E neste momento, a dez corridas do final, Max Verstappen tem 78 pontos de vantagem sobre Lando Norris. São três corridas de folga, ou seja, tem tudo controlado até Baku, caso não pontue. Mas os seus adversários irão obter pontos nas corridas seguintes, e toda a gente quer saber o seguinte: ele tem tudo sob controlo?
O que ando a ver, agora que caminhamos para o terço final do campeonato é que, com a Mercedes e a McLaren sendo superiores que a Red Bull, ele e a equipa estão agora a controlar a vantagem. E se Max ganhar, será pelo "skill" do piloto e a sorte dele, enquanto os outros se engalfinham por triunfos. Afinal, com sete vencedores em 2024, o piloto com mais vitórias e Lewis Hamilton, com... duas.
Zandvoort, depois da instabilidade de sábado, tinha perante eles uma agradável tarde de verão, com céus azuis e muita laranja nas bancadas. Mas antes de começar, a FIA disse que existiam dois pilotos que tinham de ser penalizados: Lewis Hamilton, que atrapalhou Sério Pérez numa volta rápida e perdeu três lugares - 12º para 15º - e Alexander Albon, que os comissários descobriram que o seu Williams tinha o seu assoalho fora da lei e foi desclassificado, caindo de oitavo na grelha para último.
Na grelha, antes da volta de aquecimento, descobriu-se que todos partiam com médios, excepto Lewis Hamilton (afinal, tinha posições para recuperar), Yuki Tsunoda e Valtteri Bottas, que optavam pelos moles.
As primeiras paragens iriam acontecer algumas voltas depois, com as estratégias, aparentemente, a colocarem os pneus para duros. Isso só começou a acontecer a partir da volta 13, numa altura em que Max não conseguia se afastar de Norris, com Russell a 3,6. Nada que não mude com uma simples troca de pneus. Aliás, na volta 17, quando ficou na traseira do Red Bull, parecia que não teria de ir às boxes para a tal troca de posições. Foi o que aconteceu na volta seguinte.
Nas voltas seguintes, Max começou a se queixar dos seus pneus, e por causa disso, Norris começou a afastar-se paulatinamente do piloto da Red Bull. Tanto que na volta 25, Norris já tinha mais de quatro segundos de vantagem sobe o piloto da casa. Nessa altura, Hamilton trocou de pneus para colocar duros, que lhe darão até, provavelmente, o final da corrida. Leclerc foi às boxes na volta seguinte, para colocar também duros, enquanto Russell foi colocá-los na volta 26. Max foi às boxes para trocar na volta 28, colocando duros, uma antes de Norris, que comandava a corrida.
Na volta 31, parecia que a McLaren estava a triunfar em toda a linha, com o primeiro posto do Piastri - ele ainda não tinha parado nas boxes - e a ideia era de tentar uma vantagem sobre os Red Bull. O australiano trocou de pneus na volta 34, caindo para quinto. Nesta altura, Norris tinha agora uma vantagem de 7,5 segundos sobre Max... e a afastar-se cada vez mais.
Rapidamente, as voltas passavam e via-se que Norris tinha tudo controlado. 11,2 segundos na volta 44, com Leclerc a 6,1, e Piastri na traseira do monegasco da Ferrari. Se o passar, e com o carro a Red Bull e queixar-se da degradação dos pneus, isto iria querer dizer que uma dobradinha da McLaren será uma possibilidade. Atras, Carlos Sainz Jr atacava Sério Pérez para o sexto posto, e o mexicano sabia defender-se. Pouco depois, o espanhol passou-o, e a partir dali, a batalha passou para à frente, com Piastri colado à traseira de Leclerc, numa altura em que Hamilton ia às boxes para a sua segunda troca de pneus, colocando moles e caindo para oitavo.
Depois disso, as atenções voltaram-se para a luta pelo terceiro posto, com Leclerc a tentar defender-se de Piastri, que tinha um ritmo ligeiramente mais rápido que o piloto da Ferrari. Mas ele acabou por não conseguir apanhar, porque as voltas acabaram e Norris tinha uns incríveis 20 segundos de vantagem sobre Max, conseguindo a sua segunda vitória do campeonato e claro, colocando todos os títulos em jogo.
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