Nestes dias de aniversário, os presentes que mais gosto são os que têm um cunho inesperado. E até acho que o resultado final não ficou mal. Havia uma parte de mim que temia ficar "lost in translation", mas não. Se quiserem ver, sigam este link.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Gostei da ideia, Luis!
WRC 2010: Rali da Suécia (Dia 2)
Hirvonen partiu para as classificativas da manhã com pouco mais de quatro segundos de vantagem sobre o Citroen C4 de Löeb, logo, teve de se defender de inicio das investidas do heptacampeão francês. Contudo, a partir da tarde, com melhores pneus, começou a ganhar uma pequena, mas significativa vantagem, chegando ao final do dia com 16,6 segundos de distância sobre Löeb, apesar dos seus pneus já estarem no limite da sua capacidade.
Quanto ao francês da Citroen, também se debatia com problemas de pneus, pois os que estavam montados na sua traseira não funcionavam correctamente nas classificativas geladas: "Não resultou. Tínhamos bons pneus na frente, mas os traseiros estavam destruídos e o carro incontrolável. Eu não consegui andar mais depressa, apenas pude seguir a estrada e nem ataquei. A parte traseira simplesmente não acompanhava a frente do carro - mesmo depois de eu ter tentado desgastar propositadamente os pneus da frente", confessou Loeb. "Ter dois pneus novos na frente e dois destruídos atrás foi pior do que ter os quatro destruídos".
Atrás do duo da frente, Jari-Matti Latvala conseguiu ser consistente e conseguiu apanhar Dani Sordo e ficar com o terceiro posto do rali. O catalão chegou a parar durante um minuto para retirar neve acumulada na grelha do seu carro, que tinha causado um principio de sobreaquecimento do seu motor. Apesar disto, Latvala recusa entrar em euforias: O finlandês da Ford recusou, no entanto, entrar em excesso de confiança: "Temos de ser cautelosos amanhã e na super especial desta noite", admitiu.
Sebastien Ogier é o quinto, mantendo uma vantagem confortável sobre Henning Solberg, Matthew Wilson e Mads Ostberg. Já Petter Solberg, depois do acidente na primeira especial, está a fazer uma corrida de recuperação, chegando agora ao nono lugar da classificação geral. Outro que está a recuperar tempo é Kimi Raikonnen, embora ainda esteja fora do "top ten".
Quanto aos portugueses, Bernardo Sousa continua a sua adaptação ao Ford Fiesta S2000, estando no 19º lugar da geral, e sexto na sua categoria. Contudo, fez um brilharete, ao terminar uma das classificativas com o segundo melhor tempo da geral, batido apenas por Martin Prokop. "É uma sensação indescritível obter uma marca dessa envergadura. Apesar de ser uma classificativa-espectáculo, nem por isso tem menos significado para mim e para o Nuno[Rodrigues da Silva]", explicava, satisfeito, no final da classificativa.
"Foi um dia muito difícil mas também muito compensador, dada a nossa maior adaptação aos troços e aos resultados obtidos, com tempos entre os especialistas do terreno", referiu. "Ao mesmo tempo que nos temos de concentrar no rali, temos de pensar em chegar ao final e garantir o máximo de pontos, pois não podemos desiludir ninguém", afirmou.
Quanto a Armindo Araujo, resolvidos os problemas de afinação do seu Mitsubishi Lancer EVO X, está agora no 22º lugar da geral, mas é o terceiro na categoria PWRC, construindo uma vantagem de 15 segundos sobre o seu principal adversário na luta pelo pódio, o checo Martin Semerad.
"Tivemos dificuldades com os pneus em especiais onde havia muita terra e isso condicionou-nos bastante. Decidimos não fazer grandes alterações no carro e concentrarmo-nos principalmente em recuperar a terceira posição e acabamos por consegui-lo. Apesar de difícil, este acabou por ser um dia positivo para os nossos objectivos", referiu na chegada a Karlstad o piloto tirsense. "Vamos dar o máximo para conseguirmos manter esta posição pois encaixa perfeitamente no que delineamos para esta prova. Faltam cinco especiais e ainda muitos quilómetros para percorrer", concluiu.
O Rali da Suécia termina amanhã.
Extra-Campeonato: Alegrias e tristezas de Vancouver
Foi uma cerimónia simpes, com o devido destaque à história e gentes daquela zona. Desde os nativos (ou Primeiras Tribos) até à actualidade, tudo esteve lá. E no final, um complexo sistema colocou os quatro últimos portadores da chama olimpica no centro do palco, para acender a tocha (já agora, o sistema não funcionou na sua totalidade. Apenas três foram levantadas) E os quatro que levaram a chama para o centro eram lendas desportivas do Canadá: Wayne Gretzky (hóquei no gelo), Steve Nash (basquetebol), Nancy Greene (esqui - Melhor Atleta do Século XX e actualmente senadora) e Catriona Le May Doan (patinagem de velocidade).
Antes disso, oito personalidades canadianas levaram a bandeira olimpica para ser erguida no mastro, depois de no inicio da cerimóna, outros oito elementos da Policia Montada do Canadá terem levado a "Maple Leaf" para o seu devido lugar. E as oito que levaram a bandeira olimpica não eram umas quaisquer: o actor Donald Sutherland, a astronauta Julie Payette, outra lenda do hóquei no gelo, Bobby Orr, Betty Fox, a mãe de Terry Fox, o rapaz que em 1980 tentou atravessar o Canadá com uma perna artificial para chamar a atenção para a pesquisa do cancro, Romeo Dallaire, o comandante das Forças de Paz das Nações Unidas no Ruanda, aquando os massacres de 1994, e por fim, o nosso conhecido Jacques Villeneuve.
Mas poucas horas antes da cerimónia de abertura, a tragédia: o georgiano Nodar Kumartashvili, de 21 anos, morreu na tarde de ontem, quando se treinava na pista de velocidade de Whistler. Perdeu o controlo do seu trenó individual e embateu forte contra um poste, recebendo um forte impacto com a nuca. A pista tem 1374 metros e ganhou fama de ser a mais veloz e a mais técnica do mundo, com uma média de 145 km/hora, e os competidores sofrem forças de 5G's, equivalentes aos de um piloto de Formula 1. E este não tinha sido o primeiro acidente nesta pista, pois outro tinha acontecido na quinta-feira com a romena Violeta Stramaturaru, deixando-a inconsciente.
O Comitê Olimpico decidiu abrir um inquérito para apurar as causas do incidente, enquanto que alguns atletas temem pela excessiva rapidez da pista: "Na primeira vez que estive em pista, pensei que alguém iria morrer aqui", afirmara o lugusta americano Tony Benshoof, em declarações captadas pelo jornal espanhol El Pais.
Quanto à equipa olimpica georgiana, após a noticia do acidente mortal do seu atleta, considerou sériamente a hipótese de abandonar Vancouver, mas ficou. Desfilaram com cachecóis negros, e o Comité Olimpico Internacional decretou um minuto de silêncio em memória do atleta, e as bandeiras ficaram a meia haste. E foi com essa sombra que os Jogos da XXI Olimpiada começaram em Vancouver, e terminarão no dia 28 deste mês.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Youtube F1 Classic: Lotus 1991, as primeiras voltas de Mika Hakkinen
WRC 2010: Rali da Suécia (Dia 1)
O dia começou com o piloto da Citroen na frente, enquanto que Hirvonen assumia uma toada cautelosa, mas a partir da tarde, o finlandês da Ford passou a comandar as operações, chegando a ter uma vantagem de oito segundos sobre o piloto da Citroen. Contudo, na curta Super-Especial desta noite, Löeb recuperou cerca de dois segundos, ainda que Hirvonen tivesse afirmado antes de fazer esta classificativa que planeava percorrer esta última parte com calma.
Mais atrás, Daniel Sordo é o terceiro, no outro Citroen oficial, mas apenas a 4,4 segundos de Hirvonen, o que indica que o duelo não vai ser assim tão a dois como se previa. Ou então, se um deles escorregar, há um outro piloto à espreita...
Jari-Matti Latvala é o quarto, mas roda isolado, pois tem um atraso de 21 segundos sobre Sordo e avanço significativo de 39 segundos sobre Sebastien Ogier. Henning Solberg, no Ford Focus da Stobart, é sexto, enquanto que Mads Ostberg, no seu Subaru Impreza, é sétimo.
As classificativas de hoje ficaram marcadas pelos incidentes que envolveram o Citroen de Kimi Raikonnen, que teve um acidente e caiu muito na classificação, algo que tinha acontecido na véspera a Petter Solberg. Quanto a Marcus Gronholm, que sai temporariamente da condição de retirado, teve problemas de rodem elétrica e também ficou muito atrasado.
Já em relação aos portugueses, Bernardo Sousa adaptou-se ao seu Ford Fiesta S2000 e terminou o dia na 19ª posição da geral, e quinto do SWRC, a 3 minutos e 12 segundos de Per-Gunnar Andersson, o lider da classificação SWRC, e Armindo Araujo é o 38º da geral e quarto no PWRC, depois de andar algum tempo com problemas em termos de afinação do carro.
O rali prossegue amanhã.
Apresentações: o Lotus T127
"Sabemos que temos um enorme fardo sobre nossos ombros, grandes pilotos passaram por aqui como Clark, Moss, Hill e Mansell. Sabemos que temos um caminho enorme pela frente, estamos honrados e acarinhados para ser uma parte da história - vamos deixar pedra sobre pedra em nossos esforços e vamos fazer o nosso melhor para voltar a Lotus para seus dias de glória.", concluiu.
Já Mike Gascoyne disse disse no inicio da semana ao jornal inglês Autosport que a Lotus tem o objetivo de fazer nesta temporada um trabalho o mais profissional possivel. "Estamos trabalhando de forma realmente boa", disse. "Temos que melhorar o ritmo do nosso carro e os resultados de túnel de vento, mas isso virá com o tempo." concluiu. Os primeiros testes da equipa acontecerão no próximo dia 17, no circuito de Jerez.
Três anos depois: O Ano do Contacto
Para muitos, eu sou um dos seus heróis. E provavelmente nunca viram a minha cara.
Chego a 2010, "O Ano do Contacto" retratado por Arthur C. Clark onde no seu livro, Jupiter se transforma num novo Sol. Mas neste ano tão simbólico, o panorama do automobilismo mundial neste último ano tornou-se emocionante. Tivemos uma briga por protagonismo, tivemos uma Formula 1 que esteve à beira do precipício e de ter uma série paralela, vimos Kimi Raikonnen a trocar a Formula 1 pelos ralis, vimos Michael Schumacher a regressar ao cockpit, Luca Badoer como novo condutor de Domingo (para não dizer chicane móvel) da Formula 1...
E vimos também o aparecimento de novas equipas e a retirada de outras. A temporada ainda não começou, mas sabemos que existe uma Virgin, uma Campos e uma USF1, e vimos a BMW desaparecer para dar lugar à Sauber, vimos a Renault "limpar o escritório", mas a manter o nome, vimos a Toyota desaparecer e entregar tudo a uma misteriosa "Stefan GP", e vimos também Max Mosley a sair pela "porta pequena", para ver entrar Jean Todt, como candidato do sistema, batendo Ari Vatanen, o homem que todos gostariam de o ver como presidente. Isso foi o que aconteceu em 2009.
Quanto a mim? Bom... meti-me num projecto jornalistico que deu barraca ao fim de três meses. Quando se começa "pelo telhado", sem orçamento para aguentar os primeiros tempos. Claro, no final, toda a boa vontade inicial termina com enormes dividas a tudo e todos, incluindo a mim mesmo. Sim, fiquei "a arder" em dois mil euros. A unica coisa positiva que posso ter nisto foi a experiência. Mais nada.
Mas deixei o melhor para o fim. Por uma agradável coincidência, hoje vai ser a apresentação do primeiro Lotus de Formula 1 em 15 anos. Achava de inicio que o projecto malaio não seria mais do que uma apropriação indevida de um nome construido ao longo de muitos anos por colina Chapman, mas a cada dia que passa, vejo que foi muito melhor pensado que muitas das equipas ditas... sólidas. E também, eles querem e desejam respeitar essa herança, implantando não só o simbolo na carenagem, como também adoptaram as cores da marca: "british racing green" com uma faixa amarela. Agora só falta saber se vão seguir a mesma sequência de numeros no seu novo chassis. Seria fenomenal mesmo. Parece que ao fim de dezasseis anos vou olhar para a Formula 1 com outra visão.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
A 5ª Coluna desta semana
A semana que passou deveria ter servido para vermos as apresentações de Virgin, Force Índia e Red Bull, mas também espreitamos o primeiro Lotus de Formula 1 em 15 anos, e isso deveria ser o suficiente para falarmos por aqui. Também estamos nas vésperas do primeiro rali da época do WRC, o Rali da Suécia, onde veremos uma nova classe, o SWRC, e a estreia oficial de Kimi Raikonnen na sua nova classe. Contudo, tudo isso é ainda assombrado com o que se passa nos bastidores, que é a incerteza da USF1 e da Campos, que esta semana se acumulou com as declarações contraditórias de Bernie Ecclestone e de Jean Todt sobre uma área do Pacto de Concórdia, onde primeiro se dizia que as novas equipas podiam faltar três corridas, e agora não.
Campos: passaram os prazos e... nada
Quarta-feira deveria ser o dia onde tudo se decidiria sobre o pagamento dos chassis à Dallara, bem como outras coisas como os detalhes do tal acordo, nunca confirmado nem desmentido, com o Tony Teixeira, dono do defunto A1GP. Ora, as horas passaram e… nada. Quem sofre é Bruno Senna. Julgando Adrian Campos que só o nome seria o suficiente para atraír investidores, desde meados de Dezembro que se sabia das dificuldades da equipa em atraír pilotos e dinheiro necessário para completar o orçamento.
Mas mesmo antes, as desconfianças sobre a validade do projecto não se dissiparam totalmente. E as desconfianças desses observadores podiam ter alguma verdade, mas Campos, ex-piloto de formula 1 pela Minardi em 1987/88, e que construiu uma equipa na Formula 3 espanhola e na GP2 após encerrar a sua carreira competitiva, até nem tinha motivos para tais suspeitas. Mas quando ele foi escolhido para montar uma equipa em 2010, batendo estruturas mais sólidas como a Prodrive e a sua compatriota Epsilon Euskadi, muitos não compreenderam tal escolha.
Para essa parte posso apontar um culpado: Max Mosley. Quando impôs às equipas um tecto de 40 milhões de dólares para poderem correr na Formula 1, escolheu a Campos, em conjunto com a Manor (agora Virgin) e a USF1, como parte dessa estratégia de uma contenção radical de despesas, em conjunto com um motor-padrão fabricado pela Cosworth. Como é público, Mosley travava na altura uma batalha contra a FOTA, e ele queria impor esses limites, mesmo correndo o risco de ver criada uma série paralela. No final, depois de a FOTA ter puxado as coisas até ao limite, Mosley cedeu e foi-se embora.
Obviamente, os estragos tinham sido feitos. Como não se podiam pura e simplesmente retirar as licenças às novas equipas, bastou que eles "rebentassem" por si. Sendo equipas pensadas para determinado valor, mas agora viram esse valor a ser levantado, viram-se aflitas para completar orçamentos. Para piorar, vive-se uma época de crise, em que tudo tem de ser contido. Contratar pilotos pagantes é uma boa solução, mas nem todos têm, por exemplo, cinco milhões de euros para comprar um lugar para 2010. José Maria Lopez, o argentino da USF1, levou em teoria oito milhões de dólares, mas até agora só foram confirmados os dois milhões do governo argentino. E agora esta semana, surgiram notícias de que os 15 milhões de euros que o russo Vitaly Petrov levou para a Renault foram esta semana colocados em causa porque se soube que metade dele é proveniente de um empréstimo bancário. E mesmo esse está atrasado, existindo agora uma prazo de até ao 1º de Março para que esse pagamento seja feito, caso contrário, outro virá para o lugar. Algo que foi confirmado pelo Jacques Villeneuve, que era um dos candidatos ao lugar. Aliás, ele disse que só poucas horas antes do anúncio oficial é que foi confirmando como sendo o segundo piloto da equipa.
Afinal, quem manda no automobilismo?
Prevendo tudo isto, surgiu nas últimas semanas o rumor de que tinha sido acordado entre a FIA e a FOTA uma espécie de pacto, em que as equipas poderiam falhar até três corridas. Primeiro surgiu nos blogs de jornalistas consagrados como James Allen, do Autosport inglês, e depois foi confirmado na segunda-feira por Bernie Ecclestone.
Mas o Tio Bernie disse que essa cláusula fazia parte do Pacto da Concórdia, acordado entre FIA e FOTA em meados do ano passado. Um Pacto cujo conteúdo é em muitos aspectos, secreto. Pelo menos não conheço ninguém que tenha referido o pacto na integra, pelo menos fora do circulo automobilístico dos dirigentes. No dia seguinte, Todt confirmou isso... durante 24 horas, pois já veio a público desmentir que tal regra exista. Porquê?
Será que a ideia é de livrar destes projectos de outra forma que não a simples revogação da licença, evitando multas pesadas? Até pode ser, dado que uma das clausulas que saiu a público referia sobre a proibição das equipas em abandonar a Formula 1 até 2012, algo que, como é sabido, não foi cumprido por parte da Toyota. Mas desconhecia até então se as novas equipas tinha assinado esse acordo. Pelos vistos, com a resposta que Todt deu, devem ter assinado.
Mas caso uma das equipas não consiga correr, existe outra a pairar sobre as cabeças. A Stefan GP. Depois de se saber que compraram o espólio da Toyota, e de terem dito que iriam testar os seus carros no final deste mês no Autódromo de Portimão, agora a equipa sérvia diz que mandaram contentores esta semana para o Bahrein e Malásia, mesmo sabendo que não tem licença para correr a temporada de 2010.
Ora, essa Stefan GP também é outro imbróglio. Todt não garante a sua entrada automática na Formula 1, em caso de saída da Campos ou da USF1, enquanto que Bernie Ecclestone não esconde que quer ver a equipa sérvia no paddock do Bahrein. Aliás, a equipa já disse que ia mandar um contentor com material. Para fazerem algo assim, teriam a anuência do patrão da FOM.
Isto tudo faz-me perguntar: quem manda ali? É Jean Todt ou Bernie Ecclestone? Será que o Bernie pode interpretar as regras como quiser e bem apetecer? É certo que ele deve ser um homem muito bem avisado, para dizer o que diz, mas acho que se comporta como se fosse Deus, para dizer à Stefan que pode montar a barraca à vontade, ultrapassando as competências de Jean Todt… não se pode dizer a ele para siga as regras? E já agora, que feche a boca mais vezes? A Formula 1 agradeceria, já que ele não tem intenções de se reformar.
Por esta semana é tudo, na próxima semana espero falar mais dos factos e menos dos bastidores. Até lá!
Mundial WRC 2010: a antevisão
O Mundial WRC é essencialmente um duopólio Citroen C4/Ford Focus, onde existem mais do que uma equipa e varios pilotos privados, o mais importante dos quais o norueguês Petter Solberg, o campeão do Mundo de 2003, irão tentar brilhar nos vários ralis espalhados pelos cinco continentes, desde os antipodas da Nova Zelândia até aos rápidos saltos da Finlândia, passando, claro, pelo Rali de Portugal, que este ano será disputado no final de Maio, em paragens algarvias.
Este Mundial, que ontem foi confirmado que será pontuado com o mesmo esquema da Formula 1 (nada de novo, nos anos 80 tinha pontos até ao 12º classificado) terá maior atenção mediática, por dois nomes: Ken Block e Kimi Raikonnen.
O primeiro nome é o de um milionário acrobata. Americano de 42 anos, fundador da marca desportiva DC, é um entusiasta dos ralis. Vencedor no panorama americano, decidiu em 2010 dar o salto para o palco mundial, parecendo que já se fartou de brincar às "ginkhanas", que graças ao Youtube, se tornou famoso fora dos Estados Unidos. Parece ser velho demais para correr por aqui, mas de certeza trará muitos curiosos para o ver nas classificativas um pouco por todo o mundo. E vai construir a sua própria equipa, como a Stobart ou a Munchi's, pois vai correr com um Ford Focus WRC em 2010.
Extra-Campeonato: Vinte anos depois
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
O Dia do Juízo Final... na Campos
Apresentações: o Red Bull RB6
Como já adivinhava ontem, não houve grandes revoluções no carro. Apenas uma evolução do projecto anterior, embora se tenha visto que a asa traseira é um pouco mais longa do que o normal. Ver-se-á se isso é uma vantagem que Newey descobriu no túnel de vento no qual os regulamentos serão omissos...
Mas uma coisa é certa: este é um carro para discutir o título. Pelo menos no papel.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Que poderemos esperar de Adrian Newey?
Espiando o novo Lotus
Ao ver a foto, fico contente por uma coisa: respeitaram o legado que tinham em cima. O carro está num verde escuro, tipico "British Racing Green", com a faixa amarela que os carros de Colin Chapman tinham nos anos 60, quando as suas máquinas eram conduzidas por pilotos míticos como Jim Clark e Graham Hill. Quanto ao desenho do Mike Gascoyne, acho engraçado ver que não segue as linhas do Red Bull RB5 do Adrian Newey, mas segue mais as da Force India, cujo projecto inicial era dele.
Espero que seja eficaz. Agora veremos como vai se comportar em pista. Mas digo isto: com osd problemas sentidos pelas outras duas equipas, a Campos e a USF1, convenço-me que para "paraguaio", são muito profissionais... e convenço-me que com o tempo e dinheiro, tornar-se-ão num caso sério.
Apresentações: Force India VJM03
"O nosso objectivo é continuar no mesmo caminho de performance que tínhamos no final de 2009. Não penso que esteja a ser demasiado orgulhoso quando digo que 2009 foi um ano excepcional para nós. As estatísticas comprovam-no: um pódio, uma pole position, uma volta mais rápida, outras cinco partidas no top 10 e 13 pontos", começou por referir Vijay Mallya, proprietário da Force India.
"Aprendemos com as nossas experiências e somos uma equipa melhor: resistente, engenhosos e, agora, emergentes. Espero que em 2010 se continue a ver este progresso. Temos um pódio até ao momento e espero que, nesta altura no próximo ano, eu esteja a falar de mais pontos e de mais pódios. Estou confiante de que o vamos conseguir; porque não sermos ambiciosos?", concluiu.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
A capa do Autosport desta semana
Mas esta edição do Autosport tem dez páginas especialmente dedicadas ao WRC, pois esta é a semana de começo de temporada 2010 do WRC, no Rali da Suécia. Aqui teremos dois pilotos portugueses, Armindo Araujo, num Mitsubishi Lancer de Produção e a defender o título mundial, e Bernardo Sousa, num Ford Fiesta S2000 oficial. E claro, entre Sebastien Löeb e Mikko Hirvonen, temos um "UFO" chamado Kimi Raikonnen, que chamará muitos adeptos para a competição. "Mundial arranca esta semana na Suécia" é o título principal, com um subtítulo em particular: uma entrevista com Jean Todt, antigo navegador, director desportivo da Peugeot e agora o presidente da FIA.
Para finalizar, o canto interior direito é dedicado a Alvaro Parente, que como é sabido, foi enganado pelo Instituto de Turismo de Portugal, que o deixou assinar um acordo de patrocinio sem que lhe dissessem que este poderia não acontecer. E tem como alternativa correr nos GT's espanhois. "Parente em beco sem saída", é o título.
Ecclestone: "Novo Pacto da Concórdia possibilita equipas 'falharem' até três Grandes Prémios"
"Há uma cláusula no novo Pacto da Concórdia que pode permitir às equipas ficarem de fora no máximo de três Grandes Prémios de Fórmula 1. Eu penso que não vamos ver a Campos e os americanos da USF1 à partida do Mundial e eles deverão pedir para ficar de fora as tais três corridas.", revelou Ecclestone.
Uma coisa engraçada que vale a pena referir: toda a gente sabe que foi assinado um novo Pacto de Concórdia até 2012, mas poucos, fora da área da Formula 1, viram o conteúdo desse pacto. Esta hipótese que agora é referida nunca foi falada como fazendo parte desse até que o próprio Bernie a disse. E também há algo que merece ser referido: apesar da sua provecta idade, as declarações de Ecclestone devem ser levadas a sério, nem que seja pelo detalhe de ele ser o verdadeiro "insider" da Formula 1...
Lugar de Petrov em perigo?
O site inglês GPudpate.net cita hoje uma entrevista do pai de Petrov ao diário russo sovsport.ru, onde afirma que metade do dinheiro é proveniente de um empréstimo feito pelo director de um banco de São Petersburgo, e que os pagamentos ainda não foram feitos nos prazos previstos, lançando uma sombra de dúvida na estreia do primeiro piloto russo de sempre na formula 1. "Ainda não recebemos a primeira tranche, pois o bando estendeu o prazo devido à elevada quantia envolvida. Caso os pagamentos não sejam feitos até ao dia 1 de Março, Vitaly pode ser trocado por outro piloto", afirmou Patrov Sr.
Numa era de crise, toda a gente precisa de dinheiro para avançar com os seus projectos. Mas aparentemente, a época ainda não começou e as trocas de cadeiras prometem ser imensas...