Mas estamos bem dentro o século XXI e as coisas mudam. Podem dizer que tem a ver com o dinheiro, com a mudança de proprietários, com a busca de mais dinheiro, mais mercados, ou oura coisa qualquer, mas a Formula 1 caminha alegremente para uma "nascarização" mundial onde dentro em breve, metade dos fins de semana terão Grandes Prémios, e se calhar, quatro fins de semana seguidos, em nome das audiências, e em circuitos sem tradição histórica. Aliás, como era esperado, entre estas corridas, lá foi anunciado oficialmente o segredo aberto: o GP do Qatar, a 21 de novembro.
Com o tempo a anunciar chuva desde o inicio, à medida que se aproximava da hora, a grande novidade era algo que tinha sido anunciado ontem: a Mercedes decidiu trocar de motor no carro do Lewis Hamilton e este iria ter uma penalização de dez lugares. Ou seja, se fizesse a pole, iria largar de 11º.
O tráfego era imenso nos primeiros minutos, com alguns pilotos a expressarem dificuldades, especialmente Lewis Hamilton, que quando pisava fora da trilha, quase perdia o controlo do seu Mercedes. Algo que não aconteceu em Yuki Tsunoda, que saiu de pista, mas conseguiu voltar.
Max Verstappen abriu as hostilidades com 1.26,692, antes de Hamilton responder com 1.26,520, e Bottas melhorar ainda mais. Mas os pneus melhoravam a cada volta, e cedo, foram superados por gente como Fernando Alonso, Charles Leclerc, e Pierre Gasly, este com 1.25,486. Atrás, Nikita Mazepin despistava-se e o seu fim de semana ficava por ali.
No final da Q1, os tempos voavam e alguém ficaria para trás. A grande surpresa, na realidade... eram duas. Primeiro, a passagem de Mick Schmuacher para a fase seguinte, e a não-passagem de... Daniel Ricciardo, o vencedor de Monza, que não conseguiu um tempo razoável. O australiano vai fazer companhia a Nicholas Latifi, Antonio Giovinazzi, Kimi Räikkönen e Nikita Mazepin. E claro, Carlos Sainz Jr.
E atrás? Os Alpha Tauri conseguiam meter os seus carros para a Q3, mesmo o Yuki Tsunoda. Lance Stroll também metia o seu carro na Q3, fazendo companhia a Fernando Alonso e Lando Norris. Em contraste, Sebastian Vettel, Esteban Ocon, George Russell e Mick Schumacher ficavam de fora.
A Q3 começou com os pilotos a usarem os moles, para terem maior aderência, com a grande excepção a ser Tsunoda. E logo de inicio, Valtteri Bottas começou a marcar tempo para ser pole. Hamilton veio a seguir, e quando foi a vez de Verstappen, este não conseguiu fazer bem a última curva, ficou apenas com o terceiro melhor tempo. Gasly era o quarto.
E a parte final começava com Hamilton a fazer 1.22,868, esmagando o recorde de pista, ao mesmo tempo que Tsunoda fazia 1.24,368. Os tempos não se alteravam e parecia que o poleman... iria ser um piloto que iria ser penalizado. Oficialmente, é Valtteri Bottas quem irá largar do primeiro posto, com Max Verstappen a seu lado.