sábado, 8 de novembro de 2014

Formula 1 2014 - Ronda 18, Brasil (Quaificação)

Com a Formula 1 a chegar ao fim da temporada, já todos sabemos como é que isto acabará. E as coisas mais interessantes a acontecer nestas paragens têm mais a ver com quem irá para o lugar A ou B na próxima temporada, quem iria dar o salto para outras categorias ou por exemplo, os novos desenvolvimentos sobre a crise que se abateu nas equipas médias e do qual ameaçaram fazer algo radical caso não conseguissem mais dinheiros de Bernie Ecclestone.

A coisa mais interessante que estava a acontecer no fim de semana vinha de uma das equipas que estavam de fora. A Caterham tinha decidido fazer uma "vaquinha" para que pudesse correr na última prova do ano, em Abu Dhabi. Precisavam de 2,3 milhões de libras, e logo no primeiro dia, tinham conseguido cerca de 300 mil, o que era algo incrivel. Apesar das ajudas, muita gente dentro da Formula 1 achava essa ideia simplesmente desaprovadora. E claro, essa atitude era apenas tipica de alguém que acha que a categoria máxima do automobilismo deveria viver de maneira darwiniana...

Outra das coisas estranhas que estava a acontecer neste fim de semana brasileiro era de que o tempo previa chuva na altura da qualificação e da corrida. A grande ironia era de que tudo isto acontecia uma semana depois das primeiras grandes chuvadas em sete meses. E pelo meio, tinha criado uma grande seca que tinha esvaziado as barragens da zona de São Paulo e até tinha causado racionamento em alguns sítios. Uma hora antes de começar, a chuva até tinha caído um pouco na pista, mas isso não incomodou.

Quando começou a ação na pista, as coisas aconteceram sem grandes confusões. Depois do primeiro milho, os Mercedes foram para a pista e começaram a impor a sua marca, primeiro com Hamilton, depois com Nico Rosberg. Mas ao longo de toda a sessão, foi o filho de Keke Rosberg a ser sempre o melhor, apesar das diferenças minimas. Noutros lados, como na Ferrari, Fernando Alonso reclamava publicamente das baterias que estavam descarregadas no momento em que ele foi para a pista... desmazelo à italiana ou simplesmente uma forma de se livrarem dele por ser insuportável? Desconhece-se, mas como é abido que o "Principe das Asturias" não têm fama de ser o mais agradável das personagens, poderemos pensar em tudo...

Mas ao longo da qualificação, houve esperanças vindas da torcida, quando via o esforço dos Williams em se aproximar o mais possivel dos Mercedes e incomodar na ideia de alcançar a pole-position, especialmente Felipe Massa, que como é sabido, corria em casa. Ao longo de todo o treino, conseguiu ser melhor do que Valtteri Bottas, e quando o piloto do carro numero 19 falhou a travagem na sua última tentativa, instalou-se a frustração no meio dos fãs. Mas não deixaram de aplaudir o seu esforço.

No final, manteve-se o "statu quo": os Mercedes na frente, seguido dos Williams, do McLaren de Jenson Button e do Red Bull-Renault de Sebastian Vettel, que desta vez foi melhor do que Daniel Ricciardo, que irá partir do nono posto. Kevin Magnussen foi o sétimo, seguido de Fernando Alonso, enquanto que Kimi Raikkonen fechará o "top ten" para amanhã.

E no domingo, ver-se-á quem será o melhor na arena de Interlagos. Para Hamilton, está tudo nas suas mãos. Basta passar o seu companheiro de equipa - ou não - e esperar que as coisas em Abu Dhabi estejam no ponto para que ele se consagre como bicampeão mundial. Mas ainda existe uma pequena réstia de esperança de que possa haver algo diferente.  

Youtube Crash Test: O teste do Datsun Go

Esqueçam os carros chineses. Este é o Datsun Go, um carro japonês que irá ser fabricado na India, e foi para os testes Global NCAP. Se quiserem ver, estão por vossa propria conta e risco. Mas por outro lado, podem ver porque é que levou zero estrelas.

Parece que recuamos 30 anos no tempo... vi esta no Flatout!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Youtube Formula 1 Practice: O "drifting" de Max Verstappen

Então o instrutor de condução do Max Verstappen é o Daigo Saito?

Rumor do dia: Jenson Button vai para a Endurance em 2015

Jenson Button trocará a Formula 1 pela Endurance em 2015, mais concretamente a Toyota. O anuncio poderá ser feito este domingo após o GP do Brasil, onde o piloto de 34 anos anunciará a sua saída da McLaren e da Formula 1 após 15 temporadas de bons serviços, onde venceu o título mundial em 2009, pela Brawn GP. O jornalista da Eurosport Portugal, João Carlos Costa, deu a novidade na sua página de Facebook.

Já se sabia desde meados do ano que Button estava insatisfeito com a sua situação na equipa, e que o seu lugar estaria em perigo, com o possível regresso de Fernando Alonso à marca, devido aos novos motores Honda, que estarão de volta a Woking na próxima temporada, depois de 23 anos de ausência. Contudo, a novidade poderá fazer com que o piloto espanhol anuncie que será piloto da equipa da McLaren nos próximos dias.

Button, de 34 anos (nascido a 19 de janeiro de 1980 em Frome, no Sommerset britânico), chegou à Formula 1 em 2000, aos 20 anos de idade, para correr na Williams. No ano seguinte, passou para a Benetton, onde ficou até 2002. Em 2003, passou para a BAR, ficando nas suas transformações, primeiro na Honda e depois na Brawn GP. Foi com a marca japonesa que conseguiu a sua primeira vitória, no GP da Hungria de 2006, e três anos depois, quando a marca nipónica saiu de cena e foi substituída pela Brawn GP, conseguiu alcançar o seu titulo mundial, com seis vitórias nos primeiros oito Grandes Prémios.

Em 2010, passou para a McLaren, onde conseguiu o vice-campeonato em 2011 e alcançou a sua última vitória no GP do Brasil de 2012. Ao todo, ele têm 15 vitórias, em 266 Grandes Prémios, com 50 pódios, oito pole-positions e oito voltas mais rápidas.

Caterham anuncia projeto de "crowdfunding" para estar em Abu Dhabi

No dia em que a Marussia anunciou a sua falência, a Caterham decidiu que iria lançar um projeto de "crowdfunding" para se tentar salvar. Atualmente em administração, a ideia é de obter uma quantia inacreditável nos próximos sete dias: três milhões de euros.

De acordo com a cadeia de televisão "Sky", a ideia é de arranjar o minimo para colocar os carros na última prova do campeonato, quer seja através de fãs, ou multimilionários que queiram ajudar através da "hashtag" #RefuelCaterham.

Veremos como é que vai resultar, mas creio que as hipóteses são minimas. Para dar um exemplo, a Brabham anda com dificuldades de alcançar o seu objetivo de chegar aos 250 mil libras, e falamos da Endurance...

Marussia decreta falência

Um tribunal britânico decretou esta sexta-feira a falência da Marussia, depois da empresa ter falhado um acordo de reestruturação com os seus credores. E por causa disso, 200 trabalhadores ficaram sem emprego.

De acordo com a Autosport britânica, a Marussia teria de ter apresentado um plano de recuperação até às dez da manhã desta sexta-feira do qual fosse aprovada pelos credores. Contudo, nem todos estavam de acordo, e sem uma plataforma de entendimento, a equipa decidiu que o melhor seria decretar a falência e libertar os seus empregados. E assim sendo, não estarão mais em Abu Dhabi, a última prova do campeonato.

Lamentamos que um negócio que tem tantos seguidores na Grã-Bretanha e ao redor do planeta tenha de parar e ter as suas portas fechadas", começou por dizer Geoff Rowley, um dos interventores da Justiça Britânica. 

Infelizmente não houve solução que poderia ter ser alcançável para permitir continuar na sua forma atual. Gostaríamos de agradecer a todos os funcionários pelo seu apoio durante este difícil processo”,concluiu.

Assim sendo, com a Caterham também de fora, todas as equipas que se inscreveram na Formula 1 em 2010, com a promessa de que haveria um corte de custos na categoria, na ordem dos 90 milhões de libras, estão de fora. A Hispania - que acabou como HRT - já tinha saído de cena no final de 2012, demonstrando que as equipas pequenas, no cenário atual da Formula 1, têm vida curta. Especialmente quando têm de lidar com orçamentos anuais de 120 milhões de euros... só para se manterem.

Durante a sua permanência na Formula 1 - primeiro como Virgin e agora com o nome atual - ela conseguiu os seus primeiros pontos esta temporada, quando o francês Jules Bianchi terminou a corrida do Mónaco no nono lugar, conseguindo dois pontos no campeonato.

Formula 1 em Cartoons - Estados Unidos (Cire Box)

Como todos sabem, Lewis Hamilton foi o grande vencedor do GP dos Estados Unidos e está bem lançado para o seu segundo campeonato mundial, mas parece que não pediu autorização do dono quando ficou com o segundo prémio do dia...

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Formula 1 em Cartoons - Brasil 1993 (Pilotoons)

Em fim de semana de GP do Brasil. Bruno Mantovani recorda-nos da manobra que deu a Ayrton Senna a sua segunda vitória em terras brasileiras, conseguindo enganar o "rookie" Damon Hill.

Youtube Rally Tribute: A carreira de Mikko Hirvonen

Como é sabido, Mikko Hirvonen anunciou hoje a sua saída dos Ralis. E ele deixou no seu sitio oficial um vídeo onde agradece aos fãs e fala sobre os seus pontos altos de uma carreira que se estendeu ao longo de doze temporadas com os seus muitos altos e alguns baixos.

WRC: Mikko Hirvonen anuncia a sua retirada

O finlandês Mikko Hirvonen anunciou esta quinta-feira no seu sitio oficial que abandonará a Ford e o WRC no final do Rali da Grã-Bretanha, a última prova desta temporada. O piloto de 33 anos, vencedor de 15 ralis e vice-campeão do mundo por quatro vezes, decidiu pendurar o capacete, alegando querer ter mais tempo para a família.

"Ao longo da minha carreira competitiva, eu focalizei muito em mim mesmo. Os ralis assumiram uma grande parte da minha vida e que o ritmo do calendário sempre foi bastante inflexível. Eu gostei absolutamente cada minuto, e embora eu ainda a amo, também gostaria de se concentrar mais em outras coisas importantes que fazem parte da minha vida, como meus filhos e minha família. Há muitas áreas que ainda não foram exploradas e que eu gostaria de ter a oportunidade de experimentar novas experiências", referiu.

"Gostaria de agradecer a todas as pessoas, sem os quais a maior aventura da minha vida nunca teria sequer iniciado. Minha família, meus amigos, meu co-piloto Jarmo, meus patrocinadores, as equipas com as quais eu já competi durante todas estas temporadas, graças ao seu trabalho, compromisso inabalável e paixão. E, claro, os meus fãs, que estiveram lá nos tempos bons e nos maus momentos e que nos deram o seu apoio incondicional e incentivo. Um enorme obrigado a todos vocês", concluiu.

A M-Sport, a equipa com quem correu nesta temporada, decidiu já prestar tributo a Hirvonen no seu sitio oficial:

"Mikko [Hirvonen] e Jarmo [Lehtinen] deram a equipe muito ao longo dos anos, e quando olho para trás, no tempo em que passamos juntos, com um monte de memórias felizes. Eles formaram uma das parcerias mais bem sucedidas do desporto e não vamos esquecer o seu talento, determinação e empenho.", começou por dizer Malcom Wilson, o diretor da equipa.

"Eles foram fundamentais na obtenção de Campeonatos para a Ford e cada uma de suas 14 vitórias conosco tem um monte de memórias muito especiais. Muitas duplas passaram pelas nossas portas, mas poucas foram tidas em tão alta consideração como Mikko e Jarmo que sempre foram membros imensamente populares na equipa."

"Eu falo para todos no M-Sport, quando eu lhes agradeceço por tudo o que conseguimos juntos e desejo-lhes todo o sucesso para o futuro", concluiu.

Nascido na localidade finlandesa de Kannonkoski, a 31 de julho de 1980, Hirvonen começou a correr no WRC em 2002, mas foi no ano seguinte que teve a sua primeira temporada completa, ao serviço da Ford. Em 2004 passou para a Subaru, antes de fazer alguns ralis em 2005, conseguindo o seu primeiro pódio, um terceiro lugar na Cataluha. Em 2006, ficou na Ford ao lado do seu compatriota Marcus Gronholm, onde venceu a sua primeira corrida na Austrália, alcançando o terceiro lugar no campeonato.

Em 2007, alcançou mais três vitórias e repetiu o terceiro lugar no campeonato, e a sua importância dentro da ford foi acrescida a partir de 2008, quando Gronholm abandonou a competição e ele se tornou no primeiro piloto da marca. Mas apesar de ter tentado nas duas temporadas seguintes, não foi capaz de superar o seu grande rival, o francês Sebastien Löeb, ficando com dois segundos lugares. Ainda iria conseguir mais um vice-campeonato em 2011, mas não conseguiu superar o piloto francês quando este se mostrou competitivo.

Em 2012, passou para a Citroen, esperando sucedê-lo quado ele se retirou da competição, mas a chegada da Volkswagen e de outro francês, Sebastien Ogier, fez com que as suas capacidades não viessem ao de cima. A sua última vitória aconteceu na Sardenha, ainda em 2012. Nesta temporada, tinha regressado à Ford, mas não alcançou mais do que dois pódios, um em Portugal e outro na Catalunha. 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Noticias: Felipe Nasr será piloto da Sauber

Afinal, não será Giedo van der Garde, mas sim Felipe Nasr. A imprensa brasileira está a anunciar esta quarta-feira que o piloto de 22 anos, vice-campeão da GP2 este ano, será piloto da Sauber na temporada de 2015 graças ao dinheiro do Banco do Brasil.

Estarei oficialmente participando da Formula 1 com a Sauber”, anunciou Felipe no Jornal Nacional, da Rede Globo. “É um sonho que acaba de se realizar. Se olhar o Felipe Massa, o Kimi Räikkönen também entraram na Formula 1 pela Sauber e tiveram a oportunidade de crescer”, avaliou. Segundo se conta, os valores do contrato poderão estar a rondar os 20 milhões de euros, o que será maior do que o que traz Marcus Ericsson, que aparentemente trará cerca de 15 milhões.

Nascido a 21 de agosto de 1992 em Brasilia, Nasr começou a correr no karting aos sete anos, passando para os monolugares em 2008, correndo na Formula BMW, primeiro na versão americana, e em 2009, na versão europeia, onde acabou por vencer. Em 2010, passou para a Formula 3 britânica, onde venceu no ano seguinte, ao serviço da Carlin, batendo o seu companheiro de equipa, o dinamarquês Kevin Magnussen.

Em 2012, passa para a GP2, onde começou na DAMS, conseguindo quatro pódios e o décimo lugar no campeonato. No ano seguinte, muda-se para a Carlin, onde consegue cinco pódios e o quarto lugar na classificação geral. Mas vai ser em 2014 que as coisas melhoram, sendo piloto de testes da Williams, enquanto que continuando na Carlin, consegue quatro vitórias e mais cinco pódios, terminando o ano como vice-campeão, sendo batido apenas por Joylon Palmer.

Formula 1 em Cartoons - Estados Unidos (Thomsonstudio)

As angustias e hesitações de Nico Rosberg durante a corrida de Austin, segundo o canadiano Bruce Thomson.

Jules Bianchi, um mês depois



Há precisamente um mês que Jules Bianchi teve o seu acidente, que o colocou no pior dos cenários: a inconsciência. O limbo entre a vida e a morte angustia-nos a todos, os fãs e apreciadores do automobilismo, para além dos amigos e claro, dos pais de Jules, que desde então estão no Japão para acompanhar a evolução do estado de saúde do seu filho, de 25 anos e piloto da Marussia desde 2013.

O acidente foi feio, inesperado e claro, grave. Quando no dia seguinte, vimos as imagens captadas por um amador - e que por muito que a FOM tentasse apagar, não conseguiu - arrepiamo-nos por causa do impacto tão forte que levantou o trator do chão por momentos. E desde então que ele está no Hospital Universitário de Mie, com todos à espera de um milagre que, a cada dia que passa, parece não surgir.

Colocando-me nos sapatos de Philippe Bianchi, o pai de Jules, entendo-o bem. Cresceu num ambiente onde a febre da velocidade e a morte conviviam lado a lado e viu o seu pai, Mauro Bianchi, a ficar gravemente queimado em 1968, quando o seu Alpine se incendiou nas 24 Horas de Le Mans, na mesma altura em que via o seu tio, Lucien Bianchi, a sair consagrado como vencedor na mesma corrida. E meses depois disso, o tio acabou a sua vida contra um poste telefónico no mesmo local.

Com a tecnologia e a segurança existentes, tendemos a esquecer que o automobilismo continua perigoso. Já não vemos mais noticias de mortes a cada fim de semana, em provas automobilísticas um pouco por todo o mundo, já não vemos mais temporadas onde os pilotos contavam quantos amigos já tinham morrido ao longo da sua carreira. Nos anos 60, tipos como Dan Gurney ou Jackie Stewart começaram a pensar na retirada quando começaram a contar os amigos que morreram e chegaram à meia centena. Hoje em dia, esse número é um absurdo, mas o facto de as mortes no automobilismo terem chegado a um nível minimo, deu a sensação de que poderemos errar e bater, que a estrutura do carro, os cintos de segurança e o HANS nos protegerão. Isso é uma ilusão.

Um mês mais tarde, apesar de não falarmos sobre Bianchi, pensamos nele. Não nego que ganhei um hábito à noite, antes de me ir deitar, de ligar o Twitter para ver se há alguma novidade, pois por essa hora é manhã no Japão, e poder aparecer alguma coisa. Se a angustia não é boa para mim, imaginem como será para os pais dele.

Tenho a sensação de que poderemos estar a assistir a uma morte ao retardador. Falo isto porque há uns meses, em março, quando via matérias sobre o Michael Schumacher, dei de caras com a matéria de Ed Hinton, da ESPN, falando sobre os pilotos da NASCAR que sofrerem acidentes graves nos anos 80 e estiveram num estado vegetativo persistente que se prolongou até à sua morte. Hinton falou de casos como Don Williams, que em 1979 sofreu um acidente grave e ficou em coma por dez anos até morrer, ou de Rick Baldwin, que em 1997 acabou por morrer, depois de um coma com onze anos. São casos extremos, mas a NASCAR tem história de pilotos que ficaram anos dessa forma, sem que nunca tenham recuperado.

Sabemos que Schumacher, mesmo que saia do coma, têm muito trabalho pela frente, e a possibilidade de recuperação poderá nunca ser total. Mas no caso de Bianchi, mesmo passando um mês sem novidades relevantes sobre o seu estado de saúde, temo que apenas estará a adiar o inadiável. Espero estar enganado, mas temos de pensar nesta ideia. 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Formula 1 em Cartoons - Estados Unidos (Pilotoons)

A corrida dos Estados Unidos revelou que Lewis Hamilton está cada vez mais com a mão na taça...

Barrichello poderia ter regressado pela Caterham?

Este domingo poderíamos ter visto o regresso de Rubens Barrichello à Formula 1. E digo "poderiamos" porque a equipa que poderia ter providenciado a ele o seu regresso acabou ainda antes de começar. Soa a piada e parece ser uma piada digna de 1º de abril, mas como a piada foi escrita pelo jornalista britânico Adam Cooper, é melhor ler os detalhes dessa piada.

Segundo ele conta, Barrichello - que atualmente está na Stock Car brasileira e é candidato ao título - tinha o apoio no Brasil e a anuência de Colin Kolles, que estaria a trabalhar há algum tempo para dar o lugar para ao piloto brasileiro nas três últimas provas do ano, dando ao brasileiro de 42 anos a despedida que tanto queria ter. 

"Gostaríamos de ter tido Barrichello nas últimas três corridas", contou uma fonte da equipa ao jornalista britânico. "Nós tinhamos patrocínio e tudo estava indo no caminho certo. Teria sido fantástico para a Formula 1"

Falando exclusivamente sobre o plano, Rubens disse a Cooper: "Teria sido ótimo para correr na frente do meu povo, mais uma vez e fazer uma despedida condigna", comentou.

Barrichello fez a sua última corrida em 2011 ao serviço da Williams, depois de 326 Grandes Prémios, em 19 temporadas, com passagens por Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams.

Noticias: Haas mostra-se interessado em Sutil

Gene Haas poderá estar interessado em Adrian Sutil para a sua aventura na Formula 1, que começará em 2016. Quem fala disso é Gunther Steiner, um dos diretores da equipa, que afirma desejar um piloto experiente na primeira temporada da equipa. Se a Sauber mudar os seus pilotos, Adrian Sutil poderia estar no mercado, bem como os pilotos da Caterham e da Marussia”, comentou à Speedweek alemã.

Somos uma nova equipa e não queremos correr riscos. Se existir um piloto norte-americano fantástico, tudo bem. Mas se for um estreante sem experiência, queremos um piloto experiente”, concluiu.

A equipa de Gene Haas, que vai montar a sua sede em Charlotte, vai ter motores Ferrari na sua aventura na Formula 1, e o chassis poderá ser fabricado pela Dallara. Quanto a Sutil, de 31 anos, em 126 Grandes Prémios divididos entre Spyker, Force India e Sauber, conseguiu 124 pontos e uma volta mais rápida.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A aventura brasileira de Le Mans... e você pode ajudá-los

Há umas semanas falei da possibilidade de haver uma equipa brasileira na Endurance, para disputar as 24 Horas de Le Mans de 2016, uma aventura liderada por Patrick Choate e com o carro a ser projetado por Nicolas Perrin. Contudo, hoje surgiram novos desenvolvimentos quando o Flatout! Brasil anunciou que a aventura da Brazil Le Mans Team iria procurar financiamento por crowdfunding, mais concretamente pela Indiegogo.

Em suma, Choate quer um objetivo ambicioso: 2,230 milhões de dólares. Dinheiro suficiente para montar uma equipa, arranjar patrocinadores e pilotos pagantes. Um objetivo super-ambicioso, dado que, por exemplo, a Brabham está a pedir apenas 250 mil libras para a sua equipa no regresso à competição.

Esses 2,230 milhões de dólares estão divididos da seguinte forma:

- 1,3 milhões para o chassis
- 80 mil para a homologação na FIA
- 50 mil para testes ao longo de 2015
- 200 mil para um motor de testes
- 600 mil para construir uma transmissão e um sistema KERS

Para não falar dos extras: mais meio milhão de dólares para peças sobressalentes, 1,5 milhões para motores de corrida, 350 mil em pneus de corrida, e mais 700 mil para correr nas sete provas do WEC. Somado aos valores anteriores, dá um total de 5,790 milhões de dólares. É dinheiro para andar com os tubarões da LMP1...

Enfim, a tarefa não vai ser fácil. Têm 56 dias para o alcançar, ou seja, até ao final do ano. Boa sorte para eles!

A Formula 1 na sua "razão de ser"

Andamos todo o fim de semana com uma "espada de Dâmocles" em cima das nossas cabeças por causa da ameaça de boicote por parte das equipas do meio do pelotão. E pelo que aparece hoje nos jornais um pouco por todo o mundo, tal foi evitado em Austin por meros 90 minutos graças à promessa de Bernie Ecclestone de que irá melhorar os acordos financeiros de forma a distribuir melhor os lucros.

O problema é que uma coisa é promessa, outra coisa é a prática. E eles andam a falar que o boicote continua no ar mesmo nas corridas seguintes, ou seja, Interlagos e Abu Dhabi. Force India, Lotus e Sauber querem mesmo que os dinheiros sejam redistribuídos, pois acham que isso é uma forma de desigualdade. E é verdade: quando Gerard Lopez diz que uma das equipas da frente recebe 170 milhões de dólares só para aparecer, estamos tramados. A meritocracia está morta, se quiserem colocar as coisas dessa forma.

Contudo, as equipas do meio do pelotão estão confiantes de que vai haver um acordo nos próximos dias para que haja uma nova redistribuição das receitas, e assim, eles respirem um pouco melhor. E eles têm um número na cabeça: 100 milhões de libras, ou 150 milhões de dólares. Mas para que as coisas fiquem definitivamente resolvidas, é a velha história: têm de haver um teto orçamental para as equipas gastarem, e certas partes têm de ser mais baratas. Como por exemplo, os motores.

Mesmo o velho anão reconhece o problema e sabe que têm de fazer algo para manter a Formula 1 e evitar ver tudo isto desmoronar enquanto ainda viver. Já passou a ideia de que as coisas estão desiguais e terá de haver uma renegociação dos contratos. Claro, na sua estratégia de "divide et impera", desta vez, ele provavelmente vai ficar do lado das equipas do meio do pelotão, para dizer depois, caso tudo falhe, a Ferrari, Red Bull, McLaren, etc... são os grandes culpados.

Tudo isto acontece quando também se ouve que a Marussia poderá voltar a correr em Abu Dhabi, na última prova do ano. Resta ver para crer.

domingo, 2 de novembro de 2014

Formula 1 2014 - Ronda 17, Estados Unidos (Corrida)

Com apenas 18 carros em prova no Texas, e com toda a agitação devido ao desparecimentos do fundo do pelotão, dos rumores e das ameaças de boicote, de toda a discussão sobre as formas de pagamento e do futuro da Formula 1, esquece-se da luta pelo título entre os pilotos da Mercedes, que cada vez mais se parecia como uma caminhada imparável de Lewis Hamilton para o bicampeonato, até que ontem, Nico Rosberg mostrou ao resto do mundo que neste fim de semana, tinha o melhor carro. E que isso poderia fazer com que as coisas sejam levadas mesmo até à ultima corrida, a de Abu Dhabi, a dos pontos a dobrar.

Com Sebastian Vettel a começar das boxes, a corrida começou com Rosberg na frente de Hamilton, seguido pelos Williams e o Ferrari de Fernando Alonso. Mas perto do final da primeira volta, Adrian Sutil e Sergio Perez tocaram-se e o Sauber do alemão ficou parado na pista. O culpado foi o mexicano, que nessa tentativa ousada de o passar, ainda bateu no carro de Kimi Raikkonen. Resultado final, o Safety Car teve de entrar na pista. Curiosamente, um ano depois do SC ter saído para a pista... na primeira volta. E também com Sutil envolvido.

Os carros foram para as boxes trocar de pneus, alguns por razões táticas outros por precaução (Button passou por cima dos destroços, por exemplo), e o Mercedes ficou por lá (ao menos foi o real e não o virtual!) até que a pista ficasse limpa. Na volta cinco, a corrida recomeçou, com Daniel Ricciardo a passar Alonso, enquanto que Massa passou Bottas para o terceiro lugar. 

As coisas andaram relativamente calmas nas voltas seguintes, com a grande novidade a ser a penalização de cinco segundos por parte Nico Hulkenberg, Pastor Maldonado e Esteban Gutierrez devido a excesso de velocidade atrás do Safety Car. Mas na volta 18, houve agitação quando Nico Hulkenberg ficou parado no meio da pista devido a avaria. Apesar disso, o SC não teve de sair para que os comissários pudessem retirar o Force India.

Na frente, Rosberg mantêm a vantagem sobre Lewis Hamilton, com uma diferença que raramente ficava acima de 1,5 segundos. Contudo, a partir da volta 20, o inglês aproximou-se do alemão e ficou abaixo de um segundo, mais do que suficiente para que o DRS possa ser ativado. Mas na volta 25, o inglês conseguiu passá-lo. E se duvidas existiam, provavelmente foram esclarecidas: ele é o novo campeão do mundo.

A partir dali, as coisas ficaram um pouco mais estabilizadas. Daniel Ricciardo aproveitou uma má paragem de Felipe Massa na volta 34 para ficar com o terceiro lugar, e duas voltas depois, Lewis Hamilton trocou de pneus, conseguindo uma vantagem de 3,2 segundos para o seu companheiro de equipa. Parecia que naquela parte, estava tudo controlado. E a partir dali, houve as lutas por posições no pelotão intermédio, com lutas entre Vettel e Alonso, entre Button e Gorsjean, entre os Lotus e o Toro Rosso de Jean-Eric Vergne. A luta entre Jenson Button, os dois Lotus e os dois Toro Rosso teve momentos como o toque entre Vergne e Romain Grosjean, com o francês da Lotus a sair bem prejudicado, os destroços que atingiram o carro de Kvyat e o atrasaram.

No final, Sebastian Vettel passou toda a gente, depois de ter trocado de pneus a sete voltas do fim, para ficar com o sétimo lugar final (chegou a "comer" os 2,5 segundos de desvantagem que tinha para Kevin Magnussen na última volta), enquanto que Pastor Maldonado acabou a corrida no nono lugar, passando Vergne. E mesmo com os cinco segundos de penalização, o piloto venezuelano tinha conseguido aquilo que ainda não tinha alcançado nesta temporada: pontos.

Na frente, nada de novo: Lewis Hamilton corta a meta como vencedor em Austin, pela terceira vez em quatro corridas neste circuito, e tudo indica que o bicampeonato será dele. Isto, se a corrida de Abu Dhabi ser um mero "pro-forma". Daniel Ricciardo conseguiu aguentar os ataques finais de Felipe Massa e conseguiu o seu oitavo pódio da temporada, enquanto que Valtteri Bottas e Fernando Alonso foram quinto e sexto, respectivamente.

E agora, uma semana movimentada até Interlagos, a penúltima prova do ano. E provavelmente, a última chance de Nico Rosberg de contrariar a cavalgada do seu companheiro de equipa.

Youtube Motorsport Music: o video do David Guetta tem um Formula 1

Nunca fui fã do David Guetta. Nunca procurei os seus videos porque basta ir a um qualquer café que tenha o rádfio ou a TV ligada que as suas musicas passam, hora a hora, quase como se fosse uma espécie de "lavagem cerebral". Ou seja, se dependesse de mim, ouviria uma ou duas vezes e já chegava.

Contudo, parece que seu último videoclip envolve um Lotus de Formula 1 e apela ao nosso interior, a aquele sonho que todos nós tivemos um dia: de ser piloto de automóveis. Assim sendo, eis o videoclip oficial, feito pelo sueco Jonas Akerlund.

Noticias: Sauber confirma Marcus Ericsson para 2015

A Sauber anunciou esta noite em Austin que o sueco Marcus Ericsson será o seu piloto na próxima temporada. O piloto de 24 anos, que correu esta temporada ao serviço da Caterham, continuará assim na categoria máxima do automobilismo, mesmo depois da sua equipa ter fechado as portas, na semana passada.

Estamos muito contentes por anunciar esta cooperação. Conhecemos Marcus como um piloto muito motivado. Ele não teve uma temporada de estreia fácil na Formula 1, contudo, ele se manteve calmo e melhorou continuamente, principalmente nas últimas corridas. Estamos convencidos de que a assinatura de Marcus pode dar à nossa equipa um novo ímpeto”, declarou a chefe da equipa, Monisha Kaltenborn.

A equipa fala que “o segundo piloto para a temporada 2015 será conhecido em uma data futura”, mas fala-se há muito que o holandês Giedo Van der Garde poderá ocupar esse lugar.

A ser verdade, ambos os pilotos trarão muito dinheiro à equipa, que passa por dificuldades e pela peimria vez desde que está na Formula 1, em 1993, ainda não pontuou.

"Recebi meu melhor presente de Natal de todos os tempos.”, começou por dizer Ericsson no comunicado oficial da marca de Hinwill. “A Sauber colocou em mim sua confiança para 2015, e isso me deixa orgulhoso, pois a Sauber é tida como uma das melhores equipas no desenvolvimento de jovens pilotos. Será um grande desafio. Eu vou dar o meu melhor para melhorar como piloto e para ser parte do desafio de colocar a Sauber mais perto da frente, que é onde ela pertence”, concluiu.

Nascido em Kumla, no centro do país, e campeão japonês de Formula 3 em 2009, Ericsson chegou este ano na Formula 1 depois de quatro temporadas na GP2, onde venceu três corridas e conseguiu um sexto lugar na temporada de 2013. Este ano, apesar de ter sido muitas vezes surpreendido por Kamui Kobayashi, é ele que consegue o melhor resultado da equipa esta temporada, com um 11º lugar no GP do Mónaco.