muito interessante, e eu só quero fazer o melhor que posso - não há problema - mas não é realmente o que me importa. Se eu gosto ou não, não depende de mim, mas não vou fingir. Eu apenas expressei a minha opinião sobre coisas positivas e negativas, e é assim que eu sou. Algumas pessoas gostam um pouco mais de espetáculo, eu não gosto nada. Cresci só a olhar para o lado da performance, e é assim que vejo as coisas. Gosto de estar em Vegas - mas não tanto para as corridas”.

E sobre certas coisas que a organização pretende fazer, como a cerimónia de apresentação, o tricampeão do mundo é contundente: ”Para mim, você pode saltar todos este tipo de coisas. É só ficar ali, parecemos uns palhaços", concluiu.

Por muito que Max tenha razão neste assunto, e a sua autoridade como o melhor piloto do pelotão atual do campeonato pode afirmar tal coisa, a realidade é que Vegas é - e sempre foi - "showbizz". E os pilotos são, de uma certa forma, gladiadores, do qual os espectadores pagaram bilhete para darem espetáculo. E claro, entendo as criticas de Max: muitos de nós não estão aqui pelo barulho, é pela tecnologia e a velocidade. E sempre existirá esse dilema.

Agora resta saber como as coisas acontecerão neste final de semana na capital do jogo. Afinal, os dados estão lançados.   

CPR: Calendário sem alterações para 2024


A FPAK anunciou nesta quinta-feira que o calendário de ralis de 2024 não sofrerá alterações. Isto, depois das polémicas sobre o rali dos Açores e da má reação da organização às criticas que a entidade liderada por Ni Amorim fez sobre a prova açoriana, que já não está mais, quer na versão nacional, quer na versão europeia.

No final, serão oito os ralis, e começarão em meados de fevereiro em Fafe, e acabarão no inicio de outubro na Marinha Grande, no Rali Vidreiro. 

O campeonato será dividido entre duas fases, começando com os de terra, primeiro em Fafe, continuando com o rali do Algarve, da Aboboreira e, a fechar, no inicio de maio, com o Rali de Portugal. A fase de asfalto do CPR continuará a ter Castelo Branco como ponto de partida, para depois rumar à Madeira, no inicio de agosto, continuando em setembro com o Rali D’Água Transibérico Chaves-Verin, e para finalizar, o rali Vidreiro.

Eis o calendário completo:


23/24 fevereiro – Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto (Demoporto

15/16 março – Rali Casinos do Algarve (C.A. Algarve

26/27 abril – Rali Terras D’Aboboreira (C.A. Amarante

9/12 maio – Rali de Portugal (Automóvel Clube de Portugal

21/22 junho – Rali de Castelo Branco (Escuderia C. Branco

1/3 agosto – Rali Vinho da Madeira (Club Sports Madeira

13/14 setembro – Rali D’Água Transibérico Chaves-Verin (Clube Aventura Minho

11//12 outubro – Rali Vidreiro (C.A. Marinha Grande)

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Youtube Formula 1 Video: Como foi construída a pista de Las Vegas

Nas vésperas do primeiro Grande Prémio na capital do jogo em 41 anos, o canal do Youtube B1M, dedicado aos projetos de engenharia, mostra como foi construído o paddock do circuito de Las Vegas, o único edifício permanente na pista maioritariamente citadina, numa corrida que será disputada num sábado à noite. 

terça-feira, 14 de novembro de 2023

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Adelaide, quando era o lugar onde a Formula 1 encerrava as suas atividades, era um lugar divertido e descontraído quando as decisões nos campeonatos estavam feitos. E em 1988, não era excepção.

Mas nesse ano, o GP da Austrália, em Adelaide, tinha um significado simbólico. Sendo a última corrida do ano, era também a última da era turbo, onde a partir da corrida seguinte, eles seriam trocados poe uma era onde os aspirados dominariam, com motores de 8, 10 ou 12 cilindros. E já se esperava imensa gente na grelha de partida.

E claro, esperava-se que em 1989, não acontecesse o domínio que a McLaren estava a ter nesta temporada. Em 15 corridas, tinham ganho 14, e estiveram a uma volta de ganhar todas as corridas desse campeonato. E esperava-se que iriam ganhar a corrida australiana, pois a primeira linha era para os McLaren, com Ayrton Senna e Alain Prost.

Mas a grande história dessa corrida não foi Senna ou Prost. Foi Gerhard Berger

Nesse GP australiano, a Scuderia decidiu fazer uma gracinha uma temporada que não foi muito boa, ainda por cima, o Commendatore tinha morrido no verão. A vitória em Itália, embora celebrada com dobradinha, não foi mais que um milagre. E agora, nos antípodas, queriam outro. Apesar de largar de quarto, atrás dos McLarens e do Williams de Nigel Mansell, na sua última corrida pela equipa antes de ir para a... Ferrari, o austríaco largou bem, passando Mansell e ficando atrás de Senna, na luta pelo segundo lugar. Em contraste, Michele Alboreto, na sua última corrida pela Scuderia, andava poucos metros por causa de uma colisão com o Dallara de Alex Caffi.

Berger começou a cavalgar, e na 13ª volta, apanhava Prost e passava-o. E a partir dali, começou a afastar-se do francês, ganhando tempo. Parecia que poderia haver mais. Mas era a última corrida do ano, já tudo estava decidido, pilotos e construtores, é só para a honra e glória. 

Contudo, na volta 23, Berger apanhava o Ligier de René Arnoux, prestes a levar com uma volta. O piloto francês, já a caminho dos 40 anos, tinha fama de não facilitar a vida a ninguém, e tinha-se tornado numa chicane móvel. No final da reta Brabham, Berger preparava para dar uma volta ao francês, e as bandeiras azuis já tinham sido mostradas. 

Quando ambos ficaram lado a lado... colidiram. O pneu frente esquerdo tocou no traseiro direito do Ligier e ambos abandonaram, com o Ferrari a sofrer danos na sua suspensão.

Anos depois, Berger contou outra história: na realidade, o carro tinha ficado leve, sem combustível para ir até ao fim - aquele motor era beberrão - e para evitar a inevitável desistência, tinha de se arranjar algo mais... plausível. E com Berger a saber o que se passava, tinha de arranjar um bode expiatório. E quando viu Arnoux na sua frente, foi uma questão de oportunidade. 

Cheguei a dois carros atrasados, e o que estava mais à frente era o Ligier azul de René Arnoux. Era perfeito, pois Arnoux era um dos pilotos mais inoportunos, do tipo que nunca olhava nos retrovisores e estava sempre no caminho de alguém. Assim, passei pelo primeiro carro e por Arnoux também, numa só manobra um tanto ambiciosa em que o pneu traseiro do Ligier entrou em minha frente, uma pequena batida, acabou, finito.

A primeira era Turbo acabava há 35 anos. 

Noticias: Lia Block é piloto de desenvolvimento da Williams


Apesar da sua juventude, Lia Block, filha de Ken Block, já começava a ser preparada para ser piloto em pleno direito. Mesmo com 15 anos, o pai tinha dado um Audi Quattro para começar a praticar a sua paixão pelo automobilismo, quer nos ralis, quer nos "dirt tracks". E mesmo num ano difícil como 2023, marcado pelo acidente mortal do seu pai, Lia continuou a deixar a sua marca, nos ralis e principalmente, no Pikes Peak. 

Contudo, esta terça-feira, a Williams anunciou que ela, agora com 17 anos, integrará o programa de jovens pilotos da Williams e representará as cores da equipa na F1 Academy em 2024. Na próxima temporada, Lia Block correrá na ART Grand Prix na sua primeira campanha a tempo inteiro nos monolugares, ao lado da filipina Bianca Bustamante, que será piloto de desenvolvimento da McLaren.

Estou muito entusiasmada por me juntar à Williams Driver Academy e competir na F1 Academy em 2024”, começou por afirmar Block. “Isto é algo com que nunca poderia ter sonhado. Estou ansiosa para abraçar esta nova experiência e aprender o máximo possível.”, concluiu.

James Vowles, diretor de equipa da Williams, acrescentou: “Estamos entusiasmados por receber a Lia na equipa como piloto da F1 Academy para 2024. A Lia já alcançou muito no desporto motorizado, tem um talento natural incrível e a mentalidade e dedicação de campeã para ter sucesso na sua jornada nos monolugares.”, começou por afirmar.

Mal podemos esperar para começar esta viagem juntos. Como equipa, estamos empenhados nos esforços conjuntos da Fórmula 1 e da F1 Academy para melhorar a representação feminina no desporto motorizado e estamos ansiosos por trabalhar com a Lia como parte fundamental da Williams Racing Driver Academy.”, concluiu.

Noticias: Cadillac anuncia que fará motores em 2028 para a Andretti


A Cadillac anunciou hoje que irá fazer motores para a Formula 1 a partir de 2028, e fornecerá em exclusivo para a Andretti. O anuncio foi feito pelo presidente da General Motors (GM), Mark Reuss, que manifestou o movimento e a ligação entre essa decisão e a parceria com a Andretti. “Estamos muito animados que nossa parceria Andretti Cadillac na Formula 1 seja propulsionada por um motor GM”, afirmou.

Com os nossos conhecimentos profundos de engenharia e corridas, estamos confiantes que iremos desenvolver uma unidade de potência bem-sucedida para a categoria e posicionar a Andretti Cadillac como uma verdadeira equipa de fábrica. Vamos competir contra os melhores, nos seus melhores níveis, com paixão e integridade que ajudarão a elevar o automobilismo para os apaixonados um pouco por todo o mundo””, concluiu.

As duas marcas tinham firmado um acordo há cerca de um ano para a entrada na Formula 1 em 2025 ou 2026, e desde então, a Andretti já conseguiu a aprovação da FIA após meses de avaliação e espera, agora, a resposta do Liberty Media, detentor dos direitos comerciais da Formula 1, para que esta lhe dê luz verde para que se comece a montar o projeto. 

Sobre as datas, elas chamam a atenção dos entendidos porque a Cadillac entrará três anos depois da Andretti, que espera poder entrar em 2025. Inicialmente, a Renault era a fornecedora dos motores, mas aparentemente, esse acordo já expirou, tendo agora ficado nas mãos da Honda. Mas até agora, isso está no campo das possibilidades. 

Entretanto, a Associated Press (AP) disse que dois executivos da GM estarão no fim de semana do GP de Las Vegas para para pressionar a FOM a aprovar a entrada da Andretti em 2025, numa altura em que a marca de Michael Andretti está a falar com a mesma FOM sobre as questões comerciais, o pomo de discórdia entre as equipas, afirmando que, caso entre como a 11ª equipa, diluiria de forma considerável a receita das restantes equipas, mesmo com a taxa de 100 milhões de dólares imposta às novatas. 

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Youtube Gynkhana Vídeo: A derradeira acrobacia de Ken Block

Dias antes de morrer, a 3 de janeiro deste ano, Ken Block andou a fazer uma "ghynkhana" na Cidade do México, no Audi elétrico, naquilo que chamaram de "Electrikhana". Depois de Las Vegas, acabou por ser na Cidade do México o palco da sua - infelizmente - derradeira acrobacia.

O vídeo só será mostrado a 20 de dezembro, e este fim de semana apareceu a amostra. 

Noticias: Organizadores do GP de Las Vegas pedem desculpa pelo incómodo


Las Vegas, passando as polémicas e os receios, deseja que o seu Grande Prémio seja um sucesso. Afinal de contas, é uma aposta pessoal da Liberty Media, e a escolha de novembro não é inocente: é o mês menos concorrido em termos de turistas. 

Sabendo que o The Strip, uma das principais ruas da cidade não terá trânsito por uma semana porque os carros de Formula 1 andarão por lá, o CEO da competição, Greg Maffei, decidiu pedir desculpas públicas antes da realização da corrida, afirmando que as compensações financeiras irão valer a pena.

Quero pedir desculpas a todos os residentes de Las Vagas, e agradecemos a eles pela disposição em nos tolerar”, começou por referir o dirigente ao canal Fox5, de Las Vegas. “Vamos trazer algo em torno de 1,7 mil milhões de dólares de receitas para a área, então não será benefício apenas para os fãs que querem assistir à corrida”, salientou. “Esperamos que seja um grande benefício económico para Las Vegas. Torcemos para que este seja o ano mais difícil por conta de todas as construções feitas e que as coisas fiquem mais facilitadas no futuro”, completou. 

Tudo isto acontece numa altura em que os bilhetes para certas áreas sofreram descontos de 35 por cento devido à falta de vendas por parte dos espectadores. Ainda assim, os organizadores estimam que no dia da corrida, poderão ser cerca de 105 mil as pessoas que assistirão na noite de sábado ao Grande Prémio. 

domingo, 12 de novembro de 2023

Youtube Automotive Vídeo: Hammond e o Rimac Nevera

Como sabem, em 2017, o Richard Hammond pegou num Rimac elétrico, foi à Suíça com os seus companheiros, num dos especiais do The Grand Tour... e estampou-se, acabando no hospital com fraturas num joelho e algumas semanas de recuperação, depois de uma operação.

Agora, quase sete anos depois, ele foi à Croácia, sede da marca, e decidiu experimentar novamente um dos seus carros, desta vez, um Nevera, o carro sucessor do Concept One. E aqui está o wideo para vermos como é que se safou.