sábado, 11 de novembro de 2017

Formula 1 2017 - Ronda 19, Brasil (Qualificação)

Com tudo resolvido em termos de campeonato, agora o que tempos por aí até ao cumprir do calendário não passa de competição pura. Mas se calhar é esse tipo de competição que os fãs poderão gostar mais. Ver bons desempenhos, sem ser pragmático ou querer olhar para a tabela de pontuação e usar a cabeça para arranjar estes ou aqueles pontos... não. É competição pura e dura, e em muitas ocasiões, é onde acontecem algumas excelentes corridas.

Interlagos é um bom local para isso tudo. Já virou um clássico do automobilismo, apesar dos sinais de decadência em termos de lugar e de país. A segurança tornou-se numa questão pertinente, especialmente quando membros de algumas equipas foram assaltadas à saída do circuito, incomodando muita gente.

Mas... sem chuva, a qualificação começou com uma surpresa. Estão a ver o título conquistado e aquilo que escrevi no primeiro parágrafo? Pois bem, Lewis Hamilton estava tão descontraído que se despistou no Laranjinha, quando tentava fazer a sua primeira volta rápida. Resultado final: batida e largada de último. Na realidade, não tanto de último por casa dos penalizados, Daniel Ricciardo e os pilotos da Toro Rosso. Ora bolas!

Ora, com Hamilton fora de combate, parecia que a pole poderia ir para alguém como os Ferrari, que teriam melhores chances para tal, ou então Valtteri Bottas e Max Verstappen, este último que está na mó de cima, com dois pódios (um deles uma vitória), nas últimas três corridas do campeonato. 

A bandeira verde voltou a ser mostrada oito minutos depois, e claro Vettel aproveitou, marcando o melhor tempo, abaixo do um minuto e 10 segundos (1.09,796), seguido de Verstappen. As coisas andaram assim até ao final da Q1, com os Sauber, o Toro Rosso de Pierre Gasly e o Williams de Lance Stroll entre os eliminados.

Quando começou a Q2, a chuva caiu um pouco. Os pilotos foram para a pista o mais depressa possível para marcar um tempo antes que saíssem prejudicados. Foi logo ali que Valtteri Bottas baixou o tempo para 1.08,901, estabelecendo novo recorde da pista. Os Ferrari vieram a seguir, e Fernando Alonso, bem como Felipe Massa, também marcaram bons tempos, os suficientes para passar para a Q3, o que era interessante. Aliás, nesta altura, Massa tinha um tempo que o colocava entre os Red Bull, um pequeno feito.

Bottas acabou a Q2 melhorando o seu tempo para 1.08,638, estabelecendo-se no topo da tabela de tempos, mas a seguir, Vettel faz 1.08,434 e fica com o primeiro posto, com Versatapen, Raikkonen e Ricciardo logo atrás. Alonso e Massa também iam para a Q3, bem como os Renault de Nico Hulkenberg e Carlos Sainz Jr. Sergio Perez completou o "top ten", deixando para trás Esteban Ocon, Brendan Hartley, Stoffel Vandoorne e os Haas de Romain Grosjean e Kevin Magnussen.

A Q3 começa com a incerteza no tempo, logo, quando mais cedo marca tempo, melhor. Bottas chegou e fez 1.08,442, com Vettel a reagir e fazer 1.08,360. E numa altura ideal, porque a chuva começava a intensificar-se.

Mas Bottas não desistiu e por fim, resolveu tudo com um 1.08,322, sem tempo para a Ferrari reagir. Vettel tentou, mas cometeu um erro e não conseguiu. E com Raikkonen também a não conseguir nada, era Valtteri Bottas que marcava mais uma pole para a Mercedes e a sua terceira da temporada... e da carreira.

Assim, a corrida de amanhã transformou-se num bom motivo de interesse para seguir. De uma certa forma, parece-se com o México, com Hamilton a partir do fundo da grelha, procurando por posições, tentando chegar o mais alto possivel, enquanto que o seu rival vai partir mais à frente, tentando diminuir a diferença entre os dois. Aliás, Hamilton disse logo a seguir que iria partir das boxes na corrida de amanhã. A parte chata é que o campeonato já está decidido...  

Formula 1 em Cartoons - GP do México (Cire Box)



México foi palco do tetracampeonato de Lewis Hamilton, numa corrida deveras atipica, como o "Cire Box" explica muito bem através dos seus cartoons...

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Rumor do Dia: Alonso faz uma temporada na Endurance?

Fernando Alonso andará em 2018 num carro da Endurance, ao serviço da Toyota. Contudo, se anteriormente se falava que seria apenas as 24 Horas de Le Mans, a BBC fala nesta sexta-feira de que, na realidade, anda-se a discutir a possibilidade de correr uma temporada inteira na Endurance ao serviço da equipa japonesa.

Uma fonte da marca disse que "o acordo está perto" e que "Le Mans está certo. O resto da temporada está a ser negociado, mas parece que pode haver acordo para a maioria das corridas", continuou essa fonte, citado pelo jornalista Andrew Benson.

Sobre isso Alonso não confirmou, nem desmentiu: "Não tenho nada para comentar por agora. Por agora é tudo rumores, veremos", comentou o piloto espanhol já em São Paulo. Já a Toyota preferiu não comentar.

Por agora, confirma-se que o piloto espanhol estará nas 24 Horas de Daytona, em janeiro, e em preparação para as 24 Horas de Le Mans. E se tiver um contrato com a Toyota, num LMP1, isso lhe dará a garantia de que tem uma chance séria de vitória na clássica de La Sarthe. E quanto ao calendário, apesar de não haver ainda conformações, há uma data em que existe uma colisão entre a Formula 1 e a Endurance. É a 18 de outubro, quando as Seis Horas de Fuji e o GP dos Estados Unidos, em Austin serão realizados.

Uma coisa é certa: o piloto espanhol está determinado para fazer a Tripla Coroa: GP do Mónaco (ou o Mundial de Formula 1), 500 Milhas de Indianápolis e as 24 horas de Le Mans.

Os rivais da Tesla

Que agora há uma corrida para construir carros elétricos, é uma realidade. E o mais interessante no meio disto tudo é que a Tesla pode ser a máquina que puxa muitos para construirem os seus modelos, mas também mostra que há novos protagonistas nesta competição. E o maior deles é a China, que está a investir imenso para construir novas marcas e carros que sejam capazes de construir modelos e baterias suficientemente boas para prolongar a autonomia destes automóveis. 

Mas nem tudo são rosas. Se a NIO (ex-Nextev) pode anunciar que conseguiu angariar mil milhões de dólares para construir um modelo SUV para a China, e a Xiaopeng Motors decidiu também fazer um modelo usando as patentes libertadas pela Tesla em 2014, já a Faraday Future está na mó de baixo, depois de ver vários executivos de topo abandonarem a empresa, incapazes de resolver os problemas.

Primeiro, a Xiaopeng. Quando em 2014, Elon Musk decidiu liberalizar as patentes que permitiram construir os modelos da Tesla - Roadster, S, e e agora o Model 3 - a ideia era de que aparecessem novas marcas como cogumelos um pouco por todo o mundo. Demorou um pouco, mas a China, com reputação de construir modelos que imitam as outras marcas, mostrou a primeira que usa toda a tecnologia construída e desenvolvida pela construtora americana. Trata-se da Xiaopeng Motors, que decidiu construir um SUV, recorrendo a alguma da tecnologia das patentes colocadas em open source. Contudo, os responsáveis da Xiaopeng não revelam quais.

Sem contar com a secção dianteira, o Xiaopeng modelo beta tem um design bastante convencional. Em termos de performances, a marca chinesa anuncia uma autonomia de 300 km, com uma versão de motor e tração dianteira, e outra com um motor para cada eixo e tração integral, capaz de atingir os 100 quilómetros por hora em 5,8 segundos. A Xiaopeng espera ter o modelo disponível em 2019.

Ao mesmo tempo, também na China, a NIO anunciou que conseguiu juntar mil milhões de dólares vindos de fundos financeiros como a americana Lone Pine Capital e a chinesa CITC capital. Para além disso, a Tencent, que tem uma participação minoritária na marca, também está a investir na startup. E também já disse que iria fazer um SUV em 2018, o ES8, para além de construir dez cópias do seu supercarro, o EP9, e aumentar o seu investimento na Formula E, onde tem a sua própria equipa.

Enquanto que as coisas parecem que estão de vento em popa em paragens chinesas, noutros lados, as coisas não andam lá muito bem. Toda a gente sabe que as coisas na Faraday Future não andam bem, apesar de terem mostrado um carro no inicio do ano em Los Angeles, o FF91. Esta semana, soube-se que o seu diretor financeiro, o alemão Stefan Krause, que esteve na BMW, abandonou a marca depois de sete meses de trabalho. Contudo, a marca disse que o abandono seria efetivo no final do mês de novembro,  só que na realidade, Krause não trabalha na Faraday Future... desde o dia 14 de outubro. 

Krause estava na marca desde março e o seu objetivo era de angariar capital para fazer avançar o seu projeto. A ideia seria de arranjar até mil milhões de dólares, mas muitos dos potenciais investidores queriam que isso implicasse a saída de Jia Yueting, o homem por trás da marca. Contudo, tal foi recusado e os objetivos não foram alcançados.

Assim sendo, Krause e mais alguns executivos de topo decidiram abandonar a marca, numa altura em que circularam bastante durante o verão rumores de um eventual pedido de falência, especialmente nos meio de comunicação chineses. Segundo se fala, o plano de recuperação e proteção de credores - o famoso Capitulo 11 - fala de 150 milhões de dólares vindos de novos investidores para fazer andar a companhia, mais 130 milhões para pagar aos credores, em troca de assumirem o controlo da marca.

Uma coisa é certa: eles já abandonaram os seus planos de construírem uma fábrica no Nevada, um projeto de mil milhões de dólares, e um tribunal chinês congelou 182 milhões de dólares em ações por parte de Jia, depois de falhar vários pagamentos de empréstimos pedidos por ele para fazer avançar o projeto da Faraday.

É verdade que a Tesla já está muito à frente, e o Modelo 3 poderá ser a marca que poderá mudar o panorama dos carros elétricos em todo o mundo. E as restantes marcas querem já avançar para esse mercado emergente, especialmente a China, que quer ser um ator importante no setor automóvel. E se conseguir aproveitar a nova onda elétrica, poderá superar Estados Unidos e Europa nesse quesito. 

Formula 1: Equipas acordam num teto orçamental

Chase Carey afirmou esta tarde que as equipas de formula 1 acordaram com a ideia de um teto orçamental "em termos amplos", embora não tenham dito os valores em questão. O patrão da Liberty Media disse que o acordo foi chegado na passada terça-feira, em Genebra, depois de uma reunião com o Grupo de Estratégia.

"Eu não quero falar muito em público sobre o que nós acordamos", começou por dizer em declarações à Autosport britânica. "Penso que, de forma direta, há um amplo consenso sobre o rumo de que estamos falando. Obviamente, temos que entrar nos detalhes, e aí haverá opiniões diferentes. É [nosso trabalho] encontrar os compromissos corretos para que todos sintam que estão muito melhores, numa proposta justa, que torna a Formula 1 muito mais saudável", continuou.

"Isso é o que temos a fazer, trabalhar para encontrar os compromissos e compromissos corretos. Mas, como direção, acho que temos um apoio amplo para a direção de todas as iniciativas de que estamos falando, e os objetivos dessas iniciativas e a oportunidade inerente a elas", concluiu.

Carey deseja que as mudanças na Formula 1 sejam suficientemente competitivas, favoráveis à chegada de novas equipas, num pacote competitivo.

"Queremos criar um modelo de negócios que, antes de tudo, seja benéfico para as equipas existentes, mais saudável, também atraia equipas novas", afirmou.

"Quando hoje as pessoas do lado de fora olham, de certa forma eles olham os desafios da comptição, o que os melhores equipas andam a gastar, e isso é um impedimento. E então eles olham para a competição na pista, que acaba com realismo, com cerca de seis carros competindo num nível e o resto dos carros concorrendo noutro por causa das diferenças de gastos, dos motores e similares.

"Se você melhorar a concorrência e criar uma estrutura de custos que dê mais previsibilidade ao negócio... como os limites de custo nos EUA, o que eles fazem é protegê-los de eles mesmos, porque o espírito competitivo ultrapassa e você apenas gasta o que é necessário para ganhar.

"Então [o ideal seria] criar uma estrutura que faça com que você gaste seu dinheiro e não o quanto você gasta", continuou.

"Eu acho que isso criará um modelo melhor para os fãs, os parceiros existentes e uma proposição muito mais interessante para potenciais novos participantes. Obviamente, estamos envolvidos com alguns desses novos operadores e é bem claro que o apelo da Formula 1 é único e os benefícios que eles obtêm da sua identificação com ele.

"Se pudermos tornar uma competição melhor para os fãs e um negócio melhor para todos, todos sairão a ganhar", concluiu Carey.

Hugo Boss troca Formula 1 pela Formula E

A marca alemã de vestuário Hugo Boss acabará com o seu patrocínio com a Formula 1 e estará na Formula E, afirmando que é uma plataforma publicitária do futuro. Segundo conta o seu diretor, Mark Langer, a competição elétrica tornou-se numa plataforma melhor do que a anterior.

"Claro que a Fórmula 1 é a competição máxima do automobilismo, mas a Fórmula E é mais inovadora e sustentável", começou por dizer. "Os motores, as corridas [no centro das] principais cidades, é algo que um público mais jovem gosta, o que oferece novas oportunidades", continuou.

A marca está na Formula 1 desde 1979, quando foi o patrocinador pessoal de Jochen Mass na sua passagem pela Arrows, passando para a McLaren a partir de 1984, quando esta começou a ter os motores TAG-Porsche Turbo. ficou na marca de Woking até 2014, altura em que trocou pela Mercedes, onde está até agora.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Vai chover muito... mas não na corrida

O fim de semana e Interlagos vai ser chuvoso, mas apenas na sexta e sábado. É o que conta o boletim meteorológico para o fim de semana em São Paulo. Se as temperaturas serão amenas, na ordem dos 27 graus, já na parte da precipitação, as coisas vão ser complicadas.

Na sexta-feira, a percentagem de chuva vai ser muito alta, com a certeza da chuva por volta do meio-dia e das três da tarde, altura em que estão previstas os treinos livres. Logo, a possibilidade de não poderem fazer muitas voltas no circuito é bem alta, devido à precipitação.

No sábado, por alturas do terceiro treino livre e da qualificação, as coisas tambem serão complicadas. A possibilidade de chuva será de 75 por cento por volta das nova da manhã, diminuindo para os 50 por cento ao meio dia. alturas da qualificação. Porém, a partir das três da tarde, diminui bastante, e assim ficará no dia de domingo, quando a chuva dará lugar ao céu pouco nublado ou até limpo, com temperaturas de 27 graus.

Assim sendo, a chuva que aconteceu no ano passado não acontecerá neste ano.  

Formula E: Marrakesh vai receber "rookie test"

O circuito de Marrakesh, em Marrocos, receberá um "rookie test" no dia a seguir à ronda marroquina da Formula E, a 14 de janeiro de 2018. O palco tinha sido aprovado pelas equipas durante os testes de pré-temporada em Valencia, mas ainda carece de anuncio oficial. 

Segundo se sabe, um dos pilotos inscritos nesse "rookie test" está Jolyon Palmer, que esteve na Renault nesta temporada da Formula 1. Ele esteve em conversações com a Techeetah ao longo deste verão, até que a marca anunciou a contratação de André Lotterer. Outros pilotos que poderão estar presentes poderão ser o brasileiro Pietro Fittipaldi, neto de Emerson Fittipaldi, Felipe Massa - que nunca escondeu que pretende testar um Formula E no futuro - e o japonês Kamui Kobayashi.

O holandês Nick de Vryes, atualmente na Formula 2, foi contactado pela Audi para testar um dos seus carros neste teste, enquanto que os britânicos Jack Hawksworth, Jordan King e Harry Tincknell também poderão estar presentes neste teste, desconhecendo ao serviço de qual equipa. O marroquino Michael Benyhaia vai estar presente ao serviço da Venturi, depois de ter sido contratado como piloto de desenvolvimento.


A caminho da Endurance

Fernando Alonso anda em busca de ser um piloto mais completo. Depois do que fez no ano passado nas 500 Milhas de Indianápolis, ao participar na corrida e fazer boa impressão, ele pretende participar em algumas provas da endurance em 2018. Se já disse que participará nas 24 Horas de Daytona, no final de janeiro, ao lado de Lando Norris num dos carros da United Autosports, agora parece que ele está a preparar-se para as 24 Horas de Le Mans. Isto porque no inicio desta semana, esteve em Colónia, sede da Toyota, para - aparentemente - fazer o seu assento para um dos carros da marca. E a ideia é simples: participar na clássica de La Sarthe.

A Toyota não comenta por agora, mas como essa corrida não coincide com nenhum Grande Prémio no calendário de 2018 - é agora a nova politica da FIA fazer com que os calendários de competições não coincidirem o mais possível - isto é sinal de que Alonso está disponível para competir, e Zak Brown, o patrão da McLaren, não colocará obstáculos nesse sentido, ao contrário de Ron Dennis, que vetou uma primeira tentativa de correr por parte do piloto espanhol.

Sem obstáculos de monta, é provável que o próximo passo seja um teste a bordo do TS050 Hybrid no final da temporada de Endurance, no Bahrein, no final do mês, também quando acaba a temporada da Formula 1, para saber como é que se comportará dentro de um carro como este, e se isso é o suficiente para tentar a sua sorte num LMP1 em 2018.

Claro, como foi dito em cima, ninguém na Toyota confirma ou desmente a ideia, nem Pascal Vasselon, nem Rob Leupen. Mas onde há fumo, há fogo. E crê-se que será uma questão de tempo até que tudo isto seja confirmado. Pelo menos, o teste.

Formula 1 em Cartoons - Felipe Massa (Fiszman)

Felipe Massa tem uma longa carreira na Formula 1, e para alguns, ele tem alguns troféus bem... estranhos. Pelo menos, é aquilo que pensa o cartoonista Fiszman...

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

CNR: Saiu a lista de inscritos para o Rali do Algarve

O Clube Automóvel do Algarve divulgou ontem a sua lista de inscritos para o Rali do Algarve. Para além dos inscritos para o Troféu Europeu de Ralis, também teremos os inscritos para o Camperonato Nacional de Ralis. A grande novidade é a presença de Ricardo Moura, no seu Ford Fiesta R5, depois de vencer mais um campeonato açoreano. Pedro Meireles vai alinhar no seu Skoda Fabia R5, enquanto que Carlos Vieira volta ao seu Citroen DS3 R5, depois de andar (e vencer) em Mortagua com o Skoda Fabia R5.

Entre os nacionais, com o título decidido, muitos optaram pela ausência do rali algarvio, como o caso de Miguel Barbosa ou João Barros. Apenas quatro R5 nacionais estarão presentes neste rali.

Outros pilotos nacionais estarão presentes, como Ricardo Teodósio (Mitsubishi Lancer EVO X), Gil Antunes e Paulo Neto (ambos em Renault Clio R3T), Diogo Gago e Pedro Antunes (ambos em Peugeot 208 R2).

O rali do Algarve acontecerá no fim de semana de 17 e 18 de novembro.


terça-feira, 7 de novembro de 2017

Youtube Formula 1 Classic: Quando a Lotus ficou com os Turbo


Já lá vão 35 anos desde que a Lotus ficou com os motores Renault Turbo, uma parceria que durou entre 1983 e 1986, onde conseguiu cinco vitórias e mais alguns pódios nas mãos de pilotos como Elio de Angelis, Ayrton Senna, Nigel Mansell e Johnny Dumfries

Neste filme que coloco por aqui, poderemos ver o processo de construção do chassis 93T, que foi usado para a temporada de 1983, numa altura em que as coisas ficaram bem agitadas quer na Lotus, quer na Formula 1. Primeiro, os novos regulamentos que agitaram as coisas ao ponto de todos os chassis terem de ser modificados do dia para a noite, e depois, a 16 de dezembro, a morte súbita de Colin Chapman, aos 54 anos de idade, marcando o final de uma era na Formula 1.

Neste documentário de meia hora feita pelo seu patrocinador, estão atores importantes. O projetista, Martin Oglevie, Tony Rudd, que trabalhou com ele nos anos 60 e 70, ajudando a desenhar modelos como o 72, por exemplo, o engenheiro Peter Wright e Peter Warr, o diretor de equipa e sucessor de Chapman.

Pequeno detalhe: o mecânico de Elio De Angelis é o infame Nigel Stephney...

TCR: Hyundai vende seus modelos a 124 mil euros

A Hyundai vai entrar em força no TCR International Series, depois do ensaio na ronda chinesa, com Gabriele Tarquini e Alan Menu ao volante. Para a temporada de 2018, a marca coreana vai vender aos seus potenciais clientes uma das suas máquinas ao preço de 124 mil euros por unidade, e isto que o encomendar até ao final do mês.

Para além disso, haverá pacotes de peças que terão um desconto de até 28 mil euros, caso peçam até quatro carros para a competição em que estão envolvidos.

A marca espera entregar as primeiras unidades já em dezembro, e Andrew Johns, o diretor de vendas da marca, afirmou que há muitos interessados no carro, após as performances na China:

"Recebemos um alto nível de interesse no i30 N TCR desde o anúncio do projeto, no passado mês de fevereiro. Com a confirmação do preço e a abertura dos livros de encomendas, podemos receber clientes planeando sua temporada 2018 com um novo carro. Não só os clientes receberão um pacote competitivo para os regulamentos, mas também poderão confiar num eficiente atendimento ao cliente, entregando peças conforme necessário e oferecendo suporte de engenharia às equipes em seus testes e eventos de corrida. Convidamos as equipas interessadas em aprender mais sobre o projeto para nos contatar e organizar uma visita ao Hyundai Motorsport em Alzenau", concluiu Johns.

Andrea Adamo, o diretor de clientes de competição da marca, afirmou: "Tanto na rodada chinesa da série internacional TCR como em Adria, o desempenho do i30 N TCR provou que nós construímos um bom carro para os regulamentos. Com a confirmação do preço, colocamos o carro competitivamente no mercado, especialmente com o desconto que podemos oferecer nos pedidos antecipados. Nossos clientes receberão um pacote de alta especificação como padrão, com partes cruciais projetadas especificamente com alto desempenho e fiabilidade como os principais objetivos. Ao volante de um T30 i30 N, estamos confiantes de que nossos clientes poderão lutar pela vitória em qualquer campeonato".

Os primeiros carros andarão nas competições da marca TCR em 2018, juntando-se à crescente quantidade de marcas que andam pela competição, quer na internacional, quer nas regionais e nacionais. 

Dakar: Carlos Sousa de Duster na Argentina

O português Carlos Sousa está de regresso ao Dakar para pilotar um Duster. Integrado na equipa oficial da Renault Sport Argentina, o piloto de 51 anos tem como objetivo um resultado final entre os dez primeiros da geral. É a estreia do piloto nacional com este carro, modelo que, em anteriores edições, chegou a conquistar dois terceiros lugares em etapas. 

Já se falava desde o final da semana passada de que ele iria fazer parte da equipa oficial, depois de ter alertado pela sua inscrição à maior prova de todo-o-terreno do mundo, mas hoje veio a confirmação oficial. Sousa ainda não sabe quem ele vai escolher como navegador para esta aventura.

Um convite que me orgulha bastante”, sublinha o piloto. “Estava parado há dois anos e longe de imaginar de poder ser convidado para regressar ao Dakar. Mas o convite surgiu e não podia ficar em casa. Estou muito motivado, tenho acompanhado o excelente trabalho que a equipa tem feito e não vejo a hora de me sentar ao volante do Duster, com quem travei curiosas lutas no passado.

O piloto de Almada reconhece que “é uma expetativa muito elevada face à qualidade da lista de inscritos, mas eu acredito nessa possibilidade. Também confio que a experiência que tenho do deserto pode ajudar a concretizar esse objetivo e, como a edição 2018 do Dakar até começa logo com areia, espero estar à altura do desafio.

Até lá, Sousa vai passar os próximos dois meses recuperar o ritmo perdido de dois anos de ausência nesta competição. "Felizmente, no final deste mês, está agendado um importante teste com a equipa na Argentina. Uma sessão em que está previsto realizar cerca de 2.000 quilómetros. Ou seja, uma excelente oportunidade para também ficar a conhecer o Duster.

O Dakar 2018 decorrerá entre os dias 6 e 20 de janeiro, com passagem pelo Perú, Bolívia e Argentina.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Como Lewis Hamilton fugiu dos impostos

Escândalos financeiros aparecem umas duas ou três vezes por ano. Agora, este domingo, surgiu a história dos "Paradise Papers", onde basicamente é uma fuga de informação baseada em informações vindas de um escritório de advogados nas Bermudas. Entre os que fugiram estão Isabel II, a monarca do Reino Unido, mas também se soube que Lewis Hamilton está lá presente, nomeadamente na compra do seu jato privado.

Segundo conta o L' Équipe, o tetracampeão do mundo usou uma série de companhias de fachada para comprar o seu jato privado, e assim evitou pagar 3,7 milhões de euros em impostos. Os nomes das companhias são interessantes: Stealth Aviation Limited, Stealth Limited e BRV.

Hamilton, de 32 anos, é um dos desportistas mais ricos da Grã-Bretanha, com uma fortuna pessoal estimada em 131 milhões de libras, e vive no Mónaco desde o inicio da sua carreira na Formula 1, há dez anos, porque não quer pagar tantos impostos no Reino Unido. 

Hamilton defendeu seus acordos fiscais, dizendo ao mesmo jornal: 

"As pessoas não percebem que eu pago imposto aqui, mas não ganho meu dinheiro aqui", começou por dizer. 

"Eu corro em 19 países diferentes, então eu ganho meu dinheiro em 20 lugares diferentes e eu pago impostos noutros lugares, e também pago muito aqui. Estou contribuindo para o país e, não só isso, ajudo a manter mais de mil pessoas empregadas. Eu sou parte de uma maior engrenagem", continuou.

E não é o primeiro desportista ou piloto de Formula 1 apanhado neste tipo de fuga de impostos. Nos Panamá Papers, apareceram nomes como Nico Rosberg e Felipe Massa entre os que conseguiram fugir aos impostos através de esquemas montados pelos escritórios da Mossack Fonseca, na Cidade do Panamá. 

Mais corridas na América? Vai ser dificil

Quando a Liberty Media tomou conta da Formula 1, no final do ano passado, depois de a ter comprado da CVC Capital Partners e ter dito a Bernie Ecclestone que já não eram mais precisos os seus serviços, eles disseram que gostariam de alargar o calendário para 25 corridas, e algumas delas poderiam ser na América. O que não faltaram foram lugares onde poderiam receber uma corrida. Contudo, nas últimas semanas, houve pelo menos duas chances da Formula 1 ir para dois lugares diferentes: Florida e California.

Da primeira, nas ruas de Miami, a chance caiu com algum estrondo por causa da revolta dos locais, que chegaram a colocar anúncios de página inteira em jornais como o Miami Herald, declarando guerra à competição, afirmando que para além do barulho e das interrupções de tráfego, o dinheiro seria melhor gasto em estruturas mais urgentes. 

"Os funcionários eleitos e seus amigos corporativos querem transformar nossas ruas financiadas por contribuintes numa pista de corrida. Isso nos custará a todos para subsidiar grandes negócios. Fechar ruas da cidade - ruas que são para o nosso uso, não para carros de corrida", começava por dizer o anuncio. 

"Mas o que recebemos? Meses de construção, ruas fechadas, poluição sonora, rotas de emergência bloqueadas, uma dor de cabeça muito cara para a nossa comunidade.

"Diga ao prefeito e aos comissários 'não' a uma corrida de Fórmula 1 através dos nossos bairros. O dinheiro do contribuinte deve ir para a reparação de estradas para a nossa comunidade e não fechar estradas para carros de corrida", lia-se no anuncio.

Quanto à segunda hipótese, o caso é mais sério, e vem da outra costa, na California. Mas não é Long Beach. Ao sul de San Francisco situa-se a cidade de San Juan Bautista, em plena Sillicon Valley. Ali, o empresário William Yao iniciou um projeto onde pretende construir em terras por si um centro de excelência e tecnologia voltada para o mundo do motor. E isso envolveria o surgimento de uma pista própria para a Fórmula 1 entre condomínios, hotéis e restaurantes num complexo de mais de cinco milhões de metros quadrados. Quanto custaria? Provavelmente, cerca de 250 milhões de dólares, espalhado ao longo de dez anos.

Contudo, essa chance pode ter ido água abaixo com os eventos dos últimos dias. Segundo conta Christian Sylt, que escreve sobre economia da Formula 1 para publicações como Financial Times e Forbes, o mayor da cidade recusou financiar tal empreendimento por causa da falta de infraestrutura

"Eu acho que há muito pouca probabilidade da proposta continuar em frente. Colocar uma pista diretamente ao lado de uma cidade com menos de dois mil habitantes com infra-estrutura que mal atende suas necessidades parece-me impossível. As questões de tráfego associadas ao influxo de 250 mil espectadores são impossíveis do sitio onde eu estou sentado.

"Nossa região é apenas capaz de sustentar as necessidades de água da atual população e indústria. Uma pista usando milhões de galões por dia, mesmo para o número limitado de dias operacionais, é uma venda muito difícil por aqui ... Neste ponto, não ouvimos nada dos proponentes em semanas. Eu suspeito que [o projeto] esteja morto".

Sabia-se desde o inicio do ano que existia a proposta, que foi apresentada ao conselho municipal no final de julho, mas os grupos locais decidiram opor-se à proposta, fazendo lobby ao mayor para que chumbasse esse projeto. 

Elaboraram uma petição em nome da fauna, flora e valores locais, afirmando que, entre outras coisas, "a falta de [um] departamento de polícia, falta de água potável, estradas esburacadas e consequentes problemas de trânsito são evidências para apoiar nossa incapacidade de suportar o afluxo de pessoas que esse projeto traria".

"Nossos habitats naturais também são de extrema preocupação. Nossas terras agrícolas e campos abertos que limitam os limites da cidade são uma proteção do desenvolvimento corporativo para nossa pequena cidade. Se nós, como cidade, permitimos que essas áreas sejam desenvolvidas e pavimentadas, perdemos nossa atmosfera histórica, que é o núcleo de nossa economia e cultura local".

A petição acrescenta ainda que "este projeto prejudicará irreparávelmente a cultura da nossa cidade e traz muitas complicações desnecessárias para nossa economia local. Nós, os cidadãos e moradores de San Juan Bautista e do Condado de San Benito, assinamos essa petição como um protesto para o projeto proposto e pedimos aos nossos representantes que respeitem nossos aportes e votemos contra ele", concluiram.

E parece que teve um impacto. Apesar de o outro lado ter dito que não desistiria do projeto tão cedo, parece que a oposição é bem forte, logo, poderão ter de ir para outras paragens. E parece que o projeto da Liberty Media de ter a segunda ou terceira corrida nas Américas parece estar mais longe e poderá ser mais complicado do que se julgava...

domingo, 5 de novembro de 2017

Youtube Speed Record: O recorde do Koningsegg Agera RS


A luta pelo carro de produção mais veloz do mundo está acesa. Muitos falam de que o Bugatti Chiron tem alguns rivais de peso para esse título, e já aqui falei do Hennessey Venom F5, que o seu proprietário afirma que poderá alcançar os 480 km/hora. Mas há outro carro que quer esse título: o Koenigssegg Agera RS.

Esta sábado, o carro esteve no estado do Nevada, onde encerraram um troço da estrada 160, que liga Las Vegas a Parhump, para que o carro pudesse alcançar um recorde de velocidade. Com Niklas Lilja, o piloto de testes oficial, ao volante, o carro alcançou a velocidade combinada de 277.9 milhas por hora, ou seja... 447,2 km/hora. 

Mas o carro teve picos de 284,3 milhas por hora, ou seja, 457,5 km/hora. É imenso, para um carro a combustão. E claro, usando os pneus Michelin Pilot Sport Cup 2, os adequados para este tipo de recordes de velocidade.

Coloco aqui os videos do ensaio, que vi primeiro no Jalopnik. E estamos certos que em 2018 existirão ensaios de velocidade para alguns dos candidatos a hipercarros por esse recorde.

Youtube Rally Experience: O Proton Iriz R5

A Proton é uma das marcas que está a construir o seu modelo para a categoria R5, que cada vez mais está preenchida com várias marcas, desde a Skoda até à Ford, passando pela Citroen, e agora a Volkswagen, com o Polo, e a Hyundai, com o i30. Nestes últimos dias, Marcus Gronholm, duas vezes campeão do mundo, esteve na Grã-Bretanha para testar o novo carro.

"Sim, pilotei o carro, mas não posso dizer muito mais, foi um teste privado, mas que foi muito bom”, disse Gronholm, não adiantando muito sobre o que foi e onde foi o teste. 

Chris Mellors, líder da MEM, a preparadora responsável pelo desenvolvimento do Proton, ficou muito satisfeito com a passagem de Gronholm pelo carro.

Estou muito satisfeitos com o trabalho feito pelo Marcus. Ele pilotou o dia todo e detetou várias coisas que precisamos de melhorar. Ter uma pessoa como ele a pilotar o nosso carro, que ainda não completou 1000 quilómetros de testes, e dar-nos um feedback tão bom é encorajador. Espero poder repetir esta experiência no futuro”.

A Proton espera que o seu carro possa ser homologado em 2018, para poderem começar a construir exemplares para as várias competições existentes um pouco por toda a Europa.

Neste video, mostra-se o Proton Iriz em julho, durante o Festival de Goodwood.