sábado, 6 de fevereiro de 2016

Formula E: Bird venceu sobre Buemi em Buenos Aires

Sam Bird foi o grande vencedor esta tarde em Buenos Aires, na quarta prova do campeonato da Formula E. O britânico da Virgin conseguiu manter a liderança do principio ao fim, depois de fazer a pole-position algumas horas antes. Sebastien Buemi foi o segundo, recuperando do último posto da grelha, enquanto que Lucas di Grassi ficou com o lugar mais baixo do pódio. António Félix da Costa chegou a andar na segunda posição, mas um problema de "software" o impediu de chegar ao fim.

A partida começou sem grandes novidades, excepto por Jerome D'Ambrosio, que sofreu um toque e caiu para o último posto por causa de danos do seu bólido. Atrás, Sebastien Buemi ganhava posições atrás de posições, passando Bruno Senna no final da terceira volta, para ficar com a 13ª posição. Nelson Piquet Jr., que largava no nono posto, perdia posições atrás de posições, caindo para o 14º posto na quinta volta. 

Tudo isto acontecia enquanto que na frente Bird aguentava os ataques de Nicolas Prost e António Félix da Costa, e os três distanciados de Stephane Sarrazin, que era assediado por Lucas di Grassi. O brasileiro da Abt conseguia passar o francês da Venturi na nona volta para ficar com o quarto posto.

Na volta dez, Buemi estava nos pontos, na nona posição, enquanto que Di Grassi aproximava-se da traseira de Félix da Costa para ver se conseguia chegar aos lugares do pódio, enquanto espreitava por uma oportunidade para passar Nicolas Prost. O português da Aguri conseguiu passar o francês da e.dams na volta 13.

Contudo, foi sol de pouca dura. Na volta 18, quando era para trazer o carro para as boxes, o carro do piloto português ficou parado na pista - a equipa afirma que foi por causa do software do carro - e na confusão das boxes, a organização decidiu colocar o Safety Car na pista, que lá ficou até à volta 24. Quanto voltou, Buemi conseguiu passar Stephane Sarrazin para ficar com a terceira posição, atrás de Lucas di Grassi.

A partir dali, Sam Bird e Lucas di Grassi lutavam pela liderança, com Sebastien Buemi a aproximar-se. O britânico aguentava os ataques do brasileiro e do suiço, os dois primeiros do campeonato, mas Buemi passou Di Grassi na volta 28 para chegar ao segundo posto. O suiço passou a assediar Bird, mas este resistiu - para além da bateria ter chegado perto do fim - e ficou com a vitória, sendo o terceiro vencedor nesta temporada, em quatro corridas. 

No campeonato, Buemi continua na frente, com 89 pontos, seguido por Di Grassi, com 76 pontos. Sam Bird foi o terceiro, com 58 pontos. A Formula E volta à ação a 12 de março, no Autódromo Hermanos Rodriguez.  

Youtube Racing Streaming: As Doze Horas de Bathurst ao vivo

Daqui a pouco começam as 12 Horas de Bathurst, uma das melhores provas de GT no mundo, e se quiserem seguir a corrida ao vivo e a cores, podem ver através deste streaming da NISMO TV.

Ainda por cima, a corrida tem uma atração extra: é que o poleman é um McLaren 650s guiado por, entre outros, Shane Van Ghinsbergen e o português Alvaro Parente.

Formula E: Sam Bird o melhor em Buenos Aires, Félix da Costa terceiro

Sam Bird foi o melhor na qualificação da Formula E que aconteceu esta tarde nas ruas de Buenos Aires, na frente do e-dams de Nicolas Prost e do Aguri de António Félix da Costa. Na primeira qualificação de 2016, esta ficou marcada pelos vários incidentes que colocaram alguns pilotos nos muros de proteção, entre eles Loic Duval, Bruno Senna e Salvador Duran, o novo companheiro de equipa de António Félix da Costa. Sebastien Buemi, o líder do campeonato, não bateu no muro, mas sofreu um pião que o colocou no fim da grelha de partida.

A qualificação teve uma dúvida até momentos antes desta se realizar. O francês Jean-Eric Vergne sofreu uma intoxicação alimentar e andou ausente das sessões livres, mas recuperou a tempo de correr esta qualificação, embora acabasse a fazer um tempo relativamente modesto: 15º na grelha, apenas atrás dos pilotos que não marcaram tempo ou que bateram. 

No primeiro grupo, os Venturi deram conta do recado, com Stephane Sarrazin a conseguir o melhor tempo, com 1.09,236, seguido por San Bird, no seu Virgin. Mike Conway, o novo recruta da equipa, que substitui Jacques Villeneuve, conseguira o terceiro melhor tempo, a pouco menos de quatro centésimos de segundo do seu companheiro de equipa (1.09,602).

No grupo 2, o grande momento aconteceu quando Sebastien Buemi perdeu o controlo do seu carro e fez um pião, perdendo tempo e não conseguindo fazer uma marca que lhe permitiria ir à "superpole". Ali, Nicolas Prost fez o melhor tempo, 

Para o terceiro grupo, constituído por Nelson Piquet Jr, Senna, Duran e Robin Frijns, ficou marcado pelos acidentes do mexicano da Aguri e do brasileiro da Mahindra, que acabaram por fazer com que se mostrassem as bandeiras vermelhas na pista, para poderem retirar os carros dela e fazer as devidas voltas. Foi nessa altura em que Simona de Silvestro foi para as boxes, mas fez mal uma curva e arrancou a asa traseira e a sua roda traseira-esquerda... a baixa velocidade! 

No Grupo 4, com Lucas di Grassi, António Félix da Costa, Oliver Turvey e Jerôme D'Ambrosio, o melhor foi o piloto português da Aguri, que conseguiu um tempo de 1.09,381 segundos, garantindo a sua vaga para a "superpole", ao lado de Nicolas Prost, Mike Conway, Stephane Sarrazin e Sam Bird.

Na fase final da qualificação, Conway foi o primeiro a entrar na pista, mas o tempo não foi bom: 1.12,391. Sam Bird veio logo a seguir, fazendo 1.09,420 e sendo o melhor até então. Depois veio Prost, mas apenas conseguiu 1.09,751 e ficou com o segundo tempo provisório. Quando foi a vez de Félix da Costa sair à pista e fazer o tempo, acabou com 0,01 segundos atrás de Prost, ficando com o terceiro lugar da grelha.

Com isto, Bird conseguiu a sua primeira pole do ano, mas a e-dams não anda longe. Se não há Buemi, há Prost, e o piloto português consegue aqui a sua melhor qualificação da temporada até agora, numa pista que é "fétiche" para ele. A corrida vai acontecer mais logo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A imagem do dia

Estranho ver Hector Rebaque num carro destes? Não fiquem, que eu explico.

Depois do piloto mexicano ter corrido na Brabham durante época e meia - de meados de 1980 até ao final da temporada de 1981 - Rebaque decidiu ir para o outro lado do Atlântico para competir na CART, ao serviço da Forsythe Racing, onde venceu em Road America, antes de sofrer um forte acidente, sem consequências físicas, mas mais do que suficiente para que ele, aos 26 anos de idade, pensasse na retirada da competição e dedicar-se aos negócios da família.

Contudo, no inicio de 1983, Bernie Ecclestone decidiu chamá-lo para uma emergência. Iria acontecer a Race of Champions, uma prova extra-competição (iria ser a última da história da Formula 1), e quer Nelson Piquet, quer Ricciardo Patrese não estavam disponíveis para correr, o italiano por causa de compromissos com a Lancia no Mundial de Sport-Protótipos, o brasileiro porque testava pneus para o GP de França, que iria acontecer uma semana mais tarde.

Rebaque adaptou-se ao novo modelo BT52, mas estava desfasado em relação à competição. Décimo na grelha, a quase quatro segundos do "poleman" Keke Rosberg - que corria num motor Ford Cosworth! - desistiu na volta 14, vitima de um furo, que causou danos na suspensão do seu carro. Tempos depois, disse que não estava totalmente confortável com o carro, que tinha motor BMW turbo, mas provavelmente já estava cansado do automobilismo. Depois disto, regressou ao México e dedicou-se aos negócios da sua familia.

Hoje, Rebaque comemora o seu 60º aniversário, e claro, é um bom dia para comemorar os seus feitos. Feliz Aniversário!

Formula E: Heidfeld vai correr em Buenos Aires

O alemão Nick Heidfeld vai correr amanhã no e-Prix de Buenos Aires. Parece ser algo redundante, depois de se saber da sua ausência na corrida anterior, em Punta del Este, devido a um acidente que o deixou com um pulso fraturado, mas havia ainda dúvidas sobre a sua utilização nesta corrida e que fizeram com que a Mahindra trouxesse Adam Carrol à capital argentina para estar de prevenção.

"Sinto-me bem e confirmo que vou correr" disse Heidfeld à Motorsport.com após ter dado algumas voltas ao circuito de Puerto Madero. O piloto alemão, que vai correr ao lado de Bruno Senna, é o atual sexto classificado na geral, com 17 pontos, resultantes de um terceiro lugar em Pequim e um nono posto em Putrajaya.

A corrida de Buenos Aires é a quinta da atual temporada e a primeira em 2016, e vai acontecer este sábado.

... e Fangio teve mais um filho!

A ideia do eterno solteirão de Juan Manuel Fangio, que não deixou descendência direta, está a cair. Sabia-se desde meados do ano passado que um grupo de oficiais de justiça tinham ido ao túmulo de Fangio para recolher uma amostra do seu ADN, para saber se dois homens na casa dos 70 anos eram realmente seus filhos. Depois de uma análise aturada, descobriu-se em dezembro que ele tinha sido pai de pelo menos um filho. Esta quinta-feira, porém, confirmou-se que ele também foi o pai de Ruben Vasquez.

Vasquez, de 70 anos, era o filho de Catalina Basili, que nos anos 40 teve um relacionamento com "El Chueco", mas guardou o segredo até 2005, onde no seu leito de morte, confessou ao seu filho da sua possivel paternidade com o famoso piloto. 

Em dezembro, a justiça argentina confirmou que ele tinha sido o pai de Oscar Espinoza, de 77 anos, de Andrea Berruet, namorada de longa data de Fangio nos anos 50, e que terminou em 1960.

Fangio, pentacampeão do mundo em 1951 e de 1954 a 1957, moreu a 17 de julho de 1995, aos 84 anos de idade e está enterrado no jazigo de família, na sua Balcarce natal. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

As imagens do dia


A Toyota prepara por estes dias na pista de Motoland Aragon o novo TS050. No dia em que foi anunciada a entrada do japonês Kamui Kobayashi na equipa, e foi mostrada a nova decoração da marca para a temporada da Endurance, os japoneses aplicam-se para ter uma máquina capaz de ser tão ou mais veloz do que Audi e Porsche na luta pela supremacia na classe LMP1. 

Vamos a ver que tipo de máquina eles construíram... 

Formula 1 em Cartoons - Os novos motores da Renault (Cire Box)

Na apresentação do novo Renault, o pessoal da marca do losango afirmou que a Red Bull iria ter tratamento igual em termos de fornecimento de motores. Só que não disseram como...

O "Cire Box" deu uma ideia de como é que pode ter sido.

WEC: Toyota apresenta nova decoração e Kobayashi para 2016

A equipa oficial da Toyota no Mundial de Endurance apresentou as novas cores e novos pilotos para a temporada de 2016, ainda sem motstrar no novo chassis, o TS050. A grande novidade em termos de pilotos é a chegada de Kamui Kobayashi, que vai substituir Alexander Wurz na equipa. O piloto de 29 anos, que passou ainda pela Sauber e Caterham, vai fazer parceria com Stephane Sarrazin e Mike Conway.

Estou muito feliz por ser piloto da LMP1 e gostaria de agradecer à Toyota pela oportunidade. Testei o TS040 Hybrid por algumas vezes e foi um carro que me impressionou muito. A potência do sistema híbrido em particular era incrível. Agora, mal posso esperar para ver as impressões do novo carro. Tenho certeza de que vai ser um grande passo em frente e vai nos colocar novamente na briga pelo topo”, declarou o novo piloto titular da marca japonesa.

Correr na LMP1 vai ser uma nova experiência para mim e estou muito ansioso para isso. Vou ter muito para aprender, mas sei que meus companheiros de equipe vão me ajudar e tenho certeza de que posso ser competitivo desde o começo. Agora meu foco está em me preparar de forma adequada para a nova temporada e estar absolutamente bem preparado para Silverstone”, concluiu.

E não é a primeira vez que Kobayashi serve a equipa japonesa: ele pilotou por eles por três provas do mundial de Formula 1 em 2009, em substituição do alemão Timo Glock. Em 2014, Kobayashi esteve de prevenção para substituir o seu compatriota Kazuki Nakajima, quando este se lesionou nas Seis Horas de Spa-Francochamps.

O novo desenho serve simbolicamente para unificar todos os programas, já que o mesmo padrão de cores aparece na equipa Gazoo Racing, que está a preparar os Yaris para o WRC, na próxima temporada.

Youtube Automotive Video: o regresso do DeLorean

No passado dia 27 de janeiro, a DeLorean Motor Company anunciou que ia voltar a construir carros, 33 anos depois do último ter saído da sua fábrica em Belfast. A pessoa por trás disto será Stephan Wyne, um mecânico de origem inglesa que têm uma oficina no Texas dedicada a restaurar as mais de 6500 unidades sobreviventes das nove mil que foram fabricadas em 1981 e 1982 na fábrica de Belfast, antes de entrar em falência.

Aproveitando uma lei do estado do Texas que aprovou a fabricação de carros com baixo volume de vendas, e também o facto de ter adquiridos peças novas suficiente para construir mais de 2500 carros novos, adaptados aos novos tempos, como um novo motor e um conversor catalitico, entre outros. Os exemplares poderão ser vendidos a cerca de cem mil dólares cada um.

E para comemorar esse regresso, nada como um video promocional, de uma certa maneira para chamar a atenção de toda uma geração que cresceu a ver esse carro na trioligia cinematográfica "Regresso ao Futuro". Vamos a ver...

O novo apresentador do Top Gear

No meio das tropelias que temos visto nas noticias, parece que o pessoal do Top Gear anunciou outro apresentador que alinhará ao lado de Chris Evans na nova encarnação do programa, que irá para o ar a partir do dia 8 de maio. O ator americano Matt LeBlanc, o Joey Tribbiani da série "Friends" aparentemente será o co-apresentador (oficial) do programa, ao lado do The Stig. 

Um legitimo "petrolhead" (é frequente ser visto nas boxes de alguns Grandes Prémios de Formula 1), LeBlanc, atualmente com 48 anos, já apareceu no programa na encarnação anterior, como um dos convidados para a "Estrela Num Carro Razoável", conduzindo um Kia Ce'ed. 

Este é o segundo apresentador a ser confirmado, embora se fale que outros nomes, com a alemã Sabine Schimtz e o britânico Chris Harris possam também ser apresentadores do programa.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

As imagens do dia



Não é o chassis de 2016. Na realidade, a apresentação de hoje não passou mais da apresentação da nova gerência de uma velha equipa, bem como as suas cores... por agora. É que toda a gente diz que em Barcelona aparecerão com o novo carro, e em Melbourne, aparecerão com novas cores. Um chassis mais... amarelado.

Até lá, fiquemos com um cheirinho de Formula 1 em 2016. O inverno está a chegar ao fim.

Formula 1 em Cartoons - O fim de Maldonado (III) (Rumble Strips)

Bom, na hora da despedida da Formula 1, parece que o Pastor Maldonado sabe sair à sua maneira... esta vi no Twitter do Badger GP.

E já agora... o cartoonista chama-se Rob Cureton e podem ver este e muitos mais neste link

CNR: Campeonato de 2016 terá transmissão na Motors TV

As provas do campeonato nacional de ralis (CNR) vão ser transmitidas mo canal de televisão Motors TV. O anuncio foi feito esta tarde pela produtora Movielight que assegurou um mínimo de 24 minutos semanais em inglês.

As negociações já decorriam há um ano. Considero que é um passo importante para o retorno do desporto automóvel nacional, já que vamos passar a ter no Motors TV resumos de 24 minutos de todos os campeonatos nacionais e Troféu Super Seven by KIA, com locução em inglês.” afirmou Pedro Falé em declarações à Autosport portuguesa.

O responsável acrescentou ainda que “este acordo é uma mais-valia mediática pelo retorno que a cobertura televisiva trará a pilotos e marcas.”

Para além do CNR, a Movielight vai transmitir o campeonato nacional de Todo-o-Terreno e claro, o Troféu Super Seven by KIA. 

O legado de Pastor Maldonado

Toda a gente já sabe que Pastor Maldonado não estará na Formula 1 em 2016. Mesmo que não soubesse da noticia ou não tivesse visto nos dias anteriores à apresentação do novo Renault, teria estranhado a sua ausência no "lineup" de pilotos, pois ali só estava Kevin Magnussen e Joylon Palmer, os pilotos que irão guiar o carro nesta temporada.  E claro, todos sabem da razão pelo qual o piloto venezuelano não estará presente: a falta de dinheiro providenciado pelo governo central, através da estatal petrolífera PDVSA, que como o governo, não tem mais dinheiro. E eles tinham bombeado desde 2010 uma média de 40 milhões de euros por ano. 

Agora, com a economia em colapso - menos 18 por cento do PIB desde 2014 - e uma inflação a alcançar os 700 por cento em 2016, a Venezuela já está em caos económico, muito por culpa da incapacidade do governo liderado por Nicolas Maduro. E para piorar as coisas, o preço do petróleo - que muito contribuía para disfarçar as incapacidades do governo bolivarista - está no fundo do poço, com preços a rondar os 30 dólares por barril, menos 70 por cento do preço que tinha em julho de 2014, quando alcançou os 140 dólares.

Assim sendo, a noticia da saída do piloto de Maracaibo não é novidade alguma. E para a familia, isso até é um mal menor: de acordo com o site espanhol extraconfidencial.com, um dos seus tios, Rafael, encontra-se desaparecido desde o passado dia 22 de dezembro, e suspeita-se de um rapto, muito frequente por aquelas bandas. A familia, dona de vários concessionários na segunda maior cidade do país, pode ter pago um elevado resgate, apesar de ele ainda não ter aparecido.  

Contudo, se muitos hoje celebram a partida de "Crashtor" Maldonado da Formula 1 - a sua reputação de ser um piloto destruidor de chassis é maior do que o seu talento para guiar - outros lamentam a sua partida, especialmente alguns dos "insiders", que o conheceram pessoalmente através das entrevistas que o fizeram ao longo da sua carreira de seis temporadas. O Luis Fernando Ramos, vulgo o Ico, fala no seu blog que como ser humano, Maldonado era de uma espécie rara.

"Sendo a genialidade uma exceção, a única falta que Maldonado fará na Fórmula 1 é a do lado humano. São poucos os pilotos do paddock que possuem a cordialidade do venezuelano. Ele sempre foi direto nas respostas e nunca se privou de demonstrar suas emoções – seus depoimentos após a morte do amigo próximo Jules Bianchi foram os mais sensatos em meio a um momento delicado da categoria", comentou.

Outro que fala do legado de Maldonado é o Humberto Corradi, que no dia em que ele foi dispensado, escreveu no seu sitio sobre a inesperada contribuição do piloto venezuelano na sobrevivência das equipas onde passou.

"Enxergo a passagem de Pastor pela Fórmula 1 histórica e marcante. Não apenas pela sua vitória, ou ainda por escrever seu nome entre os raros nove pilotos que conseguiram subir no lugar mais alto do pódio desde a temporada de 2011. (ano de estréia de Maldonado) 

O que me impressiona é fato que o venezuelano salvou duas escuderias de irem à falência. 

A primeira foi a Williams. Quando a Philips deixou de patrocinar o time de Grove em 2010, a situação ficou mais do que no vermelho. A chegada de Maldonado trazendo consigo a PDVSA mudou tudo.

Frank Williams aprendeu com os erros passados (BMW, Helwett Packard) e preparou seu time para se tornar menos dependente de uma parceria única. Abriu seu capital, passou a vender tecnologia em diversos setores e se diversificou industrialmente. O período em que a PDVSA derramou a prata foi essencial para que Frank respirasse e alinhasse sua escuderia para o futuro.

Foram trés anos. Para sobreviver.

Se a Williams não tivesse assinado com Pastor em 2011, ela nunca poderia ter uma promessa como Valtteri Bottas, um motor da qualidade Mercedes e ainda conseguir dois terceiros lugares consecutivos no Mundial de Construtores nas últimas temporadas.

E melhor, poder sonhar novamente em vencer!

A segunda equipe que deve as calças a Pastor é a Lotus. Maldonado chegou a colocar algo em torno de 80 milhões de euros nas mãos da Genii Capital durante as duas últimas temporadas. Mesmo período em que Gerard Lopez (cabeça da Genii) passou a diminuir seus investimentos na Fórmula 1.

Bernie Ecclestone ficou surpreso ao ver a Lotus viva por tanto tempo. (...)

O cenário hoje mostra duas boas escuderias no grid graças a Pastor.

É certo que esta gente demonstrou que Maldonado e os petro-dólares acabaram por salvar uma boa parte da Formula 1, mesmo que a Venezuela e os venezuelanos tenham passado fome e sofrido outro tipo de privações, graças a sujeitos como Hugo Chavez e o seu sucessor. E feitos os calculos, nestes cinco anos, a PDVSA colocou imenso dinheiro. Com uma média de 40 milhões de euros por temporada, no final destas seis temporadas, poderemos calcular que foram 240 milhões que sairam de Caracas para cair nos bolsos de Grove e Enstone, à custa de muitos chassis quebrados e apenas 76 pontos, uma vitória e uma pole-position, num Grande Prémio onde muitos viram no que ele poderia ser, se tivesse sido mais maduro em termos mentais.

Outro exemplo é o de Romain Grosjean, seu companheiro de equipa na Lotus-Renault. Também era conhecido pela sua velocidade e pela sua imaturidade, mas após acidentes complicados, especialmente na partida do GP da Bélgica de 2012, o piloto francês acabou por crescer em termos mentais, conseguindo dissipar a aura de piloto destruidor de chassis, embora ainda não tenha alcançado vitórias, nunca perdeu velocidade. Sempre foi superior ao seu companheiro de equipa quer em 2014, quer em 2015. 

De uma certa forma, Maldonado não quis, ou não teve tempo para se amadurecer. Pode-se dizer que ele aproveitou esta almofada para gozar o momento na categoria máxima do automobilismo, mas esperava-se mais de um piloto que venceu a GP2 em 2009 por mérito. Aquele momento em Barcelona fez sonhar muita gente, esperando que fosse o primeiro de muitos. Mas os seus acidentes, provocados ou não, fizeram passar outra imagem, e daquilo que conheço da história, vai ser algo que ficará colado para o resto dos seus dias.

Um bom exemplo disso foi o que aconteceu com o italiano Andrea de Cesaris. Piloto com uma carreira bem longa, entre 1980 e 1994, em equipas como Alfa Romeo, McLaren, Ligier, Minardi, Brabham, Rial, Dallara, Jordan, Tyrrell e Sauber, ficou marcado pela péssima temporada de 1981 pela McLaren, onde a quantidade de chassis destruidos era tanta que a imprensa especializada o chamou de "De Crasheris", algo que nunca conseguiu se livrar, mesmo tendo andado por mais treze temporadas e conseguido uma pole-position, uma volta mais rápida e cinco pódios. 

Após o final da sua carreira, e até à sua morte, em outubro de 2014, apenas deu duas entrevistas, ambas em 2012, pela Motorsport britânica e no site brasileiro Tazio. E em ambas, sempre demonstrou amargura pelo facto de a sua reputação como piloto destruidor se ter colado na sua pele como se fosse a lepra. 

Por muito que viva, e por muito boa seja a reputação dele como ser humano, os fãs vão fazer com que ele não se esqueça dos seus acidentes.

Apresentações 2016: O Renault RS16

A Renault apresentou em Paris o RS16, o seu carro para a temporada de 2016, três semanas antes da concorrência, e com o preto a dominar no chassis. O britânico Joylon Palmer e o dinamarquês Kevin Magnussen serão os pilotos titulares, com o francês Esteban Ocon como piloto de reserva, numa apresentação que contou com a presença de Carlos Ghosn, o presidente da Renault, de Jerôme Stoll, o novo diretor da Renault Sport, e de Cyril Abiteboul, o diretor da marca na Formula 1.

"Temos o orçamento, temos o pessoal, temos o conhecimento, temos o espírito. A Renault vai voltar a ganhar", afirmou Stoll na apresentação. Questionado sobre o dominio da Mercedes e como é que eles irão contrariar isso, Abiteboul simplesmente respondeu: "Nós ganhamos em todas as categorias em que participamos. Sabemos fazer isso", respondeu.

A Renault aproveitou a ocasião para afirmar que continuarão na Formula E por um minimo de duas temporadas. 

O preto é a cor dominante, mas fala-se que esta poderá ser apenas a cor que vão usar nos testes de pré-temporada, e que apresentarão com a cor amarela em Melbourne, palco da primeira corrida do ano.

Este vai ser a terceira encarnação da Renault na Formula 1, depois de passagens entre 1977 e 1985, onde introduziu o motor Turbo, e entre 2002 e 2010, onde venceu dois títulos de pilotos com Fernando Alonso. Ao todo, a marca do losango venceu por 35 vezes, com 51 "pole-positions" e 31 voltas mais rápidas.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Kickstarter Video Documentary: A história de Hurley Haywood e Peter Gregg

A Brumos Automotive é provavelmente uma das mais conhecidas equipas de Endurance americanas. Sempre correram com Porsches, especialmente o 911 e o 935, e nos anos 70, eram imbatíveis. A sua dupla de pilotos era tão legendária como outros nomes desse tempo, como Mark Donohue, Al Unser, A.J. Foyt, Mário Andretti e outros. Hurley Haywood e Peter Gregg venciam especialmente em sitios como Daytona e Sebring, e a parceria era imbatível, especialmente nas provas IMSA.

Haywood tornou-se num dos grandes: vencedor das 24 Horas de Daytona por cinco vezes (1973,75, 77, 79 e 1991) vencedor em Sebring por duas vezes (1973 e 1981) e vencedor das 24 Horas de Le Mans por três vezes, em três décadas diferentes (1977, 1983 e 1994), ainda fez perninhas na Indycar, sem grandes resultados. E muitas dessas vitórias foram alcançadas com Gregg ao seu lado, que o viu em 1969 e reconheceu de imediato o seu talento.

Só por ele mesmo, Gregg foi bicampeão na Trans-Am, em 1973 e 74, e venceu as 24 Horas de Daytona em 1976, a bordo de um BMW CSL "Batmobile", ao lado de Brian Redman, a primeira grande vitória da marca alemã em solo americano. 

Uma parceria que foi terminada abruptamente quando Gregg suicidou-se em novembro de 1980, aos 40 anos de idade. 

Agora, um realizador, Derek Dodge, está a recolher entrevistas para fazer um documentário sobre esta dupla de pilotos, com testemunhos de muitos que conviveram com estes dois, incluindo Haywood, que aos 67 anos e depois de já ter pendurado o capacete, continua a fazer rolar a Brumos, que é uma das grandes da IMSA hoje em dia. E nos dias a seguir a Daytona, até é interessante.

Assim sendo, decidiu recolher dinheiro através da plataforma de "crowdfunding" Kickstarter, tentando juntar 35 mil dólares até ao final deste mês. E já vão no bom caminho, pois em pouco mais de 24 horas, já conseguiram cerca de dez por cento do total pretendido.

Se quiserem ver - e contribuir - podem seguir este link. E ver o video. 

WTCC: Lada anuncia a sua tripla de pilotos

A russa Lada anunciou que Gabriele Tarquini, Hugo Valente e Nick Catsburg serão os seus pilotos para 2016. A chegada do veterano piloto italiano, dispensado pela Honda no final do ano passado, é uma mais valia, que vem juntar-se a Hugo Valente, vque pela primeira vez é piloto de uma equipa de fábrica, pois até agora, era um privado que andava num Chevrolet Cruze.

De acordo com o comunicado de imprensa da equipa russa "as primeiras impressões sobre o Lada Vesta do Gabriele e do Hugo foram positivas e eles encaixaram bem e rápido na equipa."

Tarquini e Valente substituem o britânico Rob Huff - que foi para a Honda - e o francês Nicolas Lapierre, que foi dispensado após obter resultados pouco satisfatórios.

A marca vai continuar a fazer testes no circuito de Magny-Cours no sentido de ter o seu modelo a postos para a temporada de 2016 da competição, que vai ter o seu inicio no dia 20 de março, no circuito russo de Sochi. 

A imagem do dia

A apresentação é já amanhã, mas a Renault já mostrou uma foto do carro... teremos negro e amarelo claro no chassis, isso é certo!

E provavelmente veremos ali o terceiro piloto da marca. Muitos apostam em Esteban Ocon... e eu também.

Formula 1 em Cartoons - O fim de Maldonado (II) (Cire Box)

Mas um cartoonista, o "Cire Box", desenha sobre o fim de Pastor Maldonado na Formula 1, e de como o numero 13 está de novo vago para quem apanhar...

No Nobres do Grid deste mês...

(...) no inicio deste ano,[Stefan] Johansson decidiu escrever um artigo de três partes no site Motorsport, onde fala sobre a situação atual da Formula 1, de como chegamos até ali e o que deveríamos fazer para melhorar a competição. Primeiro fala sobre a situação atual, onde graças às constantes alterações de regulamento em termos de motorização, temos a situação onde os carros são cada vez mais lentos em reta, mas graças ao “downforce” que os carros têm agora, são crescentemente mais velozes em curva.

Quase todas as formas de automobilismo, hoje em dia, tornaram-se completamente dependente de aerodinâmica - e, mais especificamente, de downforce aerodinâmico - para determinar a velocidade final de determinado carro. Cada ano que passa, os tempos por volta mais rápida começam a baixar até que haja uma mudança de regras para reduzir a velocidade dos carros, normalmente no interesse da segurança. Na maioria das vezes, isso é feito através da redução de potência - uma solução rápida - até que os designers e engenheiros encontram uma maneira de contornar o problema, aumentando os níveis de aderência através de uma melhor aerodinâmica. Em 2-3 anos, os tempos por volta regressam para onde estavam antes das mudanças de regra.

Em todas as formas de corrida, as velocidades máximas em reta são significativamente menores hoje em dia do que eram em meados da década de 1980. Os tempos por volta eram muito mais rápidos em cada pista de corrida onde era possível fazer uma comparação razoável. Então, onde é que vem a velocidade? Via velocidade nas curvas, [pois os carros estão] maciçamente mais rápidos. Hoje em dia para um piloto, o impulso em curva é o que conta. Ele (ou ela) estão sempre tentando alcançar a melhor velocidade em curva no mínimo possível, pois isso irá normalmente determinar o melhor momento ao longo de uma volta. No passado, a travagem e velocidade de saída em curva eram os fatores mais determinantes”, começa por afirmar. 

Mas deixando de lado falhas mecânicas ou qualquer outra situação anormal, caso o condutor perca o controlo, onde é que a maioria dos acidentes acontece? A última vez que verifiquei, eles aconteciam nas curvas! Então, por que todas as séries automobilísticas profissionais, alegadamente em nome da segurança, mantenham a obrigatoriedade de reduzir a potência do motor? As reduções trazem velocidades máximas mais lentas, é verdade, mas a velocidade nas curvas continua a aumentar todos os anos através do desenvolvimento aerodinâmico. Para mim não faz absolutamente nenhum sentido...”, continua.

(...)

sobre a aerodinâmica, Johansson diz o seguinte:

(…) “eis uma luta sem fim para ganhar percentagens minúsculas de downforce vs arrasto, todos determinados por um conjunto muito estrito de regras que basicamente não permite nenhum pensamento inovador. É puramente uma questão de gastar tanto tempo e dinheiro quanto é permitido pelas regras para afinar o pacote aerodinâmico.

"A 'guerra contra o desenvolvimento' tornou-se um grande ponto de falar na Fórmula 1, e as equipas de topo estão literalmente voando em caixas com novos componentes aerodinâmicos durante a duração de uma corrida. É puramente uma questão de dólares: quanto mais você gasta, mais você ganha. Hoje uma equipa de Formula 1 dita 'de topo' coloca 75 versões diferentes da sua asa dianteira durante uma temporada. O simples custo disto é incompreensível. Há, obviamente, um monte de outros trabalhos aerodinâmicos a acontecer ao mesmo tempo, mas é tudo secundário por causa da asa dianteira, pois isso é o que mais influencia as forças aerodinâmicas ao longo de qualquer carro de corrida”.

Daí ele dizer depois que os carros, quanto mais eficientes eles são, mais complicados serão de ser ultrapassados. E quanto aos DRS, ele diz que, apesar de ajudar a ultrapassar, não existe qualquer técnica em especial, porque “quando pressionas um botão para passar o carro que está à tua frente, ele é basicamente um alvo fácil, sem qualquer possibilidade de resposta”. (...)

Stefan Johansson foi um dos nomes da Formula 1 nos anos 80. Piloto da McLaren e Ferrari, entre outros, também andou pela IndyCar e pela Endurance, onde venceu as 24 horas de Le Mans em 1997, ao lado de Michele Alboreto e Tom Kristensen. Hoje em dia, aos 59 anos e radicado nos Estados Unidos, o piloto sueco escreveu no site Motorsport sobre o que se passa na Formula 1 atual e o seu manifesto, dividido em três partes, foi demolidor em relação às regras atuais e sugeriu que o grande problema tem a ver com o demasiado ênfase no arrasto aerodinâmico, em vez da potência dos seus motores.

As sugestões foram lidas e estão a ser discutidas, mas pelo que se vê e se lê na atualidade, parece que os construtores e os manda-chuvas na Formula 1 atual - leia-se, Bernie Ecclestone e Jean Todt - pouco ou nada ligaram alguma ao que foi dito, tentando establecer as suas próprias regras e provavelmente gastando mais dinheiro para tentar tirar mais alguns décimos de segundo.

Contudo, tudo isto e muito mais pode ser lido por aqui, no site Nobres do Grid.

Rumor do dia: Robert Kubica pode voltar aos monolugares?

Precisamente cinco anos após o acidente que o colocou de fora da Formula 1, num acidente no rali Ronda di Andora, em Itália, Robert Kubica poderá estudar um regresso aos monolugares, através da Formula E. O rumor é forte e vem hoje da Alemanha, onde o "Auto Bild" refere que o piloto de 31 anos procura ativamente por um lugar, depois de ter dito que não iria continuar permanentemente nos ralis por falta de patrocínio.

O piloto polaco - que na sua experiência de ralis foi conhecido pela sua rapidez e a grande quantidade de saídas de estrada - acabou por ter o mesmo destino neste último rali de Monte Carlo. Correndo desde 2013 pela Citroen e pela Ford, teve como melhor resultado um quinto lugar no Rali da Alemanha de 2013, tendo sido campeão da WRC2 nesse mesmo ano. Para além disso, conseguiu vitórias em 14 classificativas, dez delas em 2015.

Uma coisa é certa: ele não correrá já na ronda de Buenos Aires da competição elétrica, pois esta vai acontecer no final desta semana, mas na ronda a seguir, no Autódromo Hermanos Rodriguez, pode-se colocar essa chance. Outra possível hipótese poderá acontecer mais à frente na temporada, com o projeto da Jaguar, que entrará em ação na próxima temporada, a partir de setembro deste ano.

Formula 1 em Cartoons - O fim de Maldonado (Grand Prix Toons)

O Hector Garcia, do Grand Prix Toons, decidiu homenagear Pastor Maldonado lembrando um pouco da nossa adolescência e lembrando também o quanto é que gastou para poder estar na Formula 1 por todo este tempo...

De uma certa forma, vamos ter saudades dele. É uma certa Formula 1 que terminou hoje.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

IndyCar: Max Chilton vai correr na Chip Ganassi

O britânico Max Chilton vai fazer a sua estreia na IndyCar ao serviço da Chip Ganassi. O piloto de 24 anos, que andou na Marussia por três temporadas, estava na IndyLights em 2015, onde acabou na quinta posição da geral. Ele vai ter como companheiros o campeão da categoria, Scott Dixon, o brasileiro Tony Kanaan e o americano Charlie Kimball.

"É como voltar à Fórmula 1, mas numa equipa de topo", disse Chilton à Autosport britânica.

"Estou no melhor lugar para aprender e para fazer o melhor trabalho que puder no tempo mais rápido que puder. Vai haver certas pistas onde isso vai ser muito difícil, especialmente nas ovais onde eu ainda não tenha pilotado, mas as pessoas vão entender que este é o meu primeiro ano."

"Contudo, sei que há pistas onde terei a confiança necessária que posso alcançar algumas vitórias e pódios", concluiu.

Chip Ganassi afirma que o talento e a experiência de Chilton é mais do que suficiente para correr na sua equipa. "Max é um jovem piloto talentoso que tem feito diferentes disciplinas já num curto espaço de tempo", começou por afirmar o veterano dono de equipa.

"Ele traz uma boa dose de experiência para a IndyCar e estamos ansiosos para que ele faça a sua parte de nossa equipa de quatro carros em 2016 e dando uma grande contribuição". concluiu.

Chilton, para além das duas temporadas na Formula 1, esteve também na equipa oficial da Nissan em 2015, correndo nas 24 Horas de Le Mans, sem resultados de relevo. 

Maldonado fora da Renault, Magnussen é o substituto

Nem tivemos de esperar por quarta-feira para ver o anuncio: Pastor Maldonado anunciou esta tarde que não estará na Formula 1 em 2016, e será substituído por Kevin Magnussen na Renault. O próprio piloto venezuelano anunciou num comunicado oficial na sua conta pessoal do Twitter.

"Hoje, com humildade, anuncio que eu não vou estar presente na grelha de partida para a temporada de 2016. Agradeço todas as vossas mensagens de apoio, paixão e preocupação em relação ao meu futuro. Eu sinto muito honrado com o apoio de todos vocês e orgulhoso pelo meu desempenho profissional", informou.

O piloto de 30 anos ficou sem o dinheiro dado pela petrolífera venezuelana PDVSA, que não conseguiu cumprir a tempo os compromissos honrados à Renault. E isso significa menos 50 milhões de dólares por ano, bem como o maior sinal de que as coisas na sua terra natal estão bem más: os cofres estão mais do que vazios. Para o seu lugar poderá ir o dinamarquês Kevin Magnussen, de 23 anos, filho de Jan Magnussen e que foi dispensado da McLaren no passado mês de setembro, depois de correr para eles na temporada de 2014, conseguindo um segundo lugar como melhor resultado.

Aparentemente, o patrocinio de Magnussen é um pouco menor, cerca de 12 milhões de euros, vindos de paragens locais.

Nascido a 9 de março de 1985 (tem 30 anos), Maldonado chegou à Formula 1 em 2010 por via da Williams, após ter ganho a GP2 em 2009. Lá ficou até 2013, vencendo o GP de Espanha de 2012, após ter feito a pole-position. Em 2014, foi para a Lotus, ficando até ao final de 2015. Contudo, ele ficou mais conhecido pelos seus desastres do que pelos resultados na pista, tendo apenas conseguido 76 pontos em 96 Grandes Prémios.


domingo, 31 de janeiro de 2016

A imagem do dia

Jyrki Juhani Jarviletho comemora hoje meio século de vida. Conhecemos-lo pelas iniciais J.J, por sugestão do ex-piloto Keke Rosberg, que foi o seu empresário durante boa parte da sua carreira. Afinal de contas, Keijo sabia perfeitamente que o resto do mundo não sabia pronunciar corretamente os nomes vindos da branca Finlândia...

Duas vezes vencedor das 24 Horas de Le Mans, Letho passou pela Onyx, Dallara, Sauber e Benetton, entre 1989 e 1994, conseguindo dez pontos em 70 corridas.

Mas o primeiro grande momento de Jarviletho foi no GP de San Marino de 1991, no circuito de Imola. A terceira prova do campeonato desse ano foi uma de resistência, contra carros que ainda não estavam "no ponto". 16º nos treinos, nas primeiras voltas, os Williams e os Ferrari ficaram de fora, especialmente depois do embaraço despiste de Alain Prost na Rivazza... beneficiando os McLaren de Ayrton Senna e Gerhard Berger. Este último, por pouco, não ficava como Prost.

Mas ao fim de dez voltas, atrás deles estavam os Tyrrell de Satoru Nakajima e de Stefano Moderna, e a partir dali sabia-se que iria ser mais uma corrida de "bodo aos pobres". Os Tyrrell acabaram a meio da corrida, e numa prova onde a chuva alternou com o tempo seco, Letho conseguiu evitar as armadilhas e chegou ao terceiro posto, uma volta atrás dos McLarens. Tinha sido o segundo (e último) pódio da história da Scuderia Itália e para Letho, o seu primeiro grande momento na Formula 1. Iria ter mais momentos pela Sauber e na Benetton, onde um acidente antes da temporada de 1994 provavelmente o colocou na porta de saída da categoria máxima do automobilismo.

Os horários das corridas de Formula 1 em 2016*

*pela hora portuguesa, diga-se.

A FIA já divulgou os horários do arranque das provas de Formula 1 este ano, e há algumas novidades interessantes. Nestas 21 provas, haverá mais uma noturna, a do Azerbeijão, enquanto que a esmagadora maioria das provas europeias começará pelo meio-dia, excepto a corrida de Baku, que vai começar precisamente na última hora das 24 Horas de Le Mans.

De resto, a corrida australiana acontecerá pelas cinco da manhã, hora local, a mesma hora da corrida japonesa, enquanto que a corrida malaia acontecerá às 7 da manhã por estas bandas. No outro lado do mundo, nas Americas, veremos a corrida do Canadá pelas seis da tarde, enquanto que as provas em Austin e Cidade do México acontecerão uma hora mais tarde no relógio.

Eis a tabela completa.

Youtube Rally Testing: Os testes de Fernando Peres e Elias Barros para o CNR


Elias Barros e Fernando Peres são dois veteranos do campeonato português de Ralis que vão andar com Ford Fiesta R5 EVO em março, no Rali Serras de Fafe, a prova inicial do campeonato. E apesar de estarem a pouco mais de dois meses do seu inicio, ambos andam a testar o melhor possível nas zonas onde vai passar o rali, em Fafe, para se ambientarem ao carro, especialmente Peres, que aos 50 anos de idade, vai andar no carro que pertenceu a João Barros, que também andou em testes, num programa em "part-time".

Eis os videos dos três pilotos, esta semana, a andar "prego a fundo".

Formula E: Duran regressa à Aguri

O mexicano Salvador Duran regressa à Aguri, substituindo o francês Nathanael Berthon, a partir da ronda de Buenos Aires, que vai acontecer na semana que vêm. O piloto de 30 anos tinha andado na equipa na época passada, mas no inicio do ano, tinha trocado pela Trulli GP, antes desta ter decidido abandonar a competição. A assinatura do contrato é por um ano e meio.

"Estou muito feliz para ter assinado de novo com a Aguri", começou por dizer Duran. "Esta é uma equipa muito ambiciosa com o melhor da engenharia e conhecimento técnico na Fórmula E, e estou ansioso para fazer parte de uma temporada bem sucedida. Estou particularmente ansioso para a minha corrida 'em casa', no México, no mês de março. A atmosfera será incrível e eu não posso esperar para dar um bom espectáculo na frente dos meus compatriotas", concluiu.

"Salvador é o piloto perfeito para a nossa equipa e é ótimo ter-se juntado a nós", afirmou Marc Faggionato, o diretor da Aguri. "A sua experiência na série é crucial, dado o tratamento exclusivo desses carros, e irá desempenhar um papel importante em promover o desenvolvimento da equipa para o restante desta temporada e na próxima", concluiu.

Duran conseguiu treze pontos na temporada passada, com um sexto lugar em Moscovo como seu melhor resultado.