sábado, 12 de março de 2016

Formula E: Lucas di Grassi vence no México

O brasileiro Lucas di Grassi foi o grande vencedor da corrida mexicana da Formula E, que aconteceu esta noite no Autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, conseguindo bater Jerome D'Ambrosio e Sebastien Buemi, numa corrida cheia de peripécias, especialmente para os cinco primeiros, com penalizações pelo meio. 

Para António Félix da Costa, ao piloto português aconteceu de tudo e não conseguiu aproveitar a boa posição na grelha, sendo penalizado devido a um problema na caixa de velocidades, caindo para a última posição. Depois, batidas e penalizações fizeram com que nunca saísse da última posição e não acabou por não chegar ao fim devido a uma batida, que danificou o seu carro.

Debaixo de sol e com as bancadas cheias, a corrida começou sem problemas, com D'Ambrosio a ficar na frente de Prost e Di Grassi, com Abt no quarto posto, pressionado por Buemi. Mais atrás, houve confusão quando Félix da Costa ficou ensanduichado entre Mike Conway e Bruno Senna, quebrando a asa da frente. Antes, por falta de espaço, fez "corta-mato" na primeira chicane para evitar uma colisão com o seu companheiro de equipa, ganhando posições. Todas essas faltas fizeram com que mais tarde fosse penalizado.

Nas voltas seguintes, Jerome D' Ambrosio aguentou o pelotão de quatro carros que se afastavam do resto. Algumas voltas mais tarde, o piloto suíço passou o piloto da Abt numa manobra arriscada e ficou com o quarto posto. 

Com o passar das voltas, os quatro primeiros estavam muito perto um do outro, mas sem grandes chances de ultrapassagem. Atrás, os comissários tinham visto as manobras de Félix da Costa e decidiram penaliza-lo com uma passagem pelas boxes, caindo para a última posição.

Di Grassi lutava pelo segundo posto, que era de Nicolas Prost, e na volta 22, antes da paragem para trocar de carro, conseguiu passar o piloto francês para ficar com o segundo lugar e ter uma vantagem na saída das boxes. 

Na saída, Di Grassi manteve o segundo lugar, mas atacou imediatamente D'Ambrosio e com um "boost" conseguiu passar para ficar com a liderança da corrida. O brasileiro afastou-se enquanto que o belga começou a ser ameaçado por Sebastien Buemi para ficar com o segundo posto, beneficiando da troca de carro com o seu companheiro de equipa, Nicolas Prost.

A luta entre ambos foi forte, com momentos em que o suíço até fez "corta-mato" para passar o belga da Dragon para o superar, mas depois teve de devolver a posição. E enquanto tudo isso acontecia, Di Grassi afastava-se da concorrência, chegando a ter até... dez segundos!

No final, Buemi não conseguiu passar D'Ambrosio e foi terceiro, vendo vencer o seu grande rival, Di Grassi. Prost foi depois penalizado por "largada insegura", mas não perdeu o quinto posto, atras de Loic Duval. Robin Frijns foi o sexto, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Virgin de Sam Bird, o carro de Daniel Abt, o Mahindra de Nick Heidfeld e o Venturi de Stephane Sarrazin.

No campeonato, Lucas de Grassi lidera com 101 pontos, contra os 95 de Buemi. A Formula E regressa a 2 de abril, nas ruas de Long Beach.

A imagem do dia

Esta vi hoje no sitio do Humberto Corradi. Apesar de estar em inglês, creio que todos percebem o desenho do que vão ser as qualificações nesta temporada.

Reconhece este piloto? (II)

A brincadeira que o Bruno Vicaria anda a fazer no seu sitio faz com que eu comece a pesquisar, por curiosidade, como andam muitos desses pilotos de Formula 1, muito tempo depois de terem passado pela categoria máxima do automobilismo. E como este fim de semana é o do GP da Austrália, eis um local que deu nas vistas no automobilismo no ano em que nasci.

Se não reconheceram até esta altura, eu digo: é Alan Jones. Aos 69 anos de idade - fará 70 no próximo dia 2 de novembro - ele já está fora desde há algum tempo, trinta anos depois de ter guiado nos Lola-Haas, e depois de ter andado nos V8 Supercars (foi vice-campeão em 1993) e no GP Masters. Hoje em dia, é comentador de Formula 1 na Network Ten local.

Formula E: D'Ambrosio foi o mais veloz na Cidade do México

O belga Jeome D'Ambrosio, da Dragon Racing, foi o mais veloz na qualificação desta tarde no Autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, conseguindo bater Sebastien Buemi e Lucas di Grassi, numa qualificação marcada pelos despistes de Bruno Senna e Nelson Piquet Jr, este último resultando na paragem da qualificação por cerca de dez minutos. O português António Félix da Costa conseguiu o sétimo melhor tempo, mas será penalizado porque trocou de caixa de velocidades no seu Aguri.

Depois de Sebastien Buemi ter liderado nas duas sessões de treinos livres no autódromo mexicano, a qualificação parecia apontar para mais do mesmo, com os carro da e.dams a serem mais potentes do que a concorrência, aliado ao talento do piloto suíço, ex-Toro Rosso na Formula 1.

A primeira sessão foi sem história, com o primeiro grupo a ser composto por Jean-Eric Vergne, Loic Duval, Nick Heidfeld e Stephane Sarrazin. As diferenças foram pequenas, mas no final, acabou por ser o francês da Andretti a ser o melhor, com um minuto e 4,2 segundos, menos 0,3 segundos que Sarrazin.

No segundo grupo vinham Bruno Senna, Lucas di Grassi, Sebastien Buemi e Jerome D'Ambrosio. O piloto da Mahindra teve a sua chance estragada com uma saída de pista, e pouco depois, fica parado na pista. Ao mesmo tempo que tal acontecia, Buemi marcava 1.03,992 e era o poleman provisório, com Di Grassi em segundo, a 0,3 segundos.

Para o terceiro grupo vinham Nicolas Prost, António Félix da Costa, Daniel Abt, Simona de Silvestro e Oliver Turvey. Ali, o segundo piloto da e.dams conseguiu fazer o segundo melhor tempo até então, enquanto que o piloto português da Team Aguri fez o sétimo melhor registo, insuficiente para entrar na SuperPole. Para piorar as coisas, a equipa teve de trocar a caixa de velocidades e assim foi penalizado em cinco lugares.

O grupo final tinha Nelson Piquet Jr, Salvador Duran, Sam Bird, Mike Conway e Robin Frinjs. Havia alguma expectativa em relação ao piloto local, companheiro de Félix da Costa na Aguri, para ver se conseguia chegar à SuperPole. Mas logo no inicio dessa qualificação, Nelson Piquet Jr. bateu rote nas barreiras de proteção, causando uma bandeira vermelha, e acabando inevitavelmente no fundo da grelha.

Após mais de dez minutos com os comissários a limpar os destroços na pista, a qualificação regressou com os restantes pilotos a tentarem a sua sorte, mas nenhum deles deslumbrou, com Sam Bird a conseguir apenas o 11º tempo. No final, para a SuperPole, entraram Buemi, Prost, Di Grassi, Abt e D'Ambrosio. Em suma, os e-dams contre os Abt, com o Dragon do belga pelo meio.

Ali, esperava-se uma luta entre Buemi e Di Grassi, Abt marcou um tempo, batido por D'Ambrosio, com 1.03,705, Di Grassi tetou a sua sorte, mas ficou atrás de D'Ambrosio, e parecia que os e-dams iriam ficar com o monopólio da grelha. Contudo, a volta de Nicolas Prost ficou prejudicado pela abordagem à última chicane e ficou atrás do piloto belga, com 1.04,013, mais onze centésimos do que Di Grassi. Havia expectativas quanto à volta de Buemi, mas errou na travagem para a segunda chicane e entregou a pole para o belga, ficando apenas com o quinto tempo, a quase 1,5 segundos do "poleman".

Assim sendo, o piloto belga ficou com a pole-position para a corrida mexicana, sendo a sua segunda nesta temporada, em cinco corridas. Mas numa corrida como esta, o suíço é o favorito, pois muitos ainda recordam das 16 posições que ele recuperou na corrida argentina. Mais logo veremos como é que correu.

sexta-feira, 11 de março de 2016

As transmissões televisivas da Formula 1 em Portugal

Dez anos depois da última vez em que a Formula 1 esteve presente em sinal aberto, a competição está de volta... mais ou menos. É que a partir deste ano, as corridas vão ser transmitidas pela Eurosport 2, em HD. E vai ter tudo: treinos livres, qualificação e claro, a corrida.

Para além disso, haverá um programa especial dedicado à competição, de seu nome Bandeira Verde, com 52 minutos de duração, e o primeiro programa será dedicado aos testes de pré-temporada.

Os comentadores serão João Carlos Costa e Pedro Nascimento, e durante as corridas, terão o acompanhamento de pelo menos três pilotos: Filipe Albuquerque, António Félix da Costa e Tiago Monteiro

Para Luís Piçarra, o Diretor de Produção Eurosport Portugal, "ter a F1 em Portugal, no Eurosport, é uma excelente oportunidade para reacender a oaixão que os portugueses sempre tiveram por este fantástico desporto", começou por comentar. "Estamos muito felizes pela possibilidade de juntar a imagem de marca dos nossos comentários, competência e visão a um dos melhores campeonatos desportivos do mundo", concluiu.

Eis a cobertura televisiva do GP da Austrália. Os horários são à hora de Lisboa.

Sexta, 18 de março:

00:30 Bandeira Verde – Magazine de antevisão da temporada
01:30 - 1.º Treino Livre
05:30 - 2.º Treino Livre


Sábado, 19 de março:

03:00 - 3.º Treino Livre
06:00 - Qualificação


Domingo, 20 de março:

05:00 - Corrida

Youtube Racing Crash: O acidente de Will Power em St. Petersburg

A IndyCar começa este fim de semana no circuito citadino de St. Petersburg, e já no seu primeiro treino livre, houve um acidente relevante, esta tarde, quando Will Power bateu com o seu Penske no muro de proteção. Eis as imagens, vistas do seu carro.

Felizmente, o australiano está bem e o carro está a ser reparado para poder correr no resto do fim de semana.

Reconhece este piloto?

O Bruno Vicaria decidiu montar o seu próprio site há pouco mais de um mês e já é o sucesso que se conhece. especialmente quando anda à procura de ex-pilotos de Formula 1, para saber o que andam a fazer e qual é o seu aspecto por agora, pois nem todos aparecem nos encontros automobilísticos. Alguns até se afastam de tudo.

Hoje, mostrou no seu sitio esta foto de Mauricio Gugelmin, que tem agora 52 anos e tem uma empresa em Santa Catarina. E não sei porquê, mas fez-me lembrar o Chekov do Star Trek... 

O ponto de situação sobre o Toyota Yaris WRC

Os rumores sobre o projeto da Toyota no seu regresso do WRC tem vindo a ser persistentes, no sentido de haver atrasos no desenvolvimento e testes do Yaris WRC. Tommi Makinen, contudo, já veio a dizer que isso não vai acontecer, apesar de admitir que havia planos para antecipar os testes, abortados devido à falta de peças.

O plano inicial sempre foi começar a testar em abril, mas em determinada altura pensámos ser possível começar a fazê-lo ainda em março, mas percebemos que não dava, pelo que regressámos ao planeado anteriormente”, começou por dizer em declarações à Autosport portuguesa.

"Está tudo quase pronto, o motor está montado, só estamos à espera de pequenas peças para tudo ficar preparado. O primeiro roll out e shakedown será realizado na Finlândia, e no princípio de maio deveremos testar no centro e Sul da Europa onde esperamos fazer muitos quilómetros. A ideia é colocar no terreno duas equipas de testes de modo a que possamos recolher informação de várias fontes“, concluiu.

Contudo, o facto de a marca japonesa começar a treinar com o seu carro a sete meses do primeiro rali da temporada de 2017, e de afirmar que só em setembro é que o carro vai estar pronto para homologação, faz levantar as sobrancelhas dos mais entendidos no assunto, comparando ao que fez a Volkswagen, que andou dois anos a testar o carro antes do seu primeiro rali, o Monte Carlo de 2013. E nesse rali, Sebastien Ogier foi segundo classificado, logo na primeira saída do carro alemão!

Em suma, só os testes - que contarão com Mikko Hirvonen e Teemu Suninen como pilotos de desenvolvimento, entre outros - é que poderão dizer como andará o carro em relação à concorrência. Pelos vistos, a chance de ser como a Hyundai parece ser mais plausível... 

Forze Delft, e a ideia de um carro a hidrogénio

É mais do que certo que a ideia de carros com outras formas de propulsão ganharam relevância nos últimos anos devido ao facto de se andar à procura de uma alternativa viável aos carros de combustão a gasolina. E para além da electricidade, o hidrogénio é uma delas. Esta quinta-feira, a Froze Hydrogen Racing Team mostrou um carro de LMP3 que pretendem construir, em parceria com a Universidade Técnica de Delft, na Holanda. O objetivo? Se for possível, entrar nas 24 Horas de Le Mans.

O pessoal da Universidade está envolvido neste projeto desde 2007 e ao longo dos anos, tem construido protótipos que tem vindo a testar - e a fazer cair recordes - em pistas como o Nurburgring Nordschleife e Zandvoort, sempre guiados pelo veterano Jan Lammers. O novo prótótipo tem um chassis ADESS-03 LMP3, terá um sistema híbrido com um "fuel cell" de 100 kw, mais motores elétricos que consomem 200 kw. A velocidade máxima será de 210 km/hora, e poderá passar de 100 km/hora para zero em menos de quatro segundos.

O carro estará pronto para testes em abril e eles esperam colocá-lo em competição em agosto, na ronda de Assen do Dutch Supercar Challenge, com Jan Bot e Leo van der Eijk ao volante.

"Vamos tomar parte na divisão Sport do Dutch Supercar Challenge, durante o evento Gamma Day Racing, em agosto, no Circuito TT Assen", disse Rick Everaert, o diretor da Forze Delft Team à Motorsport.com.

"O nosso objetivo é vencer nesta divisão e se o fizermos, seria a primeira equipa que competiu com uma célula de combustivel de hidrogénio contra os carros movidos a gasolina. Queremos mostrar ao mundo que esta tecnologia vale a pena e que é possível correr com ele."

Por agora, o objetivo é correr nessa cometição, mas eles no futuro gostariam de entrar nas 24 Horas de Le Mans. "A organização da Dutch Supercar Challenge foi muito generosa em nos dar a oportunidade para otimizar nossos sistemas nas próximas temporadas", começou por dizer Everaert.

"Contudo, em algum momento do futuro, gostariamos que a equipa particpasse nas 24 Horas de Le Mans. Seria um sonho, porque a tecnologia seria ideal para isso. Se você pode reabastecer suficientemente rápido e dirigir longos "stints", então seria uma excelente participação. Mas precisamos de fazer mais algum trabalho de desenvolvimento. E se você olhar para o entusiasmo da equipa, então eu sei que vai tudo correr bem", concluiu.

quinta-feira, 10 de março de 2016

As expectativas de Félix da Costa antes do México

A Formula E vai correr esta semana numa versão do Autódromo Hermanos Rodriguez, na quinta corrida do campeonato, e para António Félix da Costa, que teve uma corrida frustrante em Buenos Aires - era segundo antes de desistir - as expectativas que tem em relação ao carro são grandes, especialmente depois da Aguri ter conseguido esta semana o patrocínio da Gulf.

Temos evoluído ao máximo o potencial das nossas unidades motrizes, tirando o maior partido das mesmas. Mas obviamente sabemos que existem limitações em relação às equipas oficiais que contam com apoio de construtores. Sabemos que temos surpreendido muita gente com a nossa performance nas últimas corridas mas o objectivo mantém-se o mesmo para este fim-de-semana, maximizar o nosso potencial e acabar o mais à frente possível a corrida”, comentou.

A corrida da Formula E vai acontecer este sábado, pelas 21:30, na hora portuguesa

Uma nova série... elétrica

Depois de vermos a acontecer a Formula E, seria de esperar que outras competições elétricas pudessem aparecer entretanto. E parece que é isso que está a acontecer, com o anuncio da Electric GT Series, que vai ter a partir do ano que vêm 20 carros, todos Tesla Model S P85, o mais potente da marca, que poderá dar cerca de 800 cavalos. A ideia vem de dois homens, Mark Gemmell e Agustin Payá, o primeiro como produtor, o segundo como engenheiro, e querem fazer uma competição com pelo menos sete corridas, na Europa e na Ásia.

"Tudo começou com o nosso desejo de acelerar a mudança para a mobilidade sustentável que nos permitirá finalmente acabar com esta era dos combustíveis fósseis", começou por dizer Gemmell.

"Estive no ano passado no Monaco ePrix e ali decidimos ir além do planeamento e investigar seriamente a possibilidade de criar uma nova categoria de automobilismo com zero emissões. Eu e a equipa Executive GT elétric partilhamos a firme convicção de que é altura de nos deixar conhecer ao mundo que há um caminho para sair da economia de combustível fóssil", continuou.

"O que os promotores de Fórmula E estão fazendo para espalhar a palavra sobre a mobilidade sustentável é simplesmente fantástico. E a minha admiração e reconhecimento para Elon Musk e tudo o que Tesla Motors faz para o desenvolvimento da mobilidade sustentável levou-me a considerar a possibilidade de criar um campeonato com o Model S como uma plataforma promocional para a inovação tecnológica, desenvolvimento sustentável e alienação de combustíveis fósseis. Mas foi quando Agustín e nossa equipe técnica confirmou que o modelo S é mais do que adequado para  as corridas de GT é que decidi que iriamos criar uma nova categoria no automobilismo", concluiu.

"É o melhor carro de emissões zero capaz de correr em circuitos de classe mundial na categoria GT. A versão comercial acelera mais velozmente e proporciona melhores tempos de volta que muitos carros de combustão GT ", começou por dizer Payá, o Director Técnico da competição.

"Nós escolhemos o modelo de Tesla S, simplesmente porque é um dos melhores carros já feitos, e certamente um dos melhores carros cem por cento elétricos. Estamos convencidos de que a partilha do seu impressionante potencial de corrida em circuito vai ajudar a inspirar muitas pessoas para o transporte sustentável", continuou.

"Embora seja um modelo de luxo, parece que foi feito para as corridas. Sua distribuição de peso e surpreendente baixo centro de gravidade, apesar de sua massa considerável (mais de duas toneladas de peso), permite que a velocidade em curva seja inacreditável, não esquecendo o seu binário que parece não ter fim, se somam a um grande carro de corrida", concluiu.

Apesar de este ser o carro escolhido, ambos não descartam outros modelos para poderem entrar na competição.

"Nós escolhemos o Tesla Model S por ser um veículo de alto desempenho cem por cento elétrico na produção em massa para o mercado mundial, mas incentivamos e acolhemos outras montadoras para participar nesta competição. Seria fantástico ver outros fabricantes de supercarros elétricos se juntarem ao World Series GT Eléctric", concluiu Payá.

Ambos afirmam que os carros, com poucas modificações, irão andar em testes durante a temporada de 2016, quer em Barcelona, quer em Jarama, e que em 2017 haverá um calendário de sete corridas prontas para acolher esta nova série.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Noticias: Alexander Rossi vai ser piloto reserva da... da Manor

Não, não vai ser como Will Stevens, que vai correr pela mesma equipa, mas na Endurance. É que o americano Alexander Rossi, que já tem a sua vida feita na IndyCar, sendo quarto piloto da Andretti, também será piloto de reserva da marca, e estará presente em onze fins de semana, em paralelo com a sua temporada nos Estados Unidos.

Dave Ryan, o diretor desportivo da Manor, explicou a situação: “Precisávamos de alguém seguro para este lugar, que fosse capaz de se sentar no carro a qualquer momento e que ajudasse a desenvolver o carro. O Alex fez um excelente trabalho a pilotar para nós o ano passado e achamos que é a pessoa ideal para isto”.

Quanto a Rossi, apesar de fazer a sua temporada na IndyCar, ainda acredita que tem lugar na Formula 1: “Não posso ficar à espera que as coisas aconteçam. Esta é a minha maneira de continuar ligado à F1 e pronto para entrar em qualquer momento. Vou ter um programa muito preenchido este ano mas também estou orgulhoso de estar ligado à Andretti Autosport na IndyCar”, comentou.

A sua estreia na IndyCar vai acontecer este fim de semana, nas ruas de St. Petersburg, uma semana antes do inicio da Formula 1, em Melbourne.

Formula E: Aguri tem novo patrocinador

A Team Aguri anunciou esta quarta-feira que têm um novo patrocinador. Mas o mais estranho é que esse patrocinador... e uma companhia petrolífera. A americana Gulf será a nova patrocinadora da equipa até ao final da temporada, nos carros pilotados por António Félix da Costa e Salvador Duran.

"Estamos muito satisfeitos em ver a Gulf fazer a sua estreia na Formula E com a equipe Aguri para continuar a nossa herança de excelência ao automobilismo", começou por dizer o seu vice-presidente, Frank Rutten.

"A nossa participação neste evento mantém a Gulfo na longa história de estar na vanguarda da inovação em todos os aspectos do nosso negócio", continuou.

"O momento reflete a mudança de foco da indústria automóvel, com os fabricantes a terem mais foco no desenvolvimento de veículos elétricos e híbridos. Para esses novos veículos, serão necessárias novas soluções de lubrificantes para garantir que eles executam com a máxima eficácia e apoiar as tecnologias em evolução que irá proporcionar maior alcance, carregamentos mais velozes e maior durabilidade. O envolvimento da Gulf na Fórmula E vai nos colocar na vanguarda destes desenvolvimentos", concluiu.

A Formula E vai regressar à competição este sábado, com a etapa mexicana, no autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México.

terça-feira, 8 de março de 2016

A imagem do dia

Faz hoje precisamente 30 anos que um piloto português alcançou a sua única vitória no WRC. E as circunstâncias dessa vitória são bastante conhecidas. Joaquim Moutinho foi o grande beneficiário de um rali de Portugal considerado com um dos mais agitados de sempre.

Dois dias antes, o seu grande rival, Joaquim Santos, perdera o controlo do seu Ford RS200, matando três pessoas, na Lagoa Azul, no culminar de um tempo onde os carros eram cada vez mais velozes e os espectadores eram cada vez mais numerosos. Só na Serra de Sintra, onde as classificativas eram feitas, em norma estavam entre 300 e 500 mil pessoas, grande parte delas vindas de Lisboa, para assistir ao espectáculo.

Com o acidente, os pilotos de fábrica tomaram a radical decisão de boicotar o resto do rali, mesmo contra as recomendações da FIA, deixando o resto do rali para os carros de Grupo A, e os melhores portugueses. Santos e Moutinho tinham uma rivalidade que existia desde meados de 1983, com o primeiro, num Ford, e o segundo, num Renault 5 Maxi Turbo como vemos na foto. Santos tinha sido campeão em 1983 e 1984, este último depois de uma decisão controversa no rali do Algarve, onde sabotaram o Renault de Moutinho, colocando troncos pelo caminho, para furar os pneus. Moutinho venceu em 1985, apenas porque o Ford Escort 1800 de Santos já dava sinal da idade, e sofria porque a Ford não tinha feito um carro de Grupo B quando deveria ter feito.

No final, foi um passeio de Moutinho, pois o segundo classificado, o seu compatriota Carlos Bica, ia num Lancia 037, e ambos tinham dado distância ao Fiat Uno de Giovanni del Zoppo, num carro de Grupo A. Moutinho iria correr por mais algumas temporadas, vencendo o campeonato de 1986, mas depois retirou-se, dando lugar aos quatro títulos de Bica, a bordo dos Lancia Delta.

E o carro que vêm já não existe: ardeu durante o Rali dos Açores desse ano. 

Rumor do Dia: Maldonado por regressar às corridas via IndyCar?

Se julgam que Pastor Maldonado estaria fora de combate depois de ter acabado o patrocinio da PDVSA, é provável que estejam enganados. É que o piloto venezuelano não está parado e anda a negociar um lugar na IndyCar, pelo menos para correr nos circuitos citadinos. É o que diz o meu amigo Américo Teixeira Jr.

Segundo ele conta no seu sitio, o Diário Motorsport, Maldonado está a falar com Ed Carpenter para andar num dos seus carros nos circuitos citadinos da IndyCar este ano. Nada está decidido até agora, mas não falta muito até que a competição comece, pois a corrida de St. Petersburg, na Florida, está marcada para este final de semana.

Recorde-se que Maldonado esteve na Formula 1 entre 2010 e 2015, passando pela Williams e Lotus, alcançando uma vitória, no GP de Espanha de 2012, e uma pole-position, conseguindo 76 pontos ao todo. O piloto perdeu o seu lugar no inicio deste ano, a favor do dinamarquês Kevin Magnussen, ex-McLaren.

CNR: As declarações pós-rali Serras de Fafe

O rali Serras de Fafe, prova de abertura do Campeonato Nacional de Ralis, tinha atraido muita atenção pelo facto de na lista de inscritos estarem 14 carros da classe R5, o que faria deste campeonato um dos mais competitivos da Europa. e de uma certa maneira, foi o que aconteceu, num duelo entre José Pedro Fontes, o campeão em título, e Pedro Meireles, que lutaram pela vitória, com esta a calhar ao piloto do Citroen DS3 R5, que o obteve por menos de dez segundos.

Mas pelo meio, houve outros candidatos à vitória, como Ricardo Moura e Miguel Campos. O açoriano viu-se obrigado a abandonar devido a uma quebra na transmissão, enquanto que o regressado piloto nortenho, com o seu Skoda Fabia R5, atrasou-se da luta pela vitória, acabando a mais de um minuto do vencedor, mas a conseguir o lugar mais baixo do pódio.

Assim sendo, no rescaldo deste rali, muitos tiveram a oportunidade de dar as suas impressões sobre o que se passou. Selecionou-se as impressões de pilotos como José Pedro Fontes, Miguel Campos, Fernando Peres, Ricardo Teodósio e Miguel Barbosa, todos com sortes diferentes acerca deste rali.

Começando pelo vencedor, Fontes começou aqui a defesa do título alcançado no ano passado com uma vitória no Serras de Fafe, mas consciente de que defrontou uma enorme concorrência que deixou caro este resultado. 

Um resultado que deixou o atual campeão em título naturalmente satisfeito. “Foi um excelente trabalho da equipa, acho que merecíamos há muito esta vitória em terra. Fizemos aqui uma boa demonstraçao do trabalho sério que temos feito ao longo de todo este projeto e é toda a equipa que está de parabéns”, começou por afirmar.

Ontem perdemos muito tempo na segunda especial devido a uma ligeira saída de estrada, e isso prejudicou-nos. Hoje abrimos a estrada e a manhã nao foi fácil. Fiz a primeira passagem por Montim debaixo de chuva forte e depois tentámos forçar, mas mantendo sempre a calma. Tivemos também uma boa réplica por parte do Miguel, do Pedro e do Ricardo. Da tarde também foi difícil de gerir. Acho que foi um belo espetáculo para todos, estamos todos de parabéns e é para continuar”, continuou.

De resto, elogiou o carro que têm entre mãos e a concorrência que alinhou para este rali: “Temos um excelente carro e foi um rali muito difícil, com muito mérito da parte de todos os meus adversários, que andaram todos muito depressa. Mas nós ganhámos e ainda bem”, finalizou.

Para Miguel Campos, terceiro classificado neste rali, o seu regresso aos ralis foi quase perfeito. Depois de ter lutado pelo comando durante alguma tempo, foram os problemas que teve no seu Skoda Fabia que o impediram de vencer. “Estou muito contente com o meu regresso. Estivemos na liderança da prova mas o minuto e 17 segundos que perdemos no troço de Luílhas fez nos passar para o terceiro posto. Ficou um registo muito positivo porque sabemos que retirando o tempo que perdemos tínhamos ganho o rali”, afirmou, reconhecendo que fez um bom trabalho num carro que pouco conhece...

Miguel Barbosa fez em Fafe a sua estreia nos ralis, e apesar de uma toada cautelosa, conseguiu levar o carro ao fim num meritório quinto posto. no final, estava satisfeito com o resultado alcançado num Fabia R5, acompanhado por Miguel Ramalho, ex-navegador de Armindo Araujo: “Estou muito satisfeito com esta primeira experiência nos ralis. Sinto que progredi imenso ao longo destas dez especiais. Estou, como é compreensível, numa fase de aprendizagem e mais do que o resultado aquilo que para mim é mais importante é ter a noção de que evoluí significativamente”, frisou.

Barbosa mostrou-se também bastante feliz com o carro checo. “Quero destacar a excelente escolha que foi o Skoda Fabia R5. Uma máquina com um comportamento muito bom e que muito contribuiu para a minha evolução, tal como o Miguel Ramalho.

Fernando Peres não teve o regresso que desejava, pois os problemas que teve no seu Ford Fiesta o relegaram para o 13º posto final, muito longe do "top five" que ambicionava alcançar com o seu carro. Um toque numa pedra na Lameirinha danificou um braço da suspensão do seu carro e condicionou o seu rali.

Foi a primeira prova do campeonato e não foi a prova que queria ter feito. Dei um pequeno toque e parti um braço de direção, o que acabou por me condicionar. Tive que aguentar dois/três troços a andar devagar e com isso perdi muito tempo. Na segunda secção de troços andámos mais mas o carro estava ligeiramente desalinhado”, começou por afirmar.

"Foi o rali que pudemos fazer. Não correu a cem por cento, mas vamos trabalhar para estarmos melhores na próxima prova. O campeonato está muito forte e gostávamos de ser competitivos. É para isso que vamos continuar a trabalhar.

Mesmo assim, Fernando Peres mostra-se satisfeito por ter alinhado em Fafe. “Foi muito bom fazermos este rali porque os testes são sempre testes, andamos sozinhos e não temos noção da diferença para os outros. Num rali vemos tudo e sabemos perfeitamente o que é que temos de fazer. Estamos muito motivados e vamos ver se as próximas provas nos correm bem”, concluiu.

Ricardo Teodósio esteve bem pior, pois o seu rali não passou do PEC 2, devido a problemas de travões no seu Ford Fiesta R5, que fizeram com que a sua participação tivesse um final antecipado. “A nossa participação no Rali Serras de Fafe ficou marcada pela falta da sorte. Fizemos tudo para inverter os problemas que surgiram nos primeiros quilómetros, mas com a réstia de travões atrás, o Ford Fiesta RS teve uma mudança brusca de trajetória, sendo inevitável um pequeno toque que abriu a direção e que nos impossibilitou de continuar em prova”, revelou.

Estamos dececionados com o que nos aconteceu, mas estamos empenhados em prosseguir em frente, pelo que, brevemente, faremos a apresentação pública deste projeto em terras algarvias”, concluiu.

O campeonato nacional de ralis prossegue entre os dias 22 e 24 de abril, com o Rali de Castelo Branco.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Os atrasos da Sauber

A Sauber não vive tempos risonhos. Isso é algo mais do que sabido desde, pelo menos, 2012, onde uma combinação de maus resultados, maus chassis e algumas polémicas com pilotos fizeram com que em Hinwill, se ande a contar os tostões e a aceitar pilotos com uma boa carteira em vez do talento. As coisas pareciam ir um pouco mais desafogadas em 2016, depois de uma temporada razoável com o brasileiro Felipe Nasr e com o sueco Marcus Ericsson, que para além dos  pontos conquistados e do oitavo lugar no campeonato de Construtores, injetaram 35 milhões de dólares, bem preciosos para manter a máquina oleada.

Ontem, surgiu no jornal suíço "Blick" que os mais de duzentos funcionários da companhia tinham um mês de salários atrasados, quando faltam pouco menos de duas semanas do inicio do mundial de Formula 1. Algo que Monisha Kalternborn, a patroa da equipa, confirma:

Sim, isso está certo. Parte dos salários de fevereiro estão ainda pendentes. Arrependo-me imensamente disso. É uma pena. Com a transferência de uma grande quantidade de dinheiro de patrocínios vindos de fora, houve alguns problemas técnicos no envio. Vamos resolver isso. Vamos controlar os problemas atuais e sair desta situação infeliz. Lutaremos e sairemos disso, assim como nos últimos anos”, comentou.

Se é certo que ela afirma que é um problema que será resolvido dentro em breve, este episódio é só mais um que a equipa fundada por Peter Sauber anda a passar. Recorde-se que na temporada passada, Giedo van der Garde armou confusão no fim de semana de Melbourne quando reclamou verbas em atraso por causa de um contrato que a equipa acabou por não respeitar, porque ele queria um lugar como piloto titular, mas foi preterido pelo piloto sueco. 

Apesar do aparato, as coisas acabaram por poder ser resolvidos com um acordo nos bastidores, permitindo à equipa correr... e conseguir o seu melhor resultado da temporada, com um quinto lugar por parte de Felipe Nasr.

A ver como é que isto vai acabar.

Rali do México: Sordo penalizado, Ostberg fica com o terceiro posto

Os ralis nem sempre acabam depois da Power Stage. Muitas vezes acabam na secretaria, com os comissários a verem os regulamentos para saber se os concorrentes não abusaram deles. E no final, há alterações. Como aconteceu hoje no Rali do México, quando se soube que Dani Sordo usou mais um pneu do que o regulamentado - o limite máximo é de 28 - e foi penalizado em 20 segundos. 

E foi mais do que suficiente para o piloto espanhol perder o terceiro lugar para Mads Ostberg, e também mais do que suficiente para que o norueguês ser o segundo classificado da geral, com 42 pontos, após este rali. 

Não é a primeira vez que Ostberg, de 28 anos, é beneficiado pelas penalizações dos outros. A mais famosa foi no Rali de Portugal de 2012, quando Mikko Hirvonen foi desclassificado devido a irregularidades no seu Ford, dando a ele mesmo a vitória - até agora a única da sua carreira - e numa altura em que corria na Adapta, uma equipa privada.

domingo, 6 de março de 2016

A imagem do dia

Quando comecei a ler automobilismo em língua inglesa, andava mais a ver publicações como Autosport e a Motorsport. Sabia quem era Dennis Jenkinson (Jenks), um homem de barba longa e que tinha andado como navegador de Stirling Moss nas Milla Miglia de 1955, acabando por vencer, num Mercedes. E sabia - e aprendi a admirar - Nigel Roebuck. Com o passar dos anos, li noticias e opiniões de um grupo de bons jornalistas como Joe Saward, James Allen, Alan Henry (na foto, numa conferência de imprensa com John Watson, então na McLaren) ou Maurice Hamilton entre outros.

Todos eles faziam parte de uma geração que cresceu nos anos 70, 80 e 90, vendo como é que esta instituição se transformou em algo amador para um crescente profissionalismo que praticamente transformou as boxes em algo elitista e estéril, atraindo os endinheirados e proporcionando um estilo de vida semelhante a uma bolha, graças a Bernie Ecclestone. Mas esse grupo de pessoas sabiam que isso é aparência e contavam o que era a Formula 1 tal como é.

Falavam com os pilotos, os diretores de equipa, os organizadores, os mecânicos, os seus colegas de profissão de outros países. Perdiam dias inteiros entre aeroportos, estações de caminho de ferro ou hotéis, mas adoravam o que faziam, e não tinham pejo em fazê-lo. E claro, criaram uma legião de seguidores.

Muitos aproveitaram também para escrever livros. Aposto que já leu, mesmo sem querer, um livro de Alan Henry. Ele escreveu uma biografia sobre os carros da Ferrari - tenho na minha estante uma biografia dele sobre Ayrton Senna -  e contribuiu longamente no site grandprix.com. Escreveu na Autosport, AutoCourse (escreveu os seus anuários na década de 90) e nunca deixou de escrever até há relativamente pouco tempo. E ainda teve tempo de escrever a sua autobiografia, "Last Train from Yokkakashi".

É uma geração que temos de olhar com mais atenção, pois um dia desaparece. Nigel Roebuck esteve doente no inicio do ano, mas está a recuperar. Contudo, Alan Henry, já nao está mais. Foi-se esta sexta-feira, aos 68 anos de idade, e com ele, muitas historietas de bastidores que espero que tenham sido contadas. Ars lunga, vita brevis.

WRC 2016: Rali do México (Final)

Nese domingo, ainda faltava uma grande classificativa para decidir o vencedor no Rali do México. Se Jari-Matti Latvala tinha tudo controlado na frente, nada o impedia de bater num obstáculo qualquer para impedir de ser o segundo vencedor num rali do WRC na temporada de 2016 e amainar um pouco o dominio de Sebastien Ogier nas classificativas um pouco por todo o mundo, após as suas vitórias em Monte Carlo e na Suécia. Mas tudo correu bem para o finlandês, que assim pontuava pela primeira vez este ano, relegando Ogier para o segundo posto.

Neste domingo, máquinas e pilotos enfrentavam um enorme obstáculo: a especial de Guanajuato, de 80 quilómetros de comprimento. Aqui, o melhor foi Sebastien Ogier, que conseguiu recuperar 25,2 segundos ao seu companheiro de equipa. contudo, foi insuficiente para recuperar o comando do rali, já que a diferença era superior a um minuto e meio.

Comecei com um bom ritmo, e puxei um bocadinho mais entre o km 10 e o km 50 da especial. A partir do km 60 comecei a perder os travões traseiros e tive de tomar preocupações nos 20 km finais. Foi uma decisão acertada. Achei o troço mais fácil do que El Chocolate”, confessou Latvala, afirmando que fez o que tinha a fazer.

Depois, foi a Power Stage, em Leon, Onde Ogier foi o grande vencedor, com Latvala a ser o segundo mais veloz, e Hayden Paddon ficou  com o lugar mais baixo do pódio, conseguindo mais um ponto dos dez que conquistou pelo quinto posto.

No final, com Latvala a levar a melhor sobre Ogier, Dani Sordo ficou com o lugar mais baixo do pódio com o seu Hyundai, conseguindo o seu primeiro pódio do ano. Mads Ostberg, com o seu quarto posto, subindo para o segundo lugar do campeonato, aproveitando a desistência do seu compatriota Anders Mikkelsen. Hayden Paddon fez mais uma vez um bom lugar, no quinto posto, demonstrando que está a crescer no campeonato, como piloto de equipa oficial.

Ott Tanak foi o sexto, e estes oito pontos servem também como sinal de consistência no campeonato, enquanto que Martin Prokop e Lorenzo Bertelli conseguiram aqui os seus primeiros pontos da temporada. Para Bertelli foi a sua melhor classificação de sempre no WRC.

A fechar o "top ten" ficaram o finlandes Teemu Sunninen, que repete o lugar nos pontos alcançado na Suécia, e o ucraniano Valeri Gorban, que pontua pela primeira vez na sua carreira, a bordo de um Mini S2000.

Com isto, máquinas e pilotos voltam a competir entre os dias 22 e 24 de abril, em paragens argentinas.

WRC 2016: Rali do México (Dia 3)

O terceiro dia do Rali do México viu o finlandês Jari-Matti Latvala a fazer um rali bem sólido e a consolidar a sua liderança nesta prova, provavelmente a caminho da sua primeira vitória do ano. Ele, que nos dois primeiros ralis da temporada, não tinha acabado algum!

Depois de ter aproveitado o facto de Ogier ter sido o primeiro a abrir a estrada, Latvala conseguiu um avanço superior a 30 segundos sobre o piloto francês. Mas ainda faltava o dia de sábado para consolidar esse avanço, a havia obstáculos bem grandes pelo caminho, como as duas passagens por Otates, com quase 40 quilómetros de extensão. Logo na primeira passagem, Latvala levou a melhor, com um avanço de 21,7 segundos sobre Ogier, e subindo a vantagem para um numero superior a um minuto.

Foi uma boa classificativa para nós, embora muito difícil. Sinto que os travões estão no limite – tive de doseá-los com cuidado”, referiu o finlandês.

Nas classificativas seguintes, Latvala não deu tréguas ao seu carro e à concorrência. Mesmo na curta passagem por El Brinco, de 7,5 quilómetros, o finlandês conseguiu somar mais 2,6 segundos à vantagem sobre o seu companheiro de equipa. Mesmo assim, ele estava preocupado com os travões do seu Volkswagen: “É bom parar agora para ir para o parque de assistência, beber um café e olhar para os travões de trás – penso que estão em sobreaquecimento. Esta manhã correu melhor do que aquilo que estava à espera”, afirmou no final da especial.

Apesar das suas preocupações, era a concorrência que sofria. Na segunda passagem por Otates, Latvala continuava a levar de vencida a Ogier, enquanto que Anders Mikkelsen, que tentava apanhar Dani Sordo para o terceiro posto, despistou-se e acabou por ali o seu rali. Com isto, o quarto posto caiu nas mãos de Mads Ostberg, no melhor dos Citroen.

Por fim, em El Brinco - e três curtas classificativas do final do dia de sábado - Latvala consolidou a sua vantagem, conseguindo 2,2 sobre Ogier. Feliz da vida, Latvala já saente que a vitória pode estar mais perto do que julgava. “As sensações com o carro foram brilhantes, tal como as notas do Miikka [Miikka Anttila, seu navegador]. Tudo foi perfeito hoje. Agora sei que posso perder um ou dois segundos por quilómetro na longa especial de amanhã”, comentou.

Quanto a Ogier, este já reconheceu que a luta está perdida, pois ele se encontra a um minuto e 36 segundos do seu colega nórdico: “Tudo o que posso fazer é terminar o rali. Não há mais nada que possa fazer. Mas amanhã é claro que vou dar tudo na Power Stage”, contou.

Atrás deles está Dani Sordo, que tem dois minutos e 41 segundos de atraso, mas tem o lugar mais baixo do pódio praticamente garantido, pois tem mais de odis minutos de vantagem sobre Mads Ostberg, garantindo assim mais um pódio para a Hyundai. Hayden Paddon é o quinto, no segundo Hyundai, a mais de cinco minutos e 41 segundos, com mais de dois minutos de avanço sobre Ott Tanak.

Martin Prokop é o sétimo, no seu Ford, com um avanço de pouco menos de um minuto sobre o outro Ford de Lorenzo Bertelli, enquanto que Teemu Sunninen e o ucraniano Valery Gorban fecham o "top ten".

O Rali do México termina este domingo.