sábado, 28 de novembro de 2015

Noticias: Audi apresenta o novo R18 para 2016

A Audi apresentou esta noite o novo modelo R18 para a próxima temporada da Endurance, numa altura em que a marca decidiu que iria correr com apenas dois carros, abdicando de um terceiro bólido nas 24 Horas de Le Mans. Com um visual cada vez mais agressivo, para uma maior eficácia aerodinâmica. Tem um motor V6 de 4 litros diesel, com um dispositivo renovador de energia com 6MJ, maior do que os de 4MJ que tem andado nos carros da marca este ano. Para além disso, o sistema de baterias foi modificado, de um "flywheel" para um ERS de baterias.

"Com o nosso novo Audi R18, mandamos um sinal claro: a Audi continua a colocar o pé no acelerador no automobilismo, deliberadamente contando com a tecnologia TDI - a mais bem sucedida tecnologia de eficiência automotiva do mundo - em Le Mans", disse Dr. Wolfgang Ullrich, o chefe da Audi.

Em relação aos pilotos, tudo na mesma: Oliver Jarvis, Lucas di Grassi e Loic Duval num carro, Andre Lotterer, Benoit Treuleyer e Marcel Fassler noutro. A marca alemã abdicará do terceiro carro para as Seis horas de spa-Francochamps e as 24 horas de Le Mans, o que significará que Filipe Albuquerque não participará na próxima edição das 24 Horas de Le Mans pela equipa alemã. Isso aconteceu em combinação com a Porsche, que também abdicará de um terceiro Porsche 919. 

Tempestade pela frente?

Não há nada pior dor do que perder um filho, creio que toda a gente sabe. Nos últimos 14 meses, os pais de Jules Bianchi passaram por um suplicio bem grande, primeiro por causa dos seus ferimentos sofridos durante o GP do Japão, e depois, a 17 de julho, com a sua morte. Os pais ainda fazem o difícil luto, mas este sábado, Phillipe Bianchi, pai de Jules e filho de Mauro Bianchi (e também sobrinho de Lucien Bianchi, vencedor das 24 Horas de Le Mans de 1968), escreveu o seguinte na sua página de Facebook:

"Apenas para que todos saibam, desde há algum tempo que a família Bianchi tem estado serena. Mas esta é apenas uma impressão. Nosso pequeno Jules nos dá força a cada dia que passa, e ações notáveis serão tomadas [no futuro]. Nunca iremos esquecê-lo, e a vocês, seus fãs, sempre serão parte da sua história. Esperem por janeiro para saberem a nossa resposta". 


Lido isto do blog do Dr. Gary Hartstein, este colocou como título "Shit's gonna hit the fan...", o que é facilmente traduzível, e ele está a querer passar a ideia de que a família está a tentar arranjar um argumento bem sólido para processar a FIA por causa da negligência que teve em relação aos procedimentos no acidente do passado dia 5 de outubro de 2014, durante o GP do Japão. Vistas bem as coisas, há muitos elementos discutíveis em termos de segurança, e não falo nem do tempo que se fazia sentir no circuito, nem do trator que esteve na pista. Falo, por exemplo, da visibilidade cada vez mais reduzida durante as voltas anteriores ao acidente do piloto francês.

Mas para além disso, eles irão querer se calhar responder ao relatório da FIA, lançado no final do ano passado e do qual houve fortes criticas sobre ele, pois responsabilizava o piloto pelo que aconteceu, algo que por exemplo, o ex-piloto Philippe Streiff foi fortemente critico (e, creio, foi processado pelo Dr. Gerard Sailltant, o delegado médico da FIA).

Há algum tempo que se fala que a FIA, na presidência de Jean Todt, anda a negligenciar este aspecto em termos desportivos. Interessantemente, o mesmo Todt coloca a segurança rodoviária no cerne da questão, pelo menos desde que chegou ao topo da organização, em 2009...

Formula 1 2015: Ronda 19, Abu Dhabi (Qualificação)

Com tudo decidido, há um calendário para cumprir até ao fim. Mas com o atual estado de coisas, e com muitos fãs a reclamarem que esta Formula 1 perdeu o seu encanto (especialmente numa altura em que está cada vez mais a ser um desporto elitista, passado em sinal fechado), o interesse em ver corridas ou até treinos é cada vez mais diminuto, pois é como olhar para um guião previsivel, do qual se espera que termine rápido. E neste final de semana num ambiente artificial como é Yas Marina, em Abu Dhabi, parece ser o perfeito exemplo de como é esta categoria nos dias de hoje.

Portanto, os três primeiros classificados no final da qualificação não diferem nada em que tem vindo a acontecer nas últimas corridas: os Mercedes na frente, com Nico Rosberg a ser melhor que Lewis Hamilton, com um Ferrari a ser o melhor do resto, neste caso, o de Kimi Raikkonen. Mas apesar de toda esta previsibilidade, ainda houve surpresas.

A primeira aconteceu no final da Q1, quando Sebastian Vettel ficou de fora da etapa seguinte por causa de uma má estratégia por parte da Ferrari, que o fez andar na pista de supermacios no momento errado. No final da qualificação, explicou o erro: "Nada de dramático aconteceu, não há nada de errado com o carro, mas como é lógico o plano não era ficar na Q1. Pensávamos que o tempo feito com os pneus macios era suficiente, mas como se pode perceber, não foi. Avaliámos mal a situação e infelizmente ficámos de fora."

Aliado a isso o furo de Fernando Alonso, o Sauber de Marcus Ericsson e os Manor, basicamente estes foram os que ficaram pelo caminho nesta primeira parte da qualificação. Em contraste, Jenson Button seguiu para a Q2. Aparentemente, sem penalização...

Na segunda parte do treino, os pilotos começaram a fazer tempos com os pneus supermacios, com os Mercedes a começarem a marcar os seus tempos, enquanto que os Red Bull queriam ser a força atrás dos carros da marca de Estugarda, com Daniel Ricciardo a ficar com o terceiro tempo logo nos primeiros minutos. mas a Force India espreitava, com Nico Hulkenberg e Sergio Perez a não andarem muito atrás deles. Felipe Massa era o melhor dos Williams, no sexto posto.

Mas na segunda parte da Q2, ao mesmo tempo que Romain Grosjean ficava de fora por causa de problemas detectados no seu Lotus, Kimi Raikkonen faz um tempo que o colocou no terceiro posto e garantiu a sua passagem para a Q3, enquanto que Valtteri Bottas ficava com o quinto melhor tempo, com Sergio Perez a ficar na frente deles, com um terceiro melhor tempo e a ser o "melhor dos outros". Atrás, quem ficava de fora (para além de Grosjean) era o Sauber de Felipe Nasr, o McLaren de Jenson Button, o outro Lotus de Pastor Maldonado e o Toro Rosso de Max Verstappen, o que era algo surpreendente. Em contraste, o último lugar disponivel caiu nas mãos de Carlos Sainz Jr.

E na Q3... digamos que foi o previsivel. Mas para lá chegar, o que aconteceu foi que o primeiro a marca tempo foi Perez, que começou com 1.41,184, com Hamilton a responder com 1.41,016, tentando puxar os limites a Nico Rosberg, que andava com um motor mais antigo. E foi o que aconteceu, com o alemão a marcar 1.40,738.

Mas na segunda parte, saiu-lhe o tiro pela culatra: se Hamilton marcou 1.40,614, num tempo bom, Rosberg "meteorizou", com 1.40,237 e assim ficou com a quinta pole consecutiva na temporada. E claro, a última. Kimi Raikkonen conseguiu o terceiro melhor tempo com o seu Ferrari, na frente de Sergio Perez e Daniel Ricciardo. Valtteri Bottas foi o sexto e o melhor dos Williams, enquanto que Nico Hulkenberg foi o sétimo, na frente de Felipe Massa, Daniil Kvyat e Carlos Sainz Jr.

No final da qualificação, Hamilton reconheceu a superioridade do seu companheiro de equipa: “Temos trabalhado no duro para fazer mudanças sem tirar nada do carro, mas o Nico foi simplesmente muito veloz hoje e fez um bom trabalho na Q3”, reconheceu Lewis. Já o alemão estava feliz na pole e tinha um desejo para amanhã: "Eu gostaria muito de vencer a corrida. Daria a toda a minha equipe um grande final de temporada e uma excelente razão para festejar amanhã à noite. Isso seria demais, todos se divertirem juntos. Claro que também tudo que aprendemos esse ano vai ajudar ano que vem. Vai ser ótimo terminar em alta", encerrou.

Amanhã será o dia da última corrida do ano, o final de uma temporada dominantemente previsivel, com alguns pingos de imprevisibilidade aqui e ali. 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

WTCC: Lopez e Muller foram os vencedores no Qatar

José Maria Lopez e Yvan Muller foram os vencedores nas corridas de encerramento do Mundial de Turismos, que aconteceu esta noite no circuito qatari de Losail. O piloto argentino dominou a seu bel-prazer na primeira corrida, da primeira à última volta, enquanto que o francês fez a mesma coisa, não só assegurando o dominio dos Citroen na pista qatari, como chegou ao segundo lugar da classificação geral, em troca em Sebastien Loeb. Já quanto a Tiago Monteiro, pontuou em ambas as corridas, solidificando o seu sétimo posto da geral.

A primeira corrida não teve grande história, com "Pechito" Lopez, o poleman, a dominar desde os primeiros metros, superando o marroquino Mehdi Benani, que foi o segundo classificado, enquanto que o francês Hugo Valente ficou no lugar mais baixo do pódio, na frente de Sebastien Loeb, Ma Qinghua e Yvan Muller. Já Tiago Monteiro acabou no oitavo posto, atrás de Norbert Mischelisz, numa prova onde Gabriele Tarquini sofreu um despiste e acabou no último posto.

Na segunda prova, mais dominio dos Citroen, desta vez com Yvan Muller a dominar na corrida, com "Pechito" Lopez a largar apenas da 11ª posição, acabando no oitavo posto, na frente de Tiago Monteiro, que lutou o que pode com o seu Honda. 

Mas esta corrida começou atribulada, primeiro com Tom Coronel a partir das boxes devido a um problema com a bomba de óleo, e depois na largada, com John Fillipi na frente, mas atrás, o holandês Nicky Catsburg fez um pião e acabou por bater nos carros de Tiago Monteiro e Stefano D'Aste. O piloto da Lada retirou-se, enquanto que a corrida foi neutralizada nas sete voltas seguintes para recolher os destroços.

A partir dali, os Citroen mostraram o seu dominio, com o chinês Ma Qinghua a ser o segundo, enquanto que Sebastien Loeb foi apenas quarto, com Norbert Mischelisz a ser terceiro e o melhor dos Honda. E isso impediu que o ex-campeão de ralis tenha ficado com o segundo lugar do campeonato, a favor de Muller, enquanto que o piloto húngaro foi o campeão do Troféu dos Independentes, batendo o marroquino Mehdi Bennani, que foi apenas o quinto classificado.

Com o campeonato de 2015 encerrado, e José Maria Lopez como bicampeão, ano que vêm o campeonato começa em Sochi, em principio, a 20 de março. 

Formula E vai ter corridas... sem piloto

Que a Formula E quer ser uma competição onde a tecnologia será figura dominante, isso é verdade. Mas esta sexta-feira, a organização anunciou que a partir do ano que vêm, a competição terá corridas... sem piloto. Isto, é comandados por autómatos. A Roborace vai ser uma competição de apoio nos dias da Formula E nos circuitos um pouco por todo o mundo, e alinharão vinte carros - dez equipas com dois carros cada um - em corridas que não durarão mais de uma hora.

Denis Sverdlov, o fundador da Kinetik e da Roborace, começou por afirmar: "Nós acreditamos que ,no futuro, todos os veículos do mundo vão ser elétricos e sem condutor, melhorando assim o ambiente e segurança rodoviária. A Roborace é uma competição revolucionária em matéria de tecnologia e inovação e pretende mostrar que as tecnologias de robótica e inteligência artificial pode coexistir com a vida real. O hardware será igual para todos, com as equipas a terem liberdade para desenvolver os seus algoritmos computacionais e a inteligência artificial que conduzirá os carros”, concluiu.

Alejandro Agag, CEO da Formula E, sublinhou que: "Estamos muito animados com a parceria com Kinetik sobre o que é certamente um dos maiores eventos desportivos de ponta na história. A Roborace é um desafio aberto às mais inovadoras empresas científicas. É muito emocionante criar uma plataforma para que possam mostrar que são capazes,  e eu acredito que há um grande potencial nesta competição”, declarou.

Ambas as partes anunciaram também que divulgarão mais pormenores sobre esta competição no inicio do ano que vêm.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Automobilismo em Cartoons: Quando andar na Endurance dá mais prestigio do que a Formula 1 (Cire Box)

Aparentemente, se Nico Rosberg ganhar corridas, parece que a imprensa não lhe liga alguma. Pelo menos por ali, naquela banca de jornais, Nico Rosberg anda zangado enquanto vê Mark Webber (que fez grandes coisas como segundo piloto...) nas capas, sob o olhar atento de Juan Pablo Montoya e Nico Hulkenberg...

Formula E: A corrida de Berlim não será em Tempelhof

Depois da estreia nesta primavera, parecia que as coisas iriam repetir-se no ano que vêm no aeroporto de Tempelhof, que iria receber a etapa alemã da Formula E no próximo dia 21 de maio do ano que vem. Porém, noticias vindas esta tarde de paragens alemãs indicam que tal não acontecerá. A razão? As autoridades de Berlim decidiram que o espaço do antigo aeroporto de Tempelhof será usado como abrigo para refugiados, logo, todos os eventos que foram marcados para aquele local serão feitou noutros lugares da cidade.

"Consideramos alternativas noutros locais", disse Constance Döll, o líder do "Projeto Tempelhof" ao jornal Berliner Zeitung. Agora cabe às autoridades locais arranjar um novo lugar para que a corrida aconteça na data prevista, algo que Alejandro Agag poderá querer ajudar, já que ele sempre foi adepto de uma corrida nas ruas da capital alemã.

A temporada de 2015 já arrancou em Pequim, no passado dia 24 de outubro, e volta à ação no próximo dia 19 de dezembro no circuito uruguaio de Punta del Este. 

Rumor do Dia: Ott Tanak pode estar de saída da M-Sport

O estónio Ott Tanak poderá trocar a M-Sport pela DMACK em 2016, onde fará equipa com o finlandês Jari Ketomaa. Ambos continuarão a correr num Ford Fiesta WRC, apesar de ser altamente provável que não farão toda a temporada do WRC. A noticia poderá significar, para além de abrir uma vaga na M-Sport, que o norueguês Mads Ostberg seja o primeiro candidato a esse lugar, isto se a equipa de Malcom Wilson decida alinhar com três carros na próxima temporada. 

Apesar de nada disto ser oficial, poderá ser colocado ao nivel do "oficioso", espewcialmente depois de Malcom Wilson ter criticado abertamente o desempenho do piloto estónio no final do campeonato. "Dois acidentes nas duas últimas provas da temporada não colocaram Tanak numa posição forte para estar na equipa principal na próxima temporada", sublinhou Malcolm Wilson.

Para além disso, Wilson também está a pensar em fazer um programa parcial para 2016, como vai fazer a Citroen, o que poderá deixar apenas a Volkswagen e a Hyundai a correr a tempo inteiro em 2016. "O objetivo é estar nas 14 rondas do Mundial, mas não seria correto não olhar para um possível programa parcial a exemplo da Citroën”, afirmou.

Em 2015, Tanak conseguiu 63 pontos no Mundial, ficando no décimo lugar da geral, com o melhor resultado a ser um terceiro posto no Rali da Polónia.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A imagem do dia (II)

Por incrível que pareça, já se passaram dez anos. Richard Burns era um excelente piloto que embora sem ser espectacular como Colin McRae, conseguiu ser o segundo piloto a sagrar-se campeão do mundo de ralis, em 2001, ao serviço da Subaru.

Em 2003, nas vésperas do Rali de Gales e quando guiava pela Peugeot - e com contrato para regressar à Subaru em 2004 - foi forçado a retirar-se quando lhe foi diagnosticado um cancro cerebral, esperando que ele regressasse ao ativo quando ficasse curado. Não aconteceu e acabou por falecer aos 34 anos de idade, deixando os ralis bem mais pobres.


Sobre a agressividade de Pastor Maldonado

É tido e achado que não sou muito fã de Pastor Maldonado. A sua excessiva agressividade e a sua incapacidade de não reconhecer os seus erros na pista, apesar de agora estar um pouco mais calmo, diga-se de passagem. E digo calmo porque agora não está sempre a bater nos outros pilotos, apesar de ter dado um toque no Sauber de Marcus Ericsson durante o GP do Brasil...

Aos 30 anos de idade, e apenas com uma vitória no seu currículo em 2012 (num dia em que tudo correu bem a ele...), Maldonado apareceu esta semana na ribalta por causa das suas declarações sobre Lewis Hamilton e a Mercedes, defendendo ainda o seu estilo "win or wall".

Sempre tive tomates para ir além do limite. Sempre guiei de forma muito agressiva. A minha carreira toda. Quando coloco o meu capacete, eu ando o mais rápido que eu posso. E, algumas vezes, ainda mais. Às vezes você comete um erro, mas para explorar seus limites, você tem de superá-los”, começou por dizer numa entrevista ao jornal alemão ‘Bild am Sonntag’.

Ainda na minha primeira corrida no kart, quando usava almofadas no assento para eu poder ver, sempre fui audacioso. Tudo ou nada, este era meu lema”, declarou. E claro, irritou-se quando os outros lhes apontam o dedo pelo seu estilo agressivo: “Outros pilotos também batem e ninguém fala sobre isso depois. Eu bato e imediatamente isso se torna um escândalo. Às vezes não acho justo dizer que é sempre culpa minha”, bradou.

Sobre Hamilton, o piloto venezuelano lamentou que não tenha tido a mesma sorte que teve o piloto da Mercedes. “Olha, gostaria de saber. Infelizmente, não tive chance de sentar em um carro vencedor, mas acho que, se eu estivesse na Mercedes, poderia lutar com Lewis. Definitivamente, tenho ambição suficiente e espírito de luta. E sei que tenho talento para batê-lo”, complementou. Curiosamente, ambos nasceram com três meses de diferença, com o britânico a nascer primeiro.

Claro, as criticas não deixaram de aparecer, a começar pelo bicampeão finlandês Mika Hakkinen, que não deixou passar em claro o que ele disse: “Se um piloto não aprende com seus próprios erros, então punições mais duras devem ser aplicadas. Maldonado parece não aprender nada com seus erros”, reclamou Häkkinen. O finlandês sabe do que fala, pelo seu próprio exemplo, pois em 1994 foi um dos causadores da carambola no inicio do GP da Alemanha e a FIA teve mão pesada, quando o suspendeu com uma corrida. Hakkinen não perdeu a sua velocidade, mesmo depois do seu grave acidente no ano seguinte, em Adelaide, onde esteve em risco de vida. Mas a sua agressividade foi drasticamente reduzida, ao ponto de ele se tornar campeão do mundo por duas vezes.

Acho que os outros pilotos que correm com ele nem fazem ideia de o que vai acontecer em seguida. Eu até entenderia se você estivesse lutando pela vitória nas últimas voltas. Ele deveria usar mais do senso comum”, concluiu.

Que todos os pilotos tem uma agressividade e a têm de mostrar em pista, é verdade. Mas uma coisa é domá-la e ser bem sucedido sem a perder, outra coisa é ser "accident prone". O seu companheiro de equipa, Romain Grosjean, também era um piloto muito agressivo e após o seu acidente na partida do GP da Belgica de 2012, ele conseguiu domar essa agressividade sem perder velocidade e sem andar à pancada com os outros pilotos. Hoje em dia é elogiado pela sua velocidade, mas teve de aprender às custas de uma suspensão por parte da FIA. 

Para piorar as coisas, parece ser um casmurro, e a idade também não está muito a seu favor. Tem já 30 anos e vai na sua sexta temporada, e como o finlandês diz, as coisas só não são mais vistas porque acontece a meio do pelotão. Parece que estamos sujeitos a ver algo grave para que a FIA atue no caso dele, e se for assim, não há garantias de que ele irá acalmar-se, pois parece que é algo que gosta, esta sua atitude "win or wall". Em tempos não muito distantes, esses "pilotos corajosos", como disse Juan Manuel Fangio, já estariam mortos...

E sobre o lugar na Mercedes, ele já deve saber há muito que a sua agressividade é o melhor cartão de visita para não o ter por lá...

As imagens do dia


Se pensam que no Qatar nunca chove, creio que hoje foi o dia ideal para desmentir tal afirmação. Uma tempestade abateu sobre a cidade e sobre o circuito de Losail, e inundando as ruas de Doha, a capital. 

Ver aquela pista molhada a dois dias da prova de encerramento do WTCC (sim, vai ser na sexta-feira!) nuns atípicos 25 graus Celsius é algo raro, mas nos tempos que correm, parece que estamos a ver muitas coisas inéditas...

Já agora, vi estas fotos no Facebook do jornalista João Carlos Costa, da Eurosport Portugal.

A sério?

Esta vi ontem à noite no Flatout! Brasil, e veio da página do Facebook do Hotel Simonstone Hall, no Yorkshire inglês. Aparentemente um engraçadinho decidiu dar à direção uma placa em que assinalava a famosa briga entre Jeremy Clarkson e Olsin Tymon, um dos produtores do programa Top Gear, que causou o seu despedimento (ou como costuma dizer, o tornou desocupado).

Traduzido para portugués, a placa diz o seguinte: “Aqui jaz a carreira de Jeremy Clarkson na BBC. Ele teve uma discussão neste preciso local a 4 de março de 2015. O resto é lenda”.

A placa foi uma prenda de um hóspede ao hotel e este decidiu que seria interessante se colocasse na sua parede, como uma espécie de lembrança sobre o incidente. Claro que muitos pensam que isso poderá ser brincadeira do Piers Morgan, também jornalista e alguém do qual tem uma relação de inimizade...

Vende-se: o Lamborghini Miura do "The Italian Job"


O "The Italian Job" (Um Golpe em Itália na versão portuguesa) foi um dos filmes icónicos dos anos 60 do século XX por misturar elementos de ação e comédia. Preotagonizado por Michael Caine, ficou conhecido pelas cenas de perseguição com os três Mini Cooper, um com cada uma das cores da bandeira britânica, que tinham roubado cerca de sete milhões de libras em ouro em Turim, a capital do Piemonte e a cidade da Fiat, entre outros.

Mas o que pouco se sabe é que ainda havia mais um carro no meio disto tudo. Não, não eram os Alfa Romeo da policia, mas sim o Lamborghini Miura laranja que anda a passear pelos Alpes italianos, na zona de Gran San Bernardo, antes de ser "passado a ferro", como se pode ver no video que coloco aqui...

Mas descansem, o carro ainda existe, e está à venda! O Lamborghini Miura P400 de 1968, cor laranja Arancio, com interior em pele branca, está como novo, e apesar de ter tido cinco donos, apenas rodou... 19 mil quilómetros. O motor não é original, foi substituido em 2011 porque o anterior tinha uma rachadura no seu bloco. Apesar de tudo, está como saiu do concessionário, e carros como estes, normalmente são vendidos em leilão a cerca de... estão sentados? Dois milhões de euros em média.


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Noticias: Filipe Albuquerque vai correr nos Estados Unidos

O português Filipe Albuquerque vai correr em terras americanas na temporada de 2016. O piloto de Coimbra vai ser piloto da Action Express ao lado de João Barbosa e Christian Fittipaldi no Corvette DP e participará em provas como as 24 Horas de Daytona as 12 Horas de Sebring e as Seis Horas de Watkins Glen, tudo isto sem comprometer o seu trabalho na Audi, onde será um dos pilotos da marca nas 24 Horas de Le Mans.

Já se falava desde o final da semana passada, por altura em que o piloto de Coimbra estava em Daytona nos testes da Action Express, que a ideia era de dar uma temporada completa e tentar ao lado de Fittipaldi e Barbosa, ajudar a equipa a voltar a ser campeão no campeonato americano de Resistência.

"Estou muito contente por poder fazer parte de uma equipa tão profissional e motivada para alcançar os objectivos a que se propõe. Para além disso, poder fazer equipa com dois pilotos que falam português é diferente do habitual e interessante. São todos pilotos experientes no Campeonato, várias vezes vencedores das 24h de Daytona. Não poderia estar em equipa melhor", referiu Filipe Albuquerque no comunicado oficial da equipa.

Albuquerque aparecerá pela primeira vez com a sua equipa no final de janeiro, em Daytona, ao lado de Scott Pruett, Chrstian Fittipaldi e João Barbosa, e para já vai ser o primeiro foco da equipa sobretudo porque o favoritismo é notório e Filipe Albuquerque está motivado e determinado: "É uma oportunidade de ouro. Depois de ter sido vencedor na prova na classe GT, este será o passo seguinte. São quatro provas emblemáticas em circuitos que já conheço. Acredito no sucesso da equipa", concluiu o piloto de 30 anos.

A primeira prova de Albuquerque nos Estados Unidos será no fim de semana de 30 e 31 de janeiro, com as 24 Horas de Daytona, seguindo-e a 19 de março com as 12 Horas de Sebring. A 3 de julho, depois de participar nas 24 Horas de Le Mans, o piloto de Coimbra participará nas 6 Horas de Watkins Glen, e a fechar a temporada, a 1 de outubro, irá correr o Petit Le Mans, em Road Atlanta, e espera-se que a equipa Action Express já tenha renovado o título.

A imagem do dia

Uma imagem da clínica de Macau onde está o piloto português Francisco Mora, que recupera do acidente que teve na primeira das corridas da TCR International Series que aconteceu no fim de semana que passou na antiga colónia portuguesa. Pelos vistos, ele poderá estar a sair do hospital a qualquer momento e ele repousará por alguns dias até regressar a Portugal, para preparar para mais uma temporada na TCR Series, restando saber se será na portuguesa ou noutra qualquer...

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Noticias: Haryanto e King andarão no Manor em Abu Dhabi

A Pirelli vai fazer testes em Abu Dhabi na semana que vêm para ver os seus novos componentes para 2016, e a Manor já escolheu os seus pilotos: o britânico Jordan King e o indonésio Rio Haryanto. O teste vai durar apenas um dia, e ambos andarão no carro durante metade do tempo cada um.

King e Haryanto andam ambos na GP2 em 2015, com o indonésio de 22 anos a andar melhor do que o inglês, já que teve três vitórias no campeonato e é quarto classificado na competição. "Eu me sinto muito melhor preparado para este teste", começou por dizer. "Depois de uma temporada muito competitiva na GP2, não posso esperar para mostrar o quanto tenho desenvolvido para se tornar um piloto mais completo", concluiu.

Haryanto poderá até ser a melhor chance da Indonésia se estrear na Formula 1, já que desde há algum tempo que se tem vindo a falar que as empresas locais poderão juntar até 50 milhões de dólares em patrocínio para fazer com que ele fique com uma das vagas da marca, que em 2016 terá motores Mercedes. Por outro lado, Jordan King, de 21 anos e filho de Justin King, antigo dono da cadeia de supermercados britânica Sainsbury's, até tem feito uma estreia decente na GP2, com um segundo lugar como melhor resultado e uma volta mais rápida.

E para além disso, King já esteve com a equipa nas corridas de Austin e Cidade do México, para entender melhor como é que a equipa funciona, e provavelmente com ideia de ser piloto de desenvolvimento num futuro próximo.

"O papel de piloto de desenvolvimento tem sido uma oportunidade fantástica para mim nesta temporada, apreciei e beneficiei de cada minuto passado com a equipa", começou por dizer à Autosport britânica. "Em Austin e no México, mergulhei totalmente no ambiente da Formula 1 e estou aprendendo sobre o funcionamento das coisas, quer dentro, quer fora da pista".

"Naturalmente, estou ansioso pela chance de dirigir o MR03B, e estou ansioso para mostrar tudo que aprendi em Abu Dhabi", concluiu.

domingo, 22 de novembro de 2015

A imagem do dia


Há precisamente vinte anos, no País de Gales, o Mundial de Ralis tinha Ford, Subaru, Mitsubishi e Toyota; tinha pilotos como Juha Kankkunen, Carlos Sainz, Didier Auriol, Tommi Makkinen, e passava em lugares como Corsega, Monte Carlo, Portugal e Safari, entre outros. Mas não tinha tido até ali um campeão de ralis britânico.

Os ralis sempre tiveram bons pilotos das ilhas britânicas como Roger Clark, Tony Pond e Jimmy McRae. Este escocês, quatro vezes campeão nacional de Ralis, não correu muitas provas no Mundial, mas tinha dois filhos, Colin e Alistair. O mais velho tinha talento precoce, tanto que a Prodrive o contratou para andar nos seus Subaru Legacy, do qual fazia espectáculo... quando ficava na estrada. Porque tão rapidamente andava na estrada como acabava fora dela.


Colin McRae cedo conseguiu dar nas vistas, mas apenas no Rali da Nova Zelândia de 1993 é que alcançou a vitória, e com o tempo passou a ideia de que o apelido de "Colin McCrash" também poderia simbolizar velocidade e vitória. 

Em 1995, com o Mundial de Ralis mais curto de sempre - apenas nove provas! - e com uma equipa que tinha Carlos Sainz como companheiro de equipa, McRae sentiu a pressão de um pilotos mais regular e menos selvagem. Mas depois de um mau começo, o escocês foi o melhor na Nova Zelândia e conseguiu mais dois segundos lugares, na Austrália e em Espanha, antes de chegar à última prova do ano, no País de Gales.

Com esse rali a ser abalado com o escândalo dos restritores na Toyota (do qual foram expulsos do WRC e os seus pilotos desclassificados), o rali foi um duelo entre Carlos Sainz e Colin McRae. O escocês teve de abrir mão na prova anterior, na Catalunha, e estava frustrado com isso. Pretendia vingar com força, mas com cabeça para ver se alcançava aquilo que nenhum piloto britânico tinha conseguido até então. No final, foram três dias duros, mas McRae conseguiu a vitória e mesmo com Sainz em segundo, tinha a vantagem suficiente para ser coroado campeão do mundo. O primeiro escocês, o primeiro britânico. E a partir dali, mais do que a sua espectacularidade, ele conseguia também vencer e ser campeão, entrando assim na história da modalidade... e dos adeptos.

O regresso da Peugeot à Endurance não acontecerá tão cedo

O reavivar da Endurance aconteceu na pior altura possível para a Peugeot, quando os problemas que a marca teve no final de 2012 a fizeram abandonar intempestivamente o WEC. Alguns falam que a marca francesa ainda faz falta numa competição que está cada vez mais interessante com a Audi, Porsche, Nissan e Toyota a participar na LMP1, a classe principal. Ainda mais com um "petrolhead" como presidente, o luso-francês Carlos Tavares.

Este fim de semana, porém, Tavares falou a um programa de TV francês, a "Turbo", onde ao ser abordado sobre algum plano para o regresso da marca à Endurance, afirmou que um eventual regresso dependeria de algumas condições:

"Já andei a discutir esta questão com vários dirigentes desportivos, e sempre que falamos sobre isso, coloco sempre uma série de condições", começou por afirmar.

"A primeira condição é que o grupo PSA esteja completamente fortalecido em termos económicos. A segunda condição é ter, ao nível do Campeonato Mundial de Endurance, um controle sobre os regulamentos que resulta em um controle de custos que torne este desporto viável", continuou.

"E a terceira condição é termos tempo para nos preparar e enfrentar os nossos concorrentes, outras marcas que estão lá há mais anos do que nós e por isso temos de ser capazes de entrar ao melhor nível em termos de preparação e maturidade técnica e tecnológica, porque se voltarmos lá, obviamente, é para ganhar", concluiu.

Apesar de óbviamente o grupo PSA estar disposto a competir no automobilismo, depois de termos assistido ao anuncio da Citroen, que vai fazer um ano sabático no WRC para regressar em força em 2017, à custa do WTCC, no caso da Peugeot, as suas prioridades são o Dakar e o programa do 208 Ti16 no Europeu de Ralis. Logo, apesar da ideia de um regresso à Endurance não estar descartada, esta não acontecerá nos próximos anos, talvez até ao final de década.

A Peugeot esteve na Endurance entre 2007 e 2011 com o moelo 908, com pilotos como Sebastien Bourdais, Pedro Lamy, Marc Gené, Stephane Sarrazin, Alexander Wurz e David Brabham, entre outros, acabando por vencer as 24 Horas de Le Mans em 2009, com Brabham, Gené e Wurz ao volante.

Youtube Motorsport Crash (II): O acidente de Francisco Mora na primeira corrida de Macau

Até parece que uma corrida em Macau sem acidentes não é corrida, mas foi o que aconteceu este domingo de manhã por aquelas bandas. A primeira corrida da TCR International Series também foi agitada, com o acidente que envolveu o português Francisco Mora, que bateu forte na parede na zona veloz do circuito, perto do Hotel Lisboa. Se a corrida dele ficou-se por ali, felizmente, as consequências não foram graves, porque ainda sofreu uma colisão de outro piloto.

Youtube Motorsport Crash: O acidente da segunda corrida do TCR em Macau


Macau é sempre uma pista difícil e propensa a acidentes. E a segunda corrida da TCR International Series foi propensa a isso, após o toque entre Jordi Gené e Rob Huff metros depois do inicio da corrida, com os dois primeiros classificados a baterem na parede e que fez com que provocasse uma carambola que eliminou pelo menos dez carros.

Montoya experimentou o carro... e adorou

Juan Pablo Montoya, este domingo, no Bahrein, a experimentar o Porsche 919 Hybrid, para ter uma ideia de como é um carro de Endurance. Aos 40 anos de idade, e com carreira mais do que consolidada, o piloto colombiano é dos melhores e mais respeitados pilotos dos nossos dias, mas continua com fome de alcançar mais e melhor. Teve um bom ano de 2015, quando venceu as 500 Milhas de Indianápolis e ter liderado toda a temporada da IndyCar até Sonoma, onde foi batido por Scott Dixon porque o neozelandês venceu mais corridas do que o colombiano.

"A primeira impressão do carro é que ele é fantástico", referiu após o teste à imprensa. "É muito divertido; está repleto de potência e é realmente estável. É chocante que seja tão bom que, de certa forma, é até relativamente fácil de conduzir", acrescentou. "É tão previsível que te convida a andar sempre no limite. Esta é a minha principal dificuldade. Preciso de perceber o balanço correto entre conduzi-lo depressa e ultrapassar o limite", concluiu.

Apesar de se ter adaptado com facilidade, e de provavelmente fazer novo teste em Barcelona, é altamente provável que o piloto colombiano não irá participar no Mundial de 2016 por causa dos seus compromissos com a IndyCar. Por exemplo, não poderá participar nos testes oficiais da categoria, que acontecem em abril, em Paul Ricard.

Mas o teste abriu-lhe o apetite para correr no futuro. Mas somente na LMP1: "Algum dia seria bom fazê-lo - já fiz tudo, portanto seria uma boa experiência. Mas apenas num carro destes. Não estou interessado em correr em Le Mans num GT ou num carro mais pequeno."