sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Youtube Automotive Vídeo: Quantos cavalos tem... um cavalo?

Quantos cavalos de potência tem... um cavalo? Se acham que é um, estão enganados. Aliás, em média, um equídeo pode conseguir até 15 cavalos, mas como o pessoal do Donut Media descobriu, as experiências tem como base algo que aconteceu há um século. E a base vem de mais atrás, no inicio da era industrial, há mais de 250 anos. Logo... toda uma industria poderá estar a medir de forma errada, ou a partir de uma base equivocada. 

Assim sendo, eles fizeram a seguinte experiência: quantos cavalos tem... um cavalo?  

Endurance: Kubica correrá na AF Corse em 2024


O polaco Robert Kubica, de 38 anos, será piloto da AF Corse e 2024, com a chance de correr no terceiro Ferrari no campeonato internacional de Endurance, o WEC. Recém-coroado como campeão na classe LMP2 pela Team WRT, buscava uma oportunidade de competir nas classes superiores, já que a categoria secundária de protótipos não fará parte do WEC na próxima temporada.

"É uma grande honra receber um piloto do calibre de Robert em nossa família", disse o proprietário da equipa, Amato Ferrari. "O seu talento e grande profissionalismo trarão novo valor agregado à nossa equipa."

Robert Kubica está animado com a ideia de enfrentar esse novo desafio: 

"Estou feliz que meu caminho e o da AF Corse estejam alinhados para a próxima temporada. A AF é uma das equipes mais bem-sucedidas no automobilismo: tenho certeza de que faremos um bom trabalho juntos. Além disso, estou de volta a uma equipa italiana, o que não é algo insignificante".

Esse terceiro carro poderá associado à Richard Mille AF Corse, que competiu na agora extinta categoria GTE-Am nesta última temporada. Por estes dias, o piloto polaco está a experimentar em Imola o carro que triunfou nas 24 horas de Le Mans deste ano, depois de 58 anos de ausência. 

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

A(s) image(ns) do dia



Imaginem uma equipa que alcançou um sucesso retumbante nas formulas de produção. Depois, um rico investidor, que lança o seu produto e prestigio no automobilismo. E que depois de se estrarem na Formula 1, com o seu próprio chassis e motor, entram em divergências tão sérias que fabricam... os seus carros!  Há meio século, contava-se a história da Tecno, que tinha tudo para poder dar certo, mas acabou após duas temporadas, ao ponto de os seus fundadores decidirem sair do negócio para sempre.

A história da Tecno começa em 1961, em Bolonha, quando dois irmãos, Gabriel e Gianfranco Pederzani, decidem construir karts para competir na nascente industria. O sucesso dos seus chassis e motores fazem com que construam um Formula 3 em 1966. Nessa altura, contratam um piloto em ascensão, um suíço de Lugano chamado Clay Regazzoni. Foi ele que lhes deu a sua primeira vitória na competição, e no final do ano, em 65 corridas, tinham ganho 32, em diversos país europeus. Foi o suficiente para que a partir dali, todos quisessem um chassis da firma, se quisessem triunfar. Em 1969, tinham outro piloto vencedor, o sueco Ronnie Peterson, que lhes dera 15 vitórias e o título europeu de Formula 3. Daí que, no final do ano, decidissem mudar para a Formula 2, como passo natural da sua evolução. 

Como na Formula 3, continuaram a ganhar, e com Regazzoni ao volante, ganham o campeonato à primeira. E com esta ascensão, pensam em voos mais altos. 

Ao mesmo tempo, tudo isto atrai a atenção de um compatriota muito rico e com amor ao automobilismo. O Conde Teofilo Guiscardo Rossi di Montelera, Principe di Premuda era, nada mais, nada menos, que o herdeiro da firma Matini & Rossi, os "reis do Vermute", e que nos anos 30, tinha sido piloto de motonáutica, para além de em 1932, ter participado nos Jogos Olímpicos de inverno em Lake Placid, sedo quinto classificado na competição de bobsleigh. O Conde queria patrocinar a sua ida para a Formula 1, e fizeram um acordo para que eles construíssem um chassis e um motor flat-12, como tinha a Ferrari, mas menos potente que os carros de Maranello.

O carro estreou-se no GP da Bélgica, com o local Nanni Galli ao volante. Este era alternado com o britânico Derek Bell, e apesar de não terem conseguido pontos, parecia que as coisas iriam no bom caminho. Contudo, no final do ano, começaram as primeiras rachaduras no seio da equipa.

A razão? Escolha de pilotos, e as politicas dentro da equipa. Ao ponto de terem os seus próprios chassis, competindo entre si para saber quem seriam os melhores!

Quando no final de 1972, souberam que Clay Regazzoni ia sair da Ferrari, os manos Pederzani queriam-no na equipa, pois tinha dado muito sucesso na Formula 3 e Formula 2. Afinal, era um velho amigo e muito rápido. Contudo, o chefe de equipa, o britânico David Yorke, tinha outro piloto em mente: o neozelandês Chris Amon, que tinha saído da Matra. O Conde Rossi apoiou as pretensões de Yorke e acabaram por ficar com Amon. E para piorar as coisas, cada um contratou desigenrs diferentes para os carros que queriam construir para 1973: Gordon Fowell, para construir o chassis de Rossi e Yorke, Alan McCall para os Pederzani. Contudo, quando McCall saiu antes de completar o desenho do chassis, Ron Tauranac, que tinha saído da Brabham e estava a fazer desenhos em regime "freelancer", foi chamado para completar o projeto.

Amon estreou o carro na Bélgica, onde chegou na sexta posição, conseguindo o primeiro ponto da equipa. E andou entre os seis primeiros na corrida seguinte, no Mónaco, antes de um problema de sobreaquecimento, na volta 22, ter acabado com a sua corrida. Mas as divergências começavam a ser maiores, e mesmo com o chassis de Yorke e Rossi a se estrear na Grã-Bretanha, Amon decidiu que iria embora da equipa depois do GP da Áustria, quando não conseguiu largar por causa de problemas no carro. Mais tarde afirmou que "aqueles meses dentro da equipa foram o equivalente a 10 temporadas." Para verem como foi aquele ambiente de cortar a faca.

Apesar de tudo, existiram planos para 1974, um deles a construção de um 8 cilindros como os Cosworth. Mas no final da temporada, tomou-se uma decisão radical: a Techo fecharia as suas portas para sempre. O Conde Rossi levou o seu patrocínio para a Brabham, Amon decidiu construir a sua equipa - levando consigo Fowell para desenhar o seu chassis - e os irmãos Pederzani decidiram fugir da Formula 1 como se fosse o diabo da cruz, citando o ambiente tóxico que aquilo causa. Toda a história durou duas temporadas, 13 corridas e um ponto, e com tudo que tinham, fica-se a pensar que poderiam ter sido, se tivessem tido um ambiente mais harmónico.     

Youtube Automotive Test: O GMA T.50 na estrada

O T.50 é o supercarro que Gordon Murray desenhou e construiu, usando como inspiração o McLaren F1 e o Brabham BT46B "Ventoinha". Agora na estada, o pessoal do Top Gear (a revista, atenção) decidiu testá-lo nos Pirinéus catalães e saíram de lá espantados. Não só com o carro e a sua performance, mas também convencidos que este tipo de máquina poderá ser um dos últimos a ser construído de forma tradicional, ou seja, ainda com um motor de combustão interna.   

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

A(s) image(ns) do dia



O Top Gear não é um espetáculo feito por três pessoas que faziam muito mais que rever automóveis. Três adultos que tinham mente de pré-adolescentes e faziam coisas absolutamente sem freio, para gosto de imensos, que no fundo, não deixaram de ser rebeldes, crianças que nunca cresceram. Existia um programa antes disso, mas foram quatro pessoas que mexeram ao ponto de se tornar naquilo que marcou uma geração.

E quando eles foram embora, todos notaram que o programa ficou vazio, uma casca sem interior, que demorou até encontrar um trio que parecia poder recuperar algum do seu brilho anterior. Mas quando estavam ao ponto de lá chegar, um acidente estragou tudo. E um ano depois desse acidente, a BBC decidiu que o programa seria cancelado. 

Tudo começou em dezembro de 2022 quando gravavam um episódio para a temporada de primavera quando Freddie Flintoff, ex-internacional de cricket por Inglaterra e um dos apresentadores, ao lado de Chris Harris e Paddy McGuiness comediante e apresentador, sofreu um acidente e ficou ferido no rosto. Por causa disso, recebeu uma indemnização de nove milhões de libras pelos danos físicos causados por esse acidente. A BBC decidiu abrir um inquérito interno para saber as condições em que os programas estavam a ser feitos, se violavam as leis locais para a segurança no trabalho e agora que o inquérito terminou, decidiram que o programa não voltaria ao ar.  

Sabemos que interromper o programa será uma notícia dececionante para os fãs, mas é a coisa certa a fazer”, disse a BBC no seu comunicado oficial. “Todas as outras atividades do Top Gear permanecem inalteradas, incluindo formatos internacionais, digitais, revistas e licenciamento.” Ou seja, as versões internacionais do programa, como as revistas, continuam. 

O Top Gear apareceu em 1977, e foi um programa de automóveis como todos os outros. Teve ligações ao automobilismo - o rali RAC chegou a ser transmitido através desse programa - mas em 1988, contrataram um jovem alto, então com 27 anos, e com língua afiada. O seu nome era Jeremy Clarkson. Pouco depois chegou um amigo dele da escola, chamado Andy Wilman, que se tornou produtor do programa, e eles começaram a combinar algumas coisas para que o programa se tornasse mais sedutor e mais arriscado, saindo fora da caixa. Em meados da última década do século XX, existiam uma quantidade de apresentadores como Quentin Wilson, o ex-piloto Tiff Needell, uma apresentadora, Vicky Butler-Henderson, e em 1997, apareceu outro jovem, de seu nome James May

Em 2001, a BBC decidiu cancelar o Top Gear, devido às baixas audiências, mas no ano seguinte, um novo Top Gear aparecia, determinado a ser algo bem diferente do anterior. Ali, Wilman estava atrás das cenas, e quem dava a cara era Clarkson, que tinha com ele Richard Hammond, um misterioso piloto de testes chamado The Stig (de preto, era outro ex-piloto, Perry McCarthy) e... Jason Mawe. Hein? Pois é, os Três Estarolas não apareceram logo no primeiro programa. Na primeira temporada, hoje pouco falada, existiu um terceiro apresentador que não fez muita história e não deu grande química. No inicio da segunda, em 2003, May reapareceu e o resto foi história nos 11 anos seguintes.

Até o dia em que Clarkson deu um murro num produtor, num dia muito exaustivo de filmagens. O "orangotango", que tinha detratores tão fortes como admiradores, foi despedido da BBC, depois de um inquérito e os outros dois, em solidariedade com ele, também seguiram a sua vida.

Existiram muitas tentativas. Gente como Rory Reid, Sabine Schmitz, Eddie Jordan, e sobretudo, o ator Matt LeBlanc, o Joey de "Friends", tentaram preencher o vazio, mas o único que ficou até aos dias de hoje foi Chris Harris, apesar de LeBlanc não ter sido mau no lugar de apresentador. Mas quase dois terços do público seguiu os Três Estarolas e a BBC nunca gostou muito da nova versão. Contudo, com a semi-reforma dos três, depois de três temporadas de "The Grand Tour", na Amazon Prime, parte do público regressou ao Top Gear, depois de os novos apresentadores terem começado a ganhar uma química entre eles, que fazia lembrar algo do passado. Até ao dia de um acidente onde o canal de televisão achou que o melhor é dar por terminada toda uma aventura com quase meio século. 

Sem data para voltar, ficam as recordações de algo único, que marcou uma geração e criou imensos "copycats", quer na televisão, que no Youtube, pois afinal, falamos de três rapazes com amor pelos automóveis, passeando carros exóticos (ou não) mas sobretudo, passando um bom bocado.          

Formula E: Misano no lugar de Roma


A FIA anunciou esta quarta-feira que o circuito de Misano correrá no lugar de Roma na jornada dupla que está prevista para os dias 13 e 14 de abril de 2024. A pista, usada pela MotoGP, será a terceira estreia, a par das pistas citadinas de Tóquio e Xangai. É a primeira vez que a Fórmula E terá 17 corridas, o calendário mais longo de uma competição que se estreou há quase 10 anos.

O calendário tinha sido apresentado em julho, mas tinha algumas datas por preencher, entre elas a pista citadina de Hyderabad, do qual existiam algumas dúvidas quanto à sua realização por causa dos organizadores, do qual aconteceu uma mudança. Os pilotos também discutiram a continuidade do traçado de Roma, especialmente depois da carambola da corrida do ano passado. Agora, a competição passa para uma pista permanente, acompanhando Portland, nos Estados Unidos, e a Cidade do México, onde o Autódromo Hermanos Rodriguez é usado de forma parcial. 

Inaugurada em 1972, e renomeada Marco Simoncelli em 2012, o circuito tem agora 4226 metros, com 16 curvas. Recebe normalmente o MotoGP para a corrida de San Marino, e é a segunda corrida da competição em solo italiano, depois de Mugello. 

O campeonato da Formula E arranca na Cidade do México no sábado, 13 de janeiro de 2024, com rondas duplas em Ad Diriyah, Misano e nas quatro rondas finais: Berlim, Xangai, Portland e Londres.

WEC: Alpine anunciou os seus pilotos para 2024


A Alpine apresentou esta quarta-feira os seus pilotos para a temporada de 2024, no seu regresso, depois de um ano de ausência para projetar o seu Hypercar. A grande novidade, para alem de ter muitos franceses, é a chegada de Mick Schumacher para um dos carros, mais de 30 anos depois do seu pai ter corrido pela Mercedes no Mundial de Sport-Protótipos.

A equipa francesa, que também está na Formula 1, anunciou, para além dos franceses Nicolas Lapierre, Matthieu Vaxiviere e Charles Milesi, que estavam já no projeto e estão a ajudar nos testes do novo protótipo, a chegada de outro francês, Pierre-Loup Chatin, o austríaco Ferdinand Habsburg e o alemão Mick Schumacher.  

Philippe Sinault, chefe da equipa, refere sobre os novos pilotos:

A primeira coisa que vem à mente é a palavra 'orgulho'. Acho que fizemos as escolhas certas e tenho confiança nesta equipa, que é ideal para fazermos a estreia da Alpine na classe Hypercar. Há uma complementaridade interessante entre os pilotos fiéis e conhecidos da equipa, que são unificadores, e as caras novas que nos têm conseguido surpreender nos últimos anos. Além disso, como equipa francesa, estamos particularmente entusiasmados por ter quatro pilotos franceses na equipa. Estamos a menos de 100 dias da primeira corrida da temporada de 2024, os testes estão quase a chegar ao fim e a equipa está completa: mal podemos esperar para ver nossos lindos A424 pilotados por esses pilotos.”, comentou.


Mick Schumacher, um dos novos pilotos, não esconde a sua ansiedade por correr na nova equipa:

Um novo desafio espera-me com a Alpine na categoria Hypercar do campeonato FIA WEC. O carro é impressionante e mal posso esperar para começar esta competição. Cresci e evoluí com monolugares, conduzir um carro com cockpit fechado e rodas cobertas é uma excelente oportunidade para aperfeiçoar as minhas capacidades de condução. As corridas de resistência são um novo desafio para mim e tenho certeza que viveremos grandes emoções juntos no próximo ano com a Alpine.", comentou.

Quanto ao carro, o A424, que neste momento está a passar por uma bateria de testes em Jerez, antes de rumarem e Portimão, será apresentado ao mundo com as cores de corrida a 7 de fevereiro de 2024.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Youtube Formula 1 Vídeo: As comunicações de Las Vegas

Apesar dos receios iniciais, por causa de coisas como as tampas de esgoto mal coladas, a corrida de Las Vegas foi bem movimentada e teve emoção até quase à última curva, quando Charles Leclerc fez uma ultrapassagem a Sérgio Pérez para evitar uma dobradinha da Red Bull. 

Assim sendo, e pela penúltima vez nesta temporada, eis a coleção de radio onboards ao longo do fim de semana na Cidade do Jogo.  

Endurance: Toyota anuncia as suas triplas para 2024


A Toyota anunciou nesta segunda-feira os seus pilotos para a temporada de 2024 da Endurance. E a grande novidade é a entrada de Nyck de Vries no lugar do argentino José Maria "Pechito" Lopez. O piloto neerlandês fará equipa com Mike Conway e Kamui Kobayashi a bordo do Toyota GR010 Hybrid nº 7, enquanto o carro nº 8 será pilotado pela tripla Brendon Hartley (Nova Zelândia), Sebastien Buemi (Suiça) e Ryo Hirakawa (Japão).

De Vries irá conciliar os seus compromissos no WEC com um programa no mundial de Fórmula E com a Mahindra Racing, o que significa que será substituído por alguém quando ambas as competições coincidirem em 2024.

"Pechito" Lopez permanecerá alinhado com a Toyota, mas correrá pela Team Lexus LMGT3 para o próximo ano nos Super GT japoneses, com a chance de correr no Mundial. A tripla do carro numero 8 mantêm-se inalterada em relação a 2023, numa equipa campeã do mundo, mas que em 2024 enfrentará a crescente concorrência na classe Hypercar de gente como Lamborghini e Alpine, para além de Ferrari, Porsche e Caddilac, entre outros.

O mundial de Endurance de 2024 começa em março, com os 1812 milhas do Qatar, em Loasil.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

As reclamações dos pilotos sobre Las Vegas


A corrida de Las Vegas apareceu e desapareceu, e apesar dos receios no inicio do final de semana, ela acabou com expectativas altas, melhor que o inicialmente esperado. A critica foi unânime nos elogios da corrida, e também no excesso de "lantejoulas". E os pilotos afirmam que, para ficar no calendário, querem algumas alterações, como os horários e até data do evento.

Charles Leclerc, por exemplo, achou que o horário do treino livre é demasiado tardio. “O que gostaria de ver mudado? Penso que o facto de estarmos a pilotar tão tarde. Percebo a razão, com o público na Europa. Não sei se é esse o objetivo ou porque é que corremos tão tarde, mas senti que estava um pouco no limite. E também no que diz respeito às temperaturas, foi muito, muito complicado; por isso, é definitivamente uma coisa que eu gostaria de mudar para o próximo ano. Por outro lado, como já disse, desde o início do fim de semana que gostei muito. Portanto, não há muito mais a mudar para além do horário”, afirmou o piloto da Ferrari, no final da corrida.

Outros pilotos falam que a aderência do asfalto é algo que deve ser corrigido. Gente como Fernando Alonso e Daniel Ricciardo dão como exemplo a pista da Jeddah, na Arábia Saudita, que tem uma aderência do qual eles gostam muito, e é também uma pista citadina. 

Acho que a superfície é uma coisa que nós, pilotos, não gostamos muito”, disse o piloto da Alpha Tauri. “É difícil, obviamente, é uma pista de rua, são estradas públicas. Eles têm máquinas que poderiam usar para tornar o asfalto um pouco mais abrasivo. Na nossa lista de desejos, gostaríamos de ter um nível de aderência um pouco mais próximo da Arábia Saudita, porque isso é ótimo para um circuito de rua.

Max Verstappen, que andou todo o fim de semana a criticar a corrida da capital do jogo, já estava mais brando, afirmando que o melhor seria mudar os horários, indo na mesma ideia de Leclerc, no final da corrida. E Sérgio Pérez até pediu que trocassem Abu Dhabi por Vegas, como local da última corrida do ano. 

"Mas acho que a outra coisa, que poderia ser revista para o próximo ano, talvez não seja possível, mas seria arranjar melhor forma de viajar para Abu Dhabi, porque neste momento é uma mudança tão grande que, especialmente no final da época, quando toda a gente já está um pouco cansada, acho que é um pouco demais. Por isso, talvez fosse ideal encontrar uma data diferente. Penso que as mudanças de fuso horário de 12 horas e os horários completamente diferentes para as corridas também são… Acho isso um pouco exagerado”, afirmou o neerlandês.

Para mim, penso que foi uma excelente primeira prova, mas mudaria, como diz o Max, a… só de pensar que temos de ir agora para Abu Dhabi, provavelmente a maior distância que temos de percorrer durante todo o ano. Por isso, sim, provavelmente, fazer de Las Vegas a última corrida”, acrescentou o mexicano.

A temporada de Formula 1 encerra no próximo domingo em Abu Dhabi. 

Youtube Formula 1 Vídeo: Piastri fala sobre os filmes de automobilismo

De quando em quando, lá aparece um piloto a falar sobre os filmes que Hollywood andou a fazer sobre automobilismo nos último meio século. E Oscar Piastri, que se estreou este ano na Formula 1, pela McLaren, não é excepção. A convite da revista GQ, o piloto australiano deu a sua opinião sobre alguns dos filmes mais icónicos, desde "Grand Prix" a "Cars", passando por "Le Mans" e "Rush", entre outros. 

Até comentou sobre "Gran Turismo"!   

WRC: Rovanpera fará 2024 a tempo parcial


Kalle Rovanpera anunciou esta segunda-feira que fará a temporada de 2024 a tempo parcial, dividindo o carro com Sebastien Ogier. No vídeo oficial, o piloto finlandês, navegado por Jonne Halttunen, afirmou que já guia há 15 anos, e pretende tirar um tempo para recuperar de forma física e mental. Como curiosidade, Ogier, campeão do mundo por oito vezes, fará 40 anos no próximo dia 17 de dezembro.

Isso quer dizer que Katsuta Takamoto e Elfyn Evans serão pilotos a tempo inteiro da Toyota na próxima temporada. Rovanpera afirma que regressará a tempo inteiro em 2025. 

"Apesar das ultimas temporadas terem sido incríveis, foram também muito exigentes física e mentalmente. Por isso sinto que é um bom momento para parar um ano para recarregar baterias e voltar depois para lutar pelo título numa temporada completa.", disse o piloto, num vídeo divulgado pela Toyota.


A noticia da temporada parcial do piloto finlandês, agora bicampeão do mundo, já era falada há semanas. As razões eram algumas, desde o cumprimento do serviço militar, que é obrigatório na Finlândia, até uma espécie de “vazio existencial”, cumprido que está o seu objetivo de ser campeão do mundo, eram especulados. E quando Timo Johuki, o seu empresário, ter confirmado que estava a negociar o contrato dele com a Toyota para 2024, os rumores só aumentaram.

Isto quererá afirmar que o campeonato de 2024 estará bem aberto, pois bons pilotos não faltam. Gente como Thierry Neuville e Ott Tanak, na Hyundai, e Evans, na Toyota, serão os favoritos para um campeonato que será bem equilibrado. 

domingo, 19 de novembro de 2023

Rumor do Dia: Meeke de regresso ao WRC?


O britânico Kris Meeke poderá estar de regresso a uma equipa de fábrica, num programa parcial. O rumor é dito pelo site rallyfish.com e fala que o piloto de 44 anos poderá regressar a um mundo que não está desde 2019, quando saiu da Toyota. Apesar de não ter feito muitas outras corridas desde que saiu do WRC, aparentemente a sua temporada em Portugal, onde correu pela equipa oficial da Hyundai em substituição de Craig Breen, morto tragicamente em abril, durante uma sessão de testes para o rali da Croácia, fez reavivar a sua carreira, e aparentemente, despertar o interesse das equipas de fábrica.

Meeke está agora na Escócia, a participar no Roger Albert Clarke Rally, o seu nono rali de 2023, e no dia em que acaba o Mundial de ralis, fala-se que uma das equipas do paddock procura um piloto experiente. E o britânico poderá ser uma das hipóieses.

Nascido a 2 de julho de 1979, participa em provas do WRC desde 2002, num Ford Puma 1600, e teve passagens em equipas oficiais da Mini, Citroen (2013-18) e Toyota, em 2019. Conseguiu cinco vitórias, o primeiro dos quais na Argentina, em 2015. E foi nesse ano que teve a sua melhor classificação, com um quinto lugar na geral. A sua vitória no rali do México de 2017 foi épica, quando teve de atravessar um parque de estacionamento na Special Stage, assustando toda a gente.  

WRC 2023 - Rali do Japão (Final)


Elfyn Evans foi o grande vencedor no final do último rali da temporada, o do Japão. Num monopólio da parte da Toyota, o piloto galês foi o melhor, na frente de Sebastien Ogier e de Kalle Rovanpera. Foi o final perfeito para a marca japonesa, numa temporada de domínio, especialmente quanto também ganhou na Finlândia, a sede da Gazoo Racing. O galês conseguiu uma vantagem de 1.17,7 sobre o francês e 1.46,5 sobre o finlandês, e os três conseguiram uma larga distância sobre Esapekka Lappi, quarto a 2.50,3. 

"É uma sensação muito boa depois do [que me aconteceu no] ano passado [foi quinto]. Não foi fácil devido às condições, foi um fim de semana prolongado. Graças à equipa, este 1-2-3 em casa é um resultado incrível.", afirmou o piloto galês.

Com um domingo mais longo que o habitual - seis especiais, Power Stage incluindo - o dia tinha passagens duplas por Asahi Kougen, Ena City e Nenoue Kougen, lugar da Power Stage, o dia começava com a continuação da recuperação de Katsuta Takamoto, mas logo na primeira especial do dia, foi Thierry Neuville o melhor, com Takamoto em segundo, a 2,1, e Esapekka Lappi, a 4,1. O belga voltou a ganhar na especial seguinte, 6,1 segundos na frente de Takamoto e 10,6 sobre Evans. No final da manhã, Takamoto conseguiu levar a melhor, 5,3 sobre Neuville e 9,7 sobre Lappi. Isso foi o suficiente para que apanhasse e ultrapassasse Ott Tanak.


A tarde começou com Neuville a voltar a ganhar na segunda passagem por Ena City, três segundos sobe Lappi e 11 sobre Tanak, com Takamoto em quarto, a 13,4. Gregoire Munster, que era oitavo no seu Ford Puma Rally2, acabou aqui o seu rali por causa de uma saída de pista. 

Takamoto ganhou na segunda passagem por Nenoue Kougen, com 4,6 segundos de vantagem sobre Neuwille e cinco segundos sobre Tanak, antes da Power Stage. Ali, o belga foi o melhor, 2,4 segundos na frente de Tanak, 6,8 sobre Lappi e sete segundos exatos sobre Takamoto. 

"Todos podemos estar felizes por alcançar este resultado. Também estou muito feliz por Taka [Katsuta Takamoto], ele fez um rali incrível.", disse Kalle Rovanpera. 

Depois dos quatro primeiros, Takamoto era quinto, a 3.10,3, no final de uma corrida de recuperação, na frente de Tanak, sexto, a 3.28,3. Andreas Mikkelsen foi o sétimo, e o melhor dos Rally2, a 7.33,7, na frente de Nikolay Gryazin, que ficou a 8.49,6. E a fechar o "top ten" ficou o polaco Kajetan Kajetanowicz, no seu Skoda Fabia Rally2, a 19.25,9 e o local Hiroki Arai, a 22.22,7.


E assim acaba o Mundial de 2023. A próxima temporada começa dentro de mês e meio, nas estradas geladas dos Alpes franceses: o Rali de Monte Carlo. 

Formula 1 2023 - Ronda 21, Las Vegas (Corrida)


"Viva Las Vegas!" A corrida que a Liberty Media queria e que muitos torciam o nariz, está aqui, depois de 41 anos de ausência, está de volta ao calendário, e com muitos a temerem o pior, depois das agitações de sexta-feira e o ceticismo dos pilotos em relação aos excessos que a Cidade do Pecado gosta de dar e que pudessem contaminar a Formula 1. Verdade que a corrida acontecia numa altura em que tudo estava decidido, mas a qualificação tinha corrido bem e existia a esperança de que as coisas poderiam não ser o "doom and gloom" que muitos temiam. Ainda por cima...

Já agora, temperatura do asfalto à hora em que as luzes se apagam? 18ºC. Muito frio para esta corrida noturna. Muito provavelmente, das mais frias de sempre. Mas claro, todos estavam ansiosos pela partida - desde as celebridades até aqueles que venderam um rim para ver a corrida das bancadas - ver no que isto iria dar. 


Na partida, Charles Leclerc tentou aguentar Max Verstappen, mas o neerlandês foi mais rápido e ambos saíram da pista logo na primeira curva, com mais algumas confusões atrás, nomeadamente Carlos Sainz Jr, que também saiu, com um pião e perdeu tempo. Checo Pérez e Fernando Alonso tinham danos e acabaram nas boxes, com o piloto da Aston Martin acabou com um pião e batendo na asa do Red Bull do mexicano. Safety Car Virtual, com gente a andar mais lento, e claro, o monegasco reclamava que Max forçou a ultrapassagem. A corrida começava bem...

Na volta 3, Lando Norris saia de pista no final da curva 12 e o Safety Car entrava pela primeira vez na pista. Três voltas para recolher os danos e os pilotos a lutarem para ter grip, e no final da sétima volta, o Mercedes do Bernd Mylander recolheu e a corrida recomeçou, com Max na frente e Leclerc atrás, com os comissários a darem cinco segundos de penalização a Max por causa da primeira curva e ele não ter devolvido a posição ao piloto da Ferrari. Numa altura em que ele já tinha quase dois segundos de avanço para o monegasco...

A corrida acontecia rapidamente, com as trocas de posições graças à pura velocidade nas retas, mostrando que, afinal de contas, quem tinha médios e duros dava-se bem, apesar da baixa temperatura do asfalto. E entretanto, na volta 15, Leclerc não deixava escapar Max, porque esperava que ele perdesse muito tempo nas boxes. E a razão era uma: os pneus do neerlandês tinham ido ter com o Elvis e queixava-se na rádio. Mal foi passado, Max foi às boxes, o primeiro dos primeiros a ir lá, numa altura em que Lewis Hamilton tinha um furo e perdia tempo.


Leclerc ficava por mais algumas voltas, tentando dar espaço para aproveitar a ocasião para se distanciar. Quanto foi às boxes, na volta 21, regressou na terceira posição, atrás de "Checo" Pérez e de duros. Lá tinha de os apanhar para chegar na frente... entretanto, com menos de uma hora, já tinham chegado à metade da corrida.   

Contudo, na volta 26, Max tentava passar George Russell para ser quarto e a ultrapassagem foi suficientemente musculada para acabar com danos no carro do neerlandês e esses destroços ficaram na pista, suficientes para nova entrada do Safety Car e o pelotão nas boxes, para baralhar e voltar a dar. Max foi um dos que teve de ir às boxes para saber como é que o carro estava, e foi mandado embora com o diagnóstico de, apesar dos estragos, poderia continuar a correr.

E com isto, os pilotos tinham dificuldade de aquecer os pneus. Deverão pensar que seria bom que acabasse rápido este Safety Car. Mas antes de relargarem, Russell era avisado que tinha uma penalização de cinco segundos por não ter visto Max a tempo. 

A corrida recomeçou na volta 29, com Leclerc a tentar afastar-se de Pérez e Oscar Piastri, que tinha acabado de passar Pierre Gasly, que agora era ameaçado por Max. Os pilotos tentavam aquecer os pneus, com a noite fria, e com o passar das voltas, o neerlandês começava a apanhar os pilotos da frente, especialmente Leclerc. Que na volta 35, estava a ser ensanduichado pelos energéticos, depois do neerlandês ter passado o McLaren de Oscar Piastri.

Mas logo a seguir, na travagem para o final da Strip, o monegasco surpreendia Checo e voltava para a frente! O monegasco tentou afastar-se, mas Max foi buscá-lo e na volta 38, conseguiu chegar à frente. Os três primeiros estavam perto um do outro e a Red Bull acreditou numa dobradinha, com o mexicano a tentar apanhar o piloto da Ferari. E na volta 43, o monegasco falhou a travagem para ser passado por Pérez. Parecia que a corrida tinha acabado. Parecia...

Parecia que o final, tirando a paragem nas boxes de Oscar Piastri o atirar para fora dos pontos, até conseguir chegar ao décimo posto a três voltas do final, e das desistências de Nico Hulkenberg e Yuki Tsunoda, o resto não teria história. Mas quando todos avistavam Justin Bieber a agitar a bandeira de xadrez, e parecia que os Red Bull ficaram com os melhores lugares... Leclerc sacou dos seus conhecimentos e conseguiu uma ultrapassagem a Pérez e ficar com o segundo posto! Nada mau para um piloto da Ferrari. 


A festa estava garantida, e de uma certa forma, até não foi uma má corrida de todo, dadas as circunstâncias. É uma corrida rápida, e parece ser interessante no sentido de ser... quanto mais rápido passar, melhor. Querem ver que a Cidade do Pecado e esta pista veio para ficar e merecer este contrato de uma década? 

Assim sendo, "Elvis has left the building. Thank you very much."