sábado, 31 de agosto de 2024

Formula 1 2024 - Ronda 16, Monza (Qualificação)


Depois de Zandvoort, nos Países Baixos, a Formula 1 faz a sua curta viagem até paragens italianas, a Monza, a centenária catedral do automobilismo italiano e mundial. E a semana, apesar de curta, foi bem movimentada: Andrea Kimi Antonelli começou a ter idade para experimentar o Mercedes de 2024, antes do anuncio que todos conheciam, mas que só hoje foi dado - o de ser seu piloto em 2025, no lugar de Lewis Hamilton. E claro, ser o primeiro italiano na Mercedes desde... Piero Taruffi, em 1955.

Mas antes disso, na Williams, James Vowles tomou outra decisão mais urgente e deu guia de marcha para Logan Sargent, para dar lugar a Franco Colapinto, um argentino que até está a andar bem na sua temporada de estreia na Formula 2, e claro, tornando-se no primeiro "porteño" na categoria máxima do automobilismo desde Gaston Mazzacane, em 2001. Ficará até ao final da temporada... e nada mais, porque como sabem, em 2025, o lugar será de Carlos Sainz Jr. 

Com tudo isso, e o tempo de final de verão a brindar os espectadores - aol e calor - a qualificação começou com alguns pilotos a marcarem os seus primeiros tempos. Charles Leclerc marcou 1.20,074, enquanto Sainz Jr. saiu de pista na segunda Lesmo, só estragando os pneus. Max tentou melhorar, mas conseguiu apenas 1.20,226, antes de Lando Norris conseguir 1.19,911.Colapinto era oitavo, 1,1 segundos mais lento. 

Na parte final, gente como Sérgio Pérez estava aflito para conseguir um tempo para sair da armadilha da Q1 - conseguiu sair com alguma facilidade - e Colapinto saia na segunda Lesmo quando se aplicava para a sua volta mais rápida, comprometendo a sua passagem para a Q2, e acabou na 18ª posição, fazendo companhia aos Sauber de Guanyou Zhou e Valtteri Bottas, o Aston Martin de Lance Stroll e o Racing Bulls de Yuki Tsunoda, que foi superado por Daniel Ricciardo nos últimos momentos. 


Alguns minutos depois - e o tempo alargou-se um bocado porque os comissários andaram a limpar a gravilha na segunda Lesmo - passamos para a Q2, onde os Ferrari e McLaren foram os primeiros a saírem para a pista. Leclerc conseguiu 1.20,296, antes de Max conseguir 1.19,874. Mas Piastri consegue 1.19,808 e Norris ainda melhor: 1.19,727. Os Mercedes ainda não tinham entrado na pista, apenas mais tarde, com Lewis Hamilton a conseguir 1.19,641. 

A segunda parte começou com os Ferrari mais leves e com os pneus novos, mas os tempos não foram suficientes para ficar entre os da frente, apesar de terem melhorado os seus tempos. Na parte final, quase ninguém melhorou, deixando de fora os Alpine de Esteban Ocon e Pierre Gasly, o Aston Martin de Fernando Alonso, o Haas de Kevin Magnussen e o Racing Bull de Daniel Ricciardo.

E assim passamos para a Q3, a parte final da qualificação. 


Nos primeiros tempos, parecia que os McLaren iriam marcar os melhores tempos, com Piastri a marcar 1.19,436, antes de Norris marcar 1.19,401. Os Ferrari ficaram com a segunda linha, antes da Mercedes ficar com ela, com Russell na frente de Hamilton. Os Ferrari estavam na terceira fila, e os Red Bull, na quarta! Max queixava-se de não ter qualquer aderência com o seu jogo de moles, tentando justificar o seu modesto oitavo posto na grelha, 10 centésimos mais lento que Sérgio Pérez! 

A parte final prometia algumas reações, mas Max só melhorou um lugar, antes de Norris conseguir 1.19,327. Russell aproxima-se, mas é por pouco que não apanha Piastri para ficar no segundo posto, ficando entre os Ferrari, porque Hamilton é apenas sexto, na frente de Max e Checo. Alex Albon é nono, na frente de Nico Hulkenberg.


E foi assim a qualificação italiana. Pareceu ser bem interessante e competitiva, agora resta saber como será a corrida de manhã. Normalmente, costuma ser curtinha...  

Noticias: Antonelli confirmado na Mercedes


É oficial: o italiano Andrea Kimi Antonelli, de 18 anos, torna-se piloto oficial da Mercedes a partir de 2025, correndo no lugar de Lewis Hamilton, que irá para a Ferrari na próxima temporada. De uma certa maneira, é dos segredos mais mal escondidos do automobilismo, porque no momento em que o britânico tinha anunciado a sua partida, Toto Wolff tinha cultivado Antonelli para ser o seu substituto.

Para além disso, Antonelli tornou-se no terceiro piloto mais jovem da história em entrar num carro de Formula 1 num treino livre, depois de Max Verstappen e Lance Stroll

No comunicado oficial da marca, Toto Wolff elogiou a escolha da  Kimi Antonelli, salientando  a força do programa júnior da Mercedes, bem como o seu talento e a velocidade consistentes nas categorias anteriores. 

O nosso novo alinhamento é perfeito para abrir o próximo capítulo da nossa história”, disse Wolff no comunicado de imprensa da Mercedes. “É também um testemunho da força do nosso programa de juniores e da nossa crença no nosso talento. O nosso alinhamento de 2025 pilotos combina experiência, talento, juventude e velocidade bruta. Estamos entusiasmados com o que George [Russell] e Kimi trazem para a equipa, tanto como pilotos individuais, mas também como uma parceria.

Kimi tem mostrado consistentemente o talento e a velocidade necessários para competir no topo do nosso desporto”, continuou Wolff. “Sabemos que será mais um grande passo em frente, mas ele impressionou-nos nos seus testes de Formula 1 este ano e vamos apoiá-lo em cada passo do processo de aprendizagem.”, concluiu.

Quanto a George Russell, o seu futuro companheiro de equipa afirmou estar entusiasmado com a chegada de Antonelli. Ele, que também seguiu o mesmo percurso, quando se juntou ao programa júnior da equipa em 2017 e a sua rápida ascensão nos monolugares levou-o a conquistar os campeonatos de GP3 (em 2017) e Formula 2 (em 2018) na sua primeira época, que o levou à Formula 1 em 2019, pela Williams, onde ficou nas três temporadas seguintes, até ao final de 2021.

Estou muito entusiasmado por fazer parceria com Kimi em 2025. O seu registo na fórmula júnior tem sido formidável e a sua promoção é verdadeiramente merecida. Ele é um jovem talento fantástico e um colega graduado do nosso programa júnior.", começou por afirmar o piloto britânico. "Estou ansioso por usar a experiência que adquiri com o meu próprio percurso para dar orientação ao Kimi à medida que ele evolui na Formula 1.", continuou.

Sei o quanto o Lewis me apoiou durante o meu tempo como piloto júnior e desde que sou seu companheiro de equipa. Aprendi muito com ele e espero desempenhar um papel semelhante para o Kimi. Como equipa, estamos a criar uma dinâmica muito positiva para o próximo ano. Continuamos a fazer progressos em pista e estamos a trabalhar arduamente para colocar todas as peças no lugar para lutar pelos campeonatos do mundo. Estou confiante que Kimi e eu podemos continuar a impulsionar a equipa e ajudar a cumprir a promessa que estamos a mostrar.”, concluiu.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Youtube Formula 1 Vídeo: Quem é Franco Colapinto?

Desde quarta-feira que muitos andam a fazer esta pergunta - aparte as piadas do seu apelido: quem é este Franco Colapinto, o primeiro argentino em 22 anos na Formula 1? E o que é que tem de tão importante que James Vowles achou que era melhor que Mick Schumacher para o lugar de Logan Sargent até ao final da temporada. 

Afinal de contas, Colapinto tem mostrado o seu talento nas formulas de promoção, desde ganhar a Formula 4 espanhola até agora, onde está na Formula 2 e ganhou uma corrida nesta temporada. E é sobre ele que o Josh Revell fez o seu mais recente vídeo. 

WRC: Pajari sonha com novo rali em Rally1


As prestações de Sami Pajari no rali da Finlândia, onde acabou em quarto lugar, a 1.54 minutos do vencedor, Sebastien Ogier, depois de um despiste ter caído para o sexto lugar da geral, fizeram agradar os responsáveis da Toyota, que pensam em meter o piloto de 22 anos num Rally1 dentro em breve, sem revelar se antes do final desta temporada, ou na seguinte.

Jari-Matti Latvala, responsável máximo da Toyota Gazoo Racing WRT, gostou do que viu.

"Foi um grande resultado. Ainda que o início tinha sido um bocado complicado no primeiro dia, ele mostrou um lado mental muito forte para conseguir sobressair e ainda ganhar um troço e terminar num quarto lugar.", começou por afirmar, em declarações ao site dirtfish.com. "[Isso] criou mais interesse e estamos a ver o que pode ser feito", continuou.

"Não há muitas mais provas e não era o nosso objetivo, mas como referi o resultado criou interesse e sabem como é, há conversas internas. Nada foi decidido. Penso que será correto afirmar que ainda não excluímos que ele pode voltar a correr com um GR Yaris Rally1 este ano.", concluiu.

Pajari tem neste momento 26 pontos, 12 dos quais alcançados em paragens finlandesas, que o colocam na 11ª posição da geral. Para além disso, é segundo classificado na categoria WRC2, com duas vitórias, na Sardenha e na Polónia. 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

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Não direi que é inusitado, mas irá acontecer: no fim de semana do GP de Itália, mais concretamente na sexta-feira, os funcionários do departamento de competição da Renault entrarão em greve para protestar pelo encerramento do seu departamento no final de 2025. Mais interessante ainda, os empregados da fábrica, situada em Viry-Chatillon, nos arredores de Paris, irão estar nas bancadas... a protestar!

Tudo isto acontece depois da marca do losango ter decidido, antes da férias de verão, que a Alpine iria andar com motores-cliente. Eles afirmam que não tem nada a ver com o desempenho, mas sim, a redução de custos. 

"Além do desaparecimento das atividades da Fórmula 1 em território francês, com quase 50 anos de história e 12 títulos mundiais como fabricante de motores, também está em jogo a perda do prestígio internacional da excelência industrial francesa. Sem questionar o projeto da marca Alpine do Grupo, os funcionários estão convencidos de que este projeto pode ser realizado sem o sacrifício da motorização francesa na Formula 1", diz o comunicado dos trabalhadores.

Apesar de, oficialmente, não terem anunciado esta decisão, a acontecer, será o final de mais de 35 anos de presença permanente na categoria máxima do automobilismo, e quase 50 desde que lá estão. E quando chegaram, foi para revolucionar a competição.

Quando decidiram entrar na Formula 1, em meados de 1976, a competição tinha, essencialmente, motores Cosworth de oito cilindros, com as exceções de Ferrari, Alfa Romeo e Matra, todos eles com motores de 12 cilindros. Na altura, iriam usar o mesmo caminho que na Endurance, onde montaram um motor Turbo, com o objetivo de ganhar as 24 Horas de Le Mans. A Formula 1 seria o passo seguinte, e até tinha o piloto ideal para isso: Jean-Pierre Jabouille.

Nascido a 1 de outubro de 1942, ele era engenheiro de formação, sendo contratado pela Alpine em 1969, depois de ter sido vice-campeão da Formula 3 francesa - batido apenas por Francois Cevért. Andando pela Formula 2 e Endurance - chegou a ser piloto oficial da Matra entre 1970 e 74 - e em três fins de semana de Formula 1, entre 1974 e 75, em meados de 1976 passou para a Renault, que entretanto tinha absorvido a Alpine. Ali, o projeto RS01 andou a ser desenvolvido para tentar minorar os seus grandes problemas: o peso (muito) e a fiabilidade (muito baixa)

Apesar do carro ter ficado pronto para se estrear em julho, no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, os seus constantes problemas, especialmente os do motor, ganharam a alcunha de "chaleira amarela". E o carro era tão pouco fiável que apenas na sua oitava corrida, em Long Beach, na primavera de 1978, é que conseguiu a sua primeira classificação: um décimo lugar. Mas era já rápido: a sua velocidade nos treinos mostrava que estavam no bom caminho.

No final do ano, em Watkins Glen, a Renault conseguiu os seus primeiros pontos, ao acabar na quarta posição, e no inicio do ano, com um segundo carro para René Arnoux, conseguiram os seus primeiros feitos, com uma pole-position em Kyalami, na África do Sul. E a razão era simples: a corrida era em altitude, e ali, a mais de mil metros, os motores Turbo "respiravam" melhor que ao nível do mar em relação aos Cosworth maioritários.

Em Jarama, o sucessor do RS01, o RS10, estreou-se, com Jabouille ao volante. Um carro desenhado por Michel Têtu e Marcel Hubert, adaptado ao efeito-solo, e com uma nova evolução do motor Renault, esperando que os problemas de fiabilidade fossem resolvidos. Na realidade... não. Mas a 1 de julho de 1979, em Dijon, tudo correu certo, quando Jabouille fez a pole-position, liderou a corrida, cortou a meta em primeiro lugar. O primeiro grande objetivo tinha sido alcançado. E poderia ter sido melhor se um baixinho canadiano, num Ferrari vermelho, tivesse colaborado... 

Nos seis anos seguintes, a Renault tentou ganhar o campeonato do mundo de Construtores. Com gente como Arnoux, Alain Prost ou Patrick Tambay, mas nunca conseguiram. No final de 1982, assinaram acordos com outras equipas: Lotus, Ligier, Tyrrell. Outros pilotos, como Jacques Laffite, Elio de Angelis, Nigel Mansell, Ayrton Senna, Stefan Bellof e outros, andaram em carros com motores Renault, e ganharam corridas, mas não alcançaram aquilo que mais queriam: um título de Construtores. Desiludidos, abandonaram em 1985, como equipa, e deixaram de fornecer motores aos outros no final de 1986, por causa das novos regulamentos, que a partir de 1989, permitiam motores de 3.5 litros, atmosféricos.

Ali, a Renault decidiu montar um projeto, do qual fizeram de tudo para que acabasse vencedor. E quando isso aconteceu, não montaram a sua própria equipa, mas sim procuraram uma já estabelecida, como a Williams, e ali começaram uma aliança que durou até 1997, dando a eles sete títulos de Construtores. E sete anos depois, quando compraram a Benetton e montaram a sua equipa, com Fernando Alonso como piloto e Flávio Briatore como diretor desportivo, os objetivos foram alcançados. Durou, mas chegou. E apesar das saídas, oficiais, relegando o motor para preparadoras como a Mechachrome, eles nunca estiveram longe da Formula 1.  

Youtube Motorsport Vídeo: Larson x Verstappen, quem é o melhor?

A história do "melhor piloto do mundo" é tão antiga e tão inútil quanto a do "ovo" e da "galinha". Contudo, se muitos afirmam que Max Verstappen é o melhor dos nossos tempos - Lewis Hamilton, Fernando Alonso e mais alguns outros iriam discordar nesse sentido... - há quem diga, algures nas Américas, que há um piloto que se aforma ser tão bom ou melhor que ele, se usar tudo que tenha quatro rodas e um wolante. E esse senhor é Kyle Larson, um piloto que já ganhou em Daytona, andou em Indianápolis e aparentemente, quer ter uma chance para se mostrar num Formula 1, ou algo assim.

E é sobre isso que o Josh Revell fala nesta semana... e pode ser que não pare por aqui. 

Quanto a mim... sabem, parece que há um tal de Shane van Ginsbergen, que aparentemente, anda bem em tudo que tenha quatro rodas e um volante. Mas isso e apenas a minha opinião pessoal.   

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

A imagem do dia



Ontem, Derek Warwick comemorou o seu 70º aniversário. Andando na Formula 1 entre 1981 e 1993, com uma interrupção em 1986 e entre 1991 e 92, andou em equipas como Toleman, Renault, Brabham, Arrows e Lotus, conseguindo quatro pódios, duas voltas mais rápidas e 71 pontos, em 142 Grandes Prémios. 

Apesar do seu palmarés modesto na Formula 1, conseguiu grandes feitos na Endurance, nomeadamente a vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1992 e o Mundial de Endurance nesse mesmo ano, pela Peugeot. E depois da Formula 1, ainda correu com algum sucesso no BTCC britânico, ao volante de carros da Alfa Romeo e da Vauxhall, por exemplo. 

Contudo, as coisas poderiam ter acabado numa manhã de domingo de 1993, em Hockenheim. Naquele domingo de agosto, algumas semanas antes do seu 39º aniversário, Warwick corria no seu Footwork-Arrows, a fazer o seu warm-up, preparando-se para a corrida quando bateu fortemente antes da terceira chicane, que depois se viria chamar de Senna. Ficando sem o controlo do seu carro, encolheu e esperou pelo melhor... e pior. Ele acabou na gravilha da chicane, virado de cabeça para baixo e parcialmente enterrado. Imediatamente apareceram os dois pilotos da Ferrari, Gerhard Berger e Jean Alesi, e o seu companheiro de equipa na Arrows, Aguri Suzuki, que ajudaram a levantar o carro e retirá-lo dali.

Na corrida, horas depois, Warwick entrou no carro e acabou a três voltas do vencedor, na 17ª posição. Na corrida seguinte, na Hungria, foi quarto, a sua melhor posição da temporada, e o lugar dos seus últimos pontos na sua longa carreira.

Teria sido um final triste de uma longa carreira, onde escapou algumas vezes a acidentes graves. O primeiro foi em 1989, nos treinos do GP do Canadá, quando o seu Arrows voou na pista, acabando com as rodas no chão. Ano e meio depois, já na Lotus, a sua corrida em Itália acabou no inicio da segunda volta, quando bateu forte à saída da curva Parabólica, destruindo o seu Lotus e acabando de cabeça para baixo. Depois, os espectadores assistiram ele a sair do carro, algo incrédulos, e a correr rumo ás boxes, para entrar no carro de reserva... e voltar a correr, o que assim fez.

Pouco depois, em julho de 1991, sofria um golpe ainda maior. Nesse tempo, o seu irmão mais novo, Paul Warwick, dominava a Formula 3000 britânica, tendo ganho todas as corridas até então. A quinta corrida do campeonato era o Inernational Gold Cup, em Oulton Park, e ele, num carro da Mansell Madgwick Motorsport, liderava a corrida quando se despistou, devido a uma quebra da suspensão e embateu fortemente no guard-rail, desintegrando-se. Warwick, de 22 anos, teve morte imediata, e a corrida foi interrompida de imediato, com ele declarado como vencedor. 

Na altura, tinha ido para a Endurance, ao serviço da Jaguar, mas no ano seguinte, passou para a Peugeot, onde alcançou os sucessos que não tinha conseguido na Formula 1, especialmente depois da má escolha da Renault, a recusa de ter ido para a Williams no inicio de 1985, dando caminho aberto a Nigel Mansell, e o veto de Ayrton Senna a um lugar na Lotus em 1986, e que o impediu de ter uma temporada a tempo inteiro, apenas regressando pela Brabham, após o acidente fatal de Elio de Angelis.  

Depois da sua carreira automobilística, acabou sendo ser o presidente da BRDC, British Racing Drivers Club, que toma conta do circuito de Silverstone, e também se tornou comissário da FIA, em diversos Grandes Prémios.  

Formula E: McLaren divulgou a sua dupla para a próxima temporada


A McLaren anunciou a sua dupla de pilotos para a próxima temporada da Formula E que começará no final do ano. Para além do veterano Sam Bird, que aos 37 anos é já dos poucos "originais" da competição -foi um dos que alinhou na primeira corrida, em Pequim, em 2014 - a equipa terá Taylor Barnard, de 20 anos, que correu em três provas de 2024, conseguindo cinco pontos.

Como foi já dito, Sam Bird tem 125 ePrixs no seu currículo, com 12 vitórias, 27 pódios e seis poles, mas teve uma temporada de 2024 parcialmente encurtada por causa de uma lesão, onde foi substituído por... Barnard, que então com 19 anos - nasceu a 1 de junho de 2004 - tinha-se tornou no piloto mais novo de sempre a alinhar numa corrida da competição elétrica.

Zak Brown, o CEO da McLaren, afirmou sobre esta nova dupla: 

À medida que entramos no nosso terceiro ano a competir na Fórmula E, estou muito satisfeito por termos uma forte formação de pilotos composta por Sam e Taylor. Ambos provaram ser talentos impressionantes, tanto na Fórmula E como noutras categorias. Estou ansioso por aproveitar as suas capacidades e conhecimentos para ajudar a levar a equipa de Fórmula E da McLaren ao sucesso na 11ª temporada.

Já Barnard afirma sobre esta oportunidade de regressar ao cockpit de um Formula E:

"Estou entusiasmado por correr ao lado do Sam esta temporada e tenho a certeza que vou aprender muito com ele”, começou por afirmar, sobre Sam Bird. “É um dos pilotos mais experientes da grelha e espero que juntos possamos somar muitos pontos e conquistar alguns troféus para a equipa. É uma oportunidade incrível poder continuar a viagem com a equipa como piloto de Fórmula E a tempo inteiro e mal posso esperar para começar.

A nova temporada começa a 7 de dezembro nas ruas de São Paulo, no Brasil.  

Formula 1: Sargent reagiu à sua dispensa


Um dia depois de ter sido substituído pelo argentino Franco Colapinto, o americano Logan Sargent colocou uma mensagem nas suas redes sociais para agradecer à equipa de Grove a sua oportunidade por correr na Formula 1, e afirmar que em breve, anunciará o seu futuro no automobilismo. Sargent foi substituído depois do GP dos Países Baixos por James Vowles, depois de ter batido forte nos treinos livres da corrida de Zandvoort. 

O anuncio de Colapinto, apesar de ser piloto da academia da Williams, não era esperado, pois se falava de nomes como Liam Lawson, atualmente piloto de reserva da Red Bull.

Na mensagem, Sargent referiu:

"Olá a todos,

Depois das notícias de hoje, queria dizer que estou super grato à Williams Racing por me ter dado a minha primeira oportunidade na Fórmula 1. Estou muito grato pelo apoio que recebi de todos na equipa desde o momento em que entrei na Academia em 2021.", começou por afirmar.

Pilotar um carro de Formula 1 pela primeira vez em Abu Dhabi foi a experiência de uma vida, ao passo que me tornar no primeiro piloto americano a pontuar em 30 anos, em Austin na temporada passada, foi um momento realmente especial.

Estou orgulhoso de ter representado uma equipa tão histórica nas últimas duas temporadas. Por enquanto, vou reservar um tempo para avaliar minhas opções, antes de fazer um anúncio sobre meu futuro no devido tempo.

Obrigado."

Em trinta e seis Grandes Prémios na categoria máxima do automobilismo, Sargeant marcou apenas um ponto - no GP dos Estados Unidos de 2023 – e nunca conseguiu superar Alex Albon, tendo como melhor resultado em 2024 um 11º, assegurado em Silverstone.

O americano já sabia que deixaria a Williams no final da temporada, com o seu lugar a ser preenchido por Carlos Sainz Jr. contratado para fazer equipa com Albon a partir de 2025.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

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Há 30 anos, a Formula 1 ia à Bélgica, e ali, Spa-Fracochamps passava pelas mesmas modificações para aplacar as almas por causa dos eventos de Imola e Mónaco, em maio. E para aplacar essas almas, tinha-se de modificar Eau Rouge. Uma chicana mais lenta não era aquilo que muitos tinham em mente, mas era a solução possível em tempos como aqueles.

Mas naquele final de semana, todos estavam mais preocupados com outro assunto: a chuva. Choveu imenso na sexta-feira e todos andavam a olhar para o céu no sentido de encontrar uma abertura, um momento onde poderiam aproveitar e fazer a diferença. Foi o que aconteceu com Eddie Jordan, quando pediu aos seus pilotos que fossem para a pista com os pneus slicks quando tinha parado de chover e a pista ainda estava húmida. Eddie Irvine e sobretudo, Rubens Barrichello, apanharam todos desprevenidos quando foram para a pista e conseguiram os melhores tempos de sexta-feira. Contudo, todos pensaram que no dia seguinte, as coisas seriam diferentes. 

Afinal... não. Choveu ainda mais que no dia anterior, e aqueles que tiveram problemas em marcar um tempo foram a correr para a pista para tentar melhorar as coisas. E isso incluiu Michael Schumacher e Damon Hill. Eles bem tentaram, mas no final, ninguém bateu o tempo de Rubens Barrichello, que aos 22 anos de idade, batia o recorde de Andrea de Cesaris, então com 12 anos de existência, e era o poleman mais novo de sempre na Formula 1.

E quem viu o que Rubinho tinha feito no ano e meio que tinha desde que chegara à Formula 1, na primavera de 1993, não era nenhuma surpresa. Apenas os holofotes estavam apontados noutros lados. Lembram-se da primeira volta do GP da Europa de 1993? Ora, ele partiu muito atrás para ser apanhado pelas câmaras. Um pouco mais à frente, e tinha dado melhor espetáculo, por exemplo. E claro, o seu pódio em Aida, no Japão, só mostrava que tinha um bom carro e o chassis tinha nascido bem. E em Spa, foi a sorte, a habilidade e o talento que tinha dado aquele resultado. 

Agora, Rubinho e a Jordan só queria mais um dia de chuva para domingo. Será que conseguiria isso?  

Noticias: Sargent fora da Williams, Colapinto é o seu substituto


A Williams anunciou nesta terça-feira que Logan Sargent está de fora da equipa, com efeito imediato, e será substituído pelo argentino Franco Colapinto, seu piloto de testes e de reserva, para o resto da temporada. Ele será o primeiro argentino a competir desde Gastón Mazzacane, que correu pela Prost no inicio de 2001, e o primeiro argentino na Williams desde Carlos Reutemann, no inicio de 1982.

O anuncio foi uma surpresa, pois se a saída de Sargent era algo já especulado e que iria acontecer a qualquer momento, o anuncio do seu substituto é que não: falava-se de gente como de Liam Lawson e Mick Schumacher. Colapinto terá algumas corridas para se mostrar, mas não terá lugar para 2025, porque a Williams já anunciou que a sua dupla será constituída por Alex Albon e Carlos Sainz Jr. 

É uma honra fazer a minha estreia na Fórmula 1 com a Williams – é disto que os sonhos são feitos. A equipa tem uma história fantástica e uma missão para regressar à frente, da qual estou ansioso por fazer parte. Chegar à Formula 1 a meio da época implica enfrentar uma enorme curva de aprendizagem, mas estou pronto para o desafio e estou totalmente concentrado em trabalhar o mais possível com o Alex e a equipa para que seja um sucesso.”, disse Colapinto no comunicado oficial da equipa.

James Vowles, o seu diretor, explicou o motivo da troca e deu as boas vindas ao jovem piloto:

Substituir um piloto a meio da época não é uma decisão que tenhamos tomado de ânimo leve, mas acreditamos que isto dá à Williams a melhor hipótese de competir por pontos durante o resto da época. Acabámos de fazer uma grande atualização no carro e precisamos de maximizar todas as oportunidades de marcar pontos numa batalha extremamente apertada no meio do pelotão.", começou por afirmar.

"Também acreditamos no investimento nos nossos jovens pilotos na Williams Racing Driver Academy e o Franco está a ter uma oportunidade fantástica de demonstrar aquilo de que é capaz nas últimas nove rondas da época”.

Vowles aproveitou para agradecer o contribuído de Logan Sargeant:

Isto é, sem dúvida, incrivelmente duro para o Logan, que deu tudo de si ao longo do seu tempo com a Williams, e queremos agradecer-lhe por todo o seu trabalho árduo e atitude positiva. O Logan continua a ser um piloto talentoso e vamos apoiá-lo para que continue a sua carreira de piloto no futuro. Sei que Franco tem grande velocidade e enorme potencial, e estamos ansiosos para ver o que ele pode fazer na Fórmula 1.”, concluiu.

Atualmente quinto classificado do campeonato de Formula 2, Colapinto conseguiu até agora uma vitória, em Imola, e mais dois segundos lugares, na Catalunha e na Áustria. Para além disso, Colapinto foi quarto em 2023, no campeonato de Formula 3, e foi o campeão da Formula 4 espanhola, em 2019.  

Noticias: Horner quer saber onde perdem em relação à McLaren


No rescaldo do GP dos Países Baixos, onde a Red Bull perdeu em toda a linha, apesar de Max Verstappen ter conseguido superar Lando Norris nos metros iniciais, para depois acabar com mais de 20 segundos de diferença para o vencedor, Lando Norris, Christian Horner disse que a Red Bull tem de resolver os problemas do seu carro e a manter-se competitiva durante o resto da época, agora que tem uma vantagem de 70 pontos no campeonato de pilotos, a nove corridas do final da temporada.

Em primeiro lugar, parabéns à McLaren e ao Lando [Norris], o carro deles esteve numa liga diferente. Fizemos tudo o que podíamos e o Max converteu o segundo lugar numa liderança no início, mas via-se que ele não conseguia competir com o ritmo do Lando.", começou por afirmar.

"Em retrospetiva, a aposta que fizemos com mais downforce, depois de muito pouca pista na sexta-feira, talvez não tenha sido o melhor caminho. Temos de perceber onde está o défice em relação à McLaren e como podemos melhorar o desempenho do nosso carro, temos algumas ideias e vamos trabalhar arduamente para isso." continuou.


Em relação ao campeonato, Horner afirmou que o facto de agora estarem atrás da McLaren, depois de um inicio de temporada dominador, mostra até que ponto as coisas mudam com o tempo e com a evolução dos carros na temporada. 

É notável que essa seja apenas a segunda vitória de Lando com esse carro. Ele está a conduzir bem, está a ganhar confiança. A pressão está sobre nós para respondermos. Estamos habituados a estar na luta pelo campeonato ao longo dos anos, vamos lutar com tudo o que temos nas restantes corridas.”, começou por afirmar.

Acho que temos de conduzir com o campeonato em mente e houve sete vencedores de corridas diferentes este ano. Por isso, se não podemos ganhar, temos de marcar pontos. Só mostra que as coisas podem mudar muito rapidamente. Estávamos a ganhar corridas por 20, 25 segundos, e o Stefano [Domienicalli] estava a pedir-nos para abrandar nas primeiras cinco corridas. E depois as coisas podem mudar muito rapidamente, o que significa que também podem mudar para o outro lado”.

"Vamos ter de reagir e estou confiante de que temos a força e a profundidade necessárias para o fazer. O Max tem 70 pontos de vantagem no Campeonato de Pilotos, mas temos de continuar a pontuar como equipa e, nos dias em que não podemos ganhar, temos de terminar em segundo." 

"O Checo também fez uma condução sólida e, olhando para o seu ritmo, pareceu forte, especialmente na segunda metade da corrida, o que é positivo."

"Portanto, temos muito trabalho pela frente, mas aprendemos muitas lições este fim de semana que podem ser muito valiosas, experimentámos algumas coisas no carro e temos bons dados para avaliar. Temos de garantir que utilizamos esses dados; é altura de digerir o que aconteceu aqui e tentar recuperar em Monza.”, concluiu.

A Formula 1 regressa este final de semana em terras italianas. 

WRC: Sesks confirmado para o rali do Chile


O letão Mārtiņš Sesks voltará a guiar o Ford Puma Rally1 em terras chilenas, anunciou a marca. Depois dos ralis da Polónia e da Letónia, onde conseguiu prestações relevantes, Sesks terá uma terceira chance de correr nesta temporada, graças ao apoio do WRC Promoter e dos seus patrocinadores pessoais.

Agradecendo pela oportunidade de alinhar ao lado de Francis Renards, seu navegador, o piloto de 24 anos afirmou:

Estamos muito gratos pela oportunidade de voltar a conduzir um carro Rally1, apenas dois meses depois do nosso anterior rali. Tem sido uma aventura incrível até agora, e a experiência de conduzir continua a melhorar. Competir no Chile num carro de Rally1 é verdadeiramente espantoso, por isso gostaria de agradecer ao promotor do WRC e à M-Sport pelo seu apoio e cooperação."

Apesar do desafio exigente que o espera, isto o agrada. "Gostamos desafios. Seremos uma vez mais os "underdogs" [não-favoritos] num rali que desconhecemos com um carro sem motorização híbrida. Mas apesar de tudo acredito que estamos prontos e todos estão motivados para conseguir a melhor performance nesta aventura com a M-Sport.", continuou.

Do dado da M-Sport, estes elogiaram o potencial e o empenho de Sesks, salientando que este é um passo importante para estimular jovens talentos do desporto como ele.

O Mārtiņš causou uma forte impressão nos seus dois eventos anteriores connosco, por isso é um prazer recebê-lo de volta à equipa no Chile. Este será, sem dúvida, um evento desafiante, completamente diferente dos anteriores. Sem experiência prévia neste rali complicado, não é uma tarefa fácil, mas é uma ótima oportunidade para ele mostrar a sua versatilidade e afirmar-se como um futuro talento. Esperamos que esta experiência reforce a sua ambição de se tornar um nome regular na classe Rally1.”, disse Richard Millener, o diretor da M-Sport.

O rali do Chile será a antepenúltima prova do mundial deste ano, e se disputará no final de Setembro na região de Concepcion.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

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Há 45 anos, em Zandvoort, Alan Jones deu à Williams a sua terceira vitória consecutiva, e claro, Gilles Villeneuve teve mais um acontecimento do qual ajudou a construir o mito de um dos pilotos mais carismáticos da história do automobilismo. E foi aqui que Nelson Piquet conseguiu os seus primeiros pontos da sua carreira, ao acabar na quarta posição, na frente de Jacky Ickx, que conseguiu ali os seus últimos dois pontos de uma longa carreira na categoria máxima do automobilismo. 

Mas o que poucos, muitos poucos se lembram, é que Jody Scheckter teve uma das corridas mais interessantes da sua carreira. E o resultado final ajudou muito na sua candidatura ao campeonato do mundo daquele ano. 

O sul-africano chegava a Zandvoort com 38 pontos, mais seis que Gilles, empatado com Jacques Laffite, depois de um quarto lugar na corrida anterior, na Áustria. Quinto no final da qualificação neerlandesa, o seu grande objetivo era de pontuar o suficiente para alcançar o título que tanto procurava. O seu pragmatismo ao longo da sua carreira tinha apagado a sua rapidez dos primeiros tempos, onde chegou a causar carambolas homéricas. 

E claro, o que tinha de fazer era simples: pontuar. 

Mas na partida... largou mal. Muito mal.  E ao passar a meta na última posição, no inicio da segunda volta, tinha de tirar de si o piloto agressivo daqueles primeiros tempos, se queria continuar a ter uma chance na luta pelo título. Aos poucos, ajudado pela máquina Ferrari, começou a fazer a sua corrida de recuperação, especialmente quando Gilles, na volta 11, passou Jean-Pierre Jabouille para ficar com a liderança e passou a ser assediado por Alan Jones. 

A sorte de Scheckter é que isto foi uma corrida de atrito. Nove carros tinham encostado antes da décima volta. Pelo meio, passou mais alguns e já andava no meio da tabela. E claro, não abrandava, porque pontuar era importante. Afinal, era o campeonato que estava em jogo.

No final, foi bafejado pela sorte. Na volta 51, Gilles, que era o líder, com Alan Jones logo atrás, sofreu um furo e ficou para trás, depois de sofrer um despiste. Em vez de ir cuidadosamente, acabou por fazer aquilo que o colocou nos livros de história e claro, no mito do canadiano.

Mas isso, por outo lado, deu um enorme impulso na candidatura de Scheckter ao título. No final da corrida, apesar da vitória de Jones, o sul-africano ficou com o segundo lugar, e esses seis pontos só mostraram que, a três corridas do final, só precisaria de quatro pontos para ser campeão do mundo. E se a Ferrari colaborar, ele poderia alcançá-lo na corrida seguinte, em Monza.        

CPR: Alcobaça será o centro do rali Vidreiro


A pouco mais de um mês do Rali Vidreiro, que acontecerá ente os dias 11 e 12 de outubro, a organização revelou neste final de semana que o seu centro nevrálgico sairá da Marinha Grande e passará para Alcobaça. Assim sendo, a cidade acolherá o Parque de assistência, parque fechado, final do rali e a super-especial. Para além disso, outra grande novidade será a classificativa de Alfeizerão, que acontecerá no dia 12, com uma passagem dupla, antes do final do rali.

Tudo isto aconteceu no fim de semana da Feira de São Bernardo, numa iniciativa não só da organização, com do Cube Automóvel da Marinha Grande, como das câmaras municipais de Alcobaça, Marinha Grande e Pombal, lugares onde se realizarão as classificativas.

Esta será a última prova do campeonato de Portugal de Ralis, e provavelmente consagrará o campeão de 2024. 

Sexta feira - 11 de Outubro:

08:00 - Qualifying

14:30 - S. Pedro de Moel 1

17:00 - S. Pedro de Moel 2

21:00 - Super-Especial de Alcobaça


Sábado - 12 de Outubro

09:00 - Mata Mourisca 1

09:30 - Pombal 1

11:30 - Mata Mourisca 1

12:00 - Pombal 2

15:00 - Alfeizerão 1

17:00 - Alfeizerão 2

18:30 - Entrega de Prémios

domingo, 25 de agosto de 2024

Formula 1 2024 - Ronda 15, Zandvoort (Corrida)


Depois da qualificação de sábado, esta competição está quase a ficar parecida com 1991. Se não conhecem a história, digo já: nessa temporada, Ayrton Senna começou a ganhar as quatro primeiras corridas do ano, no seu McLaren, enquanto o Williams FW14 de Nigel Mansell tinha dificuldades em chegar ao final por causa de problemas de juventude do bólido projetado por Adrian Newey. Quando esses problemas foram resolvidos, em junho, o carro começou a ganhar corridas e a aproximar-se do líder, ao ponto de poder desafiá-lo. 

E neste momento, a dez corridas do final, Max Verstappen tem 78 pontos de vantagem sobre Lando Norris. São três corridas de folga, ou seja, tem tudo controlado até Baku, caso não pontue. Mas os seus adversários irão obter pontos nas corridas seguintes, e toda a gente quer saber o seguinte: ele tem tudo sob controlo? 

O que ando a ver, agora que caminhamos para o terço final do campeonato é que, com a Mercedes e a McLaren sendo superiores que a Red Bull, ele e a equipa estão agora a controlar a vantagem. E se Max ganhar, será pelo "skill" do piloto e a sorte dele, enquanto os outros se engalfinham por triunfos. Afinal, com sete vencedores em 2024, o piloto com mais vitórias e Lewis Hamilton, com... duas. 

Zandvoort, depois da instabilidade de sábado, tinha perante eles uma agradável tarde de verão, com céus azuis e muita laranja nas bancadas. Mas antes de começar, a FIA disse que existiam dois pilotos que tinham de ser penalizados: Lewis Hamilton, que atrapalhou Sério Pérez numa volta rápida e perdeu três lugares - 12º para 15º - e Alexander Albon, que os comissários descobriram que o seu Williams tinha o seu assoalho fora da lei e foi desclassificado, caindo de oitavo na grelha para último.  

Na grelha, antes da volta de aquecimento, descobriu-se que todos partiam com médios, excepto Lewis Hamilton (afinal, tinha posições para recuperar), Yuki Tsunoda e Valtteri Bottas, que optavam pelos moles. 


Quando as luzes se apagaram, Max largou bem, ultrapassado Norris e ficando na liderança, para júbilo do público local. O neerlandês chegou a ganhar mais de um segundo no final da primeira volta, com Russell, em terceiro, tinha Piastri na sua traseira. Enquanto isto, no meio do pelotão, Lewis Hamilton, que acabou na 14ª posição na grelha por causa de uma penalização, começava a elaborar a sua recuperação. 

As primeiras paragens iriam acontecer algumas voltas depois, com as estratégias, aparentemente, a colocarem os pneus para duros. Isso só começou a acontecer a partir da volta 13, numa altura em que Max não conseguia se afastar de Norris, com Russell a 3,6. Nada que não mude com uma simples troca de pneus. Aliás, na volta 17, quando ficou na traseira do Red Bull, parecia que não teria de ir às boxes para a tal troca de posições. Foi o que aconteceu na volta seguinte. 

Nas voltas seguintes, Max começou a se queixar dos seus pneus, e por causa disso, Norris começou a afastar-se paulatinamente do piloto da Red Bull. Tanto que na volta 25, Norris já tinha mais de quatro segundos de vantagem sobe o piloto da casa. Nessa altura, Hamilton trocou de pneus para colocar duros, que lhe darão até, provavelmente, o final da corrida. Leclerc foi às boxes na volta seguinte, para colocar também duros, enquanto Russell foi colocá-los na volta 26. Max foi às boxes para trocar na volta 28, colocando duros, uma antes de Norris, que comandava a corrida. 

Na volta 31, parecia que a McLaren estava a triunfar em toda a linha, com o primeiro posto do Piastri - ele ainda não tinha parado nas boxes - e a ideia era de tentar uma vantagem sobre os Red Bull. O australiano trocou de pneus na volta 34, caindo para quinto. Nesta altura, Norris tinha agora uma vantagem de 7,5 segundos sobre Max... e a afastar-se cada vez mais. 

Rapidamente, as voltas passavam e via-se que Norris tinha tudo controlado. 11,2 segundos na volta 44, com Leclerc a 6,1, e Piastri na traseira do monegasco da Ferrari. Se o passar, e com o carro a Red Bull e queixar-se da degradação dos pneus, isto iria querer dizer que uma dobradinha da McLaren será uma possibilidade. Atras, Carlos Sainz Jr atacava Sério Pérez para o sexto posto, e o mexicano sabia defender-se. Pouco depois, o espanhol passou-o, e a partir dali, a batalha passou para à frente, com Piastri colado à traseira de Leclerc, numa altura em que Hamilton ia às boxes para a sua segunda troca de pneus, colocando moles e caindo para oitavo.   

Depois disso, as atenções voltaram-se para a luta pelo terceiro posto, com Leclerc a tentar defender-se de Piastri, que tinha um ritmo ligeiramente mais rápido que o piloto da Ferrari. Mas ele acabou por não conseguir apanhar, porque as voltas acabaram e Norris tinha uns incríveis 20 segundos de vantagem sobre Max, conseguindo a sua segunda vitória do campeonato e claro, colocando todos os títulos em jogo. 


E assim, a parte final do campeonato torna-se num lugar interessante de se seguir. Ou acham que o Max andará sempre em modo de defesa nas nove corridas que faltam? Não creio.