sábado, 10 de outubro de 2020

Formula 1 2020 - Ronda 11, Eifel (Qualificação)


Correr no outono em Eifel não é fácil. Frio e chuva é normal que aconteça, mas a meteorologia prevê algo pior: no domingo, a temperatura poderá estar na ordem dos oito graus Celsius, ou seja, os pilotos terão um trabalho danado para fazer aquecer os pneus. Mas agora, neste sábado, as coisas serão um pouco diferentes por causa do vento. 

Mas logo antes da qualificação, uma noticia caiu como uma bomba no pelotão: Lance Stroll ficou mal-disposto e não poderia correr no resto do fim de semana. Assim sendo, Nico Hulkenberg, que iria estar naquela corrida como comentador... lá teve de ir às pressas a casa, buscar o fato e o capacete, e sentar no carro a horas da qualificação. Para quem não tinha lugar nesta temporada, ele ai correr a sua terceira prova do ano... 

A qualificação começou com os Mercedes a andar com os médios, tentando ser diferentes do resto, por causa das baixas temperaturas na pista. Contudo, quem marcou o ritmo foram os Red Bull, especialmente Max Verstappen, que aproveitou os moles para fazer um tempo mais veloz que os Flechas Negras.    

No final, apesar dos seus esforços, Hulkenberg não conseguiu um tempo para entrar na Q2, e fe companhia dos Williams de Nicholas Lattifi e George Russell, o Haas de Romain Grosjean e o Alfa Romeo do veterano Kimi Raikkonen.

A Q2 começara com os Mercedes a serem os primeiros na pista, com médios calçados, mas os primeiros tempos foram rapidamente batidos por gente como Max Verstappen e Alexander Albon, que calçaram moles e fizeram, obviamente, tempos melhores. O holandês fez 1.25,720 e ficou à espera da concorrência na segunda parte da qualificação. 

Na parte final, Hamilton lá conseguiu 1.25,390 e ficou com o melhor tempo, com Verstappen entalado entre os Mercedes, com Charles Leclerc num digno quinto melhor tempo, enquanto entre os eliminados ficaram o Ferrari de Sebastian Vettel, o Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi, o Haas de Kein Magnussen e os Alpha Tauri de Daniil Kyat e Pierre Gasly.

Chegados à Q3, Mercedes e Red Bull andaram ao ataque, primeiro com Hamilton, antes de erstappen ter feito melhor, com 1.25,744, menos 68 centésimos que o britânico da Mercedes. Alex Albon ficou com o quarto melhor tempo, na frente de Charles Leclerc, no seu Ferrari.

Na parte final, com os Mercedes de moles, tentou a sua sorte e fe 1.25,525, mas foi logo batido por Bottas, com 1.25,259, e apesar de terem monopolizado a primeira fila, era o finlandês que levava a melhor. Charles Leclerc conseguiu o quarto melhor tempo, na frente de Alex Albon, dos Renault, E Sergio Perez era nono, entre os McLaren.

Um pouco diferente, é verdade, mas o resultado acabou por ser mais do mesmo. Amanhã, pode ser que o resultado já esteja combinado, mas nós já assistimos a coisas dos quais nem sempre são previsíveis... não é? 

Noticias: Lance Stroll de fora no GP de Eifel, Hulkenberg é o seu substituto


Uma baixa de última hora: Lance Stroll foi impedido de correr no resto do fim de semana do GP de Eifel e no seu lugar foi chamado Nico Hulkenberg. O piloto alemão, sem lugar na Formula 1 nesta temporada, participou em duas corridas no circuito de Silverstone depois de Sergio Perez ter tido sintomas do coronavírus, que o impediu de correr ali. Desconhece-se se aquilo que Stroll sentiu tem ou não a ver com a doença. 

Lance não se sentiu a cem por cento esta manhã e a equipa tomou a decisão de não o deixar correr pelo resto do evento. Nico, que anteriormente representou Sergio Perez nos eventos de Silverstone, já conhece o carro e a equipa e felizmente estava na vizinha Colónia.", afirmou o comunicado oficial da equipa.

Hulkenberg foi autoriado a participar também depois de ter feito um teste ao coronavírus que deu negativo. Ele irá andar no carro já na qualificação para este Grande Prémio, esta tarde.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

A imagem do dia


Mick Schumacher espreita para a pista de Nurburgring, sem carros devido ao estado do tempo nesta sexta-feira. O imenso nevoeiro impediu que o helicóptero pudesse levantar voo, logo, os carros não saíram para a pista e fazer as suas voltas. E isso também impediu que Schumacher Jr. fizesse a sua estreia na Formula 1, a bordo de um Alfa Romeo. E logo na semana em que se falou insistentemente no seu nome para o lugar de Antonio Giovinazzi em 2021.

Estes eventos, num fim de semana imprevisível, e nesta altura do ano, irá fazer com que as pessoas esperem um pouco de tudo naquele lugar. Mas num ano destes, pensa-se na ideia de porquê fazer uma prova, naquele local e neste dia? Mas o tempo naquelas bandas é assim: imprevisível. Aliás, logo após ter acabado o tempo em que deveria ter acontecido a segunda sessão de treino livre, o nevoeiro levantou-se a apareceu um belo céu outonal. 

Veremos como será amanhã.  

WRC: Divulgado o calendário para 2021


O Conselho Mundial da FIA divulgou esta sexta-feira o calendário para 2021. Com 12 provas, há muitas novidades em relação à temporada anterior. Com México a Argentina a cair, no seu lugar aparecem Croácia e Safari, que deveria ter aparecido este ano, mas não aconteceu devido à pandemia. A Estónia fica no campeonato em 2021, enquanto a Nova Zelândia, que deveria ter acontecido este ano, acabará por não se realizar. Ã Alemanha é outra ausência de destaque.

Quem também regressa ao Mundial é a Catalunha, que será o penúltimo rali do Mundial, entre os dias 14 e 17 de outubro. O Japão fechará o Mundial, entre os dias 11 e 14 de novembro. O Rali de Portugal será a quarta prova do calendário, entre os dias 20 e 23 de maio.

Eis o calendário completo:

Monte Carlo (21-24 Janeiro)
Suécia (11-14 Fevereiro)
Croácia (22-25 Abril) 
Portugal (20-23 Maio)
Itália-Sardenha (3-6 Junho)
Kenya-Safari (24-27 Junho) 
Estónia (15-18 Julho)
Finlândia (29 Julho – 1 de Agosto) 
Reino Unido (19-22 Agosto) 
Chile (9-12 Setembro) 
Espanha-Catalunha (14-17 Outubro) 
Japão (11-14 Novembro)

Youtube Motorsport Video: Uma antevisão de Bathurst 2020

O Josh Revell é um tipo que gosto muito de ver, especialmente os seus vídeos. E como neozelandês que ele é, tem sempre tempo para falar sobre a maios importante prova naquele canto do mundo: o Bathurst 1000. A história, os pilotos e o que vale a pena.

WEC: Albuquerque fala do futuro


Filipe Albuquerque
não faz muita ideia do que vai ser o futuro, mas a única certwza que t~em é que será na Endurance, onde alcançou o título mundial na classe LMP2, a vitória nas 24 Horas de Le Mans e é o favorito para triunfar no Europeu. Numa entrevista à Autosport portuguesa, o piloto de Coimbra fala um pouco sobre o futuro da Endurance, das novas categorias e dos rumores que sa feleam sobre a entrada de novas equipas a partir de 2022.

Escolher entre LMDh e Hypercarros? Teria que me sentar e ouvir os planos de uma parte e de outra. Não sei. Sinceramente não sei qual vai ser o melhor carro e é um ponto de interrogação para muita gente.", começou por dizer.  "Eu acho que o que existem são apenas rumores. Tenho ouvido falar que estou no topo da lista de alguns construtores, mas isso não quer dizer nada. É como sermos favoritos a ganhar uma corrida. Só conta quando for contactado pela pessoa responsável e me oferecem um contrato.", continua.

"Até lá, são apenas especulações. Há algumas conversas com algumas pessoas ligadas a certos grupos que me estão a mandar alguns piropos, mas isso para já não conta para nada pois não é nada oficial e nada concreto. Para já só temos a Peugeot com um projeto novo para Le Mans. Fala-se na Porsche, fala-se na McLaren. Vamos ter de esperar mais um pouco até para ver quem é que a Peugeot escolhe para o seu lote de pilotos e também se os outros construtores vão entrar ou não.

Questionado sobre se gostaria de fazer dupla com António Félix de Costa, Albuquerque diz que adoraria correr ao lado dele num dos projetos que estão a aparecer, dependendo do que a Formula E lhe deixaria fazer.

Fazer dupla com o António era fantástico, ele é um piloto espetacular e ainda por cima somos muito parecidos a nível de altura e fazer o banco era fácil. Somos ambos portugueses e conhecemo-nos bem. Mas o António está muito envolvido na Fórmula E eu estou claramente direcionado para resistência e é aí que me vou manter, não pretendo mudar para mais lado nenhum, portanto os próximos meses vão dizer qual será o meu futuro.", começou por afirmar

"Nunca escondi que o meu objetivo era vencer Le Mans à geral. Quando a Audi saiu tive muita pena de ter de ir para LMP2 pois forçosamente não havia lugar em mais lado nenhum mas gostava de voltar aos LMP1 e correr à geral, por um construtor. É essa a minha ambição e o meu sonho. Falta-me ser campeão europeu, ganhar o IMSA, ganhar Sebring, falta o campeonato do mundo, ganhar Le Mans à geral.. há sempre mais a conquistar e depois repetir tudo outra vez, porque não?“, concluiu.

CPR: Magalhães vai lutar pela vitória


Com duas vitórias no campeonato deste ano - Madeira e Alto Tâmega - Bruno Magalhães chega à Marinha Grande na liderança do campeonato e acredita que é possível manter este excelente momento de forma no Rali Vidreiro Centro de Portugal com nova vitória.

Nas vésperas da prova, o piloto de Lisboa afirma que o primeiro lugar é o objetivo, para ver se parte como favorito para a prova final do campeonato, no Algarve. 

Vimos de uma série de bons resultados, que naturalmente reforçam a nossa motivação e ambição refere Bruno Magalhães Fomos competitivos em ralis de asfalto de características bastante diferentes, como a Madeira e o Alto Tâmega, por isso não há dúvidas sobre a competitividade do nosso Hyundai i20 R5. Já ganhei o Rali Vidreiro Centro de Portugal algumas vezes, pelo que este é um rali que me traz boas recordações. Fizemos um bom trabalho de preparação e o objetivo é sempre o mesmo em qualquer rali: lutar pela vitória”, comentou, na véspera do rali.

A prova, penúltima do calendário de 2020, acontece neste sábado, com nove especiais na zona da Marinha Grande e São Pedero de Muel.

WRC: Prova final vai ser em Monza


A FIA anunciou hoje que o Rally Monza vai ser a "Grand Finale" do WRC 2020, num prova que vai ser realizada no fim de semana de 4 a 6 de dezembro. À parte o último dia, com especiais dentro do Autódromo, os restantes dias acontecerão em troços à volta da cidade nos arredores de Milão. Para além disso, será a segunda prova italiana no WRC, a primeira vez na história da categoria que tal acontece.

Jona Siebel, a diretora administrativa do WRC, diz que o rali constituirá um enorme desafio para os concorrentes: “Como etapa final do campeonato, há uma forte probabilidade de que tanto os títulos do WRC dos pilotos como os dos fabricantes possam ser decididos nas estradas de Monza. Este tipo de rali é raro no nosso campeonato, mas irá proporcionar um final emocionante num ano imprevisível”, comentou.

Para o diretor de Ralis da FIA, Yves Matton, disse que confirmar uma oitava prova em tempos tão complexos é uma recompensa pelos esforços e trabalho árduo de todos os envolvidos. 

Na situação atual, estamos a desenvolver novas abordagens e o ACI Rally Monza Italia é uma grande ilustração disso mesmo. É o casamento de um evento de circuito icónico e troços mais tradicionais de ralis nas zonas rurais próximas", começou por dizer. "Este novo conceito pode eventualmente ajudar a levar o WRC a países ou regiões onde são necessários novos formatos”, acrescentou.

Foi necessária uma grande flexibilidade da ACI e do seu Presidente Angelo Sticchi Damiani para trazer este novo evento para o calendário numa fase tão tardia e gostaria de lhes agradecer pelo seu grande empenho e profissionalismo”, concluiu.

O WRC prossegue este fim de semana com o Rali da Sardenha.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

A imagem do dia


E de repente, passaram-se vinte anos sobre esta imagem. Neste oito de outubro do ano 2000, Michael Schumacher alcançou o seu objetivo, que era o de dar à Ferrari títulos mundiais. E a caminhada foi dura, com precalços. A Ferrari estava, a meio da década de 90, numa sombra do que tinha sido. Entre 1991 e 1995, tinha vencido apenas duas provas, e longe estavam dos tempos de glória. Logo, ter Schumacher na equipa foi um golpe do qual o dinheiro da Fiat ajudou bastante.

Quando chegou, tinha dois títulos mundiais no seu bolso, pela Benetton. Lá, já tinha Jean Todt como líder, mas faltava mais, muito mais. Boa parte das pessoas necessárias foi buscar à Benetton, como Ross Brawn e Rory Bryne, para complementarem gente como Luca de Montezemolo e claro, Jean Todt.

Logo no primeiro ano, a temporada de 1996, Schumacher venceu três provas, e a primeira foi debaixo de chuva, em Barcelona, dando "calendários" à concorrência. Deu esperança de mais e melhor, que quase aconteceu em 1997, lutando pelo título até à última corrida, em Jerez, onde o alemão tentou colocar Jacques Villeneuve fora de pista... e se deu mal. Mas tinha carro, a Ferrari era competitiva.

Nos dois anos seguintes, surgiu a McLaren e Mika Hakkinen, em particular. Os carros eram bons, e começou uma rivalidade entre ambas as equipas. O duelo fazia vibrar as bancadas, e claro, tudo acabava em Suzuka, a última corrida do ano. Em 1998, tudo acabou com um furo, depois de uma recuperação espetacular desde o fundo da grelha, devido a um problema nos treinos. E em 1999, o seu acidente na primeira volta do GP da Grã-Bretanha, que o colocou fora de proa por dois meses sepultou temporariamente a sua candidatura ao título. 

A temporada de 2000 tornou-se no terceiro ato do duelo Hakkinen-Schumacher. Teve momentos como o final do GP da Bélgica, com Hakkinen a passar Schumacher entre o carro de Ricardo Zonta na travagem para Les Combes, e que entrou na história, mas ali, o piloto da Ferrari conseguiu ser mais consistente que o da McLaren, e em Suzuka, por fim, o alemão levou a melhor. Vinte e um anos depois de Jody Scheckter, por fim, a Scuderia comemorava títulos. 

Uma noa geração celebrava por fim. O que não sabiam era que significava o começo de um domínio.

CPR: Fontes quer triunfar pela quinta vez


Vencedor por quatro edições, dois dos quais com o Citroen C3 R5 (2016 e 2019), José Pedro Fontes deseja vencer por uma quinta vez no Rali do Vidreiro, para ter uma palavra a dizer no campeonato. Navegado por Inês Ponte, o piloto acredita que aqui, vai ter todas as condições para uma boa exibição, contra uma concorrência bem apertada. 

Este é um rali de que gosto bastante e no qual acho que temos condições para rubricar uma boa exibição. Trata-se de uma prova com especiais muito rápidas e que não deixam qualquer margem para erros. Por isso, é importante o trabalho que fizemos na preparação deste rali, mas também a forma como o encaramos.", começou por dizer.  

"Temos que estar totalmente concentrados no sentido de imprimir um ritmo forte, mas, ao mesmo tempo, saber onde estão as armadilhas. Este formato de rali “sprint”, com pouco mais de 30 quilómetros por secção, exige cuidados adicionais, mas sinto que temos tudo a postos para lutar pela vitória. Quero muito repetir o sucesso que já aqui alcancei por quatro vezes!”, concluiu.

Com nove especiais de classificação, ao rali vai decorrer ao longo deste sábado nas estradas à volta da Marinha Grande. 

Noticias: Miguel Oliveira elogia asfalto de Portimão


A cerca de duas semanas e meia do GP de Portugal, o Autódromo de Portimão tem nova capa de asfalto, e quem já usou, não foram os pilotos de automóveis, mas os.. de motos. Na apresentação dos testes de MotoGP, o local Miguel Oliveira não parou de elogiar a pista, que também será usada daqui a mês e meio, para a última prova da temporada de motos.

"Está mel! Fantástico! Nunca pensei que a pista estivesse tão boa dado o pouco tempo de ‘cura’ que o asfalto ainda tem. Os ressaltos desapareceram…está mesmo espetacular. Estou desejoso de voltar aqui em novembro com a minha KTM para a última prova do ano.", referiu. 

São boas noticias para os que vêm aí nos próximos tempos para experimentar a pista, mas o teste decisivo será quando os pilotos do atual pelotão forem experimentar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

CPR: Araújo quer vencer para manter aspirações ao título


Nas vésperas do Rali Vidreiro, Armindo Araújo pretende a vitória para continuar a manter o seu favoritismo ao título nacional de Ralis. O piloto de Santo Tirso, a bordo do seu Skoda Fabia R5, afirma que está ansioso pelo iniciar da prova e marcar o ritmo para alcançar o triunfo perante a concorrência.

Estamos muito motivados para regressar ao ativo, praticamente um mês após a ultima prova, e focados em recuperar a liderança do campeonato. Estamos a entrar na fase mais decisiva do calendário e queremos sair da Marinha Grande de novo no primeiro lugar”, começou por afirmar o piloto de Santo Tirso.

Com três provas pela frente a dupla do Team Armindo Araújo/The Racing Factory - Armindo Araújo e Luís Ramalho, seu navegador - depende exclusivamente de si para conseguir chegar ao título absoluto e tudo fará para o conseguir.

Sabemos que não precisamos de fazer grandes contas para conseguir chegar ao nosso principal objetivo e, por isso, vamos manter a mesma estratégia que até aqui e lutar pelo maior número de pontos possíveis em cada prova. Queremos vencer o Vidreiro e manter intactas as nossas aspirações”, concluiu.

O Rali Vidreiro disputar-se-á ao longo do dia de sábado, com nove especiais e 98,88 quilómetros cronometrados.

WRC: M-Sport quer um rali em paragens americanas


A ideia de ter um rali em paragens americanas não é nova, mas não tem tido muita força do que noutros lados como o Japão, por exemplo. Contudo, a M-Sport anda desde há algum tempo a esforçar-se para que o WRC e a FIA pensem nisso, para alargar a colaboração da Ford nesta área. 

Richard Millener, numa entrevista ao site fordauthority.com, refere ass razões disso. "Muito do nosso financiamento e apoio técnico vem da Ford América, são o nosso parceiro principal, e é por isso tão importante irmos à América", começa por referir. "[Deveríamos pensar em] termos algo no próximo ano, nem que seja uma prova candidata, um roadshow ou o que seja. Necessitamos de algo que puxe. Os EUA são importantes para nós neste momento. Tem havido pressão da Ford, era importante para eles ter um evento na América do Norte. Temos eventos na América do Sul que é óptimo, mas a América do Norte é a 'casa' da Ford."

E não é só a Ford que precisa de um rali em terras americanas. Hyundai e Toyota, juntas, venderam três milhões de automóveis em 2019 nos EUA.

"Já deixamos isto muito claro ao WRC Promoter e eles têm olhado com optimismo para algumas opções, mas infelizmente o coronavirus parou tudo o que estava a ser feito. Precisamos disso como um alvo concretizável nos próximos dois anos, no máximo.", concluiu.

Nurburgring vai ser frio


O GP de Eifel arrisca a entrar na história como sendo a corrida mais fria da história do automobilismo, igualando ou batendo as temperaturas que foram sentidas no GP do Canadá de 1978. É que segundo o boletim meteorológico, está previsto céu nublado para todo o fim de semana, e as temperaturas irão variar entre os 13 graus de sexta-feira e os oito de domingo, com uma mínima de 2 graus Celsius. 

Claro, vai ser muito complicado aquecer os pneus naquela parte do globo, mas o que interessa é saber que poderá ser a corrida mais fria - ou uma das mais frias - da história da Formula 1, caso se mantenha. A mais fria de sempre aconteceu no GP do Canadá de 1978, onde debaixo de chuva e céu parcialmente nublado, a temperatura média naquele dia foi de 5ºC. A prova, que decorreu no dia 8 de outubro desse ano, terminou com a vitória de Gilles Villeneuve, no seu Ferrari. 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

WRC: Toyota dia que não haverá ordens de equipa entre seus pilotos


A Toyota anunciou esta terça-feira que não haverá ordens de equipa entre seus pilotos no rali da Sardenha, que acontece neste final de semana. Tommi Mäkinen, o chefe de equipa da Toyota Gazoo Racing, afirmou que não é adepto de ordens de equipa, deixando assim os seus pilotos lutaram pelo título, tendo sempre em mente o título de construtores para a Toyota.

Ainda preciso de falar com os pilotos, mas não vejo qualquer possibilidade de ordens de equipa na Sardenha. Sabem que não sou grande fã disso. O Elfyn [Evans] tem o pior lugar para começar e o Seb [Ogier] tem o segundo pior. Nunca se sabe o que pode acontecer”, disse Mäkinen ao site dirtfish.com.

O mais importante é o título de construtores. Claro que não podemos ter o risco de ter carros a lutar, mas ainda temos de ver”, finalizou.

Neste momento, a Toyota lidera o mundial de Construtores com 174 pontos, mais nove pontos do que a Hyundai.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Youtube Motorsport Video: Sobre a polémica do momento

Eu não tinha a intenção de falar sobre o incidente que surgiu ontem, onde o kartista italiano Luca Corbieri decidiu canalizar toda a sua raiva para outro piloto, ajudado pelo seu pai... que é o proprietário da pista de kart onde decorreu a final do Mundial CIK. Mesmo depois de gente como Jenson Button e Oliver Askew apelarem à FIA, através das suas contas no Twitter, para que banissem o piloto pela sua conduta anti-desportiva.

A FIA já abriu um inquérito e o próprio kartista já veio nas redes sociais pedir desculpa pelo incidente, dizendo que não pretende mais pegar num carro de competição. Mas só mais tarde é que veremos se tal conduta é para manter. 

Mas até lá, até o Josh Revell decidiu fazer um video sobre este incidente. 

Noticias: Turquia proíbe adeptos nas bancadas


O GP da Turquia, que regressa no dia 15 de novembro, em Istambul, não vai ter público. Isto porque o governo local decidiu proibir a presença de pessoas nas bancadas, dpeois da organização ter dito que pretendia contar com 40 mil no fim de semana da corrida. 

Um porta-voz da Fórmula 1 reagiu ao site racefans.net, na sequência destes acontecimentos: “A nossa época tem sido orientada por uma primeira abordagem à segurança e será sempre essa a prioridade. Na Turquia esperávamos receber adeptos, mas a situação no país significa que já não é possível. Temos de compreender e respeitar a decisão”.

Num calendário totalmente virado de pernas para o ar devido à pandemia do coronavirus, apenas desde o GP da Toscânia é que se tem vindo a autorizar a presença de público nas bancadas, de forma gradual. Em Mugello, estiveram três mil adeptos, enquanto em Sochi, foram mais de 40 mil. O mesmo está previsto para o GP de Portugal, em Portimão, no próximo dia 25 deste mês, duas corridas antes de Istambul.

domingo, 4 de outubro de 2020

A imagem do dia


Há meio século - faz hoje cinquenta anos - o Brasil descobria, espantado, que tinha um piloto na Formula 1. E que tinha vencido, aproveitando a oportunidade que se tinha aberto na equipa mais importante de então. E conseguiu vencer na corrida mais importante de então, com o prémio mais rico de então, porque tinha o melhor carro, a melhor equipa... e teve sorte. Porque o piloto que deveria ter ganho, não conseguiu porque ficou sem gasolina.

A chegada da Lotus em Watkins Glen foi a sua primeira aparição desde os eventos de Monza, que resultaram na morte de Jochen Rindt. Sem líder, a equipa recebeu ainda a noticia de que John Miles decidira pendurar o capacete a ter de guiar um carro que consideravam perigoso e radical. Miles não quis guiar o carro sem asas na pista italiana, e - ou se despediu, ou foi despedido - uma coisa é certa: ele largara a Lotus e a Formula 1, sem alguma vez ter olhado para trás. 

Sem dois pilotos, Chapman confiou a sua sorte em Emerson Fittipaldi, que tinha se estreado dois meses e meio antes, em Brands Hatch, com o modelo 49, e iria estrear a sua condução no 72 na pista italiana. A estreia ficou adiada por duas corridas, pois também não correram em Mont-Tremblant, no Quebec canadiano. Um segundo carro era preparado para o sueco Reine Wissell, que iria se estrear na Formula 1 nessa mesma corrida.

No meio isto tudo, a Ferrari aplicou-se fortemente para alcançar a Lotus. Vencera no Canadá, depois de Clay Regazzoni ter conseguido vencer em Monza, e o belga Jacky Ickx estava ao alcance de uma vitória no campeonato do mundo, bastava vencer as suas corridas que se seguiam e seria campeão com um ponto de diferença. E foi o "poleman", com Fittipaldi em terceiro. 

Ickx e o brasileiro não tiveram boas partidas, beneficiando Jackie Stewart, que andava com o seu novo chassis Tyrrell, e ficou assim até à volta 76 onde, com um minuto de vantagem sobre o segundo classificado, começou a ter problemas no seu motor, acabando por desistir. um pouco antes, tinha sido Ickx, que, com um problema no tubo de combustível, caia para o fundo do pelotão e provavelmente tinha deitado fora as suas chances de campeonato, se não fizesse uma corrida milagrosa.

Com isto, era Pedro Rodriguez que comandava, mas o V12 era glutão e na volta cem, a oito da meta, viu que não tiha combustível até ao fim e reabasteceu, perdendo 38 segundos e via Fittipaldi na sua frente. E foi assim até ao fim. 

Tempos depois, Emerson contou o que sentiu quando viu a bandeira de xadrez: "Quando passava pela linha de meta, na banderia de xadrez, e via Colin Chapman  saltar e a aturar o seu chapéu, algo que tinha visto por Jim Clark, Graham Hill e Jochen [Rindt], dizia para mim mesmo: 'Está a fazer por mim, ganhei a corrida, ganhei o GP dos Estados Unidos!' Era inacreditável." E para além disso, 50 mil dólares de prémio e, mal ele sabia, o inicio de uma carreira e a da reputação de desbravador.

Naquele dia, o brasileiro comum descobria a Formula 1. Dali a menos de dois anos, a 10 de setembro de 1972, também descobriria que poderiam ter campeões do mundo.

O dia em que Formula 1 faz parceria com o Youtube


No tempo de Bernie Ecclestone, quando se falava das redes sociais, todos falavam que ele estava absolutamente obtuso em relação a aquilo que poderia ser o futuro, e do qual as restantes modalidades do automobilismo - WRC, Endurance ou IndyCar - acolheram com toda a normalidade. Agora, com a Liberty Media, o próximo GP de Eifel, dentro de uma semana, entrará na história como algo impensável antes: para alguns países, ele será transmitido em direto no canal da Formula 1 no Youtube. 

A parceria entre ambos foi firmada entre ambos no final de julho e corrida será transmitida na Alemanha, Suíça, Países Baixos, Bélgica, Noruega, Suécia e Dinamarca de forma gratuita, em "streaming". Não é inédito: durante o período do primeiro confinamento, e enquanto a Formula 1 esteve parada, ela exibiu na integra várias corridas passadas, e a temporada virtual teve transmissão ao vivo. O que é excelente para o seu canal, que neste momento têm quatro milhões de subscritores.
  
Adam Crothers, o diretor da seção do media digital da Fórmula 1, comemorou mais um passo na aliança entre a categoria máxima do automobilismo e a mais popular plataforma de vídeos da internet.

Estamos animados por trabalhar com o YouTube em um projeto tão empolgante. Ao passo em que continuamos a diversificar nossa estratégia de distribuição de mídia e a expandir nossa oferta digital, é imperativo que envolvamos fãs que consomem mídias de maneira diferente, e o YouTube nos oferece a plataforma para conseguir isso”, começou por dizer.

A parceria com o YouTube também garante que continuemos nossa busca para atrair novos públicos de novas formas para aumentar a base de fãs da Formula 1 e, ao mesmo tempo, inovar com nossa oferta dos media para fãs novos e os atuais”, complementou.

Tomos Grace, o chefe da seção desportiva do YouTube para a Europa, ressaltou o perfil dos inscritos na plataforma e a vê como importante trampolim para aumentar a popularidade da Formula 1.

O YouTube ajuda o desporto a alcançar os fãs de amanhã. 70 por cento do público da Formula 1 no YouTube tem menos de 35 anos. Emissoras e organizadores reconhecem cada vez mais a capacidade do YouTube de alcançar esses novos públicos e gerar receita. A F1 sempre foi uma das marcas mais inovadoras deste desporto, tão dinâmica na criação de vídeos quanto na pista. A decisão da Formula 1 de transmitir ao vivo seu conteúdo mais premium no YouTube é mais uma prova do papel do YouTube como parceiro confiável para o setor”, salientou.


A parceria poderá ser limitada e isto poderá ser encarado como uma experiência, mas num tempo em que a competição está cada vez mais a sair do sinal aberto e ir para canais premium, elitizando a coisa, esta é uma boa maneira de evitar que se perca a ligação para com as novas gerações, que não só tem o mesmo acesso às redes como tem a geração mais velha, mas é a garantia de que no futuro, a Libery Media arranje mais uma fonte de receita para a competição, do qual distribua o bolo para as equipas.

Resta saber se algum dia, isto seja universal e alinhe com os outros canais, tentando ter receitas de mais lados. As redes sociais, todos sabem, são o futuro. A Formula 1 poderá estar a chegar mais tarde à festa, mas está a chegar, com todo o seu peso.