sábado, 13 de agosto de 2022

Rumor do Dia: Miguel Oliveira pode estar a caminho da Aprilia?


A saga de Miguel Oliveira poderá ter um final dentro em breve. Segundo conta o diretor desportivo da Ducati, Paolo Ciabatti, explicou que a marca italiana quis contratar o piloto português da KTM para a sua equipa, através da Gresini, mas que a Aprilia acabou por aproveitar um impasse para se antecipar e garantir o piloto para a temporada de 2023.

Tivemos uma conversa com o Miguel Oliveira, mas também com o Raúl Fernández. A situação com o Oliveira parecia positiva, mas, em determinado momento, precisávamos da aprovação da Gresini, porque eles são uma equipa-cliente. Pagámos o salário do Bastianini este ano, porque era uma situação especial, ele tem contrato connosco. Mas, por princípio, queremos pagar apenas aos pilotos da Lenovo e da Pramac”, começou por dizer.

As equipas-cliente devem consultar-nos, mas fazem as próprias escolhas, porque não podemos suportar financeiramente oito pilotos. Isso levou-nos algum tempo a conseguir acordo com o Oliveira. Entretanto, a Aprilia chegou a acordo com a equipa RNF, do Razlan Razali. Fizeram uma boa oferta ao Oliveira e ele decidiu aceitar. É compreensível, naquele momento não estávamos em condições de lhe apresentar um acordo”, concluiu.

Evidentemente, nenhuma das partes confirma ou desmente a conversa de Ciabatti, mas o piloto português já disse que dentro em breve irá anunciar o seu futuro na MotoGP, que em 2023 começará a sua temporada em Portimão. 

Formula E: Evans foi o melhor na primeira corrida de Seoul


O neozelandês Mitch Evans foi o melhor na primeira corrida da Formula E em Seoul, marcada por um incidente na primeira volta, onde diversos carros foram atirados para o muro. Por causa disso, apenas 13 carros chegaram ao final, e o piloto da Jaguar levou a melhor, seguido por Oliver Rowland, da Mahindra, e Lucas di Grassi, da Venturi. Stoffel Vandoorne foi quinto, enquanto António Félix da Costa foi outro dos sobreviventes, terminando a corrida no nono lugar. 

Com o britânico da Mahindra a largar da pole-position na capital coreana, e com o belga da Mercedes a controlar a concorrência para ver se comemorava esta tarde o seu título na competição, a prova começou com Evans a partir melhor que Rowland e ficar com o comando da corrida, enquanto atrás, por causa da chuva e das partes molhadas que havia na pista, o caos instalava-se, com quase uma dezena de carros a ir contra o muro de proteção, causando a amostragem de bandeiras vermelhas, para se poder retirar os carros da posição perigosa em que estavam.  

Quando a pista ficou livre dos destroços, a prova reiniciou-se com Evans a controlar a corrida à medida que a pista secava. Afastando-se dos carros, apesar das passagens pelo Attack Mode, o piloto da Jaguar não se viu ameaçado pela concorrência, acabando por triunfar pela quarta vez na temporada, desempatando com Edoardo Mortara em termos de piloto com mais vitorias. 

No final de uma prova dificil, o neozelandês estava feliz:

Este era o plano [manter as chances do campeonato vivas]”, começou por admitir. “Temos trabalhado muito desde Londres para garantir que poderíamos alcançar esse resultado. Foi complicado hoje de manhã, não tínhamos o ritmo necessário. Mas a chuva apareceu no momento certo, eu consegui um lugar na frente e tive uma boa largada”, celebrou.

No campeonato, Vandoorne tem um avanço de 21 pontos sobre Evans - 195 contra 174 - e serão eles a disputar o título mundial amanhã de manhã na segunda corrida coreana, que começa amanhã pelas 7:50 da manhã, hora de Lisboa.

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

WRC: Kankkunen regressa em Ypres em Toyota


Juha Kankkunen, de 63 anos, fará o seu regresso ao WRC no rali de Ypres, na Bélgica, a bordo de um Toyota. O pequeno detalhe nesse regresso será que o piloto, campeão do mundo em 1986, 1987, 1991 e 1993, e que correu pela última ocasião no rali da Finlândia de 2010, ele correrá num Toyota GR Yaris H2 a hidrogénio, numa estreia de um conceito experimental que utiliza hidrogénio para alimentar o motor de combustão.

Também será interessante ver o GR Yaris H2 em ação”, começou por dizer Jari-Matti Latvala, diretor desportivo da marca. “Foi emocionante para mim competir nas 24 Horas de Fuji juntamente com Akio [Toyoda, presidente do clube] e agora temos a oportunidade de demonstrar a mesma tecnologia nos troços de rali. Adoraria ter sido eu a conduzir o carro, mas vou estar concentrado no rali, estou ansioso ver o que Juha Kankkunen faz com um carro movido a hidrogénio”, concluiu.

O carro da marca nipónica será classificado como carro de testes e vai começar as classificativas antes do restante pelotão do WRC. 

O rali de Ypres acontecerá no próximo final de semana. 

Formula E: Lucas di Grassi anunciado na Mahindra


A Mahindra anunciou esta sexta-feira, em Seoul, que o brasileiro Lucas di Grassi será seu piloto na temporada de 2023 da Formula E. o piloto de 37 anos, um dos "originais" da competição - corre desde a corrida inicial, em 2014 - terá como parceiro o britânico Oliver Rowland, que já defende as cores da equipa, num acordo por várias temporadas e correrá no carro da Gen3. 

A nossa meta é levar a Mahindra Racing a se tornar campeã do FIA Fórmula E e a experiência e paixão do Lucas serão muito importantes em alcançar essa meta”, começou por dizer Dilbagh Gill, CEO da Mahindra Racing, na apresentação do ex-piloto da Audi Abt e da Venturi. “Não há dúvidas que Lucas é um dos maiores pilotos da história da Fórmula E – as estatísticas e troféus falam por si próprios. Mas para nós o seu apelo vai muito além disso. Nós somos a única equipa carbono zero desde a sua fundação, o que nos deu o título de The Greenest Team in Motorsport. E é fundamental para nossa existência que estejamos desenvolvendo avanços tecnológicos na mobilidade elétrica com paixão e conhecimento, tanto dentro quanto fora das pistas. Acreditamos que Lucas seja perfeito para esse objetivo”, continuou.

Ingressar na Mahindra representa um novo desafio na minha carreira e o momento não poderia ser melhor: com a introdução do Gen3 [terceira geração do carro da Fórmula E] no ano que vem todos estarão começando praticamente do zero nessa nova plataforma”, disse Di Grassi. “Nossa meta inicial é vencer corridas e a longo prazo é levar a Mahindra Racing a vencer o campeonato e se tornar uma referência em se tratando de competição automobilística com tecnologia elétrica”, concluiu o brasileiro.

O anúncio de Di Grassi acontece numa altura importante para o piloto brasileiro: recordista de diversos indicadores da categoria, como quantidade de pódios, melhores voltas e vitórias - 13 triunfos, 38 pódios e 12 voltas mais rápidas - ele deverá se tornar em Seul o primeiro piloto a completar 100 corridas na categoria elétrica, além de também poder chegar a seu milésimo ponto no Mundial, ampliando ainda mais outro recorde que já era seu. E claro, campeão na temporada de 2016-17, pela Audi Abt.

A Formula E conclui as suas atividades neste final de semana, em Seoul, com mais uma jornada dupla. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

A saga do Rali Vidreiro de 2022


De tanto falar durante muito tempo sobre coisas mais externas, é raro comentar sobre assuntos mais... locais. A prova mais importante da minha região é o Rali Vidreiro, que acontece entre a primeira e a segunda semana de outubro, organizado pelo Clube Automóvel da Marinha Grande (CAMG), e conta para o campeonato nacional de ralis, embora já tenha pertencido ao Europeu da categoria. Contudo, este ano, o grande problema teve a ver com o financiamento, e foi tão grave que se chegou a anunciar não o cancelamento, mas a sua mudança para outro lugar. 

Tudo começou a 29 de julho, quando inesperadamente, o CAMG emitiu um comunicado afirmando que iria sair do seu centro nevrálgico devido à falta de apoio nos moldes habituais por parte da autarquia da Marinha Grande, tendo o clube da cidade sido obrigado a encontrar em tempo record uma alternativa. Isso, a acontecer, seria a quebra de uma tradição com 40 anos, porque o rali - desde os tempos em que se chamava "Rota do Sol" - sempre saiu da Marinha Grande, para andar nas classificativas espalhadas pela região de Leiria, desde Figueiró dos Vinhos até a Pombal, entre outros lugares.

Uma fonte do Clube Automóvel da Marinha Grande revelou no final do mês passado ao site SportMotores.com que "a prova não está em risco, irá ser disputada dentro do que estava previsto só que noutro local, deixando de passar na zona do pinhal. Nos próximos dias a nova localização será divulgada."

Contudo, alguns dias depois, a CAMG anunciou que o rali ficaria na cidade que organiza desde então e tem sido o seu centro nevrálgico, aparentemente depois de terem aparecido apoios financeiros de entidades privadas. Curiosamente, ao contrário do que aconteceu no dia 29, não houve comunicado oficial a fazer este anúncio. 

As explicações apareceram mais tarde, na edição do dia 11 de agosto do Jornal de Leiria, através do responsável da comunicação da CAMG. 

"A prova vai ser organizada com os mínimos, os troços serão os mesmos par evitar custos de preparação, mas a segurança e o espetáculo estão garantidos", começou por dizer. 

Com um orçamento de 180 mil euros, o clube explicou que "apenas 100 mil foram elegíveis ao apoio municipal que deveria apoiar com 60 por cento, mas, por ter uma verba de 350 mil para bárias associações, atribuiu 40 por cento. O clube vive do rallye e do associativismo por isso não poderia colocar em causa a sua viabilidade económica por causa de um buraco de 20 mil euros para realizar a proba.", assegurou o mesmo responsável. 

Quanto à diferença de orçamento, acabou por ser coberta "por empresas do concelho que se uniram para ajudar".

Da parte do município, este explicou ao mesmo jornal que "vai conceder um apoio financeiro de 38.945,28 euros para a organização" da proba e "criou condições para potenciar o impacto do evento, com a Festa do Rallye, introduzindo a componente cultural, de animação e do apoio logístico, o que totaliza um apoio superior a 73 mil euros".

Contudo, o CAMG afirma que "a festa foi uma ideia que o clube teve no ano passado, mas foi assumia pela Câmara Municipal pelo que o apoio não é para o clube ou para as despesas da prova.

Aurélio Ferreira, presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, afirmou sobre o evento que é algo com história e prestígio para o concelho e a região. Começou por dizer que esta iniciativa "assume uma especial relevância para o concelho e a região pela história que representa um evento com mais de 50 anos, divulgando e dignificando a tradição e a indústria vidreira, na designação da prova."

"No Ano Internacional do Vidro, congratula-nos poder contar em este evento desportivo de projeção nacional e internacional", com o autarca a enaltecer ainda "a importância da atração de praticantes e apoiantes ao concelho, durante a realização das competições e a excelência conferida pela organização, largamente reconhecia", concluiu. 

Em suma, tudo acabou em bem de uma situação que poderia ter sido grave e colocado o rali em risco. Espera-se que esta situação seja corrigida nos tempos mais próximos, dada a importância que tem esta prova para o concelho e a região. 

Formula E: Felix da Costa quer acabar bem a temporada


Pela primeira vez, a Formula E termina em agosto e em paragens coreanas. Na pista citadina de Seoul, que passará parcialmente por dentro do estádio olímpico, a competição decidirá quem será o campeão deste ano: se será Stoffel Vandoorne, com 185 pontos, que já tem mão e meio na taça, contra os 149 de Mitch Evans, que tem ainda hipóteses matemáticas de título, como Edoardo Mortara, terceiro, com 144 pontos. António Felix da Costa, quinto com 116 pontos, já não chega lá, apesar de ter a motivação em alta, já que venceu já este ano a prova de Nova Iorque.

Em jeito de antevisão para o fim-de-semana que se avizinha, Félix da Costa mostra-se "empolgado de correr aqui em Seoul. Um circuito novo é sempre mais desafiante para todos os pilotos e eu pessoalmente gosto de desafios, portanto o objetivo passa por entrar ao ataque e ir à luta por pódios para fechar a época com um bom resultado. Não tenho nada a perder, infelizmente devido ao início menos bom que tivemos, não estamos na luta do título, mas por outro lado isso permite-me ter uma abordagem mais agressiva e decidida nestas duas corridas finais. O circuito parece muito interessante, com pontos de ultrapassagem, num cenário espetacular em torno do estádio olímpico.", disse, através da assessoria de imprensa.

Qunto classificado e já fora da luta pelo título, o piloto de Cascais ainda poderá subir na classificação geral, até em troca com o seu companheiro de equipa, Jean-Eric Vergne, mas sobretudo, poderá ajudar a DS Techeetah na luta pelo título mundial de Construtores, no qual está na luta com a Mercedes.

As corridas de Seul começarão pelas 7:45 da manhã, horário de Lisboa, e em Potugal, terão sempre transmissão em direto no Eurosport e Eleven 3.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

A imagem do dia


"Havia, digamos, um espaço na saída da curva que permitia usar mais estrada. Tinha planeado usar, mas na segunda passagem havia muitos sulcos e o carro deslizou até que parou repentinamente nesse sulco e começou a capotar. Foi uma enorme surpresa."

"No stop [um troço antes do Power Stage] vi óleo da direção assistida e um aviso de pressão de água, nessa altura uma pessoa pensa: 'é, há alguma coisa de errado mesmo.' Naquele momento não sabes se pode reparar."

"Foi uma coisa louca! No dia anterior não estava preparado para conduzir sem pára-brisas porque as condições eram mais duras. Imagina aquela pedra que nos bateu a vir contra a minha cara... Não estaria aqui para contar a história!"

"Foi arriscado, mas este troço estava em bom estado por isso assumi o risco. Na verdade, tínhamos teto antes do troço, mas saltou fora na primeira aceleração. Quando meti quinta [velocidade] havia um barulho horrível, e então o resto do teto voou levando todas as antenas e os rádios. Depois havia um fluxo de ar dentro do carro e o Jann [Fern, o navegador] teve de se calar porque o ruído era enorme."

Este é o relato na primeira pessoa de como Esapekka Lappi, o finlandês da Toyota, conseguiu superar um capotamento para no final conseguir um terceiro lugar no seu rali natal a bordo de um Toyota Yaris WRC, que é neste momento "a" máquina a bater no mundo do WRC, porque é nele de Kalle Rovanpera lidera o campeonato a seu bel-prazer, triunfando em cinco dos oito ralis já realizados em 2022. 

A visão de Lappi e do seu navegador é aquela que nos lembra o que são os ralis: duros, do qual um erro acabas na vala. Mas de gente que não desiste, que só larga se o carro não colaborar. E na Finlândia, uma das pátrias dos ralis, eles não queriam desistir para não desiludir não só os fãs, mas também os familiares que certamente torcem quer pelo piloto, quer pelo navegador.

E pelo meio, dão espetáculo. E umas fotografias invulgares. Ali, pelo menos, mostra determinação.

WRC: Loeb alinha na Acrópole


O veterano Sebastien Loeb irá alinhar no Rali da Acrópole, disputado em terras gregas, e será a sua quarta prova no ano, o volante de um Ford Puma Rally1. Ao contrário dos outros três ralis em que participou nesta temporada - Monte Carlo, Quénia e Portugal - na Acrópole, ele não terá a companhia de Sebastien Ogier, já que o carro estará nas mãos de Esapekka Lappi.

O piloto de 48 anos tem sido até agora o melhor classificado ao volante do Ford Puma Rally1, pois deu à equipa o seu único triunfo na temporada. No rali grego, a M-Sport, a estrutura comandada por Malcom Wilson e que prepara estes carros, levará seis exemplares para a prova, onde para além dos quatro oficiais - Loeb, Gus Greensmith, Adrien Formaux e Craig Breen, correrá ainda com os carros de Pierre-Louis Loubet e do local Jourdan Serderidis

O rali da Acrópole acontecerá entre os dias 8 e 11 de setembro.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

A saga de verão da McLaren


O mês de agosto - ou se preferirem, a "silly-season" - está a ser bem agitado em Woking. Especialmente com a história de Oscar Piastri, o piloto australiano que a Alpine anunciou a sua contratação, mas que ele disse logo a seguir que... não tinha nada a ver. Aparentemente, ele já assinou para a McLaren para ser piloto titular em 2023, apesar de ter gente como Colton Herta como uma possibilidade - ele fez um teste num Formula 1 em Portimão, por exemplo. 

E no meio disto tudo, parece que todos estão a dizer que Daniel Ricciardo já foi apontada a porta a saída no final da temporada. Ele que tem contrato até ao final de 2023. Contudo, nesta terça-feira, surgiu a notícia de que Ricciardo terá exigido 21 milhões de euros para terminar mais cedo o contrato com a McLaren. Acumulando isso com os custos que poderão custar para assegurar Oscar Piastri na equipa, o custo total poderá ser até 30 milhões de euros. Que alhada para Zak Brown!

Segundo conta o site recingnews365.com, esse valor serviria para contrabalançar caso o piloto assine por outra equipa. Se, por exemplo, assinasse um contrato com uma Alpine ou Haas F1 por 10 milhões de euros, teria de devolver esse valor para a McLaren, ficando com o resto.

Contudo, esse valor não passa de um mero número para começarem as negociações para a saída, os valores poderão baixar mais adiante, caso ambas as partes cheguem a acordo.

Entretanto, o contrato de Piastri com a Alpine poderá acabar em tribunal, porque na realidade, o piloto australiano assinou um contrato com a Academia de Pilotos da Alpine, no qual a equipa era obrigada a fazer algumas coisas, como por exemplo, cerca de 3500 quilómetros de testes. E como esse contrato foi registado no Conselho de Reconhecimento de Contrato [CRB, em inglês], toda e qualquer tentativa da Alpine de o processar poderá cair em saco roto, logo, poderá ter toda a legitimidade para seguir rumo à McLaren em 2023. 

Resta saber como titular ou não. 

Mas uma coisa é certa: será umas férias bem quentes em Woking e algumas dores de cabeça para Zak Brown resolver. Mas com a equipa ativa na Formula 1, IndyCar e a partir de 2023, Formula E, decerto haverá lugar para todos.     

Youtube Automobile Video: O segredo para baterias mais baratas?

Os carros elétricos aparecerão mais e mais, mas os materiais ainda são caros e a sua aviabilidade nem sempre existe. Hoje em dia, as baterias a lítio são reis, mas procuram-se novos, melhores e materiais mais baratos. Uma companhia britânica, de Sheffield, quer usar o sódio, um metal que é encontrado no sal, que é abundante e reciclável. 

E é sobre isso que o Fully Charged fez este vídeo. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

A imagem do dia



Poderia falar sobre o ridículo acidente entre Nelson Piquet e Eliseo Salazar, o único chileno na Formula 1 até agora, mas hoje concentrei-me em Patrick Tambay, porque hoje passa exatamente 40 anos sobre a seu primeiro triunfo na categoria máxima do automobilismo, e ainda por cima na Ferrari, a equipa que no dia anterior, tinha sofrido um rude golpe quando o seu piloto, a sua maior cartada para o título mundial, o seu compatriota Didier Pironi, sofreu um grave acidente que praticamente terminou com a sua careira.

Até chegar a aquele dia, Tambay penou. Andou nos dois lados do Atlântico, na Can-Am - bicampeão da categoria, em 1977 e 1980 - enquanto os resultados na McLaren e Ligier pouco ou nada deram de relevante. Para terem uma ideia, desde o primeiro ano na Theodore, em 1977, onde conseguiu cinco pontos, até 1982, mais nove. E a sua próxima oportunidade foi quando um dos seus melhores amigos no automobilismo morreu.

Herdou o mítico número 27 de Gilles Villeneuve e a partir do GP dos Paises Baixos, tentou ajudar Pironi nos construtores. O seu primeiro pódio apareceu em Brands Hatch, com um terceiro lugar, e tinha sete pontos no campeonato quando a catástrofe aconteceu. O campeonato de pilotos era agora uma ilusão - só se ele ganhasse todas as corridas até ao final da temporada - mas aquele triunfo deu uma ótima injeção de moral em Maranello, que passava por um inferno. 

Para Tambay, era o aproveitamento de um momento. Porque, de repente, de substituto para indispensável, foi um mero piscar de olhos. 

Formula E: Bird não pode ir a Seul, Nato é o substituto


O britânico Sam Bird não poerá ir a Seul devido a lesões numa mão, sofridas durante o fim de semana de Londres. O piloto da Jaguar irá ser operado para amenizar a fratura, logo, será substituído pelo francês Norman Nato, piloto de reserva da equipa.

"Estou devastado por não estar a conduzir nas duas últimas rondas da temporada em Seul, particularmente porque teria sido a minha 100ª corrida na Fórmula E", começou por dizer o piloto britânico. "Preciso de passar as próximas semanas a recuperar da operação na minha mão esquerda, por isso estou totalmente apto para testes e para a temporada 9" Tenho confiança no Norman, ele é um vencedor de corridas e estou certo de que trará grandes pontos para casa para a Jaguar TCS Racing", concluiu.

Apesar de ter triunfado em Berlim, em 2021, Nato não conseguiu um lugar a tempo inteiro na Formula E, ficando com o de reserva. Este ano é piloto da WRT no Mundial de Endurance, enquanto cuida do carro da H24 no Le Mans Cup de LMP3.

domingo, 7 de agosto de 2022

A imagem do dia


Durante anos, confesso, andei à procura dessa imagem, desde que vi há muitos anos num "L'Automobile" de um amigo do meu pai, que adorava tanto Formula 1 como eu. As imagens do carro de Didier Pironi totalmente destroçado, do Nelson Piquet ao pé do Ferrari acidentado e a reagir ao cenário de destruição, essas, existem e deram a volta. Mas o carro de onde bateu, o Renault de Alain Prost... quase não existem imagens. Mas sabia que existia.

E segundo contam, foi por causa disso que o francês ficou com anticorpos em relação às corridas com chuva. Toda a gente sabe que ele nunca foi um grande piloto neste estilo de asfalto, mas não creio que tenha acontecido por causa do acidente que fechou a carreira do francês da Ferrari, que a quatro corridas do final daquele campeonato, e com a pole-position nessa corrida, parecia ter tudo para ser o primeiro francês campeão do mundo. 

Pensava-se o pior no caso de Pironi. Poderia perder o pé direito - o osso tinha explodido e só se segurava pelos tendões - e depois de cinco horas de operação, o pé foi salvo. Nos quatro anos seguintes, Pironi foi operado até 33 vezes para recuperar aquela parte do pé, e ficou bom o suficiente para poder entrar dentro de carros da AGS e da Ligier, mas apesar de tempos razoáveis, foi avisado que caso regressasse à Formula 1, teria de devolver o dinheiro dos seguros, que foram usados para as tais operações para ter o pé e tornozelo em forma. Foi daí que se virou para os barcos de alta velocidade e o projeto do "Colibri", que resultou no seu acidente mortal, cinco anos depois.  

WRC 2022 - Rali da Finlândia (Final)


Surpreendentemente, Ott Tanak aguentou os ataques de Kalle Roanpera e triunfou no Rali da Finlândia... se calhar, como paga pelo facto do finlandês ter sido o vencedor no seu rali natal, a Estónia. O piloto de Hyundai acabou a prova com uma vantagem de 6,8 segundos, depois de uma imensa batalha com o piloto da Toyota. E ambos acabaram com mais de um minuto e 20 segundos na frente de Esapekka Lappi, o terceiro classificado, demonstrando que o duelo a dois foi algo do qual a concorrência não conseguiu acompanhar. 

"O pessoal da Toyota me deu alguma esperança na sexta-feira, no começo [deste rali] e desde então vimos nossa chance. Estávamos pressionando a partir daí, mas tudo o que quero dizer nestes tempos difíceis é que dedico [esta vitória] à minha esposa, que me apoiou muito e estou muito orgulhoso de estar aqui - eu a amo muito", disse Tanak, na meta.

Já Kalle Rovanpera, apesar de ter sido vencido, saia da sua terra natal com algum contentamento, por ter consolidado a liderança.

"Claro que foi um bom fim de semana. Eu gostaria de vencer em casa, é claro, mas quando você olha para a situação, acho que ficamos muito bem depois de abrir a estrada na sexta-feira. Lutamos e ainda ficamos muito próximos. Acho que podemos orgulhar do que fizemos.", disse o finlandês, no final.

Com quatro especiais por realizar neste domingo - passagens duplas por Oittila e Ruuhimäki - o dia começou com Tanak a ser melhor que Rovanpera nas suas primeiras especiais, o primeiro com uma diferença de 1,9 segundos sobre Rovanpera, o segundo, com ambos a igualarem-se, deiando Thierry Neuville, o terceiro, a 3,2 segundos. 

Rovanpera reagiu na penultima especial, a segunda passagem por Oitilla, 0,3 segundos na frente de Tanak e dois segundos sobre Neuville. E tudo se resumia ao que iria acontecer na Power Stage, a segunda passagem por Ruuhimaki. 


Ali, Rovanpera conseguiu ser o melhor, conseguindo um avanço de 3,1 segundos sobre Elfyn Evans. Mas Tanak, apesar de ter sido apenas quarto, foi 3,2 segundos mais lento que o finlandês, suficiente para manter o primeiro lugar e claro, alcançando a sua segunda vitória no campeonato. A power Stage ficou marcado pela avaria de Pierre-Louis Loubet, que viu escapar um oitavo posto mais que certo.

Depois dos três primeiros, Elfyn Eans era o quarto, a 1.37,6, na frente de Thierry Neuville, bem longe, a 2.18,0, no seu Hyundai. Katsuta Takamoto era o sexto, a 3.09,0, noutro Toyota, com Gus Greensmith o melhor dos Ford, sétimo a 3.57.0. Teemu Suninen foi oitavo e o melhor dos WRC2, no seu Hyundai I20 Rally2, a 9.31,3, e a fechar o "top ten" ficaram o Skoda de Emil Lindholm, a 9.39,0, e o Ford de Jari Huttunen, a 10.31,6.

O WRC prossegue dentro de duas semanas, com o Rally Ypres, na Bélgica.