sábado, 30 de maio de 2015

Youtube Motorsport Crash: O acidente de James Davidson em Detroit


A corrida da USSC Tudor Championship em Detroit acabou mal para o Aston Martin 007, esta tarde, quando nos metros finais, após o final da corrida devido à chuva, ele perdeu o controlo e bateu no camião de socorro da organização, que estava a socorrer outro carro. Houve ainda mais um Porsche envolvido, mas o carro guiado por James Davidson foi o que sofreu mais os estragos.

Aparentemente, o piloto nada sofreu, mas aquele acidente faz lembrar as circunstâncias do que aconteceu com Jules Bianchi em Suzuka.

A foto do dia (II)


Já se sabia desde ontem, mas ainda se vai a tempo de mostrar a nova decoração que o carro numero 21 vai ter em La Sarthe. E é uma homenagem ao carro de 1990, que conseguiu a pole-position, numa das voltas mais rápidas de sempre em Le Mans, e uma aventura arriscada de Mark Blundell para conseguir o melhor tempo, num frágil carro com motor Turbo.

Veremos no que isto vai dar. Mas é sempre bom ver uma equipa a recordar o seu passado.

A foto do dia

O foto de familia dos carros que vão alinhar nas 24 Horas de Le Mans deste ano, com as quatro equipas de fábrica a alinhar na primeira fila.

Esta foto é cortesia do "aniversariante" João Carlos Costa. Acredito que ele esteja mais feliz que pinto no lixo! 

Youtube Racing Crash: o acidente de Lance Stroll em Monza

A segunda corrida da Formula 3 Euroseries em Monza acabou mais cedo esta tarde quando o italiano Antonio Giovanazzi, atual lider do campeonato, e o canadiano Lance Stroll tocaram-se na Curva Grande, acabando o canadiano a bater nas redes de proteção, capotando-o. O acidente foi espectacular, todos saíram ilesos, mas as coisas acabaram com bandeira vermelha. 

Noticia: ACO autoriza Kazuki Nakajima a correr em Le Mans

A ACO e a FIA autorizaram este sábado a presença de Kazuki Nakajima num dos seus carros da Toyota para as próximas 24 Horas de Le Mans, que vão acontecer dentro de duas semanas. O filho de Satoru Nakajima acidentou-se no inicio do mês, durante o fim de semana das Seis Horas de Spa-Francochamps, onde fraturou uma vértebra na coluna cervical e conseguiu recuperar em tempo recorde para alinhar ao lado do suiço Sebastien Buemi e do britânico Anthony Davidson.

"Quero agradecer muito ao staff médico que me ajudou a recuperar tão depressa, não só em Verviers mas também em Nice, e também agradecer ao médico da nossa equipa, o Dr. Bruno Franceschini, e ao fisioterapeuta Beppe Sebastiani. Todos fizeram muito e estou muito agradecido. A minha paixão por Le Mans ajudou e desde o momento do acidente que só pensei em estar presente em Le Mans”, agradeceu Nakajima.

Recorde-se que a Toyota chamou Kamui Kobayashi para o seu lugar em Le Mans, para servir como piloto-reserva, que poderia ser usado caso Nakajima não ficasse em forma para participar na clássica de La Sarthe.  

Youtube NASCAR Crash: Uma piloto zangada


Jennifer Jo Cobb é uma das mulheres que andam no universo da NASCAR, mais concretamente na Craftsman Truck Series, e este fim de semana, na oval de Dover, foi protagonista pelas piores razões. Recebendo um toque por trás do carro de Tyler Reddick (que acabaria por vencer a corrida), Cobb saiu do carro e foi para o meio da pista e acenar para o carro dele, afirmando que iria pedir satisfações.

Contudo, depois do acidente mortal de Kevin Ward Jr, no ano passado, a NASCAR baniu esse tipo de comportamento por óbvias razões de segurança, e Cobb parece que excedeu essa linha. E agora, por causa disso, pode correr o risco de ser penalizada pela organização. 

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Uma equipa totalmente feminina em 2016

As 500 Milhas de Indianápolis de 2015 já acabaram, mas há quem planeie de antemão para 2016, pois vai ser a altura da centésima edição da corrida no "Brickyard". E entre os que se propõem para a prova, eis a Grace Autosport. Uma equipa totalmente feminina, com diretora, engenheiras e piloto femininas.

A iniciativa é de uma engenheira veterana, Beth Paretta, e terá como piloto a britânica Katherine Legge, e a ideia é a de educar, para além das ambições de ser tão boa como a Penske e a Chip Ganassi. "Vai ser mais do que apenas dirigir uma equipa na corrida, vai ser realmente um plano de longo prazo para conseguir com que mais mulheres fiquem envolvidas nas corridas e, finalmente, envolvidas e interessadas em uma carreira na área CTEM: ciência, tecnologia, engenharia e matemática", afirmou Paretta na apresentação da equipa na passada sexta-feira em Indianápolis.

A experiência de Paretta é grande: em 2012, ajudou a Penske a conseguir o título na Sprint Cup da NASCAR, e dois anos depois, esteve na United SportsCar Championship ao volante da equipa SRT, onde alcançou o título na classe GT.

"Do ponto de vista do negócio, isso é algo que nunca foi feito antes", disse Paretta. "E isso é emocionante. De muitas maneiras, isto vai ser um impulso para a IndyCar como série, um aviso para toda a paisagem automobilistica dos Estados Unidos. Mas, na verdade, isto nunca foi feito em nenhum lugar do mundo. Nós escolhemos a IndyCar a e Indianapolis 500 porque é o maior palco do mundo. Esta é a maior corrida e ele vai ser seguida pela maioria dos telespectadores. Por essa razão, há um monte de empresas que estão procurando fazer parceria com uma equipe que vai trazer mais do que apenas competição", continuou.

"Isto é uma mensagem. Esta é uma iniciativa educativa. Há um monte de empresas que têm uma iniciativa CTEM, e em parceria com uma equipe como a nossa, porque somos mais do que uma equipa, isto é realmente uma iniciativa educacional, e isso é realmente um bom alinhamento porque um monte de empresas estão olhando para alinhar num programa como este", concluiu.

Para Legge, a oportunidade de trabalhar com Paretta e construir uma base maior de participação feminina no automobilismo era um assunto de particular interesse.

"É provavelmente uma das coisas mais emocionantes no qual já estive envolvido," começou por dizer ela. "Estou muito orgulhoso de fazer parte disso. Eu acho que para mim é um projeto de longo prazo. Vai ser, ele vai crescer e vai-se tornar em algo enorme. É algo que eu estou muito apaixonado desde há algum tempo", continuou a piloto britânica de 34 anos.

"Obviamente, competência tem sido a minha vida por mais anos do que eu gostaria de dizer a todos. Realmente, esta é a minha outra paixão e pode até inspirar cinco ou dez jovens mulheres para entrar em assuntos relacionados com o CTEM e podemos marcar pontos no sentido de 'se ela está nisso, então é uma coisa boa.", concluiu.

Veremos no que isto vai dar. Mas é um excelente projeto, e parece que os Estados Unidos estão a marcar uma posição neste campo. Agora resta saber se aparecerão em 2016 para ver o que elas poderão fazer contra um mundo maioritariamente dominado pelos homens.

A(s) foto(s) do dia

Kimi Raikkonen, na última volta do GP da Europa de 2005. Faz agora dez anos que esta imagem aconteceu no circuito de Nurburgring, quando a suspensão frete-direita do seu McLaren não aguentou mais o esforço a que estava sujeito desde meados da corrida, por causa das constantes travagens.

Em 2005, as regras da FIA faziam com que os pilotos andassem com o mesmo jogo de pneus do principio até ao fim, e só poderiam trocar de pneus caso a situação fosse de emergência. A ideia era haver resistência a aumentar a incerteza no resultado, mas colocava os pilotos em perigo por causa de uma exposição excessiva.

Os problemas de Raikkonen começaram no terço final da corrida, mas a McLaren decidiu arriscar, julgando que tudo iria aguentar até à meta, e a diferença para o segundo classificado, então na posse do Renault de Fernando Alonso, começava a diminuir. Era legitimo apostar nos dez pontos do que levar para casa oito, pensando que afinal, as coisas estariam mais seguras do que pensavam e pecassem por excesso. Decidiram pecar por falta, e falharam por pouco menos de uma volta de algo que poderia ter sido a sua terceira vitória consecutiva.

As apostas são assim: por vezes resultam, outras vezes não. Quem lucrou foi Fernando Alonso, que conseguiu dez pontos e foi, imparável, rumo ao seu título mundial.

GP Memória - Europa 2005

Uma semana após o GP do Mónaco, máquinas e pilotos deslocavam-se ao circuito de Nurburgring, na Alemanha, para aquele que iria ser o palco do GP da Europa. Havia novidades na grelha, com o regresso dos BAR-Honda, cumpridos que estavam os dois Grandes Prémios de suspensão que tinham recebido graças à ilegalidade dos carros de Jenson Button e Takuma Sato após a corrida de Imola.

Entretanto, a Red Bull decidiu que a partir do GP do Canadá, o austriaco Christian Klien iria voltar ao carro, fazendo com que este fosse a última corrida de Vitantonio Liuzzi ao volante dos energéticos. 

Também o sistema de qualificação foi modificado. Os pilotos queixavam-se do sistema adotado no inicio da temporada, onde os pilotos contariam os tempos das duas sessões num agregado. Assim sendo, agora, os pilotos dariam uma volta em ordem decrescente, com os BAR e os Minardi a serem os primeiros a entrar. 

Após essa sessão de qualificação, o melhor acabou por ser um piloto da casa: o Williams-BMW de Nick Heidfeld, que conseguia aqui a sua primeira pole-position da sua carreira. Ao seu lado tinha o McLaren de Kimi Raikkonen, enquanto que na segunda fila estavam o segundo Williams de Mark Webber e o Toyota de Jarno Trulli. Quinto na grelha era o segundo McLaren-Mercedes de Juan Pablo Montoya, seguido pelo Renault de Fernando Alonso, enquanto que a quarta fila tinha o Ferrari de Rubens Barrichello e o segundo Toyota de Ralf Schumacher. A fechar o "top ten" estava o segundo Renault de Giancarlo Fisichella e o segundo Ferrari de Michael Schumacher.

Debaixo de tempo claro no dia da corrida, a largada foi abortada momentos antes de começar quando o Renault de Giancarlo Fisichella foi-se abaixo, fazendo com que os pilotos fizessem nova volta de aquecimento. Quando aconteceu a nova largada, Heidfeld e Webber partiram mal, fazendo com que Raikkonen ficasse com o comando da corrida, enquanto que Trulli e Montoya conseguissem passar Webber na primeira curva e serem terceiro e quarto, respectivamente. Mas logo a seguir, Webber travou muito tarde no sentido de ultrapassar Trulli, e ficou na trajetória de Montoya, com ambos a baterem. O australiano abandonou de imediato, com danos na suspensão, enquanto que o colombiano atrasava-se e passava no final da primeira volta no 13º posto.

A confusão na primeira curva tinha prejudicado o Toyota de Schumacher e o BAR de Sato, que tiveram de ir às boxes para substituir as suas asas dianteiras, danificadas devido a colisões. Em contraste, David Coulthard fez tudo bem com o seu Red Bull e acabava a primeira volta no quarto posto.

Poucas voltas depois, a organização decidiu penalizar Jarno Trulli com uma passagem pelas boxes por causa de um atraso dos seus mecânicos, caindo de terceiro para nono. Na volta 9, Barrichello e Heidfeld foram os primeiros a parar, mostrando que estavam leves em termos de gasolina, já que o resto do pelotão pararam apenas a partir da 18ª volta. Nessa altura, Barrichello "trepava" no pelotão e já era quarto classificado, com Montoya logo atrás. Feitas as paragens, Raikkonen era o lider, com um segundo de vantagem sobre Heidfeld e Alonso.

Na volta 30, porém, Raikkonen sofreu um despiste, que colocou Heidfeld na liderança, antes de este parar para o seu segundo reabastecimento. Alonso ganhou tempo, mas manteve o segundo posto, já que Heidfeld era agora terceiro, com Barrichello logo atrás. Com a passagem das voltas, a liderança de Raikkonen tinha chegado aos 15 segundos sobre Alonso, mas algumas travagens no limite estavam a desgastar os seus pneus, que não poderiam ser trocados devido aos regulamentos vigentes nesse ano.

Após a segunda paragem para reabastecimento, na volta 44, Raikkonen estava no comando e a gerir o avanço que tinha sobre Alonso. Mas as travagens bruscas tinham causado vibrações no seu carro, que afetavam a sua suspensão, demonstrando que os pneus começavam a ficar perigosamente degradados. Alonso tentava aproveitar essa situação e foi em busca de Raikkonen, tentando diminuir a diferença. As coisas estavam severas, mas a McLaren decidira arriscar, indo até ao fim, esperando que o carro aguentasse até lá.

À medida que se aproximava do fim, a angustia aumentava, e no inicio da ultima volta, a diferença tinha caido para 1,5 segundos e o finlandês abordava a travagem para a primeira curva quando a suspensão frente-direita cedeu, causando um despiste. Na trajetória para a escapatória, Raikkone quase bateu no BAR de Jenson Button, e acabou na gravilha, entregando o triunfo a Fernando Alonso, que vencia ali pela quarta vez nessa temporada. Hedifeld era o segundo e Barrichello o terceiro, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Red Bull de Coulthard, o Ferrari de Schumacher, o Renault de Fisichella, o McLaren de Montoya e o Toyota de Trulli.   

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A foto do dia

O motorhome da Nissan em Le Mans. O detalhe? Os desenhos foram feitos por um artista português, Ricardo Santos. Originalmente, eles foram para a Racer americana, mas o departamento de comunicação da marca adorou tanto que acabou por adotá-los no seu motorhome.

Sem darmos conta, é mais um português a brilhar em Le Mans este ano. E vamos a ver se os carros nipónicos irão andar bem, pois caso contrário, parece que isto arrisca a ser a unica coisa positiva desta edição.

E quando ao autor em si, caso ainda não conheçam, eis o seu site: http://www.ricardo-car-artwork.com/

Os perigos de Barcelona

Quem seguiu as últimas eleições municipais e autonómicas em Espanha, sabe que houve resultados que abalaram os alicerces do atual bipartidarismo no país de "Don Quijote de la Mancha", com o Partido Popular e o PSOE e perderem mais de trinta por cento dos votos conjuntos a favor de novas organizações e de candidaturas cidadãs, muitas delas apoiadas pelo partido Podemos, de Pablo Iglesias e que é nitidamente de esquerda. Nestas eleições municipais, decidiu apoiar candidaturas cidadãs, e o resultado foi a vitória em Barcelona e uma "quase" vitória em Madrid, perdendo para o Partido Popular por trinta mil votos.

Contudo, mesmo em Madrid, fala-se que eles poderão aliar-se com os socialistas para tirar o poder ao Partido Popular e governar a capital de Espanha, o que seria inédito e lançaria bases para novo ataque ao bipartidarismo nas eleições gerais de novembro, onde tudo poderá acontecer.

Contudo, a vitória da esquerda em Barcelona já começou a causar estragos. E Ada Colau (na foto) a nova alcaide, já anunciou que quer retirar subsídios da câmara ao circuito de Montmeló, palco do GP de Espanha de Formula 1 e da Catalunha de MotoGP. Segundo conta o diário online extraconfidencial.com, apesar da gestão privada, a alcadia afirma que subvencionar a Formula 1 "é uma extravagancia" e "não é uma prioridade".

Contudo, a câmara de Barcelona é uma co-proprietária menor do circuito, com apenas oito por cento, em conjunto com a Generalitat (o governo catalão), que têm 80 por cento, enquanto que o RACC (Real Atomovil Club de Catalunya), fica com os doze por cento que lhe restam. Mas esses oito por cento, segundo conta o Joe Saward, significam 4,4 milhões de euros por ano. Ou seja, graças aos vários proprietários, nem a Formula 1, nem a Moto GP estarão em perigo de correr por lá, mas ficariam com mais dificuldades em cumprir os acordos por parte da FOM, por exemplo, que não é conhecido por ser barato em termos de preço para ter a categoria máxima do automobilismo.

Contudo, o automobilismo e o motociclismo são uma importante fonte de receitas para Barcelona e para a Catalunha. Só em 2014, as receitas diretas rondaram os 41 milhões de euros, muitos deles arrecadados pela própria cidade, que graças aos eventos desportivos, fizeram com que a cidade fosse um dos destinos mais procurados de Espanha. Para não falar das receitas indiretas, com as estadias, comidas e outras atividades dos quais a industria hoteleira sai beneficiada.

É certo que existem prioridades mais urgentes para a cidade, mas considerar os eventos automobilísticos como supérfluos ou perigosos, pode ser um risco de matar uma galinha dos ovos de ouro. Veremos, mas à partida, o impacto será pequeno. 

Rumor do dia: Citroen pode estar para entrar na Formula E

Esta quem me mandou foi o Julio Cézar Kronbauer. O site Worldcar Fans anuncia hoje que a Citroen fez testes secretos num circuito francês com a intenção de entrar na Formula E na próxima temporada, numa aliança com a Virgin. O teste, que aconteceu no passado dia 11, foi feito no circuito de Val D'Or, e envolveu um carro com o sistema CVT de caixa de velocidades, ou seja, um sistema de velocidade contínua.


Apesar do sistema ser por agora proíbido na competição, a Virgin e mais algumas equipas estão a fazer esforços para que Alejandro Agag e a FIA legalizem esse sistema, para poderem colocar nos seus carros. Apesar do teste ter acontecido num carro da Virgin, um responsável da equipa recusou responder à pergunta se a equipa iria colocar duas inscrições na próxima temporada.

Uma coisa é certa: a Citroen quer entrar na Formula E e poderá aproveitar a categoria para promover a sua nova marca, a DS. O anuncio oficial poderá ser feito dentro de um mês, a 27 de junho, que é quando a Formula E terá a sua jornada dupla de final de temporada, em Londres.

Formula E: Justin Wilson vai correr pela Andretti em Moscovo

A Andretti Autosport anunciou esta quarta-feira que o britânico Justin Wilson será o seu piloto em substituição de Scott Speed, na etapa da competição em Moscovo. O piloto britânico de 36 anos, que já andou na Formula 1, mas agora está na IndyCar, está este ano a fazer participações esporádicas na categoria.

"Estou ansioso para fazer minha estréia na Fórmula E com a Andretti", começou por dizer Wilson ao sitio oficial da Formula E. "Eu tenho acompanhado o campeonato desde o início, e é uma competição muito interessante. Eu agradeço a Michael [Andretti] por me dar esta oportunidade. Eu sei que há muito a aprender, mas estou animado sobre este novo desafio e já estou ansioso para o fim de semana do ePrix de Moscovo!", concluiu.

Nascido a 31 de julho de 1978, em Sheffield, Wilson foi campeão da formula 3000 em 2002, antes de ter uma passagem pela formula 1 no ano seguinte, com metade da temporada pela minardi e outra metade pela Jaguar, antes de conseguir um oitavo lugar no GP dos Estados Unidos, em Indianápolis. No ano seguinte, rumou à CART, onde ganhou quatro corridas e foi vice-campeão em 2006 e 2007, antes de passar para a Indycar.

Ali, pela Newman-Haas, venceu uma corrida em Detroit, antes de ganhar mais duas pela Dale Coyne Racing, em 2010 e 2012. No ano seguinte, conseguiu a sua melhor classificação de sempre, um sexto lugar, com quatro pódios, mas sem vitórias. Este ano, depois de sair da equipa, correu pela Andretti nas duas corridas de Indianápolis.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

A foto do dia (II)

Esta vi no Facebook do João Carlos Costa. A Toyota sabe vender o seu peixe em Le Mans... e adoraria ter uma miniatura desse camião.

The End: Erik Carlsson (1929-2015)

O sueco Erik Carlsson, um dos pioneiros dos ralis nos anos 50 e 60, morreu hoje aos 86 aos de idade. O piloto sueco encontrava-se internado há alguma tempo devido a uma queda, do qual nunca recuperou devidamente. Três vezes vencedor do Rali de Monte Carlo, entre 1961 e 1963, também venceu três edições do Rali RAC, sempre a bordo de um Saab 96, e tornou-se numa das lendas do automobilismo, bem antes do Mundial de ralis. Para além disso, foi casado por Pat Moss, a irmã de Stirling Moss, e também uma piloto de ralis de respeito.

Aliás, o seu cunhado afirmou certo dia que ele "foi a melhor coisa não mecânica a sair de Trollhattan", que é a sede da Saab.

Nascido a 5 de março de 1929 na cidade sueca de Trollhattan, cedo demonstrou as suas habilidades, o suficiente para em 1955 ir trabalhar para a Saab como piloto de testes da marca. Curiosamente, foi na base de um aperto de mão... 

As suas habilidades fizeram com que fosse a pessoa ideal para experimentar o modelo 92, o primeiro carro da marca sueca, nos ralis locais. O seu primeiro grande resultado foi em 1957, quando venceu o Rali dos 1000 Lagos, ao volante de um modelo 92. Nesse tempo, os ralis eram feitos em termos de regularidade e não na performance dos dias de hoje, e Carlsson aproveitou todas as oportunidades para mostrar ao mundo a capacidade dos carros da sua terra. E vencia ralis com um carro de 36 cavalos... por causa da sua habilidade de travar o carro com o pé esquerdo.

Em 1959, torou-se vice-campeão europeu de ralis, depois de ter sido terceiro classificado num rali em terras portuguesas. Mas os organizadores decidiram penalizar o piloto em 50 pontos porque ele tinha pintado os números... de branco, em vez de ser a preto.

Isso não o impediu de vencer ralis importantes como Monte Carlo ou o RAC com o modelo 93, antes de conhecer e casar com Pat Moss, em 1963. Então, radicou-se na Grã-Bretanha, onde os britânicos o idolatravam, ao ponto de ele ser personagem de ficção em dois livros da saga James Bond, como piloto instrutor que ensinava ao agente secreto técnicas de condução em neve e gelo.

Carlsson abandonou os ralis em 1967, depois de ter vencido o Rali da Checoslováquia com um modelo 96, mas sendo fiel à marca da sua terra, estava sempre presente nos lançamentos dos novos modelos da marca sueca. Viúvo desde 2008, continuava a aparecer em eventos históricos, sempre a bordo dos modelos que o tornaram famoso.

A foto do dia

James Hinchcliffe já teve alta do Hospital Metodista de Indianápolis e quem o levou na cadeira de rodas para casa foi o australiano Will Power, da Penske. 

Belo gesto, hein? 

Formula 1 em Cartoons - Monaco (thomsonstudio)

Para o canadiano Bruce Thomson, a estratégia da Mercedes é confiada a um... polvo. A ser verdade, então deveria dar-se de presente um livro de receitas com o sugestivo título de "1001 Maneiras de cozinhar Polvo"...

Youtube Formula 1 Onboard: Uma volta no Mónaco com os Verstappen


O fim de semana do Mónaco mostrou aos holandeses uma vola ao circuito de Monte Carlo a bordo de um Renault Clio guiado por Max Verstappen, agora piloto da Toro Rosso, com um repórter e um "cameraman" da TV holandesa para descrever a volta por ali. 

Só que o repórter no lugar do pendura era Jos Verstappen, pai de Max, e do pouco que percebo de holandês, parece que se assustou um pouco com os dotes de condução do seu filho... 

terça-feira, 26 de maio de 2015

A foto do dia (II)

Alberto Ascari (na foto de Bernard Cahier, a receber os louros de vencedor do GP da Suiça de 1953) deve ter sido um dos melhores pilotos do seu tempo. E era um homem tremendamente supersticioso. Toda a gente conhece a história das incríveis coincidências entre ele e o seu pai Antonio. Nascidos com 30 anos de diferença, morreram também com 30 anos de diferença, num dia 26, e ambos tinham 36 anos de idade, quatro dias depois de sobreviverem a acidentes similares. A diferença foi no local e o carro que guiavam: António morreu a bordo de um Alfa Romeo, no circuito francês de Montlhery, Alberto num Ferrari, em Monza.

A superstição de Ascari era que só corria com azul marinho. O seu capacete era dessa cor, e usava uma camisa dessa cor, mesmo nos tempos da Ferrari e da Lancia. Nesse dia fatídico, Ascari estava "à civil", em Monza, a ver apenas Eugenio Castelotti a testar no Ferrari 750 Monza. Não se sabe se queria apenas mostrar que não tinha medo de voltar a pegar num carro após o seu acidente no Mónaco, ou apenas tinha vontade de correr, que entrou no carro por volta da hora do almoço. Pediu o capacete emprestado a Castelotti, entrou no carro, saiu dali, despistou-se no Vialone e morreu.

Como já disse na altura, Ascari despistou-se no Mónaco, tendo ido parar ao fundo da baía com o seu Lancia. Mas exatamente dez anos depois, outro piloto iria acabar no fundo da baía, o australiano Paul Hawkins. O australiano, na sua segunda corrida da sua carreira na Formula 1, perdeu o controlo do seu Lotus 33 e acabou no fundo da baía, sem ferimentos de maior. E como isto tudo é uma coincidência, ele acabou por morrer a 26 de maio de 1969, em Ouilton Park, quando se despistou no seu Lola T70, acabando por se incendiar.

Apesar de a morte rondar frequentemente o automobilismo, o acidente mortal de Alberto Ascari teve impacto em Itália. Tinha sido bicampeão com a Ferrari, em 1952 e 53, o primeiro de uma longa lista de campeões pela Scuderia, e era um dos mais queridos, para contrabalançar com o argentino Juan Manuel Fangio, que ora corria com um Maserati, ora corria com um Mercedes. Acabaria depois por vencer pela Ferrari, mas apenas porque era o carro mais veloz do momento.

Mas a morte de Ascari também iria contribuir para o final da aventura da Lancia na Formula 1. Endividada, Gianni Lancia, o filho de Vicenzo Lancia, o fundador e um dos melhores pilotos italianos do seu tempo, precisava de que o projeto D50 fosse bem sucedido para manter a marca à tona, daí a contratação de Ascari. Mas a Mercedes dominava tudo e isso não ajudava muito à sorte das equipas italianas. Com o desaparecimento de Ascari, Lancia baixou os braços e entregou os chassis a Enzo Ferrari. Iriam ser campeões em 1956, com Juan Manuel Fangio ao volante.

A(s) foto(s) do dia




Na primeira desta série de fotos estão Juan Pablo Montoya, mais a sua mulher Connie e os seus três filhos, esta segunda-feira, a celebrar a vitória no dia anterior no Brickyard. Quando o piloto colombiano ganhou ali pela primeira vez, no ano 2000, o piloto estava ainda na Chip Ganassi e tinha ganho o campeonato CART no ano anterior, no lugar que tinha pertencido a Alex Zanardi depois de ele ter assinado pela Williams, na sua segunda tentativa (frustrada) de ingresso na Formula 1. Na altura, Montoya era piloto de testes da Williams, não tinha estado na Formula 1, nem tinha sequer conhecido a sua atual mulher e claro, os seus filhos não eram nascidos.

Quando venceu, no ano 2000, numa corrida que pertencia a "rebelde" IRL, com chassis que a Chip Ganassi tinha adquirido para poder fazer apenas o "Brickyard", a vitória do jovem piloto de 24 anos poderia ter surpreendido muita gente, mas não os que conheciam o talento de Montoya desde as categorias de acesso. A partir dali, provando tudo o que tinha a provar, foi para a Europa e ter a sua merecida estreia na Formula 1.

Depois, saiu, foi para a NASCAR e em 2013 decidiu regressar à IndyCar Series, ao serviço da Penske. Após um ano de adaptação, onde venceu apenas na oval de Pocono e conseguiu mais três pódios, chegando ao quarto lugar da geral, esta temporada começa bem com uma vitória em St. Petersburg.

Contudo, com esta vitória na "Brickyard" - depois de ter sido terceiro no GP de Indianápolis, que aproveita o traçado construido para a Formula 1 - Montoya parece estar lançado não só para a liderança do campeonato, como parece que se tornou no principal candidato a vencer a IndyCar, o que faria com que fosse o piloto que esteve mais tempo a alcançar dois títulos. É que já passaram 16 anos desde que ele venceu o então campeonato CART, ao serviço da Chip Ganassi...

A acontecer, só acrescentaria mais um título à sua carreira cada vez mais rica (só neste domingo arrecadou quase 2,5 milhões de dólares de prémio...) é que nestes 15 anos, enquanto conheceu a sua mulher e fez os três filhos que têm agora, conseguiu também vencer por três vezes as 24 Horas de Daytona, em 2007, 2008 e 2013. Agora, só falta Sebring e Le Mans para completar o ramalhete, porque afinal de contas, ele venceu o GP do Mónaco de 2003.

Youtube Rally Drone: Os drones do Rali Erechim


Quando no inicio da tarde coloquei um video sobre o Rali Erechim, que aconteceu no fim de semana do Rali de Portugal, não sabia que isto iria ter consequências. No final da tarde, recebi na caixa de mensagens do blog no Facebook a seguinte mensagem do João Paulo S. Oliveira, que mostrava este video em anexo, onde os drones filmaram alguns dos momentos deste rali, em imagens espectaculares.

Abaixo, reproduzo a seguinte mensagem:

"Olá amigo, tudo bem??

Olhe este vídeo, por favor!!

Feito pela equipe de drones que cobriu o evento, simplesmente demais!!!

Trabalhei como voluntário na coordenação do parque de apoio, foi trabalhoso, mas todas as equipes que estavam presentes diziam que era a melhor etapa do sulamericano em todos os aspectos. Incluse as equipes do Saba e do Domingues (Campeão) disseram que estava melhor que a etapa da argentina do WRC.

Outra coisa que impressionou foi o público recorde deste ano: 75.000 pessoas nos três dias de evento, sem contar a multidão que fica espalhada pelos campos e estradas, acampadas o final de semana todo para ver os carros passarem!!!

Bueno, espero que goste do vídeo, é muito lindo. Acho que nós temos chances de um dia sediar um WRC!!!

Forte abraço"

O video é pequeno, mas vale a pena. E espero que um dia eles tenham o WRC. Eles merecem.

Formula 1 em Cartoons: Monaco (Riko)

A estratégia da Mercedes no GP do Mónaco, segundo a visão do "Riko". Na minha opinião, eu creio que o estrategista deveria estar a jogar Angry Birds em vez do Candy Crush, mas isso sou eu...

Traduzido:

- OK, Lewis! Segundo os calculos precisos no nosso super-computador, podes parar tranquilamente e voltar à corrida na frente.

- Porquê é que tenho a sensação de que deveria fazer isso? pensa Lewis. 

Youtube Rally: Um video do Rally Erechim, em sons

No mesmo fim de semana do Rali de Portugal, na cidade de Erechim, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, acontecia o rali local, o mais importante do Brasil, prova a contar para o campeonato brasileiro, gaúcho e sul-americano de ralis.

Com uma lista de inscritos bem generosa, os pilotos competiram forte e feio nas classificativas de terra batida, algo degradadas pela chuva que caiu no fim de semana. No final, o paraguaio Diego Dominguez, no seu Ford Fiesta R5 foi o melhor, seguido pelo brasileiro Ulysses Bertholdo, num Lancer Evo IX e por outro paraguaio, Alberto Antebi, noutro Fiesta R5.

São quinze minutos de imagens, tendo apenas como banda sonora o ruido dos motores e o entusiasmo das pessoas. Vale a pena ver.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dependências e aspirações

Mais de vinte e quatro horas depois do GP do Mónaco e do seu inesperado resultado - pelo menos para Nico Rosberg - as reflexões sobre os acontecimentos que mudaram o destino da corrida no Principado fazem-me chegar a algumas conclusões sobre o "statu quo" atual e sobre a razão de algumas das reclamações que tenho ouvido nos vários meios de comunicação social desde então.

É certo que Lewis Hamilton tinha tudo para ganhar, e em circunstâncias normais, ele ganharia e controlaria melhor a sua distância para o seu companheiro de equipa Nico Rosberg. Mas ali houve um erro grave por parte dos seus engenheiros, quando o mandaram para a boxe após aquela situação de Safety Car devido ao acidente com Max Verstappen. Talvez seja hábito de tantos circuitos, mas creio que ali não houve consciência do o que se passava com os pneus, super-moles e devido à baixa temperatura do asfalto, não conseguiam aquecer e ser eficazes. E ainda por cima num circuito tremendamente complicado de passar, era um verdadeiro tiro no pé. Confesso que pensei que Hamilton pudesse ter um furo lento, mas sem uma coisa dessas a acontecer, então não consigo ter outra explicação para esta atitude de o mandar para.ir nas boxes.

Isto revela que os pilotos estão super-dependentes dos seus engenheiros para o que quer que seja: as estratégias, os ritmos de corrida, quando parar ou atacar. E Hamilton acreditou piamente no que eles diziam, porque estava convencido de que Vettel e Rosberg iriam parar para trocar de pneumáticos. Pelo menos o piloto alemão. Não iam.

Quem ouviu as declarações dos apresentadores da Sky Sports após a corrida, quase exigiam que fossem entregues as cabeças dos engenheiros da Mercedes responsáveis pela estratégia de Lewis Hamilton. É raro, mas acontece que também há os comentadores a puxarem a brasa à sardinha do seu piloto, e dar a entender que há uma "teoria da conspiração" para prejudicar o inglês, por ser uma equipa alemã e ter um piloto alemão nas suas fileiras. Essa atitude passou no ar, mas Niki Lauda e Toto Wolff foram sinceros: admitiram erro e pediram desculpas, quer no ar, quer depois com Hamilton.

Tudo isto na semana em que se tornou no piloto mais bem pago do pelotão da Formula 1, recebendo até ao final da temporada de 2018 um salário anual de 29 milhões de euros, com oito milhões em prémios. Em suma, se tudo correr bem, ele ganharia 37 milhões. Claro, nada tem a ver com os 45 milhões do Sebastian Vettel, mas isso é outra história.

Contudo, tenho a sensação - pelo menos para quem ouve as coisas do lado inglês - é que gostariam que ele tivesse o estatuto que Michael Schumacher gozou nos seus tempos da Ferrari, onde era dono e senhor da equipa e o seu companheiro de equipa não teria mais do que o estatuto de "bibelot", ou seja, primeiro e segundo piloto até que este seja campeão, e depois, lá para o final da época, lá se oferecia um "rebuçado" ao segundo piloto, pela sua fidelidade canina. Ora´isso não acontece na Mercedes, onde existe uma igualdade aparente, do qual os pilotos têm de dar o seu melhor na pista para ganhar. Ganham por talento e não por hierarquia.

Mas também há a outra ideia, que provavelmente é vendida por uma certa imprensa britânica, que Lewis é o melhor piloto britânico de todos os tempos. Há certas pessoas que já pensavam que a caminhada para o tricampeonato iria ser imparável e já começavam a adivinhar onde é que ele comemoraria o seu eventual tricampeonato. Aliás, quem leu algumas noticias na imprensa antes do fim de semana do Mónaco, teriam notado que já começavam a tratar de Nico Rosberg como "o novo Webber"...

Contudo, as suas fragilidades, bem como algumas atitudes fora da pista indicam que ele não é o piloto ultra-confiante e feliz, como vejo por exemplo em Sebastian Vettel, agora na Ferrari, ou o despreocupado com tudo e todos, no caso de Kimi Raikkonen. E parece que quando as coisas correm mal, essa faceta insegura salta à superfície. Agora, após seis provas, a diferença entre ele e Nico Rosberg é de dez pontos. E a seguir, é o Canadá, um lugar com fama de imprevisível...

É verdade que Lewis não é o maior de todos os tempos. Mas gostaria de o ser. E isso pode ser um problema.

A foto do dia

Neste domingo foi assim, e provavelmente amanhã colocarei fotos de Juan Pablo Montoya junto do troféu e da pilha de dinheiro que a organização irá colocar para as fotografias. Mas ver a equipa Penske em peso a beijar os tijolos do Brickyard é um daqueles momentos impagáveis que sera recordado mais tarde. E tem de ser: afinal de contas, tinham ajudado o piloto colombiano a vencer, 15 anos depois da primeira vez.

Formula 1 em Cartoons - Mónaco (Cire Box)

O pódio do GP do Mónaco, visto pelo "Cire Box". E sim, esse ponto de interrogação deve ter tido muitas explicações por parte de Niki Lauda e Toto Wolff...

Youtube Motorsport Videos: A vitória de Montoya na Indy vista de outras formas

O "day after" de um fim de semana como este permite ver as mesmas coisas de outra perspectiva, que à primeira vista não acontecem por manifesta falta de tempo. Hoje, o Ozanir Silva (acho que escrevi bem) mostrou-me o primeiro video da vitória do Juan Pablo Montoya nas 500 Milhas de Indianápolis, onde podemos ver a vitória do piloto da Penske na perspectiva sul-americana, que não é conhecida pela sua sobriedade. Recomendo que oiçam o narrador quando os carros chegam à última volta... 

Contudo, quando o via no Youtube, no canto superior direito mostrava-me o link para o segundo video, que basicamente são as últimas quinze voltas só com as vozes dos "spotters" a dizer o que se passa na pista para facilitar a vida ao piloto colombiano, enquanto ele, Scott Dixon e Will Power ultrapassavam um ao outro, tentando chegar ao primeiro posto.

Ambos os videos valem a pena serem vistos nesta segunda-feira, com mais calma.  

Youtube Motorsport Video: A corrida de Berlim na integra

No movimentado fim de semana automobilístico que passou, tivemos para além da Formula 1 no Mónaco, das 500 Milhas de Indianápolis, do Rali de Portugal e de outras competições, como as corridas de GT em Silverstone, e as corridas de GP2, GP3 e AutoGP, entre outros, houve a corrida da Formula E em Berlim, oitava prova do campeonato, num circuito desenhado na pista ao ex-aeroporto de Templehof.

A corrida não foi tão excitante como nas anteriores, mas o mais interessante é que o vencedor... foi desclassificado. Lucas di Grassi foi excluído devido a uma ilegalidade na sua asa dianteira e a sua vitória foi-lhe retirada e entregue a Jerome D'Ambrosio, da americana Dragon, e em termos de campeonato, caiu para o terceiro lugar, atrás de Nelson Piquet Jr. e Sebastien Buemi.

Aqui podem ver o video de como foi a corrida, caso não tenham visto ou queiram ver de novo.

domingo, 24 de maio de 2015

WRC 2015 - Rali de Portugal (Final)


Jari-Matti Latvala resistiu e venceu. Mesmo com o ataque de Sebastien Ogier à liderança, o piloto finlandês sobreviveu aos ataques e venceu o Rali de Portugal, incluindo a Power Stage em Fafe-Lameirinha. No resultado final, a diferença entre os pilotos da Volkswagen foi de 8,2 segundos. E no final, o piloto finlandês era um homem satisfeito:


"Muita gente já duvidava se eu conseguiria recuperar destes três ralis sem pontuar. Sempre que me perguntavam isso eu respondia que já tive momentos um pouco piores, mas este era de facto um dos momentos mais difíceis da minha carreira. Conseguir recuperar e ganhar desta forma é um sentimento incrível. É uma vitória muito especial e uma forma de retribuir aos que acreditaram em mim", referiu Latvala.

Já o piloto francês preferiu atirar sobre as regras do mundial, queixando-se do facto de ter sido o primeiro a abrir a estrada na sexta-feira. "Sei que muita gente ficou contente com este rali porque é aborrecido quando o melhor ganha sempre", afirmou o bicampeão francês. 

Depois, corrigiu: "Aquilo que eu disse foi fruto da minha frustração e do facto de na altura ainda estar com a cabeça quente. Isto não é culpa do Jari, ele fez tudo o que podia para me manter atrás. As regras é que são assim. Normalmente tenho muita dificuldade em controlar a minha frustração e digo sempre o que penso. Acho sinceramente que é demasiado penalizador abrir a estrada durante tanto tempo", concluiu.

No lugar mais baixo do pódio ficou outro piloto Volkswagen, o norueguês Anders Mikkelsen, que acabou a 28,6 segundos do vencedor e conseguiu superar Kris Meeke, que ficou no quarto posto, a 48,7 de Latvala e foi "o melhor do resto". Ott Tanak foi quinto e o melhor dos Ford, mas a quase dois minutos do primeiro. O sexto foi o segundo Citroen de Mads Ostberg, enquanto que Dani Sordo foi o sétimo e melhor Hyundai, na frente do neozelandês Haydon Paddon. 

Robert Kubica foi o nono e conseguiu os seus primeiros pontos do ano, e ele mostrou que estava feliz com este resultado, depois dos vários problemas e excessos dos ralis anteriores. 

Talvez a minha posição não o mostre mas foi um grande rali para mim. Sinto ter feito uma pilotagem muito boa e consistente, sem ter cometido erros, o que foi muito bom. É verdade que por vezes queremos ser mais rápidos para subir na classificação, mas penso que este é o nosso lugar, e por isso só posso estar feliz”, afirmou o piloto polaco à Autosport portuguesa.

Martin Prokop fechou o "top ten".

Já em termos de WRC2, Nasser Al-Attiyah foi o melhor sobre os Skoda Fabia R5 de Esapekka Lappi e Pontus Tiedmand. E em relação ao melhor português, Miguel Campos fez valer a sua veterania e terminou na 20ª posição da geral.

Indy500: Juan Pablo Montoya foi o grande vencedor

O colombiano Juan Pablo Montoya foi o grande vencedor da 99ª edição das 500 Milhas de Indianapolis, quinze anos depois da sua última vitória e dando uma dobradinha para a Penske. Numa prova com duas fases e um acidente nas boxes, quando dois mecânicos do carro de James Davidson foram atropelados pelo carro de Tristian Vautier, após um choque com Pippa Mann. Um dos mecânicos acabou por sofrer uma fratura na perna direita.

Depois de uma qualificação atribulada, devido ao acidente com James Hinchcliffe, o dia da corrida amanheceu com céu limpo e havia um receio de que a corrida seria atribulada. E de facto, os primeiros sinais indicavam isso, primeiro, com os problemas de Alex Tagliani, que só arrancou na segunda volta de apresentação, e depois, na partida, quando Takuma Sato e Sage Karam tocaram-se. O japonês da Foyt foi às boxes e perdeu uma volta, enquanto que Karam acabou por abandonar. Quem também abandonava era Conor Daly, com problemas de motor.

A corrida esteve em bandeiras amarelas até à volta 13, quando as bandeiras verdes foram agitadas. Scott Dixon era o lider, mas na volta 19, Tony Kanaan fica com a liderança, começando a dança das cadeiras entre eles, bem como os Penske de Simon Pagenaud e Hélio Castro Neves.

Durante mais de cinquenta voltas, a corrida decorreu em bandeiras verdes, até que na volta 64, Bryan Clauson bateu nas boxes e as bandeiras amarelas foram mostradas. Nessa altura, os carros foram às boxes para a segunda ronda de reabastecimentos. A corrida recomeça na volta 70 com Pagenaud a liderar o comboio, com Dixon, Kanaan, Power, Castro Neves e Kimball. Carca da volta 100 houve nova ronda de reabastecimentos, mas na volta 112 houve nova situação de bandeiras amarelas quando Ed Carpenter e Oriol Serviá bateram no muro na Curva 1.

E foi nessa altura em que todos foram às boxes, e foi também nessa altura em que houve o incidente mais grave desta corrida. Tristian Vautier foi largado demasiadamente cedo das boxes e ficou ao lado de Pippa Mann, que tocou e fez com que o carro do piloto francês batesse em dois mecânicos do carro da James Davidson, tendo dois deles ficado ferido. Pelo menos um deles teve fratura na perna.

Por causa disso, as bandeiras verdes só regressaram na volta 123, com Will Power a ser o lider, seguido por Pagenaud, Dixon e Monotya. A dança das posições continuou até à volta 153, quando houve nova batida: Tony Kanaan estava a adaptar-se ao carro após a saída das boxes quando o carro escorregou na curva 3 e bateu forte no muro e causou nova entrada do Pace Car. Chip Ganassi, o seu patrão, disse depois que eles tinham mexido na asa a pedido do piloto. conbinado com os pneus ainda frios, é a causa provável do seu acidente.

A corrida recomeçou na volta 160, com Charlie Kimball na frente, mas cedo foi superado por Dixon e depois por Montoya. Pagenaud atrasou-se um pouco, ficando com o quinto posto. Na volta 165, Montoya passa Dixon e fica com a liderança. Dixon respondeu e ficou com o comando, enquanto que Will Power ficava com o segundo lugar, depois de passar o colombiano. Mas na volta 169, descobrem-se detritos na pista e a corrida volta a ter bandeiras amarelas.

Assim, os carros foram para as boxes para o último reabastecimento, e Will Power ficou com a liderança, com Juan Pablo Montoya logo atrás. Com a corrida a recomeçar na volta 172, os Penske vão para a frente, com Power na liderança, mas atrás, o pelotão andava suficientementew compacto para um possivel "Big One". E isso aconteceu com os carros de Jack Hawksworth, Sebastian Saavedra e Stefano Coletti. O monegasco e o americano sairam pelo seu próprio pé, mas o colombiano teve de ser carregado ao colo pelos socorristas, com ferimentos na perna direita.

Retirados os destroços, a corrida recomeçou na volta 185, com Power a fugir a Montoya, mas Dixon passou os dois e ficou com a liderança. A partir daqui foi uma luta entre os pilotos da Penske mais o Ganassi do piloto neozelandês, com Charlie Kimball a observar, mas no final um retardatário na última volta deu a distância suficiente para que o colombiano vencesse pela segunda vez nas 500 Milhas, 15 anos depois da última vitória. Will Power foi o segundo e Charlie Kimball o terceiro.

Formula 1 2015 - Ronda 6, Monaco (Corrida)

O Grande Prémio do Mónaco é um clássico, como sabem. Mas uma das coisas dos quais contribui para esse misticismo são os seus episódios. Quem conhece a sua história, sabe dos eventos em 1955, quando Alberto Ascari acabou no fundo da baía. Ou em 1970, quando Jack Brabham falhou a travagem para a última curva, na última volta, entregando a vitoria de bandeja a Jochen Rindt. Ou em 1982, onde no meio de tanta confusão, ninguém sabia quem tinha realmente vencido a corrida. E quem não se lembra de 1992, quando Nigel Mansell entregou uma vitória de bandeja a Ayrton Senna por causa de um furo lento? Pois é... esse circuito é capaz de passar do aborrecimento total para a excitação total num instante.

Esse momento aconteceu na volta 68, quando Max Verstappen tentou passar Romain Grosjean para o último lugar pontuável, mas a ultrapassagem foi mal calculada e o jovem holandês bateu nos "rails" de proteção em Ste. Devote, causando a entrada do Safety Car. Até ali, a corrida estava a ser um longo bocejo. A partir dali, tornou-se num dos mais excitantes dos últimos anos. E tudo isso aconteceu por causa de uma pessoa: Lewis Hamilton.

Poder-se-ia dizer que ele está a caminho de ser outro Nigel Mansell, se o erro tivesse sido dele, mas não. O erro foi da equipa, que o chamou para trocar de pneus nesse momento, quando tinha mais de 15 segundos de avanço sobre Nico Rosberg. O que não sabiam era que, nem o alemão, nem Sebastian Vettel, iriam trocar de pneus, e quando voltou à pista, iria ficar atrás de ambos os pilotos. E se nenhum deles fosse trocar até ao final da corrida, a sua manobra seria considerada como um erro crasso. 

Quando dez voltas depois, foi mostrada a bandeira de xadrez, Nico Rosberg comemorava o seu terceiro triunfo consecutivo, provavelmente o mais inesperado de todos. E Lewis Hamilton era o piloto mais desiludido de todos devido ao erro cometido, e também por ter visto aproximar o seu companheiro de equipa e dar mais fôlego a um campeonato que parecia ser um passeio para o inglês, rumo ao tricampeonato. E iria exigir a Toto Wolff e a Niki Lauda algumas cabeças.

E se Verstappen não tivesse batido, nada disto teria acontecido. E escreveria agora de um longo bocejo, de uma corrida sem história.

Mas mesmo assim, houve episódios interessantes. Depois do monopólio Mercedes no sábado, a corrida começou sem grandes incidentes em Ste. Devote, mas os problemas aconteceriam mais adiante, em Mirabeau, quando Fernando Alonso tocou em Nico Hulkenberg e teve de trocar de asa. Os comissários, atentos, viram o incidente e disseram que o piloto espanhol era culpado, penalizando-o em cinco segundos ao tempo final da prova.

Atrás, Felipe Massa também teve problemas. Um toque no seu carro causou-lhe um furo, que o arrastou e o colocou nas boxes, fazendo cair para a cauda do pelotão.

Com isso tudo a acontecer, Lewis Hamilton começava a abrir vantagem sobre Nico Rosberg, aos poucos e poucos, estava a fazer a corrida que queria fazer, para mostrar ao mundo que é o melhor piloto com o melhor carro. Sem erros, sem excessos. Atrás, Nico Rosberg segurava Sebastian Vettel, em ritmos idênticos, mas tinha alturas em que era o alemão da Ferrari a forçar o ritmo para acompanhar o alemão da Mercedes.

A primeira desistência acontece na volta 5, quando Pastor Maldonado se envolve num acidente com Max Verstappen na luta pelo oitavo posto e acaba com o piloto da Lotus a não pontuar mais uma vez nesta temporada.

A seguir, a prova ganhou interesse nas primeiras paragens nas boxes, na volta 25, Por essa altura, Hamilton tinha uma vantagem de quatro segundos sobre Rosberg, e o alemão iria perder mais segundos porque não conseguia negociar os pilotos dobrados melhor do que o seu companheiro de equipa.

Após a metade da corrida, havia novidades interessantes: os McLaren estavam em zona de pontos, com Fernando Alonso na frente de Jenson Button, enquanto que Felipe Nasr estava a fazer uma boa corrida e tinha recuperado do 17º posto para andar na zona de pontuação. Mas isso não era nada comparado com Sergio Perez, que era sétimo. Por essa altura, o carro de Alonso parou em St. Devote, devido a problemas com a sua caixa de velocidades.

A partir dali, o assunto de interesse era Max Verstappen, que fazia uma corrida de recuperação. Depois de passar Carlos Sainz Jr, ficou atrás de Romain Grosjean, numa luta pelo último lugar pontuável. Aproveitando o ritmo de Sebastian Vettel (tinha uma volta a menos), ele aproximava-se dos lugares pontuáveis, graças à melhor eficácia dos seus pneus super moles. Uma primeira tentativa, no gancho do hotel Loews, não deu certo, mas o holandês não deixou de tentar. Até à volta 68. E a partir dali, conhecemos a história.

Agora, com o erro admitido e as desculpas dadas pela Mercedes, resta ver como está o campeonato. A ideia de "passeio" está colocada de lado, pois após seis corridas, três delas não foram ganhas por Hamilton. E ao ver Nico Rosberg vencer pela segunda vez consecutiva, fez reduzir a diferença para dez pontos, enquanto que Sebastian Vettel observa-os e tenta não perder muitos pontos. Mas parece que o terceiro lugar está cada vez a ser mais seu, já que têm mais 38 pontos do que o seu companheiro de equipa...

E pela primeira vez, a McLaren pontua em 2015. Espero que seja o principio de um percurso ascendente...

No Canadá, haverá mais.

Formula 1 em Cartoons - Mónaco (Pilotoons)

E "aquele momento" da Mercedes começa a ser mostrado em cartoons. Começamos com o Bruno Mantovani e os seus "Pilotoons", com o Nico Rosberg no seu momento "Nelson Muntz"...

A(s) foto(s) do dia




"Eu sinto muito. Vou pedir desculpas. Vamos analisar e entender como tomamos a decisão errada de chamá-lo aos boxes", Niki Lauda

"Perdemos a corrida do Lewis com o erro. Pensamos que a diferença era diferente do que realmente era. Ele falou que tinha perdido a temperatura dos pneus, devíamos ter revisado e feito o julgamento correto. Pedimos desculpas. Jogamos fora a corrida dele" Toto Wolff.

Eu vi as caras dos pilotos no pódio. Eu ouvi as declarações de indignação do pessoal da Sky Sports, quase que a exigir que Lewis Hamilton tenha um passadeira vermelha - ou será prateada? - dentro da Mercedes para que possa ser tricampeão do mundo, se calhar antes do GP do Japão ou coisa assim. Mas se não fosse o acidente de Max Verstappen em Ste. Devote, não teríamos nada disto, e falaríamos de uma corrida incrivelmente aborrecida. 

E provavelmente da marcha triunfal de Lewis Hamilton rumo ao tricampeonato.

Mas sejamos honestos: não gostamos das coisas quando são imprevisíveis? Agradeçam a um adolescente de 17 anos por este momento, que vai durar por anos a fio.