É tido e achado que não sou muito fã de Pastor Maldonado. A sua excessiva agressividade e a sua incapacidade de não reconhecer os seus erros na pista, apesar de agora estar um pouco mais calmo, diga-se de passagem. E digo calmo porque agora não está sempre a bater nos outros pilotos, apesar de ter dado um toque no Sauber de Marcus Ericsson durante o GP do Brasil...
Aos 30 anos de idade, e apenas com uma vitória no seu currículo em 2012 (num dia em que tudo correu bem a ele...), Maldonado apareceu esta semana na ribalta por causa das suas declarações sobre Lewis Hamilton e a Mercedes, defendendo ainda o seu estilo "win or wall".
Aos 30 anos de idade, e apenas com uma vitória no seu currículo em 2012 (num dia em que tudo correu bem a ele...), Maldonado apareceu esta semana na ribalta por causa das suas declarações sobre Lewis Hamilton e a Mercedes, defendendo ainda o seu estilo "win or wall".
“Sempre tive tomates para ir além do limite. Sempre guiei de forma muito agressiva. A minha carreira toda. Quando coloco o meu capacete, eu ando o mais rápido que eu posso. E, algumas vezes, ainda mais. Às vezes você comete um erro, mas para explorar seus limites, você tem de superá-los”, começou por dizer numa entrevista ao jornal alemão ‘Bild am Sonntag’.
“Ainda na minha primeira corrida no kart, quando usava almofadas no assento para eu poder ver, sempre fui audacioso. Tudo ou nada, este era meu lema”, declarou. E claro, irritou-se quando os outros lhes apontam o dedo pelo seu estilo agressivo: “Outros pilotos também batem e ninguém fala sobre isso depois. Eu bato e imediatamente isso se torna um escândalo. Às vezes não acho justo dizer que é sempre culpa minha”, bradou.
Sobre Hamilton, o piloto venezuelano lamentou que não tenha tido a mesma sorte que teve o piloto da Mercedes. “Olha, gostaria de saber. Infelizmente, não tive chance de sentar em um carro vencedor, mas acho que, se eu estivesse na Mercedes, poderia lutar com Lewis. Definitivamente, tenho ambição suficiente e espírito de luta. E sei que tenho talento para batê-lo”, complementou. Curiosamente, ambos nasceram com três meses de diferença, com o britânico a nascer primeiro.
Claro, as criticas não deixaram de aparecer, a começar pelo bicampeão finlandês Mika Hakkinen, que não deixou passar em claro o que ele disse: “Se um piloto não aprende com seus próprios erros, então punições mais duras devem ser aplicadas. Maldonado parece não aprender nada com seus erros”, reclamou Häkkinen. O finlandês sabe do que fala, pelo seu próprio exemplo, pois em 1994 foi um dos causadores da carambola no inicio do GP da Alemanha e a FIA teve mão pesada, quando o suspendeu com uma corrida. Hakkinen não perdeu a sua velocidade, mesmo depois do seu grave acidente no ano seguinte, em Adelaide, onde esteve em risco de vida. Mas a sua agressividade foi drasticamente reduzida, ao ponto de ele se tornar campeão do mundo por duas vezes.
“Acho que os outros pilotos que correm com ele nem fazem ideia de o que vai acontecer em seguida. Eu até entenderia se você estivesse lutando pela vitória nas últimas voltas. Ele deveria usar mais do senso comum”, concluiu.
Que todos os pilotos tem uma agressividade e a têm de mostrar em pista, é verdade. Mas uma coisa é domá-la e ser bem sucedido sem a perder, outra coisa é ser "accident prone". O seu companheiro de equipa, Romain Grosjean, também era um piloto muito agressivo e após o seu acidente na partida do GP da Belgica de 2012, ele conseguiu domar essa agressividade sem perder velocidade e sem andar à pancada com os outros pilotos. Hoje em dia é elogiado pela sua velocidade, mas teve de aprender às custas de uma suspensão por parte da FIA.
Para piorar as coisas, parece ser um casmurro, e a idade também não está muito a seu favor. Tem já 30 anos e vai na sua sexta temporada, e como o finlandês diz, as coisas só não são mais vistas porque acontece a meio do pelotão. Parece que estamos sujeitos a ver algo grave para que a FIA atue no caso dele, e se for assim, não há garantias de que ele irá acalmar-se, pois parece que é algo que gosta, esta sua atitude "win or wall". Em tempos não muito distantes, esses "pilotos corajosos", como disse Juan Manuel Fangio, já estariam mortos...
2 comentários:
o homem foi o - pouco - sal desta temporada.
Olha, não duvido que se estivesse na Mercedes disputaria com o Hamilton. No mínimo não recolheria o carro se o Hamilton espremesse na curva.
Talvez se estivesse no melhor carro... mas pra chegar lá, fica difícil fazê-lo do jeito que guia.
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