sábado, 9 de agosto de 2008

Felix da Costa soma e segue!

António Felix da Costa soma e segue na sua primeira temporada nos monolugares. Este fim de semana joga-se a jornada dupla da Formula Renault NEC (North European Competition) no circuito belga de Zolder, e depois de ter sido terceiro classificado nas duas sessões de treinos, esta tarde, terminou a primeira corrida no segundo posto.


No conjunto das 17 voltas ao circuito belga, Felix da Costa só perdeu a favor do holandês Stef Dusseldorp, que venceu com 1,7 segundos de diferença sobre o piloto português. O alemão Tobias Hegewald completou o pódio. Nesta corrida, o grande destaque foi a desistência do finlandês Valteri Bottas, que só tinha até agora ganho todas as corridas em que participou. com este resultado, Felix da Costa consolida o seu segundo lugar neste campeonato.


Amanhã acontecerá a segunda corrida desta jornada belga.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Um video de Portimão

Eu de quando em quando, coloco aqui novidades sobre o andamento das obras do Autódromo do Algarve, em Portimão. Há cerca de duas semanas atrás, fez-se as primeiras voltas à pista ao volante quer de uma moto (neste caso, o Miguel Praia, companheiro do malogrado Craig Jones na Parkalgar Racing Team), que deu umas voltas no traçado, que na altura tinha colocado a sua primeira camada de asfalto.



A reportagem foi transmitida na SIC Noticias, e podem vê-la aqui. Já só faltam quatro meses para que tudo fique pronto, mas digo já: é uma pista desafiante!

Os Jogos Olimpicos do Capelli

À hora que escrevo isto, decorre em Pequim a cerimónia de abertura dos Jogos Olimpicos. Ora, como vamos ter três semanas sem Formula 1, o nosso "Ivan Capelli" decidiu unir o últil ao agradável, é lá fez os seus Jogos Olimpicos, num regresso daquele humor infame que o celebrizou no inicio da sua carreira!


Ontem e hoje já meteu duas "modalidades" ganhas até agora por pilotos italianos. E um dos "favoritos" já ganhou o seu primeiro ouro... aproveitem para carregar no play e ver os videoclips, enquanto os idiotas da Formula One Management não os tirarem do ar!

Extra-Campeonato: As oito coisas que gostarias de fazer antes de morrer...

Desde há um mês a esta parte, decidi construir outro blog, para falar de outras coisas, e porque não, activar a minha costela de escritor, que é para confirmar se existe mesmo ou é só treta. As primeiras impressões estão a ser boas, pois tenho pelo menos uma pessoa a comentar o meu conto...


Bom, ontem uma das minha visitas no outro lado desafiou-me para dizer que oito coisas gostaria de fazer para que a minha existência fosse plena e para que o Senhor lá de cima me venha buscar só depois de as fazer. Pois bem, lá pensei e coloquei-as aqui. Ei-las:


1 - Viajar para Bora Bora e às Seychelles.
2 - Escrever mais do que um livro.
3 - Assistir a uns Jogos Olimpicos ao vivo. Já sabem onde me procurar em 2012!
4 - Assistir ao vivo a pelo menos uma edição das 24 Horas de Le Mans e das 500 Milhas de Indianápolis.
5 - Arranjar uma casa de praia num paraíso tropical qualquer e lá viver a minha velhice. E não é no Brasil!
6 - Guiar um Formula 1, dos verdadeiros.
7 - Fazer o
Plymouth-Banjul, o mais louco dos ralis, a bordo de um Renault 4.
8 - Ser o proprietário de um Porsche 911 dos antigos.


Depois, pede-se que eu escolha oito pessoas a quem passe o desafio. Confesso que sinto um pouco ridiculo, pois não sei se aceitam ou não, mas pronto, lá vou escolher oito pessoas, desconhecendo se vão aceitar...

Escolhi estes (e já peço desculpa antecipadamente aos outros...)

Ron Groo
Priscilla Bar
Maciel
Pezzolo

Octeto (pode ser uma ou todas elas!)
Rianov
Felipão
Nuvolari (para ser mais internacional)


Não sei se algum me vai responder. Se responderem todos, muito bem. Se não, deixa lá, é só mais um excercício divertido para o pessoal brincar, agora que vamos ter três semanas sem Formula 1...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Raikonnen quer experimentar os ralies

Que todos sabem que Kimi Raikonnen não quer ficar muito tempo na Formula 1, isso é verdade. Contudo, quando Raikonnen disse numa entrevista, há alguns dias atrás, que gostaria de experimentar os Ralies, os "analistas" disseram logo que ele já estaria a planear o futuro depois da Formula 1.


E esses rumores aumentaram hoje quando Malcom Wilson, o director desportivo da Ford, disse que estaria disposto a conceder um teste a Raikonnen, no final da época. Em declarações ao canal televisivo Eurosport, Wilson disse que não teria problemas em tê-lo ao volante de um dos seus carros. "Eu oferecer-lhe-ia um teste. Seria uma grande oportunidade para nós".


Para melhorar as coisas, fala-se que a Fiat, através do seu preparador, a Abarth, estaria a planear uma entrada no Mundial WRC de pilotos, e a ideia de ter Kimi Raikonnen seria optima, nem que seja para o marketing... Sobre essa hipótese, acho que a Fiat ficaria melhor servido se escolhesse... o Valentino Rossi!

The End: Andrea Pinifarina (1957-2008)

O actual presidente da Pininfarina, Andrea Pininfarina, morreu esta manhã aos 50 anos, em Milão, vítima de um acidente de trânsito. Este aconteceu quando se deslocava para o trabalho, ao volante da sua Vespa, e bateu contra um carro que lhe fizera uma manobra mesmo à sua frente.


Andrea era neto de Sergio "Pinin" Farina, o homem que fundou a empresa, em 1930, e sucedeu ao seu pai na presidência, em 2001. Era licenciado em engenharia mecânica, curso que tirou em 1982, e ajudou a desenhar modelos emblemáticos como o Ferrari Enzo, ou os mais comuns, como o Peugeot 407 e o Ford Focus, bem como diversos modelos da Alfa Romeo. Para além da sua passagem pela empresa, também foi vice-presidente da Cofindustria, a associação patronal italiana, do qual faz parte o actual presidente da Ferrari, Luca de Montezemolo.


Já agora, Andrea era parente próximo de Nino Farina, o primeiro campeão do Mundo de Formula 1, em 1950.


Esta morte acontece numa altura crucial para o futuro da marca, pois correm rumores de que cerca de 55 por cento das acções pertencentes à familia poderão ser vendidas em Bolsa, e fala-se de que Roman Tata, o manager do comglomerado indiano, poderá estar interessado na compra dessas acções. Numa viragem algo cruel dos acontecimentos, as acções da Pininfarina subiram para valores recorde...

GP Memória - Alemanha 1983

A Formula 1 teve nesse ano um intervalo de três semanas entre os Grandes Prémios inglês e alemão. Logo, as equipas decidiram aproveitar esse tempo para fazer um conjunto de testes, onde se experimentavam novas soluções, e viam-se novos talentos para o futuro. Foram o que fizeram Brabham e Williams, e neste último, um jovem de 23 anos, então o lider incontestado na Formula 3 britânica, tinha o seu primeiro contacto com a categoria máxima. Era Ayrton Senna.


Na Williams, as coisas eram ainda mais estranhas, não tanto pelo facto de testar dois italianos vindos também da formula 3, Ivan Capelli e Pierluigi Martini, mas o de permitir que um velhote de 54 anos desse umas voltas. Esse senhor era Strling Moss.

Mas, aparte os testes, a "silly season" ia alta, tal como o Verão. Rumores falavam que Patrick Tambay iria embora da Ferrari, para ser substituido pelo jovem talento italiano Michele Alboreto, então na Tyrrell, e que a Arrows iria ser a terceira equipa a ser fornecida pela BMW, depois da Brabham e da ATS.

Nos treinos, o melhor foram os Ferrari, com Tambay na frente, no mesmo local onde ganhara o seu primeiro Grande Prémio, um ano antes. Logo a seguir vinha o seu companheiro de equipa, René Arnoux. Na segunda fila estavam o Alfa Romeo de Andrea de Cesaris, que com o seu terceiro lugar na grelha, igualava o seu melhor resultado do ano com o que tinha alcançado na Belgica. Ao lado do italiano alinhava o Brabham-BMW de Nelson Piquet. Os Renault monopolizavam a terceira fila, com Alain Prost à frente de Eddie Cheever.

O melhor não-Turbo era o Toleman de Derek Warwick, no nono posto, logo seguido pelo seu companheiro, o italiano Bruno Giacomelli. Quem não se qualificava era, para surpresa de todos, o ATS do alemão Manfred Winkelhock, que com o seu motor BMW Turbo, certamente se esperava que fizesse muito melhor. o RAM de Kenny Acheson e o Osella de Corrado Fabi acompanharam-no nesta má sorte de não alinhar na corrida de domingo.

A corrida começou com Tambay e Arnoux na frente, mas logo após a terceira volta, Arnoux assegura a liderança, para não mais a largar até ao final da corrida. E se as coisas ficam resolvidas, pelo menos nos lugares da frente, mais atrás, houve luta. Primeiro, quando Tambay desiste à volta 11, De Cesaris assume o segundo lugar, mas perde-o com a subida de Piquet para esse posto. Um pouco atrás, Alain Prost não conseguia mais do que um quinto lugar, pois tinha sido ultrapassado pelo segundo Brabham, de Riccardo Patrese. Quando Arnoux vai às boxes reabastecer, Piquet assume provisóriamente a liderança, que depois entrega a Arnoux quando é a sua vez de reabastecer.

As coisas iriam ficar assim até perto, muito perto do final, quando a duas voltas do fim, o Brabham tem uma fuga de combustível, que causa um incêndio. E é assim que vê fugir preciosos seis pontos...

Com isto, vê o Alfa Romeo de Andrea de Cesaris a alcançar os seus primeiros pontos da temporada, e logo com uma subida ao pódio! A acompanhá-lo, irá o segundo Brabham-BMW de Riccardo Patrese, logo seguido pelo Renault de Alain Prost, que com o problema do seu rival, consegue três preciosos pontos para a luta pelo campeonato. Depois dele, vinham os dois McLaren, os primeiros carros não-Turbo, de Niki Lauda e John Watson. Só que o austríaco tinha feito uma manobra irregular nas boxes (fez marcha-atrás quando falhou a sua entrada), logo, os comissários não tiveram outra alternativa senão desclassificá-lo. Assim, Watson herdou o quinto lugar e o sexto posto ficou com o Williams de Jacques Laffite.


Fontes:

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Noticias: Rosberg confirma que fica na Williams

O piloto alemão Nico Rosberg confirmou hoje o que já está a ser falado há algumas semanas: ficará na Williams para a temporada de 2009.

Em entrevista para o jornal alemão "Frankfurter Rundschau", o piloto de 23 anos afirmou que assinou o contrado porque acredita que a equipa pode fazer bons resultados na próxima temporada. "O regulamento técnico será totalmente novo, e podemos estar na frente. Tenho certeza de que a minha hora irá chegar", afirmou.


Rosberg também afirmou que tinha grandes expectativas para este ano, mas que sairam furadas. contudo, acreditam que podem dar a volta por cima nas corridas que restam "Nós caímos, e as equipas com quem nos comparamos estão mais rápidos. Mas acreditamos que os circuitos que ainda restam são apropriados para o nosso carro. E eu acredito na equipa. Caso contrário, não teria assinado contrato para 2009", explicou o alemão, em declarações captados no site brasileiro Grande Prêmio.

As notas da Hungria

Já foram divulgadas as notas que nós demos à prestação dos pilotos no GP húngaro. Apesar de existirem as discrepâncias do costume, nem houve muita polémica nas notas atribuidas, embora confesse que aquelas notas que os outros deram ao Massa sejam mais por pena do que por outra coisa... ou então fui um pouco cruel para com ele. Mas tenho que o penalizar, pois ele não acabou. Caso contrário, teria mercido um dez.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

WTCC divulga o seu calendário para 2009

O WTCC divulgou hoje o seu calendário provisório para a temporada de 2009, que anuncia doze datas, do qual uma ainda está em aberto, em principio na Ásia, mas que não será Macau.

O calendário tem uma novidade: pela primeira vez vai acolher uma prova africana, que vai acontecer nas ruas da cidade marroquinda de Marrakesh. No caso português, a rotatividade continua. Depois de este ano ter acontecido no Estoril, o calendário de 2009 contempla uma nova visita ao circuito urbano da Boavista, no Porto.


Eis o calendário completo:


8 Março - Curitiba (Brasil)
22 Março - Puebla (México)
3 Maio - Marraquexe (Marrocos)
17 Maio - Valencia (Espanha)
31 Maio - Pau (França)
21 Junho - Brno (Rep. Checa)
5 Julho - Porto (Portugal)
19 Julho - Brands Hatch (Grã-Bretanha)
30 Agosto - Oschersleben (Alemanha)
4 Outubro - Monza (Itália)
25 Outubro - Okayama (Japão)
15 Novembro - A anunciar

GP Memória - Alemanha 1973


Quando a Formula 1 chega ao enorme e mitico "Inferno Verde" de Nurburgring, tinha passado apenas uma semana desde o acidente mortal de Roger Williamson, e as ondas de choque ainda se sentiam no pelotão da Formula 1. A March não estava presente, em sinal de luto, mas o herói de Zandvoort, David Purley, estava presente. A Ferrari primava também pela ausência do Nurburgring, mas aqui, eles lutavam contra a crise que assolava na equipa. Sendo assim, libertaram Jacky Ickx para que pudesse guiar noutra equipa, e ele escolheu ir para a McLaren, onde dispensavam um terceiro carro, ao lado dos pilotos habituais, os veteranos Peter Revson e Denny Hulme.

A Tecno também não apareceu, pois eles queriam melhorar o carro para Monza, mas nessa altura, a equipa estava em litígio com o patrocinador, a Martini, e o seu piloto, Chris Amon, começava a ficar sem paciência para os aturar...

Quem também não apareceu foi a Hesketh. Por um lado, como corriam com um chassis March, era também devido ao que tinha sucedido em Zandvoort, mas o Lord Hesketh teve uma resposta no mínimo original: "Não gosto dos alemães e não quero participar na corrida". A Brabham era outra equipa que colocava três carros, para Carlos Reutmann, Wilson Fittipaldi e o local Rolf Stommelen, que substituia o acidentado Andrea de AdamichA Surtees tinha também três carros, para o brasileiro Carlos Pace, o inglês Mike Hailwood e um jovem piloto alemão que se tinha estreado em Silverstone, três semanas antes. Chamava-se Jochen Mass.

Na Lotus, era a dupla habitual, Emerson Fittipaldi e Ronnie Peterson, mas o brasileiro ainda estava em convalescência devido ao seu acidente nos treinos do GP da Holanda, onde se tinha magoado no tornozelo. Ao contrário, a Tyrrell tinha um Jackie Stewart em forma, mais o seu fiel escudeiro Francois Cevért.

Nos treinos, Stewart foi o melhor, seguido por Peterson. Cevért era o terceiro, seguido pelo McLaren de Jacky Ickx, que era melhor do que os pilotos oficiais! O quinto na grelha era o BRM de Niki Lauda, e no sexto lugar estava o Brabham do argentino Carlos Reutmann. Peter Revson era o sétimo, no McLaren, seguido seu companheiro Dennis Hulme. E a fechar o "top ten" estavam os BRM de Jean-Pierre Beltoise e de Clay Regazzoni. Emerson Fittipaldi era apenas 14º, atrás de José Carlos Pace (11º) e o seu irmão Wilson Fittipaldi (13º)

Na partida, Stewart e Cevért ficam na frente, para não mais o largarem, enquanto que Ickx perdia o terceiro lugar a favor de Niki Lauda. Peterson era quinto, mas nem chegaria a completar a primeira volta, pois o motor não resistiu. Quem também teria uma corrida curta era Lauda, que tem um acidente na zona de Kesselschen, e fractura o seu pulso. Começava aqui a sua má relação com o "Inferno Verde"...

Com isto tudo, Ickx subia ao terceiro lugar, e mantinha-se aí, fazendo uma excelente corrida. Atrás dele vinha Reutmann, Pace, Wilson Fittipaldi, Hulme e Emerson Fittipaldi. As coisas ficariam assim até à sexta volta, altura em que o motor de Reutmann explode, e Pace herda o quarto lugar. Seria a última desistência da corrida.

No final da corrida, Jackie Stewart comemorava o seu 27º triunfo na Formula 1, alargando ainda mais o seu recorde. Era o líder do campeonato, e via o seu rival, Fittipaldi, cada vez mais a atrasar-se na luta pelo campeonato. Cevért era o segundo, seguido por Jackie Ickx, numa das suas melhores corridas da sua carreira. Nos restantes lugares pontuáveis, estavam pela primeira vez na história três brasileiros: Carlos Pace no quarto lugar (e com a melhor volta da corrida), Wilson Fittipaldi no quinto, e Emerson em sexto.

Fontes:

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Historieta da Formula 1: Arie Luyendyk na McLaren

O nome de Arie Luyendyk é incontornável no automobilismo, especialmente na Formula Indy. Agora com 54 anos, Luyendyk ganhou as 500 milhas de Indianápolis em 1990 e 1997, e o seu filho, Arie Luyendyk Jr. tenta seguir os mesmos passos do seu pai, mas na Indy Lights, a categoria inferior da IRL.

Mas o que traz aqui este senhor, com uma carreira na Formula 3 e Formula 2 europeia, e que ele nunca correu na Formula 1, emigrando para a Indy em 1985, com uma carreira de sucesso? Pode nunca ter corrido, mas acham que alguma vez se sentou num desses bólidos?


Claro que sim! No final de 1979, Luyendyk fez um teste com um McLaren M26 em Brands Hatch, pois eles andavam à procura de um segundo piloto para a equipa, depois da saída de Patrick Tambay. Luyendyk esteve o dia todo a rodar com o carro, mas os tempos foram modestos. No final, a equipa escolheu um franzinho francês, que tinha evoluido no ano anterior na Formula 3 europeia. Era Alain Prost.


Já agora, este post é baseado noutro existente no F1 Nostalgia, o blog do Rianov Albinov.

Os cem vencedores da história da Formula 1

No dia em que Heiki Kovalainen se estreou na lista dos vencedores, ele se tornou no centésimo piloto a alcançar tal feito, em quase 60 anos de história da Formula 1.




Alguns de vocês devem saber que o primeiro vencedor foi Nino Farina, a bordo de um Alfa Romeo, no GP inaugural, a 13 de Maio de 1950, no circuito inglês de Silverstone. O exercício que se segue não é obviamente saber os restantes 98, pois se queiserem ver essa lista, recomendo a consulta ao post do Capelli. Aqui, o exercício é saber quem foram os outros vencedores "simbólicos", e a sua primeira vitória em Grande Prémio:


Vencedor numero 1: Nino Farina (Itália), Alfa Romeo, GP Inglaterra 1950


Vencedor numero 10: Billy Vukovich (Estados Unidos), Kurtis Kraft - Offenhauser, 500 Milhas de Indianápolis 1953


Vencedor numero 20: Tony Brooks (Inglaterra), Vanwall, GP da Belgica de 1958.


Vencedor numero 30: Graham Hill (Inglaterra), BRM, GP da Holanda 1962.


Vencedor numero 40: Jacky Ickx (Belgica), Ferrari, GP França 1968.


Vencedor numero 50: Peter Revson (Estados Unidos), McLaren-Ford, GP Inglaterra 1973.


Vencedor numero 60: Jacques Laffite (França) Ligier-Matra, GP da Suécia 1977.


Vencedor numero 70: Patrick Tambay (França) Ferrari, GP da Alemanha 1982.


Vencedor numero 80: Damon Hill (Inglaterra), Williams-Renault, GP de Hungria 1993.


Vencedor numero 90: Ralf Schumacher (Alemanha), Williams-BMW, GP de San Marino 2001.

Grave acidente mata motocilcista inglês

É raro falar de motos, mas hoje abro uma excepção, infelizmente por circunstâncias trágicas.



O inglês Craig Jones, de 23 anos, morreu esta madrugada depois de ter sofrido na véspera uma queda durante a etapa de Brands Hatch do Mundial de Super Bike, categoria Supersport. Jones, que corria pela equipa portuguesa Parkalgar Racing Team (os responsáveis pela construção do Autódromo do Algarve), lutava pelo triunfo numa das mangas, quando sofreu uma violenta queda no asfalto, sofrendo um traumatismo craniano grave.


Transportado para um hospital na zonda de Londres, não resistiu aos ferimentos.




Apesar da segurança ser hoje algo que é muito levado em conta, este acidente é o exemplo mais fiel de que as coisas nunca serão cem por cento seguras, e que a glória é mesmo a irmã da tragédia, mesmo que esta última se encontra afastada há muito...

The End: Alexander Solzenithsyn (1918-2008)

Muitos de vocês devem ter lido "O Arquipélago do Gulag". Provavelmente também leram "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich", falando da vida de um prisioneiro na União Soviética de Estaline. Esses livros foram escritos por Alexander Solzentihsyn, o homem que contou ao Ocidente aquilo que se passava dentro da União Soviética, do Estado dentro do Estado, da realidade por detrás dos feitos de Estaline. Devido a isso se tornou num notado dissidente, e ganhou o Prémio Nobel em 1970. Por causa disso, exilou-se nos Estados Unidos em 1974, para voltar vinte anos depois, após o colapso da União Soviética. Morreu este Domingo, aos 89 anos, vítima de insuficiência cardíaca.


Nasceu a 11 de Dezembro de 1918 em Kislovodsk, perto do Cáucaso. Nunca conheceu o pai, um oficial do exército impérial, que morreu antes de ele nascer, logo, foi educado pela mãe, que era proprietária de uma fazenda, confiscada pelas autoridades soviéticas. No inicio dos anos 40, estuda matematica na Universidade de Rostov, ao mesmo tempo que tira cursos de correspondência em História, Literatura e Filosofia na Universidade de Moscovo.

Quando a União Soviética entra na II Guerra Mundial, torna-se comandante numa divisão de Artilheria, mas perto do final da guerra, é denunciado por ter criticado numa carta, a maneira como Estaline conduzia a guerra. Interrogado pela então NKVD (depois KGB) na temerosa prisão de Lubianka, foi condenado a oito anos de prisão num campo de trabalho, sendo depois exilado para as estepes do Cazaquistão. As suas experiências nesse campos de prisioneiros tornaram-se na base dos seus livros mais aclamados: O "Arquipélago do Gulag" e "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich".

Quando foi para o Cazaquistão, tornou-se professor, escrevendo secretamente à noite as suas vivências. Em 1960, quando ele tinha 42 anos, apoximou-se de Alexander Tvardkovsky, (1910-71) o editor do jornal literário Novy Mir, o mais importante do país, e entregou o manuscrito de "Um dia..." Publicado em 1962, com a aprovação oficial do próprio Nikita Kruschev, foi um grande sucesso.

Contudo, dois anos mais tarde, Kruschev foi deposto, os seus sucessores passaram para um comunismo mais ortodoxo e repressor. Solzenthisyn queria publicar "O Pavilhão dos Cancerosos", onde falava nas suas experiências num hospital, quando lhe detectaram um cancro no inicio dos anos 50, pouco depois de sair do "gulag", mas a União de Escritores Soviéticos, a entidade oficial que aprovava (ou não) os livros recomendados, negou a sua publicação, caso não eliminasse as partes "anti-soviéticas". Solzenithsyn, que por esta altura já tinha abandonado o Marxismo como ideologia e se aproximara dos ideiais de infância (crescera educado pelos valores da Igreja Ortodoxa), recusou, e os seus problemas com o poder soviético começaram.


Primeiro, foi incomodado, e depois teve que ficar em prisão domiciliária. Entretanto, quer o "O Pavilhão...", quer depois "O Primeiro Circulo" (1968) foram publicados no Ocidente, depois de serem levados clandestinamente da União Soviética, garantindo sucessos literários e fazenco conhecer o seu nome no Ocidente. E em 1970, o Comité Nobel, querendo marca uma posição politica, concedeu-lhe o Nobel da Literatura.


Isso enfureceu Brezhnhev e o Politburo. Não se deslocou à Suécia, por recear que eles não o autorizassem a regressar ao seu país. Nessa altura, ele trabalhava ferverosamente na sua maior obra: "O Arquipélago do Gulag". Publicado no Ocidente em 1973, e circulado clandestinamente na União Soviética, isto enfureceu tremendamente o poder comunista, que o expulsou do país em Fevereiro de 1974, juntamente com a sua segunda mulher e os filhos ainda pequenos. Primeiro, exilou-se na Alemanha e na Suiça, e depois foi viver para os Estados Unidos.


Lá, onde foi recebido com toda a pompa e circunstância, aproveitou para criticar a sociedade ocidental, especialmente a sua vida rápida e os habitos de consumo. Ficou nos Estados Unidos até 1994, mas quatro anos antes, com o advento da "perestroika", o governo soviético, agora liderado por Mikhail Gorbachov, restaurou a sua cidadania russa. Quando voltou, depois de empreeender uma longa jornada pelo Trans-Siberiano, a partir de Vladivostok, criticou os oligarcas russos e apoiou a defesa intransigente dos valores mais tradicionais da Mãe-Russia, tendo apoiado a segunda Guerra na Tchechénia, e mais tarde as politicas do presidente Vladimir Putin. Posições essas que valeram criticas por parte de muitos dos seus conterrâneos escritores, que o acusavam de ainda ter uma mentalidade arcaica, ainda do tempo dos Czares.


Agora, foi-se, ficam os seus livros como testemunho. Ars lunga, vita brevis.

domingo, 3 de agosto de 2008

A capa do Autosport desta semana

Em fim de semana de Formula 1, é obvio que a chamada de capa tem que ter a ver com a categoria máxima do desporto automóvel, ainda por cima num Grande Prémio que teve alguns "golpes de teatro"... e um estreante na galeria dos vencedores! Portanto, acho que o título "Roda da Sorte" até está bem escolhido.


Noutros tópicos estão dois de ralies e um de Velocidade. O primeiro fala do segundo lugar de Miguel Ramos nas 24 Horas de Spa-Francochamps, onde Pedro Lamy fez a pole-position, num Saleen de GT1 mas não alinhou, por o seu carro ter ficado destruido no "warm up" da corrida. O do meio fala sobre o Rali Vinho da Madeira, a mais importante prova do arquipélago, e que contou para o IRC (a II Divisão dos Ralies), e no final, a inédita vitória de Sebastien Löeb na Finlândia, numa casa onde os nórdicos costumam ser reis...

Formula Renault: Mais um pódio para o Formiga!

O fim de semana automobilistico teve mais resultados para os portugueses. Um deles já começa a ser muito conhecido, apesar da sua provecta idade: António Felix da Costa, mais conhecido pelo apelido "Formiga". Este fim de semana, a Formula Renault voltou à actividade no circuito holandês de Assen, onde o piloto português voltou de lá com mais um pódio.



Na primeira corrida, Felix da Costa partiu do quinto posto, mas logo a seguir subiu ao terceiro lugar, onde começou a atacar o polaco Kuba Giermaziak na luta pelo segundo lugar. No entanto, o piloto português nunca conseguiu encontrar maneira de passar o polaco e teve que se contentar com o lugar mais baixo do pódio.

Na segunda corrida, saiu da quarta posição, mas passou várias voltas a tentar roubar o terceiro lugar ao holandês Nicky Catsburg. Contudo, depois de duas tentativas frustradas, Catsburg fechou o caminho ao piloto português, que ficou com uma roda empenada no seu monolugar, enquanto o seu adversário saiu de pista, relegando-o de vez para quarto lugar final.


Apesar de tudo, o piloto português saiu satisfeito da pista holandesa: "Sinto-me satisfeito com os resultados de Assen pois aumentei a minha experiência, conquistei o meu sétimo pódio em 10 corridas e cimentei a minha vice-liderança neste competitivo campeonato", declarou.


Com este resultado, Felix da Costa tem agora 187 pontos, e reforça o segundo lugar da geral na Formula Renault na categoria de North European Competition. A próxima jornada dupla vai ser no próximo fim de semana, no circuito belga de Zolder.

WRC - Rali da Finlândia (Final)

Esta manhã, caiu mais um tabu no mundo dos Ralies. O de que na Finlândia, só ganham os finlandeses. Pois bem: em terra de nórdicos... Sebastien Löeb foi rei. E com mais estre triunfo, o seu quinto título mundial está cada vez mais próximo, e o seu lugar no Panteão, como o melhor piloto de todos os tempos, está a ficar cada vez mais próximo...


Pela 42ª vez na sua carreira, o piloto francês de 34 anos venceu um rali a contar para o Mundial, e tornou-se no quarto estrangeiro a vencer este rali, e o terceiro não nordico (os outros dois foram Carlos Sainz e Didier Auriol). E claro, no final, as declarações do piloto reflectiam essa felicidade:



"É fantástico! Vencer na Finlândia significa muito para mim! Tudo fiz para vencer esta prova, e a vitória em si, é mais importante que os pontos que obtive. Foi uma grande batalha com o Mirko [Hirvonen] durante todo o fim-de-semana e nunca tivemos um pouco que fosse para descansar. Ele também realizou um trabalho magnífico ao lutar por cada segundo.", declarou, quase em êxtase.

Por seu lado, Mirko Hirvonen era o espelho da desilusão. "Tudo fiz para vencer, mas foi uma grande prova. Estou contente com a minha prestação, pois consegui andar a fundo o rali todo, mas o Séb foi capaz de encontrar um pouco mais, o suficiente para vencer!", afirmou.

A fechar o pódio ficou o Subaru Impreza de Chris Atkinson, que ganhou um duelo quase fratricida por essa posição sobre adversários como o seu companheiro Petter Solberg e o seu irmão Henning, o espanhol Daniel Sordo, o estoniano Urmo Aarva e o italiano Giggi Galli.

Com isto, o Mundial está ao rubro, pois aapesar de Hirvonnen ser ainda o líder, a diferença para Löeb está agora reduzida... a um ponto (67 contra 66). A próxima etapa será daqui a duas semanas, nas classificativas asfaltadas da Alemanha.

Formula 1 - Ronda 11, Hungria (Corrida)

Uma corrida na arena húngara é, se não houver novidades ou "golpes de estado", monótona. As raras vezes em que se vê algo de emocionante, ficam na História. A ultrapassagem do Piquet ao Senna, a ultrapassagem do Mansell e Senna, a chuvarada de 2006, essas são as tais excepções. Mas hoje tivemos três na aridez de uma corrida longa como aquela: a partida de Felipe Massa, o furo de Lewis Hamilton, e o golpe de teatro do piloto da Ferrari, a três voltas do fim.

Se a partida do brasileiro, que foi do tipo canhão, e que conseguiu surpreender e ultrapassar os McLaren, colocando-o na liderança, o furo do inglês 35 bvoltas mais tarde, parecia confirmar a vitória do piloto da Ferrari, que seria a sua quarta do ano. Mas a alma do Cavalino decidiu ir ter com Il Commendatore três voltas antes do tempo, e deixou o pobre brasileiro nas lonas...


Claro, com os problemas do lider, restou a Heiki Kovalainen "salvar a honra do convento". Lá conseguiu, caída do Céu, mas não menos merecida, a sua primeira vitória na Formula 1, no mesmo fim de semana em que ele renovou o seu contrato com a McLaren por mais uma temporada. Pode ser como escudeiro de Hamilton, mas quando o lider falha, ele lá está para ajudar a equipa. Um fiel escudeiro, sem dúvida.


Lewis Hamilton, mesmo depois do furo, conseguiu amenizar os prejuízos, ao ser quinto classificado, mas viu outro dos seus rivais pontuar à sua frente, que foi Kimi Raikonnen. Mas como se diz no futebol, o resultado foi melhor do que a exibição, pois este finlandês teve um fim de semana muito apagado. Sexto na grelha, não fez grande coisa na corrida, pois nem sequer conseguiu ultrapassar o Toyota de Timo Glock. A equipa diz que o carro teve problemas, mas acho que há um dedo da pouca motivação do piloto...


A Toyota teve um fim de semana de sonho. Colocou Glock no pódio, e levou Trulli ao sétimo lugar, melhor do que por exemplo, a Renault, que deu Alonso em quarto e Piquet em sexto... o segundo lugar do alemão, actual campeão de GP2, foi inteiramente merecido por várias razões. Não só para compensar o desastre de Hockenheim, com aquele espectacular acidente na recta da meta, causada por uma suspensão quebrada, mas também para recompenasr o bom quarto lugar da grelha no dia de ontem.


Se os Toyota pontuam, e os Renault mostram um ar da sua graça, tem que haver perdedores. Aqui, foram os BMW e os Red Bull. No caso alemão, Kubica só foi oitavo, e dos Red Bull... nem sinal deles. A Hungria lhes foi madrasta, e para o polaco, o carro demonstra que estão a perder a força que tinham no inicio do ano.


Agora, a Formula 1 vai de férias, e dará o seu lugar aos Jogos Olimpicos. No dia em que fecham portas, estaremos em Valência, para assistirmos à inauguração de mais um circuito "tilkiano", mas parece não ser um daqueles travados citadinos...

GP2 - Hungaroring (Corrida 2)

Hoje foi dia do suiço Sebastien Buemi se estrear na lista de duplos vencedores da GP2 este ano. A sua vitória desta manhã, no circuito dos arredores de Budapeste, foi conseguida superando o Super Nova de Andy Soucek e o iSport de Bruno Senna, que o acompanharam no pódio.

Quanto a Alvaro Parente... o calvário húngaro continuou. Primeiro foi a penalização em dez lugares, que o atirou para a última posição da grelha, para logo depois, ser abalroado pelo francês Romain Grosjean na sexta volta, quando este fazia uma tentativa de ultrapassagem. Graças a isso, o piloto francês vai ser penalizado em pelo menos dez lugares em Valência.

No campeonato, Senna, que foi terceiro, ganhou pontos face ao lider, Giorgio Pantano, e agora a diferença entre os dois é apenas de sete pontos (65 contra 58). O piloto português é oitavo, com 26 pontos.

GP Memória - Alemanha 1958

O Mundial de Formula 1 podia estar ao rubro, mas quase toda a gente sabia que o campeão seria inglês, pois os candidatos ao título (Hawthorn, Moss, Collins, Brooks) provinham todos das terras de Sua Majestade. O unico assunto pendente nesta temporada era saber que tipo de máquina ele pilotaria, se seriam as máquinas da Vanwall, ou os da Ferrari.

Quando o Mundial chegou à Alemanha, no majestático circuito de Nurburgring, nos seus mais de 22 quilómetros de pista os organizadores, sabendo da extensão da pista, e tentando não aborrecer os espectadores com os tempos mortos, decidiram juntar os carros de Formula 2 para correrem juntos. A Formula 2 nesse tempo era essencialmente uma formula Cooper, pois boa parte dos carros corria sobre esse chassis. As excepções eram os Lotus de Graham Hill e de Ivor Bueb, e os Porsche do alemão Edgar Barth e de um aristocrata holandês um pouco excêntrico, chamado Carel Godin de Beaufort.

No meio da armada Cooper, estavam pilotos como Jack Brabham e Tony Marsh, mas também tinha um jovem de apenas 20 anos, recém-chegado à Europa, depois de ter começado a correr na sua tera natal, a Nova Zelândia. Chamava-se Bruce McLaren.


Na Formula 1, a Ferrari, embalada pelo êxito de Peter Collins em Silverstone, partia confiante para a pista alemã. Peter Collins e Mike Hawthorn eram os pilotos principais, coadjuvados pelo alemão Wolfgang von Trips e pelo americano Phil Hill. No lado da Vanwall, Stirling Moss, Stuart Lewis-Evans e Tony Brooks compunham a equipa. Os Cooper levavam dois carros, para Roy Salvadori e Maurice Trintignant, e a BRM trazia também dois carros, mas eram para o americano Harry Schell e o francês Jean Behra. A Lotus só levava um caro de Formula 1, para Cliff Allison.


No final, também havia espaço para três Maserati privados, da Scuderia Centro-Sud, para Hans Hermann, Jo Bonnier e o americano Troy Ruttman. contudo, o motor do carro de Ruttman partiu-se antes da corrida, e ele não pode alinhar.


Nos treinos, Hawthorn foi o melhor, seguido pelo Vanwall de Tony Brooks, e depois vinha o seu companheiro Stirling Moss. Em quarto lugar na grelha estava Peter Collins, no segundo Ferrari. Von Trips era quinto e o primeiro dos Cooper estava na sexta posição, através de Roy Salvadori. o melhor BRM era o de Harry Schell, no oitavo lugar. Ian Burgess era o melhor dos Formula 2, na 11ª posição, seguido pelo novato McLaren.


Na partida para as 15 voltas que compunham o enorme e infernal circuito alemão, Moss saltou para a frente, seguido por Brooks, Collins e Hawthorn. Contudo, antes do final da primeira volta, os dois Ferrari tinham passado Brooks, partindo em perseguição de Moss. Na terceira volta, Moss fica sem embraiagem, e entrega a liderança a Collins, que mantêm a distância sobre Hawthorn.



Entretanto, Brooks passa ao ataque, e tenta alcançar os Ferrari. no final da nona volta, apanha Hawthorn, e anda durante volta e meia a tentar ultrapassá-lo, o que consegue no inicio da volta dez. Então, ele passa a perseguir o líder, Peter Collins, e consegue também ultrapassá-lo. Este tem que reagir, pois a liderança do campeonato está em jogo.



Quando o Ferrari chega à zona de Pflantzgarten, a tragédia acontece: o carro subvira na curva, uma das rodas cai na vala, e o carro catapulta-se, atirando o pobre piloto inglês para fora dele, batendo a cabeça numa árvore. Gravemente ferido, é transportado de helicóptero para o hospital de Bona. No final do dia, Peter Collins, de 27 anos, torna-se no segundo piloto da marca do Cavalino a morrer em menos de dois meses. Mike Hawthorn, abalado com a morte de "Mon Ami Mate", decide que, ganhe ou não o título mundial, esse seria o seu último ano na competição.


Hawthorn evita o acidente por um triz, mas pouco tempo depois, desiste com a embraiagem partida. Assim, Brooks lidera confortavelemente até ao final da corrida, onde ganha pela segunda vez nesse ano. A acompanhar Brooks vão os Cooper-Climax de Salvadori e Trintignant. Von Trips foi quarto, no unico Ferrari que pontuou, pois Phil Hill foi apenas nono. No quinto lugar ficou o primeiro Formula 2, pertencente ao jovem Bruce McLaren. Era a sua primeira corrida de Formula 1, e era o primeiro passo de uma presença que ainda hoje marca a competição...


Fontes: